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REVISÃO QUESTÃO 1 (Unimontes 2012) Segundo Émile Durkheim (1858-1917), os costumes e as ideias existentes na sociedade não fomos nós, individualmente, que fizemos. São produtos da vida em comum e exprimem as necessidades sociais. São mesmo, na sua maior parte, obras de gerações passadas. Segundo as reflexões do autor sobre esse tema, marque a alternativa incorreta. a) Cada sociedade dispõe de certas regras, normas e leis que existem independentemente dos indivíduos e fazem com que a sociedade se perpetue. b) As leis e regras sociais existem fora da consciência individual, pairam como que acima de todos, formando uma consciência coletiva que a todos permeia. c) Os costumes e normas solidificam-se em instituições sociais e essas, por sua vez, são todas as crenças e comportamentos instituídos e essenciais para a coletividade. d) As transformações das regras e normas sociais ocorrem de forma dialética, em que o processo de mudanças é condicionado principalmente pela interação dos indivíduos na ação-reflexão-ação. QUESTÃO 2 Segundo Durkheim, o crime é um fato social presente em toda sociedade. Para o autor, nem todo crime é anômico, mas apenas aquele que corresponde a uma crise de coesão social. A partir do exposto acima, assinale a alternativa correta sobre o significado de anomia social em Durkheim. a) Ocorre quando há, nas sociedades modernas, com seus intensos processos de mudança, uma situação em que o conjunto de regras, valores e procedimentos são reconhecidos por todos os indivíduos, levando ao desenvolvimento da sociedade. b) Conceito que descreve os sentimentos de falta de objetivos e de desespero provocados pelo processo de mudanças do mundo moderno, os quais resultam na perda da influência das normas sociais sobre o comportamento individual. c) Conceito que descreve a ocorrência, nas sociedades modernas, com seus intensos processos de mudança, de um estado de complementaridade e interdependência entre os indivíduos, o que leva a uma menor divisão do trabalho social e ao fortalecimento das instituições sociais. d) Ocorre quando os sentimentos de falta de objetivos e de desespero provocados pelo processo de mudanças do mundo moderno resultam no fortalecimento da coesão social e da influência das normas sociais sobre o comportamento individual. FATOS SOCIAIS ■ Durkheim definiu os fatos sociais como "as maneiras de pensar, agir e sentir, exteriores ao indivi ́duo, dotados de um poder de coerça ̃o em virtude do qual se lhe opõem". ■ O fato social, portanto, diz respeito a tudo que é geral, que independe das manifestações individuais e que obrigam, impelem os indivíduos a pensar, agir e até sentir de um determinado modo e/ou os impedem de outro. ■ Dito de outra forma, os nossos pensamentos, opiniões, nossas ações e até os nossos sentimentos sa ̃o determinados pela sociedade a qual pertencemos. ANOMIA SOCIAL ■ Anomia social, o desregramento, à falta ou ao esgarçamento do tecido das sociedades organizadas. ■ Se a divisão forc ̧ada do trabalho pode ser definida como sendo aquela encontrada nas sociedades não-modernas, a divisão anômica caracteriza o mundo moderno, suas crises industriais, seu trabalho conti ́nuo e monótono. ■ Neste mundo moderno, as relac ̧ões do capital e do trabalho encontram-se em "estado de indeterminac ̧ão juri ́dica" e, portanto, a divisão do trabalho social não poderá produzir solidariedade. ■ Segundo Durkheim, é a falta de um ideal moral que permitirá o aviltamento da natureza humana em tarefas industriais que reduzem o homem ao papel de máquina. ■ E ́ reduzir o homem às suas func ̧ões econômicas que irá impedir não apenas seu aperfeic ̧oamento individual, mas que provocará o esgotamento da própria fonte da vida social. QUESTÃO 3 Considere as duas afirmativas a seguir: 1) Os sociólogos concentram seus estudos nas macrovariáveis; 2) A psicologia social concentrou seus estudos nas microvariáveis. Podemos dizer que macrovariáveis e microvariáveis correspondem a qual exemplo de estudo citado a seguir, respectivamente: a) Estrutura social e identidade b) Identidade grupal e migrações c) Estruturas sociais e migrações d) Identidade grupal e influência e) Influência e estruturas sociais QUESTÃO 4 De acordo com Durkheim, a consciência coletiva é responsável pela integração entre os membros da sociedade e encontra-se