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CONTRATAÇÃO DIRETA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E SRP: LIMITES E POSSIBILIDADES LICITAÇÕES E COMPRAS PÚBLICAS PROFESSOR: ANDRÉ LUIS PINTO MAIA Presidente da Comissão Permanente de Licitação da Assembleia Legislativa do Maranhão (Atual). Pregoeiro Oficial e Membro da Comissão Permanente de Licitação da Prefeitura Municipal de São Luís (2013-18). Palestrante e consultor na área de licitação e contratos. MBA em Gestão Empresarial pela FGV e Mestrando e Contabilidade e Administração – FUCAPE. ANDRELPMAIA O QUE É LICITAÇÃO ? LICITAR É A REGRA (ART. 37, INCISO XXI DA CF/88) XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública... Licitação é o procedimento administrativo mediante o qual a Administração Pública seleciona A PROPOSTA MAIS VANTAJOSA para o contrato de seu interesse. “ “ Hely Lopes Meirelles MODALIDADES DE LICITAÇÃO Modalidades representam, em outras palavras, AS DIVERSAS FORMAS DE REGULAR O PROCESSO DE SELEÇÃO. As modalidades de licitação estão previstas no art. 22 da Lei 8.666/93. LEI Nº 8.666/93 LEI Nº 10.520 LEI Nº 12.462/11 CONCORRÊNCIA TOMADA DE PREÇOS CONVITE CONCURSO LEILÃO PREGÃO RDC MODALIDADES DE LICITAÇÃO MODALIDADES DE LICITAÇÃO PRINCIPAIS DIFERENÇAS MODALIDADE DISPENSA CONVITE TP CONCORRÊNCIA PREGÃO PRAZO - 05 dias úteis 15 dias corridos 30 dias corridos 08 dias úteis COMPRAS OU SERVIÇOS Até R$ 8.000,00 Até R$ 80.000,00 Acima R$ 650.000,00 Acima de R$ 80.000,00 até R$ 650.000,00 BENS E SERVIÇOS COMUNS OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA Até R$ 15.000,00 Até R$ 150.000,00 Acima R$ 1.500.000,00 Acima de R$ 150.000,00 até R$ 1.500.000,00 MODALIDADES DE LICITAÇÃO PRINCIPAIS DIFERENÇAS DECRETO Nº 9.412/2018, atualizou os valores limite de três modalidades de licitação – convite, tomada de preços e concorrência. Os valores alterados na Lei nº 8.666/1993 foram reajustados em 120 %, que correspondem à metade do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado de maio de 1998 a março de 2018. MODALIDADES DE LICITAÇÃO PRINCIPAIS DIFERENÇAS MODALIDADE DISPENSA CONVITE TP CONCORRÊNCIA PREGÃO PRAZO - 05 dias úteis 15 dias corridos 30 dias corridos 08 dias úteis COMPRAS OU SERVIÇOS Até R$ 17.600,00 Até R$ 176.000,00 Acima R$ 1.430.000,00 Até R$ 1.430.000,00 BENS E SERVIÇOS COMUNS OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA Até R$ 33.000,00 Até R$ 330.000,00 Acima R$ 3.300.000,00 Até R$ 3.300.000,00 CONCEITOS E NOÇÕES GERAIS Licitação é regra para a Administração Pública quando compra bens ou contrata obras e serviços. No entanto, a lei apresenta exceções a essa regra. São os casos de contratação direta, em que a licitação é legalmente dispensada, dispensável ou inexigível. REGRA CONSTITUCIONAL DE COMPETÊNCIA LEGISLATIVA Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1 CONCEITOS E NOÇÕES GERAIS A dispensa e inexigibilidade de licitação são consideradas situações excepcionais ao princípio da obrigatoriedade que impõe a todos os destinatários da Lei que façam realizar o procedimento antes de contratarem obras e serviços CONCEITOS E NOÇÕES GERAIS Deve o gestor público ser cauteloso ao se decidir pela contratação direta, haja vista a Lei nº 8.666/1993 considerar ilícito penal dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses consideradas legais, além de configurara improbidade administrativa nos termos da Lei 8.429/92. CONCEITOS E NOÇÕES GERAIS O certame é determinado pela Lei Geral de Licitações (lei 8666/93), e tem como regra sempre licitar qualquer compra ou serviço prestado a administração pública, salvo, em ocasiões - pautadas em lei - que a licitação pode ser dispensada. DISPENSADA DISPENSÁVEL INEXIGÍVEL ART. 17 ART. 24 ART. 25 Utilização obrigatória Utilização facultativa Utilização obrigatória Rol taxativo Rol taxativo Rol exemplificativo CONCEITOS E NOÇÕES GERAIS PRINCIPAIS DIFERENÇAS Na primeira, em que a licitação é dispensada, a lei relaciona casos de alienação de bens móveis e imóveis pela Administração. Na segunda, licitação dispensável, a lei enumera os casos em que o procedimento é possível, mas não obrigatório, em razão de outros princípios que regem a atividade administrativa, notadamente o princípio da eficiência. Na hipótese de inexigibilidade de licitação, a lei trata das situações em que a competição entre os licitantes não é viável, seja em razão da singularidade do objeto contratado ou da existência de um único agente apto a fornecê-lo. CONCEITOS E NOÇÕES GERAIS LICITAÇÃO DISPENSADA Licitação dispensada fundamenta-se no art. 17, incisos I e II, da Lei nº 8.666/1993. É hipótese que desobriga a Administração do dever de licitar. Casos relacionados à licitação