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M de A e D A3

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O sarampo foi considerado por várias décadas uma das maiores causas de mortes infantis no Brasil. Em 1968, a doença passou a ser considerada de notificação compulsória após serem registrados 129.942 casos. Contudo, após esforços nos três níveis de atenção à saúde, esse quadro foi revertido (BIO-MANGUINHOS/FIOCRUZ, 2014).
Em notícia publicada em 2014 no Instituto de Tecnologia de Bio-Manguinhos, o consultor científico na época, Reinaldo Menezes, explicou que o sarampo é uma doença infectocontagiosa aguda e transmissível por via respiratória, com alta carga de contágio para quem ainda não teve a enfermidade ou não foi vacinado. Menezes ressaltou ainda que o diagnóstico, feito por exames clínicos e laboratoriais, é necessário para a pesquisa dos casos: “Faz-se um exame sorológico, que indica que a pessoa adquiriu sarampo há pouco tempo. Como não há tratamento, apenas medicações paliativas, a vacinação é fundamental”, destacou o consultor.
Já em 2019, Mariana Alvim, em matéria publicada na BBC News Brasil de São Paulo, comentou que “o mundo está vivendo um surto preocupante de sarampo, e o Brasil faz parte do grupo dos 10 países que são os maiores responsáveis por essa guinada de 2017 para 2018”. Nesse texto, chama a atenção o fato de que, se por um lado há o acréscimo do número de casos de sarampo no Brasil, por outro, o número da cobertura vacinal no país reduziu. Com base em dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI), desde 2015 o percentual da população imunizada com a tríplice viral (para prevenir o sarampo, a caxumba e a rubéola) caiu significativamente. O percentual dos brasileiros vacinados com ela, assim, reduziu de 96% em 2015 para 85,2% em 2017.
Com base no texto acima, crie um texto dissertativo explicando a importância do PNI para a população, bem como o tipo de imunização que ocorre com o uso de uma vacina no organismo. Considere, aqui, as seguintes questões: trata-se de reposta imune inata ou adaptativa? Humoral ou celular? Ativa ou passiva? Por fim, explique qual o tipo de vacina utilizada contra o sarampo.
Atividade 03
 Hoje, mais do que nunca, temos ideia da importância do PNI no cenário da saúde coletiva no Brasil, bom, pelo menos boa parte da população, dentro do contexto atual do país, não seria correto deixar de destacar os ataques e sabotagens que o programa vem sofrendo por parte da atual gestão federal, que realiza uma verdadeira barbárie que está sendo exposta na “CPI da covid”!
 “O Programa Nacional de Imunização ou simplesmente PNI foi criado em 1973, com o objetivo de normatizar a imunização em nível nacional, assim, contribuindo para o controle ou erradicação das doenças infectocontagiosas e imunopreveníveis, como exemplo: a poliomielite (paralisia infantil), sarampo, difteria, tétano, coqueluche, tuberculose e outras.
O desenvolvimento do Programa é orientado por normas técnicas estabelecidas nacionalmente, no que se refere à conservação, manipulação, transporte e à aplicação dos imunobiológicos, assim como aos aspectos de programação e avaliação.
Essas normas são estabelecidas com a participação dos órgãos responsáveis pela operacionalização e de outras instituições, assegurando, dessa forma, a sua aceitação e uniformidade de uso em todo o país (Manual de Rede de Frio, 2007).
O Programa Nacional de Imunização faz parte da Organização Mundial da Saúde, mas recebe ajuda técnica e financeira da UNICEF, do Rotary Club e também das Nações Unidas.
O Programa Nacional de Imunização tem por objetivo conscientizar a população da importância da vacinação, e imunizar a maioria delas, por este motivo, existem metas para as ações como:
- Para o grupo de menores de cinco anos, meta de vacinar 90% da população com as vacinas da tríplice viral, tetravalente e BCG, contra a poliomielite a meta é de 95%, principalmente nos dias nacionais de vacinação, onde também é completado o esquema daqueles que, por diferentes motivos, estão com a vacinação atrasada.
