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1 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED O PAPEL DOS RINS NO CONTROLE A LONGO PRAZO DA PRESSÃO ARTERIAL E NA HIPERTENSÃO: O SISTEMA INTEGRADO DE REGULAÇÃO DAPRESSÃO ARTERIAL SN Simpático atua na regulação aguda e a curto prazo da PA através de efeitos sobre a resistência e capacitância vascular periférica e capacidade de bombeamento cardíaco Controle a Longo Prazo: intimamente relacionado à homeostasia do volume de líquido corporal (balanço entre ingestão e eliminação) controles nervosos, hormonais e sistemas de controle local dos rins (regulam a excreção de sal e água) SISTEMA RIM-LÍQUIDOS CORPORAIS PARA O CONTROLE DA PA: Atua lenta, mas poderosamente sobre a PA Se o volume sanguíneo aumenta e a capacitância vascular não é alterada PA aumenta rins excretam o volume excessivo de líquido para normalizar a PA. O aumento da PA em apenas alguns mmHg pode duplicar o débito renal de água = Diurese de Pressão Natriurese de Pressão = aumento da PA duplica a eliminação de sal pela urina QUANTIFICAÇÃO DA DIURESE DE PRESSÃO E CONTROLE DA PA: Curva do Débito Urinário Renal ou Curva da Função Renal Sob baixas pressões arteriais (50mmHg), o débito urinário é praticamente nulo sob 100mmHg, o DU é normal sob 200mmHg, o DU aumenta de 6 a 8 vezes o aumento da diurese leva também ao aumento da natriurese o aumento da PA eleva também o débito urinário que, por sua vez, diminui o débito cardíaco através da redução do volume de líquido corpóreo; trazendo assim, a PA de volta a valores normais MECANISMO RIM-LÍQUIDO CORPORAL E ‘FEEDBACK QUASE INFINITO’ PARA CONTROLE DA PA A LONGO PRAZO: 2 Determinantes-chave da PA a Longo Prazo: 2 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED 1. Débito Renal de sal e água (curva do débito renal de água e sal, em resposta à elevação da pressão arterial = curva de débito renal - em vermelho) 2. Ingestão de sal e água (linha) Durante período prolongado, o débito de água e de sal deve se igualar à ingestão (onde as duas curvas se cruzam, referido como ponto de equilíbrio.) se a PA fica acima ou abaixo do ponto de equilíbrio: o PA acima: o débito renal de água e sal é maior que a ingestão o corpo perde líquido e o volume sanguíneo e a PA diminuem. Além disso, esse “equilíbrio negativo” de líquido não cessará até que a pressão caia até atingir precisamente o ponto de equilíbrio o PA abaixo do ponto de equilíbrio: a ingestão de água e de sal passa a ser maior que o débito. Portanto, o volume do líquido corporal aumenta junto com o volume sanguíneo, e a PA se eleva de novo até atingir o ponto de equilíbrio. Esse retorno da PA ao ponto de equilíbrio é o princípio da resposta por feedback quase infinito, para a regulação da pressão arterial pelo mecanismo rim- líquidos corporais. Desde que as duas variáveis permaneçam reguladas de modo preciso como na figura acima, a pressão arterial média se ajustará no nível da pressão arterial no ponto de equilíbrio. Existem apenas dois modos pelos quais a pressão desse ponto de equilíbrio pode variar: 1. deslocamento do nível de pressão da curva do débito renal de sal e água 2. modificação do nível da curva de ingestão de sal e de água. Assim, simplificadamente, os dois determinantes principais do nível da pressão arterial a longo prazo são: 1. O grau de desvio da pressão na curva do débito renal de água e de sal 2. O nível de ingestão de água e de sal No gráfico A, alguma anormalidade renal causou o deslocamento de 50 mmHg da curva de débito renal na direção das altas pressões (para a direita). Note que o ponto de equilíbrio também se deslocou para 50 mmHg acima do normal. Consequentemente, pode-se afirmar que, se a curva de débito renal se deslocar para novo nível de pressão, a pressão arterial também seguirá para esse novo nível em poucos dias. No gráfico B: o nível de ingestão aumentou quatro vezes, e o ponto de equilíbrio foi deslocado para o nível de pressão de 160 mmHg, 60 mmHg acima do valor normal. Ao contrário do caso anterior, a diminuição do nível de ingestão reduziria a pressão arterial. Assim, é impossível alterar a pressão arterial média a longo prazo sem alterar um ou os dois determinantes básicos da pressão arterial a longo prazo. CURVA DE DÉBITO RENAL CRÔNICO E AGUDO: Variações crônicas da PA, com duração de dias ou meses, exercem efeito muito maior no débito renal de sal e água do que o observado durante 3 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED variações agudas da pressão (por isso a curva de Débito Renal Crônico é mais íngreme que a do DR Agudo). Assim, quando os rins estão funcionando normalmente, a curva do débito renal crônico é bem mais íngreme do que a curva aguda. As alterações crônicas