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TUTORIA 3 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO Tutoria 3 MÓDULO 1 Termos Desconhecidos ▪ IECA: inibidor da enzima de conversão da angiotensina => bloqueio da ação da enzima conversora da angiotensina. Menor formação de angiotensina II, potente vasoconstrictor e estimulador da aldosterona. O IECA é inibidor também da degradação da bradicinina, potente vasodilatador, que tem sua ação aumentada; ▪ ESTENOSE: estreitamento anormal de um vaso sanguíneo, outro órgão ou estrutura tubular do corpo; Definição do Problema: INSUFICIÊNCIA RENAL Objetivos 1. Compreender o papel dos rins no controle da PA através da natriurese/diurese pressórica; 2. Definir insuficiência renal aguda e suas principais causas; 3. Explicar por que a diminuição de fluxo nas artérias renais eleva os níveis de pressão arterial; TUTORIA 3 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO SISTEMA RIM-LÍQUIDOS CORPORAIS PARA O CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL ▪ O sistema rim-líquidos corporal para o controle da pressão arterial atua lenta, mas poderosamente, como se segue: o se o volume sanguíneo aumenta e a capacitância vascular não é alterada, a pressão arterial se elevará também. ▪ Essa elevação faz com que os rins excretem o volume excessivo, normalizando, assim, a pressão. QUANTIFICAÇÃO DA DIURESE DE PRESSÃO COMO BASE PARA O CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL ▪ Diferentes níveis de pressão arterial afetam o débito urinário no rim isolado, demonstrando aumento acentuado quando a pressão se eleva. ▪ O fenômeno de aumento é chamado diurese de pressão. ▪ Além disso, o aumento da pressão arterial não eleva apenas o débito urinário, mas provoca também elevação aproximadamente igual da eliminação de sódio, que é o fenômeno da natriurese de pressão. O MECANISMO RIM-LÍQUIDO CORPORAL PROPORCIONA UM GANHO DE FEEDBACK QUASE INFINITO PARA O CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL A LONGO PRAZO ▪ O organismo tende a manter o equilíbrio entre a perda de água e eletrólitos (então, débito renal de água e sal) e a ingestão/ganho (ingestão + quantidade proveniente do metabolismo) total de água e sal. ▪ Portanto, se a pressão arterial cair abaixo do ponto de equilíbrio, e a ingestão de água e de sal passar a ser maior que o débito; o volume do líquido corporal deverá aumentar junto com o volume sanguíneo, para que a pressão arterial se eleve de novo até atingir o ponto de equilíbrio. ▪ Esse retorno da pressão arterial sempre ao ponto de equilíbrio é o princípio da resposta por feedback quase infinito, para a regulação da pressão arterial pelo mecanismo rim-líquidos corporais. DOIS DETERMINANTES-CHAVE DA PRESSÃO ARTERIAL A LONGO PRAZO ▪ É impossível alterar a pressão arterial média a longo prazo sem alterar um ou os dois determinantes básicos da pressão arterial a longo prazo: 1. o nível de ingestão de sal e de água; ou 2. o grau do deslocamento da curva de função renal ao longo do eixo de pressão. ▪ Entretanto, se qualquer um desses determinantes for alterado, percebe-se que a pressão arterial é regulada em novo nível, onde as duas novas curvas se cruzam. A CURVA DE DÉBITO RENAL CRÔNICO É MUITO MAIS ÍNGREME DO QUE A CURVA AGUDA ▪ Característica importante da natriurese da pressão (e diurese da pressão) é que variações crônicas da pressão arterial, com duração de dias ou meses, exercem efeito muito maior no débito renal de sal e água do que o observado durante variações agudas da pressão. ▪ Os efeitos potentes do aumento crônico da pressão arterial no débito urinário ocorrem porque a pressão aumentada tem efeitos, não apenas hemodinâmicos diretos na excreção renal como também efeitos indiretos, mediados por alterações nervosas e Objetivo 1 1. Compreender o papel dos rins no controle da PA através da natriurese/diurese pressórica TUTORIA 3 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO hormonais que acontecem quando a pressão sanguínea é aumentada. ▪ Por exemplo, a pressão arterial aumentada diminui a atividade do sistema nervoso simpático e de vários hormônios, tais como angiotensina II e aldosterona, que tendem a reduzir a excreção renal de sal e de água. ▪ A atividade reduzida desses sistemas antinatriuréticos, portanto, amplifica a eficácia da natriurese e da diurese de pressão no aumento da excreção de sal e água, durante aumentos crônicos na pressão arterial. ▪ Inversamente, quando a pressão arterial é