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Apostila Unidade 02

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NOÇÕES DE DIREITO - UNIDADE 02 
 
Flávio de Paula Martins 
 
 
1.0 – Elementos Constitutivos do Estado 
 
Nesta segunda unidade, iremos estudar como funciona o nosso 
país, quais os elementos que constituem um Estado e quais são os poderes da 
República Federativa do Brasil. 
Assim, o doutrinador José Francisco Rezek, por exemplo, 
pensa que são três os elementos do Estado: (1) território; (2) população; e (3) 
governo: 
“O Estado ostenta três elementos conjugados: uma base 
territorial, uma comunidade humana estabelecida sobre essa 
área e uma forma de governo não subordinado a qualquer 
autoridade exterior (...) Atributo fundamental do Estado, a 
soberania o faz titular de competências (...) 
 
1.1 – Povo 
Formado por indivíduos-cidadãos com dignidade de pessoas 
humanas, isto é, no dizer de Kant, por pessoas consideradas sempre como fins 
e nunca apenas como meios (Cf. KANT, 2001, pp. 69 e 70), e chamado 
também de cidadania, o povo é a dimensão humana e humanizadora do 
Estado. No Estado social e democrático de direito, ou, simplesmente, Estado 
democrático de direito, o povo é o titular do seu poder soberano (princípio da 
soberania popular), como o proclamou Rousseau, e o titular do seu governo 
democrático (princípio do governo popular): o governo democrático (a 
democracia) é governo do povo, pelo povo e para o povo, como o afirmou 
Abraham Lincoln. 
 
Assim, o povo e os indivíduos-cidadãos que formam o povo 
não são meros objetos do Estado, nem da sua ordem jurídica, nem do seu 
governo, mas, principalmente, são autores, sujeitos, princípios e fins primeiros 
deles. Por isso, o povo e os indivíduos-cidadãos que o constituem tampouco 
são apenas sujeitos de deveres e direitos subjetivos perante o Estado, mas, 
sobretudo, são autores do próprio direito (positivo ou positivado) que devem 
observar, obedecer e respeitar e que o Estado também deve observar, 
obedecer e respeitar e deve fazer com que seja obedecido e respeitado com o 
uso da força, se necessário for. 
 
1.2 – Território 
 
É o elemento espacial do Estado. É o espaço no qual e sobre o 
qual o Estado afirma seus direitos de soberania e governo. Esse espaço tem 
várias dimensões: (a) espaço territorial: solo e subsolo; (b) espaço fluvial: rios e 
lagos; (c) espaço aéreo; (d) espaço marítimo: mar territorial, plataforma 
continental, alto mar; (e) espaço ficto: embaixada, navios e aeronaves. 
 
Num verdadeiro Estado democrático, o território, além de 
espaço jurídico e político, é também espaço moral, ético e humano, pois é 
nesse espaço que vive seu elemento humano, seu empreendedor, criador, 
governante e soberano: o povo e os indivíduos-cidadãos com dignidade de 
pessoas humanas que compõem o povo, ente coletivo moral, ético e humano. 
 
1.3 - Governo 
 
É o componente energético e coercitivo do Estado, a energia 
ou força coercitiva do Estado. Num Estado democrático de direito, como foi 
visto, o titular do poder político é o povo, a cidadania, os indivíduos-cidadãos 
como coletividade. 
 
O poder do Estado tem as seguintes características: (1) é 
soberano ou supremo, isto é, possui a qualidade (ou atributo) da soberania ou 
supremacia; (2) é um, só um, uno, indivisível, indelegável, inalienável e 
imprescritível. A qualidade da soberania é tão inerente ao poder do Estado que 
ela é considerada como sendo o próprio poder soberano ou supremo do 
Estado. Vejamos isso em quatro pensadores da soberania ou poder supremo 
ou soberano do Estado: Aristóteles, Bodin, Hobbes e Rousseau. 
 
