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Zoologia de Invertebrados Classificação e padrões básicos de organização corporal Objetivos • Reconhecer as formas de classificação dos animais; • Analisar cladogramas; • Averiguar o porquê de os animais terem os padrões corporais atuais Características embrionárias O desenvolvimento dos embriões de animais pode ocorrer de três maneiras. Em todas, após a fecundação (união dos gametas masculino e feminino) vai se formar um agregado de células chamado de mórula, que absorve líquidos e gera um espaço interno, transformando-se em uma blástula, que tem apenas uma camada de células. Esta é a característica distintiva dos animais (uma apomorfia), pois os embriões dos outros organismos não formam blástulas. As blástulas sofrem uma invaginação, transformando-se em uma estrutura com duas camadas de células (os dois primeiros folhetos germinativos ou embrionários - ectoderma e endoderma), uma abertura (o blastóporo) e uma cavidade (o arquêntero). Nas esponjas (filo Porifera), os embriões desenvolvem-se a partir de uma blástula que não vai gerar uma gástrula e, consequentemente, não formará os folhetos germinativos. Os cnidários (filo Cnidaria) têm uma gástrula com dois folhetos germinativos e, por isso, são chamados de animais diblásticos (ou diploblásticos). A partir dos ctenóforos (filo Ctenophora), todos os animais têm embriões com três folhetos (ectoderma, mesoderma e endoderma), sendo chamados de animais triblásticos (ou triploblásticos). Gástrula tridérmica Uma gástrula tridérmica (com ectoderma, mesoderma e endoderma) pode se desenvolver de três maneiras. Na primeira, típica dos platelmintos (filo Platyhelminthes), os embriões não deixam espaços entre os três folhetos ao longo do seu desenvolvimento, gerando animais com o corpo maciço, cuja única cavidade corporal é a do sistema digestório. Tais animais são classificados como acelomados (sem celoma ou cavidade geral do corpo). Na segunda, encontrada nos nematódeos (filo Nematoda) e outros asquelmintos, existe um espaço entre o mesoderma e o endoderma, chamado de pseudoceloma (falso celoma). Tais animais são classificados como pseudocelomados. Na terceira maneira, a gástrula forma um embrião com um espaço (o celoma verdadeiro) limitado apenas pelo mesoderma. Esta é a gástrula dos demais filos animais, chamados de celomados. A formação do mesoderma e do celoma pode ocorrer a partir do blastóporo (celoma esquizocélico, do grego schizos, dividido) ou a partir de bolsas que surgem na endoderme a partir do arquêntero (celoma enterocélico, do grego enteron, intestino). Moluscos (filo Mollusca), anelídeos (filo Annelida) e artrópodos (filo Arthropoda) são esquizocelomados, enquanto os equinodermos (Echinodermata) e cordados (Chordata) são enterocelomados. O blastóporo é um orifício de comunicação do sistema digestório com o meio externo. Ele pode dar origem à boca (protostomia, do grego protos, primeiro, primitivo, e stoma, boca) ou ao ânus (deuterostomia, do grego deuteros, segundo). Moluscos, anelídeos e artrópodes são protostomados, enquanto equinodermos e cordados são deuterostomados. Simetria corporal Assimétricos: Nessa categoria, enquadram-se os poríferos. Sua organização corporal, na maior parte dos casos, não mostra qualquer padrão de simetria, especialmente nas chamadas esponjas incrustantes. Simetria radial: Nessa categoria, estão os cnidários e ctenóforos. Neles, apenas cortes longitudinais como os raios de uma circunferência poderão gerar partes do corpo simétricas. Simetria bilateral: Nessa categoria, se enquadram os demais grupos de animais, nos quais um eixo corporal longitudinal gera as metades direita e esquerda do corpo. Organização corporal A animais apresentam quatro níveis de organização: celular, celular-tissular, tissular-orgânico e orgânico-sistêmico. Em equinodermos ocorre algo curioso: a simetria bilateral está presente apenas nas larvas, com os adultos tendo a chamada simetria radial secundária. Nos animais de simetria bilateral, encontramos uma cabeça, que acumula estruturas sensoriais, como olhos, nariz e ouvidos. Isso não existe nos animais assimétricos ou de simetria radial. Além disso, vemos o desenvolvimento gradual do encéfalo, gerando cérebros cada vez mais complexos à medida que os grupos foram surgindo. Ou seja, a simetria bilateral está associada ao processo de cefalização. Organização celular A organização celular é encontrada nos poríferos, que são, basicamente, agregados de células funcionalmente diferenciadas. Elas apresentam divisão de funções, com algumas trabalhando, por exemplo, com a alimentação, outras com a reprodução etc. Não há nelas uma tendência para a organização em tecidos. Organização celular-tissular A organização celular-tissular é vista em cnidários e ctenóforos. Nesses grupos, existem camadas de células definidas formando