Terapêutica Medicamentosa Básica: Dexametasona e Ibuprofeno

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A3 – Terapêutica Medicamentosa Básica
Analise os dois casos clínicos a seguir. 1) Um paciente foi atendido na sala de emergência com queixas de dor e dificuldade para andar devido à entorse do tornozelo direito ocorrido durante um jogo de futebol. O exame radiológico descartou qualquer fratura. Foi recomendado repouso com o membro inferior elevado e prescrito com posologia controlada, dexametasona. 2) Ana acordou com cólica menstrual. Passou o dia incomodada com sintoma de dor e com sangramento moderado. Durante dois a três dias de sua menstruação, ela tem cólicas fortes. De noite, as cólicas pioraram então ela fez repouso e administrou ibuprofeno, que está acostumada a utilizar durante esses dias.  Identifique os dois fármacos utilizados indiquem a classe farmacológica, o mecanismo de ação e dois efeitos adversos dos fármacos utilizados nos casos clínicos.
Os fármacos utilizados foram a dexametasona e o ibuprofeno. A dexametasona pertence à classe farmacológica dos glicocorticoides que recebem essa denominação porque são hormônios similares aos corticosteroides endógenos secretados pela região cortical das glândulas suprarrenais. Esse fármaco tem como principal mecanismo de ação anti-inflamatória devido à inibição da Fosfolipase A2, resultando na inibição de toda a cascata do ácido aracdônico, impedindo a formação da prostaglandina, tromboxano e dos leucotrienos. A dexametasona tem como efeitos adversos:
· Ósseo: pode causar, devido o uso crônico, osteoporose e osteonecrose, principalmente devido ao aumento da atividade osteoclástica.
· Neuropsiquiátrica: depressão, ansiedade e insônia. 
· Ocular: catarata, glaucoma.
Já o Ibuprofeno pertence à classe farmacológica dos anti-inflamatórios não esteroides (AINE), com ações antitérmicas (contra febre), analgésicas (contra dor) e anti-inflamatórias. Seus mecanismos de ação atuam inibindo as cicloxigenases (COX) e diminuindo a formação de prostaglandinas. O uso prolongado e em doses elevadas de AINES aumentam a quantidade de ácido aracdônico disponível para metabolização pela lipooxigenase (LOX), uma vez que a COX está inibida pelo medicamento. A consequência é a maior formação de leucotrienos, resultando em reações pseudo-alérgicas caracterizadas por vasoconstricção, broncoespasmo e aumento da permeabilidade vascular. Isso ocorre, pois os leucotrienos podem provocar desgranulação dos mastócitos. O Ibuprofeno tem como efeitos adversos:
· Dor de estômago, azia leve, náuseas, vômitos;
· distensão abdominal, gases, diarreia, constipação;
· Tontura, dor de cabeça, nervosismo;