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Teoria das nulidades do negócio jurídico- nulidade e anulabilidade

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Teoria das 
nulidades do 
negócio jurídico 
(Art. 166 a 184) 
Livro III, da parte geral, os fatos jurídicos 
 
Lembrando que: 
Negócio jurídico é uma modalidade de fatos 
jurídicos 
 
Validade é um dos planos dos fatos jurídicos 
Validade é o plano formal 
Dizer que ele é invalido, é dizer que ele não tem 
os requisitos da lei 
Se ele é invalido, significa que ele não tem 
autorização para ter efeitos jurídicos, portanto, 
para ser eficaz 
Invalidade seria espécie de sanção jurídica ao 
negócio jurídico realizado com vício 
 
Espécies de invalidade 
Nulidade absoluta (ou nulidade): vício grave, 
é de interesse social. Pode ser alegada por 
qualquer pessoa ou pelo MP, ou pelo juiz. Não 
pode ser sanada. Inválido desde a origem e pra 
sempre. Efeito ex nunc: negócio passa a ser 
inválido apenas a partir do trânsito em julgado da 
sentença. Efeito não retroativo. Erga Omnes: tem 
efeito contra todos 
 
Nulidade relativa (ou anulabilidade): vício 
mais leve, de interesse individual. Efeito ex tunc: 
inválido desde a origem, eventual produção de 
efeitos deve ser desfeita. Efeito retroativo. Inter 
partes: efeito apenas entra as partes. Pode ser 
sanado pelo juiz. São os vícios de consentimento 
 
Análise dos artigos 
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; 
(situação do art. 104) 
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu 
objeto; (situação do art. 104) 
III - o motivo determinante, comum a ambas as 
partes, for ilícito; 
IV - não revestir a forma prescrita em lei; (situação 
do art. 104) 
V - for preterida alguma solenidade que a lei 
considere essencial para a sua validade; 
(preterida: ignorada) 
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; 
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-
lhe a prática, sem cominar sanção. 
 
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas 
subsistirá o que se dissimulou, se válido for na 
substância e na forma. 
§ 1 o Haverá simulação nos negócios jurídicos 
quando: 
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a 
pessoas diversas daquelas às quais realmente se 
conferem, ou transmitem; 
II - contiverem declaração, confissão, condição ou 
cláusula não verdadeira; 
III - os instrumentos particulares forem 
antedatados, ou pós-datados. 
§ 2 o Ressalvam-se os direitos de terceiros de 
boa-fé em face dos contraentes do negócio 
jurídico simulado. 
Acontece quando duas ou mais pessoas, 
mediante previa combinação, celebram negocio 
jurídico, com objetivo de prejudicar terceiros, a lei 
ou o fisco. 
Ex: em processo de divórcio, marido passa seus 
bens para um amigo, para diminuir sua 
participação da partilha de bens. Esse caso é de 
simulação absoluta 
 
Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes 
podem ser alegadas por qualquer interessado, ou 
pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir. 
Parágrafo único. As nulidades devem ser 
pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do 
negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar 
provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda 
que a requerimento das partes. *Pode ser 
pronunciada de ofício por juiz 
 
Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de 
julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; 
só os interessados a podem alegar, e aproveita 
exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso 
de solidariedade ou indivisibilidade. 
Efeito ex nunc: negócio passa a ser inválido 
apenas a partir do trânsito em julgado da 
sentença. Efeito não retroativo 
Efeito ex tunc: inválido desde a origem, eventual 
produção de efeitos deve ser desfeita. Efeito 
retroativo 
 
Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível 
de confirmação, nem convalesce pelo decurso do 
tempo. 
*não há prescrição do direito de reclamar nulidade. 
A anulabilidade tem 
 
Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo 
contiver os requisitos de outro, subsistirá este 
quando o fim a que visavam as partes permitir 
supor que o teriam querido, se houvessem 
previsto a nulidade. 
 
Art. 171. Além dos casos expressamente 
declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: 
I - por incapacidade relativa do agente; *pode ser 
suprido, e possui prescrição 
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, 
estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. 
 
Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado 
pelas partes, salvo direito de terceiro. 
 
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência 
para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, 
contado: 
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar; 
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado 
de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o 
negócio jurídico; 
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar 
a incapacidade. 
 
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado 
ato é anulável, sem estabelecer prazo para 
pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a 
contar da data da conclusão do ato.

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