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LOGÍSTICA INTERNACIONAL FERNANDA PIMENTEL DA SILVA 2LOGÍSTICA INTERNACIONAL SUMÁRIO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFTEC Rua Gustavo Ramos Sehbe n.º 107. Caxias do Sul/ RS REITOR Claudino José Meneguzzi Júnior PRÓ-REITORA ACADÊMICA Débora Frizzo PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO Altair Ruzzarin DIRETORA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD) Lígia Futterleib Desenvolvido pela equipe de Criações para o ensino a distância (CREAD) Coordenadora e Designer Instrucional Sabrina Maciel Diagramação, Ilustração e Alteração de Imagem Jaqueline Boeira Revisora Luana dos Reis INTRODUÇÃO 3 LOGÍSTICA INTERNACIONAL CONCEITOS E VARIÁVEIS 4 Conceitos e contexto 4 Transporte 9 Unitização de Carga 27 Síntese 33 Exercícios propostos - Capítulo 01 34 TERRITÓRIO ADUANEIRO E ÁREAS ALFANDEGADAS - CONCLUÍDO 35 Conhecendo o território aduaneiro 35 Controle Aduaneiro de Veículos 37 Recintos Alfandegados 40 Serviços 42 Síntese 43 Exercícios propostos - Capítulo 02 44 PROCEDIMENTOS NAS MOVIMENTAÇÕES DE CARGA INTERNACIONAL 45 Operações 45 Síntese 66 Exercícios propostos - Capítulo 03 67 OPERAÇÕES DE CAMBIO E ENVOLVIMENTO COM O PROCESSO DE LOGÍSTICA INTERNACIONAL 68 Cambio e influencia na logística internacional 69 Desvalorização cambial 71 Valorização Cambial 71 Síntese 72 Exercícios propostos - Capítulo 04 73 GABARITO 74 REFERÊNCIAS 77 INTRODUÇÃO Cada vez mais as empresas buscam mercados distantes para assim garantir a sobrevivência no mundo dos negócios. Para isso, o comércio exterior tem aparecido com força para aquelas organizações que buscam além das fronteiras o fortalecimento de sua atuação e aumento da lu- cratividade. Quem trabalha nas operações de comércio exterior, afirma que “a maior vantagem da exportação é possibilitar o confronto com outras re- alidades, outros concorrentes, outras exigências.” Igualmente nas importações também ocorre não apenas a troca de mercadorias propriamente dita, mas a adaptação de procedimentos para viabilizar o intercâmbio comercial pretendido. Além da tradicional compra e venda de mercadorias realizadas entre empresas, verifica-se como fenômeno crescente no Brasil a compra através de meios eletrônicos. O e-commerce internacional exige mudanças nos procedimentos logísticos e de controle aduaneiro dado o volume das movimentações especialmente através de importações por remessas internacionais. Analisando este movimento empresarial global, é impossível deixar de evidenciar a importância da Logística, afinal não há como movimen- tar riquezas sem a interferência dela que conta com papel fundamental de facilitar e até mesmo viabilizar as operações. Neste cenário surge a relevância de nossa disciplina que tratara da ramificação da Logística que acompanha este movimento. Conhecida como Logística internacional, a área se preocupa em atender as demandas das operações de compra e venda de mercadorias com partes em diferentes locais do planeta. E para você que é estudante do curso de logística surge a oportunidade de conhecer uma área em expansão que oferece postos de trabalho. Então, vamos lá conhecer juntos um pouco mais sobre a Logística Internacional? 4LOGÍSTICA INTERNACIONAL LOGÍSTICA INTER- NACIONAL CON- CEITOS E VARIÁ- VEIS Para compreender esta área tão importante da Logística é fundamental explorar conceitos e variáveis. Conceitos e contexto A Logística nestes últimos anos veio passando por trans- formações significativas. Passou de um processo que somente tratava do transporte no abastecimento ou na distribuição para se transformar em uma área estratégica das empresas sendo responsável por suprimentos, produção e abastecimento. 5LOGÍSTICA INTERNACIONAL Com a globalização, há um número cada vez maior de compras e vendas de bens e serviços entre empresas que bus- cam a manter a sua competitividade. Com os olhos voltados para o mundo, o consumidor tem uma infinidade de produtos dos mais variados países, e para se realizar esta conexão com fornecedores e clientes é que a logística internacional entra em ação e se torna um tema recorrente nas empresas e nos órgãos governamentais. Conceituando o comércio internacional como sendo o conjunto de operações de compra e venda de bens e serviços entre as nações, a logística internacional vem na esteira desse processo, preenchendo as necessidades e se tornando cada vez mais importante tanto para as empresas quanto para as nações. Como bem sabemos, nenhum país no mundo é autossufi- ciente. Produzimos no Brasil alguns produtos que em outros países não são produzidos ou não produzidos o suficiente para atender a demanda de seu consumo interno, como por exemplo, soja, minério de ferro, açúcar, carne etc. Da mesma maneira que no Brasil não produzimos tudo o que consumimos, por isso, temos que recorrer a nossos parceiros internacionais para nos suprir e assim conseguirmos abastecer nosso mercado interno, como por exemplo, com máquinas e equipamentos que são importados de nossos parceiros comerciais como os Estados Unidos e a China, bem o trigo importado da Argentina etc. Com isso podemos ver que as variáveis envolvidas nas ope- rações internacionais são o importador, o exportador, o governo e suas estruturas aduaneiras, e agregando-se a isso, os bancos que realizam as operações de cambio e também financiam as operações de importação e exportação. “A logística é parte do gerenciamento da cadeia de abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenagem eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi- acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender as exigências dos clientes.” (Carvalho, 2002, p.31 in Silva, Luiz Augusto Tagliacollo. Logística no Comércio Internacional. 2. Ed. São Paulo: Aduaneiras, 2007.) 6LOGÍSTICA INTERNACIONAL Numa era em que as fronteiras estão cada vez mais próxi- mas, em que o volume de mercadorias em circulação no mundo cresce de maneira exponencial ano a ano, onde as informações correm o mundo em segundos, e temos acesso a qualquer no- ticia sobre qualquer coisa em qualquer lugar do mundo quase que instantaneamente em nossas mãos é sinal de que o mundo mudou e estamos em uma nova era. Lendo a definição de Logística de Carvalho vemos o quanto é importante, imprescindível e estratégico a logística para as organizações. Adicionando-se a isso o termo internacional, pois estamos em um mundo globalizado, onde nossos forne- cedores não estão mais em nossos bairros, cidades ou regiões, agora são fornecedores internacionais que temos que agregar várias variáveis para que nosso processo logístico funcione adequadamente. Fornecedores estes que temos, segundo Carvalho, que planejar, implementar e controlar o f luxo e armazenamento eficiente e econômico das matérias-primas, tendo que somar- -se a isso as variações internacionais como nos requisitos das negociações, lead time, modais de transporte, aspectos legais, tributários etc. Somando-se a isso estas mesmas variáveis para a distribuição dos produtos no mercado internacional, consi- derando que cada país pode ter um tratamento diferente para o mesmo produto, pois estamos negociando com diferentes mercados, em diferentes idiomas, sendo as vezes, nenhuma das partes sendo nativa do idioma da negociação, culturas diferen- tes, com consumidores diferentes, onde as documentações, as legislações e a tributação são distintas. Apesar de contarmos com uniformizações no comércio internacional a respeito da classificação fiscal, incoterms e uni- tização de cargas, que são tratados no momento da negociação e fechamento do negócio, é imprescindível a participação de um profissional de logística, com conhecimento em logística internacional para o assessoramento e orientação no momento da negociação. 7LOGÍSTICA INTERNACIONAL O Brasil está entre as dez maiores economias do mundo, mas continua ocupando posições de coadjuvante quando se trata de maiores exportadores mundiais. Considerandoque o mercado mundial está aberto para os produtos brasileiros, que nossas empresas podem buscar qualquer mercado, dentro de suas estratégias, para expandir internacionalmente suas atuações, podemos dizer que em contra partida, o mercado brasileiro está aberto para as empresas internacionais, desta maneira, criando um mercado interno cada vez mais competitivo. A logística internacional tem evoluído com o passar dos anos, mas podemos dizer é um conjunto de ações que visam planejar, implementar e controlar as ações externas das orga- nizações, buscando melhorar a sua relação com outros grupos e parceiros, tendo como objetivo principal torná-la mais efi- ciente e lucrativa, através da economia de tempo e dinheiro, e evitando transtornos que possam interferir em seus resultados. Podemos afirmar que os f luxos logísticos são a essência da atividade logística. A função principal do gestor de logís- tica é gerenciar os f luxos presentes na cadeia, para otimizar processos, reduzir tempo e custo, e ganhar competitividade. Apresentamos a seguir a figura dos f luxos logísticos apre- sentados por Rodrigues (1996). Estes f luxos podem variar de configuração dependendo do tamanho da empresa.O que é preciso entender na logística, é que quando inserimos a importação e ou exportação, ela se torna ainda mais difícil e problemática, exigindo uma série de observações e muito planejamento por parte das organizações. FORNECEDOR SUPR. PRODUÇ. DISTRIB. CLIENTE Fonte: Rodrigues(1996) in Silva, Luiz Augusto Tagliacollo. Logística no Comércio Internacional. 2. Ed. São Paulo: Aduaneiras, 2007. 