Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES 
DE YOGA PARA GESTANTES 
POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
 
 
 
 
 

 

 
 

 
 
 
 
 
2
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
2 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
SUMÁRIO 
 
Cristina Balzano Guimarães e Veena Mukti ..........................................03 
 
1. Anatomia e Fisiologia 
Gravidez .............................................................................................04 
Ciclo Reprodutor................................................................................05 
Ciclo Hormonal ..................................................................................05 
Ciclo Menstrual .................................................................................05 
Formação do Bebê .............................................................................07 
 
2. Desenvolvimento do Feto 
As primeiras quatro semanas ...........................................................08 
O segundo mês lunar de desenvolvimento ....................................08 
O terceiro mês lunar de desenvolvimento.......................................08 
O quarto mês lunar de desenvolvimento ........................................09 
O quinto mês lunar de desenvolvimento ........................................09 
O sexto mês lunar de desenvolvimento...........................................09 
O sétimo mês lunar de desenvolvimento ........................................09 
O oitavo mês lunar de desenvolvimento .........................................09 
O nono mês lunar de desenvolvimento...........................................10 
O décimo mês lunar de desenvolvimento .......................................10 
Os anexos fetais..................................................................................10 
 
3. Estar grávida é... 
O primeiro trimestre (da primeira a 13ª. Semana) .........................12 
O segundo trimestre (da 14ª. A 26ª. Semana) .................................14 
O terceiro trimestre (da 27ª. Semana em diante .............................17 
 
4. Informações gerais da Gravidez 
Para enjôos, náuseas, vômitos e azia ................................................21 
Para a queda de pressão .....................................................................21 
Pressão sob controle ..........................................................................21 
Prisão de ventre ..................................................................................21 
Para a circulação .................................................................................22 
Para anemia .........................................................................................22 
Seios protegidos .................................................................................23 
Estrias ou celulites ..............................................................................23 
Pele sem manchas ..............................................................................24 
Queda de cabelo .................................................................................24 
Alimentação .......................................................................................24 
Tabela de vitaminas e minerais .........................................................25 
O que deve ser evitado .....................................................................27 
 
5. Trabalho de parto .................................................................28 
As sensações do parto .......................................................................29 
Dor de dar à Luz ................................................................................30 
O primeiro período do parto ............................................................33 
 Respiração para o período de dilatação ......................................34 
 Posições e movimentos para o período de dilatação ................34 
O período de transição ......................................................................37 
O segundo período do parto ............................................................39 
 Parto ...............................................................................................41 
 Tipos de parto ...............................................................................41 
O Terceiro período do parto ............................................................42 
6. Pós-Parto 
Exercício no pós-parto ...................................................................... 45 
 
7. Recomendações da OMS .............................................. 46 
 
8. Cuidados com o Bebê 
Assaduras e cuidados com a pele ..................................................... 48 
Icterícia ................................................................................................ 48 
Injeções de vitamina K ...................................................................... 51 
Cólicaa ................................................................................................. 51 
Contusões ........................................................................................... 52 
Diarréia................................................................................................ 52 
Febres .................................................................................................. 55 
Gripes e Resfriados............................................................................ 57 
Prisão de Ventre ................................................................................. 58 
Irritações e infecções nos olhos do bebê ........................................ 60 
 
9. Ficha de Avaliação .............................................................. 61 
 
10. Os Chakras .............................................................................. 65 
 
11. Yoga 
Base do Yoga ..................................................................................... 74 
Histórico do Yoga.............................................................................. 74 
Tipos de Yoga .................................................................................... 75 
 
Treinamento Cognitivo Condutual para o Relaxamento ...... 79 
Estruturas cognitivas ......................................................................... 79 
Ciclo cognitivo reestruturante .......................................................... 79 
Reestruturação convergente.............................................................. 79 
Visualização somática ........................................................................ 80 
Hipnose não autoritária ..................................................................... 81 
Protocolo básico ............................................................................... 82 
Exemplo de um relaxamento para gestante .................................... 82 
 
12. Meditação.................................................................................. 84 
 
13. Fisiologia da Respiração ............................................. 85 
Aspecto Psíquico da Respiração....................................................... 85 
A Respiração como Fenômeno Energético ou Vital ..................... 85 
 
14. Yoga na Gestação 
Benefícios............................................................................................ 88 
Recomendações.................................................................................. 89 
I - Série de Posturas para o Primeiro Trimestre ............................. 90 
II - Série de Posturas para o Segundo Trimestre............................ 101 
III - Série de Posturas para o Terceiro Trimestre .......................... 109 
IV – Série de Posturas para bebê pélvico ........................................ 114 
 
15. Yoga pós-parto – Baby Yoga ................................... 118 
 
16. Bibliografia Recomendada ........................................126 
 
 
 
 
 
 
 
3
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
3 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
CRISTINA BALZANO GUIMARÃES 
É natural de Porto Alegre, Obstetriz formada pela USP, Fisioterapeuta pela Faculdade Metodista do IPA 
– Instituto Porto Alegre (CREFITO 8043F) e Doula certificada pela DONA (Doulas of North America). 
Especialista em Gestantes e Shantala; Cromoterapia; Aura-Soma; 
Curso de Extensão em Técnica Vocal; Relaxamento e Psicomotricidade pela PUCRS; Curso de Facilitação 
Neuromuscular Proprioceptiva; Curso de Programação Neurolingüística; Experiência em Monitoria e vi-
vência em Grupos de Estudo e Desenvolvimento na Energia Sensorial, Professora dos Cursos de Doulas 
pela ANDO em parceria com a UNIPAZ e GAMA, Master em Yoga Científico e Formação em Yoga 
com crianças. 
Escreveu o livro Cromoterapia Prática, em co-autoria com Ondina Balzano e Olga Balzano. 
Gravou o DVD “Massagem para bebês - Shantala e Baby yoga” pela Azul Music. 
Dá aulas de yoga para gestantes e cursos de shantala desde 1997. 
Para mais informações visite o site: www.casamaterna.com.br 
 
VEENA MUKTI 
É mãe de dois filhos, graduada em Comunicação Social pela Anhembi Morumbi. 
Há mais de 20 anos dedica-se ao desenvolvimento pessoal, vivenciando e aprofundado seu conhecimento 
em diversas técnicas de terapia natural, cura e meditação. 
Desde 1995, trabalha como terapeuta holística e corporal utilizando como principais ferramentas a Yoga-
Massagem Ayurvédica (técnica de Kusum Modak), Magnified Healing, Terapia da Respiração (Renasci-
mento), Reiki, Meditação, Yoga e Massagem para gestantes (Garbhini Abhyanga) e a Shantala. 
Com base em sua experiência, desenvolveu o Workshop Dharmassagem visando compartilhar seu conhe-
cimento para que as pessoas possam encontrar a harmonia física, mental, emocional e espiritual, através 
do toque. 
Atualmente trabalha no SPA Salute per Ácqua em Águas de Sta Bárbara, interior de SP Onde atende tam-
bém com Shiatsu, Massagem Terapêutica e Pedras Quentes. Dá aulas de Yoga, Yoga para Gestantes, cur-
sos de Shantala, Yoga Massagem Ayurvédica e Dharmassagem. 
Para mais informações visite o site: www.veenamukti.com 
 
 
 
http://www.casamaterna.com.br/
http://www.veenamukti.com/
 
 
 
4
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
4 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
1. ANATOMIA E FISIOLOGIA 
GRAVIDEZ 
É um período bastante significativo para a mulher, onde muitas mudanças físicas e emocionais ocorrem 
no organismo. 
Em média a gestação humana dura 280 dias. Para podermos entender a gravidez precisamos conhecer um 
pouco a fisiologia genital da mulher. 
Os órgãos internos diretamente envolvidos com a gravidez são: útero, trompas, ovários e vagina. 
Os ovários ficam na parede póstero-lateral da pelve, sustentados pelo ligamento suspensor do ovário, são 
responsáveis pelo desenvolvimento das células germinativas femininas e a secreção dos hormônios estro-
gênio e progesterona. Um folículo ovariano consiste de uma célula germinativa epitelial imatura = oóci-
to= rodeada por uma ou mais camadas de células não germinativas. O desenvolvimento de um óvulo ini-
cia-se com o folículo primordial – um oócito com uma camada de células foliculares. O oócito cresce em 
tamanho e amadurece enquanto as células foliculares crescem em número. No estágio folículo secundário 
um pequeno lago (antro) aparece cheio de fluído folicular. Este antro continua a crescer e a expandir-se, 
graças às células foliculares, que são empurradas para fora do oócito, exceto uma camada de células- folí-
culo maduro. As células na parte externa dos folículos secretam estrogênio durante a fase proliferativa do 
ciclo reprodutor. Por volta do 14º dia desse ciclo, o óvulo (rodeado pela cápsula glicoproteica, a zona pe-
lúcida, e algumas células foliculares) se rompe do folículo para as fímbrias da tuba uterina. O folículo 
rompido involui e há algum sangramento e sangue coagulado (corpo hemorrágico) como transição das cé-
lulas foliculares, caracterizada pelo acúmulo de grande quantidade de lípedes. Esta nova estrutura formada 
– corpo lúteo – secreta estrogeno e progesterona, durante a fase secretora do ciclo e no caso de gravidez, 
manterá o embrião em desenvolvimento, até o 3º mês, com estas secreções. Se a gravidez não ocorrer, o 
corpo lúteo vai involuir e degenerar como “corpo albicans”. 
As tubas uterinas ou Trompas de Falópio são extensões laterais do útero revestidas com epitélio colu-
nar ciliado sustentado por tecido conjuntivo e músculos lisos. As contrações rítmicas destes músculos a-
judam o óvulo em seu caminho para a cavidade uterina e as células de revestimento provêem sua nutrição. 
A tuba apresenta três partes: a Fímbria, que envolve as faces anterior e superior do ovário, “agarra” o óvu-
lo desprendido e empurra-o para o seu interior; a ampola ou parte mais larga da tuba; e o istmo, cujo lume 
se estreita quando penetra na parede e cavidades uterinas. 
O útero é uma estrutura com formato de pêra, cujo pescoço (cérvix) se ajusta à parte superior da vagina e 
cujo corpo/fundo está curvado (anteflexionado) e inclinado (antevertido) anteriormente sobre a bexiga. A 
parede do útero é principalmente músculo liso (miométrio) revestida por uma camada glandular de espes-
sura variável (endométrio) extremamente sensível aos hormônios estrogênio/progesterona. Onde a cérvix 
se ajusta a vagina forma-se um fosso ou depressão circular ao redor (fórnix). Esta área fibroelástica, ex-
pande-se consideravelmente durante a relação sexual. Ao lado da cérvix/corpo do útero, o ureter, passa 
perto da artéria uterina, em seu caminho para bexiga. Pela posição potencialmente precária do útero seu 
suporte ligamentoso é crucial. O ligamento largo, uma camada de peritônio, com um cobertor sobre o ú-
tero, suas tubas e os ovários, tem um papel central de sustentação, associados a outros. 
 
 
 
5
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
5 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
Quanto à vagina, podemos dizer que é um revestimento fibromuscular, em forma de canal, que recebe o 
sêmen do pênis e o transporta ao útero e que atua como canal de parto para a criança, do útero ao exteri-
or. 
CICLO REPRODUTOR 
O ciclo reprodutor feminino humano é de 28 dias, inicia-se e é mantido por hormônios, que envolvem 
importantes alterações nas estruturas ovariana e uterina, sendo caracterizado por um período de hemorra-
gia (menstruação). Inicia-se mais ou menos aos 12 anos de idade (menarca) e termina por volta dos 50 a-
nos (menopausa). As mudanças progressivas que ocorrem no ovário e útero durante cada ciclo servem pa-
ra desenvolver e liberar a célula germinativa feminina, para possível fertilização e para preparar o endomé-
trio para implantação do ovo fertilizado. O 1º dia de menstruação é considerado o 1º dia do ciclo, e a 
menstruação geralmente termina no 5º dia, quando o crescimento endometrial recomeça sob a influência 
do estrogênio e continua até o 14º dia (fase proliferativa), e daí até o 28º. Do 14º ao 28º dia o endométrio 
também mostra sinais de aumento do crescimento de glândulas e secreções (fase secretora), graças, em 
parte, à influência da progesterona. Por volta do 26º dia, na ausência de fertilização, os níveis de estrogê-
nio/progesterona caem e o endométrio começa a se soltar (menstruação) (28º dia). Se ocorrer fertilização, 
pelo 16º dia, os níveis de estrogênio e progesterona continuam elevados e o endométrio fica numa condi-
ção nutriente propícia para receber o ovo fertilizado. 
CICLO HORMONAL 
FSH- Hormônio Folículo estimulante, fabricado pela hipófise, que estimula o ovário a desenvolver o 
novo óvulo para o próximo ciclo. 
ESTROGENO- Fabricado pelo óvulo para atuar no útero estimulando o contínuo crescimento do 
endométrio. 
LH- Hormônio luteinizante, que influencia a transformação do folículorompido em corpo lúteo. 
PROGESTERONA- Influencia o aumento do crescimento de glândulas e secreções do endométrio. 
CICLO MENSTRUAL 
MENSTRUAÇÃO- é a constrição de vasos, artérias, glândulas, veias, tecido epitelial e conjuntivo. 
MENSTRUO- tecidos arrebentados, principalmente tecido glandular e secreções, uma pequena quan-
tidade de sangue, além do óvulo infertilizado. 
O sistema nervoso central, o hipotálamo, a hipófise anterior e os ovários estão todos estreitamente inter-
relacionados no processo reprodutor. A interação entre os hormônios liberados na corrente sanguínea, 
provenientes desses órgãos, produz alterações cíclicas que ocorrem em todos os órgãos reprodutores fe-
mininos a cada mês, como a ovulação, as alterações na secreção cervical, no revestimento endometrial e a 
menstruação. 
 
 
 
 
6
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
6 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
O hormônio gonadotrófico libera dois hormônios: 
1 º) FSH (HORMÔNIO FOLÍCULO ESTIMULANTE) – promove o crescimento e a maturação do 
folículo ovariano, transformando-o em um Folículo de Graaf. 
2 º) LH (HORMÔNIO LUTEINIZANTE) – desencadeia a ovulação. 
 
A ovulação é o período divisório entre as duas fases de um ciclo ovariano e menstrual. Apresenta duas fa-
ses: 
1 º) FASE FOLICULAR – ou período pré-ovulatório, durante o qual um folículo de Graaf e seu hor-
mônio, o estrogênio, se desenvolvem. 
2 º) FASE LUTEICA - corresponde ao período pós-ovulatório, no qual o corpo lúteo e seus hormônios, 
a progesterona e o estrogênio, a desenvolvem. 
Após a ovulação, a cavidade do folículo de Graaf roto é substituída pelo Corpo Lúteo ou Corpo Amarelo. 
Por cerca de 8 dias o corpo lúteo continua sua atividade e crescimento, para que no fim desse tempo, o 
óvulo (oócito maduro) seja fertilizado ou não a nível da ampola tubária. Os espermatozóides atingem a 
trompa menos de 1 hora depois do coito, onde geralmente vivem em torno de 24 a 48 horas. O prazo i-
deal para que haja a fecundação do óvulo é de 10 a 12 horas após a ovulação. 
Se a fecundação não ocorre, o corpo lúteo se degenera após o 8º dia, chamado Corpo Lúteo da menstrua-
ção. 
Se o óvulo for fertilizado, a atividade e a existência do corpo lúteo, então chamado Corpo Lúteo da Gra-
videz, continua por três meses. Mais ou menos no 3º mês de gravidez, a placenta assume a função do cor-
po lúteo à medida que ele regride. 
O estágio Pré-Implantatório corresponde a 1ª semana de idade concepcional; período em que se entende 
da fecundação à fixação do ovo no endométrio. 
Compreende as seguintes etapas: 
. Fecundação com formação do zigoto 
. Constituíção do blastocisto 
. Transporte tubário 
. Fixação endometrial do blastocisto 
Denomina-se Fecundação, Fertilização ou Concepção a fusão do espermatozóide com o óvulo, células 
haplóides, restabelecendo o número diplóide de cromossomas e constituindo a Célula-ovo ou zigoto. 
A fertilização visa essencialmente dois objetivos: 
1º) Recomposição do número diplóide dos cromossomos (22 pares de autossomas e 1 de cromossomas 
sexuais). 
2º) Determinação do sexo genético (vinculado à natureza do cromossoma sexual do espermatozóide fe-
cundante x ou y) 
Havida a fertilização tem início a divisão de segmentação do óvulo, que compreende dois estágios: Mórula 
e Blástula ou Blastocisto. 
 
 
 
7
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
7 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
Sob a forma de mórula, o ovo é impulsionado para a cavidade uterina por movimento ciliar do endossal-
pinge e por ondas peristálticas da trompa de Falópio. No final do trajeto da tuba, agora sob forma de 
Blastocisto, o ovo chega a cavidade uterina após 4 a 5 dias. 
Somente no 6º dia o blastocisto adere-se a superfície do endométrio, ocorrendo a Nidificação ou Implan-
tação. 
Após a implantação, usualmente na parede posterior da porção superior do corpo uterino, inicia-se o Es-
tágio Pós-Implantatório. 
O desenvolvimento do concepto compreende 3 etapas ou períodos: 
1º) Pré-Embrionário – do 20º até o final da 4ª semana 
2º) Embrionário – do final da 4ª semana até o 8ª semana 
3º) Fetal – do final da 8ª semana ao término da gravidez 
O período fetal termina por ocasião do nascimento, o qual ocorre aproximadamente no final do 10º mês 
lunar considerado como tempo necessário para a gestação a termo. A partir de então o período passa a se 
chamar Período Neonatal. 
Vimos todo o processo fisiológico que ocorre no organismo, e que possibilita a gravidez. Entretanto, não 
devemos esquecer que o equilíbrio psicológico da mulher é de extrema importância na concepção. Cada 
célula germinativa, masculina e feminina, leva em si, gravada, uma carga energética fundamental para o de-
senvolvimento da gestação. Por vezes, muitas mulheres, não conseguem engravidar, mesmo quando sua 
função orgânica está normal, por conta de um desequilíbrio energético. Podemos citar, por exemplo: os 
medos, a não identificação com o feminino, como fatores de não concepção. Para que uma gravidez ocor-
ra de forma “saudável”, é necessário que o funcionamento orgânico esteja harmônico, ou seja, que soma e 
psique estejam integrados e em equilíbrio. 
FORMAÇÃO DO BEBÊ 
Período Gravídico Formação anatômica e fisiológica Alimentação (vitaminas necessárias) 
1ª semana Coração e cérebro. 
17 dias Esboço do sistema circulatório 
25 dias 
Tubo cardíaco começa a bater. 
Formação da placa neural e cérebro. 
 
30 dias Esboço das pernas e braços. 
2º mês Cartilagem, ossos, fígado. Vitamina D (sol), Cálcio e Fósforo 
3º mês Dentes. Vitamina C, Cálcio e Fósforo 
4º mês 
Pele, unhas, glândulas sudoríparas e sebá-
ceas, rins. 
Vitaminas A e B1 
5º mês Cabelo. Vitamina A 
6º mês Musculatura. Vitamina B6 
7º mês 
Coordenação motora; completam-se a 
formação dos centros nervosos. 
Vitamina B12 
8º mês Panículos adiposos. Vitaminas E e K 
9º mês Revitalizador energético. Proteínas e Vitaminas E e K 
 
 
 
8
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
8 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
2. DESENVOLVIMENTO DO FETO 
AS PRIMEIRAS QUATRO SEMANAS 
Desenvolvem-se os três folhetos embrionários primitivos (o ectoderma, o endoderma e o mesoderma) 
que originarão todos os tecidos e órgãos do corpo. 
O coração começa a pulsar no final da 3ª semana e o sangue flui através dos vasos sangüíneos diferencia-
dos nessa época. O sistema circulatório precisa começar a funcionar muito cedo a fim de transportar para 
os tecidos do embrião o alimento absorvido do sangue materno pelas vilosidades coriônicas. 
Durante a 4ª semana, parte da vesícula vitelina é incorporada no embrião, formando o intestino primitivo. 
No final da 4ª semana, o saco coriônico tem duas paredes: uma externa ou Cório, e uma interna, o Âmnio. 
O âmnio contém líquido amniótico que envolve o embrião. A placenta começou a se desenvolver, e o 
cordão umbilical já está tomando forma de pedúnculo do corpo. 
O SEGUNDO MÊS LUNAR DE DESENVOLVIMENTO 
Esse período é crítico para o desenvolvimento de todas as principais estruturas. Qualquer distúrbio causa-
do por drogas, vírus ou outros fatores ambientais pode gerar anomalias congênitas. 
Durante 2º mês, a cavidade do corpo do embrião é dividida em três partes: as cavidades pericárdica, pleu-
ral e abdominal. 
No final da 8ª semana, o desenvolvimento neuromuscular é suficiente para permitir alguns movimentos 
fetais. 
As características faciais são mais distintas. Centros de ossificação aparecem nas clavículas rudimentares; 
os membros estão mais desenvolvidos e as mãos e os pés estão formando-se. 
A genitália externa está formada, mas ainda não apresenta características sexuais definidas. 
O TERCEIRO MÊS LUNAR DE DESENVOLVIMENTO 
O pescoço do embrião apresenta-se mais alongado; os dentes estão formando-se sob as gengivas. Os de-
dos e os artelhos estão bem diferenciadose apresentam unhas sob a forma de finas membranas. Os olhos 
possuem pálpebras e percebem no decorrer do 6º mês. Os pulmões apresentam forma definitiva. Os rins 
estão aptos para secretar, embora a formação dos túbulos renais continue até o término da gestação. Nes-
sa época o feto já pode deglutir e começa ingerindo o líquido amniótico. O sexo do feto já pode ser dis-
tinguido. O desenvolvimento neuromuscular se acelera rapidamente. O feto se move facilmente e torna-se 
ativo. Esses movimentos, não são percebidos pela mãe, pois são muito fracos, e o próprio feto ainda é 
muito pequeno. O feto já responde aos estímulos e alguns de seus reflexos (ex. apreensão) já estão desen-
volvidos. 
 
 
 
9
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
9 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
O QUARTO MÊS LUNAR DE DESENVOLVIMENTO 
Uma penugem chamada lanugo ou lanugem aparece sobre o corpo. Os intestinos apresentam um material 
fecal enegrecido chamado mecônio. O tamanho da cabeça fetal em relação ao seu corpo diminui à medida 
que se processa o crescimento. 
O QUINTO MÊS LUNAR DE DESENVOLVIMENTO 
O esqueleto se endurece. As comissuras do cérebro já estão completas. A pele é menos transparente. Uma 
substância gordurosa e caseosa chamada vérnix caseosa, formada pelas glândulas sebáceas da pele, dá esse 
aspecto menos transparente. Esta substância cobre a pele a partir dessa época até o nascimento. A cabeça 
já apresenta cabelo. Os movimentos fetais já podem ser percebidos pela mãe como sinal de vida. Os ba-
timentos cardíacos fetais podem ser ouvidos através do estetoscópio Pinnar. 
O SEXTO MÊS LUNAR DE DESENVOLVIMENTO 
A pele está bastante enrugada. Inicia-se o depósito de gordura no tecido subcutâneo. O crescimento fetal 
se dá mais rapidamente na extremidade cefálica do que na extremidade caudal. Desse modo, a cabeça é a 
maior parte do corpo durante o desenvolvimento embrionário e fetal. As sobrancelhas e os cílios apare-
cem no final do 6º mês. A pele varia em tonalidade, do rosa para o vermelho, devido ao sangue ser visível 
nos capilares. 
O SÉTIMO MÊS LUNAR DE DESENVOLVIMENTO 
O feto ainda se mostra delgado e magro: a pele é avermelhada e coberta por vérnix caseosa, e os intesti-
nos contêm uma quantidade aumentada de mecônio. Os cabelos na cabeça estão bastante desenvolvidos. 
Seus olhos se reabrem durante esse mês. O SNC desenvolveu-se suficientemente para manter a respiração 
ritmada e a temperatura corpórea relativamente estável, se por acaso o feto receber algum suprimento ex-
tra de aquecimento. Se o feto nascer no final do 7º mês pode se mover e chorar vigorosamente. Um re-
cém-nascido dessa idade ainda é bastante imaturo, mas seus órgãos já estão suficientemente desenvolvidos 
para tornar mais favoráveis as probabilidades de sobrevivência se ele for tratado com cuidados especiais e 
se não tiver obstáculos durante a vida intra-uterina. 
O OITAVO MÊS LUNAR DE DESENVOLVIMENTO 
Ainda se apresenta delgado e enrugado com aspecto de velho. As unhas se estendem para as extremidades 
dos dedos e apresentam textura firme. O lanugo começa a desaparecer da face. O cabelo é mais abundan-
te. 
 
