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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE NOVA IGUAÇU – RIO DE JANEIRO. LEONARDO GONÇALVES, brasileiro, solteiro, professor, portador da carteira de Identidade nº 1234567, inscrito no CPF sob o nº 234.000.333-22, residente e domiciliado na Rua Nilo Peçanha, nº 02, Centro, Nova Iguaçu – RJ, CEP: 26.300-000, vem, respeitosamente, por sua advogada infra – assinada, com endereço profissional na Rua (endereço), respeitosamente, perante V. Exa., propor a presente: AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER c/c REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. Em face da LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A. inscrita no CNPJ: 60.444.437/0001-46, localizada na Avenida Marechal Floriano, 168 – Rio de Janeiro – RJ – CEP 20080-002, http://www.light.com.br, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA. Inicialmente, afirma a requerente, ser merecedora do benefício da gratuidade de justiça, conforme o artigo 4º da Lei 1.060/50 e com suas respectivas alterações introduzidas pela Lei 7.510/86, haja vista não possuir a capacidade de arcar com o pagamento das custas processuais e honorárias advocatícias sem prejuízo de sua subsistência, conforme afirmações de hipossuficiência econômica da autora em anexo. II. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA. Em atendimento ao que prevê o artigo 319, inciso VII do CPC de2015, opina, a parte AUTORA, pela NÃO realização de intuito conciliatório. III. DOS FATOS. O autor é cliente da ré através do código de cliente sob o nº 0020546655. http://www.light.com.br/ Informa que fora notificada de uma suposta inspeção em sua residência, onde fora encontrada uma irregularidade no seu medidor, sendo aplicada uma multa – TOI nº 007007, no importe de R$500,00 (quinhentos reais.) junto a sua fatura do mês de Agosto/2020, valor esse parcelado e incluído na conta mensal.. Mister se faz salientar que a autora não presenciou qualquer vistoria realizada pela empresa Ré, bem como realizou contestação presencial da referida multa, o que não obteve êxito até a presente data – protocolo de atendimento e contestação realizada de próprio punho em anexo. Destaca-se que a parte autora vem realizando o pagamento dos valores aplicados indevidamente pela Ré, conforme comprovantes de pagamento em anexo. E notório a ilegalidade do TOI sob o nº 007007 logrado pela concessionária de forma unilateral, não observando o contraditório, tampouco as normas da ANEEL. Ressalta-se que a autora não possui consumo zerado, e após a aplicação do referido TOI, onde a Ré alega ter a irregularidade no relógio como “medidor com erro de aferição”, o consumo da autora continuou mantendo a mesma média, como pode ser observada em documentos obtidos no site da Ré, onde o normal seria ter sofrido um aumento, assim comprova-se que não havia nenhuma irregularidade em seu relógio medidor. Conforme fatos e provas juntadas no presente, ficou perfeitamente caracterizado o Dano Moral sofrido pela parte autora ao passo que o TOI aplicado é totalmente indevido. Assim, resta claro que tal procedimento fere diversos princípios constitucionais, tais como o do contraditório e da dignidade da pessoa humana, eis que o consumidor se vê obrigado a efetuar o pagamento compulsório da multa, sob pena de se ver privado de um serviço essencial. Tendo como base os acontecimentos narrados e a falta de disposição da Ré para uma composição extrajudicial, a parte autora viu-se compelida a buscar a tutela jurídica estatal, a fim de fazer Justiça, uma vez que, em virtude do fato, sofreu e vem sofrendo Danos de ordem material e moral, passando por sofrimento, angústia e sentimento de impotência que lhe vem abatendo. IV. DO DIREITO. DA APLICAÇÃO INDEVIDA DO TERMO DE OCORRÊNCIA E IRREGULARIDADE (TOI). – DA NULIDADE DO TOI. O Termo de Ocorrência de Irregularidade - TOI é um instrumento previsto no artigo 129, inciso I, da Resolução nº 414/2010 da ANEEL, com a seguinte redação: Art. 129. Na ocorrência de indício de procedimento irregular, a distribuidora deve adotar as providências necessárias para sua fiel caracterização e apuração do consumo não faturado ou faturado a menor. I - emitir o Termo de Ocorrência e Inspeção - TOI, em formulário próprio, elaborado conforme Anexo V desta Resolução. E na sequencia do referido dispositivo, no inciso II, o consumidor tem direito de exigir uma perícia técnica do medidor, como decorrência lógica do princípio do contraditório e da ampla defesa: II - solicitar perícia técnica, a seu critério, ou quando requerida pelo consumidor ou por seu representante legal; O TOI, nesse sentido, tem por finalidade formalizar a constatação de alguma irregularidade encontrada nas unidades