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Prévia do material em texto

MANUAL
BÍBLICO
SBB
M issão da Sociedade Bíblica do Brasil:
Difundir a Bíblia e sua mensagem a todas as pessoas e a todos os grupos sociais como instrumento de trans­
formação espiritual, de fortalecimento de valores éticos e morais e de desenvolvimento cultural e social.
M251M Manual Bíblico SBB ; tradução de Lailah de Noronha. Barueri, SP : Sociedade 
Bíblica do Brasil, 2008.
816 p. : il. ; 24,5 cm.
Textos bíblicos: Almeida Revista e Atualizada, 2. ed. ©1993 
e Nova Tradução na Linguagem de hoje, ©2000, Sociedade Bíblica do Brasil.
Título em inglês: The New Lion Handbook to the Bible.
978-85-311-1118-1
1. Bíblia Sagrada 2. Manuais Bíblicos 3. História da Bíblia 
4. Terras Bíblicas I. Sociedade Bíblica do Brasil II. Noronha, Layla de
CDD - 220.9
Copyright do texto © 1999 Pat e David Alexander
Edição originalmente publicada em inglês com o nome The New Lion Handbook to the Bible 
Traduzido para o português a partir da terceira edição em inglês 
Copyright da edição inglesa © 1999 Lion Hudson plc 
Copyright desta tradução © 2008 Sociedade Bíblica do Brasil
Consultores: Rev. Dr. G. Mike Butterwort, Dr. David Instone-Brewer, Rev. Dr. R. T. France, Dr. Sue Gillingham, 
Alan R. Millard, Rt. Rev. John B. Taylor, Dr. Stephen Travis, Dr. Ben Witherington
Os direitos morais dos autores foram assegurados
Publicado no Brasil por Sociedade Bíblica do Brasil 
Av. Ceei, 706 - Tamboré 
Barueri, SP - CEP 06460-120 
Caixa Postal 330 - CEP 06453-970 
www.sbb.org.br - 0800-727-8888
Tradução: Lailah de Noronha e Sociedade Bíblica do Brasil 
Revisão, edição e diagramação: Sociedade Bíblica do Brasil
Os textos bíblicos citados foram extraídos da tradução de João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada, 
2a edição © 1993 Sociedade Bíblica do Brasil, e da Nova Tradução na Linguagem de Hoje, © 2000 Socie­
dade Bíblica do Brasil
Muitos dos textos são assinados e representam o ponto de vista dos autores. O conteúdo dos 
textos é de inteira responsabilidade dos autores e não reflete, necessariamente, a posição da 
Sociedade Bíblica do Brasil, que publica a presente edição no intuito de servir o Senhor Jesus 
Cristo e ajudar o leitor a conhecer melhor o Livro Sagrado.
Impresso e encadernado na Eslovênia 
EA973MB - 12.000 - 2008 - SBB
http://www.sbb.org.br
MANUAL
BÍBLICO
SBB
Editado por
PAT E DAVID ALEXANDER
Sociedade Bíblica 
do Brasil
Lista de abreviaturas usadas Prefácio
Abreviaturas gerais
d.C. depois de Cristo s., ss. seguinte(s)
a.C. antes de Cristo NT Novo Testamento
cf. conferir AT Antigo Testam ento
cap., caps. capítulo(s) v., vs. versículo(s)
p. ex. por exem plo p- página
etc. et cetera
Livros bíblicos
Gn Gênesis Na Naum
Éx Êxodo Hc Habacuque
Lv Levítico Sf Sofonias
Nm Números Ag Ageu
Dt Deuteronôm io Zc Zacarias
Js Josué Ml Malaquias
Jz Juizes M t Mateus
Rt Rute Mc Marcos
ISm ISamuel Lc Lucas
2Sm 2Samuel Jo João
1 Rs IReis At Atos
2Rs 2Reis Rm Romanos
lCr 1 Crônicas IC o ICoríntios
2Cr 2Crônicas 2Co 2Corintios
Ed Esdras Gl Gálatas
Ne Neemias Ef Efésios
Et Ester Fp Filipenses
Jó Jó Cl Colossenses
SI Salmos ITs ITessalonicenses
Pv Provérbios 2Ts 2Tessalonicenses
Ec Edesiastes ITm 1 Tim óteo
Ct Cântico dos Cânticos 2Tm 2Tim óteo
Is Isaías Tt Tito
Jr Jeremias Fm Filemon
Lm Lamentações Hb Hebreus
Ez Ezequiel Tg Tiago
Dn Daniel IPe 1Pedro
Os Oséias 2Pe 2 Pedro
Jl Joel IJo IJoâo
Am Amos 2Jo 2João
Ob Obadias 3Jo 3João
Jn Jonas Jd Judas
Mq Miquéias Ap Apocalipse
A B íblia é o livro m ais d is tr ib u íd o e lid o do 
m u n d o . A lguns a lêem p o r cu riosidade, a lguns 
com o p a rte de um a busca espiritual, outros por 
causa do seu rico le g ad o cu ltural.
Este M an u a l foi criado para ser usado co m a 
Bíblia; para estar ju n to de la . N âo é ap enas para 
referência, fa lando ao le itor sobre a B íblia. A in te n ­
ção é reun ir in fo rm ação q u e an tes só p o d ia ser 
en contrad a em vários livros d e referência d ife re n ­
tes. Isto é fe ito ta n to v isua lm ente co m o pela p a la ­
vra escrita. As ilustrações, os m apas e d iagram as 
são inclu ídos, não para e m b e le za r o tex to , mas 
para esclarecer seu sign ificado . O M a n u a l p o d e 
ser usado com q u a lq u e r versão ou tra d u ç ã o da 
Bíblia. '
A lém d e ser um livro para ser usado co m a 
Bíblia, o M a n u a l ta m b é m estará ju n to ao le itor, 
co nvidativo e acessível. Ao ed ita r o M anual t ín h a ­
mos em m e n te as pessoas que estão co m eç an d o 
a estudar a Bíblia. Assim, n e n h u m co n h ec im e n to 
prévio é necessário. Os vários co laboradores es p e ­
cializados co m u n icam d e fo rm a sim ples — não 
sim plista. Term os técnicos são usados o m ín im o 
possível. Q u an d o são usados, são explicados.
O o b je tiv o p rin c ip a l é a ju d a r os le ito res a 
en te n d e r o p róprio te x to da Bíblia. As seções-guia
— Parte 2 sobre o A ntig o T estam en to e Parte 3 
sobre o N ovo — analisam cada livro, p a rte por 
p a rte , re s u m in d o e fa z e n d o an o ta ç õ e s o n d e 
exp licações são necessárias. P eq u en o s a rtig o s 
d e destaqu e, escritos p o r especialistas, p e rm ite m 
q u e interesses específicos sejam investigados em 
m aior de ta lhe .
Os passos seguintes são in te rp re ta r o q u e é 
lido e apreciar o que a Bíblia p o d e nos d izer hoje. 
Isto significa descobrir se um d e te rm in a d o livro 
é escrito com o poesia ou prosa, história ou carta
— e seu co n tex to histórico. Os d iagram as e a r ti­
gos na Parte 1 fo ram pro je tados para a ju d ar nesta 
parte . E a Parte 4, o A uxílio Rápido, fac ilita e agiliza 
a localização d e in fo rm ação sobre personagens, 
lugares, assuntos e ilustrações.
A brir a Bíblia em Gênesis e ler d ire to a té A p o ­
calipse g e ra lm e n te não é a m e lh o r m a n eira de 
com eçar! "C om o Ler a Bíblia" (na Parte 1) o fe re ­
ce várias alternativas úteis. O M anual p o d e estar 
sem pre à m ão, q u a lq u e r q u e seja o p o n to d e par­
tid a d o leitor: um livro da Bíblia, um personag em
bíblico, um a questão específica, a rqu eolog ia b íb li­
ca, cu ltura, literatura. A lgum as pessoas p re fe rem 
um a le itura mais superficial; outras gostam d e ir 
a fu n d o .
Por que uma edição completamente 
nova?
0 M anual fo i p ub licado pela p rim eira vez em 
1973. Em 1983 foi revisado levan d o em considera­
ção as novas traduções im p o rtan te s q u e haviam 
surgido n a q u ele período . Em 25 anos, as vendas 
ating iram a m arca dos três m ilhões e o M anual já 
foi p u b lica d o em 2 8 línguas em to d o o m un do . 
Nas palavras d e um ed ito r asiático, e le se tornou 
um a "obra seminal".
O p ro p ó s ito desta revisão m ais a m p la é ser­
v ir os le ito re s no n o v o m ilê n io . S e n tim o -n o s 
es tim u lad o s a reescrever o te x to e re fo rm u la r 
a obra c o m o u m to d o . Tem os m u itas fo to g ra ­
fias novas para a ju d ar a im a g in a r o passado e o 
livro te m m apas e d ia g ram a s novos. O m anual 
levou em consideração as nov idad es na área da 
pesquisa b íb lic a e co loca a B íblia b e m d e n tro 
de seu c o n te x to histórico. Ele ta m b é m re fle te as 
preocupações m ais recentes dos le itores. C onvi­
dam os m u ito s co la b o ra d o re s novos, h o m en s e 
m ulheres, para c o m p a rtilh a r seu co n h ec im e n to . 
Um poeta fala sobre Salm os, um a au to ra ta le n ­
tosa com m uitos anos d e ex p eriê n c ia no O rie n te 
M é d io escreveu es tu d o s so bre as m u lh eres da 
Bíblia. Levam os em co n ta os interesses tia s pes­
soas — no c u id ad o co m a criação, nas histórias 
(que tê m um p a p e l tã o im p o rta n te na narra tiva 
da Bíblia), na justiça , no p a p e l da m u lher, n u m a 
sociedade m u ltirre lig io sa , no lugar da B íblia no 
m un do a tu a l.. .
Com o nas ed ições an teriores , o tex to b íb lico 
foi considerado assim co mo ele ap arece em nos­
sas Bíblias, levando em conta seus tipos diferentes 
de literatura. A m aior p reo cupação é com o co n­
teúd o e significado da Bíblia, não com questões 
de interesse m e ra m e n te técnico. Nos assuntos em 
que há controvérsias, ten ta m o s m ostrar isso, sem 
necessariam ente en tra r no d e b ate .
Somos gratos aos erud itos por co m partilharem 
os frutos do seu tra b a lh o com um púb lico mais 
am plo. As obras d e referência clássicas no nível 
mais acadêm ico fo ram fo n te vital d e in form ação.
A gradecem os a todos q u e co ntribu íram com este 
livro d ire ta ou in d ire tam en te , co m p artilh an d o seu 
discern im ento sobre o en s in a m en to bíblico, dis­
p o n ib iliza n d o seu p ró p rio m ateria l, ou s im ples­
m e n te p o r seu en tusiasm o no es tudo da Bíblia e 
sua convicção d e sua relevância e seu p o d e r para 
trans fo rm ar vidas.
Ta m b ém somos m u ito gratos àqueles qu e a ju ­
daram d e tan tas outras form as. A lguns são m e n ­
cionados em "A gradecim entos", em b o ra isto não 
faça jus ao valiosíss im o au x ílio v in d o d e várias 
fontes — desde d ire tores d e m useus e coleções 
àqueles qu e d eram hosp ed ag em , a juda, in fo rm a­
ção e acim a d e tu d o incentivo.
Pessoalm ente, n e n h u m o u tro liv ro te v e um 
p a p e l tã o s ig n ific an te em nossas v idas q u a n to 
a B íblia. Esperam os q u e o M a n u a l na sua nova 
fo rm a a jude fu turas gerações d e le itores a e n te n ­
der a Bíblia em to d a a sua atua lidade.