8LOGÍSTICA INTERNACIONAL Podemos ver que mesmo tendo um excelente f luxo in- formativo, onde a informação vem do cliente (mercado) passa por todas as áreas da organização, sendo distribuída para as áreas pertinentes como distribuição, produção, suprimentos e chega até o fornecedor, e depois retorna ao mercado, f luindo de forma clara e rápida, não garante que o f luxo de material e f luxo financeiro o acompanhe, prejudicando, desta forma, a agilidade em todo o processo. O ideal é que os f luxos, infor- mativo, de material e financeiro, tenham harmonia entre si. O f luxo de informações é o que mais evoluiu nos últimos anos, pois com os avanços tecnológicos, a informação tornou-se poderosa ferramenta gerencial. Ela trouxe transparência, agi- lidade e confiabilidade para os clientes, possibilitando manter esse mesmo cliente informado sobre a situação do seu pedido, como por exemplo, dia e hora de embarque e acompanhamento do trajeto até o momento da entrega, chamado de tracking. Os importadores e exportadores conseguem acompanhar as suas mercadorias desde a origem até o destino final sabendo exatamente onde está, si está em processo de desembaraço aduaneiro de saída, em transbordo, em trânsito etc. O fluxo de material de uma cadeia de abastecimento inter- nacional é completamente diferente de um f luxo de material realizado no mercado doméstico. O transit time em uma ope- ração internacional facilmente pode atingir meses conforme o modal escolhido, por isso o gerenciamento de estoques é um dos grandes desafios dos gestores de logística, devido à partici- pação de diversos atores atuando nas operações de importação e exportação. A complexidade deste processo está muito relacionada ao transporte marítimo que tem papel de destaque nas operações de importação e exportação, onde o fator tempo é um agravante a gestão de estoques. “Nas operações internacionais, por apresentar um ciclo de atividades mais extenso em comparação com o mercado interno, gerenciar os estoques em trânsito, as projeções de vendas por países e fazer com que o produto chegue 9LOGÍSTICA INTERNACIONAL O fluxo financeiro tem um sentido inverso ao f luxo de material. Este é o que vem do cliente, passa pela empresa e vai até os fornecedores. Nesse sentido se faz necessário oti- mizar o f luxo de materiais, reduzindo intervalos, pois assim o f luxo financeiro será mais rápido. Pode-se assim dizer que o gerenciamento logístico eficiente, considerando os f luxos de informação, materiais e financeiro, pode equilibrar as finanças e melhorar a saúde financeira das organizações. Transporte O conhecimento dos vários meios de transporte, bem como os meios utilizados para as diferentes cargas, é fundamental para o planejamento, implementação e controle da adequada logística no comércio internacional. O desenvolvimento dos diversos tipos de transporte nos últimos anos está diretamente ligado ao avanço do comércio internacional. A busca por novas alternativas que visa à redução dos custos e a manutenção da competitividade das organiza- ções fazem com que as mesmas utilizem diferentes modos de transporte de acordo com suas necessidades de volume, custo, transit time, freqüência, disponibilidade etc. Todas estas esco- lhas devem ser levadas em conta na hora da escolha do modal, ou modais utilizados. Como cita Silva, Luiz A. T. (2007): “Naturalmente a elei- ção do modal a ser utilizado apresenta um forte apelo de custo, por isso, o cálculo dos custos diretos e indiretos bem como os serviços logísticos estão atrelados a uma simples escolha de transporte, que na verdade é uma tarefa minuciosa e complexa.” Há diversos meios de transporte, que se classificam quanto a sua modalidade: modal terrestre, modal aquaviário e modal aéreo. O modal terrestre se subdivide em transporte rodoviário, ao seu destino final na hora exata, torna a Logística Internacional uma ciência fundamental para atender as atuais exigências de competitividade das empresas.” (Silva, Luiz Augusto Tagliacollo. Logística no Comércio Internacional. p. 23. 2. Ed. São Paulo: Aduaneiras, 2007.) 10LOGÍSTICA INTERNACIONAL ferroviário e dutoviário. Já o modal aquaviário subdivide-se em transporte marítimo, lacustre e f luvial. E por fim o mo- dal aéreo. Abordaremos aqui os mais relevantes na logística internacional. Para um melhor entendimento, recomendamos analisar o grau de importância de cada modal de transporte. Para isso, devemos considerar as condições geográficas e o volume de trafego de cada país, importador ou exportador, a natureza das mercadorias transportadas e a estrutura de cobertura de cada modal. Transporte Rodoviário Este transporte é realizado em rodovias, podendo ser na- cional ou internacional. Não tem grande representatividade no comércio exterior brasileiro, pois nossos principais parceiros comerciais em termos de volume de mercadorias e em valores exportados estão a distâncias não atingidas por este meio. Apesar de ser recomendado para curtas e médias distâncias e para a movimentação de mercadorias de pequeno porte, o transporte rodoviário é muito utilizado com nossos parceiros da America do Sul. Com uma importância muito grande quando se trata dos parceiros comerciais limítrofes, como por exemplo: Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai e Bolívia. Mas também pode ser utilizado entre países que não possuem fronteira entre si, utilizando assim as rodovias de outro país ou outros países para chegar ao destino final, como por exemplo, cargas que saem do Brasil em direção ao Chile e que passam pela Argentina, e vice versa. Exemplo de transporte Rodoviário: 11LOGÍSTICA INTERNACIONAL É um transporte que possui uma maior f lexibilidade pois consegue atingir diferentes pontos sem que seja necessário uma infraestrutura complexa dos demais transportes. Outras vantagens são: • Rapidez na entrega para distâncias reduzidas; • Menor custo com embalagens; • Menor manuseio de carga, pois a mercadoria é entregue ao importador; • Permite conectar regiões remotas. Os principais veículos utilizados no Brasil para o transporte internacional de cargas são os reboques e semirreboques, mais conhecidos como carretas, que tem uma variedade de confi- gurações de eixos e carrocerias que são adequados a cada tipo de carga. Em menor número nas operações de importação e exportação, estão os caminhões quetambém tem suas variações de configurações de eixos e carrocerias adequados aos tipos de cargas como os semirreboques. Quando falamos em semirreboque entenda-se como sendo o conjunto caminhão trator, ou cavalo-mecânico tracionando um semirreboque ou reboque como mostrado nas figuras a seguir: Exemplo de transpor- te com semirreboque dois eixos (caminhão trator mais semirreboque) A configuração de veículos depende de país para país, pois o Brasil não tem a mesma regulamentação de pesos e medidas que seus parceiros comerciais e também as mesmas configura- ções de equipamentos. Os equipamentos que se usa no Brasil para o transporte não são os mesmos utilizados em todos os 12LOGÍSTICA INTERNACIONAL países para onde exportamos, em se tratando de exportações utilizando o transporte rodoviário, é claro. Tem alguns equi- pamentos que são similares e a que mais é comum em todos os países são os semirreboques três eixos puxados por cavalos mecânicos 4x2 ou 6x2/6x4. Os cavalos mecânicos 4x2 são os caminhões com dois eixos onde o eixo traseiro é o de tração. Exemplo de cami- nhão 4x2 Já a configuração 6x2 são os equipamentos com três eixos onde um dos eixos traseiros é o de tração. Outro modelo de caminhão é o reboque de 3 eixos, con- forme segue: Exemplo de caminhão 6x2/6x4 mais reboque 3 eixos Os equipamentos 6x4 são os equipamentos com três eixos onde os dois eixos traseiros são de tração. Estes equipamentos tem uma diferença técnica que alteram sua capacidade de carga, capacidade de tração de carga e capacidade de frenagem que deve estar de acordo com as legislações e regulamentações dos países pelo qual a carga vai passar. Estas diferenças de regulamentações, como por exemplo, peso bruto permitido, capacidade das pontes, limite máximo de altura etc. tendem a diminuir com a formação de blocos econômicos, entretanto, alguns impedimentos ainda inibem o desenvolvimento do comércio internacional através do trans- porte rodoviário. 13LOGÍSTICA INTERNACIONAL As desvantagens do transporte rodoviário é o seu elevado custo de transporte em longas distâncias. No caso do Brasil com os países limítrofes e países do pacifico há a desvantagem dos entraves burocráticos e a lentidão para o cruze de fronteira. Outras desvantagens podem ser: • Baixa capacidade de carga; • Valor do frete mais alto que outros modelos transportes; • Polui mais com relação à carga transportada. Transporte Ferroviário O transporte ferroviário é uma opção muito interessante no comércio entre países limítrofes, assim como o transporte rodoviário. É caracterizado pela movimentação de vagões de carga e passageiros, puxados por locomotivas, que devem obe- decer o traçado da ferrovia. As principais vantagens desse tipo de transporte são a sua alta capacidade de carga, superior ao alcançado no transporte rodoviário, combinado com um baixo custo do frete, assim sendo muito competitivo em operações de média e longa distâncias. Indicado principalmente para o transporte de produtos agrícolas, minérios, fertilizantes, de- rivados de petróleo ou mesmo contêineres. O transporte ferroviário possibilita a combinação de diversos tipos de cargas, como por exemplo, em uma mesma locomotiva, ou composição, pode ser transportado desde containeres, cargas a granel, cargas líquidas, carga seca, automóveis, caminhões e até mesmo passageiros. Exemplo de varias cargas em uma compo- sição 14LOGÍSTICA INTERNACIONAL Nos dias de hoje alguns trens chegam a transportar apro- ximadamente 12.000 toneladas de carga, dependendo das condições da ferrovia. As desvantagens desse modal de transporte são sua baixa f lexibilidade, pois como já falamos, tem que seguir a via fér- rea, a velocidade baixa do modal, sujeita a saques, e um dos maiores problemas na disseminação do transporte ferroviário nas operações internacionais, é a diferença