da PA exercem potentes efeitos sobre o Débito Urinário pois uma PA aumentada possui efeitos não apenas hemodinâmicos diretos, mas também indiretos como alterações nervosas e hormonais Exemplo 1: PA aumentada diminui a atividade do SN Simpático e diversos hormônios como Angiotensina II e Aldosterona, que participam da redução da excreção renal de sal e água (Sistemas Antinatriuréticos). Essa atividade antinatriurética reduzida, amplifica a eficácia da natriurese e da diurese de pressão no aumento da excreção de sal e agua, durante aumentos crônicos de PA. Exemplo 2: PA reduzida ativa o SN Simpático e aumenta a formação de hormônios antinatriuréticos, além de reduzir o débito urinário a fim de restaurar a PA a níveis normais. A influência nervosa e hormonal na natriurese de pressão é especialmente importante durante alterações crônicas da ingestão de sódio pois, se os rins e mecanismos nervosos e hormonais estiverem funcionando normalmente, aumentos crônicos da ingestão de sal e água (para valores até 6x maiores) costumam levar a pequenos aumentos da PA. Inversamente, redução da ingestão de sal e água (até 1/6 abaixo do normal) tem efeitos muito pequenos na PA. Indivíduos com problemas renais (perda de néfrons funcionais devido a hipertensão, diabetes...) ou hormônios antinatriuréticos em excesso, podem ser mais sensíveis ao consumo de sal devido à necessidade de maiores aumentos da PA para elevar a natri/diurese o suficiente para balancear a ingestão e excreção de sal e água Existem evidências de que a alta ingestão de sal a longo prazo, durando por muitos anos, pode de fato lesar os rins e, eventualmente, tornar a pressão sanguínea mais sensível ao sal. RESISTÊNCIA PERIFÉRICA TOTAL AUMENTADA E INCAPACIDADE DE AUMENTO DA PA A LONGO PRAZO: PA = DC . RVPtotal quando a Resistência Vascular Periférica Total se eleva agudamente, a PA também aumenta de imediato sob função renal normal, esse aumento da PA decorrente do aumento da RVP NÃO é mantido e a PA retorna ao normal em cerca de 1 dia tal fenômeno ocorre pois o aumento da resistência vascular nos vasos sanguíneos, em qualquer parte do corpo exceto nos rins, NÃO altera o ponto de equilíbrio do controle da pressão sanguínea, que é ditado pelos rins os rins começam de imediato a responder à alta pressão arterial, provocando diurese e natriurese de pressão. Após algumas horas, grande quantidade de sal e de água é eliminada pelo corpo, e esse processo se mantém até que a pressão arterial retorne ao nível da pressão em equilíbrio a pressão arterial é normalizada e o volume de líquido extracelular e de sangue diminui para níveis abaixo do normal. Essa figura mostra os valores aproximados do débito cardíaco e da pressão arterial em diferentes condições clínicas, nas quais a resistência periférica total a longo prazo está muito menor ou muito maior que a normal, mas a excreção renal de sal e de água está normal. Note que em todas essas condições clínicasa pressão arterial está normal. ATENÇÃO! Muitas vezes, quando a resistência periférica total aumenta, ela também aumenta a resistência vascular intrarrenal, o que altera a função dos rins, podendo causar hipertensão por deslocar a curva de função renal para nível mais alto de pressão. Portanto, o aumento da resistência renal é o fator causal, e NÃO a resistência periférica total elevada — distinção muito importante. INFLUÊNCIA DO AUMENTO DO VOLUME DE LÍQUIDO SOBRE A PA: 4 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED mecanismo geral pelo qual o aumento do volume do líquido extracelular eleva a pressão arterial, caso a capacidade vascular não seja aumentada ao mesmo tempo Note que o aumento do débito cardíaco pode elevar a pressão arterial de modo direto e indireto o efeito direto do débito cardíaco sobre a pressão o efeito indireto que eleva a resistência vascular periférica total, por meio da autorregulação do fluxo sanguíneo. Autorregulação = fenômeno de controle local d fluxo sanguíneo autorregulação tecidual = sangue em excesso pelo tecido vasoconstrição local normalização do fluxo sanguíneo. Quando o aumento do volume sanguíneo eleva o débito cardíaco, o fluxo sanguíneo se eleva em todos os tecidos do corpo; assim, esse mecanismo de autorregulação contrai os vasos sanguíneos em todo o corpo elevando, assim, a resistência periférica total. Como a pressão arterial é igual ao débito cardíaco multiplicado pela resistência periférica total, o aumento secundário desta (PA), resultante do mecanismo de autorregulação (RVP), contribui, de forma importante, para a elevação da PA. Exemplo: aumento de apenas 5% a 10% do débito cardíaco pode elevar a PA do valor médio normal de 100 mmHg para até 150 mmHg. A IMPORTÂNCIA DO SAL NO ESQUEMA RIM- LÍQUIDOS CORPORAIS PARA CONTROLE DA PA: o aumento da ingestão de sal tem probabilidade muito maior de elevar a pressão arterial que a elevação da ingestão de água, pois a água pura, diferentemente do sal, normalmente é excretada pelos rins, com quase a mesma rapidez com que é ingerida. O acúmulo de sal no corpo também eleva, de modo indireto, o volume de líquido extracelular por dois motivos básicos: 1. O excesso de sal no líquido extracelular aumenta a osmolalidade do líquido, o que estimula o centro da sede no encéfalo, fazendo com que a pessoa beba quantidade maior de água para normalizar a concentração extracelular de sal. Isso eleva o volume do líquido extracelular. 