2.0 – Poderes do Estado Brasileiro 
 
O Brasil adota modelo de administração pública onde há uma 
repartição de poderes. Inclusive, é considerado um princípio fundamental 
previsto na Constituição Federal, veja: 
 
Art. 2º – São poderes da União, independentes e harmônicos 
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
 
2.1 - Poder Legislativo 
 
A Constituição de 1988 consagra a opção democrática feita 
pelo Brasil e enfatiza aspectos definidores e garantidores da cidadania. 
Justamente por assim ser, ela reconhece o importante papel a ser 
representado pelo Poder Legislativo no conjunto do Estado brasileiro. 
Quem exerce o Poder Legislativo é o Congresso Nacional, 
composto por Câmara dos Deputados e Senado Federal. Enquanto a Câmara 
é formada por representantes do povo, o Senado o é por representantes dos 
Estados e do Distrito Federal. Os Estados e o Distrito Federal elegem um 
número de Deputados Federais proporcional à população. Já o número de 
Senadores é fixo (três para cada Estado e o Distrito Federal), com o objetivo de 
manter o equilíbrio da Federação. 
Os Deputados são eleitos para cumprir um mandato de quatro 
anos. Cada Senador é eleito com dois suplentes para um mandato de oito 
anos, sendo que há eleição de quatro em quatro anos, ou seja, a renovação se 
dá, alternadamente, por um e dois terços. 
São múltiplas as atribuições do Congresso Nacional. Ele 
delibera sobre muitos assuntos, como orçamento (o que o País vai arrecadar 
e gastar a cada ano), impostos, planos de desenvolvimento, composição das 
Forças Armadas, limites e divisões do território nacional, telecomunicações 
e radiodifusão, criação ou extinção de Ministérios, órgãos da administração 
pública e de cargos, entre outros. 
Por fim, com a Nação vivendo em plenitude democrática, o 
Poder Legislativo tem um campo amplo de atuação, que se subordina às 
funções básicas para as quais ele existe: falar, fiscalizar e propor. 
A palavra é o grande instrumento de que dispõe o Parlamentar 
para exercer seu mandato. Por isso, ela é livre e não pode sofrer qualquer tipo 
de constrangimento. Fiscalizar o Poder Executivo é tarefa a que o Legislativo 
não pode se furtar, sob penas de perder sua razão de ser. 
Ademais ele recebe a delegação da representação popular 
para fazer as leis, seja propondo, seja votando propostas vindas dos outros 
poderes e da própria sociedade. 
 
2.2 - Poder Judiciário 
 
O Poder Judiciário é o órgão que possui a função de 
administrar a lei e a justiça perante a sociedade. Isso significa que esse setor 
possui a finalidade de defender os direitos de pessoa física, jurídica, animal ou 
ambiental. Desta forma, ele promove a justiça e resolve os conflitos que 
possam surgir na sociedade, através de métodos como investigação, apuração, 
julgamento e punição. 
 
A Constituição Federal aborda em seu artigo 92 como é sua 
organização e repartição interna do Poder Judiciário. Veja: 
 
 Art. 92 – São órgãos do Poder Judiciário: 
 
 I: O Supremo Tribunal Federal; 
 
 I- A: O Conselho Nacional de Justiça; 
 
 II: O Superior Tribunal de Justiça; 
 
 II-A: o Tribunal Superior do Trabalho; 
 
 III: Os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; 
 
 IV: Os Tribunais e Juízes do Trabalho; 
 
 V: Os Tribunais e Juízes Eleitorais; 
 
 VI: Os Tribunais e Juízes Militares; 
 
 VII: Os Tribunais e juízes dos Estados e do Distrito Federal e 
Territórios. 
 
 
O Poder Judiciário é dividido em duas partes, sendo elas: 
Justiça Comum e Justiça Especializada. 
 
A primeira é composta pela Justiça Federal e Justiça Estadual. 
Já a Justiça Especializada é constituída pela Justiça do Trabalho, Justiça 
Eleitoral e Justiça Militar. 
 
Dentro da Justiça Federal há o Supremo Tribunal Federal 
(STF) que é o maior órgão dentro desta divisão. O STF tem entre suas 
principais funções a guarda da Constituição Federal, ou seja, ele é responsável 
por efetivar todos os direitos descritos neste livro de conjunto de leis. Ele 
também possui a função de julgar ações penais contra autoridades com foro 
privilegiado, como é o caso de parlamentares como deputados e senadores. 
 
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também está inserido 
na Justiça Federal. Ele é o responsável pelo controle da atuação administrativa 
e financeira dos tribunais. E ainda,ele responde pelo planejamento estratégico 
do judiciário e pela fiscalização da conduta dos magistrados. 
 
