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Anelídeos: características e classificação

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Anelídeos 
Objetivos 
• Identificar os aspectos 
básicos da arquitetura 
corporal das três classes de 
anelídeos: Oligochaeta, 
Polychaeta e Hirudinea; 
• Identificar a segmentação 
corporal (metamerização) dos 
anelídeos; 
• Relacionar as variações da 
respiração e alimentação com 
as formas de vida de cada 
uma das três classes. 
O filo annelida 
Os anelídeos são animais que 
possuem as seguintes 
características gerais: 
-Protostômios 
-Bilateralmente simétricos 
-Triblásticos celomados 
-Uma das classificações existentes 
divide o filo em três classes: 
Oligochaeta 
(minhocas),Polychaeta(poliquetas) 
e Hirudinea (sanguessugas). 
 
-Corpo segmentado interna e 
externamente (metameria), menos 
em Hirudinea 
-Tubo digestório completo e tubular 
-Sistema circulatório fechado 
com vasos sanguíneos 
longitudinais (ou seios celomáticos) 
e ramos laterais em cada 
segmento 
-Plasma sanguíneo com 
hemoglobina dissolvida e 
amebócitos livres 
-Respiração cutânea ou por 
brânquias (em alguns Polychaeta) 
-Excreção por um par de 
nefrídios por segmento, cada 
um removendo excretas do celoma 
e da corrente sanguínea 
diretamente para o exterior 
-Sistema nervoso com um par de 
gânglios cerebrais (cérebro) e 
conectivos para um cordão nervoso 
maciço (duplo), medianoventral, 
que se estende por todo o 
comprimento do corpo, com um 
gânglio e pares de nervos laterais 
em cada segmento 
-Camadas musculares circulares e 
longitudinais 
-Apêndices simples, não 
articulados (cerdas). Em 
Polychaeta existem os 
parapódios, compostos por um 
cirro e cerdas filiformes e um par 
de cirros anais 
-Hermafroditas com 
desenvolvimento direto 
(Oligochaeta e Hirudinea) ou sexos 
separados com fase larval 
trocófora (Polychaeta). Alguns 
Oligochaeta e Polychaeta são 
capazes de se reproduzir 
assexuadamente por brotamento. 
Classe Oligochaeta 
Os ligoquetas são cerca de 3.100 
espécies de minhocas, existentes 
em água doce e solo úmido. 
Poucas cerdas no corpo, em 
comparação com outros anelídeos. 
Seu sistema digestório é composto 
por boca (recoberta pelo 
prostômio), cavidade 
bucal, faringe, esôfago com células 
calcíferas (secretoras de carbonato 
de 
cálcio), papo, moela e intestino (c
om tiflossole para aumentar a 
superfície de absorção e células 
cloragógenas). As células 
cloragógenas funcionam como 
fígado, sintetizam e armazenam 
glicogênio e gorduras. 
Seu sangue possui amebócitos 
incolores e hemoglobina dissolvida 
no plasma. Têm circulação 
fechada, com cinco vasos 
principais longitudinais ao corpo 
e cinco pares de corações nos 
segmentos VII a XI. 
Sua respiração é cutânea 
indireta. O oxigênio atravessa a 
cutícula úmida, caindo nos 
capilares e combinando-se com a 
hemoglobina do plasma. 
A excreção é feita por um par de 
nefrídios por segmento (menos 
os três primeiros e o último), que 
retiram os resíduos do celoma e 
dos vasos circundantes. Cada 
nefrídio tem uma abertura no 
interior de um segmento 
(o nefróstoma), um tubo que 
atravessa a divisão entre os 
segmentos e outra abertura 
(o nefridióporo) que libera os 
excretas no exterior do corpo. 
Classe Polychaeta 
Os poliquetas compreendem mais 
de 8.000 espécies, sendo a grande 
maioria marinha. Existem espécies 
que vivem no interior de tubos 
fixos em um substrato 
(espécies tubícolas) e espécies 
que se locomovem ativamente 
(espécies errantes), cuja forma do 
corpo assemelha-se ao de uma 
lacraia. Possuem estruturas 
chamadas parapódios, usadas 
para auxiliar na locomoção, além 
de muitas cerdas no corpo. 
Seu sistema digestório é formado 
por boca, faringe protrátil com 
duas mandíbulas serrilhadas 
córneas e grupos de paragnatos 
(“dentes” quitinosos), estômago-
intestino e ânus. Já o sistema 
circulatório possui um vaso 
sanguíneo ventral e outro dorsal, 
ambos longitudinais ao corpo, com 
ramos transversais em cada 
segmento para o intestino, 
nefrídios, parede do corpo e 
parapódios. 
 
