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2° unidade tema 5: O sufrágio sistemas eleitorais ● O sufrágio concede ao indivíduo o exercício democrático de participar da política, como, por exemplo, votar, ser votado e exigir a democracia participativa. ● O sufrágio não deve ser confundido com o voto, pois o voto é uma forma de exercer o sufrágio. ● De acordo com o Código Eleitoral (BRASIL, 1965), art. 82, “o sufrágio é universal e direto e o voto é obrigatório e secreto”. ● Dos sistemas eleitorais é o “Complexo de técnicas e procedimentos empregados na realização das eleições, ensejando a conversão de votos em mandato, e, consequentemente, a legítima representação do povo no poder estatal”. Sufrági� restrit� ● Apresenta certas particularidades, sobretudo, de cunho preconceituoso, restringindo o poder de participação cidadã do indivíduo ao cumprimento de determinados padrões, como poder aquisitivo, raça e outros. são consideradas modalidades de sufrágio restrito: 1. sufrágio censitário- poder delimitado a classes que possuíssem riqueza 2. sufrágio capacitário- considerava o grau de instrução do indivíduo. 3. sufrágio social- analisava a raça e o gênero do indivíduo. Sufrági� unive�sa� ● Visa alcançar toda uma coletividade de cidadãos que, ao serem considerados habilitados, terão o seu direito garantido por lei para votar, ser votado, participar de referendos, iniciativa popular ou plebiscito, sem que, para isso, sejam considerados raça, sexo, instrução, riqueza ou posição social do indivíduo. Sistem� eleitora� distrita� o� mist� ● consiste em dividir a circunscrição eleitoral em distritos, conforme o número de vagas a serem preenchidas na Casa Legislativa. ● Dessa forma, no período eleitoral, cada distrito somente teria um candidato como representante político, que seria eleito caso obtivesse o maior número de votos válidos. Dessa forma, considerando a realidade atual e o excessivo número de partidos políticos, o sistema eleitoral distrital, que há anos foi abolido do sistema eleitoral brasileiro, tem sido evocado por doutrinadores como Jairo Marconi Nicolau (1996), como uma alternativa para produção da governabilidade. Sistem� eleitora� majoritári� ● Nesse sistema, serão considerados eleitos aqueles candidatos que tiverem maior número de votos válidos, ou seja, na contagem dos votos, não serão considerados os votos nulos e os brancos. ● Contudo, no caso de eleições presidenciais, para governadores e prefeitos, será admitida a possibilidade do segundo turno, que ocorrerá caso, na contagem dos votos do primeiro turno, o candidato mais votado não alcance a porcentagem superior de 50 + 1 (maioria absoluta) dos votos válidos, impossibilitando-o de ser considerado eleito. Constituído o segundo turno, os dois candidatos mais votados terão a oportunidade de seguir com a campanha eleitoral, a fim de alcançar o maior número de votos e, assim, serem eleitos. Sistem� eleitora� d� representaçã� o� proporciona� ● Nesse sistema, a contagem de votos válidos se dá pelo cálculo do número de votos recebidos pelos partidos políticos por meio do quociente eleitoral (número contabilizado de votos válidos dividido pelo número de vagas no Poder); assim, quanto mais votos receber um partido político, maior possibilidade terá de ser representado pela sua legenda partidária. ● Tal sistema é adotado nas eleições para as Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas Estaduais, Câmara Legislativa do Distrito Federal e Câmara dos Deputados. D� impo�tânci� d�� pa�tid�� polític�� ● Para que um sistema de governo como o presidencialismo adotado pelo Brasil siga o seu perfeito funcionamento, é importante que os partidos políticos desenvolvam ações em respeito à Constituição Federal, em benefício do povo e do Estado, pois é por meio dos partidos que os indivíduos considerados por lei como alistáveis podem ser eleitos e gerir os assuntos internos e externos do País. ● É crucial que os partidos políticos sofram uma reestruturação no sentido de que reafirmem a identidade para a qual foram criados, incentivando a população a conhecer e saber como funciona e para que serve cada partido tema 6: Teoria da Burocracia A visã� d� Webe� sobr� � burocraci� ● Weber definiu como um