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PETIÇÃO PRONTA

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DOUTO JUIZO DE DIREITO DA ______ ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE MACEIÓ-AL 
Márcia Regina Pereira, viúva, vigilante, inscrita no cadastro de pessoas físicas nº 000.000.000-21, Endereço virtual: marcia.viúva@gmail.com, residente e domiciliada à Av. Boa ventura nº 5 bairro Cabral, Cidade de Maceió -AL, Telefone para contato: 92 9111-4352, Vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado abaixo assinado, propor 
AÇÃO DE NULIDAE DE COMPRA E VENDA CUMULADO COM REINTEGRAÇÃO DE POSSE. 
em face de BENETIDO SOUZA E FERNANDA SOUZA, solteiro, pintor, filho de João do Brócolis e Anastácia das Flores, CPF nº. (…), RG nº. (…), e-mail zezinhodacouve@hotmail.com, residente e domiciliado na Av. Barbacena, nº. 221, Bairro Primavera, Caratinga/MG, CEP 35.300-000, pelos motivos abaixo:
Dos fatos	
No dia 26/03/2015, em horário não precisado, o réu, que reside próximo à um lote de propriedade do autor, sito à Av. Barbacena, nº. 219, Bairro Primavera, Caratinga/MG, agindo com intenção de expandir a área de sua propriedade, derrubou o muro que fazia a divisão entre seu próprio imóvel e o do autor, apropriando-se, assim, de todo o terreno pertencente a este.
Ainda, o réu, aproveitando-se da inércia do autor, construiu uma casa sobre o lote acima, ocupando-o em sua integralidade, conforme comprovado por meio de REDS e fotografias anexos, atos que foram praticados em prejuízo do autor, sem qualquer notificação ou consentimento deste.
Por fim, registre-se que a derrubada do muro da propriedade do autor pelo réu causou àquele prejuízo material no importe de R$1.300,00 (um mil e trezentos reais), valor médio cotado para a construção de novo muro, na qualidade e extensão daquele que foi derrubado, conforme notas de orçamento anexas.
II – DO DIREITO
1.196 - 
O Código Civil garante ao possuidor o direito de restituição de bem que lhe seja esbulhado: 
“(…) Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho (…)”.
	Cuida-se de ação de nulidade de compra e venda, com pedido liminar de ação de reintegração de posse, na qual a parte requerente teve sua propriedade esbulhada pela requerida em razão da realização de um negócio jurídico nulo, uma vez que o objeto desta demanda figurava parte de patrimônio a ser inventariado. 
A nova legislação processual civil, regulando o exercício do direito acima, também disciplinou o direito do possuidor a ser reintegrado de sua posse em caso de esbulho (NCPC, art. 560), incumbindo ao autor da ação de reintegração de posse, qual seja, aquele que sofreu o esbulho, provar:
“Art. 561 Incumbe ao autor provar
I – a sua posse; 
II – a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; 
III – a data da turbação ou do esbulho; 
IV – a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção, ou a perda da posse, na ação de reintegração (…)”.
A posse do imóvel acerca do qual se funda a demanda está devidamente comprovada pela certidão anexa, expedida pelo cartório de registro de imóveis de Maceió/AL, atestando a regularidade do registro do imóvel em nome do autor da presente ação (matrícula do imóvel – nº. Xx. Xxx), documento que, segundo a jurisprudência, é bastante para tal finalidade:
“(…) IMÓVEL. PROPRIEDADE. REGISTRO (…) A propriedade de bem imóvel se dá através da certidão do cartório de registro de imóveis do respectivo imóvel” (TJMG, proc. 1.0024.10.184017, Rel. Des. Antônio Bispo, DJ de 07/07/2014).
O esbulho praticado pelo réu restou consubstanciado pelas fotografias obtidas em redes sociais anexas, bem como pelo Boletim de ocorrência Policial, também anexos à esta peça exordial, asseverando-se que o REDS (ou “boletim de ocorrência policial militar”), por sua vez, também fortalece a convicção da data em que foi praticado o aludido esbulho.