de consumo dos usuários de energia elétrica, que proporcione faturamento inferior ao faturado. Para tanto, este processo administrativo deveria permitir a atuação do consumidor em todas as suas fases, inclusive na perícia local que conclui pela ausência ou ocorrência de irregularidade. Mas ao contrário do que esperado, a empresa Ré no mesmo ato que lavrou o TOI, gerou a aplicação de multa de forma automática, sem apurar se houve furto de energia elétrica "gato", sem o crivo da ampla defesa do consumidor. Trata-se, portanto, de penalidade imposta de forma indevida, conforme precedentes sobre o tema: LIGHT. LAVRATURA DE TERMO DE OCORRÊNCIA DE IRREGULARIDADE (TOI). Sentença de parcial procedência para declarar a nulidade do TOI lavrado pela ré, bem como determinar a restituição à parte autora, de forma simples, dos valores eventualmente pagos pelo referido TOI. Recurso exclusivo da parte autora. Consumidora que faz jus à devolução dos valores indevidamente pagos na forma simples, ante a ausência de comprovação de má fé. A lavratura de TOI, por si só, não tem o condão de acarretar danos morais e não se verifica no caso concreto qualquer desdobramento do fato a fundamentar a pretensão de indenização. Dano moral não configurado. Mero aborrecimento. Súmula 75 do TJRJ. Sentença mantida tal como lançada. DESPROVIMENTO DO RECURSO.(TJ-RJ - APL: 01031224120118190001 RIO DE JANEIRO CAPITAL 9 VARA CIVEL, Relator: SÔNIA DE FÁTIMA DIAS, Data de Julgamento: 11/10/2017, VIGÉSIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL CONSUMIDOR, Data de Publicação: 19/10/2017, #73815250) Apelação Cível. Relação de Consumo. Lavratura de Termo de Ocorrência de Irregularidade (TOI). Sentença de procedência. Irresignação da parte ré. 1. Conhecimento apenas da matéria relativa à lavratura do TOI e da cobrança a título de recuperação de consumo. Ausência de impugnação específica com relação ao dano moral. Pedido genérico de reforma total da sentença. Violação ao princípio da dialeticidade. 2. Responsabilidade objetiva da prestadora do serviço. Artigo 14, § 3º da Lei 8.078/90. Incumbe à concessionária o ônus de comprovar a regularidade do TOI. 3. Aplicação do enunciado nº 256 da súmula do TJRJ. Termo de ocorrência de irregularidade que não ostenta o atributo da presunção de legitimidade, ainda que subscrito pelo usuário. 4. Laudo pericial conclusivo, no sentido de que o procedimento adotado pela empresa ré não atendeu ao art. 72 da resolução nº 456/2000 da ANEEL, vigente à época da lavratura do TOI. Autor que solicitou a troca do relógio medidor após comprar o imóvel. Demandante não pode ser responsabilizado por eventuais danos do aparelho de medição, causados por terceiros. Falha na prestação do serviço. 5. Cobrança indevida de valores a título de recuperação de consumo. Devolução em dobro dos valores pagos pelo autor, relativos às cobranças indevidas decorrentes da lavratura do TOI. 6. Manutenção da sentença. 7. NEGA-SE PROVIMENTO AO RECURSO.(TJ-RJ - APL: 00098406920098190210 RIO DE JANEIRO LEOPOLDINA REGIONAL 4 VARA CIVEL, Relator: SÉRGIO SEABRA VARELLA, Data de Julgamento: 30/08/2017, VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVELCONSUMIDOR, Data de Publicação: 31/08/2017, #63815250) /lei/CDC/codigo-defesa-consumidor/art-14 /lei/CDC/codigo-defesa-consumidor/art-14,par-3 /lei/CDC/codigo-defesa-consumidor /lei/130214/atos-normativos/num-456,art-72 /lei/130214/atos-normativos/num-456 É certo que a Ré possui competência para fiscalizar os medidores e, caso constatar irregularidades, aplicar as punições cabíveis, amparado pelas normas da ANEEL. Se a irregularidade no medidor resulta em registro de consumo menor do que o efetivamente consumido, mesmo que para ela não tenha concorrido, o usuário tem o dever de pagar a diferença de preço entre a energia registrada no aparelho defeituoso e a que realmente consumiu. Contudo, o direito de cobrar essa diferença subordina-se à prova segura do defeito no aparelho, cuja ausência afasta o dever de pagamento do consumidor e desautoriza a interrupção no fornecimento da energia elétrica por este motivo. Observe-se, ademais, que eventual lavratura do TOI se deu unilateralmente pela ré, sem a presença da autoridade policial especializada, bem como da parte autora. Desta forma, a ré afrontou os dispositivos constantes no Código de Defesa do Consumidor, eis que não forneceu informações adequadas e claras sobre o problema apresentado pelo medidor, razão pela qual a cobrança relativa ao TOI se mostra abusiva, porque aplicada sem embasamento fático e legal. Visto isso é notório que o consumidor é refém de um procedimento administrativo criado e imposto pela ré, em que não lhe é oportunizado qualquer chance de discussão. Assim, resta claro que tal procedimento fere diversos princípios constitucionais, tais como o do contraditório e da dignidade da pessoa humana, eis que o consumidor se vê obrigado a efetuar o pagamento compulsório da multa, sob pena de se ver privado de um serviço essencial. DA REPETIÇÃO DE INDÉBITO Trata-se de cobrança irregular, indevidamente paga pelo Consumidor, sendo-lhe negado o reembolso mesmo após reiteradas solicitações, evidenciando a existência de Má Fé. O total descaso em solucionar o "equívoco" cometido deve ser suficiente para a repetição indébito dos valores indevidamente cobrados, nos termos do parágrafo único do artigo 42 da Lei 8078/90, verbis: Art. 42. (...) Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável. A doutrina, ao lecionar sobre o dever da devolução em dobro dos valores pagos, destaca: "É de perceber que não se exige na norma em destaque, a existência de culpa do fornecedor pelo equívoco da cobrança. Trata-se, pois, de espécie de imputação objetiva, pela qual o fornecedor responde independente de ter agido ou não com culpa ou dolo. Em última análise, terá seu fundamento na responsabilidade pelos riscos do negócio, no qual se inclui a eventualidade de cobrança de quantias incorretas e indevidas do consumidor." (MIRAGEM, Bruno. Curso de Direito do Consumidor - Ed. RT 2016. Versão e-book, 3.2.2 A cobrança indevida de dívida) A má fé do Réu fica caracterizada diante da continuidade da cobrança mesmo após o esclarecimento dos fatos, evidenciando a má fé. A empresa ré agiu de forma negligente e imprudente ao dispor no mercado um serviço falho que pudesse causar o presente constrangimento ao consumidor. Nesse sentido, é esclarecedora a jurisprudência acerca da repetição de indébito dos valores cobrados, uma vez que ultrapassam o limite doe exercício do direito da empresa Ré: APELAÇÕES CÍVEIS. OBRIGAÇÃO DE FAZER. REPETIÇÃO EM DOBRO DO INDÉBITO. INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA. IMPUTAÇÃO DA PRÁTICA DE FRAUDE NO RELÓGIO MEDIDOR. LAVRATURA DE TOI. DÉBITO AUFERIDO UNILATERALMENTE. NATUREZA ABUSIVA DA COBRANÇA NÃO ELIDIDA PELA CONCESSIONÁRIA. DANO MORAL CONFIGURADO. O Termo de Ocorrência de Irregularidade, elaborado pela prestadora de serviço, não é suficiente a provar fraude no relógio medidor de energia elétrica, porquanto produzido unilateralmente. Ausência de discrepância entre o consumo praticado e aquele apontado pela concessionaria que afasta a imputação de irregularidade no consumo. Conduta ilegal da concessionária no procedimento de apuração de irregularidades e recuperação de receita impostos ao consumidor que configura o dever de indenizar, considerando-se as ameaças de corte de serviço essencial e inserção de nome no cadastro restritivo ao crédito, fatos que suplantam os aborrecimentos comuns das relações cotidianas e que geraram relevante temor e perda de tempo útil. Danos morais que exsurgem do próprio fato e que não cuidam de mero aborrecimento. Cobrança injustificável que se subsome ao disposto no parágrafo único do art. 42 do CDC. Conhecimento e provimento do 1º recurso (consumidor) e desprovimento do 2º (concessionaria). (TJ-RJ - APL: 02302616320178190001, Relator: Des(a). ROGÉRIO DE OLIVEIRA SOUZA, Data de Julgamento: 29/01/2019, VIGÉSIMA SEGUNDA CÂMARA CÍVEL, #53815250) #3815250 Tal prática demonstra a conduta leviana da empresa Ré, configurando a má fé pela simples ocorrência da prática abusiva, sendo devida a repetição de indébito. Portanto, inequívoca a responsabilidade e dever do réu no pagamento em dobro dos valores indevidamente descontados conforme memória de cálculo que junta em anexo. DA RESPONSABILIDADE CIVIL PELO DANO MORAL Conforme demonstrado pelos fatos narrados e prova que junta no presente processo, a empresa ré deixou de cumprir com sua obrigação primária de cautela e prudência na atividade, causando constrangimentos indevidos ao Autor, bem como dano de ordem material. Não obstante ao constrangimento ilegítimo, as reiteradas tentativas de resolver a necessidade do Autor ultrapassa a esfera dos aborrecimentos aceitáveis do cotidiano, uma vez que foi obrigado a buscar informações e ferramentas para resolver um problema causado pela empresa contratada para lhe dar uma solução. Assim, no presente caso não se pode analisar isoladamente o constrangimento sofrido, mas a conjuntura de fatores que obrigaram o Consumidor a buscar a via judicial. Ou seja, deve-se considerar o grande desgaste do Autor nas reiteradas tentativas de solucionar o ocorrido sem êxito, gerando o dever de indenizar. Com base na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, incisos V e X c/c artigo 4º do CDC, podemos dizer que a DIGNIDADE DA PESSOA DA PARTE AUTORA FOI OFENDIDA E A SUA IMAGEM MACULADA, uma vez que o Réu deve obedecer às leis que