 
 
 
1
0
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
10 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
O NONO MÊS LUNAR DE DESENVOLVIMENTO 
Um aumento no depósito de gordura sob a pele dá ao corpo do feto um contorno arredondado, desapa-
recendo assim os aspectos envelhecidos. Se nascer nessa ocasião, são grandes as suas probabilidades de 
sobrevivência. 
O DÉCIMO MÊS LUNAR DE DESENVOLVIMENTO 
Durante o décimo mês, o feto alcança o seu desenvolvimento total. O acúmulo de gordura continua o que 
torna o corpo arredondado e com aumento de peso. A pele agora se apresenta lisa, com pouco ou ne-
nhum lanugo, e mais clara, tornando-se menos vermelha. Os dedos e os artelhos apresentam unhas bem 
desenvolvidas ultrapassando o rebordo digital. Os ossos do crânio estão mais firmes e bastante próximos 
nas linhas de sutura. O tórax é proeminente e as glândulas mamarias protusas. 
OS ANEXOS FETAIS 
Denominam-se anexos fetais tudo que envolve diretamente o embrião e o feto, desenvolvendo-se parale-
lamente a eles, a partir das células iniciais do ovo. Compreendem: as membranas, córion e âmnio, que 
contém o líquido amniótico, o cordão umbilical e a placenta. 
PLACENTA 
A placenta é um órgão temporário, tendo por meta assegurar as trocas materno-fetais. De sua estrutura-
ção e funcionalidade depende o desenvolvimento e bem estar do feto, com a sobrevivência e futuro do 
recém-nato. 
No termo, a placenta normal é um órgão discóide, medindo de 20 a 22 cm de diâmetro por 2 a 3 cm de 
espessura. Retiradas as membranas e cordão, seu peso, orça em 500 a 600 g. 
Fetos de grande porte (macrossômicos) vinculam-se sempre macroplacentas; cujo peso acusa um desvio 
superior a 100g nos dois extremos da faixa habitual. 
Fetos de pequeno porte (pequenos para a idade gestacional – “smale-for-date”, embora costumem 
vincular-se a microplacentas, podem corresponder a placenta normal e até macrodimensionadas, porém 
extensamente lesadas. 
FUNÇÕES PLACENTÁRIAS : 
Função Transferencial: diz respeito ao transporte dos gases da respiração (função respiratória), de subs-
tância plástica e energéticas necessárias ao desenvolvimento do concepto (função nutricional), de fárma-
cos e substâncias estranhas no organismo (ditos xenobióticos), e dos catabolitos fetais (função excremen-
cial ou depuradora). 
Função Endócrina: a hormoniopoiese placentária compreende a síntese dos próteo e esteróide-
hormônios. Os próteos-hormônios são elaborados os hormônios: gonadotrópico coriônico, lactogênico 
placentário, tereotrópico coriônico e prolactina. Os esteróido-hormônios incluem a pregnenolona, proges-
terona, andostenodiona, estradiol e estrona. 
 
 
 
1
1
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
11 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
Função Protetora: extremamente complexa e diversificada, destacam-se as seguintes barreiras: antimi-
crobiana, macromolecular e imunológica. 
L ÍQUIDO AMNIÓTICO (L.A.) 
No interior da cavidade amniótica, o feto encontra-se imerso em um líquido, o líquido amniótico ou âm-
nio. Fluido claro, esbranquiçado ou levemente amarelado, de cheiro característico e reação neutra ou mo-
deradamente alcalina. 
O volume do L.A. alcança seu pico na 38ª semana, com média de 1000 ml. Declina a seguir em torno de 
145 ml por semana, para no termo orçar em 800 ml. 
Tem-se afirmado que o líquido que está presente no início da gravidez é um transudato de plasma mater-
no através da placenta e membranas fetais. A pele fetal também pode apresentar uma contribuição, e o 
cordão umbilical pode ser considerado uma possível fonte na sua produção. De cerca do 4º mês de vida 
até o nascimento, o feto modifica a composição e o volume desse líquido. O feto engole o líquido e eli-
mina urina hipotônica para ele em quantidades maiores. Movimento do líquido dentro e fora do trato res-
piratório também adiciona secreções. 
O L.A. é continuamente substituído em uma porção muito rápida, mas seu destino, assim como sua ori-
gem, é impreciso. 
Há uma rápida reciclagem bidirecional de água entre mãe, feto e L.A. Foi determinado que a água é troca-
da em uma proporção de 500ml/h na gravidez a termo sendo completamente substituído cerca de uma 
vez a cada 3 horas. 
É formado de 98% de água e entre 1 e 2% de sólidos orgânicos e inorgânicos. A composição do líquido 
se modifica com o progredir da gravidez. Na 1ª metade da gestação ele é essencialmente da mesma com-
posição do plasma materno, mas com uma concentração mais baixa de proteínas. Mais tarde, torna-se 
progressivamente hipotônico pela adição de muita urina fetal hipotônica. 
O L.A. contém eletrólitos, glicose, lipídios, proteínas, enzimas, hormônios e maiores concentrações de u-réia, ácido úrico e creatinina à medida que o crescimento se aproxima, contém urina fetal e secreções de 
trato respiratório. Há células fetais descamadas, material sebáceo, células epiteliais, lanugo, couro cabeludo 
e vernix caseosa. 
A quantidade normal de L.A. é denominada normoidrâmnios. Excesso de L.A. chama-se polidrâmnios e 
pouco L.A é igual a oligoidrâmnios. 
O L.A. possibilita um ambiente ótimo para o desenvolvimento fetal intra-uterino. O feto começa a engolir 
o líquido em torno do 4º mês de desenvolvimento até a época do nascimento, sendo importante para o 
seu metabolismo. 
Ele auxilia a eliminação de secreções dos rins e do trato respiratório. Permite que o feto se mova com fa-
cilidade no útero; o protege contra possíveis lesões por equalização da pressão de qualquer força repentina 
e o mantém em uma temperatura uniforme. Agindo como uma pressão aquosa, quando forçado para bai-
xo pelas contrações uterinas no trabalho de parto, pode ser importante na dilatação do colo. 
 
 
 
 
1
2
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
12 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
3. ESTAR GRÁVIDA É... 
Uma enxurrada de hormônios percorre o corpo. Os seios tornam-se mais inchados, mais doloridos, ao 
mesmo tempo em que surge uma vontade de chorar por qualquer motivo. Durante nove meses, o corpo 
vai se modificar dia após dia, vivenciará situações novas e ainda terá que aprender a lidar com as freqüen-
tes alterações de humor. 
Nesse momento, é importante que a grávida se ocupe mais com a sua saúde e com o seu bem-estar em 
geral. Deve evitar aborrecimentos, situações estressantes e brigas, porque tudo o que mãe faz, pensa, sente 
ou vive tem influência sobre o bebê e é capaz de se refletir nele por toda a vida. 
No Japão, esta regra é levada tão a sério que a mulher; assim que descobre que está grávida, passa a seguir 
o hábito milenar chamado Tai Kyo, que visa prover educação ao bebê na vida intra-uterina. Ela evita fazer 
qualquer coisa que traga emoções negativas: deixa de lado os filmes de terror e violência, as músicas muito 
agitadas e as cenas tristes, e dá preferência a bons filmes, ritmos agradáveis, uma bela exposição de qua-
dros... tudo para tornar a estadia do bebê no útero a mais prazerosa – e enriquecedora – possível. 
A gestante pode proporcionar ao seu filho uma vida intra-uterina paradisíaca. Basta preparar-se adequa-
damente para ter uma boa gravidez, sem esquecer de que não adianta cuidar apenas da parte física. É pre-
ciso levar em consideração, também, os lados emocionais e espirituais da gestação. Não se esquecendo 
nunca de refletir, junto com o companheiro, sobre a importância da criança que geraram e que cresce den-
tro dela. 
Fazendo um bom pré-natal e seguindo as recomendações para manter a sua saúde e a do bebê, estará ga-
rantindo o sucesso do milagre que é gerar uma vida. E para que esse novo ser humano transforme-se nu-
ma pessoa feliz, deve buscar, tanto quanto possível, equilíbrio emocional e paz interior. 
Gravidez não é doença. É um estado diferente. Uma grávida não irá, necessariamente, sentir tudo o que 
será relatado a seguir. 
O PRIMEIRO TRIMESTRE (DA PRIMEIRA A 13ª SEMANA) 
UM MOMENTO DELICAD O. . . 
Os três primeiros meses da gestação são importantíssimos: correspondem à fase principal da formação do 
bebê. O organismo da futura mamãe começa a se adaptar à nova realidade e os hormônios da gravidez fa-
zem a festa! Como conseqüência, podem trazer enjôos, mal-estar estomacal, sonolência... Antes mesmo 
destes desconfortos aparecerem, a mulher já costuma receber sinais de que está grávida: a menstruação 
deixa de vir e os seios incham e tornam-se sensíveis ao toque. Paralelamente às mudanças físicas, a gestan-
te pode ficar com a sensibilidade à flor da pele. 
Este período é muito delicado, porque muitas vezes a mulher demora a perceber que está grávida e conti-
nua levando a vida normal: toma remédios, bebe muito café, ingere álcool, fuma em excesso, usa drogas... 
Isso tudo pode afetar a constituição do bebê, pois cada função de seu corpinho tem um momento exato 
para entrar em ação. Se algum destes fatores externos invadir a circulação sangüínea justamente no mo-
mento do desenvolvimento de um determinado órgão, a criança pode nascer com algum distúrbio ou mal-
formação. 
 
 
 
1
3
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
13 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
Emocionalmente, a mulher também pode gerar instabilidade ao feto. Quando a gravidez não é desejada, 
ela se vê diante de uma crise de aceitação. Questiona-se diversas vezes se deve levar a gestação adiante, 
chora demais, sente-se triste... Até mesmo no caso de uma criança planejada podem acontecer flutuações 
nos sentimentos da grávida, fruto do período de adaptação que ela está tendo que passar. 
O primeiro trimestre é, portanto, um momento em que a gestante precisa de muito apoio do companhei-
ro (que deve ser paciente e deixar de achar que tudo não passa de frescura!), da família e dos colegas de 
trabalho. Ela poderá sentir-se confusa, mas não deve ficar desamparada. E logo vai ver que, assim que en-
trar no quarto mês de gestação, começará a entender, realmente, por que todos dizem que estar grávida é 
permanecer em estado de graça. 
 
1º MÊS - SINTOMAS FÍSICOS E EMOCIONAIS 
FÍSICOS 
 Falta de menstruação (embora possa haver alguma pequena secreção, seja no momento em que a 
menstruação seria esperada, seja no momento da implantação do ovo fertilizado no útero). 
 Fadiga e sonolência. 
 Necessidade de urinar com freqüência. 
 Náusea, com ou sem vômito, acompanhada ou não de salivação abundante (ptialismo). 
 Azia, indigestão, flatulência (gases), eructação (arrotos). 
 Aversão em relação a certos alimentos, desejo por outros. 
 Alteração dos seios (mais acentuadas nas mulheres que apresentam alterações mamarias antes da 
menstruação): plenitude, peso, dor ao toque, formigamento; escurecimento da auréola mamaria (a 
região pigmentada ao redor do mamilo); crescimento das glândulas sudoríparas areolares (tubér-
culos de Montgomery); uma trama de linhas azuladas começa a aparecer por debaixo da pele à 
medida que aumenta o aporte de sangue para os seios (embora possam surgir só tardiamente). 
EMOCIONAIS 
 Instabilidade emocional comparável à das síndromes pré-menstruais: irritabilidade, oscilações de 
humor, irracionalidade, choro fácil. 
 Apreensão, medo, alegria, júbilo ou exultação – qualquer deles ou todos eles. 
 
2º MÊS – SINTOMAS FÍSICOS E EMOCIONAIS 
FÍSICOS 
 Fadiga e sonolência. 
 Necessidade de urinar com freqüência. 
 Náusea, com ou sem vômitos, e/ou com salivação abundante (ptialismo). 
 Prisão de ventre (constipação). 
 Azia, má digestão, flatulência (gases), intumescimento abdominal. 
 Cefaléia ocasional (semelhante à dor de cabeça que sentem algumas mulheres em uso de pílula). 
 Desmaios ou tonteiras ocasionais. 
 
 
 
1
4
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
14 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
EMOCIONAIS 
 Instabilidade comparável à da síndrome pré-menstrual: irritabilidade, oscilações de humor, irra-
cionalidade, choro fácil. 
 Apreensão, medo, alegria, euforia – qualquer um ou todos eles. 
 
3º MÊS - SINTOMAS FÍSICOS E EMOCIONAIS 
FÍSICOS 
 Fadiga e insonia. 
 Necessidade de urinar com freqüência. 
 Náusea, com ou sem vômitos, com ou sem salivação abundante. 
 Prisão de ventre (constipação). 
 Azia, flatulência (gases), sensação de plenitude. 
 Aversões e desejos alimentares. 
 Outras veias visíveis ao crescer o aporte de sangue para o abdome e para as pernas. 
 Dores de cabeça esporádicas (cefaléias). 
 Desmaios ou tonteiras ocasionais. 
 Alterações na aparência. As roupas começam a ficar apertadas na cintura e no busto (se já não fi-
caram); crescimento abdominal por volta do final do mês. Aumento do apetite. 
EMOCIONAIS 
 Instabilidade comparável à da síndrome pré-menstrual: irritabilidade, mudanças de humor, irra-
cionalidade, choro fácil. 
 Apreensão, medo, alegria, euforia – qualquer um ou todos eles. 
 Uma renovada sensação de calma, de quietude. 
O SEGUNDO TRIMESTRE (DA 14ª A 26ª SEMANA) 
GRÁVIDA SIM , COM TODO O PRAZER! 
Do quarto ao sexto mês de gestação, a mulher tem a chance de experimentar o que é estar grávida em to-
da a sua plenitude. Os enjôos (geralmente) passaram, ela já incorporou a idéia de que vai ser mãe, a barriga 
cresce nitidamente e com um detalhe: agora, ela já sente o seu bebê mexer! Por conta disso, começa real-
mente a acreditar no milagre de estar grávida. Irradia felicidade, assim como o pai, que participa mais da 
gestação quando percebe as cambalhotas de seu filho ao colocar as mãos sobre a barriga da mãe. 
Este é sem dúvida, o melhor período da gravidez. A mulher desfruta de ótima disposição física e mental: 
fica cheia de pique, elétrica, e a única coisa que a faz lembrar que está grávida são os movimentos do bebê 
no ventre. O peso do corpo já está aumentando, mas não a ponto de trazer incômodo, como cansaço ou 
dores na coluna – exceto se a pessoa tem tendência. É por isso que os médicos recomendam que a grávi-
da só inicie atividades físicas nesse trimestre – muito embora eu lembre que a prática do yoga é permitida 
já no primeiro mês de gravidez, desde que seja um trabalho consciente e bem orientado. 
 
 
 
1
5
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
15 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
O momento é de grande emoção e alegria para a grávida. A maioria de suas dúvidas já passou: as ultra-
sonografias mostram que o bebê está se desenvolvendo bem – até o sexo da criança ela já pode saber a es-
sa altura – e o exame de translucência nucal (feito entre a 10ª e a 13ª semana de gestação) já revelou que a 
criança é normal. Além disso, ela desperta para o fato de que pode conversar com ele e trocar vibrações. 
É hora da harmonização entre mãe e filho. 
 
4º MÊS - SINTOMAS FÍSICOS E EMOCIONAIS 
FÍSICOS 
 Fadiga. 
 Redução da freqüência de urinar. 
 Fim ou redução da náusea e do vômito (em algumas gestantes a náusea persiste; e em muito pou-
cas só agora começa). 
 Prisão de ventre. 
 Azia, gases, inchação abdominal. 
 Os seios continuam a aumentar de tamanho, mas em geral diminui a dor ao toque e o intumesci-
mento. 
 Dores de cabeça esporádicas. 
 Desmaios ou tonteiras ocasionais, principalmente devido a súbita mudança de posição. 
 Congestão nasal com sangramento ocasional. 
 Entupimento dos ouvidos. 
 Sangramento das gengivas. 
 Aumento do apetite. 
 Leve inchação dos tornozelos e dos pés, às vezes do rosto e das mãos. 
 Discreta secreção vaginal esbranquiçada (leucorréia). 
 Aparecimento dos movimentos fetais ao fim do mês (mas só se a gestante for muito magra ou se 
for a primeira gestação). 
EMOCIONAIS 
 Instabilidade comparável à da síndrome pré-menstrual, que pode aglobar à irritabilidade, oscila-
ções de humor, irracionalidade, choro fácil. 
 Alegria e/ou apreensão. 
 Frustração – se ainda não se sente grávida, mas as roupas já não servem mais e as de grávidas a-
inda são muito folgadas. 
 A gestante pode não se sentir inteira: dispersiva, esquecendo coisas, deixando-as cair, dificuldades 
de concentração. 
 
 
 
 
 
1
6
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
16 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
5º MÊS - SINTOMAS FÍSICOS E EMOCIONAIS 
FÍSICOS 
 Movimentos fetais. 
 Aumento da secreção vaginal esbranquiçada (leucorréia). 
 Dolorimento no baixo- ventre (por distensão dos ligamentos que sustentam o útero). 
 Prisão de ventre. 
 Azia, flatulência, distensão abdominal. 
 Cefaléia, tonteira ou desmaios ocasionais. 
 Congestão, e por vezes, sangramento nasal. 
 Entupimento dos ouvidos. 
 Sangramento das gengivas. 
 Apetite voraz. 
 Cãimbra nas pernas. 
 Edema discreto (inchação) dos tornozelos e dos pés, por vezes das mãos e do rosto. 
 Varizes nas pernas e/ou hemorróidas. 
 Taquicardia (aceleração do batimento cardíaco). 
 Orgasmo facilitado – ou dificultado. 
 Dores nas costas (lombares). 
 Alterações da pigmentação cutânea no abdome e/ou na face. 
EMOCIONAIS 
 Aceitação da realidade da gravidez. 
 Menores oscilações de humor, embora ainda ocorra irritabilidade esporadicamente. 
 Persiste a distração ou o desligamento. 
 
6º MÊS - SINTOMAS FÍSICOS E EMOCIONAIS 
FÍSICOS 
 Atividade fetal mais evidente. 
 Secreção vaginal esbranquiçada (leucorréia). 
 Dolorimento na região abdominal baixa (por estiramento dos ligamentos que sustentam o útero). 
 Prisão de ventre. 
 Azia, má digestão, gases, distensão abdominal. 
 Dores de cabeça, tonteira ou desmaios ocasionais. 
 Congestão nasal e sangramento nasal. 
 Entupimento dos ouvidos. 
 Sangramento das gengivas. 
 Maior apetite. 
 Cãimbra nas pernas. 
 Edema leve (inchação) dos tornozelos e dos pés, por vezes das mãos e do rosto. 
 Varizes nas pernas e/ou hemorróidas. 
 Coceiras abdominais. 
 
 
 
1
7
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
17 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 Dores lombares. 
 Alterações da pigmentação cutânea no abdome e/ou na face. 
 Aumento dos seios. 
EMOCIONAIS 
 Diminuição das oscilações de humor; persistência da desatenção, da distração. 
 Ansiedade com relação ao futuro. 
O TERCEIRO TRIMESTRE (DA 27ª SEMANA EM DIANTE) 
ESTÁ CHEGANDO A HORA . . . 
Quando a grávida entra no sétimo mês de gestação, normalmente dá início a um período que, se ela não 
se preparou com atividades corporais, pode ser um pouco difícil. Ela já está mais pesada e os quilos extras 
podem forçar a região pélvica. Resultado: sensações desconfortáveis, como repuxos na virilha e impressão 
de que os ossos da bacia estão se alargando – e estão mesmo! 
O volume do bebê na barriga comprime cada vez mais os órgãos. Com isso, a grávida pode penar com 
constantes azias e prisão de ventre. A circulação fica deficiente, sendo capaz de causar inchaço nos pés, 
pernas e até braços e mãos. A bexiga passa a ocupar um espaço reduzido, provocando vontades incontro-
láveis de urinar a todo momento. Pode acontecer, também, incontinência urinária (qualquer movimento 
brusco – como um simples espirro ou uma inocente gargalhada – leva à perda de urina) principalmente na 
mulher sedentária. Há, ainda, maior risco de infecções urinárias. 
Na reta final da gravidez, a mulher ainda pode vir a sofrer com dores na coluna, na lombar e no nervo ciá-
tico, além de ser uma vítima do calor (até mesmo no inverno). É comum que se sinta cada vez mais can-
sada e sem disposição. Tudo incomoda... Às vezes, nem na hora de dormir relaxa direito, porque é difícil 
encontrar uma posição confortável. Porém, vale lembrar: a gestante que realizou trabalhos corporais ao 
longo da gestação tem a capacidade de amenizar ou até mesmo anular (dependendo de sua constituição) 
esses acontecimentos. E mais: não se tratam de regras. Podem vir à tona ou não. 
Emocionalmente, o foco de atenção da grávida agora é o parto. Esse se torna um gigante à sua frente, 
sendo visto tanto de forma positiva quanto – como ocorre na maioria dos casos – negativa. Ela costuma 
sentir medo, frio na barriga, e impressiona-se com comentários (que sempre surgem nesta hora) sobre 
partos de conhecidas. Também é comum que sinta ansiedade nesse período. Quer que o filho nasça logo, 
seja para se livrar dos desconfortos físicos do fim da gravidez, seja para certificar-se de que está tudo bem 
com a criança. E, por outro lado, a gestante morre de medo de que ele venha ao mundo antes de ela ter 
tido tempo de arrumar tudo para a sua chegada. Mas deve afastar esta preocupação: o bebê já vem pronto. 
Traz com ele tudo o que precisa. Na verdade,precisa de pouco: o principal é o aconchego do colo da 
mãe, o amor e o carinho. 
 
 
 
 
 
1
8
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
18 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
7º MÊS - SINTOMAS FÍSICOS E EMOCIONAIS 
FÍSICOS 
 Atividade fetal mais vigorosa e mais freqüente. 
 Intensificação da secreção vaginal esbranquiçada (leucorréia). 
 Dolorimento no baixo ventre. 
 Prisão de ventre. 
 Azia, flatulência, distensão abdominal. 
 Dores de cabeça, tonteira ou desmaios ocasionais. 
 Congestão e sangramento nasal. 
 Entupimento dos ouvidos. 
 Sangramento das gengivas. 
 Cãimbra nas pernas. 
 Dores nas costas. 
 Edema leve (inchação) dos tornozelos e dos pés, por vezes das mãos e do rosto. 
 Varizes nas pernas. 
 Hemorróidas. 
 Coceiras na barriga. 
 Falta de ar. 
 Dificuldade de sono. 
 Esparsas contrações de Braxton Hickis, em geral indolores (o útero se endurece por um minuto, 
e depois volta ao normal). 
 Desequílibrio (aumentando o risco de quedas). 
 Colostro, espontâneo ou à expressão, nos seios crescidos. 
EMOCIONAIS 
 Maior apreensão com respeito à maternidade, à saúde do bebê, ao trabalho de parto a ao parto. 
 Esquecimento e distração. 
 Sonhos e fantasias a respeito do bebê. 
 Maior aborrecimento e enfado com a gestação, começa a ansiedade para vê-la terminar. 
 