dispensada dizem respeito à alienação de bens móveis e imóveis pela Administração Pública. Nessas situações, diante das peculiaridades do contrato a ser celebrado, ao gestor não cabe optar pela licitação, mas proceder à contratação direta, na forma da lei. Não tem muita aplicação prática no âmbito municipal. CONCEITOS E NOÇÕES GERAIS LICITAÇÃO DISPENSADA Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos: (...) Ex: doação, venda e/ou permuta para outro órgão público. II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos: (...) Ex: doação, venda e/ou permuta para outro órgão público. CONCEITOS E NOÇÕES GERAIS LICITAÇÃO DISPENSÁVEL Nos casos de licitação dispensável, embora possível a competição, não é obrigatória a utilização de qualquer uma das modalidades licitatórias previstas nos comandos legais. Enumera a Lei nº 8.666/93 todas as hipóteses em que a licitação é considerada dispensável, conforme disposto no art. 24, incisos I a XXXV. A lista proposta é exaustiva, não podendo ser ampliada pelo aplicador da norma. DISPENSAS EM RAZÃO DO VALOR LICITAÇÃO DISPENSÁVEL INCISOS I E II DO ART. 24 I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez; DISPENSAS EM RAZÃO DO VALOR LICITAÇÃO DISPENSÁVEL DISPENSAS EM RAZÃO DO VALOR INCISOS I e II do art. 24 ✓ Inciso I (obras e serviços de engenharia): até 33.000,00 - (10%); ✓ Inciso II (compras e outros serviços): até R$ 17.600,00 - (10%); Obs: o dobro para consórcios públicos; sociedade de economia mista; empresa pública e autarquia ou fundação (§ 1o , art. 24). Dispensa eletrônica ▪ Serviços de engenharia comuns ▪ R$ 33.000,00 ▪ Aquisição de bens e contratação de serviços comuns▪ R$ 17.600,00 FRACIONAMENTO Refere-se a despesas de mesma natureza, consistindo na utilização de contratação direta ou utilização de modalidade menos rigorosa que a determinada para a totalidade do valor do objeto a ser licitado. ▶Dispensa por limite de valor, quando a soma dos gastos ANUAIS determinar Convite; ▶Convite, quando a soma dos gastos ANUAIS determinar Tomada de Preços ▶Tomada de Preços, quando a soma dos gastos ANUAIS determinar Concorrência. FRACIONAMENTO A definição da modalidade licitatória, utilizando-se do critério econômico da contratação, deve considerar o valor total a ser despendido pela Administração Pública com o bem ou a utilidade (serviço), ainda que sua execução ultrapasse o exercício financeiro. Nos contratos de prestação de serviços de natureza continuada ou aluguéis, em que se aplica o art. 57, II e IV, da Lei Federal nº 8.666/93, a escolha da modalidade deve levar em consideração o total da contratação, incluídas as possíveis prorrogações previstas no edital e na minuta do contrato. FRACIONAMENTO LICITAÇÃO DISPENSÁVEL Atingido o limite legalmente fixado para a dispensa de licitação, as demais contratações para serviços de mesma natureza deverão observar a obrigatoriedade da realização de certame licitatório, evitando o fracionamento de despesa. (TCU Acórdão 409/203 – 1ª Câmara. Rel. Min. Valmir Campelo) Realize o planejamento prévio dos gastos anuais, de modo a evitar o fracionamento de despesas de mesma natureza, observando que o valor limite para as modalidades licitatórias é cumulativo ao longo do exercício financeiro, a fim de não extrapolar os limites estabelecidos nos artigos 23, § 2º, e 24, inciso II, da Lei nº 8.666/1993. (TCU Acórdão 1.084/07– Plenário. Rel. Min. Marcos Vilaça.) DISPENSA - EMERGENCIAL LICITAÇÃO DISPENSÁVEL INCISO IV DO ART. 24 DA LEI 8.666/93 IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos; DISPENSA - EMERGENCIAL LICITAÇÃO DISPENSÁVEL DISPENSA - EMERGENCIAL LICITAÇÃO DISPENSÁVEL Para caracterizar situação emergencial passível de dispensa de licitação, deve restar evidente que a contratação imediata é a via adequada e efetiva para eliminar iminente risco de dano ou de comprometimento da segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, restringindo-se ao estritamente necessário ao atendimento da situação calamitosa. Deve-se divisar a conduta dos agentes públicos que concorreram para originar a situação emergencial da ação daqueles que apenas atuaram para elidir o risco de dano. (TCU. Acórdão 1217/2014. Plenário. Rel. Min. Ana Arraes) DISPENSA - EMERGENCIAL LICITAÇÃO DISPENSÁVEL Quando da realização de dispensa de licitação nos termos do art. 24, inciso IV, da Lei nº 8666/1993, além da caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, deve-se trazer elementos aos autos do processo que demonstrem a compatibilidade dos preços contratados com aqueles vigentes no mercado ou com os fixados por órgão oficial competente, ou, ainda, com os que constam em sistemas de registro de preços, bem como que foi consultado o maior