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ATIVIDADE DISCURSIVA DE HISTORIA DA FORMAÇÃO SOCIAL, POLÍTICA E ECONÔMICA DO BRASIL

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Nome do acadêmico: Marriette Maria de Sousa 
Curso: Serviço Social 
Disciplina: HISTORIA DA FORMAÇÃO SOCIAL, POLÍTICA E ECONÔMICA 
DO BRASIL 
Período: 2021.2 
 
 
 
Atividade Discursiva 
Observações: Para responder as questões que se seguem, produza um texto dissertativo 
de 20 linhas no mínimo e 30 no máximo, fonte Arial ou News Time Roman, tamanho 12, com 
espaçamento entre as linhas de 1,5 e justificado. 
Caso faça uso de fontes de pesquisa, cite as referências conforme normas da 
ABNT. 
Para Francisco Carlos Teixeira da Silva, em Conquista e colonização da América portuguesa, 
contido na coletânea História Geral do Brasil, o período de pré-colonização (1500-1530) foi 
marcado pelo pouco interesse lusitano na conquista americana. Segundo o autor, “Portugal 
auferia enormes lucros decorrentes da carreira das Índias e da exploração do litoral africano, 
não se dispondo, assim, a transferir recursos, homens e navios para a ocupação da Nova Terra, 
cujo retorno imediato era dado apenas por madeira tintorial, papagaios e pimenta” (1990, p. 
54). Entretanto, este cenário foi modificado a partir do século XVII com um maior interesse 
lusitano na América portuguesa. A partir deste contexto, disserte sobre os fatores que 
contribuíram/impulsionaram para a efetivação dos interesses lusos no Brasil. 
 