estejam em torno das suas atividades prestadas aos usuários, não podendo transgredi-las ao seu bel prazer, sob pena de se permitir que as pessoas jurídicas ou físicas façam Justiça pelas próprias leis e não pelo ordenamento jurídico instituído para a coletividade. /lei/CDC/codigo-defesa-consumidor/art-42,par-Único /lei/CDC/codigo-defesa-consumidor/art-42 /lei/CDC/codigo-defesa-consumidor Por derradeiro, vale dizer, que o Dano Moral deve ser aplicado em consonância com o Princípio da Razoabilidade; mas, em contrapartida, deve trazer um conforto pessoal a quem o sofreu, a fim de tentar ofuscar a tristeza, angústia e/ou sofrimento gerado pelo causador, funcionando, TAMBÉM COMO FATOR EDUCATIVO AO PRATICANTE DO ATO ILÍCITO. Concernente ao DANO MORAL entende ser pacífico e incontroverso, com farta jurisprudência, o direito a indenização por medidas vexatórias provocadas por atos ilícitos e, para tanto, se expressa a LIÇÃO DE PONTES DE MIRANDA: “…nos danos morais a esfera ética da pessoa é que é ofendida; o dano não patrimonial é o que, só atinge o devedor, como ser humano, não lhe atinge o patrimônio.”. “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.” Resta evidente,que os danos sofridos pela parte autora transcendem a órbita do mero aborrecimento, principalmente, em decorrência do ato delituoso do Réu. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA Demonstrada a relação de consumo, resta configurada a necessária inversão do ônus da prova, conforme disposição expressa do Código de Defesa do Consumidor: Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: (...) VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências A inversão do ônus da prova é consubstanciada na impossibilidade ou grande dificuldade na obtenção de prova indispensável por parte do Autor, sendo amparada pelo princípio da distribuição dinâmica do ônus da prova implementada pelo Novo Código de Processo Civil: Art. 373. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. § 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o file:///C:/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor file:///C:/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor file:///C:/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor/art-6 file:///C:/lei/CPC/codigo-processo-civil file:///C:/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-373 file:///C:/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-373,inc-I file:///C:/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-373,inc-II file:///C:/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-373,par-1 faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. Assim, diante da inequívoca e presumida hipossuficiência, uma vez que disputa a lide com uma empresa de grande porte, indisponível concessão do direito à inversão do ônus da prova, que desde já requer. V. DOS PEDIDOS: Ante todo o exposto, vem requerer a V. Exa. a PROCEDÊNCIA DA AÇÃO, bem como; 1. O deferimento dos benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, nos termos do art. 98 e seguintes do CPC/2015; 2. A citação da parte Ré para tomar conhecimento dos termos do pedido, e, em querendo, apresentar resposta, sob pena dos efeitos da revelia e confissão, nos termos do art. 242 CPC/ 2015 c/c art. 344 do CPC/2015; 3. Seja determinada a inversão do ônus da prova, com fulcro no art. 6º, VIII, Lei 8078/90 uma vez comprovada a hipossuficiência do requerente, na forma do que trata o art. 4º, inciso I do CDC c/c art. 373 do CPC/2015; 4. Condenar a Ré a cancelar a multa - TOI nº 007007, aplicada de forma indevida, sob pena de multa pelo descumprimento a ser arbitrada pelo Juízo. 5. Seja a ré condenada à devolução dos valores pagos indevidamente em dobro, no montante de R$1000,00 (mil reais), sob pena de multa pelo descumprimento a ser arbitrada pelo Juízo. 6. Seja a Empresa Ré condenada a indenizar a parte autora a título de Danos Morais o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). 7. Seja a Ré, condenada ao pagamento dos Honorários Advocatícios, na base de 20% (vinte por cento) sobre o total da condenação, conforme art. 85 do CPC/2015; Requer a procedência in totum dos pedidos, além da produção de todos os meios de provas em direito admitidas, em especial documentais supervenientes, e testemunhais, se necessário for, bem como pela condenação ao ônus de sucumbência, inclusive a honorários advocatícios de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação. VI. DO VALOR DA CAUSA. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895641/artigo-98-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15 Dá-se o valor de 11.000,00 (dez mil reais). Termos em que pede deferimento. Cidade, data, assinatura, OAB.
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