tecidos. É uma estruturação um pouco mais complexa que a anterior. Organização tissular-orgânica A organização tissular-orgânica, vemos o surgimento dos primeiros órgãos. Esta é a organização encontrada em platelmintos, nos quais surgem estruturas como as manchas ocelares e probóscides, além de órgãos reprodutores. Organização orgânico-sistêmico A organização orgânico-sistêmico é o mais complexo e o mais comum nos animais, existindo na maioria dos filos. Nele, os órgãos vão formar sistemas corporais para desempenhar diferentes funções, como a circulação, a respiração e a excreção. Tamanho corporal e multicelularidade A hipótese mais aceita é a de que os primeiros animais surgiram a partir de colônias de protozoários coanoflagelados, cuja estrutura é virtualmente idêntica a um tipo de célula flagelada característica das esponjas: o coanócito. Podemos considerar como nove os filos mais abundantes do planeta: Porifera, Cnidaria, Platyhelminthes, Nematoda, Annelida, Mollusca, Arthropoda, Echinodermata e Chordata. Este último engloba os animais vertebrados e não será tratado nesta disciplina. Cladogramas A análise das relações de parentesco entre os organismos pode gerar ilustrações que mostram quais as origens dos grupos. Estas ilustrações são os cladogramas, que se constroem a partir da análise de várias características que foram surgindo com a evolução. Os nós evolutivos (os pontos coloridos) representam momentos do surgimento de táxons maiores que os terminais, que vão abranger todos os que vierem depois deles. Assim, todos os animais pertencem ao táxon Metazoa (pois todos estão se originando após o nó evolutivo onde ele surge). Porém, os poríferos não fazem parte do táxon Eumetazoa, pois surgiram antes do nó evolutivo que gerou os eumetazoários (ou metazoários verdadeiros). Da mesma forma, os poríferos e os cnidários ficam de fora do táxon Bilateria (que abrange os animais de simetria bilateral), e daí por diante. Da esquerda para a direita, temos uma linha temporal: os ramos mais à esquerda (que surgem a partir de nós evolutivos situados mais abaixo no eixo principal) têm origens mais antigas do que os ramos que surgem em nós situados mais à direita (e que são mais recentes). Assim, podemos dizer que a linha evolutiva que culminou com os atuais poríferos é mais antiga do que a que originou os cnidários, que por sua vez é mais antiga do que a que originou os deuterostomados e assim por diante. Uma coisa chama a atenção nessa representação: a linha tracejada que termina no filo Platyhelminthes. Isto indica uma relação filogenética ainda não plenamente comprovada, ou seja, o ponto de origem da linha evolutivaque culminou com os platelmintos é ainda imprecisa, segundo esse cladograma. Filos basais Objetivos • Identificar os aspectos básicos da arquitetura corporal dos animais pertencentes aos filhos Porifera, Cnidaria e Ctenophora; • Reconhecer as diferenças entre os animais dos três filos; • Averiguar a importância do surgimento da cavidade digestória nos Cnidaria e a sua diferença para o átrio dos Porifera. O filo Porifera Os poríferos são cerca de 5000 espécies de animais marinhos e 150 de água doce, conhecidos como esponjas (figura 1). São animais sésseis (fixos ao fundo), cujo plano corporal está estruturado ao redor de um sistema de canais de água. Como vimos na aula anterior, não possuem simetria corporal ou, em algumas espécies, esta simetria é radial. Além disso, não possuem qualquer sistema corporal organizado (como o digestório ou o circulatório, por exemplo). Porém, possuem um tecido conjuntivo bem desenvolvido, cujas células possuem alto grau de independência. Essas características peculiares levam alguns zoólogos a classificá-los como parazoários, separando-os dos eumetazoários (ou metazoários verdadeiros), que seriam todos os demais filos. A ausência de um sistema digestório faz que a digestão dos poríferos seja exclusivamente intracelular. Sua cavidade corporal (o átrio) não deve ser confundida com uma cavidade digestiva, pois nele não são lançadas enzimas. Sua função é basicamente permitir a passagem de água por dentro do corpo da esponja, direcionando seu fluxo para o poro de saída (o ósculo). A estrutura básica do corpo de uma esponja possui: -Um revestimento externo formado por células achatadas epitelioides (os pinacócitos), que juntas formam a pinacoderme; -Abaixo da pinacoderme, existe o mesoílo (ou mesênquima), que corresponde ao tecido conjuntivo dos outros metazoários; -Inúmeros poros de entrada de água, os óstios ou poros incorrentes; -Uma cavidade corporal, o átrio ou espongiocele; -Um poro maior de saída de água, o ósculo. Tipos básicos de esponjas Asconoide: No qual a parede corporal não possui pregueamentos. Siconoide: No qual a parede corporal apresenta evaginações e dobras, aumentando a superfície corporal e a área de contato com a água. Leuconoide: No qual os canais flagelados formam câmaras flageladas redondas. As esponjas são agrupadas em quatro classes: Calcarea (Calcispongiae), Hexactinellida (Hyalospongiae), Demospongiae e Sclerospongiae. Reprodução A reprodução pode ser sexuada (com fecundação dependente do transporte pela água do esperma de uma esponja para outra) ou assexuada (por meio de agregados de células circundadas por espículas, chamados de gêmulas – figura 6 - ou por brotamento). Em locais onde o inverno é rigoroso, as gêmulas conseguem resistir ao congelamento e ao ressecamento. Quando esta estação termina, as células no seu interior (arqueócitos) iniciam o processo de desenvolvimento de uma nova esponja. O filo Cnidaria Os cnidários são cerca de 9.000 espécies aquáticas, sendo a maioria marinha. São animais diblásticos, com simetria radial. Seu nome é oriundo das suas células típicas, chamadas cnidócitos (ou cnidoblastos), dentro dos quais existe um estilete, o nematocisto. Em muitas espécies, os nematocistos injetam uma substância tóxica, capaz de paralisar pequenos peixes, dos quais eles de alimentam. Os cnidócitos possuem uma espécie de “gatilho”, o cnidocílio, que, ao ser tocado por algum animal, abre um opérculo, pelo qual o nematocisto sai. Estes animais possuem duas formas corporais básicas: pólipo (forma séssil) e medusa (forma livre-natante) (figura 7). Sua estrutura corporal tem três camadas de tecido: epiderme (mais externa), gastroderme (mais interna) e mesogleia (mediana). A mesogleia tem espessura variável de acordo com a espécie analisada e com a fase de vida do animal. Os cnidários apresentam uma novidade evolutiva em relação aos poríferos: uma cavidade corporal que funciona como um intestino primitivo, o celêntero ou cavidade gastrovascular. Daí o nome antigo do grupo (Coelenterata), do qual também fazia parte o atual filo Ctenophora. A boca situa-se, em geral, na extremidade de um cone (o hipóstomo dos pólipos ou o manúbrio das medusas) e é circundada por um conjunto de tentáculos, geralmente cheios de cnidócitos. Como não existe ânus, dizemos que os cnidários têm sistema digestório incompleto. Em cnidários coloniais, cada indivíduo da colônia é chamado de zooide. Em muitas espécies ocorre um polimorfismo dos zooides, com clara divisão de tarefas (flutuação, captura de alimento, defesa etc.). A reprodução pode ser assexuada por brotamento (nas formas polipoides) ou sexuada, com fecundação externa. Muitas espécies são dioicas. Após a fecundação e clivagem, surge uma larva conhecida como larva planular ou plânula. Esta sofrerá metamorfose e se sedimentará, gerando a forma de pólipo. 1.Classe Hydrozoa (hidrozoários) – Cnidários, sendo a forma polipoide dominante. Hidras. 2.Classe Scyphozoa (cifozoários) – Cnidários, sendo dominante a forma medusoide. Águas-vivas. 3.Classe Cubozoa (cubozoários) – Cnidários cuja forma medusoide tem quatro faces. Caixas-do-mar. 4.Classe Anthozoa (antozoários) – Cnidários que só apresentam a forma polipoide. Anêmonas-do-mar (actínias) e corais. Classe Hydrozoa (hidrozoários) – Cnidários, sendo a forma polipoide dominante. Hidras Abrange cerca de 2.700 espécies. Todas as espécies de água doce conhecidas pertencem a esta Classe. Os hidrozoários podem apresentar forma polipoide ou medusoide, com algumas espécies passando por ambas as formas em seu ciclo de vida. Três características particulares ocorrem nos hidrozoários: 1- A mesogleia não contém células; 2- A gastroderme não contém cnidócitos; 3- As gônadas são epidérmicas ou, nas espécies em que são gastrodérmicas, os gametas são liberados no meio externo, e não no celêntero. São muito comuns as formas coloniais, chamadas de colônias hidroides. A parte distal do zooide, onde se situa a boca, é chamada de hidranto, enquanto a haste corporal é o hidrocaule. As colônias de hidrozoários prendem- se ao substrato por um estolho radicular horizontal chamado de hidrorriza. A partir do estolho, surgem pólipos verticais ou ramos de pólipos. A maioria dos hidroides é circundada por um envelope quitinoso, não vivo e de sustentação, secretado pela epiderme, chamado perissarco. O tecido vivo que o circunda é chamado de cenossarco. Quando o perissarco envolve tanto o hidrocaule quanto o hidranto, dizemos que ele é uma hidroteca. Hidroides com hidroteca são chamados de tecados, enquanto os que não a possuem são os atecados. O polimorfismo é bastante frequente nas colônias hidroides. Zooides especializados em capturar alimento são os gastrozooides (ou trofozooides). Existem pólipos especializados para a defesa, os dactilozooides. Já os zooides produtores de gametas são os gonozooides, enquanto que as medusas hidroides são chamadas de gonóforos. Medusas hidrozoárias (hidromedusas) são geralmente pequenas, variando de 0,5 a 6cm de diâmetro. A superfície superior da medusa é a exumbela, enquanto a superfície inferior é a