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PATOLOGIA - Doenças autoimunes - Hashimoto e LES

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Ana Laura Octávio - TXXII 
 
DOENÇAS AUTOIMUNES 
 
INTRODUÇÃO 
 
- Estão relacionadas com as respostas mediadas por Th1 (linfócito T especializado). 
- Estado clínico-patológico, caracterizado por uma resposta imunológica de 
autoagressão e lesão tecidual, o antígeno envolvido é “self” (próprio). 
- Doenças autoimunes predominam nas mulheres (cromossomo X): 
✓ Evento hormonal – frequente em mulheres jovens (menarca) e gravidas. 
 
Falha na tolerância no “self” 
- Idade, sexo, genética, infecções, dieta, hormônios, radiações, medicamentos, 
imunodeficiência, natureza do autoantígeno → a combinação desses fatores desenvolve 
autoanticorpos que reagem com componentes “self”. 
- De caráter multifatorial, nas doenças autoimunes, ocorre a produção de anticorpos 
que reagem com componentes próprios, os quais são reconhecidos como estranhos. 
 
CARACTERÍSTICAS IMUNOLÓGICAS NA AUTOIMUNIDADE 
- Pacientes jovens. 
- Sexo feminino. 
- Órgãos-específicas, sistêmicas. 
- Resposta Th1. 
 
 
PATOGÊNESE 
 
- Hipergamaglobulinemia. 
- Anticorpos específicos (vão para diferentes órgãos). 
- Mediado por imunocomplexos. 
- Células T como resposta celular. 
- Ativação do sistema complemento. 
- Resposta inflamatória como resposta. 
- Infiltrado de linfócitos, plasmócitos e macrófagos (presentes em todos os momentos 
da doença). 
- Neutrófilos, na fase aguda da doença (momento de crise). 
- Deposito de imunocomplexos em (tem preferência por): 
✓ Vasos (vasculite). 
✓ Articulações (artrite). 
✓ Glomérulo renal (glomerulonefrite). 
 
OBS.: A única doença autoimune que o predomina no sexo masculino é a diabetes 
mellitus tipo 1 e a que é igual para ambos os sexos é a colite ulcerativa. 
 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
TIREOIDE DE HASHIMOTO 
 
- Outros nomes: tireoide linfocítica crônica ou tireoidite autoimune ou estroma 
linfomatoso. 
- Doença autoimune clássica de caráter autoimune órgão específico. 
- Primeira causa no mundo de hipotireoidismo. 
- Sexo feminino. 
- 30 a 50 anos. 
- Predisposição genética. 
- Bócio com hipofunção da glândula tireoide (bócio somente presente no início da 
doença, depois inicia fibrose que retrai a glândula) → paciente com aumento da 
glândula, mas com hipofunção. 
OBS.: Quando identificar hipotiroidismo, procurar Hashimoto. 
 
PATOGENIA 
- Ligação de anticorpos anti-tireoidianos: 
✓ Anti-tiroglobulina. 
✓ Anti-peroxidases tireoidiana (anti-microsomal)  mais frequente 
✓ Anti-receptor TSH. 
São esses anticorpos que vão causar lesão. 
 
OBS.: Para se ter o diagnóstico da doença, precisa de, pelo menos, um desses 
anticorpos com a dosagem anormal. 
 
- Macroscopia: 
✓ Glândula bem demarcada. 
✓ Aumento de volume simétrico e difuso. 
✓ Consistência firme e elástico. 
✓ Capsula intacta. 
✓ Superfície lisa, carnosa (com início de fibrose: pálida, cinza, bege-acinzentada). 
✓ Acentuação das lobulações (indica evolução para fibrose). 
✓ Fibrose. 
 
 
 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
- Microscopia: 
✓ Substituição da arquitetura por: linfócitos, plasmócitos, macrófagos e 
imunoblastos. 
✓ Essa substituição forma centros germinativos/agregados linfoides. 
OBS.: Modificação das células: passam a ter citoplasma amplo (célula de Hurtle 
ou oncocitos). Essas células podem permitir a evolução de Hashimoto para 
câncer de tireoide. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Mulher de meia idade. 
- Começo (inflamação): 
✓ Aumento simétrico, assintomático da tireoide. 
✓ Discreto hipertireoidismo agudo. 
- Evolução-final (inflamação, fibrose): 
✓ Hipotireoidismo. 
- Outras doenças autoimunes. 
 
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO 
 
- Doença inflamatório crônica, multissitêmica (várias formas de acontecer e em 
diferentes órgãos), de causa desconhecida e de natureza autoimune. 
- Manifestações clínicas polimórficas/espectro clínico vasto. 
- Recidivas/exacerbações e remissões. 
- Etiologia não esclarecida. 
- De caráter multifatorial. 
- Predisposição genética: mulheres jovens, fase reprodutiva. 
- Predomínio da raça negra. 
- Curso clínico usualmente é agravado por fatores físicos, químicos e biológicos. 
- Lúpus agrava as manifestações clínicas de pacientes já doentes. 
- Fatores que deixam os pacientes predisponentes ao quadro de recidiva ou 
agravamento do quadro da doença: 
✓ Luz solar (UV). 
✓ Tabagismo. 
✓ Medicamentos. 
✓ Deficiência de vitamina D. 
✓ Hormônios: estrógeno. 
✓ Substâncias químicas. 
✓ Agentes biológicos/infecciosos. 
✓ Puberdade, gestação, puerpério. 
✓ Estresse cirúrgico. 
✓ Estado nutricional (exemplo. consumo de carne vermelha). 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
- Os imunocomplexos se depositam em 4 órgãos alvos: rim, vasos sanguíneos, serosas e 
articulações. 
- Quadros mais frequentes desenvolvidos em detrimento do LES: nefropatia, 
glomeurolopatia, atrite, vasculites, derrames pleurais (cerocistes). 
 