2. O aumento da osmolalidade, causado pelo sal em excesso no líquido extracelular, estimula também o mecanismo secretor do hipotálamo-hipófise posterior, que libera maior quantidade de hormônio antidiurético. Esse hormônio faz com que os rins reabsorvam quantidade muito aumentada de água pelos túbulos renais, reduzindo o volume excretado de urina e elevando o volume do líquido extracelular. Por essas razões, a quantidade de sal acumulada no corpo é o principal determinante do volume do líquido extracelular. Como pequenos aumentos do volume do líquido extracelular e do sangue podem elevar muito a pressão arterial (se a capacidade vascular não aumentar ao mesmo tempo), o acúmulo extra de pequena quantidade de sal no corpo pode acarretar em elevação considerável da PA. Entretanto, isso somente é verdade quando o excesso de sal leva a um aumento no volume sanguíneo e se, ao mesmo tempo, não eleva a capacidade vascular. DÉFICIT DA FUNÇÃO RENAL E HIPERTENSÃO CRÔNICA: Hipertensão Crônica = pressão arterial média acima do limite superior da medida aceita como normal. Pressão Arterial Média NORMAL = 90mmHg PAM=PAD + [(PAS – PAD) ÷ 3] PAM Hipertensiva = acima de 110mmHg PAS maior que 135mmHg e PAD maior que 90mmHg HIPERTENSÃO GRAVE = PAM DE 150 A 170mmHg (PAS até 200mmhg e PAD até 130mmHg) 5 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED Mecanismos lesivos da hipertensão arterial: 1. Aumento do trabalho cardíaco: leva a Insuficiência Cardíaca e Doença Arterial Coronariana precoces, levando a morte por ataque cardíaco 2. Lesão dos vasos sanguíneos: a alta pressão lesa os vasos causando morte dos tecidos por eles nutridos AVCs, por exemplo 3. Lesão Renal: insuficiência renal, uremia e morte causadas por lesões renais decorrentes das altas pressões. HIPERTENSÃO POR SOBRECARGA DE VOLUME: tipo de hipertensão causada pelo acúmulo de líquidos no meio extracelular decorrente do descontrole do sistema rim-líquidos corporais. 1) HPSV por Redução da Massa Renal + Aumento da ingestão de Sal: Inicialmente, a redução da massa renal para 30% da normal diminuiu muito a capacidade dos rins de excretar sal e água. Assim, essas substâncias se acumulam e em poucos dias elevam a pressão arterial até o nível suficiente para excretar o excesso ingerido de sal e água. Alterações Sequenciais da Função Circulatória durante o Desenvolvimento de Hipertensão por Sobrecarga de Volume 1. Aproximadamente, uma semana antes do ponto “0”: a massa renal foi reduzida para apenas 30% do normal a ingestão de sal e água foi aumentada para cerca de seis vezes o normal e mantida subsequentemente nesse nível. Efeito agudo: aumento do volume de líquido extracelular, do volume sanguíneo e do débito cardíaco para 20% a 40% acima do normal. a PA também começou a se elevar, mas inicialmente não tanto quanto o volume de líquido e o débito cardíaco. o Análise da Curva da Resistência Periférica Total: demonstra, através de uma diminuição inicial, o porquê de a PA se elevar mais lentamente. Essa redução foi causada pelo mecanismo barorreceptor que transientemente atenuou a elevação da pressão. Entretanto, após 2 a 4 dias, os barorreceptores se adaptaram e não foram mais capazes de impedir o aumento da pressão. PA se eleva ao máximo devido ao aumento do débito cardíaco, embora a resistência periférica total ainda estivesse em nível quase normal. 2. Após essas alterações agudas iniciais, nas semanas seguintes, ocorrem alterações secundárias mais prolongadas: aumento progressivo da resistência periférica total redução do débito cardíaco praticamente ao normal, em grande parte, como resultado do Mecanismo de Autorregulação do Fluxo Sanguíneo a Longo Prazo = grande elevação do débito cardíaco produzindo hipertensão e fluxo sanguíneo excessivo pelos tecidos, o que provoca a constrição progressiva das arteríolas locais para retornar os fluxos sanguíneos dos tecidos e também o débito cardíaco aos valores normais; enquanto provoca, simultaneamente, a elevação 6 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED secundária da resistência periférica total. os volumes do líquido extracelular e do sangue retornam praticamente ao normal junto com a redução do débito cardíaco. Esse desfecho resulta de dois fatores: 1) o aumento na Resistência Arteriolar reduzindo a pressão capilar, o que permite que o líquido nos espaços teciduais seja reabsorvido para o sangue. 