subumbela. Nas medusas, a boca, situada na extremidade do manúbrio, abre-se em um estômago central, do qual partem quatro canais radiais, que se juntam a um canal anelar, que corre ao redor da margem da umbrela. Classe Scyphozoa (cifozoários) – Cnidários, sendo dominante a forma medusoide. Águas-vivas. Os cifozoários são cerca de 200 espécies conhecidas como águas- vivas. Amedusa é a forma dominante, com a forma polipoide sendo pequena. Neles, o sino varia muito na forma, mas sua margem é recortada, formando os lóbulos. Em muitas espécies costeiras, o manúbrio prolonga-se em quatro ou oito braços orais, cheios de cnidócitos para auxiliar na captura das presas. A mesogleia é espessa, gelatinosa e fibrosa, contendo células ameboides originadas na epiderme. A boca comunica-se com um estômago central, do qual se estendem quatro bolsas gástricas, entre as quais existem septos. Cada septo tem uma abertura que ajuda a água a circular. A margem dos septos apresenta um grande número de filamentos gástricos, que possuem cnidócitos e células glandulares. Um canal anelar pode ou não estar presente. Este padrão do sistema digestório não é seguido por todos os cifozoários. Existem concentrações de neurônios e de órgãos sensoriais chamadas de ropálios. Cada ropálio é ladeado por um par de pequenos lóbulos especializados chamados de lóbulos ropalianos. São, com poucas exceções, dioicos. Suas gônadas são gastrodérmicas. Após a fecundação, desenvolve-se uma larva plânula cuja duração é muito curta. Ela se sedimenta e desenvolve a forma polipoide, chamada de cifístoma, que produz novas medusas, geralmente por um processo chamado de estrobilização. As medusas imaturas (ainda presas ao cifístoma) são chamadas de éfiras. Classe Cubozoa (cubozoários) – Cnidários cuja forma medusoide tem quatro faces. Caixas-do-mar. Os cubozoários compreendem apenas cerca de 15 espécies, todas tropicais ou subtropicais, chamadas de cubomedusas ou caixas-do-mar. São bastante semelhantes aos cifozoários, e as classificações mais antigas enquadram os cubozoários nesta classe. A margem do sino dos cubozoários não é recortada, como acontece com os cifozoários. Apresentam uma estrutura em forma de vela, o velário, e têm quatro tentáculos ou grupos de tentáculos. Os cubozoários têm estruturas visuais complexas, com uma lente e um arranjo reniforme de células sensoriais, podendo se orientar para pequenas fontes de luz. Classe Anthozoa (antozoários) – Cnidários que só apresentam a forma polipoide. Anêmonas- do-mar (actínias) e corais. Os antozoários formam a maior classe dos cnidários, abrangendo cerca de 6.000 espécies polipoides solitárias e coloniais. As anêmonas-do-mar (actíneas) e os corais são representantes típicos desta classe. Seu corpo possui uma coluna espessa, que pode ser lisa ou ter tubérculos ou protuberâncias tentaculares. Seus pólipos diferem dos pólipos dos hidrozoários. A boca leva a uma faringe, que se estende por mais da metade da cavidade gastrovascular. O celêntero é dividido por septos ou mesentérios longitudinais, e a mesogleia contém células mesenquimais. As anêmonas fixam-se a um substrato por um disco podal situado na base da coluna. No outro extremo (oral), a coluna forma um disco oral, que contém de oito a centenas de tentáculos, com uma boca em forma de fenda no centro. A boca tem um sulco ciliado (o sifonóglifo), que proporciona a entrada de água na cavidade gastrovascular. A mesogleia das anêmonas é mais espessa que a dos pólipos hidrozoários, com um grande número de fibras e amebócitos. O celêntero é dividido em câmaras por septos. O número de septos é sempre múltiplo de 12. Existem septos completos (que vão da parede corporal até a faringe) e incompletos (que partem da parede corporal e avançam pelo celêntero, sem chegar até a faringe). Além dos nematocistos, as anêmonas apresentam os esporocistos, que funcionam na captura de presas que tenham superfícies duras (como exoesqueletos de crustáceos) e na ligação ao substrato. O sistema muscular é mais desenvolvido nas anêmonas do que em qualquer outro cnidário. Algumas espécies são capazes de se deslocar, algumas vezes deslizando a coluna sobre o substrato, outras usando os tentáculos para se locomover. Algumas espécies são capazes de nadar brevemente, chicoteando a coluna ou os tentáculos, para escapar de predadores. Suas gônadas são gastrodérmicas. A reprodução pode ser assexuada ou sexuada. A maioria das espécies de anêmonas é hermafrodita, mas produz apenas um tipo de gameta. Os ovos podem ser fecundados no celêntero (com o desenvolvimento ocorrendo nas câmaras septais) ou no meio externo. Os corais pétreos (ou escleractin ianos ou madreporianos) são outros antozoários muito comuns. Eles produzem um esqueleto de carbonato de cálcio. A maioria dos corais é colonial, mas existem algumas espécies solitárias. Embora as espécies solitárias possam