O plasma sanguíneo dos 
poliquetas possui hemoglobina 
dissolvida e amebócitos. O sangue 
flui por contrações do vaso dorsal. 
Fazem respiração cutânea nos 
capilares dos parapódios e da 
parede do corpo. A excreção é por 
pares de nefrídios mais compactos 
do que os dos oligoquetas, com 
ductos ciliados. 
 
Em relação à reprodução, 
possuem sexos geralmente 
separados. As gônadas estão 
presentes somente na estação 
reprodutiva. Óvulos e 
espermatozoides formam-se de 
células do peritônio celomático. 
Quando maduros, saem pelos 
nefrídios. A fecundação é externa, 
com fase larvar trocófora 
ciliada. 
A regeneração é uma característica 
dos poliquetas. Tentáculos, palpos 
e mesmo uma cabeça conseguem 
se regenerar. Em certas espécies, 
um único segmento corporal 
consegue regenerar um indivíduo 
completo. 
Classe Hirudinea 
É formada por cerca de 500 
espécies, de água doce, salgada 
ou solo. Ao contrário dos outros 
anelídeos, não possuem cerdas e 
apresentam um celoma reduzido, 
assim como os septos. Isso se deve 
a uma expansão do tecido 
conjuntivo fibroso localizado 
abaixo da epiderme. Esse tecido 
vai ocupar a maior parte do 
interior do corpo. 
Tal redução do celoma e dos 
septos, bem como a ausência de 
cerdas, relaciona-se com a forma 
de locomoção das sanguessugas, 
além do fato de elas não 
escavarem túneis. Elas usarão 
as ventosas anterior e 
posterior para prenderem-se a 
um substrato, usando a 
musculatura corporal para 
provocar movimento, incluindo 
aqueles ligados à natação. 
Seu corpo possui um número fixo 
de 32 segmentos (embora alguns 
especialistas digam que são 34, 
pois teria havido uma fusão de 
dois segmentos com o prostômio). 
Seu corpo apresenta 
um achatamento dorso-ventral. 
Possuem um sistema digestório 
com boca, faringe muscular 
com glândulas 
salivares unicelulares e 
geralmente uma probóscide 
eversível ou três 
mandíbulas com dentes 
córneos, esôfago curto, papo long
o com até 20 pares de cecos 
laterais, intestino 
delgado, reto e ânus. 
As glândulas salivares secretam 
uma substância anticoagulante, 
chamada de hirudina. A digestão 
é muito lenta e realizada em 
associação a uma flora bacteriana 
intestinal, pois o intestino das 
sanguessugas não secreta 
nenhuma amilase, lípase ou 
endopeptidase. 
1-O sistema circulatório das 
sanguessugas possui seios 
longitudinais laterais, 
um dorsal e um ventral, com 
conexões transversais. O sangue 
flui por contração de alguns seios. 
A respiração é cutânea associad
a a uma rede de capilares abaixo 
da epiderme. A excreção é feita por 
até 17 pares de nefrídios, às vezes 
ramificados e podendo ter os 
nefróstomas fechados. 
2-Certas espécies de 
sanguessugas rincobdelídeas (da 
Ordem Rhynchobdellida) 
conseguem mudar de cor. Isso 
ocorre pela ação de pigmentos 
em cromatóforos com controle 
neuro-humoral. Como órgãos 
sensoriais as sanguessugas 
apresentam de dois a 10 olhos e 
várias papilas sensoriais. 
3-Os hirudíneos 
são hermafroditas com 
fecundação cruzada, mas 
apresentam protandria. Colocam 
ovos geralmente em casulos 
secretados por clitelo. A maioria 
das espécies não possui estágio 
larvar. Possuem de quatro a 12 
pares de testículos ligados a 
dois ductos eferentes que entram 
em um pênis mediano, dentro do 
poro genital masculino. 
4-A parte feminina é formada por 
dois ovários e ovidutos ligados a 
uma glândula albuminosa e 
uma vagina mediana, com o poro 
feminino abrindo-se atrás do 
masculino. Durante a cópula, uma 
sanguessuga 
transfere espermatóforos para 
aquela que estiver apenas com os 
órgãos sexuais femininos 
desenvolvidos. 
 