Pat e David Alexander 
Oxford
Conteúdo
INTRODUÇÃO O ANTIGO 
À BÍBLIA TESTAMENTO
Veja o índice completo à página 11 Veja o indice completo à página 97
Introdução
98
COMEÇANDO A ESTUDAR 
A BÍBLIA
12
A BÍBLIA N O S E U C O N T E X T O 
24
Hl
ENTENDENDO A BÍBLIA 
44
INDO A HISTORIA
60
A BIBLIA HOJE
78
LIVROS”
POESIA E SABEDORIA
Jó a Cântico dos Cânticos 
344
OS PROFETAS
Isaías a Malaquias
O NOVO 
TESTAMENTO
Veja o índice completo à página 525
Introdução
527
AUXILIO 
RÁPIDO
Página 779
OS EVANGELHOS E ATOS 
Mateus a Atos 
538
AS EPÍSTOLAS
Romanos a Apocalipse 
674
REFERÊNCIA RAPIDA A MAPAS 
E DIAGRAMAS
I Os livros da Bíblia 14 
I Fazendo associações — 
a Bíblia e a história do mundo 26 
i A Bíblia no seu tem po 28 
I Entendendo a Bíblia 50 
i A história do Antigo 
Testamento 100 
I Israel nos tempos do Antigo 
Testamento 104 
I Reis de Israel e Judá 306
I Os profetas no seu contexto 414
I Israel nos tempos do Novo 
Testamento 526
I A história do Novo Testamento 536
A u tores
e C o lab orad ores
David ePat Alexander,
editores do Manual original; 
até 1994 respectivamente 
Diretor e Editora Chefe de Lion 
Publishing, Oxford:
■ Todas os fotografias 
(exceto aquelas descritos em 
Agradecimentos) foram tiradas 
especialmente por David 
Alexander
■ Esboço da Bíblia nas Partes 
2 e l, com anotações e artigos 
por Pat Alexander, exceto 
aqueles atribuídos a oatrem
Rev. David Barton, Chefe 
de Serviços de Informação, 
Diocese das Escolas de Oxford:
■ lacó, José, Davi, Retrato 
de Jeremias
Rev. Dr. Craig 
Bartholomew, Pesquisador 
da Escola de Teologia e Estudos 
Religiosos, Escola Superior de 
Chetenhame Gloucester:
■ 0 texto e a mensagem
Dr. Richard Bauckham,
Professor de Estudos do Novo 
Testamento, Universidade 
de St Andrews:
■ Uma história do ponto de vista 
feminino (Rute), Perspectivas 
demulheres nos Evangelhos, 
Entendendo o Apocalipse
R.J. Berry, Professor 
de Genética, Universidade 
de Londres:
■ Comentários de um 
geneticis ta (sobre nascimento 
virginal)
Dr.John Bimson, Diretor de 
Estudos e Professor de Antigo 
Testamento, Faculdade Trinity, 
Bristol; autor de The World of 
the Old Testament; consultor. 
Illustrated Encyclopedia of Bible 
Places:
■ Recriando o passado, Vida 
Nômade, Vida Sedentária
E. M. Blaikloch {in
memorian) Professor Emérito 
dos Clássicos, Universidade de 
Auckland, Nova Zelândia:
MA família Herodes, Um 
historiador avalia o Novo 
Testamento
Rev.Dr. Gerald LBray,
Professor a ngl ica no de Divin dad e, 
Escola de Divindade de Beeson, 
Universidade de Samford, 
Alabama; autor de Biblical 
interpretation, past and present:
■ Interpretando a Bíblia 
através dos séculos
Rev. Dr. Richard A.
Burridge, Deão do King's
College, Londres, e Professor 
Honorário de Teologia; autor 
deWhatare the Gospels?,
Four Gospels, One Jesus? 
e John na série People's Bible 
Commentary:
■ Estudando os evangelhos
Rev. Dr. Mike Butterworth,
Diretor de St Albans e Oxford 
Ministry Course; especialista 
em história do Amigo 
Testamento e Profetas:
M Os Profetas
George Cansdale
(in memorian), 
Superintendente, Sociedade 
Zoológica de Londres:
■ A í codornlzes, Pescando 
no Lago da Galiléia
Rev. Colin Chapman,
Professor de Estudos Islâmicos, 
Escola de Teologia do Oriente 
Próximo, Beirute; escritor 
sobre conflitos entre árabes 
e israelenses e relações entre 
cristãos e muçulmanos;
■ A terra prometida,"Guerra 
Santa"
Rabino Dan Cohn-Sherbok,
Professor de Judaísmo, 
Departamento de Teologia e 
Estudos Religiosos, Universidade 
de Wales, Lampeter: 
w A Biblia Hebraica
Rev. A. E. Cundall, ex-diretor, 
Faculdade Bíblica de Vitória, 
Austrália; autor de vários livros 
e estudos relacionados com 
d Antigo Testamento:
■ Examinando a cronologia 
dos reis
Dra. Katharine Dell,
Professora de Divindade, 
Universidade de Cambridge; 
Professora e Diretora de 
Estudos na Faculdade St 
Catherine; especialista em Jó 
e literatura de sabedoria:
■ Entendendo ló, Sabedoria 
em Provérbios e Jó
John H. Eaton, ex-Professor de 
Antigo Testamento, Universidade 
de Birmingham; autor de estudos 
sobre Salmoseos Profetas:
■ Os Salmos em seu contexto
D r. Mark Elliot, Professor de 
Teologia Histórica e Sistemática, 
Universidade de Nottingham: 
com Dr. Stephen Travis:
M Lista Aprovada - 
0 cânon das Escrituras,
Livros deuterocanônicos
Dra. Grace I.Emmerson,
ex-membro do Departamento 
de Teologia, Universidade 
de Birmingham:
■ Entendendo Oséias
MaryJ. Evans, Diretor do Curso 
de Vida e Ministério Cristãos e 
Professora de Antigo Testa mento, 
Faculdade Bíblica de Londres:
■ Profetas e profecia
Rev. David Field, ex-
vice-presidente, Faculdade 
Teológica de Oak Hill, Londres: 
m o reino de Deus
Rev. Dr. R. T. (Dick) France,
ex-diretor de Wyçliffe Hall, 
Oxford; estudioso do Novo 
Testamento e escritor:
■ Religião judaica no período 
do Hovo Testamento, Jesus 
eo Antigo Testamento, "Deus 
conosco" - a encarnação,
O Antigo Testamento no Novo 
Testamento, A Dispersão judaica
Frances Fui ler,autora, 
editora e ex-diretora de Baptist 
Publications, Beirute; tesidente do 
Oriente Médio pormuitosanos:
■ Sara, Agar, Retrato de Rute, 
Ana, Retrato de Ester, Maria, 
Marta e Maria, Maria Madalena
Dr. David Gill, Professor sênior 
de História Antiga, Universidade
de Wales, Swansea:
■ A província romana do 
Judéia, A cidade de Atenas, 
Governo romano, Cultura grega, 
A cidade de Roma, A cidade de 
Corinto, A cidade de Éfeso
D r. John Goldingay,
Professor de Antigo 
Testamento, Seminário 
Teológico Fuller. Pasadena, 
Califórnia; autor de Models 
for Scripture e Models for 
Interpretation of Scripture:
■ Dicas para entender (a Bíblia)
Paula Gooder, Professora de 
Estudos Bíblicos, Faculdade 
Ripon, Giddesdon, Oxford; 
estudos especializados: 
evidência para crença no 
misticismojudaiconoNovo 
Testamento, teologia feminista, 
interpretação bíblica:
■ Entendendo (olossenses
Rev.Dr. Michael Green,
Estudioso do Novo Testa mento, 
autor e professor; Consultor de 
Evangelismo para os Arcebispos 
de Canterbury eYork:
■ “Boas Novos!'1- dos primeiros 
'cristãos, Dons espirituais
Rev. Geoffrey W. Grogan,
ex-diretor, Instituto de 
Treinamento Bíblico, Glasgow:
■ 0 Espírito Santo em Atos
Dr. P. Deryn Guest,
Professor de Bíblia Hebraica, 
Universidade de Birmingham, 
Faculdade Westhill:
■ Entendendo Juizes
Michele Guiness, Jornalista 
e escritora freelance judaico- 
cristà:
■ Páscoae a Última Ceia
Dr. Donald Guthrie
(in memorian), Vice-diretor, 
Faculdade Bíblica de Londres:
■ A Carfcri (revisado para 
esta edição pelo Rev. Dr.
Stephen Motyer)
Richard S. Hess, Professor de 
Antigo Testamento, Seminário 
de Denver, Colorado; 
especialista em Bíblia e 
Oriente Próximo antigo:
■ Nomes de pessoas em 
Gn 1— 11
Colin Humphreys, Professor 
de Ciência de Materiais, 
Universidade de Cambridge:
MA estrela de Belém,
0 recenseamento
Dr. David Instone Brewer,
Pesquisador, Tyndale House 
and Library for Biblical 
Research, Cambridge:
■ Jesus e dinheiro, Jesus e as 
cidades, Jesus e as mulheres
Rev. Philip Jenson, Professor 
de Antigo Testamento, 
Faculdade Trinity, Bristol:
■ Um estilo de vida: Os Dei 
Mandamentos, Sacerdócio no 
Antigo Testamento
Dr. Philip Johnston, Professor 
de Antigo Testam ento, Wydiffe 
Hall, Oxford:
■ Posições do Antigo Testamento 
com relafão ao pós-morte
Rev. F. D. Kidner, ex-Diretor 
deTjmdale House and 
Library for Biblical Research, 
Cambridge;
■ Poesia e sabedoria
Dr. K. A. Kitchen,
ex-Professor de Egípcio e 
Copta, Escola de Arqueologia 
e Estudos Orientais, 
Universidade de Liverpool:
■ Egito
Dr. Nobuyoshi Kiuchi,
Professor de Antigo 
Testamento, Universidade 
Cristã de Tóquio:
■ Sacrifício
Dr. Todd E. Klutz, Seminário 
Teológico de Dallas e 
Faculdade de Wheaton; 
doutorado em demonologia 
antiga e exorcismo, 
Universidade de Sheffield; 
Professor de Novo Testamento, 
Universidade de Manchester:
■ Magia no Antigo 
Testamento
J. Nelson Kraybill,
Presidente do Seminário 
Bíblico Menonita, Elkhart, 
Indiana; autor de Imperial 
Cult and Commerce in John s 
Apocalypse:
■ Adoração do imperador 
e Apocalipse
Dra. Melba Padilla Maggay,
Presidente do Instituto de 
Estudos sobre Igreja e Cultura 
Asiáticas, Manila, Filipinas:
■ Perspectivas culturais: 
Oriente e Ocidente
Dr. I. Howard Marshall,
Professor de Exegese do Novo 
Testamento, Universidade 
de Aberdeen; estudos 
especializados - Lucas-Atos, 
as Cartas de João e as Cartas 
Pastorais (Timóteo eTito):
M Os Evangelhos e Jesus 
Cristo, Os milagres do Novo 
Testamento
Rev. Dr. Andrew McGowan,
Diretor, Instituto Teológico 
Highland, Elgin:
■ Os doze discípulos de Jesus
Alan R. Millard, Professor de 
Hebraico e Línguas Semíticas, 
Universidade de Liverpool; 
Membro da Sociedade de 
Antiquários e palestrante 
internacional sobre 
arqueologia bíblica:
■ 0 Antigo Testamento e 
o Antigo Oriente Próximo, 
Histórias da criação, Histórias do 
dilúvio, Abraão, Onde ficavam 
Sodoma e Gomorra?, Moisés, 
Cidades do conquista, Cananem 
e filisteus, A arca perdida, 0 
templo de Salomão e suas 
reconstruções, 0 escriba, Os 
assírios, Os babilónios, Os persas
Evelyn Mi ra nda- Felicran o,
escritora e Professora, Instituto de 
Estudossobrea ig reja e Cultura 
Asiáticas, Manila, Filipinas: 
m A justiça e os pobres
Rev.J.A. Motyer,
ex-Professor de Antigo 
Testamento: 
m Os nomes de Deus, A 
importância do tabernáculo,
Os Profetas (com Dr. Mike 
Butterwortb)
Rev. Dr. Stephen Motyer,
Professor de Novo Testamento 
e Hermenêutica, London Bible 
College:
■ /ls cartas, Paulo
Rev. D r. Stephen Motyer,
Professor de Novo Testamento 
e Hermenêutica, London Bible 
College:
■ ds Cartas, Paulo
Rev. Dr. Michael Nazir-Ali,
Bispo de Rocbester, ex-diretor 
da Church Mission Society e ex- 
bispo de Raiwind, Paquistão:
■ 0 Coroo e a Bíblia
Dr. Stephen Noll, Professor 
de Estudos Bíblicos na Escola 
Ministerial Episcopal de Trinity, 
Amridge, Pensilvânia; autor de 
Anjos de Luz, Poderes das Trevas: 
Pensando biblicamente sobre 
anjos, Satanás e principados: 
m Anjos na Bíblia
Meie Pearse, Chefe de 
Departamento, Faculdade 
Bíblica de Londres; Professor 
convidado de História da 
Igreja, Seminário Teológico 
Evangélico, Osijek, Croácia:
■ (Vosso mundo — o mundo 
deles
Rev. Dr. John
Polkinghorne, ex-professor 
de Física Matemática, 
Universidade de Cambridge; 
Membro da Sociedade Real:
■ A Bíblia do pomo de vista 
de um cientista
Claire Powell, Professora 
de Novo Testamento, Grego, 
Cristologia, Hermenêutica e 
Gênero na Faculdade Cristã de 
Todas as Nações, Ware, Herts:
■ Mulheres de fé, A Bíblia do 
ponto de vista feminino
Professor Sir Ghillean 
Prance, Diretordo Jardim 
Botânico Real, Kew, Inglaterra:
■ Pessoas como 
administradoras de Deus
Dr. Vinoth
Ramachandra, Secretário 
Regional
da Associação Sul Asiática 
de Estudantes Evangélicos, 
Colombo, Sri Lanka; autor 
de Hecovery of Missions, Gods 
that Fail:
■ Jesus numa sociedade 
pluralista
Dr. Harold Rowdon,
Ex-professor e instrutor 
residente, Faculdade Bíblica 
de Londres; editor-chefe 
e secretário internacional 
de Partnership, uma rede 
de igrejas independentes:
■ Soldados romanos no Novo 
Testamento, Pilatos
Rev.J. A. Simpson, Deão 
de Canterbury:
a o nascimento virginal
Reva.VeraSinton,
Ex-diretora de Estudos 
Pastorais, V/ycliffe Hall,
Oxford:
■ Questões sexuais na igreja 
de Corinto
Rev. John B. Taylor,
Estudioso do Antigo 
Testamento e ex-bispo de St 
Albans:
■ Introdução ao Antigo 
Testamento, Os “Cinco Livros", 
Historio de Israel
Dra. Joy Tetley. Diretor 
do Curso Anglicano de 
Treinamento Ministerial, 
Cambridge:
■ Entendendo Hebreus
Dr. Stephen Travis,
Vice-reitor e diretor 
de Pesquisa, Faculdade 
de St John, Nottingham; 
especialista em Novo 
Testamento:
M Lendo o Bíblia; 
com Dr. Mark Elliot:
■ Lista aprovada -
o "cânon" das Escrituras,
Livros deuterocanônicos
Steve Turner, poeta, 
jornalista eautorde vários 
livros de poesia e biografa;
■ Salmos do ponto de vista 
de um poeta
Rev. Dr. Peter Walker,
Professor de Novo Testamento, 
Wycliffe Hall, Oxford; autor 
de Jesus and the Holy City.