número possível de fornecedores ou executantes, em atenção aos incisos II e III do parágrafo único do art. 26 dessa lei. (TCU. Acórdão 2019/2010. Plenário. Rel. Min. José Múcio Monteiro.) DISPENSA - EMERGENCIAL LICITAÇÃO DISPENSÁVEL Se a situação fática exigir a dispensa, mesmo considerando a ocorrência de falta de planejamento, não pode o gestor deixar de adotá-la, pois se assim proceder responderá não apenas pela falta de planejamento, mas também pelos possíveis danos que sua inércia possa causar. (TCU. Acórdão 1667/2008. Plenário. Rel. Min. Ubiratan Aguiar). A contratação direta é possível mesmo quando a situação de emergência decorre de falta de planejamento, da desídia administrativa ou da má gestão dos recursos públicos. A inércia do servidor, culposa ou dolosa, não pode vir em prejuízo de interesse público maior a ser tutelado pela Administração. (TCU. Acórdão 285/2010. Plenário. Rel. Min. Benjamin Zymler) DISPENSA - EMERGENCIAL LICITAÇÃO DISPENSÁVEL JUSTIFICATIVAS Mesmo no caso de dispensa de licitação por situação emergencial, é dever da instituição contratante formalizar o respectivo processo, caracterizando a situação, a razão da escolha do prestador de serviço e a justificativa do preço, e publicar o ato de dispensa na imprensa oficial, sendo vedada a prestação de serviços sem a cobertura de contrato devidamente formalizado, por expressa previsão do art. 60, parágrafo único, da Lei 8.666/93. (TCU ACÓRDÃO 3.083/07 – 1ª CÂMARA) DISPENSA - EMERGENCIAL LICITAÇÃO DISPENSÁVEL NECESSIDADE DE URGÊNCIA NO ATENDIMENTO A dispensa de licitação, em casos de emergência ou calamidade pública (art. 24, inciso IV, da Lei 8.666/1993), apenas é cabível se o objeto da contratação direta for o meio adequado, eficiente e efetivo de afastar o risco iminente detectado. (TCU ACÓRDÃO 1.987/15 – PLENÁRIO) LIMITAÇÃO À PARCELA NECESSÁRIA A contratação direta emergencial, fundamentada no art. 24, inciso IV, deve se restringir somente à parcela mínima necessária para afastar a concretização do dano ou a perda dos serviços executados, devendo a solução definitiva, conforme o caso, ser objeto de licitação formal. ACÓRDÃO 6.439/15 – 1ª CÂMARA DISPENSA - LICITAÇÃO DESERTA LICITAÇÃO DISPENSÁVEL INCISO V ART. 24 DA LEI 8.666/93 V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas; DISPENSA - LICITAÇÃO DESERTA LICITAÇÃO DISPENSÁVEL A licitação deserta deve ser repetida ou justificada a inviabilidade de sua repetição. (TCU Acórdão 6.440/2011 – 1ª Câmara. Rel. Min. Augusto Sherman); Ausentes os requisitos que caracterizam a licitação deserta e não demonstrado que a repetição do certame traria prejuízos à Administração, é considerada ilegal a contratação direta. (TCU Acórdão 2.648/2007 – Plenário. Rel. Min. Ubiratan Aguiar); A contratação direta por licitação deserta deve demonstrar que a repetição do certame poderá resultar em prejuízo à Administração, em exposição de motivos constante no processo de contratação. TCU (Acórdão 7.049/2010 – 2ª Câmara. Rel. Min. José Jorge) DISPENSA - LICITAÇÃO FRACASSADA LICITAÇÃO DISPENSÁVEL INCISO VII ART. 24 DA LEI 8.666/93 VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos serviços; Obs: §3º DISPENSA – ORGÃO PÚBLICO LICITAÇÃO DISPENSÁVEL INCISO VIII - ART. 24 DA LEI 8.666/93 VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; DISPENSA - LOCAÇÃO LICITAÇÃO DISPENSÁVEL INCISO X ART. 24 DA LEI 8.666/93 X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidadesde instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia; DISPENSA - LOCAÇÃO LICITAÇÃO DISPENSÁVEL DISPENSA - LOCAÇÃO LICITAÇÃO DISPENSÁVEL Mesmo que vários imóveis satisfaçam as condições desejadas pela Administração, encontra- se na esfera do poder discricionário do gestor contratar a locação por meio de dispensa de licitação (art. 24, inciso X, da Lei 8.666/1993). Os motivos adotados para a seleção não se limitam necessariamente ao valor do aluguel, sendo possível – e até desejável – a consideração de outros critérios, devendo-se observar as exigências legais de adequada motivação para a opção escolhida e de demonstração da compatibilidade do valor da contratação com parâmetros de mercado. (TCU ACÓRDÃO 2.420/15 – PLENÁRIO) DISPENSA - REMANESCENTE DE OBRA LICITAÇÃO DISPENSÁVEL INCISO XI (ART. 24 DA LEI 8.666/93) XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em consequência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido; DISPENSA - REMANESCENTE DE OBRA LICITAÇÃO DISPENSÁVEL DISPENSA - REMANESCENTE DE OBRA LICITAÇÃO DISPENSÁVEL Ao licitante segundo colocado simplesmente é dada a opção de aceitar ou não a assunção integral da proposta formulada pela primeira colocada. Destaque-se: a assunção integral da proposta da