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Contratação Direta e SRP

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CONTRATAÇÃO DIRETA NA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E SRP:
LIMITES E POSSIBILIDADES
LICITAÇÕES E
COMPRAS PÚBLICAS
PROFESSOR:
ANDRÉ LUIS PINTO MAIA
Presidente da Comissão Permanente de Licitação da
Assembleia Legislativa do Maranhão (Atual). Pregoeiro Oficial e
Membro da Comissão Permanente de Licitação da Prefeitura
Municipal de São Luís (2013-18). Palestrante e consultor na
área de licitação e contratos. MBA em Gestão Empresarial pela
FGV e Mestrando e Contabilidade e Administração – FUCAPE.
ANDRELPMAIA
O QUE É LICITAÇÃO ?
LICITAR É A REGRA (ART. 37, INCISO XXI DA CF/88)
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras,
serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo
de licitação pública...
Licitação é o procedimento administrativo
mediante o qual a Administração Pública
seleciona A PROPOSTA MAIS VANTAJOSA 
para o contrato de seu interesse.
“ “
Hely Lopes Meirelles
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
Modalidades representam, em outras palavras,
AS DIVERSAS FORMAS DE REGULAR O PROCESSO DE
SELEÇÃO. As modalidades de licitação estão previstas
no art. 22 da Lei 8.666/93.
LEI Nº 8.666/93 LEI Nº 10.520 LEI Nº 12.462/11
CONCORRÊNCIA
TOMADA DE PREÇOS
CONVITE
CONCURSO
LEILÃO
PREGÃO RDC
MODALIDADES
DE LICITAÇÃO
MODALIDADES
DE LICITAÇÃO
PRINCIPAIS DIFERENÇAS 
MODALIDADE
DISPENSA
CONVITE
TP
CONCORRÊNCIA
PREGÃO
PRAZO
-
05 dias úteis
15 dias corridos
30 dias corridos
08 dias úteis
COMPRAS OU
SERVIÇOS
Até R$ 8.000,00
Até R$ 80.000,00
Acima R$ 650.000,00
Acima de R$ 80.000,00 
até R$ 650.000,00
BENS E SERVIÇOS
COMUNS
OBRAS E SERVIÇOS
DE ENGENHARIA
Até R$ 15.000,00
Até R$ 150.000,00
Acima R$ 1.500.000,00
Acima de R$ 150.000,00
até R$ 1.500.000,00
MODALIDADES
DE LICITAÇÃO
PRINCIPAIS DIFERENÇAS 
DECRETO Nº 9.412/2018, atualizou os valores limite de três modalidades de licitação – convite,
tomada de preços e concorrência. Os valores alterados na Lei nº 8.666/1993 foram
reajustados em 120 %, que correspondem à metade do Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) acumulado de maio de 1998 a março de 2018.
MODALIDADES
DE LICITAÇÃO
PRINCIPAIS DIFERENÇAS 
MODALIDADE
DISPENSA
CONVITE
TP
CONCORRÊNCIA
PREGÃO
PRAZO
-
05 dias úteis
15 dias corridos
30 dias corridos
08 dias úteis
COMPRAS OU
SERVIÇOS
Até R$ 17.600,00
Até R$ 176.000,00
Acima R$ 1.430.000,00
Até R$ 1.430.000,00
BENS E SERVIÇOS
COMUNS
OBRAS E SERVIÇOS
DE ENGENHARIA
Até R$ 33.000,00
Até R$ 330.000,00
Acima R$ 3.300.000,00
Até R$ 3.300.000,00
CONCEITOS E NOÇÕES GERAIS
Licitação é regra para a Administração Pública quando compra bens ou contrata
obras e serviços. No entanto, a lei apresenta exceções a essa regra. São os casos de
contratação direta, em que a licitação é legalmente dispensada, dispensável ou
inexigível.
REGRA CONSTITUCIONAL DE 
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal
e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades
de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1
CONCEITOS E NOÇÕES GERAIS
A dispensa e inexigibilidade de licitação são consideradas situações excepcionais ao
princípio da obrigatoriedade que impõe a todos os destinatários da Lei que façam
realizar o procedimento antes de contratarem obras e serviços
CONCEITOS E NOÇÕES GERAIS
Deve o gestor público ser cauteloso ao se decidir pela contratação direta, haja vista a
Lei nº 8.666/1993 considerar ilícito penal dispensar ou inexigir licitação fora das
hipóteses consideradas legais, além de configurara improbidade administrativa nos
termos da Lei 8.429/92.
CONCEITOS E NOÇÕES GERAIS
O certame é determinado pela Lei Geral de Licitações (lei 8666/93), e tem como regra
sempre licitar qualquer compra ou serviço prestado a administração pública, salvo,
em ocasiões - pautadas em lei - que a licitação pode ser dispensada.