 
 
 
 
1
9
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
19 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
8º MÊS - SINTOMAS FÍSICOS E EMOCIONAIS 
FÍSICOS 
 Atividade fetal acentuada e regular. 
 Aumento da secreção vaginal esbranquiçada (leucorréia). 
 Maior constipação. 
 Azia, indigestão, flatulência (gases), eructações (arrotos). 
 Cefaléia ocasional, desmaios, tonturas. 
 Congestão e, por vezes, sangramento nasal. 
 Entupimento dos ouvidos. 
 Sangramento das gengivas. 
 Cãibra nas pernas. 
 Dor lombar (lombalgia). 
 Edema leve (inchação) dos tornozelos e dos pés, por vezes das mãos e do rosto. 
 Varizes. 
 Hemorróidas. 
 Coceiras no abdomen. 
 Falta de ar, mais acentuada à medida que o útero comprime os pulmões, o que melhora com a 
descida do bebê. 
 Sono difícil. 
 Aumento das contrações de Braxton Hickis. 
 Maior deselegância ao andar. 
 Colostro espontâneo ou à expressão, pelo bico (embora possa se manifestar apenas depois do 
parto – o colostro ainda não é leite). 
EMOCIONAIS 
 Maior ansiedade pelo término da gravidez. 
 Apreensão quanto a saúde do bebê, ao trabalho de parto a ao próprio parto. 
 Aumento da desatenção, do esquecimento. 
 Excitação: agora falta pouco! 
 
 
 
 
 
2
0
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
20 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
9 º MÊS - SINTOMAS FÍSICOS E EMOCIONAIS 
FÍSICOS 
 Modificação da atividade fetal (mais contorções, menos chutes: o espaço uterino é agora mais e-
xíguo). 
 A secreção vaginal (leucorréia) se torna mais intensa e contém mais muco, que depois de relação 
sexual ou do exame pélvico fica por vezes tingindo de sangue ou adquire tonalidade castanha ou 
rosada. 
 Prisão de ventre (constipação). 
 Azia, flatulência (gases), plenitude abdominal. 
 Dores de cabeça ocasional, desmaios, tonteiras. 
 Congestão e, por vezes, sangramento nasal. 
 Entupimento dos ouvidos. 
 Sangramento das gengivas. 
 Cãimbra nas pernas durante o sono. 
 Aumento das dores e do peso nas costas. 
 Incômodo e dolorimento nas nádegas e na bacia. 
 Aumento do edema (inchação) dos tornozelos e dos pés, por vezes das mãos e do rosto. 
 Varizes nas pernas. 
 Hemorróidas. 
 Coceiras no abdomen. 
 Respiração facilitada com a descida do bebê. 
 Micção mais freqüente depois da descida do bebê. 
 Maior dificuldade com o sono. 
 Aumento e intensificação das contrações de Braxton Hickis (algumas podendo ser dolorosas). 
 Movimentos mais desajeitados, dificuldades maior em se locomover. 
 Maior deselegância ao andar. 
 Colostro espontâneo ou ao espremer os seios (embora possa aparecer só depois do parto). 
 Fadiga ou forças redobradas, ou períodos oscilantes entre ambas. 
 Maior apetite, ou perda de apetite. 
EMOCIONAIS 
 Mais excitação, maior ansiedade, maior apreensão, mais desatenção e ausência. 
 Alívio por estar quase chegando lá! 
 Irritabilidade e nervos à flor da pele (sobretudo ao ouvir a ladainha: “ainda por aí?”). 
 Impaciência e inquietude. 
 Sonhos e fantasias a respeito do bebê. 
 
 
 
 
2
1
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
21 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
4. INFORMAÇÕES GERAIS DA GRAVIDEZ 
 
PARA ENJÔOS, NÁUSEAS, VÔMITOS E AZIA 
Regra número um: procurar não deixar o estômago vazio. De duas em duas horas, comer algum alimento 
leve. De preferência, frutas ácidas. Muitas mulheres sentem-se bem se, pela manhã, ainda na própria cama, 
comerem uma maçã. Frutas cítricas também ajudam. Para algumas grávidas, basta o aroma de uma laranja 
ou tangerina para o enjôo passar. Isso é aromaterapia! 
Também pode tomar chás digestivos, como os de hortelã, camomila e erva-doce. E, se quiser apostar na 
cromoterapia, o amarelo – que auxilia na digestão – é um aliado contra os desconfortos estomacais. Usar 
roupas desta cor; tomar banhos de luz com lâmpada amarela e beber água fluidificada que tenha recebido 
esta energia (envolver com papel celofane amarelo um copo – se possível de cristal – com água e deixá-lo 
exposto ao sol por algum tempo). 
PARA A QUEDA DE PRESSÃO 
No início da gravidez, não é pouco comum que a futura mamãe sofra quedas de pressão. A visão escure-
ce, ela fica tonta e pode até cair. Se isto acontecer, ela deve sentar-se e abaixar a cabeça ao máximo 
que puder, respirando profundamente. Comer um pedaço de umeboxi (ameixa salgada, encontrada em 
lojas de produtos naturais) ou uma pitada de sal, caso a pressão não seja normalmente alta. Para prevenir a 
queda da pressão, evitar fazer movimentos bruscos. Por exemplo, quando levantar fazê-lo lentamente, 
inspirando. Tomar cuidado, ainda, com alimentos que baixam a pressão: doce em excesso, maracujá e al-
guns chás, como o de capim-limão. 
PRESSÃO SOB CONTROLE 
A hipertensão é uma séria ameaça ao bem-estar da grávida e do bebê, podendo levar à pré-eclâmpsia ou 
eclâmpsia, doenças que ainda oferecem graves riscos para as gestantes. Por isso, a pressão deve ser con-
trolada, se ela começa a subir. Em primeiro lugar, cortar o excesso de sal e outros alimentos que sejam hi-
pertensivos (tudo com cafeína, carnes salgadas, etc.) e tratar de abandonar sobrecargas de trabalho. Procu-
rar repousar ao máximo, deixando de lado o dia-a-dia agitado. Além disso, buscar manter o controle emo-
cional. 
PRISÃO DE VENTRE 
Algumas mulheres que nunca tiveram prisão de ventre antes podem ter que conviver com este problema 
na gravidez – embora muitas que sempre apresentaram constipação intestinal possam experimentar uma 
incrível melhora neste período. A verdade é que, não raro, a grávida pode sofrer com o intestino preso 
durante toda a gestação: muitos complementos alimentares à base de ferro que ela costuma tomar podem 
contribuir para o problema. E quanto mais a barriga cresce, mais comprime o intestino, dificultando o seu 
esvaziamento. 
A principal mudança é a alimentação. Procurar comer mais polpa de mamão (para a grávida não é reco-
mendado o caroço) e de tamarindo, ameixa, bagaço da laranja, além de mel. E incluir nas refeições mais 
fibras, encontradas nas folhas, nas frutas, nas frutas secas (damasco, uva-passa, pêra seca...) e nos alimen-
tos integrais (trocar, por exemplo, o consumo do pão e arroz brancos por seus substitutos integrais). Pela 
manhã, em jejum, é ótimo tomar um copo d’água – em outros horários, vale beber água da ameixa e água 
 
 
 
2
2
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
22 POR CRISTINABALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
com mel. Utilizar mais o azeite na preparação dos pratos (nos casos graves, recomenda-se tomar uma co-
lher de sopa dele puro). 
Além de prestar atenção à alimentação, deve-se colocar o corpo em movimento, as grávidas sedentárias 
são mais predispostas a ter prisão de ventre. Por isso, não deixar de fazer exercícios. Mas tomar muito 
cuidado no primeiro trimestre da gestação e procurar orientação especializada para a prática de atividades 
físicas. Experimentar, também ficar na posição de cócoras, caso não haja qualquer contra-indicação. Co-
meçar por pouco tempo e ir aumentando a duração dessa postura gradativamente. Ela é ótima para fazer 
o intestino trabalhar. 
PARA A CIRCULAÇÃO 
Para evitar varizes, inchaço nas pernas (principalmente no final da gravidez), melhorar a sua oxigenação, e 
conseqüentemente, a do bebê, deve-se utilizar recursos que ativam a circulação. Praticar exercícios especí-
ficos é de grande ajuda, como caminhar na ponta dos pés – em casa, ou de preferência, na areia à beira da 
água – ou sobre pedrinhas, massageando toda a planta do pé. Para proporcionar alívio imediato aos in-
chaços, dar um banho de água fria nas pernas com o auxílio de um chuveirinho ou deixá-las de molho di-
reto na água bem fria. 
Tomar chás diuréticos também faz milagres para a redução de edemas (chapéu-de-couro, cana-do-brejo) 
encontrados em casas de produtos naturais (alpiste) ou de cabelo de milho. Outro excelente é o de casca 
do abacaxi, principalmente para as grávidas inchadas na época do calor: Corte e lave bem a casca de um 
abacaxi, levando ao fogo com água até ferver bastante. Coe e, se quiser, deixe na geladeira para servir co-
mo refresco. É uma delícia! Não precisa adoçar e pode ser consumido à vontade. 
Outra alternativa diurética é comer frutas como melancia, melão e laranja. Pode experimentar um alimen-
to japonês que é diurético por natureza: o feijão azuki. É ótimo para ser comido habitualmente –evita 
problemas circulatórios, desde que preparado com pouco sal! – ou tomado como chá: tostar numa panela, 
sem gordura, um punhado de feijão com a ajuda de uma colher de pau, depois acrescentar um litro de á-
gua. Deixar ferver durante um bom tempo, até reduzir para meio litro. Consumi-lo morno, à vontade. 
Para evitar varizes, pode fazer uso de comprimidos de castanha-da-índia., um complemento alimentar na-
tural que não compromete a saúde da gestante. Sua ação vasoconstritora aumenta a resistência dos vasos, 
evitando edemas. 
Usar meia-calça de média ou baixa compreensão – específica para gestantes – é indispensável, mesmo no 
verão! Ela ajuda a prevenir inchaços e varizes, principalmente na grávida que trabalha muito tempo em pé. 
Deve-se calçá-la assim que acordar ou depois de ter ficado com as pernas para cima pelo menos por 20 
minutos. Esforçar-se para passar o dia inteiro com ela. 
Hemorróidas é outro problema circulatório bastante incômodo que pode aparecer na gravidez, principal-
mente quando a barriga já está mais pesada. Para preveni-lo, deve-se seguir todas essas dicas para ativar a 
circulação e as que foram dadas para combater a prisão de ventre: mude a alimentação e abandone o se-
dentarismo. Banhos de assento também são muito bons. Afinal, não se deve esquecer que a hemorróida e 
constipação intestinal são duas condições intimamente relacionadas. 
PARA ANEMIA 
Toda grávida apresenta, no final da gestação, um pouco de anemia. É normal, mas ela deve ser combatida 
– e prevenida – com um esforço no cardápio de alimentos ricos em ferro. A gestante precisa, portanto, 
 
 
 
2
3
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
23 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
passar a comer raízes (principalmente beterraba), todos os legumes, frutas e verduras vermelhas, folhas 
verdes escuras, brotos, melado de cana-de-açúcar, caldo de cana e, em lugar do açúcar branco, o mascavo. 
Entre as frutas, o açaí aparece como uma fonte excepcional de ferro. Pode também tomar, diariamente, 
um suco que levanta qualquer índice de anemia: passar por uma centrífuga beterraba e espinafre crus e 
depois misturar ao suco de laranja (vitamina C ajuda na absorção do ferro). 
SEIOS PROTEGIDOS 
É fundamental usar um sutiã reforçado, com alças e bases largas – este cuidado se estende ao período da 
amamentação. Normalmente, ele precisa ser um numero maior do que o habitual. Mas não há necessidade 
de usá-lo para dormir. Esta simples mudança evita que a musculatura da mama seja forçada e dá muito 
mais conforto. 
Para preparação dos mamilos para a amamentação ar e sol são dois fatores importantíssimos. Se for pos-
sível, tomar em casa banho de sol diretamente sobre os seios, de preferência até as 10 horas da manhã ou 
após as 15 horas, durante uns 15 minutos. Com isso, a pele da região fica mais resistente. Outra alternati-
va, é usar uma lâmpada de 40w a um palmo de distância do mamilo, também por 15 minutos. O efeito é 
semelhante, embora não se compare ao sol. Ou também utilizar limão nos mamilos com o cuidado de não 
expor ao sol nem à lâmpada. 
ESTRIAS OU CELULITES 
A pele estica de tal forma, que, se não estiver suficientemente hidratada, suas fibras podem se romper, 
dando origem a cicatrizes inicialmente róseas, mas que logo se tornam brancas... e definitivas! 
Preveni-las, porém, é possível. Basta aplicar na pele, diariamente óleo de amêndoa doce ou qualquer outro 
óleo, de preferência misturado a creme, que a pele absorve melhor. O segredo é manter mamas, barriga, 
coxas e glúteos sempre hidratados, para que agüentem com elasticidade o estica-encolhe que a pele vai so-
frer. Usar o produto após o banho, quando os poros estão mais abertos e a absorção é mais fácil. 
Para evitar a celulite, a primeira atitude é controlar a alimentação. Nada de comer frituras e outros alimen-
tos que engordam e que são reconhecidamente causadores de celulite. Deixar de lado refrigerantes: por 
causa do gás e das químicas, contribuem para um terrível aumento da celulite. 
Além da dieta, é muito importante se exercitar. Caminhadas e yoga são ótimas alternativas. Prevenindo o 
problema e ainda dando mais disposição. Cápsulas de Centella asiática, assim como comprimidos ou pró-
pria gelatina da alga agar-agar, também ajudam a evitar celulite. Conversar com o médico a respeito, pois 
são simples complementos naturais, sem contra-indicações. Para uso externo, pode-se aplicar diretamente 
nas áreas com celulite compressas com chá de cavalinha (à venda em lojas de produtos naturais). 
CREME PARA PREVENÇÃO DE ESTRIAS : 
um tubo de creme Nívea pequeno 
30 ml de óleo de amêndoas (100% puro) 
um tubo de Hipoglós 
uma ampola de Aderogil 
uma ampola de Arovit 
um tubo de Bepantol 
um tubo de creme Universal Merck 
 
 
 
2
4
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
24 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
PELE SEM MANCHAS 
Durante a gravidez, os hormônios alteram a pigmentação da pele. Por isso, a exposição excessiva ao sol 
pode provocar manchas antiestéticas, principalmente no rosto. Combater este risco aplicando protetor so-
lar – pelo menos na face - sempre que sair à rua. Banho de sol: até 10 horas ou após 15 horas. 
QUEDA DE CABELO 
A ação dos hormônios também pode alterar a aparência dos cabelos. O principal inconveniente que traz é 
a queda dos fios. Para controlar este problema, deve repor vitamina A e cálcio em seu organismo (através 
da alimentação ou de complementos vitamínicos). Também usar xampu de jojoba é outra boa indicação 
para prevenir a queda. Um alerta: deixar a tinta de lado na gravidez, sua química pode fazer mal ao bebê 
em formação. Optar pelo uso da henna, uma tintura natural que não oferece riscos. 
ALIMENTAÇÃO 
Prestar bastante atenção à alimentação é fundamental para a saúde da gestante e a de seu bebê durante os 
nove meses de gravidez. Lembrar- se de que tudo o que a grávida ingerir estará sendodividido com o be-
bê. A primeira recomendação é não fazer qualquer alteração radical na sua dieta. Se for vegetariana, não 
começar a comer carne só para absorver proteína. E caso seja carnívora incondicional, não deixar de co-
mer carne achando que vai causar algum mal ao bebê. O que deve fazer é melhorar a qualidade dos ali-
mentos consumidos, seja qual for a forma de alimentação, e observar sempre a sua procedência e o seu 
conteúdo. 
A dieta ideal da gestante deve ser a mais variada possível, proporcionando ao corpo todos os nutrientes de 
que ele necessita. 
 Um cereal – arroz, trigo, cevada, aveia, milho... 
 Uma leguminosa – Qualquer tipo de feijão: preto, branco, lentilha, grão-de-bico, ervilha... 
 Um fruto – Abóbora, chuchu, beringela... Atenção ao tomate: o seu consumo deve ser moderado, 
pois ele favorece infecções urinárias. 
 Raízes – Cenoura, beterraba, batata, aipim, batata-baroa, bardana... 
 Folhas– Espinafre, bertalha, alface, caruru. 
 E também folhas e flores, como brócolis e couve-flor. 
 Uma proteína – Vegetal (fontes de soja ou glúten, castanhas, algas, feijões e brotos) ou animal 
(carnes, ovos, leite). 
 
 
 
 
2
5
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
25 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
V I T A M I N A S E M I N E R A I S 
Nome Fontes Naturais Função Sinais de deficiência MDN* 
Vitamina A 
Salsa, cenoura, espinafre, couve, 
dente-de-leão, agrião, couve-flor, 
rama de nabo, melão, caranguejo, 
fígado, pêssegos, bago de roseira 
brava, pimentão verde e vermelho, 
batata doce, banana, milho, mantei-
ga, tomate, feijão verde, abóbora, 
beterraba, missô. 
Resistência a infecções, especialmente no 
processo respiratório. Ajuda a manter uma 
condição saudável nas camadas exteriores 
de muitos tecidos e órgãos; promove o 
crescimento e a vitalidade; permite a forma-
ção do purpurino visual dos olhos, comba-
tendo a cegueira noturna e o enfraqueci-
mento da vista; proporciona uma pele 
saudável; é essencial na gravidez e na 
lactação. Nota –1) a absorção no processo 
digestivo é facilitada pelo óleo de gergelim. 
2) não ocorre sob a forma de vitamina nos 
vegetais ou frutos, mas como caroteno –
provitamina- que é transformada pelo corpo 
em Vitamina A. 
Deficiência visual noturna; maior susceptibili-
dade às infecções; pele seca e escamosa; falta 
de apetite e de energia; dentes e gengivas 
estragados; crescimento retardado; problemas 
renais, problemas visuais; esterilidade. 
 
 
5000U.I.** 
Complexo de 
Vitamina B 
Cereais integrais, sementes, folhas 
verdes, oleaginosas, ovos, carne, 
leite. 
Um complexo de diferentes elementos, de 
importância vital para uma digestão normal- 
sem os quais os alimentos não são digeridos 
para serem consumidos como energia. 
 
B1 
(Tiamina) 
Arroz integral, feijão de soja, legumi-
nosas, amêndoas, kelp, trigo, centei-
o, levedura de cerveja, aveia, amen-
doins, a maior parte dos vegetais, 
leite, farinha de soja, sementes, 
espinafre, dentes-de-leão, misso. 
Favorece o crescimento; auxilia a digestão; 
é essencial para um funcionamento normal 
dos tecidos nervosos, dos músculos e do 
coração. 
Perda de energia, peso e apetite; insônias; 
inchaço e retenção de líquidos no corpo; 
irregularidades cardíacas e fraca resistência; 
depressão; dores difusas; crescimento retar-
dado nas crianças. 
1,0-1,3mg 
B2 
(Riboflavina) 
Feijão de soja, trigo e centeio inte-
grais, rama de nabo, farinha de soja, 
ervilhas, a maior parte das fontes de 
vit. B1, fígado, rins, brócolis, ovos, 
germe de trigo, missô, espinafre, 
couve. 
Favorece o crescimento; é essencial para a 
saúde dos olhos, da pele e da boca; propor-
ciona uma saúde geral boa. 
Dermatite do nariz; aftas na boca; prurido e 
ardor dos olhos; rachas nos cantos da boca, 
inflamações da boca e olhos raiados; língua 
arroxeada. 
15-20mg 
Niacina 
Sementes de gergelim, cevada, trigo 
sarraceno, peixe, feijão de soja, 
amendoins, arroz integral, levedura 
de cerveja, fígado, leguminosas, 
vegetais verdes, derivados do trigo 
integral. 
Importante para um funcionamento normal 
do sistema nervoso, preventivo da pelagra; 
favorece o crescimento, mantém um funcio-
namento normal no trato digestivo; necessá-
rio para o metabolismo dos açucares, 
mantém a boa condição da pele. 
Pelagra- sintomas: inflamação da pele, da 
língua, perturbações gastrointestinais, disfun-
ções do sistema nervoso, dores de cabeça, 
fadiga, depressão mental, dores difusas, 
indisposições, irritabilidade; perda de petite e 
de peso; insônias, nevrites, fraqueza. 
15-20mg 
Ácido Fólico 
Vegetais de folhas verde-escuras, 
cogumelos, cereais germinados, 
feijão de soja, levedura de cerveja, 
germe de trigo. 
Essencial para a formação de glóbulos 
vermelhos, pela sua ação na medula óssea; 
favorece o metabolismo das proteínas e 
contribui para um crescimento normal. 
Anemia nutricional N.D.* 
B1 2 
Algas (especialmente dulse), ovos 
fertilizados, cereais integrais, iogurte, 
misso, fígado, carne de vaca, porco, 
leite e queijo. 
Contribui para a formação e regeneração 
dos glóbulos vermelhos, preventivo de 
anemia; favorece o crescimento e aumenta 
o apetite nas crianças. 
Pode levar à anemia perniciosa; falta de 
apetite, atraso no crescimento das crianças, 
fadiga. 
5-8mg 
Vitamina C 
Todos os vegetais verdes, brócolis, 
batata doce, pimenta verde, ceboli-
nha, agrião, salsa, couves, cenoura, 
todas as frutas cítricas, tomate, 
melão, dente-de-leão, rebentos de 
feijão, endívias. 
Necessária a uma dentição, ossos e gengi-
vas saudáveis; fortalece todos os tecidos 
conjuntivos; favorece a cicatrização de 
feridas, contribui para o vigor e permeabili-
dade dos capilares, importante para se 
manter uma boa saúde. 
Pode ser a causa de gengivas fracas, queda 
de dentes, perda de apetite, fraqueza muscu-
lar, hemorragias da pele, fraqueza dos capila-
res, anemia. 
70-75mg 
Vitamina D 
Óleo de fígado de bacalhau, peixe 
seco, espinafre, dente-de-leão, farelo 
de cereais, trigo e farinha de trigo 
integral, leite, ovos, bacalhau, 
salmão, óleos de fígado de peixe, 
óleos e gorduras, luz solar. 
Regula a utilização de cálcio e de fósforo no 
corpo e é necessária para a correta forma-
ção de ossos e dentes, processo muito 
importante durante a infância. 
Pouca resistência; fraqueza óssea e muscular, 
atraso no crescimento; cárie dentária, raqui-
tismo, falta de vigor. 
400U.I 
Vitamina E 
Vegetais de folhas verdes, arroz e 
todos os cereais integrais, oleagino-
sas, farelo, farinhas integrais, man-
teiga, fígado, leite. 
Não se conhece a função exata; é emprega-
da como preventivo de esterilidade, no 
tratamento em caso de ameaça de aborto; 
na distrofia muscular e no tratamento dos 
problemas cardíacos. 
Sintomas de envelhecimento; atrasos de 
crescimento; lentidão mental, lassidão muscu-
lar; anemia nas crianças; está associada com 
a perda da capacidade reprodutora e com 
distúrbios musculares. 
25 a 30U.I 
 
 
 