atingir 25cm de diâmetro, as coloniais têm, em geral, tamanhos entre 1 e 3mm. Porém, uma colônia de corais pode atingir grandes tamanhos. Pólipos coralinos assemelham-se em estrutura a uma anêmona, mas não têm sifonóglifos. O esqueleto é secretado pela epiderme da parte inferior da coluna e pelo disco basal. Ele produz uma taça, dentro da qual fica o pólipo. O piso da taça possui esclerosseptos calcários, que se projetam no interior da base do pólipo. O filo Ctenophora É um filo com cerca de 100 espécies apenas, todas marinhas e planctônicas. São vulgarmente conhecidos como nozes-do-mar ou águas-vivas-de-pente. Ao contrário dos cnidários, os ctenóforos são animais triblásticos, já apresentando uma mesoderme. Esta característica foi decisiva para o desmembramento do antigo filo Coelenterata em Cnidaria e Ctenophora. Sua parede corporal tem uma epiderme externa com muitas células sensoriais e células glandulares mucosas. Assim como os cnidários, os ctenóforos têm uma mesogleia. O corpo de um ctenóforo pode ser dividido em dois hemisférios. Em um extremo está a boca, formando o polo oral; no extremo oposto está um ou mais poros anais e um órgão apical, caracterizando o polo aboral. Em cada lado do polo aboral existe uma bainha ou bolsa tentacular, da qual emerge um tentáculo contrátil. A epiderme tentacular possui células adesivas características deste filo, os coloblastos. O corpo apresenta seções divididas por oito faixas ciliadas, chamadas de fileiras de pente. Cada fileira possui placas transversais curtas de cílios fundidos (os pentes). A movimentação dos pentes produz um movimento natatório ao ctenóforo. Daí o nome do filo (do grego ktenes – pente e ophora – transporte). O sistema digestório apresenta uma boca, que se comunica por uma faringe ciliada a um estômago central, o infundíbulo. Do estômago partem vários canais para diversas áreas do corpo. São carnívoros, alimentando-se de plâncton. Os coloblastos capturam as presas e as levam para a boca. Apresentam bioluminescência, produzida por células chamadas de fotócitos, localizados nas paredes dos canais digestivos meridionais. Seu sistema nervoso é composto de uma rede de células nervosas subepidérmicas. O único órgão sensorial é o órgão apical, que contém um estatolito, capaz de regular a velocidade e a direção do batimento dos cílios. Quase todas as espécies de ctenóforos são hermafroditas. Os gametas são liberados na água na maioria das espécies (algumas incubam os ovos). A gastrulação produz uma larva cidipídia, que se parece muito com o indivíduo adulto. 1. As características abaixo referem-se aos poríferos, com exceção de: a) Funções como a respiração são executadas por difusão. b) Suas células se organizam em tecidos bem definidos. c) Possuem grande capacidade de regeneração. d) Suas células mais características são os coanócitos. e) O alimento é obtido através da circulação de água, que entra no corpo do animal pelos poros. 2. Anêmonas e corais são cnidários que têm em comum: a) A fase medusoide comoa mais duradoura. b) Uma fase livre-natante curta e uma fase de pólipo mais duradoura. c) Formam medusas com quatro faces. d) Não têm a fase medusoide, tendo apenas a polipoide. e) Formam medusas invertidas, com a boca virada para cima. Platelmintos Objetivos • Reconhecer as características do Filo Platyhelminthes; • Diferenciar as classes Cestoda, Trematoda e Turbellaria; • Inferir sobre a importância médica dos platelmintos. Características do Filo Platyhelminthes Eles são vermes achatados, de copo mole, bilateralmente simétricos e compostos por três camadas celulares fundamentais (triploblásticos). Eles não têm outra cavidade corporal além do intestino, e as menores formas de vida livre podem até não ter isso. Também não têm ânus; a mesma abertura faríngea absorve alimentos e expulsa resíduos. Apresentam três classes: Cestoda, Trematoda e Turbellaria. Classe Cestoda A classe Cestoda compreende um interessante grupo de parasitos, hermafroditas, de tamanhos variados, encontrados em animais vertebrados. Apresentam o corpo achatado dorsoventralmente, são providos de órgãos de adesão na extremidade mais estreita, a anterior, sem cavidade geral e sem sistema digestório. O citoplasma dos cestódeos é revestido externamente por uma membrana celular que desempenha um importante papel metabólico, pois constitui a interface parasito- hospedeiro, através do qual se dão todas as trocas nutritivas e excreção dos resíduos metabólicos. Os cestódeos mais frequentemente encontrados parasitando os humanos pertencem à família Taenidae, na qual são destacadas Taenia solium e T. saginata. Essas espécies, popularmente conhecidas como solitárias, são responsáveis pelo complexo teníase-cisticercose, que pode ser definido como um conjunto de alterações patológicas causadas pelas formas adultas e larvares nos hospedeiros. A teníase e a