bitolas dos trilhos (dos trucks) entre os países limítrofes. O que é bitola em uma ferrovia? É a largura determinada pela distância medida entre as faces interiores das cabeças de dois trilhos, como mostra a figura abaixo: Antigamente não se utilizava a mesma bitola nas linhas férreas para evitar invasões dos países vizinhos, então não havia uma preocupação em unificar as bitolas dos trilhos das vias férreas. Mesmo no Brasil, que tem dimensões continentais, onde passamos por muitos anos sem investir em nossas ferrovias, que temos uma malha ferroviária antiga temos que conviver diferenças de bitolas. Em alguns trechos chegamos a ter três trilhos, ou mais, sendo chamado de via com bitola mista, para poder suportar a demanda de carga para a infraestrutura exis- tente de locomotivas e vagões. Linha férrea bra- sileira com três trilhos 15LOGÍSTICA INTERNACIONAL Outro ponto contra ao desenvolvimento do modal fer- roviário no transporte internacional de cargas é essa falta de infraestrutura interna para que consigamos levar produtos dos grandes centros produtores de forma linear, sem ter que rea- lizar transbordo ou ter que realizar operações que encareçam o transporte. Tipos de Vagões Assim como acontece no transporte rodoviário, com vários modelos de caminhões e carretas para cada tipo de carga, no transporte ferroviário também temos uma variedade de vagões diferenciados para cada aplicação e capacidade de carga que pode variar de 25 a 100 TM (1TM = 4 m³). Dentre os modelos de vagões se destacam: • Plataforma plana; • Plataforma (com laterais e cabeceiras) com engates para contêineres; • Carga seca fechado; • Hopper; • Tanque; • Basculante; • Isotérmico; • Vagão para passageiros. Transporte Dutoviário O transporte dutoviário é realizado por dutovias, isto é, que se realiza utilizando dutos, tubos, que são os condutores 16LOGÍSTICA INTERNACIONAL previamente preparados para este tipo de transporte. As dutovias podem se dividir em: Gasodutos, Óleodutos e Minerodutos. Nos mais diferentes países, o modal dutoviário são base para o desenvolvimento da indústria e do país dos países. As dutovias são importante modal no transporte para petróleo, gás natural, álcool. As vantagens desse modal é sua capacidade de operação que pode ser considerada quase que ininterrupta no transporte de produtos, sendo de alta confiabilidade, reduzida possibilidade de avarias, reduzida possibilidade de perdas e pouco inf luen- ciada por fatores meteorológicos. Um dos vários exemplos que temos de dutovias é o gaso- duto internacional Bolívia-Brasil, que trás gás natural do país vizinho para suprir importante área da indústria brasileira, reduzindo os custos e com alta confiabilidade. Aqui na América do Sul há outros gasodutos internacionais que são da Bolívia para a Argentina e Argentina – Uruguai. No oriente médio é muito comum a utilização de oleodutos e gasodutos para levar óleo e gás, respectivamente desde suas bases de extração ou captação para as áreas de consumo ou áreas de distribuição, portos. Os minerodutos funcionam através da mistura do minério com água formando uma polpa, que assim pode ser transpor- tada por distâncias acima de 300 km. Para manter a pressão e o movimento de minério na tu- bulação, são necessárias a instalação de bombas e válvula. Os minerodutos podem transportar até 15 milhões de toneladas de produto por ano. 17LOGÍSTICA INTERNACIONAL Exemplo de Dutovia Transporte Marítimo O transporte marítimo é aquele que se realiza em mares e oceanos, sendo o meio de transporte responsável pela grande maioria das movimentações de carga relacionadas ao comér- cio internacional de mercadorias. Tem enorme relevância no comércio exterior brasileiro, sendo responsável por 90% do transporte de carga nas exportações e importações. Seu grau de importância cai com relação a trocas comerciais entre países limítrofes, bem como aqueles países que não tem saída para o mar, como é o caso dos países do conesul, Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai e Bolívia. O navio é veículo transportador nesse tipo de transportee pode se apresentar de diversos tipos, tamanhos e características como vamos ver mais adiante. A navegação nesse meio de transporte, considerando o transporte internacional de mercadorias, pode ser de dois tipos: longo curso e cabotagem. A navegação de longo curso é aquela realizada entre países distantes e ou continentes, como por exemplo, Santos/Hong Kong; Paranaguá/Lisboa; Rotterdam/New York etc. Entende-se por cabotagem internacional, a navegação realizada entre países próximos que tem a mesma costa, como por exemplo, Brasil e Uruguai, Chile e Peru. O transporte marítimo apresenta enorme capacidade de carga em relação a todos os outros modos de transporte, asso- ciado a isso, o baixo custo do frete, sendo estas as principais 18LOGÍSTICA INTERNACIONAL vantagens desse meio. Podemos citar como outras vantagens nesse modelo de transporte, como sendo: a f lexibilidade de cargas, navios que podem movimentar qualquer tipo de carga; a sua capacidade de continuidade; a capacidade de operar mesmo em condições climáticas desfavoráveis nas operações com cargas conteine- rizadas. As desvantagens ficam por conta da velocidade, da freqüên- cia e do custo de embalagem e acessibilidade a esse modelo de transporte. Considerando a velocidade, o transporte marítimo é o mais lento, o que prejudica os conceitos da cadeia de abastecimento alicerçado no Just in Time, e sendo uma das desvantagens desse meio de transporte. A infraestrutura requerida para o transporte marítimo muitas vezes está longe dos centros produtivos, isto quer dizer, que quase sempre haverá a necessidade de transbordos ou de outros modos de transporte, como no caso do Brasil, para se chegar aos portos, o que ocasiona mais custo nas operações logísticas. O custo do transporte marítimo tem a ver com rotas, as distâncias e localizações dos portos de origem e destino, a infraestrutura portuária conta muito e, além disso, as carac- terísticas dos produtos negociados. As embarcações no transporte marítimo se diferenciam quanto à operação, que podem ser: A. Navio Regular – navega obedecendo a uma rota prees- tabelecida e uma freqüência certa. B. Navio Outsider – navega obedecendo a uma rota pre- estabelecida, mas não observa a freqüência regular de 19LOGÍSTICA INTERNACIONAL atracação. C. Navio Tramp – não obedece a uma rota preestabelecida e nem observa uma freqüência regular de atracação. D. Navio Afretado – é o navio que assume o compromisso de transporte de carga para uma viagem específica. E. Navio Exclusivo – é o navio que realiza apenas a viagem destinada ao transporte de produtos de sua respectiva proprietária. Os navios têm evoluído muito nos últimos anos com a evolução do comércio internacional de cargas. Faz-se presente uma busca constante para redução de custos e maior eficiência das embarcações, aumentando significativamente as capacida- des de cargas. As embarcações se classificam segundo a sua natureza: A. Navio Gealer: estas embarcações não possuem equipa- mentos próprios para embarque e desembarque, sendo totalmente dependentes dos equipamentos portuários para carga e descarga. B. Navio Cargueiro: É a embarcação que transporta car- ga geral, mas que já está em obsolescência. É o navio convencional, mas que está perdendo espaço diante da busca por mais agilidade nas operações portuárias, o que está deixando a operação desse modelo de equipa- mento onerosa. C. Navio Self-loading: É o navio que conta com equi- pamentos independentes para operações portuárias, e por isso tem mais agilidade e f lexibilidade na carga e descarga, reduzindo significativamente os custos de operação. Como acontece no transporte rodoviário, no transporte 20LOGÍSTICA INTERNACIONAL marítimo temos vários tipos de embarcações para vários tipos de cargas. Vamos colocar em uma ordem de importância quanto à utilização no transporte internacional de cargas. Navios Porta-Contêineres São as embarcações mais utilizadas no transporte interna- cional de cargas e das que mais evoluíram nos últimos anos. Estes navios podem carregar contêineres em seus porões e em sua área externa (convés), possuem guias para encaixe dos contêineres. Navio Porta-Con- têiner A primeira embarcação de que se tem notícia que iniciou o transporte de contêineres data de 1956, quando o navio Ame- rican Racer zarpou de New York com destino a Houdson nos Estados Unidos. Além dos navios terem evoluído, os contêineres também evoluíram que se modernizaram para proporcionar o trans- porte de quase qualquer tipo de carga, desde que obedeçam as dimensões e limitações dos contêineres. Para facilitar o processo de estiva, os porões deste tipo de navio, são divididos em células que apresentam guias verticais (slots) onde são posicionados os contêineres, e sua localização é dada pelas baias (bays), colunas (rows) e camadas (tiers), que otimizam o espaço e agilizam a movimentação. Estes navios são medidos de acordo com a sua capacidade de contêineres que podem carregar. Esta é medida em TEU’s, que quer dizer a quantidade de contêineres de 20 pés que um 21LOGÍSTICA INTERNACIONAL navio carrega (1TEU = contêiner 20 pés). Os navios porta-contêineres podem ser divididos em Pana- max e Pós-Panamax. O que isso quer dizer? Os navios Panamax são aqueles que foram projetados e fabricados para transitar pelo canal do Panamá, ou seja, seu calado e sua boca não ex- cedem as dimensões limites para o trânsito no canal. Com o desenvolvimento do comércio internacional e dos negócios costa oeste americana e Ásia, novas embarcações foram projetadas e fabricadas que excedem as dimensões do canal do Panamá, estas são chamadas de Pós-Panamax. Como no caso dos Panamax, há também os Suezmax, que não os navios que possuem dimensões que lhe permitem cruzar o canal de Suez. Navio Graneleiro É o navio mais utilizado para as exportações brasileiras. São destinados ao transporte de grandes quantidades de carga a granel como soja, trigo, milho etc. Este tipo de embarcação caracteriza-se por possuir grandes porões onde são acomodados os produto a serem transportados. Tem como característica baixa velocidade de cruzeiro e baixo custo operacional. Navio Graneleiro Os navios graneleiros que se destacam pela capacidade e pelas dimensões são os Capesize, que são embarcações que não podem cruzar nem no canal do Panamá e nem no canal de Suez por excederem as dimensões máximas permitidas. 