 
2
6
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
26 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
Vitamina K 
Óleos não refinados, arroz integral e 
todos os vegetais de folhas verdes, 
feijão de soja, gema de ovo, couve-
flor, couves, alface, espinafre, 
brócolis, urtigas; produzida pela flora 
intestinal. 
Essencial para a produção de protrombina 
(uma substância que favorece a coagulação 
do sangue); importante para as funções 
hepáticas. 
Dificuldades de coagulação do sangue, ten-
dência para as hemorragias, dificuldades 
circulatórias; fraqueza. 
0,5mg 
Vitamina P 
Couve, brócolis, trigo sarraceno, 
sumo de limão, rama de nabo, 
pimentão verde. 
Fortalece as paredes dos capilares; combate 
as perturbações das articulações, diabetes, 
tuberculose. 
Baixa pressão sanguínea; gengivas que 
sangram; enxaquecas, varicosidades; hemor-
ragias nasais; escorbuto. 
N.D 
Cálcio 
Todas as algas marinhas, vegetais 
verdes, sementes de gergelim, 
couve, oleaginosas,sementes 
(esp.Girassol), cereais integrais, 
brócolis, ovos, leite, queijo oleagino-
sas, frutos secos. 
Formação e conservação dos dentes e 
ossos; favorece a coagulação do sangue; 
proporciona vitalidade e resistência; regula o 
ritmo cardíaco; normaliza certas enzimas. 
Atraso no desenvolvimento dos ossos e 
dentes, ossos frágeis, atrofia, raquitismo; 
nervosismo, irritabilidade muscular. 
0,8 g 
Cobre Groselhas, couve, batata, aspargos. 
Necessário para a absorção e utilização do 
ferro e formação de glóbulos vermelhos. 
Fraca produção de hemoglobina; deficiência 
respiratória, debilidade geral, atrofiamento. 
2mg 
Flúor 
Cenoura, couve, couve-flor, pepino, 
salsa agrião, amêndoas, gema de 
ovo, dente-de-leão, folha da beterra-
ba. 
As variedades orgânicas combinam-se com 
oxigênio, o potássio e o enxofre para formar 
sangue, pele, unhas e cabelo. 
Queda de dentes, curvatura da coluna, vista 
fraca. 
N.D. 
Iodo 
Todas as algas (esp. Kelp e Dulce), 
todos os vegetais verdes, melancia, 
cenoura. 
Necessário para o bom funcionamento da 
tireóide; essencial ao crescimento equilibra-
do, ao metabolismo; dá energia, estimula a 
circulação, favorece a oxidação das gordu-
ras e proteínas. 
Bócio; cretinismo; susceptibilidade às infec-
ções; metabolismo orgânico e atividade mental 
baixos; perturbações nervosas. 
15-30mg. 
Ferro 
Sementes de abóbora, beterraba, 
brócolis, couve, alface, ervilhas, 
abóbora, cenoura, couve-flor, oleagi-
nosas, vagens, salsa urtigas. 
Necessário à formação de hemoglobina, 
favorece o transporte de oxigênio no san-
gue, vital para a oxigenação das células; 
essencial para a formação de tecido ósseo, 
muscular e cerebral. 
Anemia, palidez, atrofiamento, fraca vitalidade. 10-12mg 
Magnésio 
Dulse, feijões (esp. Soja), lentilhas, 
vegetais de folhas verdes, frutos 
secos, a maior parte das oleagino-
sas, urtigas. 
Necessário ao metabolismo do cálcio e da 
vitamina C; essencial ao funcionamento dos 
sistemas nervoso e muscular; ativa os 
enzimas no metabolismo dos hidratos de 
carbono; contribui para a formação de 
sangue, nervos e músculos. 
Fragilidade óssea; perturbações digestivas; 
esgotamento, irritabilidade, nervosismo; 
aceleração cardíaca, convulsões. 
300 mg 
Manganês 
Cereais integrais, amêndoas, nozes 
beterraba, cenoura cebolinha, agrião, 
couve, maças, e damascos. 
Ativa os diversos enzimas e os minerais; 
relacionado com a utilização correta das 
vitaminas B1 e E; implicado no processo 
reprodutivo; combina-se com o oxigênio, o 
hidrogênio e o ferro para formar linfa e 
hemoglobina. 
Enfraquecimento da reação dos tecidos; 
crescimento insuficiente; perturbações glandu-
lares; funções reprodutoras deficientes. 
15-25 mg 
Fósforo 
Ervilhas, sementes de girassol, 
oleaginosas, feijões, lentilhas, 
cereais integrais, algas, frutos secos, 
agrião, alho-porro bravo, nabos. 
Necessário a uma formação normal de 
ossos e dentes; inter-relacionado com a 
ação do cálcio e da vitamina D; normaliza o 
metabolismo, a coagulação do sangue; 
transporta os ácidos gordos; importante para 
o desenvolvimento e funções cerebrais. 
Desmineralização dos ossos, crescimento 
insuficiente, raquitismo, perda de peso, fraque-
za geral. 
1,2 g. 
Potássio 
Dulce e todas as algas, feijão de 
soja, frutos secos, oleaginosas, 
vegetais. 
Necessário a um tono muscular e 
nervoso normais, à atividade cardíaca e 
à reação com as enzimas; favorece a 
eliminação; regula o ritmo cardíaco e a 
formação de glicogênio a partir da 
glicose, e também de gorduras a partir 
desta. 
Crescimento e eliminação insuficiente; 
perda de controle muscular, digestão 
incompleta. 
3g. 
Sódio 
Dulce e todas as algas, vegetais de 
folhas verdes, frutos secos. 
Assegura a manutenção do teor de água 
nas células, contribui para a formação da 
pele, nervos, membranas mucosas; contribui 
para a formação de sucos digestivos e para 
a eliminação do dióxido de enxofre. 
Absorção intestinal deficiente, crescimento 
insuficiente. 
0,5g. 
Enxofre 
A maior parte das oleaginosas, 
couves de bruxelas, couve-flor, 
maçãs, uva-dos-montes, a maior 
parte dos feijões, agrião e groselha. 
Vital para a saúde da pele, cabelo e unhas; 
combina-se com o carbono, o oxigênio e o 
potássio para formar sangue; importante 
para o metabolismo do fígado e das células 
da pele. 
Eczema, crescimento insuficiente; dermatites; 
crescimento deficiente das unhas e do cabelo. 
0,3mg. 
Zinco 
 
Trigo integral e derivados deste 
cereal 
Contribui para o funcionamento normal dos 
tecidos, assim como para o metabolismo 
das proteínas e hidratos de carbono. 
Absorção intestinal deficiente, crescimento 
insuficiente. 
10-15mg. 
 
 
 
2
7
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
27 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
Fazer pelo menos uma refeição reforçada por dia – no sentido da qualidade, e não da quantidade! Criar 
pratos bem coloridos e variados. Tentar não repetir as mesmas cores em cada refeição, para que ela fique 
balanceada. Normalmente, as cores dos alimentos indicam uma semelhança de seus nutrientes. Assim, se 
já estiver almoçando abóbora, deixe a cenoura para o jantar. Caso tenha uma certeza resistência a legumes 
e verduras – essenciais!-, uma solução é passar a comê-los disfarçados em sopas e suflês. Procurar ainda, 
caprichar no consumo de alimentos que contenham cálcio (além do leite, ele está presente na veia, na 
couve-flor, no nabo, na castanha-do-pará, no inhame...) e no ferro (lembre-se de suas fontes no assunto 
anemia). Esses nutrientes são fundamentais para a grávida e o seu bebê. 
O QUE DEVE SER EVITADO 
 Tudo o que tem cafeína (café, chocolate, guaraná, mate, chá preto). 
 Álcool, drogas e cigarros. 
 Alguns tipos de chás. Saber que há chá abortivos, como o de canela e artemísia. 
 Temperos picantes, como gengibre e pimenta. 
 Sapatos com salto muito alto; carregar peso. 
 Ficar em pé por muito tempo 
 Todo e qualquer excesso de esforço físico, de exercícios e de sol. Principalmente no primeiro 
trimestre! Reparar que o corpo, naturalmente, vai pedir mais repouso. 
 Cores vermelhas na região do baixo-ventre, principalmente no início da gravidez. Pode provocar 
contrações. Usar cores leves, claras e alegres, que elevam o astral. 
 
 
 
 
2
8
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
28 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
5. TRABALHO DE PARTO 
Convencionalmente o parto pode ser dividido em três períodos: o primeiro é o de dilatação ou abertura 
do colo do útero até a dilatação total; segue-se o período expulsivo ou segundo período, até o nascimento 
do filho; o terceiro período se estende desde o primeiro contato até a eliminação da placenta. 
Nas últimas semanas que antecedem o parto, a grávida vai começar a sentir o útero contrair. Essas contra-
ções que preparam para o parto são geralmente indolores. Poderá sentir o útero ficar teso e duro, 
o que pode durar quinze minutos ou mais. 
“Nas últimas semanas da minha gravidez tive contrações, algumas muito fortes, mas passavam depois de algumas horas.” 
Normalmente dentro das últimas seis semanas de gravidez o bebê vai se encaixar na abertura ou estreito 
superior da pelve e ficar pronto para nascer, acarretando, ás vezes, fortes contrações. Outras vezes o bebê 
só se encaixa no momento do parto, especialmente a partir do segundo filho. Algumas gestantes têm con-
trações freqüentes e fracas um dia ou dois antes de entrar em trabalho de parto, que podem se manter du-
rante horas e depois passar; esse efeito é conhecido como “falso trabalho de parto”. 
O trabalho de parto propriamente dito começa quando o colo começa a dilatar. Porém esse início pode 
acontecer de diferentes maneiras: 
1) Pode começar com um sinal, com a eliminação de uma secreção espessa, consistente, com raias de 
sangue, que é o tampão mucoso que selava o orifício cervical durante a gestação. Esse sinal pode a-
contecer bem nocomeço do trabalho de parto ou em qualquer momento do primeiro período. Se o 
tampão é eliminado na mesma hora que a bolsa se rompe, o líquido amniótico pode vir um pouco 
manchado de sangue, mas deve logo se tornar claro. 
“As contrações fracas começaram mais ou menos doze horas após perder o tampão, sendo uma a cada cinco minutos.” 
2) Algumas vezes tudo começa com a ruptura das membranas ou perda da “bolsa das águas”. Ou seja, 
uma grande quantidade de líquido escorre pelas pernas ou apenas um pouquinho de líquido que esta-
va entre as membranas e a cabeça do bebê. Em alguns casos a bolsa permanece intacta até o momen-
to do nascimento. A maioria das vezes a bolsa se rompe um pouco antes de se alcançar a dilatação to-
tal. 
“Senti que algo jorrou, um líquido quente escorria em mim. Acordei rapidinho e fiquei ligada.” 
“Quando me levantei o lençol estava molhado, depois senti algo escorrer de mim; nesse momento tomei consciência de que logo 
ela chegaria.” 
3) Pode ocorrer uma dor contínua e maçante na região lombar, que pode ser causada pelas contrações 
uterinas. 
4) Pode acontecer uma diarréia, pois existe uma tendência natural de esvaziar o intestino no período que 
acontece o início do trabalho de parto. 
 
 
 
 
2
9
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
29 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
5) Pode acontecer de a gestante ficar com muito frio e com tremores. Esse é o jeito que o corpo tem pa-
ra eliminar as tensões e geralmente acontece no início do trabalho de parto ou em qualquer momento 
do parto. O melhor a fazer é esperar que passe por si, respirar profundamente ou mesmo que alguém 
faça uma massagem nas costas ou nos pés. 
6) O sinal mais concreto de que o trabalho de parto começou são as contrações, um pouco mais inten-
sas do que as que acontecem no final da gestação. Podem se assemelhar às dores episódicas no baixo 
do ventre ou também podem ser percebidas pelas dores na região lombar ou nas partes internas das 
coxas. 
“Aos poucos fui me acostumando com aquele endurecimento e aquela cólica na barriga. Como eu estava em sono profundo 
até aquele momento, levei algum tempo até perceber o que realmente estava acontecendo: mas como as dores continuaram mais 
ou menos a cada cinco minutos, ficou óbvio que o bebê estava tentando nos dizer algo.” 
As contrações são percebidas de diversas maneiras por mulheres diferentes, ou pela mesma mulher em di-
ferentes partos. Podem ser fracas ou fortes quando começam. Podem acontecer a cada meia hora ou a ca-
da dez minutos, ou, às vezes, em intervalos bem regulares. O útero vai começar a se contrair e a endure-
cer, afinando ou esvaecendo o colo e fazendo com que este suba e se incorpore ao útero, e depois se dila-
tando na base. As contrações vêm como as ondas do mar: começam mais amenas, crescem até um pico e 
depois vão decrescendo. Segue-se então um período de descanso até que a próxima comece. 
Algumas mulheres descrevem as contrações como “ímpetos de energia”. De qualquer modo, a 
contração atinge seu ponto máximo no que chamamos de “pico”, e pode ser dolorosa nesse pon-
to. 
“As contrações estavam bem fracas e a cada dez minutos quando cheguei ao hospital. As pessoas que me examinaram fica-
ram em dúvida se iriam me internar ou não, pois disseram que eu parecia tão tranqüila que ainda não estavam seguras de 
que eu estava em trabalho de parto.” 
“Fiquei caminhando, às vezes me acocorando, e quando fui examinada trinta minutos depois ficaram atônitas, porque a di-
latação tinha progredido rapidamente. O intervalo entre as contrações era então de cinco minutos e elas estavam bem mais 
fortes; daí descobri duas posições (dobrando o corpo para frente contra uma parede e também ficando ajoelhada de quatro no 
chão) que me traziam um grande alívio.” 
Conforme o trabalho de parto progride, as contrações ficam mais próximas umas das outras e mais inten-
sas, sendo menor o intervalo entre elas. 
AS SENSAÇÕES DO PARTO 
O parto é um fato muito especial na vida sexual como mulher. É um momento em que a gestante sofre 
uma transformação – torna-se mãe, está trazendo ao mundo um outro ser. O útero vai se dilatar comple-
tamente e a gestante vai passar por mudanças no estado de consciência normal. 
Enquanto estiver em trabalho de parto a grávida vai querer se afastar das atividades normais do dia-a-dia e 
vai desviar naturalmente sua atenção para dentro de si, como se o mundo inteiro pactuasse com o que es-
 
 
 
3
0
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
30 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
tá acontecendo dentro do seu corpo. Dentro da sua cabeça muda-se a dimensão de tempo. Horas podem 
parecer minutos. É como estar em outro mundo. 
“Pensei que estivesse fora do tempo.” 
“Internamente estava em contato com o meu corpo, sem saber o que se passava ao meu redor.” 
“Essa abertura total do útero acontece somente uma vez, ou poucas, durante sua vida. É uma experiência 
emocional muito profunda que envolve uma regressão aos sentimentos mais básicos e primitivos, como 
se tudo que você tivesse sido na sua vida estivesse presente naquele momento. Provavelmente acontece 
um relembrar inconsciente do que você viveu no útero de sua mãe, no seu nascimento e na sua primeira 
infância, tudo isso misturado com a emoção de virar mãe e uma comunicação muito íntima entre seu cor-
po e seu bebê.” 
O útero é o palco das mais profundas emoções. Da mesma maneira que precisa ir a fundo nas sensações 
interiores quando vivencia um orgasmo sexual pleno, precisa responder instintivamente às necessidades e 
mensagens do corpo quando este está em trabalho de parto ou quase para dar à luz. 
De certa maneira a grávida precisa perder o controle, acreditar e se render ao processo inerente que acon-
tece no seu interior, sem se dar conta, e que vai culminar com o parto. Precisa desligar a mente, deixar de 
lado tudo que já sabe e simplesmente deixar acontecer. É um momento de se voltar para dentro de si, a-
bandonar-se ao desconhecido, não pensar no que está para acontecer, mas viver somente o momento e 
deixar os ritmos involuntários do corpo tomarem o controle. 
“Fica mais fácil quando a gente consegue não lutar contra a força interior que quer trazer o nenê para fora e daí ela toma 
conta da gente. Nesse barco se você relaxar, pode flutuar; se lutar e tentar controlar, você afunda.” 
Provavelmente vai passar por sensações intensas e de todos os tipos, desde agonia até o êxtase, do deses-
pero a debilidade à determinação e vitalidade, da exaustão a uma incrível energia e força. É possível que 
aconteçam algumas náuseas. Algumas não sentem nada, enquanto outras têm muito enjôo. 
O parto é um grande esvaziar-se; portanto, não é nenhuma surpresa se o estômago e intestino resolverem 
se esvaziar dos seus conteúdos nesse momento. Na verdade, esses acontecimentos podem ser um sinal de 
que a dilatação já progrediu bastante. 
“No intervalo entre as primeiras contrações, precisei ir bastante ao banheiro, e o bebê parecia que ia nascer no meio de um 
processo intenso e natural de evacuação. Alguns minutos depois vomitei e comecei a me sentir bem, pronta para agüentar as 
contrações.” 
DOR DE DAR À LUZ 
A dor do parto é uma velha história da humanidade. Não há dúvida nenhuma sobre ela – qualquer mulher 
que já deu à luz pode confirmar: “o parto... dói mesmo!” 
A maioria das mulheres sente dor nos ápices das contrações. As dores são de caráter agudo e 
não-pulsantes ou persistentes; geralmente não há dor entre as contrações. A contração seguinte a uma ou-
 
 
 
3
1
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
31 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
tra muito forte freqüentemente é mais fraca. A dor não é do mesmo tipo da dor de um machucado. Mui-
tas a descrevem como algo positivo ou “dor de dar à luz” e sentem igual satisfação entre as contrações. 
Uma das causasprincipais de dor desnecessária no parto é ficar deitada a maior parte do tempo. Mesmo 
usando vários travesseiros a grávida não deixa de parecer uma tartaruga encalhada – totalmente indefesa- 
e ainda por cima as contrações vão doer muito mais. Outras posições (tais como se ajoelhar com o corpo 
dobrado para frente, ficar de pé, de cócoras ou sentada) realmente aliviam as dores e ajudam a entrar em 
sintonia com o que está acontecendo dentro dela. Ela precisa da liberdade de fazer o que bem entende do 
seu corpo no sentido de descobrir o que é melhor para ela mesma. 
“Sentia-me tão desconfortável deitada que tive que levantar e buscar alívio em outras posições; essa foi a maneira que encon-
trei para me concentrar, tentar relaxar e não abandonar a respiração abdominal.” 
“Descobri que pequenos movimentos ajudavam bastante – em um determinado momento estava quase dançando. Apoiar ou 
segurar algo era impossível para mim mas deitar em uma cama era o pior de tudo.” 
Geralmente o excesso de dor está relacionado com ambientes e atmosfera impróprios. 
Durante a gestação e o parto o corpo produz hormônios chamados endorfinas, que são analgésicos natu-
rais que relaxam e aliviam as dores. Outro hormônio secretado pelo corpo é a ocitocina, cuja ação é de-
sencadear as contrações e o processo do parto. Porém, a produção desses hormônios esta profundamente 
relacionada com as emoções. Para que o corpo produza esses hormônios é necessário que a gestante se 
sinta segura, relaxada, desinibida e livre para ser ela mesma. A presença de uma pessoa desnecessária no 
quarto, ou alguém que não lhe deixe relaxada, pode inibir a secreção desses hormônios. 
“As posições me fizeram sentir bem à vontade, afinal eu estava na minha própria casa; senti-me segura e tranqüila. Eu ge-
mia, gritava e punha para fora uma força interna daquela maneira- me sentia incrível! Eu era um instrumento intuitivo de 
mim mesma- meu corpo estava se abrindo e o Fabinho estava chegando.” 
A sensação de ser observada pode deixá-la nervosa. Essa é uma consideração vital em se tratando da esco-
lha do local e das pessoas que vão fazer o parto. É importante acreditar e sentir confiança nas pessoas que 
vão ajudar no processo, e ter o prazer e o apoio da presença do marido ou de alguma outra pessoa querida 
ao seu lado durante o trabalho de parto. Algumas mulheres têm uma grande necessidade de ficar sozinhas 
nesse momento, com o pessoal médico ou com o companheiro não muito distantes, caso precise deles. 
Para algumas mulheres a privacidade total é muito importante, enquanto outras precisam da presença 
tranqüilizadora de uma pessoa querida por perto. 
“Com o apoio constante do meu marido e da obstetriz me senti encorajada a alcançar meu objetivo. Ismael depois confessou 
que se sentiu feliz por ter conseguido me ajudar – sempre que perdia o controle ele me trazia de volta para a respiração ab-
dominal.” 
Já citamos a mudança do estado de consciência que acontece no período de dilatação. É interessante que 
isto aconteça em um ambiente com um mínimo de luminosidade, quase na penumbra, onde exista a ocor-
rência de um mínimo de estímulos sensoriais possível. Um fundo musical suave também pode ajudar. A 
possibilidade de cobrir o corpo com água é uma das melhores maneiras de diminuir as dores do trabalho 
 
 
 
3
2
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
32 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
de parto. Ter à mão uma piscina de parto com água quente seria o ideal, mas uma banheira ou até mesmo 
um chuveiro podem ajudar. 
“O banho, a água cobrindo meu corpo, foi incrível! E depois passei a girar o quadril e a massagear a barriga. Imaginei que 
ao passar a mão no ventre estava consolando o bebê no momento difícil que passava lá dentro de mim. Afinal, estávamos os 
dois no mesmo barco!” 
Existe uma correlação definida entre ansiedade, medo e dor. Quando a mulher fica com medo, com frio 
ou hiper-excitada, seu corpo secreta adrenalina, a qual pode inibir o processo do parto no primeiro perío-
do (embora possa desempenhar um importante papel na fase da expulsão). Seus músculos se contraem, a 
respiração se torna mais superficial e geralmente ela acaba se desconectando do que está acontecendo 
dentro dela. Isto faz com que a dor aumente. Assim que ela relaxar e deixar acontecer, a dor vai diminuir. 
Uma preparação mental e corporal durante a gravidez capacita-a a enfrentar o parto com segurança. 
Cada um de nós tem um limite de tolerância à dor. É um aspecto muito subjetivo e não há dois partos se-
quer que sejam iguais. Algumas mulheres vão sentir uma dor muito forte durante o trabalho de parto en-
quanto outras vão ficar em dúvida de chamar o que sentiram de “dor”. 
“A dor foi pior do que eu imaginava – foi quase animalesca. Parecia que eu estava sendo tomada por uma mão gigante, que 
me apertava por dentro e que ia me jogar sobre um oceano em tempestade. Quando pensei que ia naufragar fui salva pelos 
olhos da minha amiga, que já tinha passado por uma experiência semelhante e captou alguma coisa do que estava acontecen-
do comigo.” 
“Meu parto foi uma experiência incrível, não tive dor alguma, somente um desconforto. Foi maravilhoso poder ficar em mo-
vimento e não ter que deitar. Estive no controle de mim a maior parte do tempo.” 
Quando seu permanece ativa durante o parto, quando o local coopera e quando as pessoas são habilita-
das, sensíveis e prestativas, a dor se torna muito mais suportável. Nessas circunstâncias ideais, poucas mu-
lheres precisam ou vão pedir alguma forma de alívio medicamentoso da dor, mesmo que esteja à mão. 
Essa é uma frase que escuto com certa freqüência “Que foi dolorido, foi... mas valeu a pena!” Algumas 
descrevem que no momento do parto tiveram o maior o orgasmo de toda sua vida. As mulheres falam de 
êxtase e grande júbilo, de profundos sentimentos de alegria e amor. É bom salientar que a dor em questão 
faz parte de uma grande variedade de intensas sensações e experiências. Se tirarmos a dor vamos tirar, de 
certa maneira, as outras sensações também. 
“Fiquei preenchida por um senso de alívio, realização, gratidão e felicidade. Emoções muito parecidas foram compartilhadas 
por meu marido, lágrimas rolaram dos seus olhos.” 
A grande recompensa de poder aceitar e suportar a dor, e permitir que a natureza faça a parte que lhe cabe 
sem ser atrapalhada, é um bebê atento, saudável, vigoroso e sem nenhum tipo de prejuízo ao final das 
contas, e é um bom ponto de partida para o relacionamento a dois. 
“Este parto foi muito diferente do primeiro que tive. Fui encorajada a aceitar Dolantina e achei que isso me deixou muito 
sonolenta, perdi o controle total. Desta vez sem nenhum medicamento, fiquei muito mais atenta e em contato com meu corpo, 
embora ache que a dor foi muito mais intensa.” 
 