2) a pressão arterial elevada faz com que os rins excretem o excesso de líquido que havia se acumulado no corpo. 3. Várias semanas após o início da sobrecarga de volume (Efeitos Crônicos): Hipertensão Aumento acentuado da resistência periférica total Normalização quase total do volume do líquido extracelular, sanguíneo e do débito cardíaco. Assim, pode-se dividir a hipertensão por sobrecarga de volume em dois estágios sequenciais: 1º resultado do aumento do volume de líquido, causando elevação do débito cardíaco. Essa elevação medeia a hipertensão. 2º alta pressão arterial e alta resistência periférica total, com retorno do débito cardíaco para níveis tão próximos do normal que as técnicas habituais de medida com frequência não conseguem detectar qualquer elevação de seuvalor. Dessa forma, o aumento da resistência periférica total na hipertensão por sobrecarga de volume ocorre após o desenvolvimento da hipertensão e, portanto, é secundário a ela e não a sua causa. 2) HPSV em pacientes SEM RINS, mantidos por Rim Artificial: Quando um paciente é mantido sob terapia de substituição renal, é especialmente importante manter seu volume de líquido corporal no nível normal mediante a remoção de uma quantidade apropriada de água e sal, cada vez que o paciente é submetido à diálise. Se essa etapa não for efetuada e o volume do líquido extracelular aumentar, de modo quase invariável, o pcte evoluirá para hipertensão (através do mecanismo descrito anteriormente -DC PA autorregulação normaliza o DC enquanto RPT ). Assim, ao final, a hipertensão ocasionada parece ser do tipo de alta resistência periférica, embora a causa inicial seja a acumulação de um excesso de volume. 3) Hipertensão Causada por Excesso de Aldosterona: outro tipo de hipertensão, por sobrecarga de volume causada por excesso de aldosterona ou ocasionalmente por excesso de outros tipos de esteroides. “Aldosteronismo Primário”: pequeno tumor em uma das glândulas adrenais que, por vezes, secreta grande quantidade de aldosterona, a Aldosterona aumenta a intensidade da reabsorção de sal e de água pelos túbulos renais, reduzindo sua eliminação dessas substâncias na urina e aumentando o volume do sangue e do líquido extracelular consequentemente, leva a hipertensão. Se, adicionado ao aumento de aldosterona, a ingestão de sal for também aumentada, a hipertensão fica ainda mais intensa. Se essa condição cronificar (meses a anos), a pressão arterial excessiva causará alterações patológicas nos rins, fazendo-os reter ainda mais sal e água além do que é retido pela ação direta da aldosterona a hipertensão é agravada até ao ponto de se tornar letal. nos estágios iniciais desse tipo de hipertensão, o DC está aumentado, mas nos estágios mais avançados fica normal, enquanto a resistência periférica total é aumentada de forma secundária. SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA: Outro potente mecanismo de controle da PA pelos rins. Renina: é uma enzima liberada pelos rins quando a PA cai a níveis muito baixos e atua elevando a PA de diversos modos. Componentes do Sistema Renina-Angiotensina: 7 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED 1) Renina: é sintetizada e armazenada em forma inativa chamada pró-renina nas células justaglomerulares (células JG) dos rins. As células JG são células musculares lisas modificadas, situadas principalmente nas paredes das arteríolas aferentes imediatamente proximais aos glomérulos. Quando a pressão arterial cai, reações intrínsecas dos rins fazem com que muitas moléculas de pró-renina sejam clivadas e liberadas como renina A maior parte da renina é liberada no sangue que perfunde os rins para circular pelo corpo inteiro enquanto pequenas quantidades de renina permanecem nos líquidos locais dos rins onde exercem diversas funções intrarrenais. age enzimáticamente sobre outra proteína plasmática, a globulina referida como substrato de renina (ou angiotensinogênio), liberando peptídeo com 10 aminoácidos, a angiotensina I. Angiotensina I: tem ligeiras propriedades vasoconstritoras, mas não suficientes para causar alterações significativas na função circulatória. Alguns segundos após a formação de angiotensina I, dois aminoácidos adicionais são removidos da angiotensina I, formando o peptídeo de oito aminoácidos angiotensina II. o essa conversão ocorre, em grande parte, nos pulmões, enquanto o sangue flui por seus pequenos vasos catalisados pela