22LOGÍSTICA INTERNACIONAL Navio Carga Geral O navio carga geral, como o próprio nome diz, possui grande transportada. A carga é carregada ou descarregada por içamento ou arriamento. Este processo pode ser realizado por equipamentos do próprio navio (self-loading) ou por equipa- mentos da unidade portuária. Navio Carga Geral Nestas embarcações que possuem os porões compartidos são transportadas uma variedade muito grande de produtos, como por exemplo, bobinas de papel, madeira pré-cortada, barris e vergalhões Navio Tanque O navio tanque é embarcação específica para o transporte de liquido, como por exemplo, petróleo bruto, gasolina, diesel, álcool etc. Para facilitar a carga e descarga dos produtos transporta- dos, estas embarcações são dotadas de bombas e sistemas de aquecimentos. Os terminais que recepcionam estes produtos também são dotados de bombas. Encaixam-se nessa modalidade de navio, os navios ore-oil, que são embarcações que podem transportar cargas combinadas como petróleo e minério. Estas embarcações são conhecidas como O/O e OBO – Oil-Bulk-Ore. 23LOGÍSTICA INTERNACIONAL Navio Tanque Navio RO-RO Estes são os navios utilizados para o transporte de veículos. São dotados de rampas na parte traseira da embarcação que possibilitam a entrada e saída dos veículos, como por exemplo, automóveis, caminhões, camionetes, ônibus, carretas etc. Além das rampas, muitas embarcações possuem guindastes (LO-LO – lift-on/lift-off ) que permitem a carga e descarga das mercadorias, garantindo assim maior f lexibilidadee agilidade. Navio RO-RO Além destes navios descritos, podemos citar também os navios de passageiros, que como o próprio nome já diz para o que destinado, os navios multipropósitos, que são destinados ao transporte de diferentes produtos e possuem uma grande flexibilidade para transportar mercadorias a granel, contêineres, carga geral e RO-RO e LO-LO. Os navios Reefer são outro tipo de navio destinado ao transporte de cargas refrigeradas, estes são dotados de equipados com unidades de refrigeração independentes e possuem diversos compartimentos e decks. Os navios gaseiros são outro tipo de embarcação destinado ao transporte de gases, que são equipados com tanques cilíndri- cos no convés. Os navios madeireiros são as embarcações que transportam em seus porões, geralmente na forma de toras 24LOGÍSTICA INTERNACIONAL e serrada, que normalmente apresentam equipamentos para beneficiamento da madeira em seu convés. Transporte Fluvial O transporte f luvial internacional é aquele o qual é rea- lizado em rios de interior. Países que devido a suas posições geográficas pertencem a mesma bacia hidrográfica e possuem um rio navegável em comum, e utilizam-se desse para realizar o transporte de mercadorias de um país a outro, configurando o transporte f luvial internacional. Como acontece no transporte marítimo, o transporte fluvial apresenta custo baixo de operação e risco muito pequeno. As embarcações normalmente utilizadas para esse transporte são barcaças, balsas e em alguns casos navios. Transporte hidroviário por barcaça Um importante exemplo de transporte f luvial internacional é o do Rio Danúbio, que nasce na Floresta Negra na Alema- nha, passa por 10 países europeus, em muitos deles, sendo a própria fronteira entre estes, e deságua no Mar Negro depois de percorrer aproximadamente 2.850 km. O Rio Danúbio tem uma importância logística fundamental para o desenvolvimento da região, integrando diversos modais. Nos Estados Unidos um exemplo de hidrovia é a do Rio Missouri e do Rio Mississipi que interliga diversos rios da re- gião e cruzam o país de norte a sul, permitindo o escoamento da safra agrícola e outros produtos. A utilização dos rios como via de saída e entrada de produtos 25LOGÍSTICA INTERNACIONAL permite um grande desenvolvimento para as regiões. Claro que para isso são necessários investimentos em infraestrutura. Se observarmos os países que investiram e utilizam esse modelo de transporte, pode-se afirmar que ele contribui significativa- mente para o desenvolvimento econômico das regiões envolvidas ainda mais quando utilizado com outros modais de transporte como acontece junto ao Rio Danúbio. O Brasil possui uma extensa área de rios que são nave- gáveis e que permitem o transporte hidroviário, mas o seu desenvolvimento fica muito aquém do potencial devido a falta de investimento. “Uma das vantagens do sistema f luvial brasileiro é que grande parte das bacias hidrográficas se comunicam, fato que poderia ser utilizado para aumentar a eficiência de tal modal, que despende baixos custos e consegue transportar cargas de grande volume e peso de mercadorias.” Podemos citar as principais hidrovias brasileiras, que são: Transporte Lacustre O transporte lacustre internacional é a navegação reali- zada em lagos que ligam países. Utilizada como no caso do transporte f luvial internacional, entre países limítrofes. Um exemplo de transporte lacustre internacional é o realizado no Lago Titicaca, que está localizado na fronteira entre o Peru e a Bolívia. Transporte Aéreo O transporte aéreo tem como sua principal vantagem a rapidez na entrega da mercadoria. Devido às exigências atuais do mercado por f luxos de materiais com mais rapidez e agili- dade, fazem do transporte aéreo de carga uma das alternativas que mais evoluiu nos últimos anos, com novas para melhor aproveitamento deste meio de transporte. 26LOGÍSTICA INTERNACIONAL Como a infraestrutura brasileira também evoluiu, os no- vos aeroportos e terminais de cargas ajudaram a difundir e desenvolver esse tipo de transporte no comércio internacional. Além da velocidade na entrega o transporte aéreo tem a vantagem de acesso a áreas remotas, distantes de portos e ou da costa. É uma alternativa de transporte que se utiliza para mercado- rias com alto valor agregado e também com alta perecibilidade, sendo neste último caso, fator determinante para realização da operação de transporte internacional. A necessidade de uma infraestrutura bastante complexa e cara para sua operação, e sua baixa capacidade de carga, bem como seu alto custo, faz destes, suas principais desvantagens. Tipos de Aeronaves Os aviões podem ser classificados de acordo com a utili- zação, tamanhos e configuração, como segue: • Aeronave Full Cargo ou All Cargo: é um avião preparado exclusivamente para transporte de carga, conhecido como cargueiro. Com o crescimento do comércio in- ternacional, o número desses modelos de aeronave tem aumentado consideravelmente. • Aeronave Full Pax: é o avião destinado exclusivamente ao transporte de passageiros, mas quando houver espa- ço destinado a bagagem que não tenha sido ocupado, poderá ser utilizado para o transporte de carga. • Combi: é o avião que pode transportar tanto passageiros quanto carga, também conhecido como combinado. 27LOGÍSTICA INTERNACIONAL Aeronave Full Cargo Apesar do grande avanço que o transporte aéreo de cargas internacionais alcançou no Brasil, ainda temos um grande caminho a percorrer pois a falta de infraestrutura e o custo ainda impactam na escolha desse modal para as importações e exportações. Unitização de Carga Entende-se por unitização de carga como sendo o agru- pamento de um ou mais volumes de cargas em uma única unidade indivisível para a sua movimentação, armazenagem e transporte. Dependendo da carga e dos equipamentos uti- lizados para o agrupamento, as mesmas podem ser reunidas em uma ou mais cargas. A unitização de cargas além de facilitar e tornar a movi- mentação, embarque e desembarque, armazenagem e trans- porte mais seguro e eficiente, é também um importante meio para manter a integridade da mercadoria de acordo com as necessidades do cliente, e reduzir ou eliminar todos os riscos inerentes ao processo logístico, como por exemplo, avarias, roubos e furtos das mercadorias etc. Exemplo de unitiza- ção de carga As fomas mais utilizadas de unitização são as cargas en- voltas em redes, cintas, caixas, sacos, big bags, barris, tonéis e tambores, mas os equipamentos mais utilizados nesse processo de unitização de cargas são os pallets e os contêineres que tem 28LOGÍSTICA INTERNACIONAL suas variações para o transporte marítimo e para o transporte aéreo. As vantagens da unitização são: • agilidade e rapidez na movimentação das cargas; • redução de mão-de-obra; • redução de custo de estoque; • redução de acidentes do trabalho; • melhor aproveitamento de espaço em armazéns; • melhor controle de inventário; • redução de avarias nos produtos. Pallet O pallet é uma plataforma em forma de estrado plano com aberturas inferiores destinados a facilitar a movimenta- ção através de empilhadeiras, guindastes e outros. Pode ser fabricado em madeira, plástico, aço ou fibra de vidro, dependo do produto a ser transportado e da integridade que se deve manter durante o transporte e da relação custo por preço do produto e a segurança de quem manuseia a carga. Outro ponto importante a ser observado no transporte internacional, é se há a possibilidade de retorno ou não do pallet ao fabricante/ fornecedor. Como o pallet embarca com a mercadoria, deve ser observada esta questão, pois isso inf luencia diretamente na utilização de um modelo ou outro e que vai impactar nos custos logísticos e preço de venda do produto. Seguem diferentes pallets (de madeira