DISPENSADA DISPENSÁVEL INEXIGÍVEL
ART. 17 ART. 24 ART. 25
Utilização 
obrigatória
Utilização 
facultativa
Utilização 
obrigatória
Rol taxativo Rol taxativo
Rol 
exemplificativo
CONCEITOS E NOÇÕES GERAIS
PRINCIPAIS DIFERENÇAS
Na primeira, em que a licitação é dispensada, a lei relaciona casos de alienação de
bens móveis e imóveis pela Administração.
Na segunda, licitação dispensável, a lei enumera os casos em que o procedimento é
possível, mas não obrigatório, em razão de outros princípios que regem a atividade
administrativa, notadamente o princípio da eficiência.
Na hipótese de inexigibilidade de licitação, a lei trata das situações em que a
competição entre os licitantes não é viável, seja em razão da singularidade do objeto
contratado ou da existência de um único agente apto a fornecê-lo.
CONCEITOS E NOÇÕES GERAIS
LICITAÇÃO DISPENSADA
Licitação dispensada fundamenta-se no art. 17, incisos I e II, da Lei nº 8.666/1993. É
hipótese que desobriga a Administração do dever de licitar.
Casos relacionados à licitação dispensada dizem respeito à alienação de bens móveis e
imóveis pela Administração Pública.
Nessas situações, diante das peculiaridades do contrato a ser celebrado, ao gestor não
cabe optar pela licitação, mas proceder à contratação direta, na forma da lei. Não tem muita
aplicação prática no âmbito municipal.
CONCEITOS E NOÇÕES GERAIS
LICITAÇÃO DISPENSADA
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de
interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às
seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta
e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais,
dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta
nos seguintes casos:
(...) Ex: doação, venda e/ou permuta para outro órgão público.
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos
seguintes casos:
(...) Ex: doação, venda e/ou permuta para outro órgão público.
CONCEITOS E NOÇÕES GERAIS
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
Nos casos de licitação dispensável, embora possível a competição, não é obrigatória a
utilização de qualquer uma das modalidades licitatórias previstas nos comandos legais.
Enumera a Lei nº 8.666/93 todas as hipóteses em que a licitação é considerada
dispensável, conforme disposto no art. 24, incisos I a XXXV. A lista proposta é exaustiva, não
podendo ser ampliada pelo aplicador da norma.
DISPENSAS EM RAZÃO DO VALOR
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
INCISOS I E II DO ART. 24
I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na
alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma
obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que
possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;
II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea
"a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que
não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que
possa ser realizada de uma só vez;
DISPENSAS EM RAZÃO DO VALOR
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
DISPENSAS EM RAZÃO DO VALOR
INCISOS I e II do art. 24
✓ Inciso I (obras e serviços de engenharia): até 33.000,00 - (10%);
✓ Inciso II (compras e outros serviços): até R$ 17.600,00 - (10%);
Obs: o dobro para consórcios públicos; sociedade de economia mista; empresa pública e 
autarquia ou fundação (§ 1o , art. 24).
Dispensa
eletrônica
▪ Serviços de engenharia comuns
▪ R$ 33.000,00
▪ Aquisição de bens e contratação 
de serviços comuns▪ R$ 17.600,00
FRACIONAMENTO
Refere-se a despesas de mesma natureza, consistindo na
utilização de contratação direta ou utilização de modalidade
menos rigorosa que a determinada para a totalidade do valor do
objeto a ser licitado.
▶Dispensa por limite de valor, quando a soma dos gastos
ANUAIS determinar Convite;
▶Convite, quando a soma dos gastos ANUAIS determinar
Tomada de Preços
▶Tomada de Preços, quando a soma dos gastos ANUAIS
determinar Concorrência.
FRACIONAMENTO
A definição da modalidade licitatória, utilizando-se do
critério econômico da contratação, deve considerar o
valor total a ser despendido pela Administração
Pública com o bem ou a utilidade (serviço), ainda que
sua execução ultrapasse o exercício financeiro.
Nos contratos de prestação de serviços de natureza
continuada ou aluguéis, em que se aplica o art. 57, II e
IV, da Lei Federal nº 8.666/93, a escolha da
modalidade deve levar em consideração o total da
contratação, incluídas as possíveis prorrogações
previstas no edital e na minuta do contrato.
FRACIONAMENTO
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
Atingido o limite legalmente fixado para a dispensa de licitação, as demais contratações para
serviços de mesma natureza deverão observar a obrigatoriedade da realização de certame
licitatório, evitando o fracionamento de despesa. (TCU Acórdão 409/203 – 1ª Câmara. Rel.
Min. Valmir Campelo)
Realize o planejamento prévio dos gastos anuais, de modo a evitar o fracionamento de
despesas de mesma natureza, observando que o valor limite para as modalidades licitatórias é
cumulativo ao longo do exercício financeiro, a fim de não extrapolar os limites estabelecidos
nos artigos 23, § 2º, e 24, inciso II, da Lei nº 8.666/1993. (TCU Acórdão 1.084/07– Plenário. Rel.
Min. Marcos Vilaça.)