 
 
3
3
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
33 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
O PRIMEIRO PERÍODO DO PARTO 
Antes do início do parto, o bebê fica dentro do útero com a cabeça dentro da pelve, esperando a hora de 
tudo começar. O colo, ou abertura, do útero fica bem fechado e tampado pelo tampão mucoso. A bolsa 
que envolve o bebê fica íntegra e contém o líquido dentro do qual o bebê flutua. Antes de o parto come-
çar o colo pode ter até cinco centímetros de comprimento (espessura) e cerca de uma semana antes do 
evento, os hormônios que o corpo da grávida secreta vão prepará-lo, deixá-lo menos consiste, pronto para 
se abrir durante o parto. 
Antes do início do trabalho de parto a cabeça do bebê se encaixa dentro da pelve. O maior diâmetro da 
cabeça de bebê, o occiptofrontal, vai alinhar com o maior diâmetro do estreito superior da pelve, que vai 
de um lado ao outro. 
À medida que o útero vai se dilatando a cabeça vai descendo gradualmente no canal pélvico, rodando len-
tamente conforme desce. O maior diâmetro do estreito inferior é o ântero-posterior,que vai da sínfise 
púbica até o cóccix: por isso, a cabeça do bebê roda conforme ela vai descendo. 
Essa descida determina uma pressão maior da cabeça sobre a cérvix que ajuda e vai se dilatando. O útero 
que se dilata vai subindo e se molda como uma luva na cabeça do bebê enquanto ela progride dentro do 
canal pélvico. Ao alcançar a dilatação total o colo vai envolver a cabeça mais ou menos ao nível da orelha 
e aberto o suficiente para a passagem do bebê inteiro. 
Após o início do trabalho de parto as contrações iniciais vão tracionar o colo para cima de modo que ele 
se afrouxe e se torne pronto para dilatar. Algumas vezes esse afrouxamento acontece antes que o trabalho 
realmente comece, particularmente depois do segundo filho. 
É possível que a grávida tenha contrações de pré-parto (falso trabalho de parto) nas vinte e quatro horas 
que precedem o parto, que são contrações fracas e que começam e param periodicamente. Eventualmente 
podem se tomar rítmicas. 
Classicamente o trabalho de parto começa com contrações regulares a cada 20 ou 30 minutos e com dura-
ção de 20 a 30 segundos. Após um certo tempo, enquanto a cérvix se dilata, ocorrem a cada 15 minutos 
(30-35 segundos de duração), depois a cada 10 minutos (35-40 segundos de duração), 5 minutos (40-45 
segundos de duração), e 3 minutos (45-50 segundos de duração), até que finalmente, no final do período 
de dilatação, quando o colo está quase que totalmente dilatado, as contrações duram de 60 a 90 segundos 
e ocorrem em intervalos de um minuto e meio. 
Porém, pouquíssimas mulheres têm essa evolução clássica do parto, podendo ocorrer uma grande varie-
dade de padrões e ritmos. Algumas têm contrações que acontecem a cada 10 ou 5 minutos até o final. 
O tempo de duração do primeiro período varia muito, sendo o mais breve de aproximadamente meia ho-
ra e o mais longo, de dois ou três dias, às vezes com interrupção das contrações. No entanto a média de 
duração do período de dilatação para o primeiro filho é de 8 a 16 horas. 
Qualquer que seja o ritmo do trabalho de parto as contrações vão se tornar mais fortes, duradouras e mais 
próximas umas das outras à medida que o colo se dilate progressivamente, desde 0 até 10 centímetros (di-
latação total = 10 centímetros). 
Se o parto está evoluindo bem, é melhor fazer o mínimo possível de toques vaginais, pois eles aumentam 
a possibilidade de infecções. 
 
 
 
3
4
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
34 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
Quando estiver perto da dilatação total as contrações vão atingir o máximo de intensidade e estará se a-
proximando do clímax do parto. 
Os hospitais modernos são relutantes em permitir que um parto se prolongue por mais de vinte e quatro 
horas e geralmente tomam uma atitude médica para acelerar o processo, como o uso de um soro com 
syntocinon (ocitocina). Uma das vantagens de Parto Ativo é que as contrações tendem a ser mais regula-
res e eficientes e o parto mais curto. Apesar de tudo, é normal para algumas mulheres que a dilatação o-
corra lentamente; e se isso ocorrer deve-se descansar bastante no intervalo entre as contrações e se a evo-
lução, mesmo lenta for progressiva, e a grávida conseguir suportar e o bebê não mostrar nenhum sinal de 
sofrimento, não há motivos para intervenções. 
O útero normalmente se inclina para frente durante uma contração; portanto o trabalho vai ser mais pro-
dutivo e oferecer menor resistência se a grávida estiver na vertical e dobrada para frente. 
Permanecer em um quarto tranqüilo e na penumbra, com o mínimo de pessoas ou distrações possível, 
propicia uma dilatação mais rápida. 
RESPIRAÇÃO PARA O PERÍODO DE DILATAÇÃO 
A gestante deve entrar em contato com seu eu interior, permitindo que a atenção se concentre na respira-
ção, mas sem interferir, o máximo de tempo que conseguir. Quando julgar necessário, usar a respiração 
diafragmática, concentrando-se na expiração, principalmente entre uma contração e outra. Tentar manter 
o corpo relaxado, principalmente os ombros. 
Quando as contrações se tornarem muito fortes, a gestante pode emitir sons tais como gemer, grunhir, si-
bilar, cantar e, porque não, até gritar. Não tentar coibir essa necessidade, que é perfeitamente natural e 
pode até ajudar a diminuir as dores. Emitir sons ajuda a produzir hormônios semelhantes às endorfinas, 
que agem como analgésicos internos naturais e ajudam na alteração do nível de consciência. Sabe-se que 
várias formas de meditação e algumas religiões utilizam-se do canto ou mantras para ajudar a esvaziar a 
mente e elevar o indivíduo a um estado de consciência mais profundo e mais concentrado em si mesmo. 
“Conforme as contrações foram ficando mais fortes comecei a gemer e até a gritar. Quando a dor aumentou e se tornou quase 
insuportável eu ainda sabia interiormente que estava no controle de mim.” 
Durante as contrações pode também utilizar a respiração alta, mais superficial, deixando o útero livre de 
pressão. 
POSIÇÕES E MOVIMENTOS PARA O PERÍODO DE DILATAÇÃO 
No início do trabalho de parto é uma boa idéia se soltar através de alguns exercícios de yoga. 
Tomar um banho de imersão quente e continuar a fazer as atividades de costume até que as contrações 
requeiram maior atenção. Se começarem durante a noite, tentar dormir um pouco mais. Isso faz com que 
economize energia para quando as contrações mais intensas chegarem. Se não conseguirem dormir, então 
descansar em uma posição vertical na cama, apoiada em almofadas. Tentar ficar o mais confortável possí-
vel e, acima de tudo, deixar os próprios instintos a guiarem. Esperar algumas contrações para se acostu-
mar com a nova posição. O movimento rítmico da pelve durante as contrações pode ajudar: pode balan-
çar a pelve para frente e para trás, de um lado para outro, ou em pequenos círculos, isso vai facilitar a dila-
tação do colo do útero, a descida do bebê e ajudar a dissipar a dor. 
 
 
 
3
5
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
35 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
“As contrações estavam tão fortes que a única coisa que eu podia fazer era: andar, andar e andar... compassadamente.” 
Caminhar, deambular ou ficar em pé durante o trabalho de parto são condições agora reconhecidas por 
especialistas, que fizeram estudos sobre esse assunto, como meios para encurtar o parto e aumentar a efi-
ciência das contrações. Logo no início do primeiro período experimentar caminhar, dobrando o corpo pa-
ra frente durante as contrações. 
“Durante o primeiro período procurei ficar em pé o máximo que pude e caminhar pela sala de parto: durante as contrações 
eu me dobrava e me apoiava no leito enquanto meu marido fazia massagem nas minhas costas. Durante as contrações eu fa-
zia movimentos circulares com o quadril. Não achava as contrações doloridas de forma nenhuma, apenas desconfortáveis.” 
Com o corpo na posição vertical, a descida do bebê é favorecida pela força gravitacional. Algumas mulhe-
res gostam de ficar em pé durante todo o trabalho de parto e outras, também durante o nascimento do 
bebê. Algumas mulheres observaram que se pendurar em algo com uma corda, uma rede de dormir presa 
de um lado só ou em uma barra ajuda a diminuir a dor (existem informações de mulheres primitivas fa-
zendo o mesmo). Colocar os braços em volta do pescoço de outra pessoa e se pendurar também pode a-
judar. Essa pessoa deve tomar o cuidado de manter os ombros um pouco abaixados, dobrar levemente os 
joelhos e retesar os músculos das nádegas a fim de servir para a gestante, sem ganhar uma dor nas costas 
de presente. É bom treinar antes do parto. 
Muitas mulheres acham agradável serem seguradas durante as contrações e têm necessidade de um conta-
to físico com outra pessoa - geralmente outra mulher. Outras preferem ficar sozinhas durante o trabalho 
de parto com o companheiro e a parteira na sala ao lado. Algumas gostam de ficar empé, dobrar o corpo 
e se apoiar em uma parede durante as contrações e ficar de cócoras sobre um banquinho no intervalo en-
tre elas. 
“No final da tarde meu homem e eu saímos para passear sozinhos. Durante as contrações a única coisa que eu queria era 
me agarrar a ele. Senti uma grande transmissão de energia dele para mim. Quando voltamos para casa as contrações esta-
vam muito fortes e abracei Gilles em volta do pescoço e me pendurei nele. Até quase na hora do parto não tinha prestado 
muita atenção ao meu homem, achando que precisa das qualidades suaves de uma mulher; mas, no final, foi maravilho ter 
seu apoio tanto físico como mental.” 
A posição de cócoras é a posição fisiológica para o trabalho de parto e para o parto. A pelve atinge os 
maiores índices de abertura, a gravidade pode atuar e as contrações têm sua eficácia máxima. No entanto, 
é importante não se desgastar demais e descansar totalmente entre as contrações. 
A gestante pode ficar de cócoras durante as contrações ou entre elas. É uma posição que pode ser usada a 
qualquer momento do trabalho de parto, principalmente se quer apressar as coisas. Algumas dizem que 
essa realmente é a melhor posição. 
Outras preferem reservar a posição de cócoras para o final do parto e usar outras posições verticais com 
apoio que são menos cansativas, tal como ajoelhar apoiada em algo. A posição de cócoras determina o 
aumento na intensidade das contrações. No período entre duas contrações essa posição proporciona os 
maiores diâmetros da pelve e facilita a descida do bebê. 
 
 
 
3
6
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
36 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
“Fiquei de cócoras durante as contrações, pois essa posição pareceu-me a mais natural e confortável, especialmente separando 
os joelhos o máximo que podia e me contorcendo de um lado para o outro, todo o tempo, tentando manter a respiração lenta e 
profunda, concentrando-me na expiração.” 
“As contrações prendiam toda minha atenção. Senti dor, mas não fiquei com medo, confiava no que estava acontecendo. Tive 
necessidade de ficar sozinha. Caminhei, fiquei de joelhos e de cócoras conforme as contrações ficavam mais fortes. Descobri 
que o vaso sanitário era o lugar mais confortável, pois nele eu estava bem instalada enquanto deixava o períneo livre.” 
Ficar de joelhos é uma posição que pode ser usada a qualquer momento do trabalho de parto, e, de fato, 
muitas mulheres descobrem que, quando o parto se intensifica e evolui para a última parte do período de 
dilatação (de 7 a 10 centímetros de dilatação), essa é a posição mais confortável. Ela também pode ser 
propícia para a movimentação rítmica da pelve durante as contrações, e também para outros movimentos, 
como o giratório ou de um lado para o outro. 
“Fiquei de quatro no chão e descobri que o movimento de balançar para frente e para trás aliviava a dor. Meu namorado 
friccionou minhas cadeiras quase o tempo todo.” 
A posição ajoelhada é muito interessante se a gestante tem uma dor lombar intensa durante o parto ou se 
o bebê está com uma apresentação posterior. A rotação rítmica ou a movimentação espontânea da pelve 
podem ajudar na rotação do bebê para a apresentação mais comum, a anterior. A grávida pode se ajoelhar 
tanto com o corpo erguido como debruçada sobre almofadas ou um móvel qualquer. Procurar deixar o 
tronco o mais vertical possível para permitir maior ajuda da gravidade. 
“Quando as contrações ficaram mais fortes procurei o meu pufe fofinho. Recobrando forças entre as contrações debrucei-me 
sobre ele e girava meu quadril. Foi incrível o tanto que ajudou, na verdade parecia a coisa mais natural para ser feita!” 
Se o trabalho de parto está progredindo rapidamente, é possível lançar mão de um ajoelhar mais horizon-
tal se quiser diminuir um pouco esse ritmo. Quanto mais horizontal e menos vertical o corpo ficar, mais 
vai desacelerar as contrações, pois diminui a força de pressão que a gravidade exerce sobre o colo do úte-
ro. No caso de um parto muito rápido e repentino, a posição genupeitoral vai ajudar a tornar as contra-
ções mais lentas e suportáveis. 
“Tudo que eu sabia era que o parto estava evoluindo com uma rapidez fora do comum e precisava brecar aquilo um pouco. 
Eu já estava de joelhos no chão, então encostei o rosto no chão e o bumbum ficou bem para cima.” 
Ao ficar de joelhos, a gestante pode relaxar completamente entre as contrações e a dor é mais tolerável. 
Usar uma almofada de espuma, travesseiro ou um cobertor dobrado embaixo dos joelhos. 
Essa posição, usada em várias religiões por ser propícia para a oração, ajuda a pessoa a entrar em um nível 
mais profundo de consciência e a se render ao poder das contrações que acontecem no seu ventre. 
A posição meio-cócoras e meio-ajoelhada (semi-aloelhada) é uma boa opção para uso combinado com o 
ajoelhar, sendo mais fácil que ficar de cócoras. Alternar as pernas a cada contração e balançar o corpo pa-
ra frente e para trás durante as contrações, usando como apoio o joelho mais alto. Essa posição propicia 
uma dilatação mais fácil e pode aliviar a dor lombar. 
“Achei ótima a posição semi-ajoelhada, eu estava assim quando a bolsa se rompeu e achei que me ajudou a suportar legal.” 
 
 
 
3
7
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
37 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
Também é muito importante relaxar entre as contrações, para não gastar todas as forças. 
O PERÍODO DE TRANSIÇÃO 
É a ponte entre as últimas contrações do período de dilatação e o início das contrações de “puxo” do pe-
ríodo expulsivo. A transição pode durar de alguns segundos até duas ou três horas, ou mais. O mais co-
mum é que o período de transição seja mais demorado no primeiro parto. 
Esse momento é muito delicado – o final da dilatação está acontecendo e a gestante está prestes a dar à 
luz. Semelhante ao momento antes do orgasmo, não pode haver nada que a atrapalhe ou que a distraia, 
para deixar acontecer os impulsos involuntários que vão trazer o filho ao mundo. 
As contrações começam acontecer uma logo atrás da outra, muito mais intensas que antes e com pequeno 
intervalo entre elas. O colo deve ter alcançado 8 ou 9 centímetros de dilatação, mas esse último centíme-
tro pode levar muito tempo para desaparecer. Nessa fase não é raro acontecer o que é conhecido como 
rebordo anterior, isto é, a borda do colo que está bem abaixo da sínfise púbica demora um pouco mais 
para ser incorporada ao útero que a porção posterior, e enquanto o caminho não estiver totalmente aberto 
para o bebê, a gestante não deve fazer força de expulsão. 
Muitas mulheres acham que essa é a parte mais confusa do parto. A mulher está totalmente dilatada e 
completamente vulnerável. É muito tarde para se tomar alguma coisa (o que não é indicado!). Ainda não é 
hora de fazer força para o bebê nascer, embora já comece a sentir vontade de fazê-la. A grávida pode se 
desesperar, ficar assustada, irritada e de um momento para outro ficar alegre e radiante. 
Nesse momento a gestante pode achar que já não agüenta mais e se esquecer que o seu bebê já está quase 
nascendo, não acreditar em mais nada. Ela ainda está sentindo as últimas contrações de dilatação que es-
tão abrindo o útero ao máximo, enquanto um tipo diferente de contração, que produz uma vontade de fa-
zer uma força parecida com a de evacuar, começa a acontecer. Isso pode deixá-la confusa e sem saber o 
que está acontecendo. Em alguns instantes, quando as contrações de expulsão se estabelecerem, a confu-
são passará. 
As sensações que vão acontecer são muito fortes. Pode acontecer enjôo ou tremores, a cabeça pode ficar 
quente e os pés, frios. Nesse momento é importante lembrar que isso passa logo e que o longo desafio do 
período de dilatação já ficou quase para trás. Algumas mulheres parecem entrar em estado de transe nesse 
momento – um estado de consciência profundo e desligado do mundo.“Ficava de cócoras e de joelhos no colchonete, apoiava em uma amiga e no meu marido, um de cada lado, e até que meu per í-
odo de transição foi bem curto e tranqüilo. Acho que cheguei a dormir um pouco.” 
“Essa foi a parte mais difícil do parto, pois não percebi que estava no período de transição e senti vontade de fazer força. Fi-
quei preocupada, pois parecia muito cedo para isso. Debrucei-me de joelhos nas almofadas. O contato olho a olho com meu 
marido foi fundamental nesse momento. Quando aconteceu de quase perder o controle, meu marido respirou junto comigo pa-
ra diminuir um pouco o ritmo respiratório. Isso fez-me recobrar imediatamente o controle.” 
 
 
 
 
3
8
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
38 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
É comum a gestante ficar assustada durante o período de transição – afinal de contas ela está prestes a dar 
à luz e ver seu filho pela primeira vez! Muitas mulheres sentem que não podem fazer isso ou mesmo que 
vão rachar ao meio ou morrer. Esses medos são irracionais e às vezes nem mesmo conscientes. Michel 
Odent chama isso de “medo fisiológico” e acredita que esse medo que precede o nascimento tem função 
de aumentar os níveis de adrenalina. Esse aumento de adrenalina durante o trabalho de parto poderia ini-
bir a ação dos opiáceos endógenos, conquanto no segundo período eles teriam a função de desencadear o 
reflexo expulsivo involuntário, o qual Michel denomina de “reflexo de ejeção do feto”. Odent reforça a 
importância de não superproteger ou perturbar a mãe nesse momento. Ele observou que quando a partu-
riente é deixada mais ou menos sozinha para vivenciar seu medo segue-se um rápido e eficaz reflexo ex-
pulsivo. 
Ela pode sentir sede e vontade de beber um copo ou dois de água. Essa sede anormal associada à dilata-
ção das pupilas, que é um acontecimento comum na fase de transição, são sinais de um aumento adrenér-
gico. 
Para algumas mulheres o estar completamente sozinha em uma sala escura pode ajudar a atravessar essa 
fase, enquanto outras podem necessitar de uma ajuda sutil, algo que não as tire do contato com o seu inte-
rior. 
O bebê desce um pouco mais dentro da pelve. O útero se amoldou à cabeça do bebê de modo que a cri-
ança está começando a sair de dentro do útero, quase nascendo. 
A grávida deve seguir seus instintos e ficar na posição que ela já experimentou e que lhe foi agradável. 
A mais usada é ficar de joelhos. Pode-se fazer uma pilha de almofadas que seja firme ou dobrar o corpo 
para frente se apoiando em alguém, assim ela pode descansar totalmente apoiada entre duas contrações. 
Procurar mergulhar em um profundo relaxamento interior. 
O melhor é manter a respiração profunda de sempre, durante as contrações, concentrando-se na expira-
ção. Se a respiração se tomar mais superficial, mais curta, então ela pode seguir seus próprios instintos. 
Muitas mulheres acabam precisando gritar, gemer, xingar, ou fazer bastante barulho neste momento do 
parto e dizem que isso alivia a dor, enquanto outras precisam ficar com a boca bem fechada. O mais im-
portante é que ela não venha a ser perturbada ou distraída desnecessariamente. Paz e tranqüilidade vão a-
judá-la a mergulhar profundamente dentro de si mesma nessa hora. 
 
“Dar um tremendo e furioso grito bem no pico das contrações me ajudou muito e trouxe um grande alívio. Foi um jeito de ter 
controle tanto sobre minha cabeça quanto sobre meu corpo.” 
“As contrações ficaram muito fortes e comecei a me sentir extremamente cansada entre elas. Joguei-me em cima de duas 
grandes almofadas e senti que poderia dormir alguns segundos entre as contrações. Foi maravilhoso como isso reabasteceu um 
pouco minhas energias. Antes eu não estava nem mesmo conseguindo responder às perguntas que me faziam.” 
O SEGUNDO PERÍODO DO PARTO 
 
 
 
3
9
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
39 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
O segundo período, ou período de expulsão, começa após o colo estar totalmente dilatado e a cabeça do 
bebê começa a sair do colo para dentro do canal de parto. Esse período termina com a fase perineal, ou 
coroação, quando então acontece o nascimento propriamente dito. 
Depois que o colo chegou à dilatação total, a cabeça do bebê está fora do útero e as contrações a trazem 
para o centro do canal pélvico. A descida continua e a rotação da cabeça acontece concomitantemente à 
descida, sob a sínfise púbica. Isso pode demorar, mas normalmente a cabeça roda o que tem para rodar 
antes de podermos ver o cabelo através da vulva, embora possa ainda estar rodando enquanto está nas-
cendo. Depois o bebê acaba coroando, dilatando a vulva com a cabeça. Com mais algumas contrações a 
cabeça vem para fora e já podemos ver o rosto. O corpo roda, primeiro aparece um ombro, depois o ou-
tro, até que o resto do corpo é ejetado. 
Ao passar através da pelve, a cabeça do bebê é submetida a uma considerável lesão porque os ombros es-
tão “macios” e ainda não estão soldados, fundidos um no outro, possibilitando a sobreposição. A cabeça 
do bebê pode se apresentar um pouco pontuda depois do parto, mas logo recupera sua forma normal. 
Durante o parto, e por algum tempo depois, o bebê ainda recebe oxigênio da placenta, através do cordão 
umbilical. Após o nascimento da cabeça o bebê pode dar a primeira respirada, mas ainda leva um tempo 
para que a respiração total se estabeleça. 
O uso de posições verticais durante o período expulsivo ajudará a garantir que o bebê receba a quantidade 
suficiente de oxigênio que necessita e vai minimizar a pressão sobre sua cabeça. 
Na primeira fase do período expulsivo o útero vai começar a se contrair intensamente de cima para baixo 
para empurrar o bebê através do canal de parto, que é curvo, sob o arco pubiano até atingir o períneo. 
As contrações expulsivas podem começar antes de atingir a dilatação total ou podem começar 5 a 10 mi-
nutos, ou mais, após a dilatação completa. Se houver um período de transição mais ou menos longo o ú-
tero pode precisar de um certo repouso. A duração do período expulsivo é variável em cada parturiente, 
indo desde 2 ou 3 minutos até muitas horas. 
“Atingi a dilatação total, mas meu corpo ainda não estava preparado para a expulsão. Ele estava descansando, recobrando 
forças para o derradeiro esforço. O expulsivo durou mais de uma hora.” 
Essas contrações são muito diferentes das anteriores. Mesmo que a gestante tenha se sentido muito can-
sada no final do período de dilatação, um novo fluir de uma potente energia geralmente surge para ajudá-
la a trazer sua criança ao mundo. As mulheres descrevem essas contrações como enormes ondas de sen-
sações que envolvem o corpo. O reflexo expulsivo é totalmente involuntário e pode aparecer rapidamen-
te, ou pode demorar a aparecer. 
“Não tinha certeza do que estava sentindo até que, de uma hora para outra, surgiu um irresistível desejo de fazer força, bem 
diferente de tudo que já tinha sentido até então. Na hora certa o médico apareceu. O período expulsivo levou meia hora mas 
eu não tinha noção do tempo. Para mim parece que foi rápido.” 
Geralmente aparece uma vontade muito grande de fazer força, de empurrar, embora isso não aconteça 
com todas as mulheres. A vontade de fazer força é muito grande e o esforço muscular é geralmente agra-
dável. A pressão que ela sente, nessa fase, aumenta enormemente e qualquer resistência aos esforços ex-
pulsivos pode causar dor e desconforto. O ideal é tentar deixar o ritmo natural conduzir o corpo. 
 