■ Jerusalém no período 
do Novo Testamento
Dr. Steve Walton,
Professor de Novo 
Testamento, Faculdade 
de St John, Nottingham; 
especialista em 
Lucas-Atos.
M O que é a Bíblia?,
Divulgando a palavra - a tarefa 
da tradução
Walter Wangerin Jr,
Ocupante da cáledra 
Jochum da Universidade de 
Valparaiso, Indiana; professor 
de Literatura e Redação; 
teólogo e escritor; autor 
de 0 Livro de Deus: A Bíblia 
Romanceada:
■ A Bíblia como uma história
Rev. Dr. Jo Bailey Wells,
Deã, Faculdade Clare, 
Cambridge:
■ Contadores de histórias - 
a tradição oral, Os escribas,
O trabalho dos editores
Dr. Gordon Wenham,
Professor de Estudos do Antigo 
Testamento, Escola Superior de 
Cheltenham e Gloucester:
■ Alianças e tratados 
no Oriente Próximo
Rev. David Wheaton,
Cónego emérito da 
Catedral de St Alban; 
ex-diretor da Faculdade 
Teológica Oak Hill, Londres; 
Capelão honorário de Sua 
Majestade, A Rainha:
■ A ressurreição de Jesus
Rev. Dr. D. Wilkinson,
Professor de Apologética 
Cristã e diretor do Centro 
de Comunicação Cristã, 
Faculdade de St John, 
Universidade de Durham; 
astrofísico teórico e Membro 
da Sociedade Astronômica 
Real; palestrante e radialista 
sobre questões relacionadas 
com ciência e religião; autor 
úeGod, the Big Bang and 
Stephen Hawking e Alone in the 
Universe?
■ Deus eo universo
Hugh G.M. Williamson,
Ocupante
da cátedra Regius de hebraico, 
Universidade de Oxford:
■ Entendendo Isaías
Robert Willoughby,
Professor de Novo Testamento, 
Faculdade Bíblica de Londres, 
especialista em Evangelhos e 
teologia política:
MA paz de Deus, Amor
Introdução 
à Bíblia
COMEÇANDO j p A BÍBLIA ENTENDENDO TRANSMITINDO
A ESTUDAR NO SEU A BIBLIA A HISTORIA
A BÍBLIA CONTEXTO
14 Os livros da Bíblia 26 Fazendo associações 46 Dicas para entender 62 Contadores de histórias
18 0 que é a Bíblia? a Bíblia e a história 50 Entendendo a Bíblia — a tradição oral
22 Lendo a Bíblia do mundo 52 A Bíblia como uma 64 0s escribas
28 A Bíblia no seu tempo história 66 0 trabalho dos editores
30 Recriando o passado 53 Interpretando a Bíblia 68 A Bíblia Hebraica
36 A terra de Israel através dos séculos /O Uma lista aprovada
38 Animais e aves 58 0 texto e a mensagem — o "cânon'das
40 Árvores e plantas Escrituras
42 0 calendário de Israel 74 Divulgando a palavra
— a tarefa da
tradução
“A rua palavra 
é lâmpada que 
iluminaos meus 
passos e luz que 
clareia o meu 
caminho. ”
SI 119.105
1
A BÍBLIA HOJE
80 Perspectivas culturais
— Oriente e Ocidente 
83 Jesus numa sociedade
pluralista 
86 0 Corão e a Bíblia
89 A Bíblia do ponto de
vista feminino 
92 A Bíblia do ponto de
vista de um cientista 
95 Nosso mundo — p
mundo deles
CWW3MS,
COMEÇANDO A 
ESTUDAR A BÍBLIA
14 Introdução à Bíblia
Os livros da Bíblia
ANTI60 TESTAMENTO (39 livros)
OS "CINCO LIVROS"
Gênesis
Êxodo
Levitico
N úm eros
D eu te ro n ô m io
Estes livros contêm histórias 
sobre a criação do mundo, o gran­
de dilúvio e os pais (e mães!) da 
nação de Israel (Gênesis); a escra­
vidão no Egito e o êxodo (Êxodo): 
e os 40 anos de peregrinação no 
“deserto” do Sinai (Números; 
Deuteronômio).
Eles também registram o dom da 
lei de Deus para seu povo resumi­
do nos Dez Mandamentos (Êxodo;
Deuteronômio) e regras 
detalhadas para sacri­
fício e adoração, cen­
trados no tabernáculo 
(tenda especial de Deus) 
(Êxodo; Levitico).
Hórus, sim bolizado 
por este o lh o , era 
um dos deuses 
d o Egito, onde os 
israelitas fo ram escravizados.
Começando a estudar a Bíblia 15
HISTÓRIA DE ISRAEL POESIA E SABEDORIA OS PROFETAS
■ Josué ■ Jó ■ Isaías ■ 12 "profetas
■ Juizes ■ Salmos ■ Jerem ias menores":
■ Rute ■ Provérbios ■ Lam entações Oséias,
■ 1 e 2Sam uel ■ Eclesiastes ■ Ezequiel Joel, Amós,
■ 1 e 2Reis ■ C ântico dos Cânticos ■ Daniel Obadias,
■ 1 e 2Crônicas Jonas,
■ Esdras Miquéias,
■ Neem ias 11 0 shofar, fe ito de chifre Naum,
■ Ester M de carn eiro , era tocado Habacuque,
israelitas à batalha. Sofonias,
Ageu,
Zacarias,
Malaquias
Começando com a conquista da 
terra prometida (Josué), estes livros 
dão continuidade à história da nação, 
de seus heróis e daqueles que falha­
ram para com a nação ao desviá-la de 
Deus. O período de liderança dos “jui­
zes” (Gideão, Sansãoc outros) termina 
com Samuel, que ungiu os primeiros 
reis de Israel. Depois dos reis Saul, 
Davi e Salomão (1 e 2Samuel; IReis), 
as dez tribos do Norte se separaram e 
formaram o Reino de Israel, enquan­
to a linhagem de Davi continuou em 
Judá. A queda de Samaria nas mãos 
da Assíria marcou o fim de Israel. Mas 
um remanescente de Judá sobreviveu 
à destruição de Jerusalém e retornou 
do exílio na Babilônia. Renovando sua 
obediência à lei de Deus, reconstruí­
ram o Templo e as muralhas da cidade 
(Esdras; Neemias).
Estes livros contêm a maior parte 
da poesia da Bíblia e a “sabedo­
ria” (grande parte em forma de 
provérbios: Provérbios, Eclesias- 
tes) que era bastante popular 
no Oriente Próximo antigo por 
volta da época do Rei Salomão.
Jó é uma dramatização poéti­
ca sobre o sofrimento. Salmos 
é um livro de hinos. Cântico 
dos Cânticos é poesia românti­
ca lírica.
O povo d e Israel 
m uitas vezes 
trocou o Deus 
verd adeiro por 
ídolos. Esta é 
unia im ag em de 
Baal, deus dos 
cananeus.
Os profetas traziam a palavra de 
Deus a seu povo: adver­
tindo sobre o julgamento 
(quando o povo se desviava 
de Deus) incentivando com 
esperança e promessas 
(nos momentos difíceis). A 
maioria viveu nos séculos
8 e 7 a.C., quando a nação 
estava sob ameaça, pri­
meiro dos assírios e depois 
dos babilônios. Amós falou 
pela justiça a favor dos 
pobres. Alguns pertencem 
ao período do retorno do 
exílio. Várias profecias (as 
mais conhecidas estão em 
Isaías) prevêem a vinda do 
“Messias”, que Deus envia­
ria para libertar seu povo e reinar 
com justiça e paz.
16 Introdução à Bíblia
LIVROS
DEUTEROCANÔNICOS/APÓCRIFOS
■ Tobias ■ O ração de
■ Judite A zarias /C ân­
■ Adições a Ester tico dos três
■ Sabedoria de jovens
Salom ão ■ Susana
■ Eclesiástico ■ Bei e o D ragão
■ Baruque ■ 1 ,2 ,3 ,
■ 1 e 2Esdras e 4 M a c a b e u s
■ Carta de ■ O ração de
Jeremias Manassés
Grande parte deste material adi­
cional, incluído nas Bíblias Católicas, 
mas, em geral, ausente nas edições 
protestantes, vem da tradução grega 
(Septuaginta) da Bíblia hebraica. 
Macabeus relata a luta judaica pela 
independência na época “entre os 
Testamentos”. Veja também “Livros 
deuterocanônicos”.
Canetas, tin ta c 
estojo do período 
d o N T .
Um a estatueta 
de Artem is 
(D ian a ) de 
Efeso, a cidade 
em que o 
ensinam ento de 
Paulo resultou 
em tum ulto.
Incenso ío i um dos 
presentes que os 
magos trouxeram 
. para o m enino 
Jesus.
O mais amigo
fragm ento do o - 'tV V S f'» 
Evangelho <le Juiio ■ 
data de 125-130 „
MviHcVlí.iS- ■ - 
».yt»ï|0V{
*ATC
A Jude ia estava 
sob d om ín io 
rom ano no período 
do NT.
| 0 Evangelho 
de João 
registra 
com o Jesus 
transformou 
em vinho a água 
de jarros como 
este.
m andou cunhar 
esta m oeda, 
au to rizo u a 
crucificação de 
Jesus.