cisticercose são duas entidades patológicas distintas, causadas pela mesma espécie, porém com fase de vida diferente. Teníase É uma alteração provocada pela presença da forma adulta da Taenia solium ou da T. saginata no intestino delgado do hospedeiro definitivo — os humanos. Cisticercose Já a cisticercose é a alteração provocada pela presença da larva (vulgarmente denominada canjiquinha) nos tecidos de hospedeiros intermediários normais, respectivamente suínos e bovinos. Hospedeiros anômalos, como cães, gatos, macacos e humanos, podem albergar a forma larvar da T. solium. Morfologia A T. saginata e a T. solium apresentam corpo achatado, dorsoventralmente em forma de fita, dividido em escólex (ou cabeça), colo (ou pescoço) e estróbilo (ou corpo). São de cor branca leitosa, com a extremidade anterior bastante afilada de difícil visualização. Escólex: Pequena dilatação, medindo na T. solium de 0,6 a 1 mm e na T. saginata 1 a 2 mm de diâmetro, situada na extremidade anterior, funcionando como órgão de fixação do cestódeo à mucosa do intestino delgado humano. Apresenta quatro ventosas formadas de tecido muscular, arredondadas e proeminentes. A T. solium possui o escólex globuloso com um rostelo situado em posição central entre as ventosas, armado com dupla fileira de acúleos, 25 a 50, em formato de foice. A T. saginata tem o escólex sem rostelo e acúleos. Colo: Porção mais delgada do corpo, na qual as células do parênquima estão em intensa atividade de multiplicação; é a zona de crescimento do parasito ou de formação das proglotes. Estróbilo: É o restante do corpo do parasito. Inicia-se logo após o colo, observando-se diferenciação tissular que permite o reconhecimento de órgãos internos ou da segmentação do estróbilo. Cada segmento formado denomina-se proglote ou anel, podendo ter de 800 a 1.000 e atingir três metros na T. solium, ou mais de 1.000, atingindo até oito metros na T. saginata. A estrobilização é progressiva, ou seja, à medida que cresce o colo, vai ocorrendo a delimitação das proglotes e cada uma delas inicia a formação dos seus órgãos. Assim, quanto mais afastado do escólex, mais evoluídas são as proglotes. Após fixação e coloração, podem ser visualizados os órgãos genitais masculinos e femininos, demonstrando ser a tênia hermafrodita. As proglotes são subdivididas em jovens, maduras e grávidas e têm a sua individualidade reprodutiva e alimentar. As jovens são mais curtas do que largas e já apresentam o início do desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos que se formam mais rapidamente que os femininos (protandria). A proglote madura possui os órgãos reprodutores completos e aptos para a fecundação. Os ovos das tênias são esféricos, morfologicamente indistinguíveis, medindo cerca de 30mm de diâmetro. São constituídos por uma casca protetora, o embrióforo, que é formado por blocos piramidais de quitina unidos entre si por uma substância cementante que lhe confere resistência no ambiente. Internamente, encontra-se o embrião hexacanto ou oncosfera, provido de três pares de acúleos e dupla membrana. Classe Trematoda Os Trematoda são todos parasitários e têm ciclos de vida complexos, especializados em parasitismo de tecidos de animais, em um, dois ou mais hospedeiros intermediários antes de atingirem a idade adulta, quando parasitam um hospedeiro definitivo. A classe Trematoda compreende ainda três grandes grupos de parasitos: Aspidogastrea, Monogenea e Digenea, das quais interessa-nos a última, por conter representantes que afetam o homem. Anatomia Os trematódeos digenéticos têm órgãos de fixação comumente representados pela ventosa oral e acetábulo (ou ventosa ventral). O corpo é revestido por uma cutícula de natureza acelular, possivelmente resultante de células mesenquimais. Pode se apresentar lisa ou com espinhos, escamas ou cerdas, recobrindo o corpo inteiro ou em parte. Logo abaixo da cutícula, encontramos uma fina camada muscular. Abaixo da camada muscular, e enchendo todo o espaço interno, encontramos o mesênquima ou parênquima. Neste, encontram-se os sistemas digestivo, reprodutor, excretor e nervoso. O sistema nervoso central é representado por dois gânglios cerebrais interligados por comissuras, um pouco acima ou atrás da faringe. Do cérebro, partem três pares de nervos-tronco que se dirigem para a frente e três pares dirigidos posteriormente. São pobres em órgãos dos sentidos. Terminações bulbosas com emissão de cerdas podem ser encontradas, sobretudo no nível das ventosas. O sistema digestivo é simples, com abertura bucal situada anteriormente ou na face ventral, em alguns casos seguidos de pré- faringe, faringe e esôfago que se bifurca e origina os cecos intestinais. O sistema excretor é representado por dois tubos protonefridiais, um em cada lado, dirigidos posteriormente; fundem- se na porção terminal, originando uma vesícula excretora que se