 
 
4
0
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
40 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
“A natureza tomou conta de tudo. Meu corpo inteiro ajudava automaticamente e ritmicamente no grande esforço de colocar o 
bebê no mundo. Pude sentir a cabeça, os ombros e o corpo saindo.” 
Conforme o bebê desce no canal de parto ele faz uma flexão da cabeçapara trás até que, finalmente, seja 
possível ver o cabelo do bebê na vagina que se abre. Esse é o momento oportuno para buscar uma posi-
ção para o nascimento da criança. 
Para o bebê nascer terá que passar através do assoalho pélvico. Em termos de influência no parto, o asso-
alho pélvico pode ser dividido em duas partes: a da frente – porção púbica, e a de trás- porção sacral, a 
qual está ligada aos ossos do bumbum, ao cóccix e ao sacro. À medida que o bebê progride na descida, a 
porção púbica é propelida para frente e a porção sacral para trás, para abrir caminho para cabeça e para o 
corpo. 
A porção púbica tem relativamente poucos músculos voluntários inseridos nos ossos púbicos, enquanto a 
porção sacral tem quase 90% de todos os músculos do assoalho pélvico conectados a ela. Essa parte do 
assoalho pélvico é conhecida como períneo. 
Para ser possível um deslocamento sem restrições durante o parto, a porção sacral do assoalho pélvico, ou 
períneo, deve estar em estado de relaxamento passivo. A posição do corpo nesse momento é fundamen-
tal. Se a gestante estiver deitada de costas, o sacro ficará impedido de se deslocar para trás e o períneo não 
estará em estado de relaxamento passivo. Isso pressiona a cabeça do bebê contra o arco subpúbico em 
vez de forçar para trás em direção ao sacro e ao cóccix, que são móveis e passíveis de articulação. Por ou-
tro lado, se a gestante estiver de cócoras, ajoelhada ou em pé a disposição da pelve é outra – tanto o sacro 
como o cóccix são passíveis de movimentação. A porção posterior do períneo vai estar relaxada quando a 
cabeça da criança exercer pressão sobre essa região, permitindo que a distensão aconteça. 
Depois que a cabeça coroou, acontece o nascimento. Pode acontecer uma contração quando a cabeça sai 
e depois uma pausa antes da próxima contração, quando vai nascer o resto do corpo. Existe a possibilida-
de de o bebê nascer em uma só contração. Após o nascimento da cabeça temos a saída de um ombro, de-
pois do outro e finalmente o corpo inteiro “escorrega” para fora. 
Nesse momento as sensações são muito intensas- uma amálgama incomum de dor e prazer. 
No máximo da coroação, quando a cabeça está prestes a sair e o períneo está distendido ao máximo, pode 
haver uma sensação aguda de estiramento e queimação, semelhante ao que acontece quando você empur-
ra o canto da boca com os dedos, associada à sensação corporal total que as contrações provocam. Por 
outro lado, assim que nasce a cabeça, que é a maior parte do corpo do bebê, a gestante experimenta uma 
tremenda sensação de alívio. 
As sensações são geralmente agradáveis e muitas vezes descritas como orgásmicas. 
“Precisei fazer somente uma força. O bebê acabou nascendo de uma maneira gradual e tranqüila, sem nenhum esforço volun-
tário de minha parte. Senti uma queimação no períneo quando meu filho estava nascendo e na verificação do pós parto. Não 
tive nenhuma rotura.” 
“Senti uma estranha presença na sala e as emoções estavam à flor da pele. As dores estavam quase insuportáveis e aquela 
vontade de fazer força ainda estava presente. Foi uma das sensações corporais mais intensas que já experimentei, e logo de-
pois vi a cabecinha através de um espelho, e como era cabeçuda! Como uma extraordinária liberação de energia a cabeça sa-
iu, mas a força de pôr para fora era tão grande que imediatamente após todo o corpo espirrou para fora. O que senti foi um 
 
 
 
4
1
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
41 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
grande alívio, alegria, estupefação e gratidão. Não há palavras para explicar as emoções do momento de um parto. Eu que-
ria gritar e chorar de alegria.” 
PARTO 
É muito importante a preparação da gestante para o parto, porque na maioria das vezes, a gestante que 
não prepara-se para o parto, e que, por conseguinte não conhece qual tem de ser a sua atuação física nesse 
momento, comete erros e da maior importância, muitas vezes entrando num ciclo vicioso “medo- tensão 
–dor”, não conseguindo finalizar seu parto de uma forma natural. 
TIPOS DE PARTO 
Desde o surgimento do mundo que o nascimento de mamíferos se dá de maneira semelhante. Os animais 
(incluindo o homem) se “cruzam”, a fêmea passa pelo processo gravídico e pari. Tudo isso de um modo 
simples, natural, instintivo e todo conceito a mais que se queira dar a este processo maravilhoso de multi-
plicação. 
Desde que a medicina começou a interferir no trabalho de parto, que tudo se dá como se fosse algo ex-
cepcional ou até doentio e surgiram daí, vários “tipos” de parto – é o que se pode chamar de “compliqui-
tude complicosa” dos homens, isto é, o homem usa sua inteligência para complicar as situações. 
Que a medicina interfira para ajudar em casos de necessidade – sim – mas que venha para elaborar de-
mais, passa é a atrapalhar demais. Temos que deixar a vida fluir, vir como deve vir. 
Daí surge os questionamentos: - Que tipo de parto você teve? Ou – Que tipo de parto quer ter? – cesáreo, 
normal, natural, de cócoras, Leboyer, debaixo d’água? E mais quanto se puder criar para se ficar famosos, 
diferente ou simplesmente elaborar tanto, até simplificar, isto é, até se chegar ao que sempre foi a maneira 
que viemos procriar. Você já viu um animal doméstico tendo seus filhotes? – se retira, ninguém interfere, 
assume e vive o momento, tem seus filhotes (vários, não só um ou dois) e depois os amamenta, os prote-
ge, acaricia, ama-os. Tão simples, tão lindo! 
O homem se acha muito importante e sábio e quer inventar sempre novas maneiras de se viver, mas a 
NATUREZA – ou DEUS, como queira – já foi a(o) grande inventora(or), ao nos fazer fecundos, múlti-
plos. Não é nosso organismo a máquina mais sensacional existente? Nunca conseguiremos inventar algo 
igual. Por isso se diz: - “Deus é todo poderoso!” Pois, nós e o mundo todo já nascemos perfeitos. Muito 
mais ainda o parto criado por ela(e) – mais perfeito de todos. 
Portanto, deixemo-nos seguir a vida como foi descrita e seremos felizes. Devemos aceitá-la como ela é. O 
homem só deve interferir quando a natureza individual está desviando este percurso (talvez por desvio de 
saúde, devido à maneira de vida da pessoa). 
Tipos de parto criados pelo homem 
PARTO CESÁREO 
Consiste em incisar o abdômen, depois do útero, daí extrair a criança pela abertura praticada e depois co-
ser as duas fendas. É feita sob anestesia total ou peridural. A criança é levada de imediato ao berçário. 
“Mas porque estão me tirando agora? Eu estava indo tão bem! (frase dita por um paciente numa volta ao 
nascimento em terapia primal, orientada por Frank Lake). 
 
 
 
4
2
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
42 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
PARTO NORMAL 
“Sem dor” – mãe orientada para executar respiratórios durante as contrações e expulsão, deitada na mesa 
de parto, sala de parto, com luzes, barulho, cordão umbilical cortado assim que nasce; a criança leva a 
palmada costumeira após o nascimento e é segurada pelos pés de cabeça para baixo. Levada de imediato 
para o berçário, reaparece após seis ou doze horas para a mãe e primeira mamada. 
PARTO LEBOYER 
Mãe deitada, ou inclinada em cadeira apropriada, executando respiratórios; criança nasce em sala de parto 
escurecida, silêncio, amor, respeito, cordão umbilical não cortado de imediato, bebê deitado sobre o ven-
tre da mãe logo que nasce, colocado em uma banheira de água morna, não vai para o berçário. Mama de 
imediato. Pai pode participar. 
PARTO DEBAIXO D ’ÁGUA 
Mãe em uma banheira; a criança nasce na água; mesmo afeto e ambiente de parto de Leboyer. Não vai pa-
ra o berçário. Mama logo. Pai pode participar. 
PARTO DE CÓCORAS OU ÍNDIO 
Mãe em posição de cócoras, como parto de índia; executa respiratório durante a contração. Mãe assiste e 
participa de todo parto. Pai também pode e deve participar, não só assistir. Mãe abraça o filho, cordãocortado só depois do contato mãe-filho. 
Não vai para o berçário. Permanece no quarto com seus pais. Mama assim que nasce. 
O TERCEIRO PERÍODO DO PARTO 
Depois do parto a mãe vai segurar o bebê no seu colo. O impacto da emoção vai propiciar a secreção de 
hormônio que, depois de um tempinho, levam à contração uterina e, portanto, à separação da placenta da 
parede do útero. A natureza programou esse processo para acontecer de maneira totalmente automática. 
Assim que o bebê encosta no seio ou suga o mamilo, acontece a secreção de hormônios que levam a uma 
contração uterina intensa. 
Nesse ínterim o bebê começa a respirar por si mesmo com seus próprios pulmões e depois de 10 ou 15 
minutos (quando não antes), a respiração vai estar completamente estabelecida e o cordão umbilical terá 
parado de pulsar. A placenta e o cordão continuam em funcionamento até que a respiração esteja total-
mente estabelecida para garantir o aporte do oxigênio para o bebê e para propiciar a eliminação do CO2. 
Particularmente no caso de sofrimento fetal ou de uma complicação essa oferta de oxigênio é uma garan-
tia natural de que o bebê vai receber oxigênio suficiente até que seja capaz de respirar independentemente. 
É extremamente perigoso para o recém-nascido ser privado de oxigênio, o que pode levar a um certo pre-
juízo cerebral. É igualmente perigoso para o bebê não ter como eliminar o dióxido de carbono (CO2) a-
cumulado. Caso o bebê ainda esteja recebendo oxigênio da placenta (se o cordão umbilical não foi corta-
do precocemente) é menor a possibilidade de isso acontecer. 
Depois que o cordão para de bater ele se torna flácido e se obstrui espontaneamente. Esse é o momento 
de cortar o cordão e separar o bebê da placenta. Muitos pais querem eles mesmos cortar o cordão – um 
 
 
 
4
3
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
43 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
ritual de separação que pode dar muito prazer. O cordão pode ser cortado depois de parar de bater ou 
depois da dequitação da placenta, no final de tudo. 
O terceiro período não deve ser apressado artificialmente. Estímulos artificiais para a contração uterina 
(ocitocina) geralmente não são necessários depois de um Parto Ativo se houve condições propícias para o 
estabelecimento de uma boa ligação mãe-filho e se o parto foi vertical. Esse medicamento tem suas indi-
cações nos casos em que as parturientes permanecem deitadas durante o trabalho de parto, de peridural 
ou outro anestésico, ou se contrair espontaneamente, nos raros casos de sangramento uterino excessivo, 
ou quando a mãe e o bebê são separados no parto e a produção hormonal normal é prejudicada. 
A sucção do bebê ao mamar, depois do parto, acaba estimulando a contração uterina e a dequitação. Isso 
geralmente acontece na primeira hora depois do parto, mas algumas vezes pode levar mais tempo. Não há 
nenhuma necessidade de se apressar o processo, a menos que haja hemorragia uterina. 
As sensações que podem acontecer quando a placenta está saindo – é como terminar uma sinfonia com 
um acorde afinado e revigorante. 
“A placenta saiu meia hora depois. Só tive que ficar de cócoras sobre uma bacia e com uma única e suave força ela saltou 
para fora!” 
Depois do parto, o médico vai examinar a vagina e o períneo para ver se houve alguma rotura e se é preci-
so dar algum ponto. Em caso afirmativo ele fará uma anestesia local para que a mamãe não sinta nada en-
quanto sutura o períneo. 
Todos concordam que é necessário que a mãe fique com o bebê a maior parte do tempo, para se integrar 
e compartilhar emoções e para celebrar a chegada do novo membro da família. Essa interação é parte es-
sencial do novo relacionamento que está se iniciando. Muitos dos procedimentos que precisam ser feitos, 
como a sutura dos procedimentos que precisam ser feitos, como a sutura do períneo e o exame detalhado 
do bebê, podem esperar uma hora ou mais. 
“Ele ficou em cima de mim uma hora e meia, enquanto conversávamos tranqüilamente, eu e meu marido totalmente envolvi-
dos em descobrir nosso pequenino. Passamos a noite inteira juntos. O nenê deitado, calmamente olhando ao seu redor com 
uma silenciosa atenção antes de adormecer. Nunca esquecerei essas horas.” 
 
6. PÓS-PARTO 
Depois do parto a mãe pode ficar surpresa com a contração de seu útero cada vez que o bebê mama, e es-
sas contrações podem ser doloridas no princípio. São conhecidas como “contrações puerperais” e se pa-
recem com fortes cólicas menstruais. Essas contrações ajudam o útero a se contrair e assim voltar para 
dentro da pelve e para o tamanho e forma habituais. Depois de alguns dias essas dores vão diminuindo 
gradualmente e serão substituídas por uma sensação de prazer e bem estar quando a mãe estiver dando de 
mamar ao seu filho. 
Pode ser que a gestante seja agraciada com um períneo sem roturas depois do parto. Nesse caso podem 
acontecer pequeninas escoriações ou sensação de machucadura que vão passar logo. Por outro lado, po-
dem acontecer algumas roturas superficiais, no nível da mucosa, que não precisam de sutura ou uma rotu-
 
 
 
4
4
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
44 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
ra que precise de pontos. Os pontos geralmente são dados logo depois dela ter recepcionado seu bebê e 
depois do primeiro contato; usa-se anestesia local para que ela não sinta dor. Uma rotura espontânea ge-
ralmente se cura rapidamente com alguns dias e causa um pouco incômodo. 
O sangramento uterino que continua por algum tempo (conhecido como lóquios) – pode ser até por um 
longo período- gradualmente vai diminuindo até que o útero esteja totalmente recuperado. Dar preferên-
cia para os absorventes higiênicos; os tampões internos podem favorecer infecções. 
Nas horas que se seguem ao parto é praticamente impossível dormir, e a mãe vai achar bom se recuperar 
do terremoto que aconteceu e repassar mentalmente os acontecimentos antes que o cansaço tome conta e 
ela caia em sono profundo. O bebê provavelmente vai ficar esperto nessas primeiras horas e depois tam-
bém vai adormecer profundamente. 
É ótimo manter o corpo em contato com o corpo do filho nos primeiros dias e curtir esse “namoro” o 
máximo que puder, limitando as visitas no pós-parto e na primeira semana. Não há palavras para descre-
ver a importância desses primeiros dias em que a mãe/pai/filho vão estar se descobrindo um ao outro 
como família. 
O companheiro vai precisar de tempo e tranqüilidade para entrar em contato com o bebê, enquanto mãe 
e filho descobrem quais são as suas necessidades básicas. Vão descobrir que a atmosfera que se segue ao 
parto continua por um ou dois dias. Não é difícil que esta atmosfera se desfaça, nos casos em que houver 
muita perturbação ou intromissão insensível e vale a pena se preparar de antemão para esses primeiros di-
as. Muitos pais que tomaram estas precauções referem certa “euforia” depois do parto, que pode continu-
ar por uma semana ou duas e certamente os ajuda a se acostumar à paternidade. 
 
 
 
 
4
5
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
45 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
EXERCÍCIO NO PÓS-PARTO 
Nas primeiras semanas depois do parto a atenção da mãe vai estar dirigida para os cuidados e para a des-
coberta do bebê. Vai precisar de muito descanso e uma dieta nutritiva, e provavelmente não vai sobrar 
muito tempo ou motivação para exercícios formais. Muitas horas serão gastas em amamentação e essa é 
uma boa oportunidade para descansar, relaxar e praticar a respiração profunda. 
Um programa de exercícios é uma valiosa maneira de relaxar e combater o cansaço ou falta de energia, 
muito comuns entre as mulheres que se tornam mães. 
OBJETIVOS: 
 Tonificar e fortalecer os músculos do assoalho pélvico e ajudar o retorno do útero ao estado 
normal. 
 Fortalecer a região lombar que suportou um peso adicionaldurante a gravidez. 
 Tonificar os músculos abdominais e restaurar a força e a elasticidade. 
 Liberar tensões dos ombros e pescoço, regiões que estão sob estresse de muitas horas carregando 
o bebê. 
 Melhorar circulação das mamas e manter a boa postura e o tônus dos músculos que as sustentam. 
 Manter a mobilidade e a flexibilidade adicional das articulações, conseguidas durante a gestação, 
enquanto se promove o fortalecimento dos ligamentos. 
 Aliviar a região pélvica e ajudar e retorno à curvatura normal da coluna. 
 Diminuir o cansaço e estimular o bom fluxo de energia e a circulação sangüínea. 
 Relaxamento. 
 
 
 
 
4
6
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
46 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
7. RECOMENDAÇÕES DA OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE) 
NO ATENDIMENTO AO PARTO NORMAL 
A) CON DUTAS QUE S ÃO C LAR AM ENTE ÚTEIS E QUE DEVERIAM SER E NC ORAJADAS 
1. Plano individual determinando onde e por quem o parto será realizado, feito em conjunto com a mulher duran-
te a gestação, e comunicado a seu marido/companheiro e, se aplicável, a sua família. 
2. Avaliar os fatores de risco da gravidez durante o cuidado pré-natal, reavaliado a cada contato com o sistema de 
saúde e no momento do primeiro contato com o prestador de serviços durante o trabalho de parto e parto. 
3. Monitorar o bem-estar físico e emocional da mulher ao longo do trabalho de parto e parto, assim como ao tér-
mino do processo do nascimento. 
4. Oferecer líquidos por via oral durante o trabalho de parto e parto. 
5. Respeitar a escolha da mãe sobre o local do parto, após ter recebido informações. 
6. Fornecimento de assistência obstétrica no nível mais periférico onde o parto for viável e seguro e onde a mulher 
se sentir segura e confiante. 
7. Respeito ao direito da mulher à privacidade no local do parto. 
8. Apoio empático pelos prestadores de serviço durante o trabalho de parto e parto. 
9. Respeitar a escolha da mulher quanto ao acompanhante durante o trabalho de parto e parto. 
10. Oferecer às mulheres todas as informações e explicações que desejarem. 
11. Não utilizar métodos invasivos nem métodos farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto e 
parto e sim métodos como massagem e técnicas de relaxamento. 
12. Fazer monitorização fetal com ausculta intermitente. 
13. Usar materiais descartáveis ou realizar desinfecção apropriada de materiais reutilizáveis ao longo do trabalho de 
parto e parto. 
14. Usar luvas no exame vaginal, durante o nascimento do bebê e na dequitação da placenta. 
15. Liberdade de posição e movimento durante o trabalho do parto. 
16. Estímulo a posições não supinas (deitadas) durante o trabalho de parto e parto. 
17. Monitorar cuidadosamente o progresso do trabalho do parto por exemplo, pelo uso do partograma da OMS. 
18. Utilizar ocitocina profilática na terceira fase do trabalho de parto em mulheres com um risco de hemorragia 
pós-parto, ou que correm perigo em consequência de uma pequena perda de sangue. 
19. Esterilizar adequadamente o corte do cordão. 
20. Prevenir hipotermia do bebê. 
21. Realizar precocemente contato pele a pele, entre mãe e filho, dando apoio ao início da amamentação na primei-
ra hora do pós-parto, conforme diretrizes da OMS sobre o aleitamento materno. 
22. Examinar rotineiramente a placenta e as membranas. 
B) CON DUTAS C LARAM ENTE P REJUDICIAIS OU IN EFIC AZES 
 E QUE DEVERIAM S ER E LIM IN ADAS 
1. Uso rotineiro de enema. 
2. Uso rotineiro de raspagem dos pelos púbicos. 
3. Infusão intravenosa rotineira em trabalho de parto. 
4. Inserção profilática rotineira de cânula intravenosa. 
5. Uso rotineiro da posição supina durante o trabalho de parto. 
6. Exame retal. 
7. Uso de pelvimetria radiográfica. 
 
 
 
4
7
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
47 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
8. Administração de ocitócicos a qualquer hora antes do parto de tal modo que o efeito delas não possa ser con-
trolado. 
9. Uso rotineiro da posição de litotomia com ou sem estribos durante o trabalho de parto e parto. 
10. Esforços de puxo prolongados e dirigidos (manobra de Valsalva) durante o período expulsivo. 
11. Massagens ou distensão do períneo durante o parto. 
12. Uso de tabletes orais de ergometrina na dequitação para prevenir ou controlar hemorragias. 
13. Uso rotineiro de ergometrina parenteral na dequitação. 
14. Lavagem rotineira do útero depois do parto 
15. Revisão rotineira (exploração manual) do útero depois do parto. 
C) CON DUTAS FREQÜENTEMEN TE UTILIZADAS DE FORM A IN APROPRIADAS 
1. Método não farmacológico de alívio da dor durante o trabalho de parto, como ervas, imersão em água e estimu-
lação nervosa. 
2. Uso rotineiro de amniotomia precoce (romper a bolsa d’água) durante o início do trabalho de parto. 
3. Pressão no fundo uterino durante o trabalho de parto e parto. 
4. Manobras relacionadas à proteção ao períneo e ao manejo do polo cefálico no momento do parto. 
5. Manipulação ativa do feto no momento de nascimento. 
6. Utilização de ocitocina rotineira, tração controlada do cordão ou combinação de ambas durante a dequitação. 
7. Clampeamento precoce do cordão umbilical. 
8. Estimulação do mamilo para aumentar contrações uterinas durante a dequitação. 
D) CON DUTAS FREQÜENTEMEN TE UTILIZADAS DE M OD O IN ADEQUADO 
1. Restrição de comida e líquidos durante o trabalho de parto. 
2. Controle da dor por agentes sistêmicos. 
3. Controle da dor através de analgesia peridural. 
4. Monitoramento eletrônico fetal. 
5. Utilização de máscaras e aventais estéreis durante o atendimento ao parto. 
6. Exames vaginais freqüentes e repetidos especialmente por mais de um prestador de serviços. 
7. Correção da dinâmica com a utilização de ocitocina. 
8. Transferência rotineira da parturiente para outra sala no início do segundo estágio do trabalho de parto. 
9. Cateterização da bexiga. 
10. Estímulo para o puxo quando se diagnostica dilatação cervical completa ou quase completa, antes que a própria 
mulher sinta o puxo involuntário. 
11. Adesão rígida a uma duração estipulada do segundo estágio do trabalho de parto, como por exemplo uma hora, 
se as condições maternas e do feto forem boas e se houver progresso do trabalho de parto. 
12. Parto operatório (cesariana). 
13. Uso liberal ou rotineiro de episiotomia. 
14. Exploração manual do útero depois do parto. 
 