O Códice 
Sinaítico, 
que data 
do século 4 d.C ., 
contém todo o NT.
NOVO TESTAMENTO (27 livros)
OS EVANGELHOSE ATOS
M ateus
Marcos
Lucas
João
Atos
Os quatro evangelhos registram 
a vida de Jesus, principalmente 
seus três anos como pregador itine­
rante, e a semana final em que foi 
crucificado. Sua ressurreição é con­
siderada confirmação de sua rei­
vindicação de ser o Messias/“Filho 
de Deus” prometido. Todos 
se baseiam na evidência de 
testemunhas oculares den­
tre seus seguidores mais 
chegados: cada autor tem 
seu próprio propósito em 
contar a história.
Atos é a continuação do Evange­
lho de Lucas, a história de como os 
primeiros cristãos, principalmente 
Pedro e Paulo, difundiram as “boas 
novas” de Jesus entre judeus e gen­
tios, chegando até a própria Roma.
AS CARTAS E APOCALIPSE
■ Rom anos ■ T iago
■ 1 e 2Coríntios ■ 1 e 2Pedro
■ Gálatas ■ 1 ,2 e 3 J o á o
■ Efésios ■ Judas
■ Filipenses ■ A pocalipse
■ Colossenses
■ 1 e2Tessaloni- 
censes
■ 1 e 2T im ó teo
■ Tito
■ Filem om
■ Hebreus
As 13 primeiras cartas — escritas 
para “novas igrejas” recém-forma- 
das — lidam com situações específi­
cas, questões que os cristãos estavam 
levantando, e as necessidades de líde­
res. Todas são de autoria de Paulo, o 
“apóstolo dos gentios”, cuja conversão 
dramática é registrada em Atos.
Hebreus (mais parecido com um 
sermão do que uma carta) é um 
livro anônimo.
As outras, cartas “gerais”, dirigem- 
se a grupos mais amplos de cristãos.
Apocalipse, embora uma carta 
circular, é o único exemplo no Novo 
Testamento de uma obra “apocalípti­
ca”. Escrita para cristãos perseguidos, 
ela lhes assegura que os propósitos de 
Deus estão sendo e serão realizados, 
até a história chegar ao fim, o mal 
ser finalmente destruído, e o povo de 
Deus gozar para sempre da sua pre­
sença nos “novos céus e nova terra”.
18 Introdução à Bíblia
0 que é a Bíblia?
Steve Walton
Para m uitas pessoas a Bíblia é um 
livro desconhecido. O q u e e la contém ? 
Do que se trata? É m e lh o r ver a Bíblia 
com o um to d o para não nos p e rd er­
mos em m eios aos deta lhes. As duas 
m aneiras mais eficazes d e analisar a 
Bíblia são: considerá-la um a história; e 
ouvi-la com o um a testem unha.
A gran de h is tó ria
A Bíblia é um magnífico livro de 
histórias, cheio de narrativas muito 
bem escritas. Mas ela é mais que
uma coleção de histórias — há uma 
grande história contada pelo con­
junto de relatos individuais. No cen­
tro da grande história está Deus e o 
que ele está fazendo com o mundo 
e a humanidade. A Bíblia começa 
com Deus criando os céus e a terra, 
e conta a história da sua relação 
com a humanidade até o dia futu­
ro em que as guerras, as doenças, 
a morte, e a dor deixarão de existir. 
Esta grande história tem seis partes 
principais.
1. Criação
Deus criou o universo do nada, 
pela sua simples palavra. Gn 1 
registra seis ocasiões em que Deus 
falou e acrescenta: “E assim acon­
teceu.” Deus ficou satisfeito com o 
universo que criou, e o chamou de 
“muitobom” (Gn 1.31). Ele colocou 
pessoas no seu mundo para cui­
dar dele e usar todo o seu poten­
cial, dando-lhes responsabilidade 
pelos animais, pássaros, árvores e 
plantas.
2 . Q ueda
Deus deu às primeiras pes­
soas liberdade para explorar o 
jardim em que as colocou, mas 
proibiu-as de comero fruto de 
uma determinada árvore (Gn 
2.15-17). Influenciados por 
uma serpente falante (a per­
sonificação do mal), elas deci­
diram não fazer a vontade de 
Deus (Gn 3.1-7) e Deus reagiu 
expulsando-as do jardim (Gn 
3.22-24). Esta história (geral­
mente chamada de “queda 
da hum anidade”) é vital 
para compreendermos gran­
de parte da Bíblia, pois expli­
ca que a raça humana está de 
relações cortadas com Deus
— e toda a criação foi afeta­
da pelo rompimento deste 
relacionamento.
Começando a estudar a Bíblia 19
3. Israel
Em seguida vem o período de 
Israel. Deus escolheu um homem, e 
seus descendentes, para ser o meio 
de reparar o estrago que a rebe­
lião humana contra Deus causara
— um homem chamado Abr(a)ão 
que vivia na cidade de Ur.
Deus deu a Abraão uma promes­
sa tripla: uma descendência; uma 
terra que Deus daria a seus descen­
dentes; e que por meio da descen­
dência de Abraão Deus abençoaria 
toda a humanidade (Gn 12.1-3).
Após escolher esta nação, Deus 
a protegeu e cuidou dela.
Eles se tornaram escravos no 
Egito, mas Deus agiu para livrá-los 
por intermédio de Moisés, tirando- 
os do Egito, conduzindo-os numa 
peregrinação de 40 anos pelos 
desertos da Península do Sinai, até 
introduzi-los na terra onde Abraão 
tinha vivido antes deles.
Este ato maravilhoso, chamado de 
êxodo, tornou-se um momento mar­
cante para a nação de Israel, pois, daí 
em diante, eles se lembrariam desse 
episódio como o momento em que 
Deus os tinha salvado e os adota­
do. Até hoje, o povo judeu celcbra o 
êxodo na festa anual da Páscoa.
Enquanto estavam no deser­
to, Deus fez outra coisa que seria 
muito importante para a vida da 
nação: deu-lhes sua lei. A nação era 
sua por causa da sua bondade em 
tirá-la do Egito: logo, os “Dez Man­
damentos”, um resumo da idéia 
central da lei, começam assim: 
“Eu sou o St-NHOR, teu Deus, que te 
tirei da terra do Egito, da casa da 
servidão” (Êx 20.2).
Os m an d am en to s tam bém 
diziam como o povo de Deus devia 
viver (Êx 20.3-17).
O povo, no entanto, não conse­
guia viver consistentemente como 
Deus queria, e então outra parte cru­
cial da lei era o sistema sacrificial.
Quando o povo desobedecia à 
lei, a maneira de “cobrir" seu erro 
e restaurar o relacionamento com 
Deus era o sacrifício de um animal 
no lugar da pessoa que desobedece­
ra a lei. A pessoa colocava uma das 
mãos na cabeça do animal, para 
demonstrar que este estava sendo 
sacrificado por ela, para que Deus 
perdoasse sua desobediência.
Tratava-se de um procedimento 
caro, pois animais eram um gran­
de sinal de riqueza na sociedade 
rural da Antiguidade. Posterior­
mente, os sacrifícios passaram a 
ser oferecidos no Templo de Jeru­
salém, a capital da nação.
A vida de Israel continuou com 
muitos altos e baixos por mais de 
1000 anos.
A nação se dividiu após a morte 
do rei Salomão, e a parte norte do 
reino (Israel) caiu nas mãos dos 
assírios no século 8 a.C., porque 
abandonara sua fé cm Deus dando 
lugar a outras religiões.
O povo do reino do sul (Judá) 
foi levado ao exílio na Babilônia 
cerca de 150 anos mais tarde, por 
razões semelhantes.
Mas Deus não desistira do seu 
povo. Ele restaurou o povo de Judá na 
sua própria terra cerca de meio século 
depois. Profetas — que transmitiam a 
palavra de Deus ao povo — interpre­
taram este retorno como um “novo 
êxodo” (veja, por exemplo, Is 40.3-5; 
43.1-7). Os profetas também anuncia­
ram um salvador vindouro, que Deus 
enviaria para libertar seu povo, uma 
pessoa que os judeus chamavam de 
“Messias”. Diversos grupos de judeus 
tinham crenças diferentes com rela­
ção ao Messias, mas todos esperavam 
que ele trouxesse o reino de justiça da 
parte de Deus.
4 . Jesus
Os profetas prometeram mais 
que um simples retorno à terra. 
Eles falaram de outras coisas boas 
que Deus faria para seu povo, inclu­
sive liberdade para adorar e viver 
como povo de Deus e a oportuni­
dade de envelhecer sem medo. Isto 
ficou ainda mais difícil quando o 
povo se tornou prisioneiro em sua 
própria terra e foi oprimido por 
povos pagãos. No século 1 d.C., 
eles se sentiam como se ainda esti­
vessem no exílio, sendo castigados 
por Deus, embora estivessem fisi­
camente na sua terra. Os romanos 
os governavam e eles não tinham 
liberdade para viver como o povo 
de Deus devia viver. Mas as histó­
rias centrais que os definiam como 
povo de Deus eram histórias de 
Deus agindo para resgatá-los — Ele 
fizera isto no êxodo e no retorno da 
Babilônia, e por isso eles criam que 
Deus o faria novamente.
Nesse contexto aparece Jesus, 
um mestre judeu que curava e 
falava do “reino” de Deus — afir­
mando que Deus ainda estava no 
controle, apesar dc seu povo estar 
sofrendo e sendo oprimido.
Durante três anos Jesus ensinou, 
curou e libertou pessoas de forças 
opressivas, anunciando que o poder 
de Deus podia ser visto no que Ele 
fazia e dizia (Lc 11.16-20).
Jesus se im portava com os 
pobres e excluídos da sociedade — 
Ele ajudou até estrangeiros despre­
zados que o procuravam (p. ex. Mt 
8.5-13). Jesus dizia oferecer reno­
vação para a nação, trazendo boas 
novas do perdão de Deus. Ele falava
20 Introdução à Bíblia
a respeito do Templo de uma forma 
que sugeria que este seria destruí­
do e substituído de certa maneira 
por sua própria pessoa (Jo 2.18- 
22; Mc 13.1-2).
Esta mensagem não foi bem 
aceita pelos líderes judeus, cuja vida 
dependia da existência do Templo. 
Muitos deles estavam colaborando 
com os governantes romanos e não 
queriam a instabilidade que Jesus 
aparentemente trazia.
Isto levou a uma tram a para 
matar Jesus (Jo 11.47-53). Surpre­
endentemente, Jesus não resistiu a 
isto. Ele parecia saber o que esta­
va se passando e falava disso por 
meio de parábolas (Mc 12.1-12). 
Além disso, Jesus considerava sua 
morte a realização daquilo que os 
sacrifícios representavam: perdão 
e renovação para o povo.
Na noite em que foi preso e jul­
gado, ele passou tempo com Seus 
amigos, celebrando a Páscoa que 
comemorava o êxodo do Egito. 
Jesus deu àquela refeição um novo 
significado. Ele deu ao pão e ao 
vinho da refeição um novo signi­
ficado. Ele interpretou o pão e o 
vinho da refeição como símbolos 
do seu corpo e sangue, entregues 
na morte (Lc 22.14-20).
Pouco depois Jesus foi preso, 
julgado e condenado à m orte 
pelos líderes judeus, e depois 
pelos romanos (pois os judeus não 
podiam fazer execuções naquela 
época). Ele foi executado por cru­
cificação. Trevas cobriram a terra 
enquanto ele estava pendurado na 
cruz. Jesus morreu.
Três dias depois Seus seguidores 
ficaram totalmente maravilhados 
e alegres em vê-lo vivo novamen­
te: a morte não fora capaz de der- 
rotá-lo. Ele era o mesmo Jesus que 
conheciam há três anos, mas que 
agora estava mais vivo que nunca. 
Ele realmente era o Messias!