materializada nas instituições sociais, que são a base da sociedade. Sobre a relação indivíduo-sociedade em Durkheim, assinale a alternativa que apresenta a informação correta. a) Para Durkheim o indivíduo, agindo em coletividade, possui força motriz para transformar as instituições sociais. b) Durkheim acredita que a análise da relação indivíduo-instituições é capaz de desvendar o conceito que ele cunhou de ação social. c) Segundo Durkheim, a luta de classes é o motor da história, expondo as fragilidades institucionais perante a união dos indivíduos. d) Para Durkheim, a sociedade é anterior ao indivíduo e estará vigente após a morte deste, sendo, portanto, pouco influenciável pela ação dos indivíduos. e) Durkheim acredita que a sociedade paira sobre o indivíduo, motivo pelo qual a ação coletiva consegue transformar as instituições. • Entre os estudiosos que se preocuparam em analisar a relação dos indivíduos com a sociedade, destacam-se Émile Durkheim, Karl Marx,, Max Weber, Pierre Bourdieu e Norbert Elias. INTRODUÇÃO • A sociedade pode ser compreendida como um atributo basilar inerente ao ser humano, como uma predisposição genética de sua natureza à vida social. • Embora tal afirmativa seja bastante comum no pensamento social, diversos estudiosos defendem que a sociedade não é uma característica exclusivamente humana, tendo em vista a existência de diferentes organizações sociais nas mais diversas formas de organização da vida. INTRODUÇÃO • Entretanto, e ́ comum a concepção de que o ser humano e ́ a única espécie animal que por meio de suas relações produz o que historicamente denominou-se de cultura. • Nesse aspecto, a sociedade e ́ um produto unicamente humano, tendo em vista que nenhum outro ser se constitui a partir da produção e do acúmulo de conhecimento. • Pode-se dizer que a cultura e ́ elemento primordial para essa concepção de sociedade e, por conseguinte, para o entendimento do que se constituiu, no âmbito das ciências humanas, sobre a espécie humana. INTRODUÇÃO • Entretanto, e ́ comum a concepção de que o ser humano e ́ a única espécie animal que por meio de suas relações produz o que historicamente denominou-se de cultura. • Nesse aspecto, a sociedade e ́ um produto unicamente humano, tendo em vista que nenhum outro ser se constitui a partir da produção e do acúmulo de conhecimento. • Pode-se dizer que a cultura e ́ elemento primordial para essa concepção de sociedade e, por conseguinte, para o entendimento do que se constituiu, no âmbito das ciências humanas, sobre a espécie humana. KARL MARX • Karl Marx, os indivíduos e as classes sociais. Para o teórico alemão os indivíduos devem ser analisados de acordo com o contexto das situações sociais, já que produzem as condições de sua existência em grupo. • Segundo Marx, a relação entre um empresário e um empregado não é apenas entre indivíduos, mas também entre classes sociais. • As condições que permitem esse relacionamento são definidas pela luta que se estabelece entre as classes, com a intervenção do Estado. KARL MARX • De acordo com Marx, as pessoas constroem sua história, mas não da maneira que querem, pois os fatos são condicionados por situações anteriores. • Para Marx, só é possível entender as relações sociais dos indivíduos com base: nos antagonismos; nas contradições; complementaridade entre as classes sociais. • De acordo com Marx, a chave para compreender a vida social contemporânea está na luta de classes, que se desenvolve à medida que homens e mulheres procuram satisfazer suas necessidades, “oriundas do estômago ou da fantasia”. ÉMILE DURKHEIM • Émile Durkheim, as instituições e o indivíduo.Para o pensador francês, a sociedade sempre prevalece sobre o indivíduo, dispondo de certas regras, normas, costumes e leis que formam uma consciência coletiva. • A família, a escola, o sistema judiciário e o Estado são exemplos de instituições que congregam os elementos essenciais da sociedade, dando-lhe sustentação e permanência. ÉMILE DURKHEIM • Condicionado e controlado pelas instituições, cada membro de uma sociedade sabe como deve agir para não desestabilizar a vida comunitária. Sabe também que, se não agir da forma estabelecida, será repreendido ou punido, dependendo da falta cometida. • Segundo Durkheim, o processo de socialização dissemina as normas e valores gerais da sociedade e assegura a difusão de ideias que