e de plástico): 29LOGÍSTICA INTERNACIONAL Pallet de madeira Pallet plástico Os pallets podem ser fabricados em forma de caixas e gra- des de maneiraa permitir a unitização da mercadoria que por características de forma, volume e peso não se acomodam nos pallets tradicionais, e também para proteção da mercadoria. Podem ainda ser utilizados equipamentos combinados para a unitização de mercadoria como mostrado na figura abaixo, que temos um barril fabricado em plástico para uma carga líquida, com um pallet na parte inferior e uma grade de aço ao redor do barril plástico para protegê-lo. Barril plástico com pallet inferior e grade de proteção. No transporte de alguns produtos, como por exemplo, caixas uniformes e ou produtos com baixo peso não se utiliza o pallet na carga, transporte e descarga para evitar a perda de espaço que estes equipamentos utilizam. Mas para facilitar a movimentação dessas mercadorias nos estoques e nos recintos alfandegados, as mesmas são colocadas em pallets para facilitar, agilizar e dar segurança ao processo. Para facilitar o manuseio e o empilhamento das mercadorias 30LOGÍSTICA INTERNACIONAL nos armazéns e centros de distribuição, que estão cada vez mais automatizados e verticalizados, se esta buscando a padronização desses equipamentos. Muitos importadores exigem a utilização de determinado pallet para que o mesmo siga o padrão utilizado pela empresa e adequado ao seu processo logístico. As vantagens na utilização do pallet como equipamento de unitização de carga podem ser: • agilidade na movimentação; • melhor aproveitamento dos armazéns; • redução de custos logísticos; • redução do tempo em cargas e descargas; • redução de roubos e avarias nas cargas. Contêiner O contêiner é uma caixa estruturada fabricada geralmente em aço estrutural ou alumínio, dotado de sistema de fechamento e trava. É o principal equipamento de unitização e também chamado de cofre de carga, esse equipamento é padronizado pela ISO (International Organization of Standardization) nor- mativa 830: 1981. No Brasil, o organismo responsável pela regulamentação das normas desse tipo de equipamento é a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Como a própria ISO define o contêiner, como sendo um equipamento de transporte de caráter permanente e suficiente forte para ser utilizado várias vezes, ele é especialmente pro- jetado e fabricado para o transporte de produtos. As primeiras aparições dos contêineres datam de 1911, mas a sua utilização comercial iniciou a partir dos anos de 1950. No início os equipamentos mediam 35 pés e como não havia 31LOGÍSTICA INTERNACIONAL os navios porta contêineres, os mesmos eram transportados em embarcações adaptadas. A partir o uso mais freqüente dos contêineres para a uni- tização de cargas, houve a necessidade de padronizar as suas medidas para facilitar o transporte e manuseio das cargas. As medidas dos contêineres segue o sistema inglês de medidas em pés ( ’ ) e em polegadas ( ” ) e suas medidas básicas são o comprimento, a largura e a altura. Estas medidas são sempre da parte externa dos contêineres, pois suas medidas internas podem variar devido a suas características de fabricação. Quanto as medidas básicas de comprimento, os contêineres podem ser de: • 20’ (20 pés); • 40’ (40 pés). Estes são usualmente conhecidos como contêiner de 20 e contêiner de 40 respectivamente. Em relação a sua altura, os contêineres podem ser de: • 8’ (8 pés); • 8’ 6” (8 pés e 6 polegadas); • 9’ 6” (9 pés e 6 polegadas). Quanto a largura, todos os contêineres para navios porta contêineres seguem o padrão de 8’ (8 pés) invariavelmente. Citamos abaixo as capacidades em volumétricas, bem como os pesos brutos médios permitidos (peso do contêiner + peso da carga) e pesos líquidos médios (peso da carga) os contêineres encontrados no mercado. Como já vimos que as medidas exter- nas são padronizadas e as medidas internas variam conforme 32LOGÍSTICA INTERNACIONAL o fabricante, o mesmo passa com o peso dos equipamentos que tem uma variabilidade de fabricante para fabricante. O recomendável é sempre verificar as capacidades que o contêiner permite carregar antes da estufagem do mesmo. • 20’: volume aproximado máximo de 33m³, peso bruto máximo de 30.480 kg(gross weight) e 28.280 kg de peso líquido máximo (net weight). • 40’: volume aproximado máximo de 67m³, peso bruto máximo de 32.500 kg(gross weight) e 28.800 kg de peso líquido máximo (net weight). Obs.: Para as capacidades acima consideramos os contê- ineres com 8’6” de altura. Além de verificar a capacidade real dos contêineres antes da sua utilização ou da unitização da carga é muitíssimo im- portante a verificação da capacidade máxima dos equipamen- tos portuários que serão utilizados para a carga ou descarga dos contêineres. Alguns portos possuem limitações de peso, como por exemplo, não aceitam peso bruto máximo acima de 25 toneladas. Outro cuidado que devemos ter quando da unitização em contêineres é sobre a legislação vigente nos países exporta- dores e importadores quando se vai realizar o transporte dos mesmos via rodoviária, pois devemos estar atentos a legislação de pesos e medidas das rodovias para evitar transtornos para o exportador e o importador da mercadoria, e correr o risco de aumentar os custos logísticos por multas e ou permissões especiais para o tráfego da carga. Abaixo listamos algumas das vantagens de unitizar cargas com contêineres: • facilidade de movimentação; 33LOGÍSTICA INTERNACIONAL • maior proteção da carga; • redução de custos de embarque e desembarque • maior segurança e proteção para a carga • economia em embalagens Síntese Na primeira unidade trabalhamos com conceitos fun- damentais sobre a logística e as formas de movimentação das cargas. Comparamos os modais de transporte com avaliação deles nas operações de logística internacional. Tratamos de transporte comparando as ferramentas que existem atualmente e os cuidados para otimizar os processos logísticos internacionais. Curiosidade sobre transporte: O Regulamento Aduaneiro brasileiro determina que é obrigatório o transporte em navio de bandeira brasileira quando se tratar de mercadorias importadas por qualquer órgão da administração pública federal, estadual e municipal, direta ou indireta. Fonte: art. 210 do Regulamento Aduaneiro Exercícios propostos - Capítulo 01 1 – O que é a logística internacional? 2 – Como são classificadas as aeronaves? 3 – Qual o material que é transportado pelo navio tanque? 4 - Quais são as vantagens da unitização? 5 – Aponte uma semelhança entre pallet e container? 35LOGÍSTICA INTERNACIONAL TERRITÓRIO ADU- ANEIRO E ÁREAS ALFANDEGADAS - CONCLUÍDO O território aduaneiro é o palco das operações alfandegárias e da logística internacional. Conhecendo o território aduaneiro O território brasileiro é organizado pelas normas nacionais, determinadas de acordo com a área em que serão utilizadas. Quando se fala em comércio exterior e logística internacional não há como deixar de falar do Decreto 6.759/2009 conhecido como Regulamento Aduaneiro, já que ele ensina como devem acontecer os passos das operações e movimentações. 36LOGÍSTICA INTERNACIONAL O primeiro aspecto importante que trabalharemos e que está no Regulamento é o conceito de Território Aduaneiro. O país é formado pelo território Nacional que é também o território aduaneiro. Acredito que você esteja lendo e pensando: Mas o que é território aduaneiro? Por que é importante conhecer este território aduaneiro para a logística? Vamos lá, te explico! Território Aduaneiro é todo o terri- tório nacional e é o palco das operações de logística e comércio exterior! Ela se divide em zona primária e secundária, por isso é importante que você conheça, afinal não é tudo que pode ser feito em qualquer parte do território aduaneiro! Segundo o art. 2º do Regulamento Aduaneiro , o Território aduaneiro divide-se em: I. a zona primária, constituída pelas seguintes áreas de- marcadas pela autoridade aduaneira local: B. a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua,nos portos alfandegados; C. a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e D. a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados; e II. a zona secundária, que compreende a parte restante do território aduaneiro, nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo. Ou seja, a zona primária é composta por portos e aeroportos brasileiros que contam com a possibilidade de operações alfan- degadas, tais como: importação, exportação, entrada e saída de pessoas, de embarcações ou aeronaves. Também fazem parte da zona primária os pontos de fronteira alfandegados que são espaços eleitos pela autoridade brasileira como ponto em que é permitido o ingresso ao Brasil. 37LOGÍSTICA INTERNACIONAL Segundo Paulo Werneck a zona primária é composta por “locais onde podem estacionar e transitar veículos proce- dentes do exterior ou a ele destinados, ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem, ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas e ainda embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados.” Acima o retrato da zona primária: merca- dorias e pessoas passam por ela para circular en- tre os países. Todos os demais espaços são considerados zona secundária. E ai vem uma informação importante: Operações de impor- tação e exportação acontecem na Zona Primária! Podemos também dizer que a Zona primária é a “porta de entrada e saída do Brasil”. Controle Aduaneiro de Veículos O Comércio Exterior tem suas práticas definidas em re- gras específicas com objetivo de garantir a segurança nacional e ainda permitir que tais operações sejam benéficas para a sociedade. Por tal razão é fundamental que a movimentação de cargas seja feita de modo transparente e que não permite fraudes ou crimes. No Brasil a entrada e saída de veículos que vem do exterior ou a ele se destinam só pode ocorrer nos pontos previstos pela autoridade aduaneira nacional. Ou seja, pensando em zelar pela segurança nacional e ainda garantir que somente o que é permitido legalmente circule pela zona primária, existe o Você sabia? Ou seja, cada país terá suas regras e organizará como acontecerão as operações de logística e de comércio internacional. Isso significa dizer que quem atua em comércio exterior deve estar atento à legislação brasileira e também à legislação internacional. 