5. Os seguidores de Cristo
Após a sua ressurreição, Jesus 
deu a seus seguidores a responsa­
bilidade de contar aos outros sobre 
ele. Antes de voltar para Deus, ele 
prometeu dar-lhes poder para rea­
lizar esta grande tarefa.
Na festa judaica de Pentecostes, 
pouco tempo mais tarde, os segui­
dores de Jesus foram surpreendi­
dos pelo envio do Espírito Santo, 
quando receberam a capacidade de 
falar em novas línguas, de forma 
que uma grande multidão foi atraí­
da para ouvi-los falar sobre Jesus.
Aquele pequeno grupo rapi­
dam ente espalhou a mensagem 
sobre Jesus por todos os países ao 
redor do mar Mediterrâneo. Peque­
nos grupos de cristãos começaram 
a formar-se, inicialmente entre o 
povo judeu, mas depois também 
entre não-judeus: a promessa feita 
a Abraão de que toda a humanida­
de seria abençoada por meio da sua 
descendência começava a se cum­
prir! Estes grupos reuniam-se na 
casa de algum membro do grupo.
E os primeiros grupos cristãos 
tinham seus problemas! As car­
tas dos primeiros líderes cristãos 
demonstram os tipos de dificulda­
des que tinham, ajustando-se a um 
novo modo de vida que derrubava 
barreiras entre as pessoas — bar­
reiras de gênero, condição social e 
raça (G1 3.28).
Eles tiveram de aprender oque 
significava ser seguidor de Jesus: 
não era mais possível viver do jeito 
que se quisesse. Cuidar dos outros, 
principalmente de outros cristãos, 
era mais importante que suas pró­
prias necessidades. Além disso, eles 
tinham de estar prontos para sofrer 
pela sua fé em Jesus — muitos 
foram excluídos socialmente, outros 
morreram porque se compromete­
ram a segui-lo.
6 . 0 fim dos tem pos
Como os primeiros cristãos lida­
vam com este sofrimento? Como 
entendiam o que Deus estava fazen­
do agora que Jesus deixara a terra?
O último livro da Bíblia, Apoca­
lipse, mostra que Deus tem o contro­
le dos processos da história, algo que 
elevaria os espíritos dos cristãos perse­
guidos à presença do grande Deus que 
serviam. Mais que isso, os primeiros 
cristãos aguardavam um dia em que 
Jesus voltaria à terra para completar, 
finalmente, a obra que começara na 
Sua vida, morte e ressurreição.
Nesse dia, os cristãos esperam a 
renovação e restauração de todo o 
universo de volta ao plano original 
de Deus na criação (Ap 21.1-8).
Será também um dia em que o 
mal e o pecado serão removidos 
do mundo, um dia no qual aqueles 
que rejeitam a Deus serão julgados 
e aqueles que confiam em Jesus 
verão o Senhor face a face.
Começando a estudar a Bíblia 21
A Bíblia com o testem u n h a
A Bíblia não conta esta história 
de forma distante, como um his­
toriador faria. Ela é escrita para 
convidar aqueles que ouvem sua 
mensagem a confiar em Jesus tam­
bém. É escrita para convencer seus 
leitores a se tornarem seguidores 
de Jesus, e ajudá-los a entender 
como segui-lo com outras pes­
soas. Ler a Bíblia é como receber 
um convite para uma festa — ela 
busca nossa resposta!
Este grupo de jovens cristãos da Ásia representa 
05 milhões que ao longo dos séculos ouviram 
a história da B íblia c se to rn aram seguidores 
de Jesus.
Traduções da Bíblia
A Bíblia ou, pelo menos, uma parte dela já 
foi traduzida para mais de 2400 línguas. No Brasil, 
a Bíblia completa já foi traduzida, além do por­
tuguês, para línguas minoritárias como, waiwai, 
guajajara e guarani-mbyá.
Fm português, assim como em outras línguas 
majoritárias, existem várias traduções. Algumas 
são mais antigas; outras, mais recentes,
Alguns leitores preferem uma tradução mais 
antiga como, por exemplo, a edição Revista e Corri­
gida de Almeida. Outros têm dificuldade com a lin­
guagem arcaica, e preferem uma tradução mais atual, 
como a Nova Tradução na Linguagem de Hoje.
Ter mais de uma tradução na mesma língua, 
longe de ser um problema, é uma benção. F.m 
geral, as diferentes traduções se complementam, 
ou seja, uma ajuda a entender a outra. Além disso, 
permitem uma leitura comparativa e uma melhor 
compreensão da mensagem da Bíblia.
Para maiores detalhes sobre diferentes tra­
duções. veja p. 77.
Capítulos 
e versículos
Em edições modernas da Bíblia, o texto 
costuma ser disposto em parágrafos e seções. E 
o caso, por exemplo, da Nova Tradução na Lin­
guagem de Hoje. Um sistema mais antigo, criado 
em grande parte para localizar textos bíblicos, é 
a divisão do texto em capítulos e versículos. Os 
números dos capítulos começaram a ser inseridos 
no texto bíblico no século 13 d.C. Os números dos 
versículos foram acrescentados posteriormente, no 
século 16.
Cada livro da Bíblia tem um nome. Sempre 
que se faz referência a uma passagem, este nome, 
em geral abreviado, aparece em primeiro lugar. 
Logo em seguida aparece o número do capítulo. 
Um ponto separa o capítulo do versículo, que 
aparece por último. Assim, uma referência bíblica 
normalmente tem a seguinte estrutura: livro, capí­
tulo, versículo(s). Por exemplo: Gn 12.1-3 significa 
"livro de Gênesis, capítulo 12, versículos um a três". 
Rm 3.21 -26 significa “carta aos Romanos, capítulo 
três, versículos 21 a 26" (veja uma lista de abre­
viaturas no início do livro). Este sistema permite 
localizar facilmente qualquer texto bíblico.
Por mais útil gue seja o sistema de capítulos 
e versículos, não deveria ser determinante na hora 
de ler o texto. Afinal, essa divisão na faz parte 
do original; foi acrescentada posteriormente, às 
vezes, a divisão do capítulo ocorre no meio da 
história e o versículo termina com vírgula! Portan­
to, recomenda-se ler trechos mais longos, e com­
pletos . Em outras palavras, é melhor ler parágrafos 
e seções do que ler versículos e capítulos.
22 Introdução à Bíblia
Lendo a Bíblia
Stephen Travis
R elacion am en to
Em segundo lugar, elas contam 
a história do nosso relacionamen­
to com Deus. Há histórias sobre o 
povo tentando obedecer a Deus, 
mensagens de profetas e apósto­
los incentivando o povo a redes- 
cobrir o caminho de Deus, orações 
de pessoas que anseiam receber a 
bênção de Deus.
C om u n idade
Em terceiro lugar, elas falam 
sobre nosso relacionamento com o 
povo de Deus, a igreja. Os livros 
da Bíblia foram escritos em gran­
de parte para uma comunidade, 
não para indivíduos. Então vere­
mos que sua mensagem se d iri­
ge a nós mais claramente quando 
estudam os a Bíblia com outras 
pessoas do que quando o fazemos 
sozinhos.
Ler a Bíblia pode ser um a tarefa difí­
cil. Às vezes é em ocionante, renovador. 
Mas às vezes ficamos perplexos.
C om o p odem os co m e ç a r e c o n ti­
nuar lendo?
É útil saber exatamente porque 
estamos lendo. As pessoas lêem a 
Bíblia por várias razões diferentes.
■ Você pode lê-la como literatura. 
Os Salmos, por exemplo, e o livro 
de Isaías são considerados dois 
dos melhores livros do mundo.
■ Você pode lê-la para descobrir 
a história do mundo antigo.
■ Você pode ler a Bíblia para estu­
dar a base da fé e dos padrões 
éticos judaicos e cristãos.
■ Ou você pode ler a Bíblia para 
descobrir os temas e histórias 
que inspiraram a obra de vários 
artistas, músicos e escritores do 
mundo.
Todas estas são razões positi­
vas para estudar a Bíblia. Mas só 
chegaremos ao cerne da ques­
tão se perguntarmos por que 
os livros bíblicos foram 
escritos.
O que motivou as pessoas que 
contaram as histórias, compuse­
ram os salmos, escreveram as car­
tas, profetizaram o futuro?
Como elas viam Deus atuando 
na vida das pessoas?
Podemos resumir seu propósito 
em quatro categorias.
“Quando... um indivíduo 
humildemente toma este livro 
escrito por pessoas comuns 
e que traz bem evidenciadas 
as marcas do tempo 
e as dificuldades causadas pelo 
processo de transmissão, 
o Espírito Santo começa a agir 
e transmite Cristo por meio dele 
para a mente e o coração 
e a consciência do leitor.”
Donald Coggan
H istó ria
Em primeiro lugar, elas contam 
a história de como Deus convidou 
um grupo específico de pessoas 
para conhecê-lo, de forma que no 
final o mundo inteiro aprendesse a 
conhecê-lo e amá-lo.
Apesar da variedade de livros 
na Bíblia e da grande extensão de 
tempo durante a qual foi escri­
ta, há uma linha de racio­
cínio em toda a obra que 
dá sentido às diversas 
partes.
A Bíblia c com o um a 
bússola, (laudo d ireção 
a nossas vidas.
S ociedade
Em quarto lugar, elas falam
— principalmente no Antigo Tes­
tamento — sobre nosso relaciona­
mento com a sociedade e o mundo. 
A Bíblia não é um livro sobre uma 
religião que só se preocupa comi­
go como pessoa. Ela mostra como o 
povo de Deus devia refletir em suas 
próprias vidas o caráter de Deus e 
seu interesse por todo o mundo. 
Ela dá milhares de exemplos do 
significado de “ame o S e n h o r , o 
seu Deus... e ame o seu próximo 
como você ama a você mesmo”.
Então, se quiserm os ouvir a 
mensagem da Bíblia, como deve­
mos lê-la?
■ R e c o n h e ç a a v a r ie d a d e 
q u e h á n a B íb lia . Há his­
tórias e parábolas, orações e 
poesias, profecias e provérbios, 
visões do céu e conselhos práti­
cos para o dia a dia.
Começando a estudar a Bíblia 23
Nossa vida encerra vários aspec­
tos diferentes e Deus se interessa 
por cada um deles. Por isso, geral­
mente não é uma boa idéia tentar 
ler a Bíblia direto de Gênesis até o 
fim. E melhor, por exemplo, variar 
de vez em quando entre o Antigo e 
o Novo Testamento.Um bom plano é começar com 
um Evangelho, depois ler alguns 
salmos, depois uma das cartas 
mais curtas do Novo Testamento, e 
depois um trecho de Gênesis (capí­
tulos 1—11).
■ P e r g u n te : “ Q u e t ip o d e 
l iv r o e s t o u le n d o ? ” Não
le m o s um liv ro de h i s tó ­
ria como lemos o m anual de 
m a n u te n ç ã o do c a rro . Da 
mesma forma, os vários tipos 
de livros bíblicos precisam de 
abordagens diferentes. Quan­
do leio o Sermão do Monte (Mt 
5—7) faço uma pausa a cada 
frase, porque todas as palavras 
de Jesus são informações vitais 
para a vida cristã. Quando leio 
o livro de Eclesiastes no Anti­
go T estam en to , te n h o uma 
abordagem mais descontraída 
e me divirto com sua m anei­
ra estranha de ver a natureza 
humana.
■ Tente, d e vez em qu an d o , 
ler trech os m ais lo n g o s de 
um a s ó v e z , especialm ente 
se estiver estudando um livro 
narrativo. Não lemos apenas 
duas páginas de um romance e 
depois o colocamos de lado até 
o dia seguinte.
Leia um Evangelho inteiro e 
você perceberá coisas sobre Jesus 
que jamais notara antes.
Leia ioda a história de Davi 
em 1 e 2Samuel e terá uma noção 
melhor do envolvimento de Deus 
em todos os altos e baixos da vida 
dessa pessoa, algo que você jamais 
compreenderia se lesse apenas 
alguns versículos de cada vez.