 
Moluscos 
Objetivos 
• Reconhecer os espécimes 
animais que pertencem à classe 
dos moluscos; 
• Distinguir os diversos aspectos 
anátomo-fisiológicos 
característicos das espécies 
animais pertencentes aos 
grupos dos moluscos; 
• Identificaros espécimes animais 
pertencentes ao grupo dos 
moluscos. 
Características gerais e classificação 
do Filo Mollusca 
Os moluscos constituem um grande 
grupo de animais invertebrados, que 
vivem em ambientes terrestres e 
aquáticos, marinhos e de água doce. 
Depois dos Artrópodes, o filo 
Mollusca é o segundo com maior 
diversidade de espécies, reunindo 
cerca de 150 mil espécies vivas e 35 
mil espécies de fósseis. 
O filo reúne as ostras, as lulas, os 
polvos e os caramujos. 
a anatomia de um molusco típico, o 
caramujo de jardim: 
As principais classes do Filo Mollusca 
são: 
Classe Aplacophora 
Classe Monoplacophora 
Classe Polyplacophora 
Classe Gastropoda 
Classe Bivalvia 
Classe Scaphopoda 
Classe Cephalopoda 
Classe Aplacophora 
O grupo reúne cerca de 350 espécies 
de corpo vermiforme. Sua principal 
característica é a ausência da concha; 
também não tem olhos, estatócitos e 
tentáculos; apresentam cabeça 
reduzida, podendo ou não apresentar 
rádula. As brânquias são geralmente 
ausentes, mas quando presentes, são 
em forma de bolsas lamelares. São 
marinhos. 
Classe Monoplacophora 
Os monoplacófaros apresentam 
concha única arredondada, e a 
maioria das espécies vive em grandes 
profundidades marinhas. Sua cabeça 
é reduzida e sem olhos; têm rádula e 
tentáculos ao redor da boca. 
Classe Polyplacophora 
Também chamados de Amphineura; 
são exclusivamente marinhos; têm o 
corpo achatado, coberto por sete a 
oito placas calcárias sobrepostas, 
característica que origina o nome do 
grupo, que significa “portador de 
muitas placas”; preferem superfícies 
rochosas nas entremarés, embora 
alguns vivam em grandes 
profundidades. 
Durante a alimentação, a rádula 
projeta-se para fora para raspar algas 
das rochas, fixando-se às rochas com 
os pés; apresentam cílios que fazem a 
corrente de água chegar às brânquias 
onde ocorre a troca gasosa (oxigênio/ 
gás carbônico) e a liberação de 
dejetos. Apresentam glândulas de 
açúcar responsáveis pela digestão da 
celulose. São geralmente coloridos 
foscos para se disfarçarem no tom das 
rochas às quais se aderem. 
Classe Gastropoda 
É a classe mais diversificada e com 
maior número de espécies; podem 
apresentar concha única espiralada 
ou ausente; quando a concha está 
presente, é sempre única — ou seja, o 
molusco é univalve —, podendo ser 
enrolada ou não; pode ser dextrógia, 
quando enrolada para a direita (as 
mais comuns), e é dita sinistrógia 
quando se enrola para a esquerda. 
O corpo assimétrico é formado por 
cabeça, massa visceral e pé; o pé fica 
na massa visceral, originando o nome 
gastrópoda, que significa “pé no 
estômago”, pois apresentam o pé na 
região ventral ao estômago; sua 
cabeça apresenta estatócitos, um ou 
dois tentáculos e um par de olhos. 
São monoicos e apresentam 
fecundação cruzada e interna. São as 
lesmas terrestres e marinhas, caracóis, 
lapas, búzios, litorinas, lebres-do-mar 
e borboletas-do-mar. 
 
Classe Bivalvia 
Também chamados Pelecypeda, são 
moluscos aquáticos, que apresentam 
concha externa dividida em duas 
valvas que envolvem a massa 
visceral; o nome bivalve provém do 
latim: bi significa duas, e valve 
significa peça; não possuem cabeça, 
rádula ou olhos; apresentam estilete 
cristalino, que libera enzimas 
digestivas. São filtradores. Esse grupo 
reúne as ostras, vieiras e mexilhões. 
 
Classe Scaphopoda 
O nome do grupo provém do grego 
skaphe, que significa “bote” e pous 
ou podos, que significa “pé”; são 
moluscos marinhos, caracterizada 
pela presença de uma 
concha carbonatada em forma de 
cone e aberta dos dois lados, que se 
parece com um dente. Suas trocas 
gasosas também ocorrem através do 
manto, sem presença de cerídeos. 
Apresenta tentáculos ao redor do pé 
que servem para capturar alimentos. 
Vivem enterrados na areia das praias. 
São os dentálios. 
Classe Cephalopoda 
Apresentam corpo com cabeça 
fusionada à massa visceral, com o pé 
transformado em braços e tentáculos; 
podem ser de grande porte; podem 
ter concha interna ou externa; sua 
locomoção é por propulsão por jato 
d’água ou por rastejamento. São 
carnívoros e predadores; têm sistema 
circulatório fechado, possibilitando 
oxigenação dos tecidos; como defesa, 
mudam de cor se camuflando. São 
considerados o grupo de 
invertebrados mais avançados. 
Esse grupo reúne as lulas, polvos, 
sépias e náutilos. Os polvos, cujo 
nome deriva do 
termo grego pól'ypous, que significa 
“de muitos pés", através do 
termo latino polypu; apresentam um 
dente quitinoso na boca; possuem 
também três mecanismos típicos de 
defesa: glândulas de 
tinta, camuflagem e autotomia dos 
braços. 
Estrutura corporal e fisiologia 
dos moluscos 
O sistema circulatório é aberto, com 
exceção dos cefalópodes, que exigem 
aparelho circulatório com alta 
pressão, por terem taxa metabólica 
elevada, e para se locomoverem 
rapidamente. Possuem coração dorsal 
e sangue pigmentado pela 
hemocianina, que confere a cor 
azulada do sangue. Note as 
diferenças estruturais entre as 
moléculas de hemoglobina, que tem o 
elemento ferro na sua composição, e 
da hemocianina, que tem o cobre 
como elemento atrativo para o 
oxigênio: 
 