reduzida, o sistema nervoso simpático é ativado, e a formação de hormônios antinatriuréticos é aumentada, somando-se ao efeito direto na redução da pressão de diminuir o débito renal de água e sal. ▪ Essa combinação de efeitos diretos da pressão nos rins e efeitos indiretos da pressão no sistema nervoso simpático, bem como em vários sistemas hormonais, tornam a natriurese e a diurese da pressão extremamente potentes no controle de longa duração da pressão arterial e do volume dos líquidos corporais. ▪ A importância da influência nervosa e hormonal na natriurese da pressão é especialmente evidente durante alterações crônicas da ingestão de sódio. INCAPACIDADE DA RESISTÊNCIA PERIFÉRICA TOTAL AUMENTADA DE ELEVAR A PRESSÃO ARTERIAL A LONGO PRAZO SE A INGESTÃO DE LÍQUIDO E A FUNÇÃO RENAL NÃO SE ALTERAREM ▪ Relembrando a equação básica que afirma que — a pressão arterial é igual ao débito cardíaco multiplicado pela resistência periférica total —, fica evidente que o aumento na resistência periférica total deveria elevar a pressão arterial. PA = DC x RPT ▪ De fato, quando a resistência periférica total se eleva de forma aguda, a pressão arterial aumenta de imediato. ▪ Entretanto, se os rins continuarem a funcionar normalmente, a elevação aguda da pressão arterial, em geral, não é mantida. Ao contrário, retorna ao normal em cerca de um dia. ▪ A razão para esse fenômeno é que o aumento da resistência vascular nos vasos sanguíneos, em qualquer parte do corpo exceto nos rins, não altera o ponto de equilíbrio do controle da pressão sanguínea, que é ditado pelos rins. ▪ Ao contrário, os rins começam de imediato a responder à alta pressão arterial, provocando diurese e natriurese de pressão. ▪ Após algumas horas, grande quantidade de sal e de água é eliminada pelo corpo, e esse processo se mantém até que a pressão arterial retorne ao nível da pressão em equilíbrio. ▪ Nesse ponto, a pressão arterial é normalizada e o volume de líquido extracelular e de sangue diminui para níveis abaixo do normal. ▪ Muitas vezes, quando a resistência periférica total aumenta, ela também aumenta a resistência vascular intrarrenal ao mesmo tempo, o que altera a função dos rins, podendo causar hipertensão por deslocar a curva de função renal para nível mais alto de pressão. ▪ Entretanto, o aumento da resistência renal é o fator causal, e não a resistência periférica total elevada — distinção muito importante. O AUMENTO DO VOLUME DE LÍQUIDO PODE ELEVAR A PRESSÃO ARTERIAL POR AUMENTAR O DÉBITO CARDÍACO OU A RESISTÊNCIA PERIFÉRICA TOTAL ▪ O mecanismo geral pelo qual o aumento do volume do líquido extracelular pode elevar a pressão arterial, se a capacidade vascular não for aumentada ao mesmo tempo, é dado da seguinte maneira: TUTORIA 3 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 1. elevação do volume do líquido extracelular; 2. elevação do volume sanguíneo; 3. aumento da pressão média de enchimento da circulação; que 4. eleva o retorno venoso para o coração; 5. aumentando o débito cardíaco; e que 6. aumenta a pressão arterial. ▪ A elevação da pressão arterial, por sua vez, aumenta a excreção real de sal e água e pode fazer voltar para quase normal o volume do líquido extracelular, se a função renal estiver normal. ▪ Há dois modos pelos quais o aumento nodébito cardíaco pode elevar a pressão arterial. ▪ Um deles é o efeito direto do débito cardíaco sobre a pressão, e o outro é efeito indireto que eleva a resistência vascular periférica total, por meio da autorregulação do fluxo sanguíneo. ▪ Quando sangue em excesso flui pelo tecido, a vasculatura tecidual local se contrai, normalizando o fluxo sanguíneo. ▪ Esse fenômeno é referido como “autorregulação”, significando simplesmente a regulação do fluxo sanguíneo pelo próprio tecido. ▪ Quando o aumento do volume sanguíneo eleva o débito cardíaco, o fluxo sanguíneo se eleva em todos os tecidos do corpo; assim, esse mecanismo de autorregulação contrai os vasos sanguíneos em todo o corpo, o que, por sua vez, eleva a resistência periférica total. ▪ Por fim, como a pressão arterial é igual ao débito cardíaco multiplicado pela resistência periférica total, o aumento secundário desta, resultante do mecanismo de autorregulação, contribui, de forma importante, para a elevação da pressão arterial. A IMPORTÂNCIA DO SAL (NACL) NO ESQUEMA RIM-LÍQUIDOS CORPORAIS PARA O CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL ▪ Estudos experimentais mostraram que o aumento da ingestão de sal tem probabilidade muito maior de elevar a pressão arterial que a elevação da ingestão de água. ▪ O motivo desse achado é que a água pura é normalmente excretada pelos rins, com quase a mesma rapidez com que é ingerida, o que não ocorre com o sal. ▪ O acúmulo de sal no corpo também eleva, de modo indireto, o volume de líquido extracelular por dois motivos básicos: 1. Quando ocorre excesso de sal no líquido extracelular, a osmolalidade do líquido aumenta, o que estimula o centro da sede no encéfalo, fazendo com que a pessoa beba quantidade maior de água para normalizar a concentração extracelular de sal. Isso eleva o volume do líquido extracelular. 