DISPENSA - EMERGENCIAL
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
INCISO IV DO ART. 24 DA LEI 8.666/93
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de
atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de
pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente
para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as
parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e
oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou
calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;
DISPENSA - EMERGENCIAL
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
DISPENSA - EMERGENCIAL
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
Para caracterizar situação emergencial passível de dispensa de licitação, deve restar
evidente que a contratação imediata é a via adequada e efetiva para eliminar iminente
risco de dano ou de comprometimento da segurança de pessoas, obras, serviços,
equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, restringindo-se ao estritamente
necessário ao atendimento da situação calamitosa. Deve-se divisar a conduta dos agentes
públicos que concorreram para originar a situação emergencial da ação daqueles que
apenas atuaram para elidir o risco de dano. (TCU. Acórdão 1217/2014. Plenário. Rel. Min.
Ana Arraes)
DISPENSA - EMERGENCIAL
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
Quando da realização de dispensa de licitação nos termos do art. 24, inciso IV, da Lei nº
8666/1993, além da caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique
a dispensa, deve-se trazer elementos aos autos do processo que demonstrem a
compatibilidade dos preços contratados com aqueles vigentes no mercado ou com os
fixados por órgão oficial competente, ou, ainda, com os que constam em sistemas de
registro de preços, bem como que foi consultado o maior número possível de fornecedores
ou executantes, em atenção aos incisos II e III do parágrafo único do art. 26 dessa lei. (TCU.
Acórdão 2019/2010. Plenário. Rel. Min. José Múcio Monteiro.)
DISPENSA - EMERGENCIAL
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
Se a situação fática exigir a dispensa, mesmo considerando a ocorrência de falta de
planejamento, não pode o gestor deixar de adotá-la, pois se assim proceder responderá
não apenas pela falta de planejamento, mas também pelos possíveis danos que sua
inércia possa causar. (TCU. Acórdão 1667/2008. Plenário. Rel. Min. Ubiratan Aguiar).
A contratação direta é possível mesmo quando a situação de emergência decorre de falta
de planejamento, da desídia administrativa ou da má gestão dos recursos públicos. A
inércia do servidor, culposa ou dolosa, não pode vir em prejuízo de interesse público maior
a ser tutelado pela Administração. (TCU. Acórdão 285/2010. Plenário. Rel. Min. Benjamin
Zymler)
DISPENSA - EMERGENCIAL
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
JUSTIFICATIVAS
Mesmo no caso de dispensa de licitação por situação emergencial, é dever da instituição
contratante formalizar o respectivo processo, caracterizando a situação, a razão da
escolha do prestador de serviço e a justificativa do preço, e publicar o ato de dispensa na
imprensa oficial, sendo vedada a prestação de serviços sem a cobertura de contrato
devidamente formalizado, por expressa previsão do art. 60, parágrafo único, da Lei
8.666/93. (TCU ACÓRDÃO 3.083/07 – 1ª CÂMARA)
DISPENSA - EMERGENCIAL
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
NECESSIDADE DE URGÊNCIA NO ATENDIMENTO
A dispensa de licitação, em casos de emergência ou calamidade pública (art. 24, inciso IV, da
Lei 8.666/1993), apenas é cabível se o objeto da contratação direta for o meio adequado,
eficiente e efetivo de afastar o risco iminente detectado. (TCU ACÓRDÃO 1.987/15 –
PLENÁRIO)
LIMITAÇÃO À PARCELA NECESSÁRIA
A contratação direta emergencial, fundamentada no art. 24, inciso IV, deve se restringir
somente à parcela mínima necessária para afastar a concretização do dano ou a perda dos
serviços executados, devendo a solução definitiva, conforme o caso, ser objeto de licitação
formal. ACÓRDÃO 6.439/15 – 1ª CÂMARA
DISPENSA - LICITAÇÃO DESERTA
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
INCISO V ART. 24 DA LEI 8.666/93
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder
ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições
preestabelecidas;
DISPENSA - LICITAÇÃO DESERTA
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
A licitação deserta deve ser repetida ou justificada a inviabilidade de sua repetição. (TCU
Acórdão 6.440/2011 – 1ª Câmara. Rel. Min. Augusto Sherman);
Ausentes os requisitos que caracterizam a licitação deserta e não demonstrado que a
repetição do certame traria prejuízos à Administração, é considerada ilegal a contratação
direta. (TCU Acórdão 2.648/2007 – Plenário. Rel. Min. Ubiratan Aguiar);
A contratação direta por licitação deserta deve demonstrar que a repetição do certame poderá
resultar em prejuízo à Administração, em exposição de motivos constante no processo de
contratação. TCU (Acórdão 7.049/2010 – 2ª Câmara. Rel. Min. José Jorge)
DISPENSA - LICITAÇÃO FRACASSADA
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
INCISO VII ART. 24 DA LEI 8.666/93
VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos
praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais
competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a
situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao
constante do registro de preços, ou dos serviços;
Obs: §3º
DISPENSA – ORGÃO PÚBLICO 
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
INCISO VIII - ART. 24 DA LEI 8.666/93
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou
serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha
sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço
contratado seja compatível com o praticado no mercado;
DISPENSA - LOCAÇÃO
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
INCISO X ART. 24 DA LEI 8.666/93
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas
da administração, cujas necessidadesde instalação e localização condicionem a sua escolha,
desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação
prévia;
DISPENSA - LOCAÇÃO
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
DISPENSA - LOCAÇÃO
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
Mesmo que vários imóveis satisfaçam as condições desejadas pela Administração, encontra-
se na esfera do poder discricionário do gestor contratar a locação por meio de dispensa de
licitação (art. 24, inciso X, da Lei 8.666/1993). Os motivos adotados para a seleção não se
limitam necessariamente ao valor do aluguel, sendo possível – e até desejável – a
consideração de outros critérios, devendo-se observar as exigências legais de adequada
motivação para a opção escolhida e de demonstração da compatibilidade do valor da
contratação com parâmetros de mercado. (TCU ACÓRDÃO 2.420/15 – PLENÁRIO)
DISPENSA - REMANESCENTE DE OBRA
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
INCISO XI (ART. 24 DA LEI 8.666/93)
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em consequência de
rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas
as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço,
devidamente corrigido;
DISPENSA - REMANESCENTE DE OBRA
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
DISPENSA - REMANESCENTE DE OBRA
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
Ao licitante segundo colocado simplesmente é dada a opção de aceitar ou não a assunção
integral da proposta formulada pela primeira colocada. Destaque-se: a assunção integral
da proposta da primeira colocada! A proposta do segundo colocado é totalmente afastada.
Somente dessa forma será cumprida a intenti o legis. A contratação de remanescente de
obra pressupõe que o proponente estudou a equação inicial antes de assinar o ajuste e
analisou e aceitou uma proposta de preços baseada em dados que entendeu exequíveis
em condições de equilíbrio econômico-financeiro. (TCU. Acórdão 552/14 – Plenário. Rel.
Min. Ana Arraes)
DISPENSA – INSTIUTUIÇÃO DE ENSINO
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
DISPENSA
INCISO XIII (ART. 24 DA LEI 8.666/93)
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da
pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à
recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-
profissional e não tenha fins lucrativos;
DISPENSA – RESTAURAÇÃO DE OBRAS DE ARTE
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
DISPENSA
INCISO XV (ART. 24 DA LEI 8.666/93)
XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade
certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade.
DISPENSA - GARANTIA
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
INCISO XVII ART. 24 DA LEI 8.666/93)
XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira,
necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, junto ao
fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for
indispensável para a vigência da garantia;
DISPENSA
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
INCISO XX
(ART. 24 DA LEI 8.666/93)
XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de
comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública, para a prestação
de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível
com o praticado no mercado.
DISPENSA
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
INCISO XXII (ART. 24 DA LEI 8.666/93)
XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural com
concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação
específica;
INEXIGIBILIDADE
INEXIGIBILIDADE
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição ...:
» Conceito-base de inviabilidade de competição
» Comporta qualquer situação não descrita nos incisos em que não haja mais de uma
alternativa de contratação
» Usada em caso de não enquadramento nos incisos do art. 25
INEXIGIBILIDADE
SITUAÇÕES PASSÍVEIS DE ENQUADRAMENTO NO ART. 25, CAPUT
• Patrocínio de eventos públicos
• Serviços públicos concedidos
• Credenciamento de serviços
INEXIGIBILIDADE
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por
produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca,
devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de
registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo
Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
INEXIGIBILIDADE
❑ Aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros;
❑ Fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo;
❑ Vedada a preferência de marca;
❑ Comprovação feita por atestado de exclusividade, fornecido pelo órgão de registro do
comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato,
Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes
INEXIGIBILIDADE
Acórdão 1.096/07 TCU – Plenário “Abstenha-se de realizar a contratação de serviços com
fundamento no inciso I do art. 25 da Lei nº 8.666/1993, já que este dispositivo é especifico
para a aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros fornecidos por produtor, empresa
ou representante comercial exclusivo.”
Orientação Normativa AGU 15, de 01 de abril de 2009 “A contratação direta com fundamento
na inexigibilidade prevista no art. 25, inc. I, da lei nº 8.666, de 1993, é restrita aos casos de
compras, não podendo abranger serviços.”
INEXIGIBILIDADE
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza
singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade
para serviços de publicidade e divulgação;
(...)