formam um conjunto homogêneo, para que a comunidade permaneça integrada e se perpetue no tempo. MAX WEBER • O conceito básico para Weber é o de ação social, entendido como o ato de alguém se comunicar, se relacionar, tendo alguma expectativa sobre as ações dos outros. O termo “outros” pode significar tanto um indivíduo como vários, indeterminados e até desconhecidos. • Ao analisar o modo como as pessoas agem e levando em conta a maneira como orientam suas ações, Max Weber agrupou as ações individuais em quatro grandes tipos: • tradicional; • Afetiva; • racional com relação a valores; • racional com relação a fins. MAX WEBER • Para o sociólogo, as normas, os costumes e as regras sociais estão internalizadas nos indivíduos, que escolhem condutas e comportamentos dependendo de cada situação. NORBERT ELIAS E PIERRE BORDIEU • Segundo o alemão Norbert Elias é somente nas relações e por meio delas que “os indivíduos podem possuir características humanas, como falar, pensar e amar”. • Só é possível trabalhar, estudar e divertir-se em uma sociedade que tenha história, cultura e educação, e não isoladamente. O conceito de configuração • No grupo social não há separação entre indivíduo e sociedade. Tudo deve ser entendido de acordo com o contexto; caso contrário, perde- se a dinâmica da realidade e o poder de entendimento. NORBERT ELIAS E PIERRE BORDIEU • Para superar a dicotomia entre indivíduo e sociedade, Elias formulou o conceito de configuração, que pode ser aplicado a pequenos grupos ou a sociedades inteiras, constituídas de pessoas que se relacionam. • Para realçar a interdependência entre as pessoas, Elias utiliza a expressão sociedade dos indivíduos, que destaca a unidade, e não a divisão. NORBERT ELIAS E PIERRE BORDIEU • O francês Pierre Bourdieu destaca a articulação entre as condições de existência do indivíduo e suas formas de ação e percepção, dentro ou fora dos grupos. Ele retoma o conceito de habitus, formulado por Elias. O conceito de habitus • Para Elias, habitus é um saber incorporado à vida em sociedade. • Para Bourdieu, é a relação entre as práticas cotidianas – a vida concreta dos indivíduos – e as condições de classe de determinada sociedade. NORBERT ELIAS E PIERRE BORDIEU • O indivíduo constrói um habitus próprio à medida que se relaciona com pessoas de outros universos; os conceitos e valores dos indivíduos têm uma relação com o lugar que ocupam na sociedade; não há igualdade de posições, pois se vive numa sociedade desigual. EXERCÍCIO (UEL 2003) Um jovem que havia ingressado recentemente na universidade foi convidado para uma festa de recepção de calouros. No convite distribuído pelos veteranos não havia informação sobre o traje apropriado para a festa. O calouro, imaginando que a festa seria formal, compareceu vestido com traje social. Ao entrar na festa, em que todos estavam trajando roupas esportivas, causou estranheza, provocando risos, cochichos com comentários maldosos, olhares de espanto e de admiração. O calouro não estava vestido de acordo com o grupo e sentiu as represálias sobre o seu comportamento. As regras que regem o comportamento e as maneiras de se conduzir em sociedade podem ser denominadas, segundo Émile Durkheim (1858- 1917), como fato social. QUESTÃO 5 A sociedade para Karl Marx é dividida entre aqueles que detém o meio de produção (burgueses) e aqueles que vendem sua mão de obra para garantir a subsistência (proletariado). Outra forma de enxergar tal distinção é utilizar a denominação dominantes e dominados. Assinale a alternativa que corresponda aos condicionantes fundamentais para a vida em sociedade, segundo Marx. a) Coesão social b) Anomia c) Conflitos d) Relativismo e) Etnocentrismo CULTURA ■ É o conjunto de características humanas que não são inatas, e que se criam e se preservam ou aprimoram através da comunicação e cooperação entre indivíduos em sociedade. Como ações sociais seguem um padrão determinado no espaço. ■ Compreendem as crenças, valores, instituições, regras morais que permeiam e identificam uma sociedade. Explicam e dá sentido à cosmologia social. E ́ a identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período. [HOLLANDA, Aure ́lio Buarque de) CULTURA ■Simboliza tudo o que é aprendido e partilhado pelos indivíduos de um determinado grupo e que lhe confere uma identidade dentro do grupo a que pertence. CULTURA ■ É um conjunto