38LOGÍSTICA INTERNACIONAL Controle Aduaneiro de veículos. É PROIBIDO, portanto, que o condutor de veículo pro- cedente ao exterior ou que a ele se destine realize os seguintes procedimentos quando estiver no território aduaneiro: • Estacione ou efetue operações de carga ou descarga de mercadorias, inclusive transbordo, fora do local habi- litado para tal; • Trafegue no território aduaneiro em situação ilegal, quanto as normas reguladoras do transporte interna- cional correspondente à sua espécie; • Desvie da rota estabelecida pela autoridade aduaneira, sem motivo que justifique tal alteração. Além disso, também é PROIBIDO que o condutor de ve- ículo proveniente ou destinado ao exterior coloque-o próximo de outros veículos para assim realizar transbordo de pessoas ou mercadorias, sem observar as regras determinadas pela autoridade aduaneira. Não estão sujeitos a tal proibição: Veículos de guerra que não estejam no local com objetivos comerciais, veículos que estejam recebendo ou prestando socorro e ainda aqueles que sejam de repartições públicas ou estejam prestando serviços autorizados. Exemplo de situação que é possível fazer o transbordo de mercadorias entre veículos dentro de Recinto Alfandegado: Veículo que transporta a alimentação da tripulação e passageiros de uma aeronave cujo vôo é internacional. 39LOGÍSTICA INTERNACIONAL A imagem acima re- mete para exemplo de situação que é permitido colocar um veículo próxi- mo do outro para efetuar o transbordo: O abasteci- mento de aeronaves com vôos internacionais realizadas nos aeroportos. O controle aduaneiro trás regras específicas de acordo com a modalidade de transporte. Os veículos marítimos são obrigados a informar com antecedência à Autoridade Adua- neira seu horário estimado de chegada, procedência e destino. Além disso, é obrigatório que as bagagens dos viajantes estejam acompanhadas de declarações correspondentes enquanto os pertences da tripulação são elencados em lista própria. Já quando o veículo é aéreo, além da necessidade de in- formação prévia à chegada, é também obrigatória a adoção de etiquetas próprias nos volumes por ela transportados com informações relativas à movimentação da carga por ela rea- lizada. Pensando em adaptar as regras de controle aduaneiro aos veículos terrestres é permitido que uma mesma carga seja carregada em dois ou mais caminhões, por exemplo, quando não for possível transportar integralmente apenas em um! Ou seja, o transportador recebe especial atenção, já que no controle aduaneiro ele é responsabilizado pelo desrespeito às regras existentes. “Sob o ponto de vista logístico, é ele o único agente de contrato entre o exportador e o importador, encarregado de levar as mercadorias pactuadas desde o ponto de origem, no exterior, até o local de destino, já no país do comprador. O transportador assume, portanto, a responsabilidade pelo trajeto internacional, sem prejuízo de, em alguns casos, estender a prestação do serviço de transporte para além desse trecho, como é o caso dos transportadores multimodais, que se responsabi- 40LOGÍSTICA INTERNACIONAL lizam, sob um único contrato, por todo o percurso, inclusive no território doméstico dos respectivos clientes” Por tal razão, cabe ao transportador não apenas apresentar documentos específicos que serão tratados em unidade sobre o tema, mas também prestar esclarecimentos e informações sobre a mercadoria, percurso e demais particularidades das operações que fizer parte. Recintos Alfandegados O local onde deve ocorrer o controle fiscal das mercadorias é chamado de recinto alfandegado. Os recintos alfandegados são, portanto, locais onde são realizados não apenas a passa- gem da mercadoria e das pessoas, mas também são realizados controles, procedimentos e práticas para garantir a segurança e legalidade no transito que ali ocorre. Como regra geral os recintos alfandegados estão na zona primária e se encontram em: Aeroportos, Portos e Pontos de fronteira. Os aeroportos contam com terminais de cargas e também terminais de passageiros. O Brasil conta 37 Aeroportos com terminais de Cargas e 33 Aeroportos que são terminais de passageiros, ou seja, nem todos os aeroportos brasileiros servem como porta de saída para mercadorias e pessoas. O Brasil conta com 39 Portos, as instalações portuárias podem ser marítimas, lacustres ou f luviais, de acordo com o local em que estão situadas. Já quando o tema são os pontos de fronteira alfandegados, o Brasil conta com 27 postos distribuídos desde Roraima até o Sul do Brasil. O Aeroporto Internacional Comandante Gustavo Kraemer situado em Bagé, por exemplo, conta apenas com Terminal Internacional para pessoas, enquanto o Terminal de Joinvile permite operações internacionais apenas para cargas. 41LOGÍSTICA INTERNACIONAL A imagem abaixo trás o mapa dos Pontos de fronteira alfandegados no Brasil: Fonte: http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/importacao-e-exportacao/recinto-alfandegados/ pontos-de-fronteiras-alfandegados-1 Além dos locais apontados acima, como exceção existem os Portos Secos que são recintos alfandegados situados na zona secundária. O Brasil conta com mais de 37 Portos secos, neles também são permitidas operações internacionais, embora estejam localizados em locais que não são o ponto de fronteira propriamente dito. Mas o que é então o Porto Seco? Porto Seco é um espaço físico previamente definido em legislação própria que serve para determinadas operações de logística e comércio exterior. Geralmente criados com a intenção de instigaro crescimento da região ele serve como uma ferramenta para facilitar exportações e importações. Isso ocorre, pois o local que não é nas zonas fronteiriças permite a realização de práticas e procedimentos que habitualmente só são feitas na zona primária. Para que compreenda melhor, vale observar o Porto Seco instalado em Caxias do Sul. Conhecido Como EADI Caxias, ele é administrado por empresa privada e permite que empresas da região da Serra iniciem a operação de exportações através do Porto Seco. Assim, caso precise de qualquer acompanha- 42LOGÍSTICA INTERNACIONAL mento da operação o responsável pela empresa não precisa se deslocar quilômetros já que próximo da sua sede são feitos os procedimentos de conferência. A imagem abaixo é do Porto Seco de Caxias do Sul: Fonte: http://www.eadisimas.com.br/pt/Empresa/Galeria-de-Fotos/ Outra vantagem citada pelos adeptos dos Portos secos é a busca pela redução de custos nas operações, já que além da proximidade entre a localização da empresa e do Porto Seco, existem diferenças nos valores das taxas praticadas nos pontos de fronteira alfandegados (na zona primária) se comparados com os valores cobrados nos portos secos (na zona secundária). Serviços Para viabilizar a transferência de riquezas e circulação das pessoas, os recintos alfandegados situados na zona primária permitem os seguintes serviços: 1. estacionar ou transitar veículos procedentes do exterior ou a ele destinados; 2. ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; e 3. embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados. Fonte: http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/importacao-e-exportacao/recinto-alfandegados 43LOGÍSTICA INTERNACIONAL E importante destacar que apesar de ser possível realizar ope- rações nos Portos Secos, e não apenas nos Recintos alfandegados da zona primária, nem todos os serviços podem ser realizados em todos os recintos. Ou seja, nos recintos alfandegados são realiza- dos serviços e operações para viabilizar a mobilidade de pessoas e cargas, porém cada local conta com respectiva modalidade de serviços e tramites. O Regulamento Aduaneiro determina que são serviços que po- dem ser executados nos Portos Secos: “operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem” . Analisando os serviços que são realizados nos recintos alfande- gados é clara a importância deles para a logística, posto que muitos serviços são ali realizados. Síntese Na unidade 2 tratamos do Território aduaneiro, conhecendo qual o espaço em que ocorrem as operações de comércio e logística internacional. É importante que você lembre que cada país tem suas próprias regras para organizar os procedimentos para movimentação de cargas e também de pessoas, mas que em geral elas caminham em harmonia com a legislação dos outros países. O território aduaneiro se divide em zona primária que são os aeroportos, portos e pontos de fronteira alfandegados e zona secundária que é o restante do território brasileiro. Os recintos alfandegados (locais onde ocorre a movimentação de cargas e pes- soas) geralmente estão na zona primária e excepcionalmente estão na zona secundária. Importante ainda lembrar que na zona secundária encontramos os Portos Secos, que são recintos que permitem a realização de parte dos serviços necessários para as operações de comércio exterior. Os portos secos têm como objetivo aproximar os procedimentos das empresas que não estão próximas da zona primária para desta forma instigar o crescimento econômico. Exercícios propostos - Capítulo 02 1. Conceitue recinto alfandegado? 2. Qual dos recintos alfandegados abaixo não está situado na zona primária: a) Portos b) Aeroportos c) Portos Secos d) Pontos de fronteira 3. Sobre os Portos Secos assinale a alternativa correta: a) Todos os Portos Secos do Brasil contam como os mesmos ser- viços aduaneiros. b) Estão situados na zona primária do território aduaneiro. c) Tem como justificativa de criação o fomento à economia da região em que estão localizados. d) São também conhecidos como pontos de fronteira alfandegados. 