2. O aumento da osmolalidade, causado pelo sal em excesso no líquido extracelular, estimula também o mecanismo secretor do hipotálamo-hipófise posterior, que passa a liberar maior quantidade de hormônio antidiurético. Esse hormônio faz com que os rins reabsorvam quantidade muito TUTORIA 3 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO aumentada de água pelos túbulos renais, reduzindo o volume excretado de urina e elevando o volume do líquido extracelular. ▪ Como apenas pequenos aumentos do volume do líquido extracelular e do sangue podem, com frequência, elevar muito a pressão arterial, se a capacidade vascular não aumentar ao mesmo tempo, o acúmulo extra de pequena quantidade de sal no corpo pode acarretar elevação considerável da pressão arterial. ▪ Entretanto, isso somente é verdade quando a acumulação de excesso de sal leva a um aumento no volume sanguíneo e se, ao mesmo tempo, não eleva a capacidade vascular. ▪ O aumento da ingestão de sal, na ausência da função renal comprometida ou formação excessiva de hormônios antinatriuréticos, em geral não eleva muito a pressão arterial, pois os rins rapidamente eliminam o excesso de sal e o volume sanguíneo dificilmente é alterado. A IMPORTÂNCIA DA NATRIURESE POR PRESSÃO E DA DIURESE POR PRESSÃO NA MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO DE SÓDIO E ÁGUA NO CORPO ▪ Um dos mecanismos mais básicos e potentes para a manutenção do equilíbrio entre o sódio e a água, bem como para o controle do volume sanguíneo e do líquido extracelular, é o efeito da pressão sanguínea sobre a excreção de sódio e de água — mecanismos que recebem o nome natriurese por pressão e diurese por pressão, respectivamente. ▪ Esse feedback também tem participação dominante na regulação da pressão sanguínea a longo prazo. ▪ A diurese por pressão se refere ao efeito de aumento do débito urinário pela elevação da pressão sanguínea, enquanto a natriurese por pressão se aplica ao aumento da excreção de sódio que ocorre pela elevação da pressão sanguínea. ▪ Como a diurese e a natriurese por pressão usualmente ocorrem juntas, a seguir referimos esses mecanismos simplesmente como “natriurese por pressão”. ▪ Incrementos agudos da pressão sanguínea, de 30 a 50 mmHg, provocam aumento, por 2 a 3 vezes, do débito urinário de sódio. ▪ Esse efeito é independente das alterações na atividade do sistema nervoso simpático ou de diversos hormônios, como a angiotensina II (Ang II), o ADH ou a aldosterona, pois a natriurese por pressão pode ser demonstrada no rim isolado, removido da influência desses fatores. ▪ Em caso de elevações crônicas da pressão sanguínea, a eficiência da natriurese por pressão é bastante acentuada, pois a elevação da pressão sanguínea, após curto período de tempo, também impede a liberação da renina e, desse modo, diminui a formação de Ang II e de aldosterona. ▪ Os níveis reduzidos desses hormônios inibem a reabsorção do sódio pelos túbulos renais, elevando os efeitos diretos da elevação da pressão sanguínea para aumentar a excreção de sódio e de água. NATRIURESE E DIURESE POR PRESSÃO, COMO COMPONENTES ESSENCIAIS DO FEEDBACK RIM-LÍQUIDOS CORPORAIS, PARA A REGULAÇÃO DO VOLUME DOS LÍQUIDOS CORPORAIS E DA PRESSÃO ARTERIAL ▪ O efeito da pressão sanguínea elevada sobre o aumento do débito urinário faz parte de potente sistema de feedback que atua para manter o equilíbrio entre a entrada e a saída de líquido. ▪ O volume do líquido extracelular, o volume sanguíneo, o débito cardíaco, a pressão arterial e o débito urinário são controlados, ao mesmo tempo, como partes distintas desse mecanismo básico de feedback. ▪ Durante as variações da ingestão de sódio e água, esse mecanismo de feedback ajuda a TUTORIA 3 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO manter o equilíbrio dos líquidos e a minimizar as variações do volume sanguíneo, do volume extracelular e da pressão arterial da seguinte forma: 1. O aumento da ingestão de líquidos (admitindo-se que o sódio acompanhe essa ingestão) acima do nível do débito urinário provoca acúmulo temporário de líquido no corpo. 