complexo dos códigos e padrões que regulam a ação humana individual e coletiva. ■ Não existindo culturas superiores, nem inferiores pois a cultura é relativa, designando-se em sociologia por relativismo cultural ou seja apesar de existir entre muitas sociedades traços culturais comuns há valores e normas diferentes que lhes confere padrões culturais distintos. CULTURA ■ Para o sociólogo alemão Heinz Sonntag (1998), o processo de globalização da economia tem favorecido ainda mais a concentração de riquezas, ampliando a distância entre ricos e pobres, seja em termos de pessoas ou sociedades. ■ Vivemos em um mundo de muitos contrastes. De um lado podemos ver realidades cada vez mais homogenias desfrutadas por grupos restritos de pessoas, os incluídos e por outro percebemos um mundo cheio de contrastes, os excluídos. CULTURA ■O geógrafo Milton Santos fez observações contundentes a respeito do processo de globalização que acentuou os contrastes sociais por todo o mundo: CULTURA ■ A fome deixa de ser um fato isolado ou ocasional e passa a ser um dado generalizado e permanente. Ela atinge 800 milhões de pessoas espalhadas por todos os continentes. Quando os progressos da medicina e da informação deviam autorizar uma redução substancial dos problemas de saúde, sabemos que 14 milhões de pessoas morrem todos os dias, antes do quinto ano de vida. Dois milhões de pessoas sobrevivem sem água potável. (...) O fenômeno dos sem-teto, curiosidade na primeira metade do século XX, hoje é um fato banal, presente em todas as grandes cidades do mundo. O desemprego é algo tornado comum. (...) A pobreza também aumenta. No fim do século XX havia mais 600 milhões de pobres do que em 1960; e 1,4 bilhões de pessoas menos de um dólar por dia. (...) O fato, porém, é que a pobreza, tanto quanto o desemprego, são considerados como algo ‘natural’, inerente a seu próprio processo. Junto ao desemprego e a pobreza absoluta, registre-se o empobrecimento relativo de camadas cada vez maiores graças a ̀ deterioração do valor do trabalho. (SANTOS, 2000) CULTURA ■ A globalização segundo, Giddens (1990), implica em um movimento de distanciamento da ideia sociológica clássica da sociedade como um sistema e sua substituição por uma perspectiva que se concentra na forma de como a vida social esta ́ ordenada no tempo e o espaço. Como resultados dessas novas características temporais e espaciais podemos observar três possíveis consequências sobre as identidades culturais, na visão de Stuart Hall (1998): ■ - As identidades nacionais estão se desintegrando como resultados do crescimento da homogeneização cultural e do pós-moderno global; ■ - as identidades nacionais e outras identidades locais ou particularistas estão sendo reforçada pela resistência a globalização; ■ - as identidades nacionais estão em declínio, mas novas identidades híbridasestão tomando o seu lugar. ETNOCENTRISMO Ø Cada qual denomina de bárbaro o costume que não pratica na própria terra. (Michel de Montaigne) ETNOCENTRISMO ■ É a exclusão daqueles que não partilham da concepção de humanidade própria do grupo: os “outros”, os “diferentes” por aspecto físico, linguagem, lugar de procedência crenças etc. ■ Está aqui a origem do Etnocentrismo, presente mesmo com intensidade diferente em todas as culturas, que distingue o “bárbaro”, o “selvagem” do “civilizado”, o “fiel” do “infiel,” o “letrado” do “analfabeto”, dificultando a convivência e a compreensão entre os grupos culturais e marginalizando o “outro” por meio do desprezo, do ridículo. ETNOCENTRISMO ■ A reação etnocêntrica pode ser percebida na denominação que certos grupos atribuem a si mesmos: ex. os Xavantes “Auwe ̂ Uptabi” = Homens Verdadeiros, excluindo então todos os outros. ■ Existem ate ́ etnocentrismos alimentares: temos, assim, os Inuit = “Homens,” etiquetados pelos vizinhos Algonquinos “Esquimos” = comedores de carne crua; os “Macarroni”, os “Kartoffeln” = comedores de batatas, os comedores de cachorro; os que não comem vaca porque animal sagrado; os que não comem porco porque imundo; etc. ETNOCENTRISMO ■ O etnocentrismo bloqueia a compreensão do outro e torna difícil ou impossível a convivência no mesmo território como acontece na sua forma mais exasperada, o racismo. ■ Disso deriva uma dupla forma de comportamento, uma dupla moral: uma aplicada ao próprio grupo, a outra ao “outro”. ■ O contato pode desembocar