abre para o meio exterior através do poro excretor. A célula em flama é a unidade excretora e varia em número, conforme a espécie. Os trematódeos não possuem propriamente um sistema circulatório, contudo em alguns deles podem ser observados ductos mesenquimais. Nos Digenea, podem ocorrer espécies hermafroditas (monoicas) e espécies com sexos separados (dioicas). Apresentam usualmente dois testículos (mas podem ser numerosos), com canais eferentes, os quais se ligam para formar o canal deferente; este, já dentro da bolsa do cimo (quando presente), forma a vesícula seminal e, em continuação, se diferencia em canal ejaculador, envolvido pelas glândulas prostáticas, e, finalmente, formando o cirros ou pênis, que se abre para o meio exterior pelo poro genital masculino, no átrio genital. Oaparelho genital feminino é constituído por um ovário. As glândulas vitelogênicas são frequentemente constituídas por numerosos folículos situados nos campos laterais do trematódeo. A autofertilização pode ocorrer nos trematódeos, contudo a fertilização cruzada parece ser o processo habitual. Poucos trematódeos são vivíparos, prevalecendo as espécies ovíparas. O número de ovos depositados varia consideravelmente com a espécie. Alguns, como o Fasciola hepatica, depositam milhares de ovos. Nos Digenea, o ovo é geralmente oval e de coloração clara ou marrom- escura, com opérculo em uma das extremidades. Fasciola hepática. Em algumas espécies, o ovo, ao ser eliminado, já contém uma larva (miracídio) desenvolvida, como em Schistosoma; em outras, o ovo é eliminado não embrionado (Fasciola, Eurytrema) e o miracídio é formado após a eliminação do ovo para o meio exterior. Observe o ovo característico e o verme adulto de Schistosoma: O miracídio necessita alcançar um molusco para dar continuidade ao ciclo, o que pode ocorrer de dois modos: Nos casos em que o miracídio é liberado na água (Schistosoma, Fasciola), ele penetra ativamente em um molusco aquático (Biomphalaria, Lymnaea); Quando o miracídio permanece dentro do ovo (Eurytrema, Platynosomum), há a necessidade de o ovo ser ingerido por um molusco de hábito terrestre (Bradybaena, Subulina) para dar continuidade ao ciclo. Os moluscos são os primeiros hospedeiros intermediários. A evolução no hospedeiro intermediário pode passar pelas fases de esporocisto, rédia, cercária, mesocercária e metacercária. A formação de metacercária algumas vezes exige um segundo hospedeiro intermediário. Quando a forma infectante é a cercária, a infecção do hospedeiro definitivo se dá pela penetração na pele ou em mucosa (Schistosoma); quando é a metacercária, a infecção do hospedeiro definitivo se dá pela ingestão (Fasciola). As cercárias ou metacercárias, resultantes de um único ovo, são numerosas, aumentando assim a possibilidade de infecção do hospedeiro definitivo, no qual se completa o desenvolvimento e ocorre a formação de novos ovos. Os Turbellaria apresentam o corpo mole e plano, com formas semelhantes a fitas ou folhas. Os sistemas respiratório e circulatório estão ausentes; por isso, precisam depender da difusão para o transporte interno de metabólitos. A maioria é de predadores e todos vivem na água ou em ambientes terrestres úmidos. A reprodução geralmente é sexuada, sendo hermafroditas simultâneas. Os turbellarianos mais familiares são as planárias, vermes aquáticos achatados que apresentam o corpo mole e parecem ter cruzado os olhos e os lóbulos das orelhas. De fato, os olhos cruzados são pontos oculares com os quais o verme pode detectar a luz. Os lobos de cada lado são sensoriais e também são equipados com glândulas para secretar uma substância adesiva usada na captura de presas. A única abertura na superfície ventral (inferior) do verme serve como boca e ânus. Internamente, o verme tem um intestino complexo e ramificado que percorre quase todo o comprimento do corpo. Como ele não tem sistema circulatório, o intestino alongado leva comida a quase todas as áreas do corpo do verme. A planária não possui sistemas esqueléticos ou respiratórios. Ela tem grandes poderes de regeneração. Se uma planária for cortada ao meio, a metade frontal criará uma nova seção traseira, e a metade traseira gerará uma nova cabeça. Se cortado em terços, o terço médio regredirá a cabeça, e a cauda e as outras duas seções serão regeneradas. Platelmintos de importância médica Mais de um bilhão de pessoas no mundo abrigam parasitas intestinais. As infecções intestinais parasitárias têm predileção pelos países em desenvolvimento, devido à superlotação e falta de saneamento, mas também são encontradas em países desenvolvidos. Embora a maioria das pessoas seja colonizada de forma assintomática com parasitas, a apresentação clínica pode variar de leve desconforto abdominal ou diarreia a complicações graves, como perfuração ou sangramento. Além dos protozoários, os helmintos (vermes) são