enzima conversora de angiotensina (ECA) presente no endotélio dos vasos pulmonares. o rins e vasos sanguíneos também contêm enzimas conversoras e, portanto, formam localmente angiotensina II. Angiotensina II: é vasoconstritor extremamente potente que afeta a função circulatória de diversos modos. o persiste no sangue por apenas 1 ou 2 minutos pois é rapidamente inativada por múltiplas enzimas sanguíneas e teciduais, coletivamente chamadas de angiotensinases. Exerce 2 efeitos principais capazes de aumentar a pressão arterial: 1. vasoconstrição (muito intensa nas arteríolas e menos intensa nas veias) em muitas áreas do corpo e com muita rapidez a constrição das arteríolas aumenta a resistência periférica total, elevando, dessa forma, a pressão arterial. - Além disso, a leve constrição das veias promove o aumento do retorno venoso do sangue para o coração, contribuindo para o maior bombeamento cardíaco contra a pressão elevada. o gráfico mostra como o sistema renina-angiotensina é suficientemente potente para elevar a pressão arterial, no mínimo, até a metade do normal alguns minutos após hemorragia intensa esse pode ser o mecanismo salvador da vida para o corpo, em especial no choque circulatório. Note que o sistema vasoconstritor renina- angiotensina precisa de cerca de 20 minutos para ser ativado. Desse modo, seu controle da pressão arterial é mais lento que os reflexos nervosos e o sistema simpático norepinefrina-epinefrina. 2. diminuição da excreção de sal e de água pelos rins eleva lentamente o volume do líquido extracelular, o que aumenta a pressão arterial durante as horas e dias subsequentes. Esse efeito a longo prazo, agindo pelo mecanismo de controle do volume do líquido extracelular, é ainda mais potente que a vasoconstrição aguda na elevação eventual da pressão arterial. A angiotensina II faz com que os rins retenham sal e água por dois meios principais: 2.1. Atuando diretamente sobre os rins para provocar retenção de sal e de água através dos mecanismos de: constrição das arteríolas renais = diminui o fluxo sanguíneo pelos rins o lento fluxo sanguíneo reduz a pressão nos capilares peritubulares, provocando a rápida reabsorção de líquido pelos túbulos. ações diretas sobre as células tubulares para aumentar a reabsorção de sal e de água 8 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED 2.2. Estimulando as glândulas adrenais a secretarem aldosterona que aumenta a reabsorção de sal e de água pelos túbulos renais. Assim, quando quantidades excessivas de angiotensina II circulam no sangue, todo o mecanismo renal a longo prazo para o controle dos líquidos corporais é automaticamente ajustado para manter a pressão arterial acima da normal. ao aumentar a reabsorção de sódio pelos túbulos renais, elevando sua concentração no líquido extracelular, ocorre retenção de água, o que aumenta o volume do líquido extracelular e provoca, de forma secundária, maior elevação da PA a longo prazo. Desse modo, tanto o efeito direto da angiotensina sobre os rins quanto seu efeito por meio da aldosterona são importantes no controle da pressão arterial a longo prazo. Entretanto, pesquisas sugerem que o efeito direto da angiotensina sobre os rins seja cerca de 3X mais potente que o efeito indireto por meio da aldosterona. O PAPEL DO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA NA MANUTENÇÃO DA PA NORMAL SOB GRANDES VARIAÇÕES NA INGESTÃO DE SAL: Uma das mais importantes funções do sistema renina- angiotensina é a de permitir que a pessoa ingira quantidades muito pequenas ou muito grandes de sal, sem apresentar grandes variações do volume do líquido extracelular ou da pressão arterial. o aumento da ingestão de sal tem como efeito inicial a elevação do volume do líquido extracelular que, por sua vez, aumenta a pressão arterial a PA elevada aumenta o fluxo sanguíneo pelos rins e reduz a secreção de renina para nível muito mais baixo provocando a redução da retenção renal de sal e água, a quase normalizaçãodo volume do líquido extracelular e, por fim, a quase normalização da pressão arterial. o sistema renina-angiotensina é um mecanismo de feedback automático, que contribui para a manutenção da pressão arterial em níveis próximos aos normais, mesmo quando a ingestão de sal é aumentada. quando a ingestão de sal diminui para abaixo da normal ocorrem efeitos opostos o a redução da ingestão de sal para até 1/10 do normal quase não provoca alteração (sistema funcionando normalmente) o entretanto, se a formação de angiotensina II for bloqueada com um inibidor da enzima conversora da angiotensina, a pressão arterial reduz-se de forma importante ao diminuir a ingestão de sal quando o sistema funciona normalmente, a pressão se eleva por não mais do que 4 a 