Junto com o STF e CNJ, há o Superior Tribunal de Justiça 
(STJ) que é também um dos órgãos máximos do Poder Judiciário do Brasil. Ele 
possui a responsabilidade de padronizar a aplicação e interpretação da Lei no 
Brasil. Por exemplo, é ele que garante que um tribunal do Rio Grande do Sul 
aplique uma lei da mesma forma que é aplicada em Rondônia. Em resumo, ele 
define a forma mais adequada da lei ser seguida pelas instâncias inferiores. 
 
Já a Justiça Estadual, a qual está inserida na Justiça Comum, 
possui a competência de julgar matérias que não estão inseridas na Justiça 
Especializada, como eleitoral, militar e trabalhista. Para isso, ela é divida em 
duas instâncias. 
 
A primeira instância é composta pelos juízes de direito, fóruns, 
juizados especiais cíveis e criminais que julgam casos de baixo potencial 
ofensivo e as turmas recursais. 
 
Em seguida, a segunda instância, é constituída pelos 
desembargadores, que possuem a função de julgar recursos interpostos contra 
as decisões provenientes da primeira instância. 
 
2.3 - Poder Executivo 
 
Segundo o próprio termo, é o poder que executa, isto é, a parte 
dos três poderes que põe em prática assuntos previamente deliberados pelo 
Legislativo, aqueles que legislam e criam as leis. O poder atua com o privilégio 
de representar os cidadãos, de modo a tirar do papel os direitos e deveres e 
fazê-los ser cumpridos. 
 
Para tal, o Poder Executivo é dotado de poderes, como o 
hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia, além de princípios que 
devem reger suas atividades, como legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência. 
 
Eis o Poder Executivo, o encarregado de tirar a lei da 
abstração e dar a ela caráter prático e funcional a serviço da população. 
 
Primordialmente, suas funções são: administrar interesses do 
povo, governar segundo relevância pública, fazer serem efetivas as leis, e 
dividir entre os três níveis de governo a gestão administrativa em educação, 
saúde, segurança, mobilidade urbana, entre outras áreas. 
É interessante perceber que algumas atribuições serão mais 
destinadas a um dos entes da federação, seja a União, os estados ou os 
municípios. 
 
No caso do nível federal de governo, a figura do(a) presidente 
da República representa o Brasil perante o cenário internacional, assim como 
delibera sobre políticas de nível nacional, regidas pela Constituição Federal. 
Quanto ao nível estadual, os governadores estarão 
encarregados de administrar o respectivo estado, com políticas voltadas 
somente para sua porção territorial, sob o amparo da sua Constituição 
Estadual. 
E por fim, representando o nível mais basilar e de fato próximo 
da população, as prefeituras, possuindo cada município sua Lei Orgânica, 
ainda submissa à Constituição Estadual e, posteriormente, à Federal. 
Os cargos do Executivo são: 1 (um) presidente, 27 (vinte e 
sete) governadores, 5.570 (cinco mil quinhentos e setenta) prefeitos. Dobra-se 
os números ao contabilizar os vices. Ao todo, são 11.196 (onze mil cento e 
noventa e seis) representantes do Poder Executivo, além dos ministros e 
secretários. 
 
A administração pública, por seu turno, pode ser definida 
objetivamente como a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve 
para a consecução dos interesses coletivos e subjetivamente como o conjunto 
de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função 
administrativa do Estado. 
 
Percebe-se, então, que o conceito de administração pública 
não pode ser jungido exclusivamente ao poder de gestão das coisas do Estado 
– ou de mero planejamento e execução, consoante o singelo conceito de 
administração acima traçado –, vez que indissociáveis de tal premissa as 
finalidades que animam a conduta de todo o servidor público, na acepção mais 
ampla do termo, consubstanciadas no atendimento dos anseios sociais, por 
intermédio do cumprimento das obrigações prestacionais advindas do 
ordenamento jurídico, notadamente das normas constitucionais assecuratórias 
dos Direitos Fundamentais. 
 
2.3.1 – Princípios da Administração Pública 
 
Princípio da Legalidade 
O princípio da legalidade, traçado em termos genéricos já pelo 
art. 5º, II, da Constituição Federal, é autoexplicativo. 
 