 
 
 
4
8
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
48 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
8. CUIDADOS COM O BEBÊ 
ASSADURAS E CUIDADOS COM A PELE DO BEBÊ 
Os bebês nascem com uma variada quantidade de “verniz”, uma substância cremosa esbranquiçada, sobre 
a pele. Esse verniz é um creme muito nutritivo que recobre o bebê no ventre, evitando que sua pele fique 
parecendo uma ameixa seca, como acontece com nossas mãos e pés, quando ficamos muito tempo na ba-
nheira. Depois do parto, esse creme protege a pele do bebê de secura, irritação e infecções. Não deve ser 
retirado lavando; ao contrário, massagear a pele do bebê, para que ele penetre em sua pele. 
De preferência lavar um recém nascido com sabonete suave, puro e sem cheiro. Perfumes podem interfe-
rir no reconhecimento do cheiro natural de mãe e filho. 
Nas primeiras semanas, aparecem pontinhos brancos no nariz e, às vezes, em outras partes do corpo do 
recém-nascido. São chamados de “milia” – é a reação natural das glândulas oleosas e dos poros do bebê 
ao começarem a funcionar. Desaparecerão sozinhos. 
Certamente, em algum momento, o bebê terá uma leve assadura de fraldas. As causas mais comuns são 
fraldas descartáveis, algo que a mãe comeu ou bebeu e que irritou o sistema digestivo do bebê, uma infec-
ção por fungos, demora para trocar a fralda molhada, nascimento dos dentinhos, reação ao sabão usado 
na lavagem das fraldasou uma gripe. 
Pele ressecada, que descasca, precisa ser nutrida e umedecida. Pode-se fazer em casa uma pomada, exce-
lente para as nádegas do bebê: ½ colher de sopa de flores de calêndula, 1 colher de sopa de estelária fres-
ca, ½ colher de sopa de folhas ou raiz de confrei, 1 colher de chá de flores de camomila, ½ folha de tan-
chagem fresca, ½ litro de azeite (ou mais: o suficiente para cobrir as ervas) e cera de abelha. A tanchagem 
e a estelária; são duas plantas que crescem por toda parte, até nas cidade. Há dois tipos de tanchagem: é 
preferível a Plantago major, mas a Plantago lanceolata também é aceitável. 
Para curar e/ou evitar as assaduras, trocar as fraldas sempre que estiverem molhadas; deixar o bebê sem 
fraldas sempre que possível. Também é bom expor a bundinha ao sol por uns dez minutos diariamente – 
este é um dos melhores remédios para as assaduras. A luz do sol filtrada pelo vidro da janela também ser-
ve. 
Também pode ser utilizado chá de confrei para limpar a bundinha do bebê. 
ICTERÍCIA 
Pele e olhos amarelados podem ser sintomas de icterícia. Há três tipos de icterícia do recém-nascido: a fi-
siológica, a patológica e a do leite materno. Cada um desses tipos tem uma causa diferente, mas todos 
provocam a mesma reação: uma quantidade de células vermelhas no sangue maior do que o organismo 
tem capacidade de assimilar ou eliminar. 
ICTERÍCIA FISIOLÓGICA 
Na barriga da mãe, o bebê recebe todo o oxigênio necessário das células vermelhas. Como ele não extrai o 
oxigênio do ar, é preciso um grande suprimento de células vermelhas do sangue (CVSs). Quando nasce e 
 
 
 
4
9
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
49 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
começa a respirar, ele passa a obter o oxigênio do ar e já não precisa de tantas CVSs. O excesso dessas cé-
lulas deve ser transformado e eliminado. O processo de transformação traz um subproduto chamado “bi-
lirrubina” – que tem a cor amarela e pode ser revertida e reabsorvida, dando à pele a cor amarelada carac-
terística da icterícia. 
A icterícia fisiológica, em geral, aparece no terceiro dia depois do nascimento, chega ao auge no quarto dia 
e, em geral, desaparece no quinto ou sexto dia. 
Se o bebê parece saudável sob todos os outros aspectos, a icterícia não apresenta nenhum problema. Há 
alguma comprovação de que a icterícia não seja apenas uma reação natural do organismo, mas uma forma 
de proteção às células do bebê no início da vida extra-uterina. 
Se a quantidade de bilirrubinas se torna excessivamente alta, o bebê corre o risco de apanhar uma doença 
chamada querniquiteros, que pode prejudicar o cérebro. Entre os sintomas de que esta doença pode estar 
começando, estão os seguintes: letargia, excesso de sono, irritabilidade, choro em tom agudo, má tonici-
dade muscular (corpo amolecido) e vômitos; além disso, o bebê mama pouco. Procurar imediatamente 
um médico, se aparecer algum desses sintomas junto com a icterícia (pele amarelada) – ou se o bebê pare-
ce estar doente. 
Entre os fatores que aumentam a probabilidade e o risco da icterícia, estão: parto prematuro, tensão du-
rante o parto ou o trabalho de parto e a mãe que toma muitos remédios durante a gravidez, no trabalho 
de parto ou enquanto amamenta. Um bebê de aparência muito avermelhada ao nascer e em seus dois ou 
três tem maior probabilidade de ter icterícia; o mesmo serve para o bebê a quem se deu remédios no mo-
mento em que nasce. 
Nesses casos, a prevenção é o melhor remédio. Mulheres que se alimentam bem e se cuidam durante a 
gravidez têm as maiores chances de dar à luz bebês que nascem no prazo certo, com órgãos fortes. Esses 
bebês normalmente eliminam muito bem as CVSs, apresentam pouca icterícia (às vezes, nenhuma) e ra-
ramente têm problemas, se houver icterícia. A boa alimentação deve incluir ervas nutritivas, boas para o 
fígado da mãe, que por sua vez, ajuda a nutrir e reforçar o bebê. Folhas de alfafa (em chá, tintura ou com-
primidos) com folhas ou raízes de dente-de-leão (em chá, tintura, em salada ou refogadas) podem ser uti-
lizadas em toda a gravidez como suplemento de ferro e outros minerais. O dente-de-leão reforça o fígado 
e promove o bom funcionamento dos intestinos. A alfafa, usada com certa moderação no final da gravi-
dez, traz inúmeros benefícios: o mais notável é evitar hemorragias na mãe e no bebê, por conter muita vi-
tamina k. Ingerindo dessa forma natural, a mãe pode muito bem dispensar as injeções de 
vitamina k, parte da rotina hospitalar que, na verdade, aumenta a probabilidade da icterícia. 
A amamentação freqüente logo depois do nascimento estimula o desenvolvimento de enzimas e da flora 
intestinal e o movimento dos intestinos, o que é muito saudável e ajuda na eliminação das bilirrubinas. As 
mães devem tomar muita água. Deixar o bebê mamar muitas vezes, mesmo que os seios só contenham 
colostro. 
Algumas culturas tradicionais mantêm os bebês em ambientes escuros nas três semanas depois do nasci-
mento, mas para prevenir a icterícia é bom uma pequena exposição aos raios solares logo na primeira se-
mana. Depois das primeiras vinte e quatro horas, deixar o bebê perto de uma janela ensolarada ou levá-lo 
ao ar livre por uns dez minutos, uma ou duas vezes ao dia; evitar a luz do sol direta em seus olhos, prefe-
rir o sol da manhã ou do final da tarde. Comentário no livro de Susun Weed: “Os bebês que ficam mais 
perto da janela nos berçários de hospitais são os que têm menos icterícia”. 
 
 
 
5
0
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
50 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
Há anos, médicos alopatas e os grupos que se dedicam ao parto natural não conseguem chegar a um con-
senso sobre o melhor momento de se cortar o cordão umbilical, de modo a evitar a icterícia. Para os mé-
dicos, o corte imediato evita que o sangue na placenta e no cordão entre na circulação do bebê, reduzindo 
assim a carga de CVSs que o bebê teria de absorver ou eliminar em seguida. No entanto, esse método 
também reduz a quantidade de ferro que o bebê poderia receber, podendo causar uma deficiência de ferro 
no primeiro ano de vida. Além do mais, o sangue na placenta e no cordão tem importante papel de apoio 
ao sistema vascular do bebê. Uma autora recomenda não prender o cordão umbilical com um grampo no 
momento do parto; deve-se esperar até que a pulsação para na base do umbigo, antes de cortar o cordão 
(o que acontece na segunda hora de vida extra-uterina); isso dará ao bebê o tempo necessário para equili-
brar sua corrente sangüínea com a placenta, diminuindo a icterícia. Retardar o corte também reduz a inci-
dência de hemorragia na mãe e probabilidade da complicação que é a retenção da placenta, que pode cau-
sar excesso de hemorragia na mãe. Atenção: o cordão umbilical de gêmeos deve ser cortado logo. 
Não importa o quanto o bebê seja saudável, a maioria dos médicos recomenda o tratamento com base em 
testes sangüíneos, o que é um exagero, pois o bebê será exposto a muitas luzes especiais e espetado para 
obtenção das amostras; chegam ao extremo da transfusão de sangue. Todos esses procedimentos acarre-
tam riscos físicos e exigem a separação do bebê da mãe enquanto são realizados. 
Abaixo estão algumas sugestões que ajudam a manter baixo o nível da bilirrubina e cuidar da icterícia: 
 Amamentar o bebê com freqüência. 
 Colocar ao bebê sob a luz indireta do sol duas a três vezes por dia. 
 Dar ao bebê 3 a 5 gotas de tintura de raiz de dente-de-leão e 2 gotas de tintura de alfafa quatro 
vezes por dia. 
 Em casos mais graves, dar 1 a 2 conta-gotas cheio/s de água com carvão ativado a cada duas ho-
ras. Para prepara a solução, diluir uma colher de chá do carvão em pó em ¼ de copo de água fer-
vida morna. O cocô do bebê ficará temporariamente preto. 
 A mãe deve tomar 30 a 50 gotas de tintura de raiz de dente-de-leão e 20 gotas de tintura de alfafa 
três a quatro vezespor dia; a quantidade dependerá da gravidade da icterícia – remédio passará ao 
bebê através do leite. 
ICTERÍCIA DO LEITE MATERNO 
Acredita-se que esse tipo de icterícia seja causado pela interferência de uma substância hormonal presente 
no leite materno, dificultando a eliminação ou absorção das CVSs. Em geral, essa icterícia aparece no 
quinto dia depois do parto, mas pode surgir em qualquer momento nas duas primeiras semanas. Enquan-
to o bebê parecer saudável, não há motivo para alarme, nem é preciso deixar de amamentar sequer tem-
porariamente. 
Usar as mesmas sugestões de remédios de ervas que servem para a icterícia fisiológica. 
ICTERÍCIA PATOLÓGICA 
Esse tipo de icterícia é causado por uma série de problemas internos do bebê, como infecção, incompati-
bilidade sangüínea e disfunção no fígado. Entre os sinais da icterícia patológica, está a icterícia que surge 
nas primeiras quarenta e oito horas depois do parto e os sintomas de que o bebê está doente descritos na 
seção “Icterícia fisiológica”. Há o risco de o bebê ficar anêmico, desidratado e ter kernicterus. Bebês com 
icterícia patológica devem ser tratados por um médico. 
 
 
 
5
1
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
51 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
INJEÇÕES DE VITAMINA K 
Nos hospitais é rotina dar aos recém-nascidos a vitamina k; os pais em geral perguntam se é necessário 
para todos os bebês. A vitamina k é usada para evitar hemorragias nos recém-nascidos, pois o mecanismo 
de coagulação do sangue do bebê não se desenvolve plenamente até o oitavo dia. 
Essa prática parece muito questionável. O plano magistral da natureza deu aos recém-nascidos níveis bai-
xos de vitamina K. 
Estudos já demonstram que a vitamina k é tão eficaz por via oral quanto por injeções. 
A vitamina k pode ser dada aos bebês através do leite materno, sem nenhum efeito colateral, ao passo que 
a injetável tem esses riscos. Para reduzir a chance de deficiência de vitamina k no recém-nascido, tomar 
chá de alfafa com urtiga nas últimas seis semanas da gravidez: colocar ½ colher de sobremesa de alfafa e a 
mesma quantidade de folhas de urtiga numa jarra de 1 litro. Encher a jarra com água fervendo, deixar por 
duas horas, coar e está pronto para beber; a dose é de duas xícaras por dia. É um chá nutritivo, com mui-
tas vitaminas e sais minerais, especialmente vitamina k; tem excelentes propriedades anti-hemorrágicas pa-
ra a mãe e para o bebê. 
Depois do parto, a mãe pode tomar 10 gotas (de cada) das tinturas de bolsa-de-pastor e de alfafa, duas a 
três vezes por dia, ou tomar o chá dessas ervas nos dias que seguem ao parto. 
CÓLICAS (“DOR DE BARRIGA”) 
Cólicas ou dor de barriga é uma expressão que serve para explicar o que tem o bebê que está agitado, ber-
ra e se sente mal apesar de seco, devidamente vestido conforme o clima, bem alimentado, saudável e a-
mado. Pode ser causado por gases nos intestinos ou simplesmente porque o bebê está se acostumando 
com a digestão e outras experiências do corpo. Essa “dor de barriga” é um momento difícil para o bebê e 
muito aborrecido e exaustivo para os pais. Alguns bebês parecem mais inclinados a ter cólicas do que ou-
tros; em geral o problema desaparece por volta dos quatro meses. 
Às vezes, por mais que a mãe faça tudo direitinho, a cólica aparece simplesmente porque o trato digestivo 
do bebê está aprendendo a funcionar. Procurar tranqüilizar o bebê se ela aparecer. Criar um ambiente 
calmo e sossegado, mas não se culpar pelo mal estar do bebê. 
Não há nenhum método infalível para prevenir agitação e berreiros, mas as seguintes sugestões podem a-
judar: 
 Muitos bebês ficam perturbados depois que suas mamães comem algum vegetal da família repo-
lho (brocólis, repolho, couve, couve-flor), ou nabo, alho e comidas com tempero forte. Frituras, 
amendoim, cafeína, laticínios, ovos, feijões e trigo podem agravar a situação. 
 Aconchegar o bebê com firmeza quando amamentar, mas não brincar nem o distrair enquanto 
ele mama. Nesses momentos, procurar estar sempre em ambientes calmo; isso ajuda a evitar a in-
digestão. 
 Chás de semente de anis, endro e alcarávia, camomila, erva cidreira também são bons para cólica. 
 
 
 
5
2
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
52 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 Se o bebê tem uma hora (quase) certa para o berreiro, procurar tomar o chá antes; se possível, 
descansar e se alimentar para ter as reservas que precisa para cuidar da criança sem ficar em fran-
galhos. 
 O remédio Rescue (quer dizer “salvamento”!) dos Florais de Bach é muito usado no repertório 
para crianças agitadas. Dar 2 gotas ao bebê, 4 gotas para o pai e 4 gotas para mãe. 
 Massagear e exercitar o bebê antes da hora do berreiro ou em algum momento durante a agitação. 
Esfregar sua barriguinha com as mãos aquecidas e um pouco de óleo, fazendo movimentos circu-
lares na direção dos ponteiros do relógio (não na direção oposta!). Fazer isso devagar e delicada-
mente, conversando ou cantando com o bebê. Outra técnica de massagem é esfregar delicada-
mente num movimento para baixo, das costelas até o baixo abdome, usando a parte lateral das 
mãos do lado do dedo mindinho. Alternar continuamente as mãos, como se estivesse fazendo o 
movimento de uma roda d’água na barriga do bebê. – (Shantala). 
 Exercitar (juntas e alternadamente) as pernas do bebê como se ele estivesse “pedalando” uma bi-
cicleta. Pressionar as perninhas contra a barriga, também juntas e alternadamente, depois estendê-
las para cima e para baixo. Fazer cada um desses movimentos lenta e suavemente. 
 Colocar o bebê numa tipóia e fazer uma caminhada com ele. A proximidade e o balanço do cor-
po da mãe acalmarão o bebê, fazendo com que ele relaxe. O ar livre também é uma boa 
influência. 
Depois desses exercícios, um banho morno: isto pode se tornar um ritual agradável. Com um pouco de 
sorte, o bebê pode até cair no sono. Lembrar-se de que isto um dia passará. A mãe pode estar presente, 
dando amor e estendendo a mão tranqüilizadora. 
CONTUSÕES 
RECOMENDAÇÕES GERAIS : 
A arnica é impressionante: basta esfregar um pouquinho num “galo” ou na área de uma pancada, e a dor e 
o inchaço imediatamente diminuem – mas lembre-se: não se passa arnica em pele cortada ou lanhada, 
também pode passar óleo de calêndula ou da erva de São João (a Hypericum, não a mentrasto) ou compres-
sas de folhas de confrei. 
Crianças que sofrem contusões facilmente podem ter deficiências nutritivas; elas são beneficiadas com 
uma boa vitamina C, enriquecida com bioflavonóides. Os bioflavonóides, também chamados vitamina P, 
são substâncias encontradas nas frutas nas verduras e legumes; em geral, ocorrem junto com a vitamina C 
e favorecem enormemente sua absorção, além de ajudar a reforçar as paredes dos pequenos vasos sangüí-
neos. Frutas cítricas ingeridas com a parte branca da casca, trigo mourisco e verduras frescas são excelen-
tes fontes desses nutrientes. 
DIARRÉIA 
Diarréia é a evacuação freqüente e aguada, o “cocô mole”. Pode ser conseqüência de uma inflamação in-
testinal, causada por vírus ou bactérias, perturbações emocionais, tensões, mudanças na alimentação, den-
tição ou qualquer indisposição geral (um resfriado, por exemplo). É o mecanismo natural do organismo 
para expulsar suas doenças e, neste sentido, é uma reação desejável. A criança também pode Ter uma fra-
 
 
 
5
3
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
53 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
queza no sistema digestivo, que leve a uma diarréia crônica; neste caso, prevenir a desidratação, dando-lhe 
muito líquido. A diarréia pode persistir por alguns dias, mas enquanto a criança parecer saudável em ou-
tros aspectos e for capaz de aceitar os líquidos, é bom deixar o mal estar seguir seu curso. 
RECOMENDAÇÕES GERAIS : 
 O mais importante é fazer uma criançacom diarréia ingerir muito líquido. Uma criança de sete 
anos ou mais pode ingerir cerca de um copo de líquido por hora; dê-lhe cerca de ¼ de copo a ca-
da quinze minutos. Crianças menores devem tomar um pouquinho menos e crianças maiores, um 
pouco mais. O principal é manter o máximo possível de líquidos entrando e saindo. Infusões de 
ervas, caldos e água na temperatura ambiente ou morna são as melhores opções. É preferível não 
dar refrigerantes ou bebidas industrializadas e muitos doces, mas dar muito líquido. 
 Comer muitas frutas, tomar sucos e alimentos gelados, como sorvete, podem resultar em diarréia; 
evitar um consumo exagerado destes, especialmente em dias mais frios, para reduzir a probabili-
dade de diarréia. A reação alérgica a algum alimento também pode causar diarréia. Se a criança 
tem diarréia periodicamente, examine para ver se a correlação entre sua e a recorrência da diarréi-
a. Tendo conseguido isolar o provável alergênico, procurar tirar esse alimento das refeições da 
criança e verificar se o problema volta. Muitas crianças um dia superam as alergias a alimentos, de 
modo que mais tarde pode experimentar dar-lhe novamente. 
 Se a criança tem movimentos intestinais frouxos, dê-lhe alimento de fácil digestão, quentes e nu-
tritivos. Sopas, cremes de arroz e mingau de farinha de trigo são excelentes para regular os intes-
tinos, 
 A diarréia é desagradável, faça o possível para envolver a criança em atividades prazerosas. 
 Muitas vezes a diarréia causa grande irritação anal. Passar delicadamente uma pomada em torno 
do ânus para aliviar o problema. Se as nádegas ou as áreas circundantes ficarem irritadas, use uma 
pomada cicatrizante, óleo de calêndula ou gel de babosa. 
 Um saco de sal quente pode ser excelente para acalmar a diarréia. Aquece os intestinos, reduz as 
cãibras e proporciona tonificação, às vezes, necessária para diminuir a diarréia. 
RECOMENDAÇÕES DE ERVAS 
Os remédios mais amplamente utilizados são as infusões de raiz de amora e as folhas de framboesa (amo-
ra silvestre); ambas são adstringentes e ajudam a tonificar as membranas mucosas dos intestinos. Uma boa 
receita para tratar tanto a diarréia aguda como a crônica e a fraqueza dos intestinos é a seguinte: misture 1 
colher de sopa (de cada) e prepare uma infusão em ½ litro de água fervendo: raiz de amora preta, raiz de 
confrei e folhas de framboesa. Se a criança tiver cãibras ou uma sensação de frio no abdômen, adicione 1 
colher de chá de raiz de gengibre fresco. Deixe em infusão por duas horas ou ferva durante vinte minutos 
e coe. Dê 2 colheres de chá a 4 colheres de sopa, dependendo da idade da criança, repetindo a cada quatro 
horas, enquanto necessário. 
O confrei alivia as irritações intestinais e acalma a digestão, ajudando a reduzir naturalmente a diarréia. 
O Chá de canela aquece os intestinos e a parte inferior do corpo, reduzindo a diarréia causada por excessiva 
exposição ao frio ou consumo de alimentos gelados. Coloque 1 colher de chá de canela em pó numa xíca-
ra de água fervendo e deixe por vinte minutos. Adoce com mel: acrescente leite, se preferir. Dar 1 colher 
de sopa, enquanto necessário. Não dar para crianças abaixo de um ano. 
 
 
 
5
4
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
54 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
Para crianças de qualquer idade, polvilhe canela em pó na torta de maça ou no doce de maça, sobremesas 
deliciosas - a maçã contém pectina, um velho remédio, que ajuda a prender o intestino solto. Se a diarréia 
for causada por bactérias ou amebas, acrescentar estas ervas: 
 Dar 1 gota de tintura de equinácea para cada quilo de peso da criança, duas a três vezes por dia, 
mais 1 gota de tintura de hidraste para cada 2 ½ quilos de peso, duas a três vezes por dia. 
 Dar ainda 1 ou 2 comprimidos ou cápsulas de carvão ativado em pó, três vezes por dia. 
A melhora deve ser visível em vinte e quatro horas, a partir do início do tratamento. 
DOR DE OUVIDO E INFECÇÃO NO OUVIDO 
A dor localizada e a irritabilidade geral caracterizam as infecções no ouvido médio. A infecção pode ser 
acompanhada por febre, inchaço nas glândulas próximas e dificuldade na audição, causada por secreções 
do ouvido. Crianças menores muitas vezes puxam suas orelhas e podem gritar ou chorar de maneira re-
pentina e inesperada. Ocasionalmente, a criança pode Ter uma congestão causada pela secreção e inflama-
ção branda, causando dificuldades auditivas, sem outros sintomas de infecção no ouvido. 
Infecções de ouvido são as queixas que prevalecem no consultório médico. 
É quase totalmente possível preveni-las; é também fácil tratá-las em casa, no entanto, é também uma das 
razões mais comuns para os médicos receitarem antiobióticos. 
Embora uma infecção de ouvido crônica mais grave possa causar dano permanente com o passar do tem-
po, uma infecção ocasional raramente tem conseqüências sérias. 
A inflamação e a congestão no ouvido podem persistir por muitos meses e mesmo chegar a dois anos sem 
resultado em perda permanente da audição. A ruptura do tímpano que resulta da pressão de líquidos so-
bre a membrana também raramente causa dano na audição, a não ser que ocorra com muita freqüência. O 
que está muito longe do pânico lançado sobre os pais em relação à audição de seus filhos, quando há uma 
infecção no ouvido. 
A vermelhidão nas partes visíveis do ouvido e uma extrema “moleza”, quando o lóbulo é tocado ou pu-
xado, caracterizam as inflamações e infecções do ouvido externo. Chama-se a isto “ouvido de nadador”, 
porque os nadadores têm maior tendência a isso, por causa de água nos ouvidos – mas também pode o-
correr em outras pessoas, não depende apenas da natação. Nadadores podem evitá-la, colocando duas go-
tinhas de álcool de cereais - ou, o que é melhor, vinagre de maça – em cada ouvido, depois de nadar, para 
matar organismos infecciosos e secar o canal auditivo. Ela deve ser tratada como outras infecções do ou-
vido, porque pode passar ao ouvido médio e ao ouvido interno. 
Em longo prazo, o tratamento natural é mais eficaz do que os antibióticos, porque resolve os problemas 
do sistema e do ambiente pela raiz, além de tratar dos sintomas de dor e inflamação. De modo geral, a cri-
ança tratada com antibióticos precisa de ciclos repetidos de remédios cada vez mais fortes, porque o orga-
nismo e o vírus ou bactéria causadores da infecção se tornam resistentes aos efeitos das drogas. Esses or-
ganismos só proliferam em ambiente que apoie seu desenvolvimento. O verdadeiro tratamento consiste 
em reforçar a saúde da criança e criar um ambiente saudável, para que ela não se torne suscetível proble-
ma. 
 