■ À m edida que lê , p ergunte 
que en sin a m en to a p a ssa ­
gem o ferece sobre os quatro 
aspectos do propósito da Bíblia
descritos acima: o que aprendo 
sobre o plano de Deus para o 
mundo; sobre meu relaciona­
mento com Deus, com o povo 
de Deus, e com a sociedade e 
o mundo?
É claro que nem toda passagem 
ensinará algo sobre cada uma des­
tas quatro áreas da nossa vida. Mas 
sempre há algo para ajudar você a 
refletir sobre sua vida com Deus.
■ P recisam os tam bém p erm i­
tir q u e a B íb lia n o s fa ça 
p erg u n ta s — deixar que ela 
questione nossos pressupostos, 
nosso comportamento e nossas 
prioridades.
Ouviremos sua mensagem se a 
abordarmos com a reverência ade­
quada — não uma reverência pelo 
que está impresso no papel, mas 
pelo Deus que fala conosco por 
meio da Bíblia.
■ N ão d esa n im e se sentir que 
precisa fazer um curso in ten ­
sivo de in terpretação bíblica 
para poder começar a ler. 
Ninguém aprende a jogar fute­
bol ou qualquer outro esporte 
sentado na poltrona, lendo livros 
de educação física! Use os guias 
d ispon íveis , com eçando com 
este Manual. Mas não deixe que 
estes impeçam você de entrar em 
campo!
Ler a B íb lia em pequenos grupos pode 
ser um a m aneira estim ulante d e cstudã-la, 
pois os m em bros d o grupo podem com partilhar 
sua com preensão d a mesm a.
■ A Bíblia n ão é um livro de 
c u lin á r ia com uma receita 
para cada circunstância da vida 
m oderna. Ela é parecida com 
um a bússo la para nos guiar 
na direção certa, e não tanto 
com um mapa que traz todos 
os detalhes anotados. A men­
sagem da Bíblia gradualmente 
transform a as pessoas no que 
elas deveriam ser.
A Bíblia faz o cristão e o cristão 
reage a Deus e às questões da vida 
como Cristo reagiria.
A BIBLIA NO SEU 
CONTEXTO
26 Introdução à Bíblia
Fazendo associações — 
a Bíblia e a história do mundo
2000 a.C. — 2000 d. C.
Período bíblico
Abraãoeos patriarcas
Israelitas no Egito 
Exorto
0 « Mandamentos
0 período bíblico desde Abraão se sobre­
põe a cerca de metade de nossa história até os 
dias de hoje. Como os acontecimentos bíblicos 
se relacionam com o que se passava no resto 
do mundo? Fazer ligações pode ser fascinante. 
Será que os israelitas levaram o monoteísmo ao 
Egito, tendo sido mais tarde suprimido? As novas 
religiões na Ásia surgiram na mesma época dos
Ideologias, crenças, idéias
Politeísmo, religiões étnicas, religiões 
primitivas 
Stonehenge. Inglaterra; quebrar
Judaísmo
Reis Davi e Salomão 
femplo de Jerusalém
Os Profetas 
Destruição de Jerusalem 
edo Templo; início do exílio 
Retorncdos judeus, reconstruçãodo 
Templo
profetas de Israel. A mensagem de Jesus apa­
receu numa época singular, quando o sistema 
de comunicações do mundo romano e a língua 
grega possibilitaram sua rápida propagação no 
Império Romano e no Oriente. Este diagrama traz 
apenas alguns dos personagens, acontecimentos 
e ideologias que ajudam a mostrar o desenvol­
vimento das idéias desde 2000 a.C.
Criação 
das sinagogas 
Revoltados macabeus
Septuaginta ou tradução 
grega da Biblia hebraica
Primeira rebelião judaica 
Templo de Jerusalém cte« X 
Josefo, historiador judft J 
Se'
soÊBarKochba 
Jesus
Cristianismo “J"''11'1 
«mita1
Igrejas fundadas no Impèic
Imperador Constaniiiw adota w u ^ ,!
o cristianismo fcsóes
Domingo se torna dia do Se.-.-« ̂ a,rí 
Concilio de Nicéia estabeíeceoa^y 
Canto de hinos desenvohido ? 
porAmbrõsio
Budismo,
hinduísmo,
religiões
asiáticas
Siddl)ar tha Gautama, Buda
Rigvcda, upanishads: poesia e ensinamentos hindus
Jainrsmo fundado na India
Confúciona China
Tacismo
T
Paganismo clássico na Grécia Lao-Tsé, filósofo chinês
Religião panteísta se desenvolve na India Zorwstro, fundador
Período de adoração monoteista do 
sol no Egito
Adoração de Baal da religião persa 
Esquilo. Sófodes, Heródoto, Eurípedes 
Sócrates, filósofo moral
Filosofia grega: Aristóteles, Platão 
Estoicismo
Epicuro e filosofia ’’epkurhta“
Neoplatonismo, filosofia gregè
Civilizações, pessoas, acontecimentos Era do Ferro Dispersão do povo celta pela Europa Alexandre, o Grande, conquista
Civilização etrusca central e ocidental a Pérsia e nvade a india
Egitoantigo EradoBrcnze Império Assirio Grande Muralhada China
Mesopotãmia Hititasem Anatólsa Primeiros jogos o- impees registrados Grecia sob controle romano
Hamurábi dos códigos babilónicos Cananeus Império Babilónico Império Romano
Sete primeiros períodos da 1 iteratu ra Império Persa Pornpeu captu ra Jerusalém
chinesa Civilização grega lútio César
Cultura minóicaem Creta Ihada e Od isséia de Homero Nav.os chineses chegam à India
Construção da Acrópole em Atenas Horácio,Ovidio,Séneca
Adoção da dem acracia em Atenas
Inicio do Império 1 ndiano
2000 a.C 1600 1200 800 400
Poli itésios estabelecem colônii: 
no Pacifico Civil
Governo romano, cultura helcn::- Era c
imperadorConstantinoreúne:} pfjn-
impérios ocidental eoriemH p
sendo a capital ConsiantiiKfí ^ fat
Hunos invadem a Europa \
Evar
2 8 Introdução à Bíblia
A Bíblia no seu tempo
Os p a tr ia rc a s Is ra e l no E g ito
R e in o Exílio
U n id o
Êxodo e R ein o
c o n q u is ta J_D iv id id o
Rei Davi faz 
de Jerusalém sua capital
i:
P in tu ra dc tú m u lo eg ípc io 
m ostra v is itâm es dc G in a a .
IIMû Moisés
Rei Salomão 
constrói o Templo
Reino 
de Israel 
no Norte
Rei Acabe 
Profeta Elias 
Profeta Eliseu
Dez Mandamentos,' 
Leide Deus dada no Sinai
Samaria conquistada pelo 
Assíria 722/1
| Construção das pirâmides 
do Egito 
I Criação de sepulturas reais 
em Úr
' Primeiras bibliotecos do mundo, 
na Mesopotámia ■ Civilização minóica em Creta
Preparação do 
Tabernáculo/Tenda 
de Deus
Reino 
deJudà
no Sul Pel°
Jerui
Batalha de Jericó
Juizes
Sansáo
Samuel
Profeta Isaias 
Rei Ezequias 
Profeta Jerenú
do Tc
Tutancàmon 
■ do Egito (morto 
eme. 1338)
Primeiros Jogos Olímpicos m 
registrados c. 776
Rómulo, primeiro rei jmpP 
de Roma
Império Assirio ® C
Inicio da construção dc ►► 
Acrópole em Atena ,
2500 a c 2000 1750
30 Introdução à Bíblia
Recriando
John Bimson
"A arqueolog ia prova qu e a Bíblia é 
verdadeira?"
Esta é um a pergunta fe ita fre q ü e n ­
te m en te a arqueólogos que ta m b é m 
traba lham com a Bíblia. O in d a g ad o r 
g era lm ente q u e r saber se há e v id ê n ­
cia arqueológica d e que eventos espe­
cíficos aconteceram .
Na rea lid a d e a a rq u e o lo g ia rara ­
m e n te dá ev id ê n c ia d e s te t ip o . Na 
maioria dos casos ela dá um co ntexto
re lac ionados, 
e a entender o 
clima, a produ­
ção de alimen­
tos e os padrões 
m u tan te s de
o passado O tell (m onte form ado por m inas) da cidade bíblica 
de Laquis.iVo detalhe: instrum entos
Desenterrando cidades antigas
Até recen tem en te grande parte da 
arqueologia bíblica envolvia a escavação 
de tclls, montes feitos de ruínas de cidades 
antigas. As cidades nos tem pos da Bíblia 
gera lm en te eram reconstruíd as várias 
vezes no mesmo local, muitas vezes após a 
destruição por inim igos, incêndios ou ter­
remotos. Uma cidade que é freqüentemen­
te reconstruída sobre suas próprias ruínas 
acabará formando um monte de tamanho 
considerável e tal monte é um tell em árabe
(ou lei em hebraico). Escavar um tell sig­
nifica cavar por várias camadas (ou estra­
tos), sendo que cada camada representa um 
período de ocupação. Escavação e registro 
cuidadosos capacitam arqueólogos a com­
por a história de uma cidade, a ver mudan­
ça no seu status e na sua cultura.
assen tam ento 
da antiguidade.
Estas abor­
dagens aparen­
temente não estão relacionadas 
com a Bíblia (e alguns arqueólogos 
não gostam do termo “arqueologia 
bíblica”), mas, se elas nos capaci­
tam a entender como a sociedade 
funcionava nos tempos bíblicos, 
podem indiretamente esclarecer a 
Bíblia para o leitor moderno.
Uma historia de advertência
As primeiras tentativas de ligar d es­
cobertas arqueológicas à Bíblia levaram a 
algum as conclusões enganosas. A d esco­
berta de uma série de longas construções 
retangulares em Megido em 1928 (acima) 
foi interpretada como se fossem estábulos e 
foi datada do período de Salomão. A desco­
berta logo foi ligada a uma referência, feita 
em lR s 9.15, de que Salomão reconstruiu 
Megido e as “cidades onde ficavam os seus 
carros de guerra" mencionadas três versí­
culos depois.
S u b seq ü en tem en te as co n stru çõ es 
foram datadas do reinado de Acabe, um 
século depois de Salomão. Agora se suge­
re que estas construções são ainda mais 
recentes e alguns arqueólogos duvidam 
que sequer sejam estábulos. Isto deve nos 
advertir contra estabelecer conexões preci­
pitadas. A evidência arqueológica nem sem ­
pre é fácil de interpretar.
Cerâmica auxilia a datação
As datas dos estratos de um tell geral­
mente são estabelecidas por sua cerâmica. 
Estilos de cerâmica estavam sempre mudan­
do; assim, fragmentos de cerâmica (sempre 
abundantes cm camadas de ocupação) são 
uma boa pista para a data em que determi­
nado eslrato era uma cidade próspera. Em 
última análise, as datas da cerâmica depen­
dem de ligações com o Kgito ou a Mesopo­
tamia, regiões nas quais longos períodos de 
história antigos foram reconstruídos a par­
tir de listas de reis.
no qual a Bíblia p o d e ser m ais b em 
com preendida.
N ovas abordagen s
A tualm ente, a arqueo log ia 
envolve muito mais que a escava­
ção de tells (sítios arqueológicos). 
Levantamentos regionais podem 
nos ajudar a ver como cidades, 
vilas e acampa­
mentos nôm a­
des estav am
Esclarecendo 
o Antigo Testam ento
Em geral a arqueologia esc larece o 
contexto cultural, ao invés do contexto 
histórico de um evento da Bíblia, como 
demonstrado por estes exemplos do Antigo 
Testamento.
Templo de Salomào
A planta do Templo de Salom ão, com 
sua divisão tripla, tem sem elhanças com 
templos cananeus do final da Era 
do Bronze e com um tem plo 
posterior do norte da Síria. 
Em seu interior, o Templo de 
Salom ão tinha painéis de 
madeira entalhados com 
q u eru b in s , p a lm eira s , 
cabaças e flores. Placas 
de marfim entalhado cm 
estilo fenício, encontra­
das em Samaria (figura 
de palm eiras à esquer­
da) e na Síria e Assíria, 
são sem elhantes a essas 
decorações do Templo 
de Salomão.