§ 1o Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo
de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações,
organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas
atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado
à plena satisfação do objeto do contrato
INEXIGIBILIDADE
INEXIGIBILIDADE
Seção IV
Dos Serviços Técnicos Profissionais Especializados
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os
trabalhos relativos a:
I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
II - pareceres, perícias e avaliações em geral;
III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras;
III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
INEXIGIBILIDADE
OBJETO SINGULAR
Serviço inédito ou incomum, capaz de exigir, na seleção do executor de confiança, um grau de
subjetividade, insuscetível de ser medido pelos critérios objetivos de qualificação inerentes
ao processo de licitação (Súmula 39 do TCU)
Nas contratações diretas por inexigibilidade de licitação, o conceito de singularidade não pode
ser confundido com a ideia de unicidade, exclusividade, ineditismo ou raridade. O fato de o
objeto poder ser executado por outros profissionais ou empresas não impede a contratação
direta amparada no art. 25, inciso II, da Lei 8.666/1993. A inexigibilidade, amparada nesse
dispositivo legal, decorre da impossibilidade de se fixar critérios objetivos de julgamento
(Acórdão 351/15 – 2ª Câmara)
INEXIGIBILIDADENOTORIA ESPECIALIZAÇÃO
Art. 25, §1º da Lei 8.666/93: “Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa
cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos,
experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos
relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e
indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.”
INEXIGIBILIDADE
CONTRATAÇÃO DE CURSOS, TREINAMENTOS, CONGRESSOS, SEMINÁRIOS Decisão 439/98 –
TCU/Plenário:
Contratações de professores, conferencistas ou instrutores para ministrar cursos de
treinamento ou aperfeiçoamento de pessoal, bem assim a inscrição de servidores para
participação de cursos abertos a terceiros, enquadram-se na hipótese de inexigibilidade de
licitação prevista no inciso II do art. 25, combinado com o inciso VI do art. 13 da Lei no
8.666/1993.
INEXIGIBILIDADE
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de
empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
(...)
§ 2o Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado
superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o
fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de outras
sanções legais cabíveis.
PROCEDIMENTO
Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e nos incisos III e seguintes do art. 24,
as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o
retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8º, deverão ser comunicado dentro
de três dias a autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo
de cinco dias, como condição para eficácia dos atos.
PROCEDIMENTO
Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto
neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos:
I - caracterização da situação emergencial, calamitosa ou de grave e iminente risco à
segurança pública que justifique a dispensa, quando for o caso; (Redação dada pela Lei nº
13.500, de 2017)
II - razão da escolha do fornecedor ou executante;
III - justificativa do preço.
IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão alocados.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13500.htm#art3
JUSTIFICATIVA DO PREÇO
O TCU tem exigido que, mesmo nas contratações diretas mediantes dispensa de licitação, deve
ser realizada pesquisa prévia de preços entre fornecedores do bem, em atenção ao disposto
nos arts. 15, V e 26, III, da Lei 8.666/93.
Segundo o TCU A justificativa pode ser realizada através de pesquisas de fornecedores ou pela
comparação com os preços praticados pelo fornecedor juntos a outras instituições públicas ou
privadas. (acórdão 1565/2015 - Plenário)
JUSTIFICATIVA DO PREÇO
a) Dispensa: cotação de no mínimo 03 empresas do ramo ou justificação no caso de não serem
colhidas o número mínimo de propostas.
b) Inexigibilidade: comparação entre preços praticados pelo fornecedor junta a outras
instituições públicas ou privadas.
CREDENCIAMENTO
É um conjunto de procedimentos por meio dos quais a Administração credencia, mediante
chamamento público, todos os prestadores aptos e interessados em realizar determinados
serviços, quando o interesse público for melhor atendido com a contratação do maior número
possível prestadores simultâneos. Esta inviabilidade resulta da possibilidade de contratação
de todos os interessados do ramo do objeto pretendido, e que atendam às condições mínimas
estabelecidas no regulamento. Não há possibilidade de competição, pois todos podem ser
contratados pela Administração. (Juliana Ribeiro)
CREDENCIAMENTO
É um conjunto de procedimentos por meio dos quais a Administração credencia, mediante
chamamento público, todos os prestadores aptos e interessados em realizar determinados
serviços, quando o interesse público for melhor atendido com a contratação do maior número
possível prestadores simultâneos. Esta inviabilidade resulta da possibilidade de contratação
de todos os interessados do ramo do objeto pretendido, e que atendam às condições mínimas
estabelecidas no regulamento. Não há possibilidade de competição, pois todos podem ser
contratados pela Administração. (Juliana Ribeiro)
CREDENCIAMENTO
a) A contratação de todos os que tiverem interesse e que satisfaçam as condições fixadas pela
Administração;
b) A garantia da igualdade de condições entre todos o interessados hábeis a contratar com a
Administração.
c) A demonstração inequívoca de que as necessidades da Administração somente poderão ser
atendidas dessa forma, cabendo a devida observância das exigências do art. 26 da Lei
8.666/93, principalmente no que concerne à justificativa de preços.