aparato técnico-administrativo organizado por normas e atribuições específicas e utilizado para dirigir um sistema social denominado “empresa”. ● Do ponto de vista da burocracia, as características ideais de uma organização são: a formalização, a divisão do trabalho, o princípio da hierarquia, a impessoalidade, a competência técnica e a profissionalização do funcionário. ● Ela tem como origem uma necessidade não considerada pelas teorias anteriores: a necessidade de uma abordagem generalista e integrada a ser implantada nas organizações. ● Percebe a burocracia como um trabalho racional que tem o objetivo de obter lucro. O capitalismo é a forma mais racional de organização. ● Ao se livrar das ingerências religiosas e éticas (como questões sobre “preço justo”) e da imoralidade da usura, o capitalismo permite calcular tudo em termos de dinheiro, conforme os mecanismos do mercado. ● Apontou também os danos da burocracia ao indivíduo, entre eles está a fragmentação, que ele chama de “loteamento da alma” ou de “jaula de ferro da modernidade” Fenômen� burocrátic� so� � óptic� d� autoridad� � d� pode� ● Para Weber, cada tipo de sociedade corresponde a um tipo de autoridade, pois a autoridade significa a probabilidade de que um comando específico seja obedecido. De acordo com Weber, existem três tipos de autoridade legítima: 1. a autoridade tradicional, ➔ Legítima quando é assegurada por costumes sociais, crenças e tradições religiosas, mas não é considerada racional. Encontrada na sucessão das figuras dos patriarcas. ➔ Patrimonial: funcionários que são os servidores pessoais do senhor (parentes, favoritos, empregados, etc.) e são geralmente dependentes economicamente dele. ➔ Feudal: o aparato administrativo apresenta maior grau de autonomia em relação ao senhor. Os funcionários (vassalos e suseranos) são aliados do senhor e lhe prestam juramento de fidelidade. Em virtude deste contrato, os vassalos dispõem de seus próprios domínios administrativos e não dependem do senhor no que tange à remuneração e à subsistência. 2. a carismática e racional ➔ Se baseia nas principais características da personalidade do líder. Os líderes carismáticos, segundo Weber, possuem o carisma como um dom de encantamento extraordinário e pessoal. ➔ Eles são vistos como detentores de capacidade acima da média, como confiáveis e dotados de grande capacidade de liderar. ➔ Por ser confiável, o líder é que escolhe o pessoal administrativo, que, aliás, é composto por um grande número de seguidores. 3. legal ou burocrática. ➔ Não é inerente ao indivíduo, mas ocorre em função da posição que ele ocupa, do seu cargo e dos níveis hierárquicos estabelecidos pelas organizações. ➔ Para Weber, essa autoridade é a mais adequada para o ambiente empresarial, por não ser personalista como as demais formas. ➔ Para Weber, com o passar do tempo, todas as sociedades desenvolvem de forma sequencial os três tipos de autoridade. Iniciando pela autoridade carismática (em função do carisma de determinado profissional), depois evoluindo para a autoridade tradicional e culminando na autoridade legal ou burocrática. ➔ Dessa forma, existem dois tipos de líderes nas empresas: os líderes transacionais(os tradicionais) e os líderes transformacionais (caracterizados por romper com o passado — caso esse rompimento seja considerado melhor para o grupo) Crítica� � teori� d� burocraci� ● Para Weber, a burocracia funciona como uma organização que alcança os objetivos desejados sem levar em conta o elemento humano. Ela se realiza, por exemplo, por meio da eficiência, da precisão e da uniformidade de rotinas e procedimentos. Porém, o modelo burocrático pode ser criticado por não corresponder às diferentes relações que existem em uma organização e por basear-se na diferença entre os conceitos teóricos e as aplicações. 1. Excessivo racionalismo para alcançareficientemente seus objetivos 2. Mecanicismo e limitações típicas da teoria da máquina, causadas pelo arranjo rígido e estático de órgãos, que devem cumprir tarefas utilizando especialização e padronização do desempenho, além de centralização (para obter unidade de comando). 3. Abordagem de sistema fechado, visualizando as organizações como entidades absolutas que existem no vácuo, com pouco intercâmbio com o ambiente externo e entre as partes internas. 