2. Se a ingestão de líquido for maior que o débito urinário, esse líquido em excesso se acumulará no sangue e nos espaços intersticiais, ocasionando aumento paralelo dos volumes de sangue e de líquido extracelular. Os aumentos reais dessas variáveis são, usualmente, insignificantes, devido à eficiência desse feedback. 3. O aumento do volume sanguíneo eleva a pressão média de enchimento circulatório. 4. A elevação da pressão média de enchimento circulatório aumenta o gradiente de pressão para o retorno venoso. 5. O gradiente de pressão elevado aumenta o débito cardíaco. 6. O alto débito cardíaco, por sua vez, aumenta a pressão arterial. 7. O aumento da pressão arterial incrementa o débito urinário, por meio da diurese por pressão. O grau de inclinação da relação normal da natriurese por pressão indica a necessidade de apenas ligeira elevação da pressão arterial para aumentar a excreção urinária por muitas vezes. 8. A excreção aumentada de líquido contrabalança a maior ingestão, impedindo maior acúmulo de líquido. ▪ Assim, o mecanismo do feedback rim- líquidos corporais atua de modo a evitar o acúmulo contínuo de sal e água no corpo, durante a alta ingestão de sal e água. ▪ Enquanto a função renal permanecer normal e o mecanismo de diurese por pressão atuar de forma eficaz, grandes alterações na ingestão de sal e de água poderão ser acomodadas com apenas discretas variações do volume sanguíneo, do volume de líquido extracelular, do débito cardíaco e da pressão arterial. ▪ Quando a ingestão de líquidos cai abaixo do normal, ocorre a sequência oposta de eventos. ▪ Nesse caso, existe a tendência para a redução dos volumes de sangue e do líquido extracelular, bem comopara declínio da pressão arterial. ▪ Até mesmo pequena redução da pressão sanguínea provoca grande redução do débito urinário, possibilitando a manutenção do equilíbrio dos líquidos com variações mínimas da pressão sanguínea, do volume sanguíneo ou do volume de líquido extracelular. ▪ A eficiência desse mecanismo em evitar grandes alterações do volume sanguíneo é comprovada; as modificações do volume sanguíneo são quase imperceptíveis, apesar das extensas variações da ingestão diária de água e de eletrólitos, exceto quando a ingestão for tão baixa a ponto de não ser suficiente para compensar as perdas de líquido ocasionadas pela evaporação ou por outras perdas inevitáveis. ▪ Além de mecanismos intrarrenais, existem sistemas nervoso e hormonal que podem aumentar a excreção de sódio para combinar a ingestão de sódio mesmo sem incrementos mensuráveis no débito cardíaco ou na pressão arterial em muitas pessoas. ▪ Outros indivíduos que são “sensíveis ao sal” têm elevações significativas da pressão arterial mesmo com aumentos moderados na ingestão de sódio. ▪ Com o prolongamento da ingestão de sódio aumentada por vários anos, a pressão arterial elevada pode ocorrer mesmo em pessoas que inicialmente não são sensíveis ao sal. TUTORIA 3 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO ▪ Quando a pressão sanguínea aumenta, a natriurese de pressão fornece meio fundamental de manter o equilíbrio entre a ingestão de sódio e excreção urinária de sódio. PRECISÃO DA REGULAÇÃO DOS VOLUMES DE SANGUE E DO LÍQUIDO EXTRACELULAR ▪ O volume sanguíneo permanece quase exatamente constante, apesar de alterações extremas da ingestão diária de líquidos. ▪ A razão para esse fenômeno é a seguinte: 1. variação pequena do volume sanguíneo provoca alteração acentuada do débito cardíaco; 2. modificação discreta do débito cardíaco provoca grande alteração da pressão sanguínea; 3. mudança insignificante da pressão sanguínea gera grande alteração no débito urinário. ▪ Esses fatores atuam em conjunto para permitir o controle eficaz do volume sanguíneo por feedback. ▪ Os mesmos mecanismos de controle funcionam quando ocorre perda de sangue devido à hemorragia. ▪ Nesse caso, a queda da pressão sanguínea, juntamente com os fatores nervosos e hormonais, causa retenção de líquidos pelos rins. ▪ Outro processo paralelo ocorre para reconstituir as células sanguíneas vermelhas e as proteínas plasmáticas no sangue. Se as anormalidades do volume das células vermelhas permanecerem, tais como as que ocorrem quando existe deficiência de