CREDENCIAMENTO
O credenciamento pode ser utilizado para a contratação de profissionais de saúde, tanto para
atuarem em unidades públicas de saúde quanto em seus próprios consultórios e clínicas,
quando se verifica a inviabilidade de competição para preenchimento das vagas, bem como
quando a demanda pelos serviços é superior à oferta e é possível a contratação de todos os
interessados, devendo a distribuição dos serviços entre os interessados se dar de forma
objetiva e impessoal. (Acórdão 352/2016 - Plenário, rel. Min. Benjamin Zymler) .
Lei 13.979/2020
A fim de dotar o aparato administrativo de ferramentas e instrumentos adequados, a Lei
nº 13.979/2020 estabeleceu medidas que poderão ser empregadas para o enfrentamento
da emergência de saúde pública.
Art. 4º É dispensável a licitação para aquisição ou contratação de bens, serviços, inclusive
de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública
de importância internacional de que trata esta Lei.
§ 1º A dispensa de licitação a que se refere o caput deste artigo é temporária e aplica-se
apenas enquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional
decorrente do coronavírus.
Lei 13.979/2020
§ 2º Todas as aquisições ou contratações realizadas com base nesta Lei serão
disponibilizadas, no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis, contado da realização do ato, em
site oficial específico na internet, com o nome do contratado, o número de sua inscrição na
Secretaria da Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivo processo
de aquisição ou contratação, além das seguintes informações:
I – o ato que autoriza a contratação direta ou o extrato decorrente do 
contrato; (Incluído pela Lei nº 14.035, de 2020)
II – a discriminação do bem adquirido ou do serviço contratado e o local de entrega ou de 
prestação; (Incluído pela Lei nº 14.035, de 2020)
III – o valor global do contrato, as parcelas do objeto, os montantes pagos e o saldo 
disponível ou bloqueado, caso exista; (Incluído pela Lei nº 14.035, de 2020)
IV – as informações sobre eventuais aditivos contratuais; (Incluído pela Lei nº 14.035, 
de 2020)
V – a quantidade entregue em cada unidade da Federação durante a execução do contrato, 
nas contratações de bens e serviços. (Incluído pela Lei nº 14.035, de 2020)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1
Lei 13.979/2020
§ 3º Na situação excepcional de, comprovadamente, haver uma única fornecedora do bem 
ou prestadora do serviço, será possível a sua contratação, independentemente da 
existência de sanção de impedimento ou de suspensão de contratarcom o poder 
público. (Incluído pela Lei nº 14.035, de 2020).
§ 3º-A. No caso de que trata o § 3º deste artigo, é obrigatória a prestação de garantia nas 
modalidades previstas no art. 56 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que não poderá 
exceder a 10% (dez por cento) do valor do contrato. (Incluído pela Lei nº 14.035, de 
2020)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm#art56
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1
Lei 13.979/2020
Art. 4º-B. Nas dispensas de licitação decorrentes do disposto nesta Lei, presumem-se comprovadas
as condições de:
I – ocorrência de situação de emergência; (Incluído pela Lei nº 14.035, de 2020)
II – necessidade de pronto atendimento da situação de emergência; (Incluído pela Lei nº 14.035)
III – existência de risco à segurança de pessoas, de obras, de prestação de serviços, de equipamentos
e de outros bens, públicos ou particulares; e (Incluído pela Lei nº 14.035, de 2020)
IV – limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação de
emergência. (Incluído pela Lei nº 14.035, de 2020)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L14035.htm#art1
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
CONCEITO:
Conjunto de procedimentos formais com o objetivo de registrar preços para
contratações futuras a critério da Administração, de modo que o fornecedor não possui
direito à contratação.
OBJETIVO:
Formação de Ata de Registro de Preço, documento que formaliza a obrigação do
fornecedor registrado a atender, em qualquer momento ao longo da vigência da ARP, a
chamada da Administração para assinatura do instrumento de contrato ou retirada do
instrumento equivalente e, a partir de tal formalidade, iniciar o fornecimento do bem ou
a execução do serviço.
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
LEI Nº 8.666/1993
Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:
[...]
§ 3º O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as
peculiaridades regionais, observadas as seguintes condições:
I - seleção feita mediante concorrência;
II - estipulação prévia do sistema de controle e atualização dos preços registrados;
III - validade do registro não superior a um ano.
LEI Nº 10.520/2002
Art. 11. As compras e contratações de bens e serviços comuns, no âmbito da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, quando efetuadas pelo sistema de registro de
preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, poderão adotar a
modalidade de pregão, conforme regulamento específico.
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
ROL EXEMPLIFICATIVO DO ART. 3º DO DECRETO FEDERAL Nº 7.892/2013:
I - quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de
contratações frequentes;
II - quando for mais conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas
parceladas ou contratação de serviços necessários à Administração para o desempenho
de suas atribuições;
III - quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para
atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo;
IV - quando pela natureza do objeto não for possível definir previamente o
quantitativo a ser demandado pela Administração.
.