COMPLICAÇÕES (depende de) 
- Idade do paciente. 
OBS.: Quanto mais jovem, maior chance de evolução da doença. 
- Momento do diagnóstico. 
- Tempo de evolução da doença. 
- Órgãos e sistema acometidos. 
- Grau de acometimento. 
- Tratamento (precoce, tardio, sem tratamento). 
- Imunossupressão pelo tratamento. 
OBS.: Tratamento deve ser precoce para o dano residual ser o menor possível. 
 
DIAGNÓSTICO 
- Diagnostico baseado no colégio americano de reumatologia. 
- Individuo necessita apresentar 4 ou mais critérios doa 11 para diagnosticas lúpus. 
 
I) CRITÉRIOS 1: DERMATOLÓGICOS (pele, couro cabeludo e mucosas) 
OBS.: Pode ter todos os critérios dermatológicas, mas se interpreta como somente um. 
- Eritema malar (asa de borboleta). 
✓ Area específica vermelha. 
✓ Mancha plana ou com pequenas escamas. 
✓ Bem vermelho: em alta/franca atividade. 
✓ Menos vermelho: melhorando. 
OBS.: Lesões discoides – rash cutânea cicatrizado (lúpus discoides). 
 
- Rash (lembra sífilis secundária), urticaria em extremidade e tronco. 
✓ RASH = irritação da pele. 
 
- Bolhas/vesículas. 
 
- Úlceras (principalmente na mucosa nasal e oral). 
 
- Alopecia. 
- Aspectos microscópicos: 
✓ Toda derme da região comprometida repleta por células inflamatórias, 
principalmente neutrófilos. 
✓ Derme substituída por colágeno e células inflamatórias mononuclear. 
✓ Banda lúpica: deposito de imunocomplexos, C3 (membrana basal entre 
epiderme e derme). Essa banda serve para diagnosticar comprometimento de 
rim por biopsia de pele. Serve para demostrar comprometimento de rim, caso 
não tenha como realizar biopsia de rim no momento. 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
II) CRITÉRIO 2: ACOMETIMENTO ARTICULAR 
- Paciente tem acometimento articular, mas não tem destruição da articulação (artrite 
lúdica de Jaccoud). 
OBS.: Artrite é inflamação de articulação, artrose é degeneração articular por um dano 
mantido durante anos. 
 
III) CRITERIO 3: SEROSITES 
- Derrame pericárdico. 
- Derrame pleural. 
- Ascite. 
 
IV) CRITÉRIO 4: ACOMETIMENTO DO RIM – NEFRITE LÚPICA (forma mais grave) 
- Manifestação mais grave associada ao anticorpo anticitoplasma de neutrófilo (ANCA). 
- Principal causa de óbito e complicações do LES. 
- Biopsia: imunocomplexos IgG, IgA, IgM E C1q e C3. 
OBS.: C1 é o único marcador de biopsia que da certeza de nefrite lúpica (ausência de 
C1q na imunofluorescência renal → não é lúpus eritematoso sistêmico). 
 
V) CRITERIO 5: ANTICORPOS 
- Antinuclear, anti-DNA, ANTI-Ro, anti-LA, anti-RNP, anti-sm, fator reumatoide, IgG, IgM 
e lúpus anticoagulante. 
- Antiplaquetas (plaquetopenia), anti-linfócitos (linfopenia), anti-endotélio (vasculite), 
anti-heparina-sulfato (membrana 
basal), anti-colágeno tipo IV (membrana basal). 
 
 
SINTOMAS E SINAIS MAIS COMUNS NOS PACIENTES COM LES 
- Artralgia (95%): dores articulares. 
- Febre sem presença de doença infecciosa (em torno de 37 oC). 
- Artrite. 
- Manchas de pele (lesões cutâneas: rash cutâneo, úlceras etc.). 
- Anemia. 
- Disfunção renal. 
- Dores torácicas. (serosite). 
- Eritema“asa de borboleta”. 
 
 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO-LABORATORIAL 
- Anamnese, exame clínico. 
- Hemograma completo: anemia, plaquetopenia, leucopenia, linfopenia. 
- Sedimento urinário (se der positivo, pesquisar nefrite lúpica). 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
- Autoanticorpos. 
- Fator antinuclear (FAN). 
- Se estiver na fase crônica → biopsia de pele, renal. 
OBS.: FAN pode dar falso positivo, por não ser específico (doenças autoimunes).

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