6 mmHg em resposta ao aumento de 100 vezes na ingestão de sal 9 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED o em contrapartida, quando o sistema renina-angiotensina é bloqueado e impede-se a supressão habitual da formação de angiotensina, o mesmo aumento da ingestão de sal provoca, às vezes, elevação de até 10 vezes maior da pressão, até 50 a 60 mmHg. Assim, o sistema renina-angiotensina é talvez o sistema mais potente do organismo para acomodar amplas variações na ingestão de sal, com alterações mínimas na pressão arterial TIPOS DE HIPERTENSÃOARTERIAL: 1. Primária ou Essencial: de origem desconhecida 2. Secundária a causas conhecidas ou monogênicas: estenose de artéria renal .... HIPERTENSÃO PRIMÁRIA OU ESSENCIAL: Maioria dos casos de hipertensão Excesso de peso e vida sedentária = importantes predisponentes ao estabelecimento de hipertensão arterial perda de peso é o primeiro passo no tratamento da HA Características da hipertensão primária: Débito cardíaco aumentado = devido, em parte, ao fluxo sanguíneo adicional necessário para a maior quantidade de tecido adiposo. Entretanto, o fluxo sanguíneo pelo coração, pelos rins, pelo trato gastrointestinal e pela musculatura esquelética também aumenta com o ganho de peso, em função da maior intensidade metabólica e do crescimento dos órgãos e tecidos, em resposta às suas necessidades metabólicas aumentadas. Quando a hipertensão é mantida por muitos meses e anos, a resistência vascular periférica total também pode estar elevada. Aumento da atividade nervosa simpática, especialmente nos rins: estudos recentes sugerem que hormônios, como a leptina (liberados pelas células adiposas), podem estimular, de forma direta, múltiplas regiões do hipotálamo, o que, por sua vez, tem influência excitatória sobre os centros vasomotores do bulbo. Além disso, existe também evidência de uma diminuição da sensibilidade dos barorreceptores arteriais em amortecer os aumentos na pressão arterial de pessoas obesas. Aumento dos níveis de angiotensina II e aldosterona: em parte, pode ser causado pela elevação da estimulação nervosa simpática, que aumenta a liberação de renina pelos rins e, assim, a formação de angiotensina II, que estimula as glândulas adrenais a secretarem aldosterona Comprometimento do mecanismo da natriurese por pressão renal: faz com que os rins não excretem a quantidade adequada de sal e de água, a menos que a pressão arterial esteja alta ou que a função renal melhore. Se a pressão arterial média no indivíduo com hipertensão essencial for de 150 mmHg, a redução aguda artificial da PA para o valor normal de 100 mmHg (mas sem alterar, de outros modos, a função renal, exceto pela diminuição da pressão) provocará anúria quase total, e a pessoa reterá sal e água até que a pressão aumente novamente para o valor elevado de 150 mmHg. Reduções crônicas da pressão arterial, com terapias anti-hipertensivas efetivas, entretanto, em geral, não provocam retenção acentuada de sal e água pelos rins, porque essas terapias também melhoram a natriurese por pressão renal. o o déficit da natriurese da pressão renal na hipertensão por obesidade é causado, majoritariamente, por aumento da reabsorção tubular renal de sal e de água, devido à maior atividade nervosa simpática e aos níveis elevados de angiotensina II e de aldosterona. Contudo, se a hipertensão não for tratada, poderão ocorrer lesões vasculares nos rins, reduzindo a filtração glomerular e aumentando a severidade da hipertensão. a hipertensão não controlada associada à obesidade pode causar lesões vasculares graves e perda total da função renal. a pressão, em geral, fica mais sensível ao sal à medida que a pessoa envelhece após os 50 ou 60 anos de idade. A diferença entre os dois tipos de hipertensão essencial (sensível ao sal e insensível ao sal) supostamente está relacionada às diferenças estruturais ou funcionais nos rins desses dois tipos de pacientes hipertensos. o a hipertensão sensível ao sal pode ocorrer em diferentes tipos de doença renal crônica, devido à perda gradual de unidades funcionais dos rins (néfrons) ou ao envelhecimento normal o a função anormal do sistema renina-angiotensina pode também tornar a pressão sanguínea sensível ao sal TRATAMENTO: modificações no estilo de vida: aumento das atividades físicas e perda de peso na maioria dos pacientes 10 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED tratamento farmacológico com fármacos anti- hipertensivos deve ser iniciado em casos de pctes que não conseguem perder peso. Duas classes gerais de fármacos são usadas para tratar a hipertensão: vasodilatadores = aumentam o fluxo sanguíneo renal e ritmo de filtração glomerular; (em geral causam vasodilatação em muitos outros