eritropoietina ou de outro fator necessário para estimular a produção de células sanguíneas, o volume plasmático irá simplesmente compensar a diferença, e o volume total do sangue voltará, essencialmente, ao normal, apesar da baixa massa de glóbulos vermelhos. ▪ O termo insuficiência renal aguda deve ser designado para lesões renais agudas e graves, nas quais os rins subitamente param de funcionar de modo total ou quase total, sendo necessário um tratamento de substituição renal, por exemplo, diálise. ▪ Quando o caso for de perda brusca da função renal em um prazo de dias, chama-se: Injúria Renal Aguda (IRA). Em alguns casos, os pacientes com lesão renal aguda, podem posteriormente recuperar uma função renal quase normal. ▪ Quando há perda progressiva da função de número crescente de néfrons que, de modo gradual, vão diminuindo a função geral dos rins, chama-se Doença Renal Crônica (DRC). ▪ Dentro dessas categorias existem muitas doenças renais específicas, capazes de afetar os vasos sanguíneos, os glomérulos, os túbulos, o interstício renal e partes do trato urinário fora dos rins, incluindo ureteres e bexiga. ▪ Entende-se, então, que a injúria renal aguda pode evoluir para caso de Insuficiência Renal Aguda, como veremos a seguir. NJÚRIA RENAL AGUDA ▪ As causas da injúria renal aguda podem ser divididas em três categorias principais: INJURIA RENAL AGUDA PRÉ-RENAL ▪ A injúria renal aguda decorrente da diminuição do aporte sanguíneo para os rins; ▪ Essa condição é conhecida como injúria renal aguda pré-renal, por refletir uma anormalidade originada fora dos rins. Objetivo 2 2. Definir a insuficiência renal aguda e suas principais causas TUTORIA 3 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO ▪ Por exemplo, a insuficiência renal aguda pré- renal pode ser consequência de insuficiência cardíaca, com redução do débito cardíaco e pressão sanguínea baixa, ou de condições associadas a menor volume de sangue e pressão sanguínea baixa, como nas hemorragias graves. INJÚRIA RENAL AGUDA INTRARRENAL ▪ É decorrente de anormalidades nos próprios rins, incluindo as que afetam os vasos sanguíneos, os glomérulos ou os túbulos. INJÚRIA RENAL AGUDA PÓS-RENAL ▪ Decorrente da obstrução do sistema coletor de urina, em qualquer ponto, desde os cálices até a saída da bexiga. ▪ As causas mais comuns de obstrução do trato urinário fora do rim são cálculos renais causados por precipitação de cálcio, urato ou cistina. INJÚRIA RENAL PRÉ-RENAL AGUDA CAUSADA POR DIMINUIÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO PARA O RIM ▪ Os rins normalmente recebem abundante aporte sanguíneo, cerca de 20% a 25% do débito cardíaco. ▪ A principal finalidade desse fluxo elevado de sangue para os rins é a de prover plasma suficiente para a alta intensidade da filtração glomerular, necessária para a regulação efetiva dos volumes dos líquidos corporais e das concentrações de solutos. ▪ Assim, fluxo sanguíneo renal reduzido é usualmente acompanhado por menor FG (FILTRAÇÃO GLOMERULAR) e por débito urinário diminuído de água e solutos. ▪ Consequentemente, as condições que reduzem, de forma aguda, o fluxo de sangue para os rins produz, na maioria dos casos, oligúria, referida ao débito urinário diminuído até abaixo do nível de ingestão de água e de solutos, causando acúmulo de água e de solutos nos líquidos corporais. ▪ Se o fluxo sanguíneo renal ficar muito reduzido, pode ocorrer interrupção total do débito urinário, condição conhecida como anúria. ▪ Desde que o fluxo sanguíneo renal não caia abaixo de 20% a 25% do normal, a injúria renal aguda pode ser usualmente revertida se a causa da isquemia for corrigida antes da ocorrência de lesão às células renais. ▪ De forma diferente de alguns tecidos, o rim consegue suportar uma redução relativamente grande do fluxo sanguíneo antes de ocorrer dano real às células renais. ▪ A razão para esse fenômeno é que, enquanto o fluxo sanguíneo renal diminui, a FG e a quantidade de cloreto de sódio filtrada pelos glomérulos (além da taxa de filtração da água e de outros eletrólitos) também diminuem. Isso reduz a quantidade de cloreto de sódio que precisa ser absorvida pelos túbulos que usam grande parte da energia e do oxigênio consumidos pelo rim normal. ▪ Desse modo, enquanto o fluxo sanguíneo renal e a FG caem, os requisitos para o consumo renal de oxigênio também são reduzidos. ▪ Quando a FG se aproxima do zero, o consumo de oxigênio do rim tende para a intensidade TUTORIA 3 