- Para o grupo de mulheres em idade fértil, de 12 a 49 anos, a meta é vacinar todas as mulheres contra o tétano e síndrome da rubéola congênita, evitando assim contaminações durante a gestação.
- Para o grupo de adolescentes, existem as ações de controle da febre amarela, do tétano e raiva humana e o controle da hepatite B.
Segundo o Manual de Rede de Frio (MS, 2007), as ações de vacinação para as crianças têm contribuído para reduzir a morbimortalidade por doenças imunopreveníveis, melhorando a qualidade de vida, principalmente nos menores de cinco anos.
Acompanhando as transformações demográficas e epidemiológicas registradas no país, o Programa Nacional de Imunizações incorpora mais um desafio neste alvorecer de século: ampliar as ações de vacinação para a população de 60 anos ou mais, e 100% das populações indígenas brasileiras. E para esta faixa etária: dT (difteria e tétano), contra influenza (contra gripe) e pneumococo.”( Programa nacional de imunização - Portal Educação (portaleducacao.com.br))
  A imunidade adaptativa pode se dar também após a imunização, o que torna as vacinas extremamente importantes para o fortalecimento do sistema imune. Os antígenos são moléculas presentes nos patógenos que podem ser reconhecidas pelo nosso sistema imunológico. Eles são responsáveis por estimular tanto a imunidade inata quanto a adaptativa.
A resposta imune adaptativa induz a proliferação das células produtoras de anticorpos – as proteínas que reconhecem pequenas partes do patógeno. Uma parte destas células se tornarão células de memória, que podem permanecer vivas por muito tempo. É por meio das células de memoria que quando o organismo reencontra o patógeno, pode responder a ele mais rapidamente.( docente.ifsc.edu.br/melissa.kayser/MaterialDidatico, https://coronavirus.butantan.gov.br/ultimas-noticias/resposta-imune)
 A imunidade de longo prazo é chamada de humoral, associada à produção dos anticorpos específicos contra o microorganismo alvo da vacina. A humoral produz anticorpos. A celular é a produção de células de defesa do nosso organismo no primeiro combate frente a um organismo agressor. É uma proteção contra qualquer infeção, diante deste contexto é possível afirmar que a vacina aplicada em uma pessoa que nunca se infectou com o sarampo irá produzir uma resposta imune tanto humoral, cirando anticorpos contra o vírus, quanto celular, pois será o primeiro contato do organismo com o vírus.
 A imunização pode ser ativa ou passiva. • Imunização ativa: é a que se consegue através das vacinas. • Imunização passiva: é a que se consegue através da administração de anticorpos prontos. 
 Ainda tratando da tríplice viral, vacina utilizada pelo PNI no combate ao sarampo, podemos afirmar que, ela previne o Sarampo, caxumba e rubéola, trata-se de vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” do sarampo, da rubéola e da caxumba; aminoácidos; albumina humana; sulfato de neomicina; sorbitol e gelatina. Contém também traços de proteína do ovo de galinha usado no processo de fabricação da vacina.
Vacina tríplice viral (SCR):
-Idade de aplicação: A partir dos 12 meses.
-Doenças evitadas: Sarampo, Caxumba, Rubéola
-Composição: combinação de vírus vivos atenuados (sarampo, caxumba, rubéola) Imunização na infância
-Apresentação: forma liofilizada, frasco de dose única ou multidoses, acompanhada do respectivo diluente. 
-Via de administração: Subcutânea. Aplicada, de preferência, na região próxima ao músculo deltoide (face externa superior do braço), podendo ser também administrada na região próxima ao músculo dorso glúteo, no quadrante superior externo.
-Esquema: 1ª dose: 12 meses de idade; 2ª dose: 15 meses de idade (com a vacina TETRAVIRAL). Adolescentes até 19 anos, 11 meses e 29 dias deverão receber 2 doses (intervalo mínimo de 30 dias)

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