tecidos) natriuréticos ou diuréticos = reduzem a reabsorção tubular de sal e de água. agem de uma das seguintes maneiras: 1. inibição de sinais nervosos simpáticos para os rins ou pelo bloqueio da ação da substância transmissora simpática na vasculatura renal e túbulos renais; 2. relaxamento direto dos músculos lisos da vasculatura renal; 3. bloqueio da ação do sistema renina-angiotensina- aldosterona na vasculatura ou nos túbulos renais. Os fármacos que reduzem a reabsorção de sal e de água pelos túbulos renais incluem aqueles que bloqueiam o transporte ativo de sódio através da parede tubular; esse bloqueio, por sua vez, impede a reabsorção de água. HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA: TIPOS DE HIPERTENSÃO COM PARTICIPAÇÃO DA ANGIOTENSINA: Tumor secretor de Renina – tumor das células JG secretoras de Renina que culminam em quantidades absurdamente grandes de Angiotensina II. Isquemia Renal É notável que a Angiotensina II pode elevar a PA por 2 vias: 1. Constrição das arteríolas em todo o corpo aumento da RVPT e PA aumento em alguns segundos 2. Retenção renal de sal e água hipertensão após alguns dias 1) Hipertensão de Goldblatt de “Rim Único”: Quando um dos rins é removido e um constritor é colocado na artéria renal do rim remanescente, o efeito imediato é a intensa diminuição da pressão na artéria distal à constrição Após segundos a minutos, a PA sistêmica começa a se elevar ao longo de vários dias. Após a elevação mais intensa da primeira hora, a PA continua a se elevar lentamente durante os dias seguintes Esse aumento ocorre até a PA Sistêmica atingir novo nível estável nesse nível a pressão na artéria renal está praticamente normalizada A elevação inicial da PA na hipertensão de Goldblatt é causada: pelo mecanismo vasoconstritor da renina-angiotensina, isto é, devido ao baixo fluxo sanguíneo pelo rim após a constrição aguda da artéria renal, grande quantidade de renina é secretada pelo rim e isto aumenta a angiotensina II e a aldosterona no sangue. A angiotensina, por sua vez, eleva de forma aguda a pressão arterial. A secreção de renina aumenta até seu máximodepois de cerca de 1 hora, mas praticamente se normaliza após 5 a 7 dias, porque a pressão arterial renal também se elevou até o normal, assim o rim não está mais isquêmico. A segunda elevação da pressão arterial é causada: pela retenção de sal e de água pelo rim isquêmico (que também é estimulado pela angiotensina II e pela aldosterona). Em 5 a 7 dias, o volume do líquido corporal aumenta o suficiente para elevar a pressão arterial até seu novo nível estável. O valor quantitativo desse novo nível da pressão é determinado pelo grau de constrição da artéria renal, isto é, a pressão aórtica deve se elevar até que a pressão arterial distal ao constritor seja suficiente para provocar débito urinário normal. 11 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED Cenário similar ocorre em pctes com estenose da artéria renal de único rim remanescente (transplantados, por ex). aumentos funcionais ou fisiológicos da resistência de arteríolas renais, devido à aterosclerose ou aos níveis excessivos de vasoconstritores, podem provocar hipertensão pelos mesmos mecanismos. 2) Hipertensão de Goldblatt de “Dois Rins”: Hipertensão causada pela constrição arterial de apenas um rim enquanto o outro rim é mantido normal. O rim com constritor secreta renina e também retém sal e água, devido à diminuição de sua pressão arterial renal. o rim oposto “normal” retém sal e água devido à renina produzida pelo rim isquêmico e essa renina provoca a formação de angiotensina II e de aldosterona, que circulam para o rim oposto e acarretam retenção de sal e água. Assim, ambos os rins por diferentes razões passam a ser retentores de sal e de água, com o consequente desenvolvimento de hipertensão. a contrapartida clínica da hipertensão de Goldblatt de “dois rins” ocorre quando existe estenose de uma só artéria renal, por exemplo, causada por aterosclerose em pessoa que tem dois rins. 3) Hipertensão por secreção crônica de Renina: Doença Renal Isquêmica Focal: focos de isquemia devido à constrições vasculares locais ou infartos em um ou ambos os rins que, pelo mesmo mecanismo da Hipertensão de Goldblatt de 2 rins, cursam com produção suprafisiológica de renina e retenção de sal e água por toda a massa renal. uma das causas mais comuns de HA em idosos OUTROS TIPOS DE HIPERTENSÃO CAUSADOS POR COMBINAÇÕES DE SOBRECARGA DE VOLUME E DE VASOCONSTRIÇÃO 1) Hipertensão na parte superior do corpo por Coarctação da Aorta: Alguns bebês nascem com constrição ou bloqueio patológico da Aorta em ponto distal aos ramos arteriais para a cabeça e MMSS, mas proximal às artérias renais Coarctação da Aorta Nessa condição, o fluxo