Nesse sentido:
“(…) AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE – COMPROVAÇÃO DA POSSE (…) PROVA DO ESBULHO – EXISTÊNCIA (…) Restou demonstrado, ainda, o esbulho, conforme boletins de ocorrência anexados aos autos, nos quais restou consignado que os réus colocaram aproximadamente 2.000 tijolos no lote das autoras e cercaram parte do imóvel, começando, posteriormente, a edificar uma casa” (TJMG, proc. 1.0433.12.015545-5/003, Rel. Des. Eduardo Mariné da Cunha, DJ de 12/02/2016).
III – Do cabimento de pedido liminar
Disciplina o art. 562, caput, do Código de Processo Civil, no que atina aos temas “manutenção e reintegração de posse”, que, 
“(…) Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração (…)”.
Ainda, havendo comprovação da posse, do esbulho, da data de sua ocorrência, bem como da perda da posse, o que restou comprovado na vestibular, é cediço que seja cabível a concessão de pedido liminar de reintegração de posse, conforme já decidiu o egrégio Tribunal de Justiça de Minas Gerais:
“(…) REINTEGRAÇÃO DE POSSE – PROVA DA POSSE E DO ESBULHO PRESENTES – LIMINAR – POSSIBILIDADE – Existindo a comprovação da posse, do esbulho, da data da sua ocorrência, bem como da perda da posse, nos exatos termos do artigo 927 do CPC, cogente resta a concessão de liminar de reintegração de posse” (TJMG, proc. 1.0433.15.026671-9/001, Rel. Des. Pedro Aleixo, DJ de 18/03/2016).
Alinha-se ao entendimento jurisprudencial acima, também, a doutrina, a qual assevera que, cuidando-se de ação de força nova (posse nova), cabível é a expedição de mandamus para o fim de reintegração imediata da posse esbulhada ou turbada, antes mesmo da citação do réu, bastando aparentar que os fatos tenham se dado como narrados na petição inicial, não se exigindo, numa primeira ocasião, prova inconteste e definitiva da adequação aos requisitos do provimento definitivo da reintegração de posse, porquanto, na primeva oportunidade, não haveria elementos para tanto.
Neste prisma:
“(…) O que diferencia as ações de força nova e velha é que somente naquelas o juiz pode conceder liminar (…) A cognição para o deferimento da liminar será ainda superficial, pois o juiz só terá tido oportunidade de examinar os elementos trazidos pelo autor. Portanto, não cabe exigir, aqui, prova cabal e definitiva do preenchimento dos requisitos, bastando a plausibilidade de que os fatos tenham ocorrido tal como descritos na inicial (…) A medida não é providência acautelatória. (…) O que ela faz é atender, ainda que em caráter provisório, a pretensão do autor, satisfazendo e antecipando os efeitos do provimento final. Assim, se o autor requerer a reintegração da posse, a concessão de liminar será bastante para que o autor já recupere, desde logo, a posse perdida (…)” (GONÇALVES, Marcus Vinícius Rios. Procedimentos especiais – 10. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2012 – Sinopses jurídicas; v. 13, p. 71) – grifei. 
IV – Da nulidade contratual 
De mais a mais, como já relatado, têm-se que o objeto da lide não era possível de alienação, uma vez que o artigo 104 do Código civil dispõe expressamente que: 
“Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
(...)
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável”
	Da mesma forma, o artigo 166 II, determina “ Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;”
IV – Dos pedidos
Ante o exposto, requer:
1. Seja expedido, sem oitiva do réu, mandado de liminar de reintegração de posse em favor do autor;
3. Seja condenado o réu, em sentença, à reintegração definitiva do imóvel ao autor; bem como a ressarci-lo do dano material, no importe de R$ xxxx (um mil e trezentos reais), devidamente atualizado monetariamente;
4.Requer seja reconhecida a nulidade do contrato de compra e venda, à luz do que dispõem os artigos supra mencionados. 
5. Seja condenado o réu, ainda, a arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sucumbenciais, a serem arbitrados por V. Exa.;
Protesta por todos os meios de direito admitidos para comprovar os fatos alegados, especialmente prova testemunhal, depoimento pessoal da parte e inspeção judicial.
Pretende o autorparticipar da audiência de conciliação/mediação a ser designada por V. Exa.
Dar-se à causa o valor de R$ xxxxxxx (cento e um mil e trezentos reais), correspondentes ao valor do imóvel xxxxxxxxmais o valor pretendido pela indenização material (R$1.300,00).
Nestes termos, 
pede deferimento.
Maceió, xx dexxxx de xxx.
ADVOGADO
OAB/AL

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