A prática dc S a lo ­
mão de revestir gran­
de parte da decoração 
interior do Templo com 
ouro pode ser ilustrada 
por templos egípcios.
Estes exemplos nos 
ajudam a im aginar o 
Templo dc Jerusalém . 
Eles também mostram 
que os detalhes da des­
crição são com pleta­
m ente p lau síve is no 
seu devido contexto.
As vitórias do f;araó 
M cm cptá (cerca de 
1208 a.C.) foram 
registradas nesta esteia 
(mais de 2 m de altura). 
Ela contém a referência 
mais antiga, além 
da Bíblia, a um povo 
cham ado Israel.
Produção de azeite de oliva
O azeite de oliva era um dos produtos 
mais importantes dos tempos bíblicos (Os 
2.8, etc.). Era usado na cozinha, na ilumi­
nação das casas, na fabricação dc cosm éti­
cos e cm vários rituais.
Escavações em Ecrom (Tel Miqne, na 
planície litorânea a oeste de Jerusalém) têm 
esclarecido a produção de óleo de oliva do 
século sete a.C.
Bacias retangulares e compressores de 
pedra eram usados para amassar as azeito­
nas e cada bacia tinha a seu lado dois tonéis 
para prensar a polpa a fim de produzir líquido 
(20-30% de óleo). Vários pesos de pedras de 
77 quilos eram usados no processo de pren­
sagem. Calcula-se que as 115 prensas de óleo 
de Ecrom podiam produzir 500 toneladas, ou 
652.500 litros por ano.
Na antiguidade, era com um usar fragmentos de 
cerâm ica, que sem pre estavam à m ão. para fazer 
breves registros e escrever cartas.
A Bíblia no seu contexto
A Pedra dc 
Roseta foi 
encontrada 
por soldados 
de Napoleào 
perto dc 
Roseta, 
ju n to ao 
rio Nilo.
Ela registra 
um decreto 
do rei 
Ptolom eu V 
do Egito, em 
grego (parte 
inferior),
escrita 
demótica egípcia (no 
m eio), e hieróglifos (parte 
superior). Ela foi a chave 
para decifrar a escrita 
egípcia antiga.
Um selo com 
a inscrição 
“Abdi, servo dc 
Oséias” (últim o 
rei de Israel: 
2Rs 17)
Inscrições
H á, h o j e , 
várias evidências 
arqueológicas de 
que certo nível 
de a lfa b e t iz a ­
ção era comum 
no Israel anti-
go, como a Bíblia ,, séculos 8 7 a.C.., tra z
su gere (veja por 0 ,)ome llc sou dono
exem plo, J z 8 .1 4 , em heb .n ic0 .
Is 10 .19). Inscri­
ções em cerâmica e vasos de pedra, em 
túmulos, pesos, marfins e 
selos foram descobertas em 
diversas localidades. Alguns 
nos esclarecem indireta­
mente acerca da sociedade 
israelita.
Uma coleção de óstracos 
(fragm entos de cerâmica 
com inscrições) da Samaria, 
que data do século 8 a.C., 
registra o pagam ento de 
impostos em espécie (vinho 
e óleo) aos armazéns da cidade. Eles revelam 
que alguns indivíduos supriam em grandes 
quantidades — um sinal de que eram pro­
prietários dc grandes fazendas. A concentra­
ção de terras nas mãos dos ricos foi muito 
condenada pelos profetas do século 8, pois 
isto ocorria geralmente às custas dos pobres 
(Am 8.4; Mq 2.2; Is 5.8).
As duas fotos acima mostram 
m étodos d iferentes dc extrair óleo 
de oliva: o mais antigo era a viga 
e o peso; depois veio o pesado rolo 
de pedra; e, finalm ente, a prensa.
à direita: Estes jarros eram usados 
para arm azenar óleo dc oliva.
32 Introdução à Bíblia
Escavações cm Q u m ran descobriram o scriptorium, 
isto é, a sala cm que os rolos foram escritos.
L m dos rolos do m ar M o rto , antes E ntre os rolos encontrados em Q u m ran havia
d o cuidadoso trabalho de separaçao textos das Escrituras hebraicas 1 .00 0 anos mais
das lâm inas enroladas de form a bem antigos do que as cópias até e n tão conhecidas,
compacta. Esta é um a p arte do ro lo de Isaias.
Os rolos do m a r M o rto foram 
arm azenados em jarro s com o estes 
e escondidos cm cavernas da região pela 
com u nidade de Q u m ran quand o esta
Esclarecendo o Novo 
Testam ento
Vida religiosa
A descoberta tios M anuscritos do Mar 
Morto cm 1947 transformou nossa visão do 
mundo de Jesus.
Os rolos nos revelaram uma seita do 
judaísmo (provavelmente a dos essênios) 
que tinha muitas características distintas c 
abriram os nossos olhos para o fato de que o 
judaísmo do primeiro século não era uma fé 
uniforme e estática: ela estava mudando c 
continha grande variedade em seu meio.
A Bíblia no seu contexto 33
Vista aérea da Cesaréia antiga m ostra parte 
do sítio arqueológico. Os m uros são da época 
das Cruzadas.
AS CONSTRUÇÕES DO REI HERODES
Em vários aspectos o mundo que Jesus 
conheceu fora m oldado por H erodes o 
Grande (37-4 a.C.). Herodes foi responsá­
vel por muitas construções que alteraram 
o panoramadc Jerusalém c de outras cida­
des do seu reino, tais como Hebrom, Jeri­
co e Samaria (renomeada Sebaste, nome 
grego em honra a Augusto César).
Em C esaréia (tam bém nom eada em 
honra ao imperador), Herodes fez de um 
pequeno ancoradouro um porto im por­
tante, ordenando a seus engenheiros que 
criassem um porto artificial grande o sufi­
ciente para os maiores navios m ercantes 
da época.
A cidade foi construída em escala, com 
teatro, anfiteatro, banhos públicos, está­
dio c um templo cm honra ao Imperador 
Augusto.
O palácio do próprio Herodes em Cesa­
réia mais tarde tornou-se residência dos 
governadores romanos da Judéia, inclusive 
Pôncio Pi latos.
Parte de um monumento com o nome e 
título de Pilatos foi descoberto cm Cesaréia 
em 1961 (veja "Os judeus sob o governo roma­
no: a província da Judéia”).
O teatro do rei I Icrodes, cm Cesaréia.
34 Introdução à Bíblia
A Jerusalém do primeiro século
Escavações no setor judaico de Jerusa­
lém durante a dccada de 1970 revelaram 
exemplos de mansões, ocupadas pela elite 
(possivelmente sacerdotes) no século um da 
era cristã.
Uma delas, agora conhecida sim ples­
mente como a mansão, foi construída em 
dois níveis num terreno inclinado. As prin­
cipais áreas de estar ficavam no térreo, e 
no porão havia cisternas e banheiras para a 
purificação ritual. Uma das salas do térreo 
tinha um segundo andar.
As paredes tinham reboco dos dois lados 
e os interiores tinham ornamentação rica 
em detalhes. Alguns dos pisos eram deco­
rados com mosaicos. Vidros e cerâmica de 
luxo bem como mesas de pedra de alta qua­
lidade foram encontrados nessas casas, que 
foram destruídas em 70 d.C., quando Jeru­
salém foi tomada pelo exército romano.
Fstas descobertas dão uma idéia da vida 
desfrutada pelos ricos na época de Jesus, 
tais como o líder judeu que é mencionado 
em Lc 18.18-23.
Cafarnaum
Em comparação, grupos de casas esca­
vadas em Cafarnaum ilustram as casas bem 
mais simples das pessoas que viviam nas 
províncias.
As paredes eram feitas de pedras basál- 
ticas irregulares, com pedras menores e 
argam assa para preencher o s espaços. 
Alguns pisos eram de pedra e pequenos 
objetos podam ser facilmente perdidos entre 
as pedras, como na parábola da moeda per­
dida que Jesus contou (Lc 15.8). Algumas 
casas tinham segundo andar. Os te lh a ­
dos eram feitos de vigas que sustentavam 
galhos ou juncos, cobertos com argila.
Salas c objetos descobertos em escavações na 
Cidade A lta, cm Jerusalém , em fren te ao Tem plo 
de Herodes. Essas casas foram queim adas quando 
os romanos tom aram Jerusalém em 7 0 d .C ., após 
a revolta judaica.
A Bíblia no seu contexto 35
0 COTIDIANO
No clima extrem amente seco da bacia 
do Mar Morto, sandálias, cestos, esteiras 
e roupas sobreviveram desde os séculos l 
e 2 nas localidades de Massada e En-Gedi. 
Estes objetos ilustram de forma toda espe­
cial o cotidiano na Judeia antiga.
Jarros, pratos e objetos domésticos de bronze 
encontrados em Massada.
Jarros de cosméticos, u m pente e outros itens 
encontrados cm Massada.
Para mais informações sobre 
a vida diária veja:
198 Vida nômade 
242 Vida sedentária
Reconstrução parcial 
de um a das casas de 
Jerusalém destruídas 
em 7 0 d.C . Seus 
móveis e piso em 
mosaico dão um a ideia 
do estilo de vida dos 
ricos, apenas 4 0 anos 
após a m orte de Jesus.
No detalhei Às vezes, 
são encontrados 
artefatos que revelam 
a h ab ilidade de quem 
os fez. U m exem plo é 
este vaso de v id ro , que 
data d e época próxim a 
à de Jesus.
U m poço reconstruído 
nos a juda a en ten der 
um aspecto im portante 
do cotid iano nos
Sandálias 
tam bém se 
m an rivera m 
quase intactas, 
apesar da ação do 
tetriDO.
tempos bíblicos.
36 Introdução à Bíblia
A terra de Israel
Israel jam ais foi um país g ra n ­
de ou m u ito poderoso . A d is tâ n ­
cia de Dã, no N orte, a Berseba, no 
Sul, não chega a 230 qu ilôm etro s. 
Mas sua posição na es tre ita fa ixa 
de terra en tre o m ar e o deserto na 
parte o rie n ta l do M a r M e d ite rrâ ­
neo lhe confere im portânc ia espe­
cial. Desde a an tig u id a d e até hoje 
a terra e seu povo têm sofrido com 
u m a série d e lu tas. Nos te m p o s 
bíblicos, essas lutas eram travadas 
geralm ente en tre as grandes civili­
zações da M esopotâm ia, a N ordes­
te, e do Egito, ao Sul.
A gricu ltura e geografia
Israel produz uma extensa 
variedade de alimentos. Cereais e 
grãos, legumes, uvas, figos, romãs, 
azeitonas e tâmaras são cultivados 
desde os tempos bíblicos.
Desde a época de Abraão e 
mesmo antes disso, ovelhas e 
cabras são criadas naquela região 
acidentada e pedregosa, provendo 
leite, carne e lã. Pastos mais ver­
des possibilitam a criação de gado. 
Peixes são abundantes no Lago da 
Galiléia.
O Mar Morto fornece sal e miné­
rios. Mais ao Sul, é extraído cobre e 
o deserto é rico em minérios.
Asdode
+42 m
D iagrama da terra
As regiões geográficas de Israel esten­
dem-se de Norte a Sul, paralelas à costa. 
Dcslocando-se para o interior, a planície 
litorânea dá lugar a uma cadeia de peque­
nas colinas, seguida da região montanhosa 
central, que forma a "espinha dorsal” de 
todo o país. Passando essas montanhas, a 
altitude cai drasticamente até se chegar ao 
vale do Jordão, sendo que existem mais 
cadeias de montanhas a leste.
Para mis informações vejo:
38 Animais eaves 
40 Arvores e plantas
A romã é uma 
das m uitas frutas 
da terra que o AT 
descreve com o “terra 
que m ana leite c 
m eT . Desenhos de romã 
apareciam na barra do 
m anto do sum o sacerdote e 
haviam sido encalhadas nas 
colunas do Templo d e Salomão.
A PLANÍCIE LITORÂNEA
A extremidade sul da planície litorânea 
foi no passado a terra dos filisteus. Perto 
de Haifa, ao Norte, a planície é interrom­
pida pela serra do Carmelo, cujas colinas 
se estendem para o interior até se unirem à 
região montanhosa central.