sanguíneo para aperte inferior do corpo ocorre por circuitos arteriais colaterais (pequenas artérias na parede corporal, com muita resistência vascular entre a aorta superior e a inferior. Como consequência, a PA na parte superior do corpo pode ser de 40 a 50% mais alta que na inferior. Mecanismo de hipertensão quase idêntico ao da Hipertensão de Goldblatt de rim único diante de uma constrição aórtica acima das artérias renais, a pressão em ambos os rins cai e a secreção de renina acontece culminando no aumento da PA sistêmica. A PA aumenta sistemicamente, mas devido à ausência de constrições na parte superior a PA nestas regiões aumenta muito mais No nível dos rins, a PA aumenta até próximo dos níveis normais PA normal na parte inferior do corpo e aumentada na parte superior Autorregulação do fluxo sanguíneo: mesmo com a diferença de pressão, o fluxo sanguíneo nas partes superior e inferior é quase normal e normal, respectivamente. Isso ocorre devido aos mecanismos de autorregulação a longo prazo (necessidades teciduais) que se desenvolvem e compensam as diferenças de pressão. 2) Hipertensão na Pré-eclâmpsia (Toxemia Gravídica): A Hipertensão é uma das manifestações da Síndrome Pré- eclâmpsia que, em geral, desaparece após o parto Síndrome de causas ainda não completamente compreendidas, acredita-se que a isquemia da Placenta e liberação de fatores tóxicos tenham participação na fisiopatologia dessa síndrome. As substancias liberadas pela placenta isquêmica causam danos às células endoteliais dos vasos em todo o corpo tal disfunção endotelial diminui a secreção de óxido nítrico e outras substancias vasodilatadoras, resultando em vasoconstrição, diminuição da intensidade de filtração glomerular, comprometimento da natriurese renal por pressão e desenvolvimento de hipertensão. Espessamento das membranas glomerulares renais (possível processo autoimune): reduz a filtração glomerular contribui para o estabelecimento da hipertensão na pré-eclâmpsia devido à necessidade de uma pressão elevada para a formação normal de urina. Essas pctes têm maior tendência de apresentar graus mais elevados de hipertensão ao ingerirem quantidade excessiva de sal. 12 FISIOLOGIA 2 - CARDIO VITÓRIA NOVAIS - MED 3) Hipertensão Neurogênica: Hipertensão Neurogênica Aguda: forte estimulação do SN Simpático que resulta em vasoconstrição periférica generalizada e hipertensão aguda o Outro tipo de Hipertensão Neurogênica Aguda ocorre quando os nervos que partem dos barorreceptores são cortados ou quando o trato solitário no bulbo é destruído bilateralmente (área onde os nervos dos barorreceptores carotídeos e aórticos se conectam com o tronco cerebral). A interrupção súbita dos sinais nervosos normais, que partem dos barorreceptores, tem o mesmo efeito sobre os mecanismos nervosos de controle da pressão que a redução súbita da pressão arterial na aorta e na carótida, isto é, a perda do efeito inibitório normal sobre o centro vasomotor, causada pelos sinais nervosos normais dos barorreceptores, permite que o centro vasomotor fique subitamente muito ativo e a pressão arterial média aumente de 100 mmHg para até 160 mmHg. A pressão se normaliza após 2 dias, porque a resposta do centro vasomotor à ausência dos sinais dos barorreceptores se dissipa, o que é chamado de “reajuste” central do mecanismo de controle barorreceptor da pressão. Assim, a hipertensão neurogênica causada pela secção dos nervos barorreceptores é, em grande parte, do tipo agudo e não crônico. Hipertensão Neurogênica Crônica: principalmente pela ativação dos nervos simpáticos renais que prejudicam a natriurese excesso de peso e obesidade (conduzem a ativação do SN Simpático) 4) Hipertensão por causas genéticas: diversas mutações gênicas vêm sendo identificadas como causa da hipertensão essa forma de hipertensão é chamada hipertensão monogênica, por ser causada pela mutação de gene único. aspecto interessante dessas desordens genéticas é que todas causam reabsorção excessiva de sal e de água pelos túbulos renais. o em alguns casos, a reabsorção elevada é devida às mutações gênicas que aumentam diretamente o transporte de sódio ou de cloreto nas células epiteliais tubulares renais. o em outros casos, as mutações gênicas causam aumento da síntese ou da atividade hormonal, o que estimula a reabsorção tubular renal de água e sal. Assim, em todos os distúrbios de hipertensão monogênica identificados até agora, a via final comum para a hipertensão parece ser o aumento da reabsorção de sal e expansão do volume do líquido extracelular. no entanto, é uma forma rara de hipertensão e todas as formas conhecidas representam, em conjunto, menos de 1% da hipertensão humana.
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