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO necessária para manter vivas as células tubulares renais, mesmo quando não estiverem reabsorvendo sódio. ▪ Quando o fluxo sanguíneo é reduzido abaixo dessa necessidade basal que usualmente fica abaixo de 20% a 25% do fluxo sanguíneo renal normal, as células renais tornam-se hipóxicas, e reduções ainda maiores do fluxo sanguíneo renal, se prolongadas, causam danos ou até mesmo morte das células renais, de modo especial das células do epitélio tubular. ▪ Se a causa da injúria renal pré-renal aguda não for corrigida e a isquemia do rim persistirpor mais que algumas horas, esse tipo de injúria renal pode evoluir para injúria renal intrarrenal aguda. ▪ A redução aguda do fluxo renal de sangue é causa comum de insuficiência renal aguda em pacientes hospitalizados, especialmente nos que experimentaram injúrias graves. ▪ A Tabela mostra algumas das causas comuns de redução do fluxo sanguíneo renal e a lesão renal pré-renal aguda: INJÚRIA RENAL INTRARRENAL AGUDA CAUSADA POR ANORMALIDADES NO INTERIOR DO RIM ▪ Anormalidades originadas no rim e que abruptamente diminuem o débito urinário se encaixam na categoria geral de injúria renal intrarrenal aguda. ▪ Essa categoria de injúria renal aguda pode ser dividida em: 1. condições que afetam os capilares glomerulares ou outros vasos renais menores; 2. condições que lesam o epitélio tubular renal; 3. condições que ocasionam lesão do interstício renal. ▪ Esse tipo de classificação se refere ao local primário da lesão, mas na medida em que a vasculatura renal e o sistema tubular em termos funcionais são interdependentes, o dano dos vasos sanguíneos renais pode levar a dano tubular, e o dano tubular primário pode levar a dano dos vasos sanguíneos renais. ▪ Algumas causas de injúria renal intrarrenal aguda estão listadas na Tabela: INJÚRIA RENAL AGUDA CAUSADA POR GLOMERULONEFRITE ▪ A glomerulonefrite aguda é o tipo de injúria renal intrarrenal aguda causada usualmente por reação imune anormal que afeta os glomérulos. ▪ Em cerca de 95% dos pacientes com essa doença, o dano aos glomérulos ocorre 1 a 3 semanas depois de infecção em qualquer outra parte do corpo, muitas vezes causada por determinados tipos de estreptococos do grupo beta A. ▪ Não se trata da infecção, em si, que acomete os rins. Em vez disso, durante algumas semanas, enquanto anticorpos se desenvolvem contra o antígeno TUTORIA 3 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO estreptocócico, os anticorpos e os antígenos reagem entre si, formando complexo imune insolúvel que é retido nos glomérulos, especialmente na porção da membrana basal dos glomérulos. ▪ Uma vez que o complexo imune tenha se depositado nos glomérulos, muitas das células dos glomérulos começam a proliferar, mas principalmente as células mesangiais, situadas entre o endotélio e o epitélio. Além disso, grande número de leucócitos se acumula nos glomérulos. ▪ Muitos dos glomérulos ficam bloqueados por essa reação inflamatória, e os que não estão bloqueados se tornam, em geral, excessivamente permeáveis, permitindo que proteínas e hemácias passem do sangue dos capilares glomerulares para o filtrado glomerular. ▪ Nos casos graves, ocorre falência renal completa ou quase total. A inflamação aguda dos glomérulos cede, usualmente, em cerca de 2 semanas, e, na maioria dos pacientes, os rins retornam ao seu funcionamento quase normal dentro de semanas a alguns meses. ▪ Às vezes, no entanto, muitos dos glomérulos ficam tão destruídos que não conseguem se recuperar, e em uma pequena porcentagem de pacientes a deterioração renal continua indefinidamente, levando à doença renal crônica. NECROSE TUBULAR COMO CAUSA DE INJÚRIA RENAL AGUDA ▪ Outra causa de insuficiência renal intrarrenal aguda é a necrose tubular, que significa destruição das células epiteliais nos túbulos; ▪ Algumas das causas comuns de necrose tubular são: 1. isquemia grave e aporte inadequado de oxigênio e de nutrientes para as células epiteliais tubulares; 2. venenos, toxinas ou medicamentos que destroem as células do epitélio tubular. NECROSE TUBULAR AGUDA PROVOCADA POR ISQUEMIA RENAL GRAVE ▪ A isquemia grave dos rins pode resultar do choque circulatório ou de qualquer outro transtorno que comprometa, de forma acentuada, o aporte de sangue aos rins. ▪ Se a isquemia for grave o bastante para comprometer seriamente o aporte de nutrientes e de oxigênio para as células do epitélio tubular renal, e se o insulto for prolongado, pode ocorrer dano