A REGIÃO MONTANHOSA CENTRAL
Os m ontes de Sam aria e os m ontes 
da Judéia, mais ao Sul, sâo parte desta 
“espinha dorsal” de m ontes acidentados e 
rochosos.
A Bíblia no seu contexto 37
Monte Nebo
PLANÍCIE
COSTEIRA
Berseba
DESERTO 
DO NEGUEBE
0 Vaie do Jordão
O Jordão começa perto do sopé do monte 
Hermom e corre para o Sul, descendo cerca 
de mil metros até chegar ao mar Morto (a 
menor altitude do m undo no seu ponto 
mais baixo, ou seja, mais de 800m abaixo 
do nível do mar). O vale é uma depressão 
profunda, que foi criada por falhas geoló­
gicas nessa área instável. Possui um clima 
quente e úmido bem característico.
Galiléia
Ao norte do monte Carmelo, o territó­
rio se abre numa ampla e fértil planície, 
o vale de Esdraelom ou de Jezreel. Além 
dela estão os montes e vales que cercam o 
lago da Galiléia. A cidade de Dã e o monte 
Hermom, que é coberto de neve (2840m 
de altura), marcam a fronteira ao norte do 
país.
0 deserto
Ao sul de Berseba está o deserto do 
N eguebe. Aqui o índice pluviométrico é 
baixo, e tudo que se vê sâo pequenas man­
chas de vegetação c uma eventual acácia 
entre os montes áridos. Estes ficam mais 
altos, acidentados e imponentes à medida 
que se vai na direção do Sinai, ao Sul.
+500 m
Niveldo mar
-500 m
-1000 m
Chuvas
Israel tem duas e sta ­
ções: o inverno , frio e 
úmido; o verão, quente e 
seco. A temperatura varia 
bastante de um a região 
para outra. No inverno, 
pode nevar em Jerusalém e 
cair chuva gelada na Gali­
léia, enquanto a tem pera­
tura média em Jericó não 
baixa de 15°C. No verão, a 
temperatura média no lito­
ral c na região montanhosa 
é de 22-25cC; na região do 
Mar Morto se mantém uma 
temperatura constante de 
40°C durante o dia. As chu­
vas começam em outubro, 
são mais fortes em dezem ­
bro/janeiro e term inam 
por volta de abril.
Belém Mar M orto Monte Nebo
+760 m -390 m +833 m
+1000 m
Regiões de Israel
r m m m
Mar Mediterrâneo J ■ Monte Hermom
■
GALILÉIA PLANALT0ORIENTAL
• :>■' lago,
Haifa- \ da íáliféia
Monte Carmelo R N to ré ' ' \
Planície " ? 
deJezreet' .
Montes 
deSamaria
PLANALTO OOLIORDAO 
CENTRAL
índice pluviom étrico
polegadas 
60 
50 
-40
— a w 30
600 f 3? 
400 — 
200 
100
— 20 
_ —10 
— —5
38 Introdução à Bíblia
Animais e aves
A nim ais
A ntes da ép o ca d e A braão , o v e ­
lhas e cabras já p astavam nos m o n ­
tes ac identados e rochosos d e Israel, 
fo rnecendo le ite, q u e ijo e carne. A lã, 
usada para fazer vestim entas, sem pre 
fo i valiosa.
Os cam pos mais férte is d e G ileade 
e Basã, a leste d o rio Jordão, fizeram 
com que essas regiões ficassem fa m o ­
sas por seu gado.
C am elos e ju m e n to s são an im ais 
de carga e transporte d e pessoas nos 
países do O rie n te M é d io d e s d e os 
prim órdios. M ulas são u m a cruza d e 
ju m e n to e cavalo . H avia cavalos no 
Egito na época d e José. Eles puxavam 
carruagens e eram m on tados por sol­
dados na fren te de batalha.
U m n ú m e ro b e m m a io r d e a n i­
mais selvagens h a b ita v a a te rra d e 
Israel nos te m p o s b íb lico s d o q u e 
acontece a tu a lm e n te — lobos, leões 
e ursos, raposas e chacais, o ju m e n to 
selvagem (onagro), o íbex, veados e
Poramois fotos e informações vtja:
Ovelhas e cabras 144,269, etc.
Gafanhotos 165,489 
Codomizes196 
Jumentos 248,259, etc.
Corvos 291 
Arganazes B83 
Pombos 405,599 
Gazelas 405
gazelas, cam undongos, ratos e outras 
criaturas pequenas, bem co m o o t ím i­
do hiracoídeo qu e se esconde en tre as 
rochas.
H av ia m u ita s co bras , a m a io ria 
delas in o fe n s iva , m as a lg u m a s q u e 
p o d ia m ser le tais , inc lusive v íboras, 
q u e fo ra m , p o s s iv e lm e n te , as q u e 
p icaram os israelitas d u ra n te a jo rn a ­
da pe lo deserto.
H avia ta m b é m g a fan h o to s e oca­
s io n a lm en te nuvens destru idoras de 
gafanhotos do deserto .
N o lago da Galiléia havia um a g ran ­
d e variedade d e peixes (veja "A pesca 
no m ar da Galiléia").
Camelos são m uito im portantes cm regiões dentro c 
■io redor do deserto. Os midiiinitas atacaram Israel 
montados em camelas (Jz 6 .5). A ralnlw dc Sabá 
utilizou-os para transportar carga* ( IKs 10.2).
Cobrns existem em todas as regiões de Israel.
Não é fácil Identificar as que são m encionadas 
na Biblia. A serpente m ortífera de Nin 21 
provavelm ente ó a víbora, sem elhante A víbora dc 
chifres (.»cima}. Muitas, com o a cobra d e Clifford 
(abaixo), são inofensivas.
liã mais d e 40 tipos de lagartos em Israel. 
Este é o lagarto Dabb.
Deus disse que Ismael, o hlhn d e Abraão e Agar. 
seria com o o jum ento selvagem (foto), lutando 
contra todos (Gn 16.12).
A Bíblia no seu contexto 39
Nos tempos bíblicos, a maioria das pessoas simples
usava lumenios para sc locomover c fazer o transporte d e cargas.
O ónx (do deserto) estaria extinto, sc nâo fosse 
criado em cativeiro.
P ássaros
Um a variedade d e hábitats, do semi- 
tropical ao árido, contribui para a riqueza 
de pássaros que podem ser encontrados 
em Israel. A lém dos q u e são nativos, 
m uitos pássaros passam pela região na 
primavera e no outono, num a im portan­
te rota migratória da África para a Euro­
pa e a Ásia Ocidental.
A Bíblia m enciona m uitos pássaros 
q u e não p o d e m o s id e n tific a r c lara ­
m ente. D en tre os qu e podem os estáo 
a águia, o abutre, a coruja, a cegonha, a 
garça, a andorinha, o pardal, a codorniz, 
a perdiz, a rolinha, a pom ba, a gralha e 
o corvo.
O rato do deserto é um dos vários roedores 
encontrados em diferentes hábitats de Israel.
O “bode selvagem" m encionado em versões mais 
antigas da Biblia cl o íbex núbio. Embora nesta 
foto apareça em terreno plano, o íbex um anim al 
montês, podendo ser visto ainda hoje nas áreas 
rochosas perto de En-G edi
40 Introdução à Bíblia
/
Arvores e plantas
Figos crescem num a árvo re que 
faz som bra perto de um a casa.
Árvores
Em bora seja p rováve l q u e Israel 
jam ais te n h a tid o flo re s tas densas, 
algumas áreas atu a lm en te d escam pa­
das eram regiões d e floresta nos te m ­
pos bíblicos.
A árvore do deserto é a acácia, usada 
pelos israelitas para construir a arca da 
aliança e partes do tabernáculo.
C arva lh o s , a b e to s , c ip re s te s e 
pinheiros cresciam nos m ontes.
Álamos, salgueiros, tam argueiras e 
loureiros form avam densas m oitas ao 
longo das m argens do rio Jordão.
As m ais im p o r ta n te s e ra m as 
árvores frutíferas: v inhas e oliveiras, 
figueiras, pés de rom ã, tam are ira s e 
amendoeiras.
0 cedro usado para o pa lác io do 
rei Davi e o T e m p lo de S a lo m ão foi 
im portado do Líbano.
, ?» 
As olivas são um produto im portante em Israel. ^
M .É ''
As uvas am adurecem na vinha.
IJma 
tam argueira 
em flor.
O pinheiro é árvore com um eni 
Israel.
lista palm eira cresce n u m clim a 
subtropical.
Para mais fotos e informações veja: 
Acácia do deserto 174 
Papoulas 391 
Romãs 405 
Videiras 427,638 
Figueira 623 
Oliveira 640,688
A Bíblia no seu contexto 41
Plantas e ervas
Os co ntrastes d e d ím a resu ltam 
numa variedade incom um de plantas 
e flores silvestres.
Um a e x u b e râ n c ia d e f lo re s d o 
campo adorna os m on tes da G aliléia 
na prim avera — os "lírios do cam po" 
de que fala Jesus — açafrão, a n é m o ­
na, narcisos, c ic la m e n s , p a p o u la s , 
margaridas am arelas e m uitas outras.
Ervas e especiarias sem pre fo ram 
valiosas, a lgum as p o r seu uso m e d i­
cinal, outras p e lo sabor q u e acrescen­
tavam a um a d ie ta um ta n to insossa. 
Entre as ervas com uns estão com inho, 
endro, a lh o , an is , h issopo , a rru d a , 
menta e mostarda.
Há ta m b é m m ais d e 120 tip o s 
de ervas dan inhas e esp inhe iros em 
Israell
O crisântem o am arelo pode scr 
nm dos “lírios do campo'* de 
que Jesus falou.
A iris am arela é um a planta 
do brejo.
As papoulas florescem 
até nos lugares mais 
pedregosos.
N a an tig u id ad e, o papel era 
feito do caule do papiro.
Uma alcaparreira floresce entre 
as rochas.
O absinto tem um gasto 
amargo.
As folhas e flores d a m u n a são 
perfumadas.
A Bíblia usa mais d e 2 0 palavras 
para referir-se a espinheiros'
A papoula selvagem.
A mais vivaz das flores da 
prim avera é a aném ona 
vermelha.
Entre as ervas usadas para fins 
medicinais c na culinária estão 
(em sentido horário, começando 
no alto. à estfuerdu): a sálvia, 
a m enta, a arruda, a mostarda 
preia, c o endro.
42 Introdução à Bíblia
0 calendário de Israel
O ca len d ário é um a daquelas c o i­
sas essenciais à qua l nem se m p re se 
dá o d e v id o va lor. Os m ais an tig o s 
c a len d ário s , in c lu s iv e os d o Is rael 
antigo, fo ram e lab o rad o s em fu n ção 
das estações d o a n o ag ríco la e dos 
ritos re lig iosos assoc iad os a essas 
estações. Por causa d is to , e p o rq u e 
era tu d o tão co m plexo , os sacerdotes 
se to rnaram especialistas na ad m in is ­
tração d o ca len dário . O co m érc io e o 
g o v e rn o ta m b é m e x ig ia m d a ta ç ã o 
precisa. Assim, os g ran d es im p ério s 
da M e s o p o ta m ia e d o v a le d o N ilo
d e s e n v o lv e ra m seus p ró p rio s siste­
m as com g ra n d e índ ice d e precisão.
S ab em o s p o u c o so bre o c a le n d á ­
rio is ra e lita a n tig o , co m exceção das 
fes tas . M as o M is h n a h (a co leç ão de 
leis ju d a ic a s fe ita no fin a l d o século
2 d a e ra c ris tã ) fa z u m a d e s c riç ã o 
c o m p le ta d o sistem a q u e os ju d e u s 
c ria ra m so b in f lu ê n c ia b a b iló n ic a . 
Ele c o n tin u o u a ser usado ju n to com 
o c a le n d á r io ro m a n o . Este, q u e fo i 
tã o b e m re fo rm a d o p o r Jú lio César, 
s o b re v iv e q u a se in ta c to a in d a h o je , 
dois m il an o s d e p o is .
Quando os israelitas chegaram a Canaã. eles 
usaram

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