primeira colocada! A proposta do segundo colocado é totalmente afastada. Somente dessa forma será cumprida a intenti o legis. A contratação de remanescente de obra pressupõe que o proponente estudou a equação inicial antes de assinar o ajuste e analisou e aceitou uma proposta de preços baseada em dados que entendeu exequíveis em condições de equilíbrio econômico-financeiro. (TCU. Acórdão 552/14 – Plenário. Rel. Min. Ana Arraes) DISPENSA – INSTIUTUIÇÃO DE ENSINO LICITAÇÃO DISPENSÁVEL DISPENSA INCISO XIII (ART. 24 DA LEI 8.666/93) XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético- profissional e não tenha fins lucrativos; DISPENSA – RESTAURAÇÃO DE OBRAS DE ARTE LICITAÇÃO DISPENSÁVEL DISPENSA INCISO XV (ART. 24 DA LEI 8.666/93) XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade. DISPENSA - GARANTIA LICITAÇÃO DISPENSÁVEL INCISO XVII ART. 24 DA LEI 8.666/93) XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para a vigência da garantia; DISPENSA LICITAÇÃO DISPENSÁVEL INCISO XX (ART. 24 DA LEI 8.666/93) XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. DISPENSA LICITAÇÃO DISPENSÁVEL INCISO XXII (ART. 24 DA LEI 8.666/93) XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação específica; INEXIGIBILIDADE INEXIGIBILIDADE Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição ...: » Conceito-base de inviabilidade de competição » Comporta qualquer situação não descrita nos incisos em que não haja mais de uma alternativa de contratação » Usada em caso de não enquadramento nos incisos do art. 25 INEXIGIBILIDADE SITUAÇÕES PASSÍVEIS DE ENQUADRAMENTO NO ART. 25, CAPUT • Patrocínio de eventos públicos • Serviços públicos concedidos • Credenciamento de serviços INEXIGIBILIDADE Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes; INEXIGIBILIDADE ❑ Aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros; ❑ Fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo; ❑ Vedada a preferência de marca; ❑ Comprovação feita por atestado de exclusividade, fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes INEXIGIBILIDADE Acórdão 1.096/07 TCU – Plenário “Abstenha-se de realizar a contratação de serviços com fundamento no inciso I do art. 25 da Lei nº 8.666/1993, já que este dispositivo é especifico para a aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo.” Orientação Normativa AGU 15, de 01 de abril de 2009 “A contratação direta com fundamento na inexigibilidade prevista no art. 25, inc. I, da lei nº 8.666, de 1993, é restrita aos casos de compras, não podendo abranger serviços.” INEXIGIBILIDADE Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação; (...) § 1o Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato INEXIGIBILIDADE INEXIGIBILIDADE Seção IV Dos Serviços Técnicos Profissionais Especializados Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a: I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos; II - pareceres, perícias e avaliações em geral; III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras; III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias; IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços; V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico. INEXIGIBILIDADE OBJETO SINGULAR Serviço inédito ou incomum, capaz de exigir, na seleção do executor de confiança, um grau de subjetividade, insuscetível de ser medido pelos critérios objetivos de qualificação inerentes ao processo de licitação (Súmula 39 do TCU) Nas contratações diretas por inexigibilidade de licitação, o conceito de singularidade não pode ser confundido com a ideia de unicidade, exclusividade, ineditismo ou raridade. O fato de o objeto poder ser executado por outros profissionais ou empresas não impede a contratação direta amparada no art. 25, inciso II, da Lei 8.666/1993. A inexigibilidade, amparada nesse dispositivo legal, decorre da impossibilidade de se fixar critérios objetivos de julgamento (Acórdão 351/15 – 2ª Câmara) INEXIGIBILIDADENOTORIA ESPECIALIZAÇÃO Art. 25, §1º da Lei 8.666/93: “Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.” INEXIGIBILIDADE CONTRATAÇÃO DE CURSOS, TREINAMENTOS, CONGRESSOS, SEMINÁRIOS Decisão 439/98 – TCU/Plenário: Contratações de professores, conferencistas ou instrutores para ministrar cursos de treinamento ou aperfeiçoamento de pessoal, bem assim a inscrição de servidores para participação de cursos abertos a terceiros, enquadram-se na hipótese de inexigibilidade de licitação prevista no inciso II do art. 25, combinado com o inciso VI do art. 13 da Lei no 8.666/1993. INEXIGIBILIDADE Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. (...) § 2o Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis. PROCEDIMENTO Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e nos incisos III e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8º, deverão ser comunicado dentro de três dias a autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de cinco dias, como condição para eficácia dos atos. PROCEDIMENTO Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos: I - caracterização da situação emergencial, calamitosa ou de grave e iminente risco à segurança pública que justifique a dispensa, quando for o caso; (Redação dada pela Lei nº 13.500, de 2017) II - razão da escolha do fornecedor ou executante; III - justificativa do preço. IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão alocados. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13500.htm#art3 JUSTIFICATIVA DO PREÇO O TCU tem exigido que, mesmo nas contratações diretas mediantes dispensa de licitação, deve ser realizada pesquisa prévia de preços entre fornecedores do bem, em atenção ao disposto nos arts. 15, V e 26, III, da Lei 8.666/93. Segundo o TCU A justificativa pode ser realizada através de pesquisas de fornecedores ou pela comparação com os preços praticados pelo fornecedor juntos a outras instituições públicas ou privadas. (acórdão 1565/2015 - Plenário) JUSTIFICATIVA DO PREÇO a) Dispensa: cotação de no mínimo 03 empresas do ramo ou justificação no caso de não serem colhidas o número mínimo de propostas. b) Inexigibilidade: comparação entre preços praticados pelo fornecedor junta a outras instituições públicas ou privadas. CREDENCIAMENTO É um conjunto de procedimentos por meio dos quais a Administração credencia, mediante chamamento público, todos os prestadores aptos e interessados em realizar determinados serviços, quando o interesse público for melhor atendido com a contratação do maior número possível prestadores simultâneos. Esta inviabilidade resulta da possibilidade de contratação de todos os interessados do ramo do objeto pretendido, e que atendam às condições mínimas estabelecidas no regulamento. Não há possibilidade de competição, pois todos podem ser contratados pela Administração. (Juliana Ribeiro) CREDENCIAMENTO É um conjunto de procedimentos por meio dos quais a Administração credencia, mediante chamamento público, todos os prestadores aptos e interessados em realizar determinados serviços, quando o interesse público for melhor atendido com a contratação do maior número possível prestadores simultâneos. Esta inviabilidade resulta da possibilidade de contratação de todos os interessados do ramo do objeto pretendido, e que atendam às condições mínimas estabelecidas no regulamento. Não há possibilidade de competição, pois todos podem ser contratados pela Administração. (Juliana Ribeiro) CREDENCIAMENTO a) A contratação de todos os que tiverem interesse e que satisfaçam as condições fixadas pela Administração; b) A garantia da igualdade de condições entre todos o interessados hábeis a contratar com a Administração. c) A demonstração inequívoca de que as necessidades da Administração somente poderão ser atendidas dessa forma, cabendo a devida observância das exigências do art. 26 da Lei 8.666/93, principalmente no que concerne à justificativa de preços. CREDENCIAMENTO O credenciamento pode ser utilizado para a contratação de profissionais de saúde, tanto para atuarem em unidades públicas de saúde quanto em seus próprios consultórios e clínicas, quando se verifica a inviabilidade de competição para preenchimento das vagas, bem como quando a demanda pelos serviços é superior à oferta e é possível a contratação de todos os interessados, devendo a distribuição dos serviços entre os interessados se dar de forma objetiva e impessoal. (Acórdão 352/2016 - Plenário, rel. Min. Benjamin Zymler) . Lei 13.979/2020 A fim de dotar o aparato administrativo de ferramentas e instrumentos adequados, a Lei nº 13.979/2020 estabeleceu medidas que poderão ser empregadas para o enfrentamento da emergência de saúde pública. Art. 4º É dispensável a licitação para aquisição ou contratação de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional de que trata esta Lei. § 1º A dispensa de licitação a que se refere o caput deste artigo é temporária e aplica-se apenas enquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus. Lei 13.979/2020 § 2º Todas as aquisições ou contratações realizadas com base nesta Lei serão disponibilizadas, no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis, contado da realização do ato, em site oficial específico na internet, com o nome do contratado, o número de sua inscrição na Secretaria da Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivo processo de aquisição ou contratação, além das seguintes informações: I – o ato que autoriza a contratação direta ou