ou eventual destruição das células epiteliais. ▪ Quando esse dano ocorre, as células tubulares “se desprendem” e entopem muitos dos néfrons, de modo que não ocorre débito urinário pelos néfrons bloqueados; os néfrons afetados muitas vezes não conseguem excretar urina, mesmo quando o fluxo sanguíneo renal volta ao normal, enquanto os túbulos permanecerem obstruídos. NECROSE TUBULAR AGUDA CAUSADA POR TOXINAS OU MEDICAMENTOS ▪ Existe longa lista de venenos renais e medicamentos que causam danos ao epitélio tubular e lesão renal aguda. ▪ Algumas dessas substâncias são o tetracloreto de carbono, metais pesados (como mercúrio e chumbo), etilenoglicol (componente principal dos anticongelantes), diversos inseticidas, alguns medicamentos (como as tetraciclinas) usados como antibióticos, e cisplatina, usada no tratamento de alguns cânceres. ▪ Cada uma dessas substâncias tem ação tóxica específica sobre as células do epitélio tubular renal, causando a morte de muitas delas. Consequentemente, as células epiteliais se desprendem da membrana basal e obstruem os túbulos. ▪ Em alguns casos, a membrana basal também é destruída. Se a membrana basal permanecer intacta, novas células epiteliais podem crescer pela superfície da membrana, de modo que o próprio túbulo pode se reparar em 10 a 20 dias. TUTORIA 3 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO INJÚRIA RENAL PÓS-RENAL AGUDA CAUSADA POR ANORMALIDADES DO TRATO URINÁRIO INFERIOR ▪ Diversas anormalidades do trato urinário inferior podem bloquear total ou parcialmente o fluxo de urina, levando assim à injúria renal aguda mesmo quando o aporte de sangue aos rins e outras funções estejam inicialmente normais. ▪ Se o débito urinário de apenas um rim estiver comprometido, não ocorrerão mudanças importantes da composição dos líquidos corporais, porque o rim contralateral consegue aumentar seu débito de urina o suficiente para manter níveis relativamente normais de eletrólitos e de solutos extracelulares, bem como o volume de líquido extracelular normal. ▪ Nesse tipo de injúria renal, a função normal dos rins pode ser restaurada se a causa inicial do problema for corrigida em poucas horas. ▪ Entretanto, a obstrução crônica do trato urinário que permanece por muitos dias ou semanas pode levar a dano renal irreversível. ▪ Algumas das causas de injúria renal aguda pós-renal incluem: 1. obstrução bilateral dos ureteres ou das pelves renais, causada por grandes cálculos ou coágulos de sangue; 2. obstrução da bexiga; 3. obstrução da uretra. EFEITOS FISIOLÓGICOS DA INJÚRIA RENAL AGUDA ▪ Um dos principais efeitos fisiológicos da lesão renal aguda é a retenção de água, de produtos da degradação metabólica e de eletrólitos no sangue e no líquido extracelular, podendo levar à sobrecarga de água e sal, o que, por sua vez, pode acarretar edema e hipertensão. ▪ Todavia, a retenção excessiva de potássio é com frequência ameaça mais séria a pacientes com injúria renal aguda, porque o aumento da concentração de potássio no plasma (hipercalemia) acima de 8 mEq/L (duas vezes o normal) pode ser fatal. ▪ Na medida em que os rins também não conseguem excretar íons hidrogênio suficientes, os pacientes com injúria renal aguda desenvolvem acidose metabólica, que, por si só, pode ser letal ou agravar a hipercalemia. ▪ Nos casos mais graves de injúria renal aguda, ocorre anúria total. O paciente falecerá em 8 a 14 dias, a menos que a função renal seja restaurada ou que um rim artificial seja usado para livrar o corpo do excesso de água, eletrólitos e produtos da degradação metabólica. TUTORIA 3 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO ▪ Em um homemmédio de 70 quilos, o fluxo sanguíneo para ambos os rins é de cerca de 1.100 mL/min ou, aproximadamente, 22% do débito cardíaco. ▪ Considerando o fato de que os dois rins constituem apenas cerca de 0,4% do peso corporal total, pode-se observar que eles recebem fluxo sanguíneo extremamente elevado, comparado com outros órgãos. ▪ Assim como em outros tecidos, o fluxo sanguíneo supre os rins com nutrientes e remove produtos indesejáveis. Entretanto, o elevado fluxo para os rins excede em muito essa necessidade. ▪ O propósito desse fluxo adicional é suprir plasma suficiente para se ter altas intensidades da filtração glomerular, necessárias para a regulação precisa dos volumes dos líquidos corporais e das concentrações de solutos. ▪ Como é de se esperar, os mecanismos que regulam o fluxo sanguíneo renal estão intimamente ligados ao