4. Todos os Aeroportos internacionais são terminais de cargas e passageiros aptos à operações de Comércio e logística internacional? ( ) Sim ( ) Não 5. O Brasil conta com _____ Portos que são instalações portuárias podendo ser marítimas, lacustres ou fluviais: a) 37 b) 33 c) 39 6. Como se divide o território aduaneiro brasileiro? 45LOGÍSTICA INTERNACIONAL PROCEDIMENTOS NAS MOVIMENTA- ÇÕES DE CARGA IN- TERNACIONAL Nesta unidade conheceremos juntos como funcionam os procedimentos para realizar a movimentação das cargas internacionais. Operações Os procedimentos do comércio exterior são considerados matérias primas da Logística internacional, mas você sabe quais são as operações permitidas? O comércio exterior permite a exportação e importação de bens ou serviços. Então fique atento, pois não são apenas 46LOGÍSTICA INTERNACIONAL produtos que podem ser objeto de comércio exterior! Serviços também podem ser exportados ou importados! Como expor- tação entende-se por toda a prática de arremeter mercadoria (ou serviço) nacional para destino além das fronteiras. O ato de exportar ocorre, portanto no momento em que a mer- cadoria cruza o ponto de fronteira alfandegado. Ou seja, é no momento em que a mercadoria sai do território aduaneiro que ocorre a exportação. A exportação pode ser definitiva ou temporária. Como exemplo de exportação definitiva é possível citar a imensa quantidade de operações realizadas diariamente. Já situações de exportação temporária são menos comuns. É exemplo de exportação temporária a remessa de produtos para exposição em feiras ou ainda maquinário de empresa brasileira que é deslocado para outro país para realização de serviço específico e que ao final do serviço retorna para o Brasil. Os governos costumam incentivar as exportações, pois elas são responsáveis por maior geração de emprego e renda. A lógica é simples: o que é exportado pelo Brasil é produzido aqui, logo precisa de mão de obra local e sendo produzido em nosso país movimenta a economia interna! Como forma de incentivo o país costuma “retirar tributos” dos produtos que serão exportados. Você sabe como isso acontece? É bem simples. Conforme as mercadorias são produzidas as empresas precisam pagar tributos. Quando se trata de bem que vai ser exportado, ao comprovar a exportação a empresa pode ter acesso à devolução dos tributos por ela pagos sobre aquela mercadoria específica. Além disso, o Brasil adota como regra geral a prática de não cobrar Imposto de Exportação. A metodologia tem como objetivo tornar assim o produto mais competitivo no mercado onde ele será comercializado! Além de exportar, o comércio exterior também conta com a possibilidade de importação. Importar é o ato de trazer para o mercado nacional mercadoria produzida no mercado exter- 47LOGÍSTICA INTERNACIONAL no. Da mesma forma que a exportação, a importação também pode ser definitiva ou temporária. Você sabia? Que os carros de Fórmula1 são importados temporaria- mente para o Brasil cada vez que ocorrem as cor- ridas em nosso país e depois são remetidas de volta para seus países de origem? Ao contrário do que ocorre nas exportações, o Governo brasileiro não tem como prática incentivar as importações. O argumento é que a importação prejudica as empresas nacionais e por isso sempre acaba sendo mais complexo e até mais caro os procedimentos de importação se comparados com os de exportação. Quando se fala em operações é muito importante tratar das Remessas Internacionais. Elas podem ser expressas ou postais e tem apresentado expressivo aumento de seus volumes nos últimos anos. Com o fortalecimento do e-commerce internacional, os consumidores brasileiros passaram a teracesso à fornecedores que estão em outros países. Já não é mais necessário basto conhecimento ou pesquisa para fazer uma importação: você pode ser ter uma empresa ou conhecimentos fazer a compra de um produto que está em outro país sem sair de sua casa! A entrega é feita em sua residência e caso incidam tributos o próprio transportador lhe avisará. Esta inovação é conhecida como Remessa Internacional. É conhecida como postal quando o transporte é realizado pelos Correios, com seu rastreamento feito diretamente pelo site do Sistema Postal Internacional do Brasil. Além desta modalidade existe também a remessa expressa que tem igualmente como foco operações de envio internacional, mas cujo transportador 48LOGÍSTICA INTERNACIONAL é empresa de transporte expresso internacional. O aumento no volume de remessas internacionais expressas tem sido vistas como oportunidades para empresas que atuam no transporte expresso internacional e por outro lado, como um problema para os Correios no Brasil já que a Instituição tem alegado que não consegue dar conta da imensa quantidade de mercadorias estrangeiras que deve entregar nas residências brasileiras. Procedimentos Administrativos Para garantir a segurança das operações e até mesmo da sociedade na qual circularão os produtos e serviços existe o controle administrativo das pessoas e operações no comércio exterior brasileiro. Para isso foi desenvolvida plataforma conhe- cida como Siscomex e nele são registradas todas as operações realizadas sejam de exportação ou importação. Para as empresas ou pessoas que desejam participar do comércio exterior o primeiro passo é a habilitação para acesso. Significa dizer que o controle administrativo prévio ao início da movimentação da carga e até mesmo antes da negociação se dá através de restrição de acesso. Só pode participar do co- mércio exterior brasileiro quem acessa ao Siscomex e só acessa ao Siscomex quem está devidamente autorizado pela Receita Federal! Após a empresa efetuar o registro apresentando quem lhe representa e ainda informando dados cadastrais, fiscais e financeiros, é possível iniciar as operações. Uma vez que esteja habilitada para atuar no comércio ex- terior, a empresa pode iniciar as exportações ou importações. Ela então passa a buscar possíveis clientes ou fornecedores que estejam em outros países. No momento em que tenha já negociação uma operação é obrigatório que a empresa brasileira informe o procedimento junto ao Siscomex. A necessidade de Você sabia que as empresas de transporte expresso internacional são conhecidas como Courier?! 49LOGÍSTICA INTERNACIONAL informar no sistema se justifica, pois além do controle sobre as pessoas, existe também o controle administrativo das mer- cadorias que são importadas ou exportadas. Para as importações existe o licenciamento prévio. A li- cença prévia é a forma de monitorar antes mesmo de iniciar o movimento da mercadoria que ingressará em nosso país para que assim ela não apresente riscos à segurança ou à economia. É fundamental que o pedido de licença para efetuar a importação seja realizado antes do embarque da mercadoria e ainda que o importador verifique quais os procedimentos específicos e órgãos que deverá consultar para viabilizar a importação pretendida. Já para o transportador também é importante observar quando a importação está sujeita à licença prévia, pois é provável que tal mercadoria demande de cuidados especiais no transporte e manuseio. Nas exportações também existe o controle administrativo, mas como o Governo brasileiro pretende incentivar as vendas internacionais existe menor rigor nos procedimentos adminis- trativos de tais operações. Procedimentos Aduaneiros Quando a mercadoria chega ao ponto alfandegado ela esta sujeita a novo controle, conhecido como controle aduaneiro. O controle aduaneiro consiste, portanto, nos caminhos e exigências adotados para controle da circulação das mercadorias na zona primária e também na verificação de legalidade da operação que está acontecendo. São exemplos de mercadorias que precisam de licença prévia à importação para que possam ser importadas produtos usados. Exemplo: Pescado proveniente da Europa. Exige procedimentos determinados no controle administrativo e também exige cuidados especiais no transporte para que não tenha problemas com a qualidade da carga que é perecível. 50LOGÍSTICA INTERNACIONAL Ou seja, para garantir que a operação está acontecendo na prática de acordo com o que fora informado no sistema, a autoridade fiscal empenha seus esforços para conferir as ex- portações e importações evitando crimes como contrabando, além de prejuízos à saúde, segurança e até mesmo prejuízos ambientais. Quer saber exemplos de situações que aconteceram quan- do os agentes exerciam o controle aduaneiro? Seguem alguns exemplos de situações: • Através do controle aduaneiro as autoridades evitam que ingresse no país produtos piratas! • É através do controle aduaneiro que são barrados me- dicamentos importados e que não atendem as regras da Vigilância Nacional! • O controle aduaneiro confere se os importadores estão pagando os tributos que incidem nas operações, pois a mercadoria importada só é liberada após tal conferência. • Operações realizadas durante o controle aduaneiro de mercadorias já identificaram ações fraudulentas como importação clandestina de lixo hospitalar e equipamen- tos tecnológicos em desuso! • É no controle aduaneiro que é possível impedir que brinquedos sem atendimento às normas de segurança ingressem no mercado brasileiro! Os exemplos acima demonstram a importância de zelar e vigiar o que entra e sai de nosso país, justificando o trabalho da autoridade fiscal e a rigidez. Por outro lado, em razão da burocracia que contempla o controle aduaneiro, muitas vezes as operações demoram e aguardam dias (ou semanas) nos portos até que seja permitido o curso em direção ao importador ou exportador. 