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
ROL EXEMPLIFICATIVO DO ART. 3º DO DECRETO FEDERAL Nº 7.892/2013:
I - quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de
contratações frequentes;
II - quando for mais conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas
parceladas ou contratação de serviços necessários à Administração para o desempenho
de suas atribuições;
III - quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para
atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo;
IV - quando pela natureza do objeto não for possível definir previamente o
quantitativo a ser demandado pela Administração.
.
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
ROL EXEMPLIFICATIVO DO ART. 3º DO DECRETO FEDERAL Nº 7.892/2013:
I - quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de
contratações frequentes;
II - quando for mais conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas
parceladas ou contratação de serviços necessários à Administração para o desempenho
de suas atribuições;
III - quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para
atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo;
IV - quando pela natureza do objeto não for possível definir previamente o
quantitativo a ser demandado pela Administração.
.
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
“... a utilização do Sistema de Registro de Preços é adequada em situações como a
que se encontra sob comento, ou seja, quando a demanda é incerta, seja em relação
a sua ocorrência, seja no que concerne à quantidade de bens a ser demandada.
Afinal, não faria sentido realizar uma estimativa prévia e, com base nela, efetivar um
processo licitatório, no qual tenham sido definidas quantidades exatas a serem
adquiridas, sem saber nem se essas aquisições serão efetivamente necessárias. Num
cenário bastante plausível, poderia haver a compra de bens que não seriam
necessários”. (Voto do Min. Benjamin Zymler no Acórdão nº 2.197/2015-P)
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
A utilização do sistema de registro de preços para contratação imediata de serviços
continuados e específicos, com quantitativos certos e determinados, sem que haja
parcelamento de entregas do objeto, viola o art. 3º do Decreto 7.892/2013.
(Acórdão nº 1.604/2017-P)
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
O prazo de validade da Ata de Registro de Preço (ARP) não pode ser superior a um ano,
computadas as eventuais prorrogações (art. 15, § 3º, III, da Lei nº 8.666 e art. 12 do Decreto
nº 7.892).
A ARP apenas tem validade enquanto subsistir quantitativo do objeto disponível, ainda que o
esgotamento ocorra antes do prazo de um ano de vigência.
Eventual prorrogação do prazo de validade da ARP (desde que respeitado o limite de 12
meses) não conduz à renovação dos quantitativos originalmente registrados, porquanto a
prorrogação cinge-se à ampliação da vigência da ata e não a ampliação de seu conteúdo
(Acórdão nº 991/2008-P).
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
ALTERAÇÕES DOS CONTRATOS DECORRENTES AO ACIONAMENTO DE ARP :
A ARP propriamente dita não pode ser objeto de alteração contratual nas hipóteses vertidas
no art. 65 da LGL.
O §1º do art. 12 do Decreto nº 7.892/2013 é enfático ao vedar “acréscimos nos quantitativos
fixados pela ata de registro de preços, inclusive o acréscimo de que trata o §1º do art. 65 da Lei
nº 8.666, de 1993”.
Entretanto, face à diferenciação entre a ARP e o instrumento contratual dela decorrente, as
possibilidades de alterações qualitativas e quantitativas previstas no art. 65 LGL são
aplicáveis aos contratos decorrentes do SRP.
Os contratos decorrentes da ARP poderão ter sua vigência alterada nas hipóteses previstas
no art. 57 da LGL, desde que tal contrato tenha sido assinado no prazo de validade da
respectiva ata que lhe deu origem.
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
ALTERAÇÕES DOS CONTRATOS DECORRENTES AO ACIONAMENTO DE ARP :
A ARP propriamente dita não pode ser objeto de alteração contratual nas hipóteses vertidas
no art. 65 da LGL.
O §1º do art. 12 do Decreto nº 7.892/2013 é enfático ao vedar “acréscimos nos quantitativos
fixados pela ata de registro de preços, inclusive o acréscimo de que trata o §1º do art. 65 da Lei
nº 8.666, de 1993”.
Entretanto, face à diferenciação entre a ARP e o instrumento contratual dela decorrente, as
possibilidades de alterações qualitativas e quantitativas previstas no art. 65 LGL são
aplicáveis aos contratos decorrentes do SRP.
Os contratos decorrentes da ARP poderão ter sua vigência alterada nas hipóteses previstas
no art. 57 da LGL, desdeque tal contrato tenha sido assinado no prazo de validade da
respectiva ata que lhe deu origem.
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
CADASTRO DE RESERVA
Art. 11. Após a homologação da licitação, o registro de preços observará, entre outras, as
seguintes condições:
[...]
II - será incluído, na respectiva ata na forma de anexo, o registro dos licitantes que aceitarem
cotar os bens ou serviços com preços iguais aos do licitante vencedor na sequência da
classificação do certame, excluído o percentual referente à margem de preferência, quando o
objeto não atender aos requisitos previstos no art. 3º da Lei nº 8.666, de 1993;
[...]
§ 1º O registro a que se refere o inciso II do caput tem por objetivo a formação de cadastro
de reserva no caso de impossibilidade de atendimento pelo primeiro colocado da ata, nas
hipóteses previstas nos arts. 20 e 21.