4. Total omissão da organização informal. 5. Conservadorismo e falta de flexibilidade, além de conformismo das pessoas, que se tornam obtusas e condicionadas. 6. Sistema rígido e ultrapassado de autoridade e controle. 7. Cerceamento da criatividade e da inovação necessárias às mudanças atuais (apesar de ter sido uma excelente invenção para o século XIX). 8. Validade apenas para atividades rotineiras e repetitivas, em que a eficiência e a produtividade são mais importantes tema 7: Políticas Públicas ● São ações conjuntas executadas pelo governo, a fim de atender de forma ampla as necessidades da população. ● São dois os elementos fundamentais das políticas públicas: Intencionalidade pública: é a motivação para se estabelecer ações para tratamento ou resolução de um problema. Problema público: é a diferença entre a situação atual vivida (status quo) e uma situação ideal possível à realidade coletiva Implementaçã� d� política� pública� ● O processo de implementação de uma política pública é dinâmico e não linear e ocorre no momento em que as decisões de políticas se traduzem em ações. ● A necessidade da elaboração das políticas públicas surge em meio às diferenças sociais. A orientação para a resolução desses problemas se deve às políticas públicas, pois cabe ao Estado, a partir da formulação dos projetos, atender tais necessidades. ● A abrangência das políticas públicas, considerando as esferas públicas, deve atingir a União, os estados e os municípios ● Os atores políticos envolvidos são todos os órgãos envolvidos no processo de implementação das políticas públicas: as universidades, os políticos, a sociedade, etc. tema 8: Ciclo de políticas públicas: definição e conceito Política� pública� � sua� fase� d� implementaçã� ➔ São sete as fases para a formulação das políticas públicas: identificação do problema, formulação da agenda, formulação das políticas, tomada de decisões, implementação, avaliação e extinção. 1- Identificaçã� d� problem�. ➔ Um problema público pode aparecer inesperadamente como uma catástrofe natural ➔ Se um problema é identificado por algum ator político, e se esse tiver interesse na resolução desse problema, ele pode lutar para que tal problema entre na lista de prioridades de atuação. ➔ Essa lista de prioridades é conhecida como agenda. 2- Formaçã� d� agend� ➔ Agenda em políticas públicas é um conjunto de problemas ou temas entendidos como relevantes. ➔ Essa fase se caracteriza por inserir em um ranking a prioridade das discussões nos grupos. Ao identificar-se o problema e sua relevância, ela é inserida na agenda pública. a- Agenda política: conjunto de problemas que a comunidade política percebe como merecedor de intervenção pública. b- Agenda formal: conhecida como agenda institucional, aquela que elenca os problemas ou temas que o poder público já decidiu enfrentar. c- agenda da mídia: a lista de problemas que recebe atenção especial dos diversos meios de comunicação 3- Formulaçã� d� alternativa� ➔ Essa fase determina programas, identificação de leis, além de objetivos e estratégias que são potenciais para a resolução dos problemas. 4- Tomad� d� decisã� ➔ Identificar os principais aspectos que estão atrelados à tomada de decisões. ➔ Representa o momento em que os interesses dos atores e as intenções (objetivos e métodos) de enfrentamento de um problema público são explicitadas 5- Implementaçã� ➔ É a política pública posta em ação, onde as regras, rotinas e processos sociais são convertidos em ações. ➔ A importância de estudar a fase de implementação está na possibilidade de visualizar erros anteriores à tomada de decisão, a fim de detectar problemas mal formulados, objetivos mal traçados e otimismos exagerados 6- Avaliaçã� ➔ É o julgamento sobre a validade das propostas, levantamento de indicadores que mostrarão o sucesso no enfrentamento do problema ou a necessidade de rever a política 7- Extinçã� ➔ Nos casos em que o problema público foi resolvido ou quando os problemas de implementação são insuperáveis, ou, ainda, quando a política pública se torna inútil pelo natural esvaziamento do problema.
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