51LOGÍSTICA INTERNACIONAL Importante destacar que tanto mercadorias exportadas como mercadorias importadas serão sujeitas ao controle aduaneiro e que até mesmo operações temporárias (de importações ou exportações). Conferência aduaneira Para auxiliar no controle no momento em que ocorre o procedimento aduaneiro existem os canais de parametrização. Os canais de parametrização são formas de tratamento da mer- cadoria e da operação, ou ainda formas de verificar a licitude da operação em questão. Ou seja, sempre que a mercadoria chega até o ponto de controle aduaneiro são observadas variáveis como as partes envolvidas, a mercadoria, origem, procedência e a partir destas informações o sistema determina qual o canal de parametri- zação que estará sujeita aquela operação. Regimes Aduaneiros Regime aduaneiro é a forma de tratamento das mercado- rias que estão sendo exportadas ou importadas. Ou seja, para todas as mercadorias que ingressam ou saem do Brasil ocorre a cobrança (ou isenção) de tributos e esta forma de controle dos tributos é conhecido como regime aduaneiro. Existe o regime aduaneiro Comum que é o procedimento padrão, e os regimes aduaneiros especiais que trazem alguma f lexibilização nas regras aplicadas. Os Regimes aduaneiros são importantes para a logística, especialmente quando analisamos os regimes especiais já que eles permitem, por exemplo a movimentação de determinada mercadoria (e com isso a operação logística) sem recolhimento de tributos! Além disso, certos regimes aduaneiros especiais viabilizam a movimentação da carga, como é o trânsito adu- aneiro. 52LOGÍSTICA INTERNACIONAL Os regimes aduaneiros especiais são os seguintes: Admissão Temporária: Quando uma mercadoria é im- portada para o Brasil, mas o produto em breve retornará para seu país de origem. Como o produto não permanecerá defi- nitivamente em nosso país ao ingressar estes bens não pagam tributos. Os tributos ficam suspensos e no momento em que ditas mercadorias voltam paraseu país de origem é confirmada a isenção de obrigação de pagamento de Impostos. É exemplo de admissão temporária uma máquina enviada para exposição em uma feira. Exportação Temporária: Quando uma mercadoria é ex- portada do Brasil, mas em breve retornará. O exemplo típico é quando uma empresa Brasileira envía produtos para exposição em feira internacional e após tras de volta para sua sede no Brasil. Trânsito Aduaneiro: Regime especial que permite que uma mercadoria transite do ponto de entrada no Brasil até outro local, como se não estivesse ainda em território Brasileiro. Um exemplo é uma mercadoria importada da China que irá para o Paraguai. O Importador paraguaio utilizará modal marítimo até o Porto de Santos. Para que a mercadoria chegue ao Paraguai ela seguirá por modalidade Rodoviária até a fronteira. Isso é permitido em razão do Regime especial chamado Trânsito Aduaneiro. Drawback: É o regime especial que permite importar um insumo sem pagar imposto de importação, pois OBRIGATO- RIAMENTE este bem será utilizado para produção de um bem que será exportado. Entreposto Aduaneiro: Ocorre a importação, ou seja o im- portador brasileiro compra mercadorias e elas chegam ao Brasil, mas a nacionalização é feita em partes. Ou seja, é comprada uma grande quantidade com nacionalização parcial de acordo com os interesses da importadora brasileira. As mercadorias 53LOGÍSTICA INTERNACIONAL enquanto isso, permanecem em recintos alfandegados, como se não estivessem ainda no Brasil. Recof: Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Aduaneiro Informatizado permite que empresa beneficiaria situada no Brasil adquira bens no mercado interno sem pagamento de tributos, para utilização na produção de bens a exportar. Recof Sped: Se trata de Regime aduaneiro especial de entreposto industrial sob controle informatizado do Sistema público de escrituração digital. Repetro: Regime aduaneiro especial destinado para pro- dutos que serão utilizados na pesquisa para identificação ou relacionados à gás natural e petróleo. Este regime engloba importações e exportações. Repex: Regime para importação de petróleo bruto e seus derivados. Reporto: Regime especial para importação de maquinário, peças de reposição, entre outros. Loja Franca: Regime que permite instalação de lojas com productos importados a serem comercializados sem tributos ou com tributação reduzida. Depósito Especial, Depósito Afiançado, Depósito Alfan- degado Certificado, Depósito Franco: Regimes que permitem estocagem com suspensão de tributos. Sobre Operadores Logísticos: Você sabia? Que existem Operadores Logísticos Habili- tados, que são empresas autorizadas a realização de despacho aduaneiro de exportação em nome de microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional, no recinto 54LOGÍSTICA INTERNACIONAL alfandegado administrado pela empresa junto à Aeroporto Internacional! São Operadores Logísticos autorizados: DHL Express (Brasil) Ltda e a UPS do Brasil Remessas Expressas LTDA. Tranportadores: Importante destacar que os transportado- res precisam de habilitação para que ocorra a movimentação prevista no Controle Aduaneiro.Isso se justifica, pois é ele o responsável pela carga desde a entrega do vendedor até a che- gada ao ponto final da operação. Importante destacar que os transportadores precisam de habilitação para que ocorra a movimentação prevista no Con- trole Aduaneiro.Isso se justifica, pois é ele o responsável pela carga desde a entrega do vendedor até a chegada ao ponto final da operação. Procedimentos Fiscais Para garantir o respeito às regras existe o controle por parte da autoridade fiscal. No controle administrativo este cuidado se da através do sistema, mas no momento do controle aduaneiro é através de operações e procedimentos junto à mercadoria que a fiscalização ocorre. O objetivo é evitar operações sem o recolhimento de tri- buto correspondente e ainda impedir que sejam importados ou exportados bens que prejudiquem a saúde e segurança do país. Como forma de organizar o f luxo das mercadorias no momento em que estão no ambiente prévio a confirmação da exportação ou importação, existem os canais de parametrização. Ou seja, quando a mercadoria proveniente do exterior chega ao ambiente alfandegado ela recebe um tratamento de acordo com suas particularidades através da conferência aduaneira. Esses diferentes tratamentos são chamados de canais de parametri- 55LOGÍSTICA INTERNACIONAL zação e interferem no tempo e forma que a operação encerrará. Além das condições específicas da mercadoria interfe- rem na determinação do canal de parametrização a origem e procedência da mercadoria, quem são os exportadores e im- portadores ou até mesmo condições sazonais como operações realizadas e denuncias. Os canais de parametrização são os seguintes: VERDE: O canal verde é o mais simples! Basta que o importador se apresente na unidade que está com a carga e sem maiores conferências será autorizada a operação. A conferência se limita a observar se o sistema está adequadamente preenchido. AMARELO: No canal amarelo inicia pedido mais complexo. Não basta simplesmente se apresentar, já que é feita também a conferência documental da operação. VERMELHO: O canal vermelho é comum para quem está em suas primei- ras operações. Nesta modalidade é realizada uma averiguação mais completa ainda composta por verificação dos documentos e também dos produtos em si. CINZA: Quando a Receita Federal desconfia de fraude ou irregula- ridade ela adota o canal cinza. No canal cinza além de conferir Você sabia que origem e procedência não são sinônimos? Origem é o local onde a mercadoria foi produzida enquanto procedência é simplesmente de onde ela vem. Por exemplo, um produto produzido na China que vem por modal aéreo via Alemanha é de origem chinesa, mas procedente da Alemanha. 56LOGÍSTICA INTERNACIONAL documentos e carga, a autoridade fiscal pode também solicitar outras informações ou até mesmo atos que não estavam previs- tos. Um exemplo de medida que pode ser pedido é um laudo para explicar alguma característica da mercadoria importada, para saber se ela se encaixa na descrição que a empresa escolheu. É comum que os canais sejam comparados à sinaleira, já que interfe- rem no fluxo das operações da mesma forma que o semáforo determina a movimentação dos veículos. OPERADOR ECONÔMICO AUTORIZADO (OEA) Para simplificar os processos de comércio exterior e por extensão as operações de logística internacional, a Receita Federal determinou a criação do Operador Econômico Au- torizado que são pessoas com facilitação do movimento na operação internacional. A adesão não é obrigatória, ou seja, a empresa interessada decide voluntariamente se quer se submeter à modalidade OEA, mas uma vez que decida ingressar no formato mais vantajoso deve também atuar de forma integrada com a receita, facilitando o acesso à informações pessoais. É como se a Receita Federal e a Empresa firmassem um pacto em que a Autoridade fiscal abre mão de parte da exigências, pois a empresa já provou que é confiável. Podem ser OEA: Importadores, exportadores, transporta- dores, agentes de carga, despachantes, depositários entre outros. A Receita Federal publica quem faz parte deste seleto grupo e para quem é OEA os procedimentos fiscais e aduaneiros são mais ágeis. 57LOGÍSTICA INTERNACIONAL Documentos Documentos Os documentos que acompanham a mercadoria durante o transporte internacional de cargas são em parte os documentos pertinentes a qualquer mercadoria, como por exemplo, a fatura comercial, o romaneio de embarque, o conhecimento de trans- porte, certificado de origem, apólice de seguro e nota fiscal. Os documentos anteriormente listados são os que fazem parte de qualquer entrada, saída, trânsito ou transporte de mer- cadorias. Os documentos mais específicos para determinadas mercadorias, como por exemplo, de origem
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