Apolítica administrativa de D. João visava implantar um império que demonstrasse 
poder, exibisse prestígio e garantisse segurança aos seus súditos. Assim, o Estado português foi 
reproduzido na colônia, com a instalação de seus ministérios e demais órgãos da administração 
pública e justiça, atendendo à necessidade de se criar cargos para os funcionários da corte, 
fugidos de Portugal com D. João e que eram a base de sustentação de seu governo, junto com os 
comerciantes reinóis. 
Para a historiadora Maria Odila Silva Dias, "com a vinda da corte, pela primeira vez, desde o 
início da colonização, configuravam-se nos trópicos portugueses preocupações de uma colônia 
de povoamento e não apenas de exploração ou feitoria comercial, pois no Rio teriam que viver 
e, para sobreviver, explorar os enormes recursos naturais e as potencialidades do império 
nascente, tendo em vista o fomento do bem-estar da própria população local". 
https://virtual.uninta.edu.br/course/view.php?id=10654
https://virtual.uninta.edu.br/course/view.php?id=10654
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2475
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/brasil-monarquico/8854
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2466
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/america-portuguesa/8712
Em abril de 1808, D. João revogou os decretos que proibiam a instalação de 
manufaturas na colônia, isentou de tributos a importação de matérias-primas destinadas à 
indústria, ofereceu subsídios para as indústrias de lã, de seda e do ferro, incentivando a 
introdução de novas máquinas. Criou, também, no mesmo ano, a Biblioteca Real, o primeiro 
Banco do Brasil, a Escola de Marinha e a Imprensa Régia. 
O fim da proibição da existência de gráficas possibilitou o surgimento de jornais e 
revistas, assim como uma relativa circulação de notícias e ideias. Entretanto, essa liberalização 
não significava liberdade de imprensa. Por decisão do governo, a administração da Imprensa 
Régia caberia a uma junta composta por três autoridades encarregadas de "examinar os papéis e 
livros que se mandasse publicar e fiscalizar que nada se imprimisse contra a religião, o governo 
e os bons costumes". Assim, o ato que criava a imprensa na colônia criava, também, a censura. 
A aplicação da censura aos livros fez com que houvesse, nessa época, um intenso contrabando 
de publicações para abastecer a elite letrada da corte. 
O primeiro jornal publicado, de caráter quase oficial, foi a Gazeta do Rio de Janeiro. O 
primeiro número saiu no dia 10 de setembro de 1808, em papel de baixa qualidade, com quatro 
páginas, com distribuição, no início, semanal e, depois, três vezes por semana. Não publicava 
notícia que interessasse ao público em geral, tratando somente das relacionadas ao estado de 
saúde dos príncipes europeus e aos aniversários dos membros da família real, entoando-lhes 
louvores. Para o inglês Armitage, "a julgar-se do Brasil pelo seu único periódico, deveria ser 
considerado um paraíso terrestre, onde nunca se tinha expressado queixume". 
Ainda em 1808, D. João criou o Real Horto (Jardim Botânico) como um jardim de 
experimentos científicos. Nele, pretendia aclimatar todo tipo de planta que pudesse ter produção 
comercial ou uso prático em farmácia, tinturaria ou outro tipo de indústria. Foram 
aclimatadas especiarias como a canela, o cravo-da-índia, a pimenta-do-reino, o chá-preto, assim 
como frutas, entre as quais o abacate, a manga e a carambola. Grande parte dessas novas 
espécies veio da Guiana Francesa. A produção de alimentos também foi desenvolvida, 
pretendendo-se incrementar as atividades agrícolas no novo reino e abastecer a capital. 
Em 1809, foi criado um observatório astronômico, ao mesmo tempo que foram 
reorganizados os arsenais, fundada a fábrica de pólvora e, em 1811, instalada a Academia 
Militar. Este órgão tinha entre suas funções promover um curso das chamadas ciências exatas 
(Matemática) e de observação (Física, Química, Mineralogia e História Natural). Deveria 
formar não apenas oficiais do Exército, como também engenheiros, geógrafos e topógrafos que 
pudessem dirigir obras públicas, como a abertura de estradas, minas, portos, etc. 
Essas medidas foram tomadas de acordo com a política de defesa da colônia estruturada 
por D. Rodrigo, ministro dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, que também se preocupava em 
estabelecer canais de comunicação com todas as regiões. À preocupação com a guerra aliava-se 
a necessidade de se comunicar com o interior do país. D. Rodrigo centralizou o eixo da vida 
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2478
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/america-portuguesa/8801
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2486
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2473
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/brasil-monarquico/8847
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/brasil-monarquico/8917
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2465
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2495
administrativa da colônia no Rio de Janeiro, que deveria impor-se às demais capitanias. Os 
objetivos dessa política eram não só estratégicos, mas visavam, também, melhorar a 
produtividade da colônia para fazer frente ao abastecimento da sede do governo. Para tanto, 
mandou abrir estradas, cuidou da navegação dos rios e dos portos e organizou a plantação de 
produtos necessários ao abastecimento da crescente população do Rio de Janeiro, facilitando o 
embarque dessas mercadorias para a corte. 
Ao Rio de Janeiro chegavam mercadorias e gêneros alimentícios tanto do exterior 
quanto de outras regiões do Brasil. As embarcações que passavam pela Baía de 
Guanabara traziam hortaliças e pequenos animais. Por terra chegavam animais de grande porte e 
produtos vindos da região das Minas e de São Paulo. 
Para o melhor escoamento dos produtos cultivados nas áreas próximas da corte foram 
abertas estradas, como a do Comércio e a da Polícia, que cortavam a região entre os rios Paraíba 
e Preto, ainda precariamente povoadas nessa época, em direção ao sul de Minas. 
Esse conjunto de medidas contribuiu para tornar mais consistente a ideia de formação de um 
império luso-americano com sede no Rio de Janeiro. Para tanto, também influiu o fato de D. 
João ter doado sesmarias aos"antigos colonizadores" – funcionários e comerciantes portugueses 
–, com o objetivo de expandir a atividade agrícola e promover a interiorização desses que viriam 
a se tornar os novos colonos. A medida vai ajudá-lo, também, a resolver um problema que 
a Abertura dos Portos acarretara. Os comerciantes reinóis tiveram os seus interesses bastante 
prejudicados com essa decisão, pois perderam o monopólio do comércio na colônia, ficando 
apenas com a exploração do tráfico negreiro, que já sofria pressões externas. 
Entretanto, como analisa a historiadora Emília Viotti da Costa, "as leis decretadas por 
D. João, embora contribuíssem para liquidar o sistema colonial, não foram capazes de 
modificar todo o sistema, e nem tinham a intenção; daí a persistência de privilégios e 
monopólios. Permaneciam o oneroso e irracional sistema fiscal, a emperrada máquina 
administrativa, as inúmeras proibições: proibições de se deslocar livremente, de abrir caminhos, 
discriminações e privilégios que separavam portugueses e brasileiros, criando animosidade entre 
eles". 
Outra medida importante tomada por D. João foi conceder créditos do Banco do Brasil 
para que os novos colonos pudessem explorar e desenvolver as sesmarias recebidas. Situavam-
se em terras férteis, na região de "serra acima" (Vale do Paraíba), como se dizia na época, onde 
hoje se localizam Resende, Pati do Alferes, Valença e Vassouras, entre outras, parcamente 
habitadas de brancos, para que se tornassem proprietários rurais. Com essa medida, pretendia 
promover o enraizamento desses antigos colonizadores, aos quais também distribuiu mudas e 
sementes diversas para experimentação, entre as quais o café. 
Nas sesmarias localizadas nas terras de "serra acima", os novos colonos criaram 
pequenos animais e plantaram para o seu consumo e o abastecimento da corte. A alguns deles, 
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/brasil-monarquico/8845
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2416
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2456
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2474
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/brasil-monarquico/8854
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2489
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/america-portuguesa/8715
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2395
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2395
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2439
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/america-portuguesa/8760
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2488
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/america-portuguesa/8782
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2448
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/america-portuguesa/8713
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/america-portuguesa/8713
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/brasil-monarquico/8850
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/america-portuguesa/8739
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/america-portuguesa/8713
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2488
D. João garantira o monopólio do comércio na cidade do Rio de Janeiro. Essa "barganha" entre 
esse grupo e a Coroa se apresentava para os demais colonos como uma relação de favores, 
sugerindo-lhes a ideia de que, para os negócios caminharem bem, tinham que estar sob a 
proteção da Coroa e próximos dela. 
Os colonos da decadente região mineradora, que já haviam se voltado para as atividades 
agrícolas e também tinham se dirigido para as terras de "serra acima", aí se encontraram com os 
novos colonos, com os quais estabeleceram alianças por meio de casamentos, dando origem à 
formação de uma elite na parte centro-sul do país. Era esse bloco de interesses que sustentava a 
ideia da criação de um império luso-americano. 
Os "amigos do rei" dominavam a corte. A política parecia girar em torno dos seus 
interesses. Essa situação descontentava muitos, que viam esse grupo como "gente corrupta, 
infame e depravada". Para as pessoas que pensavam assim, o Rio de Janeiro tinha se tornado 
uma "nova Lisboa", dominada pelos "portugueses" que oprimiam os "brasileiros". 
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2476
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2895
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/america-portuguesa/8784
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2490
http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/2491
BIBLIOGRAFIA 
Marie-jo Ferreira Os Portugueses do Brasil, atores das relações luso-brasileiras, fim 
do século XIX - início do século XX, Sciences-Po Paris e URS

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