O sistema digestivo dos moluscos é 
completo, iniciando-se na boca e 
terminando no ânus. Algumas 
espécies, como os gastrópodes e os 
cefalópodes, apresentam rádula, que 
é uma estrutura que se situa na base 
da boca, constituída por filas de 
pequenos dentes curvos, com a qual 
raspam o seu alimento. Pelo fato de 
poderem ser encontrados em uma 
grande variedade de ambientes, os 
moluscos apresentam diferentes tipos 
de respiração: branquial, que ocorre 
em moluscos aquáticos como os 
polvos, lulas e ostras; a respiração 
pulmonar ocorre em moluscos 
terrestres, como os caracóis; e a 
cutânea, que ocorre com as lesmas, 
que também vivem em ambiente 
terrestre úmido, sob o solo ou em 
árvores. Nos moluscos aquáticos, as 
trocas gasosas são feitas no manto por 
meio de cílios que impulsionam a 
água com oxigênio pelo sifão inalante 
para os ctenídios das brânquias. 
Depois disso, a água levando o gás 
carbônico sai do organismo do 
molusco pelo sifão exalante. Nos 
bivalves, as brânquias têm também a 
função na alimentação, retendo 
partículas, que posteriormente são 
direcionadas para a boca. 
O sistema excretor, na maioria dos 
moluscos, é formado pelo órgão de 
Bojanus, um par de metanefrídios que 
são tipos de nefrídios ou rins 
rudimentares, nos quais a 
extremidade interna, o nefrostômio, 
abre-se para dentro da cavidade 
celomática. O produto da filtração do 
sangue e do líquido celomático pelos 
metanefrídios é a amônia. Os dutos 
dos metanefrídios em muitos 
moluscos também servem como via 
para a liberação de ovos e 
espermatozoides. 
O sistema nervoso consiste em vários 
pares de gânglios descentralizados 
(cerebroides, pleurais, podais, 
viscerais) ligados por cordões 
conectivos, sendo geralmente mais 
simples que o dos anelídios e 
artrópodes. O sistema nervoso é 
dotado de células neurossecretoras 
que, pelo menos em certos caracóis de 
respiração aérea, produzem um 
hormônio de crescimento e 
funcionam na osmorregulação. 
A maioria dos moluscos é dioica, ou 
seja, tem os sexos separados, como os 
polvos, embora alguns sejam 
hermafroditas e monoicos, como os 
caramujos e ostras. A fecundação 
pode ser interna, como nos 
cefalópodes e caramujos de jardim, 
ou externa, como nos gastrópodes e 
na maioria dos bivalves. 
O desenvolvimento pode ser direto, 
sem forma larval, como nos moluscos 
terrestres, ou indireto, com a presença 
de formas intermediárias, como 
larvas trocóforas e véliger, que 
ocorrem na maioria dos gastrópodes 
e nos bivalves. A larva livre-natante, 
que emerge do ovo em muitos 
moluscos, é uma trocófora, que se 
metamorfoseia em juvenil, que é um 
adulto ainda não maduro.Em muitos 
moluscos, o estádio de trocófora 
ocorre no interior do ovo, do qual 
eclode um véliger que se torna o 
único estádio livre-natante. A larva 
véliger apresenta pé, manto, concha e 
muitas estruturas semelhantes às dos 
adultos. Cefalópodes, caramujos 
límnicos não têm larvas livre-
natantes, e os juvenis eclodem 
diretamente dos ovos. 
Acidentes com moluscos 
Acidentes com moluscos são raros, 
mas polvos maiores podem ocasionar 
o afogamento de pessoas que se 
aventuram a tocá-los e são envolvidas 
por seus tentáculos. As bicadas dos 
polvos também são raras, mas podem 
causar dor, formigamento e edema, 
que se alastram em torno do local da 
ferida. Em alguns locais, como no 
Japão, é grande o número de 
acidentes resultantes da ingestão de 
bivalves contaminados por 
dinoflagelados, que produzem 
toxinas paralisantes.

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