o extrato decorrente do contrato; (Incluído pela Lei nº 14.035, de 2020) II – a discriminação do bem adquirido ou do serviço contratado e o local de entrega ou de prestação; (Incluído pela Lei nº 14.035, de 2020) III – o valor global do contrato, as parcelas do objeto, os montantes pagos e o saldo disponível ou bloqueado, caso exista; (Incluído pela Lei nº 14.035, de 2020) IV – as informações sobre eventuais aditivos contratuais; (Incluído pela Lei nº 14.035, de 2020) V – a quantidade entregue em cada unidade da Federação durante a execução do contrato, nas contratações de bens e serviços. (Incluído pela Lei nº 14.035, de 2020) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1 Lei 13.979/2020 § 3º Na situação excepcional de, comprovadamente, haver uma única fornecedora do bem ou prestadora do serviço, será possível a sua contratação, independentemente da existência de sanção de impedimento ou de suspensão de contratarcom o poder público. (Incluído pela Lei nº 14.035, de 2020). § 3º-A. No caso de que trata o § 3º deste artigo, é obrigatória a prestação de garantia nas modalidades previstas no art. 56 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que não poderá exceder a 10% (dez por cento) do valor do contrato. (Incluído pela Lei nº 14.035, de 2020) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm#art56 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1 Lei 13.979/2020 Art. 4º-B. Nas dispensas de licitação decorrentes do disposto nesta Lei, presumem-se comprovadas as condições de: I – ocorrência de situação de emergência; (Incluído pela Lei nº 14.035, de 2020) II – necessidade de pronto atendimento da situação de emergência; (Incluído pela Lei nº 14.035) III – existência de risco à segurança de pessoas, de obras, de prestação de serviços, de equipamentos e de outros bens, públicos ou particulares; e (Incluído pela Lei nº 14.035, de 2020) IV – limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação de emergência. (Incluído pela Lei nº 14.035, de 2020) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1 SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO CONCEITO: Conjunto de procedimentos formais com o objetivo de registrar preços para contratações futuras a critério da Administração, de modo que o fornecedor não possui direito à contratação. OBJETIVO: Formação de Ata de Registro de Preço, documento que formaliza a obrigação do fornecedor registrado a atender, em qualquer momento ao longo da vigência da ARP, a chamada da Administração para assinatura do instrumento de contrato ou retirada do instrumento equivalente e, a partir de tal formalidade, iniciar o fornecimento do bem ou a execução do serviço. SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO LEI Nº 8.666/1993 Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: [...] § 3º O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observadas as seguintes condições: I - seleção feita mediante concorrência; II - estipulação prévia do sistema de controle e atualização dos preços registrados; III - validade do registro não superior a um ano. LEI Nº 10.520/2002 Art. 11. As compras e contratações de bens e serviços comuns, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, quando efetuadas pelo sistema de registro de preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, poderão adotar a modalidade de pregão, conforme regulamento específico. SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO ROL EXEMPLIFICATIVO DO ART. 3º DO DECRETO FEDERAL Nº 7.892/2013: I - quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de contratações frequentes; II - quando for mais conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou contratação de serviços necessários à Administração para o desempenho de suas atribuições; III - quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo; IV - quando pela natureza do objeto não for possível definir previamente o quantitativo a ser demandado pela Administração. . SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO ROL EXEMPLIFICATIVO DO ART. 3º DO DECRETO FEDERAL Nº 7.892/2013: I - quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de contratações frequentes; II - quando for mais conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou contratação de serviços necessários à Administração para o desempenho de suas atribuições; III - quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo; IV - quando pela natureza do objeto não for possível definir previamente o quantitativo a ser demandado pela Administração. . SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO ROL EXEMPLIFICATIVO DO ART. 3º DO DECRETO FEDERAL Nº 7.892/2013: I - quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de