controle da FG e das funções excretoras dos rins. FLUXO SANGUÍNEO RENAL E CONSUMO DE OXIGÊNIO ▪ Com base no peso por grama, os rins normalmente consomem duas vezes mais oxigênio que o cérebro, mas têm o fluxo sanguíneo quase sete vezes maior. ▪ Assim, o oxigênio fornecido aos rins excede em muito suas necessidades metabólicas, e a extração arteriovenosa de oxigênio é relativamente baixa, comparada com a da maioria dos tecidos. ▪ Grande fração do oxigênio consumido pelos rins está relacionada à alta intensidade de reabsorção ativa do sódio pelos túbulos renais. ▪ Caso o fluxo sanguíneo renal e a FG sejam reduzidos e menos sódio seja filtrado, ocorrerá diminuição da reabsorção de sódio e do oxigênio consumido. ▪ Portanto, o consumo de oxigênio renal varia proporcionalmente à reabsorção de sódio nos túbulos renais que, por sua vez, está intimamente relacionada à FG e à intensidade do sódio filtrado. ▪ Caso a filtração glomerular cesse completamente, a reabsorção renal de sódio também cessará e o consumo de oxigênio diminuirá para cerca de um quarto do normal. Esse consumo de oxigênio residual reflete as necessidades metabólicas básicas das células renais. DETERMINANTES DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL ▪ O fluxo sanguíneo renal é determinado pelo gradiente de pressão ao longo da vasculatura renal (a diferença entre as pressões hidrostáticas na artéria renal e na veia renal) dividido pela resistência vascular renal total: ▪ A pressão na artéria renal é aproximadamente igual à pressão arterial sistêmica, e a pressão na veia renal é, em média, de 3 a 4 mmHg na maioria das condições. ▪ Como em outros leitos vasculares, a resistência vascular total através dos rins é determinada pela soma das resistências nos segmentos vasculares individuais, incluindo as artérias, arteríolas, capilares e veias. ▪ A maior parte da resistência vascular renal reside em três segmentos principais: artérias interlobulares, arteríolas aferentes e arteríolas eferentes. Objetivo 3 3. Explicar por que a diminuição de fluxo nas artérias renais eleve os níveis de pressão arterial; TUTORIA 3 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO ▪ A resistência desses vasos é controlada pelo sistema nervoso simpático, vários hormônios e pelos mecanismos renais de controle local, como discutido adiante. ▪ Aumento da resistência de qualquer um desses segmentos vasculares dos rins tende a reduzir o fluxo sanguíneo renal, enquanto diminuição da resistência vascular aumenta o fluxo sanguíneo renal se as pressões na artéria e veia renal permanecerem constantes. ▪ Embora as alterações da pressão arterial tenham alguma influência sobre o fluxo sanguíneo renal os rins têm mecanismos efetivos para manter o fluxo sanguíneo renal e a FG relativamente constantes em faixa de pressão arterial entre 80 e 170 mmHg, processo chamado autorregulação. Essa capacidade para a autorregulação ocorre por mecanismos que são completamente intrínsecos aos rins. AUTORREGULAÇÃO DA FG E FLUXO SANGUÍNEO RENAL ▪ Mecanismos de feedback intrínsecos dos rins normalmente mantêm o fluxo sanguíneo renal e a FG relativamente constantes, mesmo com alterações acentuadas da pressão sanguínea arterial. ▪ Esses mecanismos ainda funcionam independentes das influências sistêmicas em rins perfundidos com sangue removidos do corpo. Essa relativa constância da FG e do fluxo sanguíneo renal é conhecida como autorregulação. ▪ A função primária da autorregulação do fluxo sanguíneo na maioria dos tecidos, excetuando-se os rins, é manter o fornecimento de oxigênio e de nutrientes em nível normal e remover os produtos indesejáveis do metabolismo, a despeito das variações da pressão arterial. ▪ Nos rins, o fluxo sanguíneo normal é muito maior do que o requerido para essas funções. ▪ A principal função da autorregulação nos rins é manter a FG relativamente constante e permitir o controle preciso da excreção renal de água e solutos. ▪ A FG normalmente permanece autorregulada (isto é, permanece relativamente constante), apesar de consideráveis flutuações da pressão arterial que ocorrem durante as atividades diárias da pessoa. ▪ Por exemplo, diminuição na pressão arterial, para de cerca de 75 mmHg, ou aumento que chegue a 160 mmHg comumente alteram a FG por menos de 10%. TUTORIA 3 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO ▪ Em geral, o fluxo sanguíneo renal é autorregulado em paralelo com a FG, mas a FG é mais eficientemente autorregulada em certas condições.