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
COMPRAS COMPARTILHADAS
ÓRGÃO GERENCIADOR: órgão ou entidade da Administração Pública responsável pela
condução do conjunto de procedimentos do certame para registro de preços e gerenciamento
da Ata de Registro de Preços dele decorrente.
▪ÓRGÃO PARTICIPANTE: órgão ou entidade que participa dos procedimentos iniciais do SRP e
integra a Ata de Registro de Preços.
▪ÓRGÃO NÃO PARTICIPANTE (“CARONA”): órgão ou entidade da Administração Pública que,
não tendo participado dos procedimentos iniciais da licitação, atendidos os requisitos desta
norma, faz adesão à ata de registro de preços.
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
COMPRAS COMPARTILHADAS
ÓRGÃO GERENCIADOR:
Registrar sua intenção de registro de preços;
Promover atos necessários à instrução processual para a realização do procedimento
licitatório;
Realizar o procedimento licitatório;
Gerenciar a ata de registro de preços
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
COMPRAS COMPARTILHADAS
ÓRGÃO PARTICIPANTE
Manifestar interesse em participar do registro de preços;
Providenciar o encaminhamento ao Órgão Gerenciador de sua estimativa de consumo, local
de entrega e, quando couber, cronograma de contratação e respectivas especificações ou
termo de referência ou projeto básico;
Manifestar, junto ao órgão gerenciador, mediante a utilização da Intenção de Registro de
Preços, sua concordância com o objeto a ser licitado, antes da realização do procedimento
licitatório;
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
COMPRAS COMPARTILHADAS
ÓRGÃO NÃO PARTICIPANTE (“CARONA”):
O art. 22 do Decreto nº 7.892/2013 permite a qualquer órgão e entidade que não tenha
assumido, na época própria, a posição formal de Órgão Participante, a utilização da Ata de
Registro de Preços – daí a designação “carona”, desde atendidos os seguintes requisitos:
Comprovação da vantajosidade, em termos econômicos e de eficiência no atendimento das
necessidades, da adesão à ARP pelo “carona”;
Anuência de adesão pelo Órgão Gerenciador;
Aceitação do fornecedor em assumir o quantitativo pretendido pelo “carona”;
Ausência de prejuízo quanto às obrigações anteriormente assumidas pelo fornecedor com os
órgãos participantes e gerenciador.
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
COMPRAS COMPARTILHADAS
ÓRGÃO NÃO PARTICIPANTE (“CARONA”):
Eventual previsão em edital da possibilidade de adesão à ata de registro de preços por
órgãos ou entidades não participantes deve estar devidamente motivada no processo
administrativo.
(Acórdão nº 757/2015-P)
A inserção de cláusula em edital licitatório prevendo a possibilidade de adesão a ata de
registro de preços por órgãos ou entidades não participantes do planejamento da
contratação (“carona”) exige justificativa específica, lastreada em estudo técnico referente
ao objeto licitado e devidamente registrada no documento de planejamento da
contratação.
(Acórdão nº 311/2018-P)
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
LIMITES QUANTITATVOS DE ADESÃO PELO “CARONA”
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
LIMITES QUANTITATVOS DE ADESÃO PELO “CARONA”
ÓRGÃO OU ENTIDADE FEDERAL ADERINDO ARP ESTADUAL E/OU MUNICIPAL
"É vedada aos órgãos e entidades da administração pública federal a adesão a ata de
registro de preços gerenciada por órgão ou entidade municipal, distrital ou estadual”.
ÓRGÃO OU ENTIDADE ESTADUAL E/OU MUNICIPAL ADERINDO ARP FEDERAL
"É facultada aos órgãos ou entidades municipais, distritais ou estaduais a adesão a ata de
registro de preços da Administração Pública Federal”.
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
CANCELAMENTO DO REGISTRO DO FORNECEDOR
Art. 20. O registro do fornecedor será CANCELADO quando:
I - descumprir as condições da ata de registro de preços;
II - não retirar a nota de empenho ou instrumento equivalente no prazo estabelecido pela
Administração, sem justificativa aceitável;
III - não aceitar reduzir o seu preço registrado, na hipótese deste se tornar superior
àqueles praticados no mercado; ou
IV - sofrer sanção prevista nos incisos III ou IV do caput do art. 87 da Lei nº 8.666, de 1993,
ou no art. 7º da Lei nº 10.520, de 2002.
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO
CANCELAMENTO DO REGISTRO DO FORNECEDOR
Art. 21. O CANCELAMENTO do registro de preços poderá ocorrer por fato superveniente,
decorrente de caso fortuito ou força maior, que prejudique o cumprimento da ata,
devidamente comprovados e justificados:
I - por razão de interesse público; ou
II - a pedido do fornecedor.
OBRIGADO
andrelpmaia@gmail.com
andrelpmaia
mailto:andrelpmaia@gmail.com
https://www.instagram.com/andrelpmaia/

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