contratações frequentes; II - quando for mais conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou contratação de serviços necessários à Administração para o desempenho de suas atribuições; III - quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo; IV - quando pela natureza do objeto não for possível definir previamente o quantitativo a ser demandado pela Administração. . SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO “... a utilização do Sistema de Registro de Preços é adequada em situações como a que se encontra sob comento, ou seja, quando a demanda é incerta, seja em relação a sua ocorrência, seja no que concerne à quantidade de bens a ser demandada. Afinal, não faria sentido realizar uma estimativa prévia e, com base nela, efetivar um processo licitatório, no qual tenham sido definidas quantidades exatas a serem adquiridas, sem saber nem se essas aquisições serão efetivamente necessárias. Num cenário bastante plausível, poderia haver a compra de bens que não seriam necessários”. (Voto do Min. Benjamin Zymler no Acórdão nº 2.197/2015-P) SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO A utilização do sistema de registro de preços para contratação imediata de serviços continuados e específicos, com quantitativos certos e determinados, sem que haja parcelamento de entregas do objeto, viola o art. 3º do Decreto 7.892/2013. (Acórdão nº 1.604/2017-P) SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO O prazo de validade da Ata de Registro de Preço (ARP) não pode ser superior a um ano, computadas as eventuais prorrogações (art. 15, § 3º, III, da Lei nº 8.666 e art. 12 do Decreto nº 7.892). A ARP apenas tem validade enquanto subsistir quantitativo do objeto disponível, ainda que o esgotamento ocorra antes do prazo de um ano de vigência. Eventual prorrogação do prazo de validade da ARP (desde que respeitado o limite de 12 meses) não conduz à renovação dos quantitativos originalmente registrados, porquanto a prorrogação cinge-se à ampliação da vigência da ata e não a ampliação de seu conteúdo (Acórdão nº 991/2008-P). SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO ALTERAÇÕES DOS CONTRATOS DECORRENTES AO ACIONAMENTO DE ARP : A ARP propriamente dita não pode ser objeto de alteração contratual nas hipóteses vertidas no art. 65 da LGL. O §1º do art. 12 do Decreto nº 7.892/2013 é enfático ao vedar “acréscimos nos quantitativos fixados pela ata de registro de preços, inclusive o acréscimo de que trata o §1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993”. Entretanto, face à diferenciação entre a ARP e o instrumento contratual dela decorrente, as possibilidades de alterações qualitativas e quantitativas previstas no art. 65 LGL são aplicáveis aos contratos decorrentes do SRP. Os contratos decorrentes da ARP poderão ter sua vigência alterada nas hipóteses previstas no art. 57 da LGL, desde que tal contrato tenha sido assinado no prazo de validade da respectiva ata que lhe deu origem. SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO ALTERAÇÕES DOS CONTRATOS DECORRENTES AO ACIONAMENTO DE ARP : A ARP propriamente dita não pode ser objeto de alteração contratual nas hipóteses vertidas no art. 65 da LGL. O §1º do art. 12 do Decreto nº 7.892/2013 é enfático ao vedar “acréscimos nos quantitativos fixados pela ata de registro de preços, inclusive o acréscimo de que trata o §1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993”. Entretanto, face à diferenciação entre a ARP e o instrumento contratual dela decorrente, as possibilidades de alterações qualitativas e quantitativas previstas no art. 65 LGL são aplicáveis aos contratos decorrentes do SRP. Os contratos decorrentes da ARP poderão ter sua vigência alterada nas hipóteses previstas no art. 57 da LGL, desdeque tal contrato tenha sido assinado no prazo de validade da respectiva ata que lhe deu origem. SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO CADASTRO DE RESERVA Art. 11. Após a homologação da licitação, o registro de preços observará, entre outras, as seguintes condições: [...] II - será incluído, na respectiva ata na forma de anexo, o registro dos licitantes que aceitarem cotar os bens ou serviços com preços iguais aos do licitante vencedor na sequência da classificação do certame, excluído o percentual referente à margem de preferência, quando o objeto não atender aos requisitos previstos no art. 3º da Lei nº 8.666, de 1993; [...] § 1º O registro a que se refere o inciso II do caput tem por objetivo a formação de cadastro de reserva no caso de impossibilidade de atendimento pelo primeiro colocado da ata, nas hipóteses previstas nos arts. 20 e 21. SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO COMPRAS COMPARTILHADAS ÓRGÃO GERENCIADOR: órgão ou entidade da Administração Pública responsável pela condução do conjunto de procedimentos do certame para registro de preços e gerenciamento da Ata de Registro de Preços dele decorrente. ▪ÓRGÃO PARTICIPANTE: órgão ou entidade que participa dos procedimentos iniciais do SRP e integra a Ata de Registro de Preços. ▪ÓRGÃO NÃO PARTICIPANTE (“CARONA”): órgão ou entidade da Administração Pública que, não tendo participado dos procedimentos iniciais da licitação, atendidos os requisitos desta norma, faz adesão à ata de registro de preços. SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO COMPRAS COMPARTILHADAS ÓRGÃO GERENCIADOR: Registrar sua intenção de registro de preços; Promover atos necessários à instrução processual para a realização do procedimento licitatório; Realizar o procedimento licitatório; Gerenciar a ata de registro de preços SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO COMPRAS COMPARTILHADAS ÓRGÃO PARTICIPANTE Manifestar interesse em participar do registro de preços; Providenciar o encaminhamento ao Órgão Gerenciador de sua estimativa de consumo, local de entrega e, quando couber, cronograma de contratação e respectivas especificações ou termo de referência ou projeto básico; Manifestar, junto ao órgão gerenciador, mediante a utilização da Intenção de Registro de Preços, sua concordância com o objeto a ser licitado, antes da realização do procedimento licitatório; SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO COMPRAS COMPARTILHADAS ÓRGÃO NÃO PARTICIPANTE (“CARONA”): O art. 22 do Decreto nº 7.892/2013 permite a qualquer órgão e entidade que não tenha assumido, na época própria, a posição formal de Órgão Participante, a utilização da Ata de Registro de Preços – daí a designação “carona”, desde atendidos os seguintes requisitos: Comprovação da vantajosidade, em termos econômicos e de eficiência no atendimento das necessidades, da adesão à ARP pelo “carona”; Anuência de adesão pelo Órgão Gerenciador; Aceitação do fornecedor em assumir o quantitativo pretendido pelo “carona”; Ausência de prejuízo quanto às obrigações anteriormente assumidas pelo fornecedor com os órgãos participantes e gerenciador. SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO COMPRAS COMPARTILHADAS ÓRGÃO NÃO PARTICIPANTE (“CARONA”): Eventual previsão em edital da possibilidade de adesão à ata de registro de preços por órgãos ou entidades não participantes deve estar devidamente motivada no processo administrativo. (Acórdão nº 757/2015-P) A inserção de cláusula em edital licitatório prevendo a possibilidade de adesão a ata de registro de preços por órgãos ou entidades não participantes do planejamento da contratação (“carona”) exige justificativa específica, lastreada em estudo técnico referente ao objeto licitado e devidamente registrada no documento de planejamento da contratação. (Acórdão nº 311/2018-P) SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO LIMITES QUANTITATVOS DE ADESÃO PELO “CARONA” SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO LIMITES QUANTITATVOS DE ADESÃO PELO “CARONA” ÓRGÃO OU ENTIDADE FEDERAL ADERINDO ARP ESTADUAL E/OU MUNICIPAL "É vedada aos órgãos e entidades da administração pública federal a adesão a ata de registro de preços gerenciada por órgão ou entidade municipal, distrital ou estadual”. ÓRGÃO OU ENTIDADE ESTADUAL E/OU MUNICIPAL ADERINDO ARP FEDERAL "É facultada aos órgãos ou entidades municipais, distritais ou estaduais a adesão a ata de registro de preços da Administração Pública Federal”. SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO CANCELAMENTO DO REGISTRO DO FORNECEDOR Art. 20. O registro do fornecedor será CANCELADO quando: I - descumprir as condições da ata de registro de preços; II - não retirar a nota de empenho ou instrumento equivalente no prazo estabelecido pela Administração, sem justificativa aceitável; III - não aceitar reduzir o seu preço registrado, na hipótese deste se tornar superior àqueles praticados no mercado; ou IV - sofrer sanção prevista nos incisos III ou IV do caput do art. 87 da Lei nº 8.666, de 1993, ou no art. 7º da Lei nº 10.520, de 2002. SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO CANCELAMENTO DO REGISTRO DO FORNECEDOR Art. 21. O CANCELAMENTO do registro de preços poderá ocorrer por fato superveniente, decorrente de caso fortuito ou força maior, que prejudique o cumprimento da ata, devidamente comprovados e justificados: I - por razão de interesse público; ou II - a pedido do fornecedor. OBRIGADO andrelpmaia@gmail.com andrelpmaia mailto:andrelpmaia@gmail.com https://www.instagram.com/andrelpmaia/
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