em guerra aberta na base da qual são sempre exacerbados a ideia e os valores da identidade: raça, religião, nacionalidade, língua, etc. que estabelecem uma antítese entre a própria “humanidade” e a ausência de “humanidade” dos outros, dos inimigos. ETNOCENTRISMO ■ Um dos aspectos mais comuns do etnocentrismo é o patriotismo, sempre invocado para afirmar a própria superioridade, a própria humanidade e a desumanidade dos outros. ■ Etnocentrismo e patriotismo sempre alimentaram e ainda hoje alimentam guerras, genocídios, terrorismo, etc. A base esta ́ na convicção da superioridade de “nós” e a inferioridade e falta de humanidade dos “outros”. Mesmo sendo biologicamente homens, não são considerados membros da espécie. As representações culturais que cada grupo faz de si mesmo excluem da categoria de humanidade os que não compartilham a cor da pele, a língua, a historia, os costumes, a religião. ETNOCENTRISMO ■ Isso tudo e ́ fruto do processo cultural de “humanização” que impõe os traços culturais do grupo social de origem, excluindo os que não compartilham desses mesmos traços. Infelizmente, no processo de humanização cultural, esquece-se de que as diferenças raciais e culturais são meramente superficiais e podem ser superadas evidenciando as semelhanças que tem sua origem na unidade da espécie, na igualdade dos processos psíquicos e na idêntica capacidade de abstração. Infelizmente os grupos humanos têm escassa disposição a estender aos outros a própria “humanidade”. ETNOCENTRISMO ■ Isso tudo e ́ fruto do processo cultural de “humanização” que impõe os traços culturais do grupo social de origem, excluindo os que não compartilham desses mesmos traços. ETNOCENTRISMO ■ Infelizmente, no processo de humanização cultural, esquece-se de que as diferenças raciais e culturais são meramente superficiais e podem ser superadas evidenciando as semelhanças que tem sua origem na unidade da espécie, na igualdade dos processos psíquicos e na idêntica capacidade de abstração. Infelizmente os grupos humanos têm escassa disposição a estender aos outros a própria “humanidade”. ETNOCENTRISMO ■ O fenômeno tipicamente moderno da constituição de sociedades multiétnicas, no seio das modernas sociedades industriais europeias e americanas, não tem melhorado a relação entre as diferentes etnias. ■ Existe, no fundo, incompreensão e, frequentemente, aberta hostilidade favorecidas e facilitadas pela dificuldade de integração de grupos depositários de culturas “diferentes” e, por isso, alheias ao conceito de “humanidade” própria da sociedade na qual estão inseridas. ■ A incompreensão e a hostilidade são mais evidentes quando um dos parceiros se considera “povo eleito”, fechando, assim, toda e qualquer possibilidade de dialogo em consequência de uma exacerbação etnocêntrica que não aceita compromissos. RELATIVISMO CULTURAL ■ Visto que todas as culturas constroem, ao mesmo tempo, “humanidade” e “desumanidade”, podemos aceita ́-las sem uma analise critica? Aceitando-as cairíamos no Relativismo Cultural, que, baseando na premissa da igualdade de todas as culturas, e, portanto, justificando atitudes, costumes, instituições que delas derivam, recusa toda e qualquer análise crítica baseada em julgamento de valor, de moralidade. Aceitando acriticamente o relativismo cultural, aceitaríamos a morte por apedrejamento da mulher adultera, a mutilação dos culpados por roubo, as mutilações genitais masculinas e femininas, os campos de extermínio, o apartheid, etc. O relativismo cultural tem um limite: o respeito e a tutela da natureza humana, e, portanto, da “humanidade” a ela inerente. RELATIVISMO CULTURAL ETNOCENTRISMO RELATIVISMO Visão centrada ou egocêntrica de uma cultura em relação às outras; avalia as outras culturas a partir de si própria, dos seus valores e padrões de comportamento .Aceita e respeita a diversidade cultural; cada cultura só pode ser avaliada a partir de dentro, isto é, dos seus valores, ideias e padrões de comportamento Promove a assimilação Promove a separação As culturas dominantes tendem a impor os seus valores e modelos de comportamento às culturas minoritárias Possíveis consequências: Racismo, xenofobia, patriotismo ou nacionalismos exagerados Há diferentes culturas que se toleram, mas que vivem de costas voltadas, sem contato entre si, e que tendem a separar-se ou a isolar-se. Possíveis consequências: Podem ocorrer fenômenos de segregação – os guetos são um exemplo. IDENTIDADE CULTURAL ■ É aquela marca característica de um grupo social que partilha um ideal, valores, costumes e comportamentos formados ao longo da história ■ Estilos de vida diferentes; ■ Construção de estereótipos. IDENTIDADE CULTURAL ■ É um conjunto de elementos que fazem com que um povo se reconheça enquanto um agrupamento cultural que se distingue dos outros. ■ O padrão cultural é importante, pois permite entender as identidades culturais. ■ Língua, religião, artes, música e culinária. QUESTÃO 6 A palavra “cultura” é um dos termos mais “líquidos” e importantes nos estudos em Ciências Humanas. A etimologia da palavra vem do latim culturae, e significa “ato de plantar e cultivar”. Considerando as informações apresentadas, podemos afirmar que cultura é: a) tudo aquilo que é produzido pelo indivíduo durante sua passagem pela sociedade. b) o amálgama social, pois é através da cultura que há união incondicional dos seres humanos. c) o conjunto de ações que plantamos e que nos iguala aos animais. d) aquilo que distingue e hierarquiza as sociedades, classificando-as em mais ou menos evoluídas. e) um complexo conjunto de hábitos, crenças, leis, normas e regras compartilhados por determinado grupo social. QUESTÃO 7 Apesar de contribuir sobremaneira na definição da palavra, Tylor não é um autor muito utilizado, pois acreditava na evolução progressiva da cultura, sendo adepto da escola evolucionista. Esta escola acreditava que as sociedades primitivas deveriam se desenvolver até chegarem às sociedades de cultura mais avançada. Propunham, assim, que haveria uma hierarquia cultural, distinguindo culturas superiores e inferiores. Este pensamento hierarquizante dará origem ao que conhecemos como etnocentrismo. Considerando as informações apresentadas, podemos considerar que o etnocentrismo pode ser definido como uma: a) visão do mundo característica de quem considera o seu grupo étnico, nação ou nacionalidade socialmente mais importante do que os demais. b) corrente de pensamento queimpõe a supremacia intelectual de um grupo sob o restante da população de um mesmo país. c) visão de mundo característica de quem considera a igualdade entre todas as culturas. d) teoria antropológica que prega a hierarquização social, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento das sociedades inferiores. e) corrente de pensamento que acredita na necessidade de considerar as diversidades humanas como positivas e respeitáveis. QUESTÃO 9 O processo de socialização é continuo durante toda a nossa vida. A formação do indivíduo tem início no nascimento, porém não tem fim na vida adulta. Nenhum de nós nasce conhecendo a cultura em que viverá, assim todo o processo de como ser em sociedade é um aprendizado. Assim, chamamos de socialização o processo de aprendizado pelo qual os indivíduos passam ao longo da vida para aprender a viver em sociedade. Nesse processo a coletividade é fundamental. Em meio as informações apresentadas, qual é o papel da coletividade no processo de socialização do indivíduo? a) A coletividade pouco contribui para a formação do indivíduo pois as principais características de cada um são inatas. b) O papel da coletividade é pequeno, se comparado ao papel social exercido pela família. c) A coletividade é fundamental pois os indivíduos se moldam mutuamente. d) O papel da coletividade é superestimado pela psicologia. e) O papel do indivíduo é superestimado pela psicologia, em detrimento da coletividade. QUESTÃO 10 O conceito de identidade, construído pela psicologia, é fundamental na sociedade moderna e segue até os dias de hoje debatido por todos os grandes psicólogos. A identidade é também discutida em análises de problemas sociais. Considerando as informações apresentadas, podemos afirmar que identidade é: a) algo imutável, mesmo os indivíduos estando em constante processo de socialização. b) um processo isolado das ações sociais, sendo individualizado e não dependente das relações sociais. c) um processo datado, iniciando no nascimento e tendo fim na adolescência. d) um processo longo, em permanente mutação, através do qual a socialização contribui para que o indivíduo se reconhece como tal. e) algo mutável, mas que cessa após a segunda fase do processo de socialização.
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