as principais classes de parasitas intestinais. As infecções intestinais por helmintos incluem ascaridíase, tricuríase, estrongiloidíase, enterobíase e esquistossomose. Os parasitas intestinais são predominantemente patógenos do intestino delgado, mas o intestino grosso também está frequentemente envolvido. Como exemplo, uma verminose muito conhecida é a esquistossomose, que é causada por vermes parasitas. A infecção por Schistosoma mansoni, S. haematobium e S. japonicum causa doenças nos seres humanos; menos comumente, S. mekongi e S. intercalatum também podem causá-las. A infecção ocorre quando a pele entra em contato com água doce contaminada, na qual vivem certos tipos de caracóis que carregam esquistossomos. Caramujos da espécie Biomphalaria glabrata albina são hospedeiros intermediários. A água doce é contaminada pelos ovos de Schistosoma quando as pessoas infectadas defecam na água. Os ovos eclodem e, se certos tipos de caracóis de água doce estiverem presentes na água, os parasitas se desenvolvem e se multiplicam dentro desses animais. O parasita deixa o caracol e entra na água, onde pode sobreviver por cerca de 48 horas. Os parasitas do Schistosoma podem penetrar na pele de pessoas que estão nadando, tomando banho ou se lavando em água contaminada. Dentro de várias semanas, os parasitas amadurecem em vermes adultos e vivem nos vasos sanguíneos do corpo, onde as fêmeas produzem óvulos. Alguns dos ovos viajam para a bexiga ou intestino e são passados para a urina ou fezes. Alguns dias após a infecção, o indivíduo pode desenvolver uma erupção cutânea ou comichão na pele. Febre, calafrios, tosse e dores musculares podem começar dentro de um a dois meses após a infecção. As crianças que são repetidamente infectadas podem desenvolver anemia, desnutrição e dificuldades de aprendizado. Após anos de infecção, o parasita também pode danificar o fígado, intestino, pulmões e bexiga. Raramente os ovos são encontrados no cérebro ou na medula espinhal e podem causar convulsões, paralisia ou inflamação da medula espinhal. Os sintomas da esquistossomose não são causados pelos próprios vermes, mas pela reação do organismo aos ovos. Muitas infecções são assintomáticas. Uma reação de hipersensibilidade cutânea local após a penetração da pele por cercárias pode ocorrer e aparece como lesões maculopapulares pequenas e coceira. A esquistossomose aguda (febre de Katayama) é uma reação de hipersensibilidade sistêmica que pode ocorrer semanas após a infecção inicial, principalmente por S. mansoni e S. japonicum. As manifestações incluem sintomas e sinais sistêmicos, incluindo febre, tosse, dor abdominal, diarreia, hepatoesplenomegalia e eosinofilia. Ocasionalmente as infecções por esquistossomose podem levar a lesões do sistema nervoso central. A doença granulomatosa cerebral pode ser causada por ovos ectópicos de S. japonicum no cérebro, e lesões granulomatosas ao redor de ovos ectópicos da medula espinhal podem ocorrer em infecções por S. mansoni e S. haematobium. A infecção contínua pode causar reações granulomatosas e fibrose nos órgãos afetados (como, por exemplo, fígado e baço), com sinais e sintomas associados. A patologia associada à esquistossomose por S. mansoni e S. japonicum inclui várias complicações hepáticas decorrentes de inflamação e reações granulomatosas e ocasionais granulomas embólicos de ovos no cérebro ou medula espinhal. Inclui ainda hematúria, cicatrização,calcificação, carcinoma de células escamosas e granulomas embólicos ocasionais de ovos no cérebro ou medula espinhal. 2. A cisticercose pode ser assintomática ou apresentar sintomas como cefaleia, convulsões, hipertensão craniana, entre outros. As manifestações clínicas da doença dependem da localização, do tipo morfológico, do número de larvas que infectaram o indivíduo, da fase de desenvolvimento dos cisticercos e da resposta imunológica do hospedeiro. Pode apresentar complicações como deficiência visual, loucura, epilepsia, entre outras. Para não contrair doenças como cisticercose e teníase, deve- se evitar, respectivamente: a) Comer verduras mal lavadas e comer carne bovina ou suína mal passada. b) Comer carne bovina ou suína mal passada e nadar em lagoas desconhecidas. c) Comer carne com cisticerco e comer carne bovina ou suína mal passada. d) Nadar em lagoas desconhecidas e andar descalço. e) Andar descalço e comer verduras mal lavadas. 4. A esquistossomose observada no Brasil, causada pelo platelminto Schistosoma mansoni, é uma doença grave e debilitante. Na fase crônica, ocorre inflamação do fígado e do baço, além da típica ascite (barriga d'água). Sobre os platelmintos, é correto afirmar que todos são: a) Poliquetas, celomados, não possuem células-flama. b) Poliquetas, acelomados possuem células-flama. c) Triblásticos, acelomados, possuem células-flama.
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