Consiste mencionado princípio na sujeição de todos os 
exercentes de cargos públicos aos mandamentos legais, que traçam os limites 
de sua atuação. 
 
Nessa linha, o princípio da legalidade impõe a submissão da 
atividade administrativa à lei, de tal sorte que seus atos só se legitimam na 
medida de sua conformidade com comandos legais. 
 
Em outras palavras, vige em sede de administração pública o 
princípio de que ao gestor somente é possível fazer o que a lei expressamente 
autoriza, não sendo lícita a atuação que dela se afaste, ainda que inexistente 
norma jurídica de conteúdo proibitivo. 
 
Princípio da Moralidade 
 
O princípio da moralidade, a seu tempo, consiste na lisura no 
trato das coisas do Estado, com a finalidade de inibir que a Administração se 
conduza perante o administrado com astúcia ou malícia, buscando alcançar 
finalidades diversas do bem comum, ainda que sob a égide de autorização 
legislativa. 
 
A moralidade “constitui verdadeiro superprincípio informador 
dos demais (ou um princípio dos princípios), não se podendo reduzi-lo a mero 
integrante do princípio da legalidade”, nos dizeres de Wallace Paiva Martins 
Júnior. 
 
Com efeito, não basta o ato administrativo estar pautado na lei 
para que seja considerado válido e indene a impugnações: os motivos 
ensejadores de sua elaboração devem também ser analisados, tendo em vista 
os propósitos do agente ao editá-lo, os quais devem se amoldar ao bem 
comum. 
 
Assim, exsurge a moralidade administrativa como precedente 
lógico de toda conduta administrativa, vinculada ou discricionária, derivando 
também às atividades legislativas e jurisdicionais, consistindo no assentamento 
de que o Estado define o desempenho da função administrativa segundo uma 
ordem ética acordada com os valores sociais prevalentes e voltada à 
realização de seus fins, tendo como elementos a honestidade, a boa-fé e a 
lealdade e visando a uma boa administração. 
 
Destarte, o princípio da moralidade impõe ao administrador 
público não apenas o dever de agir dentro dos limites traçados pela legislação, 
como também o de fazê-lo sempre de boa-fé, afastado o intuito de ludibriar ou 
induzir em erro ao administrado. 
 
Princípio da Moralidade 
 
Consiste a impessoalidade no exercício da administração 
pública destinado à obtenção do bem comum, sem favorecimentos de ordem 
pessoal. 
A administração pública tem por objetivo reger a vida em 
sociedade. 
Assim, os poderes e comandos dela advindos não podem ter 
destinatário certo e definido, que não o corpo social a quem lhe incumbe servir. 
Nessa senda, impõe-se o dever de isenção do agente público, 
que, enquanto representante da administração — em nome de quem se 
manifesta —, não pode agir influenciado por sentimentos pessoais em relação 
aos administrados. 
 
Princípio da Publicidade 
 
Os atos praticados pelo administrador público devem revestir-
se de transparência, de modo que a sociedade possa saber como estão sendo 
geridos seus interesses comuns. 
 
Assim, como o poder vem do povo, em nome de quem ele é 
exercido nos termos do art. 1º, parágrafo único, da Constituição Federal “não 
pode haver ocultamento aos administrados dos assuntos que a todos 
interessam, e muito menos em relação aos sujeitos individualmente afetados 
por alguma medida”.10 
 
Como ensinam Pazzaglini Filho, Rosa e Fazzio Júnior, “é 
graças à publicidade dos atos administrativos que se podem estabelecer 
mecanismos de controle da gestão pública. Neste sentido, o princípio dapublicidade funciona como princípio fiscal da observância dos demais”. 
 
Princípio da Eficiência 
 
Inserido no caput do art. 37 pela Emenda Constitucional nº 19, 
o princípio tem partes com as normas da boa administração, indicando que a 
Administração Pública, em todos os seus setores, deve concretizar atividade 
administrativa predisposta à extração do maior número possível de efeitos 
positivos ao administrado. Deve sopesar relação de custo-benefício, buscar a 
otimização de recursos, em suma, tem por obrigação dotar da maior eficácia 
possível todas as ações do Estado.

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