 
 
 
5
5
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
55 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
RECOMENDAÇÕES GERAIS 
O vento pode invadir o organismo e rapidamente se transformar em dor de ouvido. Quando estiver fa-
zendo muito frio e ventando demais, mantenha a cabeça e as orelhas da criança bem abrigadas. 
Examine o ambiente emocional da criança. Há algo acontecendo que ela “não queira ouvir?” Não me 
cansarei de repetir que já vi crianças com uma dor de ouvido diretamente relacionada à tensão em seu 
ambiente, especialmente quando os pais estiverem brigando. Se isto servir como alerta, procure encontrar 
maneiras pacíficas de se expressarem um com o outro e também com os filhos, e a incidência das dores 
de ouvido diminuirá. 
Uma garrafa de água quente embrulhada numa toalha (para evitar queimadura) é um grande conforto para 
um ouvido que dói. Use as gotas de ervas para ouvidos e para o calor: aliviam e ajudam a melhorar a cir-
culação do sangue na área. 
Massageie com firmeza, delicadamente, a área da mandíbula e da cabeça próximo ao ouvido. Atrás do ou-
vido, faça a massagem para baixo, na direção do pescoço; aplique uma certa pressão na região á frente do 
ouvido, em direção à maça do rosto. Isto ajudaa drenagem das secreções e estimula os pontos de pressão 
da área. A criança pode não gostar muito, por isso faça algumas vezes por dia por curtos períodos. 
FEBRES 
A febre não é uma doença: é uma reação e um sinal de doença. Não é a febre em si que precisa ser elimi-
nada. Ao contrário, ela serve para dar apoio e nutrir a criança, enquanto o organismo trabalha para elimi-
nar uma infecção, retomar o equilíbrio e se curar. 
A temperatura da criança tomada por via oral (com o termômetro na boca) é de 37 graus centígrados; nas 
axilas, 36 graus. É provável que, estando febril, com pulso e respiração mais rápidos do que o habitual, a 
criança queira dormir bastante. As febres ocorrem em diversas situações, entre as quais infecções, quei-
maduras, ataques cardíacos ou desidratação. Exercícios fortes, exaustão e grande excitabilidade podem 
provocar alguma febre. A causa da febre deve ser determinada e resolvida. Trataremos de febres que a-
companham indisposições comuns, como gripes e resfriados, ou sem doenças aparentes, como acontece 
na dentição ou na exaustão. 
Ainda não se conhece perfeitamente o papel da febre na doença, mas, antes da “medicina moderna”, os 
curandeiros tradicionais consideravam a febre um fogo inato, motivado pela energia vital do corpo para 
tratar do organismo durante a doença ou infecção. A partir do século passado, a ciência ocidental promo-
veu a idéia de que a febre em si é uma doença e procurou eliminá-la com a aspirina, o acetominofen (T-
ylenol) e antibióticos. Hoje, as pesquisas sobre o sistema imunológico do ser humano começam a revelar 
que a febre não é uma doença, mas um estimulante e um meio para promover este sistema. Sabe-se agora 
que a febre causa a produção e liberação de certos elementos químicos, que combatem as infecções em 
nosso organismo. O aumento da temperatura também cria um ambiente inóspito para o desenvolvimento 
de organismos patogênicos que, em grande população, podem levar a doenças graves. As “bruxas”, as 
mães e os curandeiros tradicionais sabem há muitas eras o que a medicina convencional, ainda em sua in-
fância, mal começa a admitir. Talvez ainda venham a “descobrir” que é a atualmente disseminada elimina-
ção das funções do sistema imunológico que está contribuindo para o aumento de doenças resistentes a 
tratamentos. 
 
 
 
5
6
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
56 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
A febre tem ainda outro efeito que muitas vezes não é percebido. Quando se recuperam de uma febre, em 
geral as crianças demonstram novas capacidades e novas habilidades. É como se o calor da febre servisse 
como força motivadora para o desenvolvimento. Depois de uma febre, é comum que as crianças pareçam 
mais fortes e mais saudáveis do que antes, como se as impurezas tivessem sido queimadas, deixando o ou-
ro puro da alma infantil. Ninguém deseja as doenças com quaisquer meios necessários, nos tornamos ma-
terialistas em relação à saúde e esquecemos-nos de examinar a natureza mais sutil de nossas experiências 
físicas. 
Mesmo com todo o potencial benéfico que possam trazer, é preciso lembrar que as febres sinalizam ten-
sões ou infecções e devem ser tratadas com todo o respeito. 
O RUMO DA FEBRE 
Febres costumam ser bem mais altas em crianças do que em adultos. A altura de uma febre não reflete 
necessariamente a gravidade da doença. A criança pode estar gravemente doente com meningite, por e-
xemplo, mas apresentar uma febre de 38 graus. A criança febril precisa de muito líquido, repouso o trata-
mento de possíveis infecções – isto é mais importante do que se preocupar com a altura da febre. As fe-
bres podem continuar por alguns dias, como é comum acontecer nas inflamações das vias respiratórias 
superiores e nas gripes, mas não chegam a ser um problema, se a criança estiver tomando muito líquido, 
mantendo repouso, a infecção estiver sendo tratada e ela aparecer uma boa vitalidade. 
A febre é a reação natural do sistema imunológico do organismo a infecções ou à tensão – por isso, quan-
do procuramos simplesmente eliminá-la, estamos confundindo os instintos de nosso corpo. Se isso acon-
tecer repetidamente, podem surgir conseqüências permanentes. Se quiser abaixar a temperatura alta, colo-
que a criança numa banheira cheia de água cerce de dois a três graus mais frios do que a temperatura do 
corpo. A criança gostará do banho e não protestará, dizendo que a água está quente demais. Água muito 
fria (no banho ou ingerida) será um choque para o sistema, sem obter os resultados que deseja. Outra op-
ção é aplicar um paninho frio à testa, têmporas, punhos e na parte de trás do pescoço. 
TERAPIAS NATURAIS DURANTE AS FEBRES 
 A erva-do-gato, a camomila e a erva cidreira aliviam dores da barriga, e são ideais para usar em 
febres. O chá de sementes de anis ou um chá fraquinho de raiz de gengibre fresca também acal-
mam problemas digestivos. 
 A criança que tem febre associada a alguma infecção precisa tomar ervas antimicrobianas. As er-
vas abaixo são muito confiáveis, especialmente se usadas combinadas: 
 Tintura de raiz de equinácea, 1 gota por quilo de peso, a cada duas horas – dependendo da gravi-
dade da doença. Diminuir a quantidade e a freqüência aos poucos, mas continuar por mais três 
dias, depois que a temperatura volta ao normal. 
 O alho é um grande aliado em todo tipo de infecções e pode ser usado sozinho ou misturado 
com a equinácea. Crianças maiores podem tomar um dente de alho bem batidinho em uma co-
lher de sopa de mel de quatro em quatro horas. As crianças pequenas podem tomar limonada de 
alho. 
 Estelária, flores de crisântemo e flores de madressilva em infusão (juntas ou separadas), reduzem 
o calor e as infecções. Usar com os remédios acima. 
 
 
 
 
5
7
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
57 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
Além das ervas, dar a vitamina C para proporcionar um apoio a mais na superação da doença. Dê 250 a 
500 miligramas a cada quatro horas, dependendo da idade da criança e da gravidade de seu estado. A vi-
tamina C não é tóxica, mas em quantidade exagerada afrouxa os intestinos. Acrescentar a alimentação 
couve, brotos de alfafa, folhas e flores de violeta, que são ricos em vitamina C. Se você quiser dar suco de 
laranja à criança, dê apenas o suco fresco, feito na hora, na temperatura ambiente. 
As laranjas tendem a piorar as perturbações intestinais e aumentam a produção da mucosidade. 
PARA BAIXAR A FEBRE 
 Infusão de folhas de hortelã - pimenta e flores de sabugueiro: ½ colher de sopa de cada num vi-
dro ou jarra de 1 litro cheio de água fervendo; tampar e deixe de molho por vinte minutos. Coar e 
adoçar, se quiser. Dar na temperatura mais quente que a criança suportar; às vezes, a criança sua 
em seguida. 
 Infusão de erva-de-gato: preparar como acima, usando 1 colher de sopa de erva-de-gato por litro 
de água. 
 Infusão de erva cidreira: 2 colheres de sopa de erva cidreira por litro de água. O sabor desta infu-
são é delicioso e muito delicado, é bom até para bebezinhos. 
 Mães com bebês de peito que estejam com febre devem tomar elas mesmas doses de adulto des-
ses remédios. Os benefícios das ervas passarão ao bebê através do leite. 
GRIPES E RESPFRIADOS 
A palavra resfriado é um termo geral, usado para descrever uma série de sintomas como mais nariz escor-
rendo, garganta dolorida, dor de cabeça, corpo dolorido, indigestão (náusea, dor de barriga, vômitos, diar-
réia) e febre. A maioria das crianças com um bom sistema imunológico supera o “resfriado” em uma se-
mana, sem outros remédios a não ser carinho. Uma piadinha dos remédios diz que “o resfriado vai embo-
ra sozinho em uma semana ou em sete dias, com antibióticos”. 
A gripe é uma infecção respiratória mais séria, com alguns (ou todos) desses sintomas: febre, corpo dolo-
rido, garganta inflamada, congestão nas vias respiratórias,perda de apetite e extrema lassidão (ou “pregui-
ça generalizada”). Antigamente, a gripe era apavorante e chegava a atingir proporções endêmicas, com 
mortes (a famosa gripe de 1918, que matou muita gente pelo mundo afora, por exemplo). Hoje, a gripe, 
em alguns casos, ainda é fatal, mas geralmente para crianças muito pequenas, idosos e pessoas já enfra-
quecidas pela gripe desnutrição ou por alguma doença (principalmente cardíaca ou pulmonar). A gripe em 
geral não é uma doença grave, pode ser tratada em casa, mesmo com assistência médica, mas pode ser e-
xaustiva até mesmo para adultos fortes e saudáveis. 
Resfriados e gripes muitas vezes são reflexos de uma baixa temporária da imunidade; em geral, causada 
por descanso insuficiente. O exagero em alimentos pesados, tensão ou a mudança de temperatura e umi-
dade, a entrada e saída de ambientes aquecidos ou refrigerados também podem precipitar uma ocorrência. 
O tratamento visa aliviar a indisposição temporária da criança e estimular a saúde em geral. Resfriados 
freqüentes tornam uma criança mais vulnerável a infecções respiratórias mais sérias. Sem tratamento, uma 
gripe pode se instalar no peito e causar uma infecção secundária de pneumonia – portanto, tratar com 
cuidado. 
 
 
 
5
8
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
58 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
É bom iniciar o tratamento logo no início e dar um bom tempo para a convalescença, para evitar que res-
friados e gripes se tornem problemas. 
RECOMENDAÇÕES GERAIS 
 Quando uma criança está resfriada, o melhor que você poderá fazer para ela é: 1) estimular muito 
repouso; 2) simplificar a alimentação com cereais integrais, sopas com verduras e legumes, frutas 
da estação; 3) muita água, especialmente se houver febre persistente; 4) ajudá-la a sentir-se à von-
tade... E dar-lhe muito carinho. 
 Se a criança não tiver apetite, não o force a comer, mas dar-lhe bastante líquido em caso de febre. 
A maioria das crianças recupera o apetite, depois de passar, sem forçar o trato digestivo. Gulodi-
ces (como sorvetes) não são lá muito benéficas e apenas pioram seu estado geral. 
RECOMENDAÇÕES DE ERVAS 
 Poderá dar a equinácea, em tintura ou infusão, quatro vezes por dia, para promover a imunidade 
e eliminar a infecção. 
 Camomila, erva cidreira e erva-do-gato são os remédios mais comuns e mais delicados para os 
resfriados das crianças. Elas reduzem as tensões no organismo, aliviam a dor de cabeça, dores de 
barriga e agitação geral; além do mais, têm sabor agradável. Podem ser preparadas como infusões, 
em separado ou combinadas, e também podem ser tomadas á vontade. Sirva os chás quentes. 
Eles também são diuréticos. 
 Dê entre 250 e 500 miligramas de vitamina C com cada dose de equinácea. Sabe-se que ela ajuda 
a reduzir as infecções e prevenir sua recorrência. 
 A limonada de alho, o alho sob qualquer forma (principalmente na alimentação), o chá de gengi-
bre e o suco de maçã podem ser tomados diversas vezes, para diminuir os sintomas de resfriados, 
aquecer, reforçar e aumentar a resistência às doenças. Todos eles podem ser dados durante o res-
friado; seria bom que entrassem na alimentação regular da criança. 
PRISÃO DE VENTRE 
De vez em quando, a criança pode ficar constipada, ou seja, passar um ou dois dias sem fazer cocô ou 
tendo de fazer muita força para evacuar. Geralmente a prisão de ventre é causada por tensão, mudança de 
ambiente (viagens) mudanças na alimentação ou algum tipo de alimento ingerido, falta de sono e indispo-
sições. As crianças que têm hábitos intestinais regulares normalmente resolvem um ataque de prisão de 
ventre sem precisar de muitos remédios. 
A constipação crônica em geral é resultado de tensões, alimentação desequilibrada – ou ambas. Ela pode 
ser resolvida com ervas, mas as questões emocionais da criança (tensão por brigas dos pais ou dificuldades 
na escola, por exemplo) devem receber atenção e será preciso alterar sua alimentação. 
A regularidade nos horários de comer, dormir e ir ao banheiro é o ingrediente mais importante para ajudar 
a criança a fazer boa eliminação diária. De manhã, dar um tempo para as crianças irem ao banheiro, evi-
tando brigas e ordens que as humilhem ou pressionem, fazendo com que se retraiam. Cereais quentes, 
como aveias e creme de arroz, em mingaus, são laxativos naturais. Adicionar passas de uva durante o co-
zimento para melhorar o efeito (e o sabor). Bolinhos de farelo de aveia com melado e passas de uva tam-
bém são bons laxativos suaves. Esses alimentos também são muito nutritivos. 
 
 
 
5
9
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
59 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
Ensinar a criança a usar o banheiro por alguns minutos antes de sair para a escola. Pode ensinar a relaxar 
conscientemente a musculatura. Em geral, fazendo com que isso se torne um hábito na mesma hora, dia-
riamente, é o remédio mais simples. É um hábito importante, pois muitas crianças sentem necessidade de 
ir ao banheiro quando chegam à escola e “seguram” até a hora de voltar para casa, o que provoca prisão 
de ventre e também até uma auto-intoxicação (ou auto-envenenamento) causada pela absorção do materi-
al que deveria ser eliminado. 
Para uma criança pequena, colocar um banquinho sob seus pés enquanto ela estiver sentada na privada. É 
uma posição mais correta fisiologicamente, que evita um grande esforço e ajuda a prevenir a formação de 
hemorróidas mais adiante na vida. Na verdade, pelo mundo afora, povos e pessoas que não dispõem da 
aparelhagem moderna usam a posição agachada para fazer suas necessidades - é a melhor posição. 
DICAS DE ALIMENTAÇÃO 
Frutas, verduras e legumes frescos diariamente. Uma boa alimentação contendo fibras evitará à constipa-
ção; a ausência de elementos nutritivos essenciais, como o ferro, pode causá-la; assim, os alimentos inte-
grais com o complemento de ervas satisfazem as necessidades nutritivas e previnem uma série de proble-
mas de saúde. 
As crianças devem ser incentivadas a tomar bastante água – pelo menos uns quatro copos por dia. Numa 
criança com prisão de ventre, uma xícara de água morna pela manhã estimulará o movimento intestinal. 
Inclua na alimentação da criança frutas cozidas e em conserva (como figos, ameixas e uvas), com melado. 
Quando uma criança estiver passando por uma crise de prisão de ventre, reduza o máximo possível a 
quantidade d laticínios, carne, ovos, trigo e manteiga ou creme de amendoim até resolver o problema. 
DICAS DE ERVAS 
Essas ervas ajudam na formação do bolo alimentar no intestino e estimulam suavemente a digestão. 
 Infusão suave: em ½ litro de água fervendo, coloque as seguintes ervas: 1 colher de chá de se-
mentes de funcho, 1 colher de chá de raiz de alcaçuz, 1 boa pitada de raiz de gengibre em pó. 
Deixe de molho por uma hora e coe. Dose: 1 colher de sopa para crianças abaixo de dois anos, ¼ 
de copo para crianças de dois a sete anos e de ½ a 1 copo para crianças mais velhas. Esta infusão 
pode ser dada conforme necessário até a criança Ter os movimentos intestinais. 
 As ervas ajudam a soltar gases, para evitar possíveis cãibras. O funcho e o alcaçuz também são la-
xativos suaves. 
 Misture uma colher de chá de olmo liso em pó para 1 copo de suco de maçã quente. Mexa bem. 
Dê o quanto a criança conseguir tomar. É ótimo para crianças de qualquer idade, mas especial-
mente para bebês. 
 Sementes de linhaça em pó são bons laxativos, que podem ser usados em bebidas, polvilhados 
sobre os alimentos ou entrar na composição de gulodices. Sementes de tanchagem podem 
substituir as sementes de linhaça. 
OUTRAS RECOMENDAÇÕES 
Massagear delicadamente o abdômen da criança constipada na direção dos ponteiros do relógio em mo-
vimento circular, começando pelo osso púbico. Quando fechar o círculo, exerça certa pressão, sem exage-
ro. Imagine que as suas mãos estão soltando os bloqueiose relaxando as tensões na barriga da criança. 
 
 
 
6
0
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
60 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
Você poderá usar um pouquinho de óleo (de camomila, alfazema ou rosas) nas mãos; esfregue uma na 
outra antes de começar. Ensine a criança a visualizar seus músculos abdominais e pélvicos em relaxamen-
to. Muitas pessoas armazenam tensões nessa região, nunca é tarde demais para aprender a relaxar essa á-
rea. Para a constipação crônica, faça esta massagem umas três vezes por semana, na hora de dormir, e en-
sine a criança a massagear sua própria barriga ao acordar. 
Exercício ao ar livre mantém a saúde dos intestinos. A criança que passa a maior parte do dia sentada na 
escola, chega em casa e senta de novo para ver televisão e fazer a lição de casa não está fazendo exercícios 
físicos suficientes. Desligue a TV e “bote” a criança para brincar, correr, andar de bicicleta, pular corda ao 
ar livre. É maravilhosos criar a “tradição” familiar de darem todos juntos uma caminhada depois do jantar 
– não somente é um excelente exercício para prevenir problemas intestinais, mas melhora toda a digestão 
e assimilação dos nutrientes, além de ser muito bom para a circulação. Quando as crianças fazem bastan-
tes exercícios e respiram ar fresco, obtêm maior capacidade de concentração nos estudos e melhoram o 
sono à noite. 
IRRITAÇÕES E INFECÇÕES NOS OLHOS DO BEBÊ 
Para tratar irritações ou infecções menores nos olhos com inchaço, irritação ou corrimento, usar o seguin-
te chá, além (ou em vez) do leite materno: uma colher de sopa de flores de camomila e 1 pitada de pó de 
hidraste em1/2 copo de água fervendo; deixar em infusão por vinte minutos. Coar duas vezes. Limpar os 
olhos do bebê a cada duas horas com um pano limpo ou gaze esterilizada molhada nesse chá. A camomila 
alivia e refresca a inflamação; o hidraste é um antibiótico. 
Quando aplicar remédios nos olhos do bebê, não permitir que o olho infectado contamine o outro. Colo-
car o remédio no canto interior do olho infectado e deixar escorrer para fora. Sempre tratar cada olho 
com um paninho diferente. Desinfetar ou jogar fora o pano depois de cada uso; lavar muito bem as mãos. 
Se o bebê estiver com os olhos inflamados; a mãe deve tomar 25 gotas de tintura de equinácea, quatro ve-
zes por dia; esse remédio será levado ao bebê por meio do leite materno. Amamentar com freqüência. Dar 
ao bebê uma dose oral de 2 gotas de tintura de equinácea diluída em água (usar um conta-gotas), quatro 
vezes ao dia. 
O entupimento dos canais lacrimais pode causar irritação, inchaço ou corrimento, mas normalmente se 
resolve por si ao longo do primeiro ano. Para estimular a abertura dos olhos, massagear delicadamente pa-
ra baixo a área entre a ponte do nariz e abaixo do canal lacrimal. Usar compressas de chá de camomila pa-
ra aliviar a região. 
 
 
 
 
6
1
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
61 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
9.FICHA DE AVALIAÇÃO – YOGA PARA GESTANTES 
 
Data _____/_____/____ quem indicou?_____________________________________ 
nome: ____________________________________________________________________________ 
endereço: __________________________________________________________________________ 
cep / cidade / estado: ________________________________________________________________ 
DDD e telefones: ___________________________________________________________________ 
e-mail: ____________________________________________________________________________ 
data, local e hora do nascimento: ________________________________________________________ 
o que sabe sobre o seu nascimento: ______________________________________________________ 
 __________________________________________________________________________________ 
 __________________________________________________________________________________ 
religião: ___________________________________________________________________________ 
estado civil: ________________________________________________________________________ 
grau de instrução: ____________________________________________________________________ 
profissão: __________________________________________________________________________ 
nome do(a) companheiro(a): ___________________________________________________________ 
quanto tempo de relacionamento? _______________________________________________________ 
 
Observações sobre a saúde 
fumou ou fuma ou é fumante passiva? ____________________________________________________ 
consumiu/consome algum tipo de droga? _________________________________________________ 
ingere bebidas alcoólicas? ______________________________________________________________ 
que tipo de alimentação pratica? _________________________________________________________ 
saúde do pai: _______________________________________________________________________ 
saúde da mãe: ______________________________________________________________________ 
saúde pessoal: _______________________________________________________________________ 
 __________________________________________________________________________________ 
Doenças antecedentes: ( ) sarampo | ( ) rubéola | ( ) outra _______________________________ 
 
 
 
6
2
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
62 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
Tem predisposição a desmaios? _________________________________________________________ 
Pressão: ( ) normal | ( ) alta | ( ) baixa 
Já sofreu fraturas? ____________________________________________________________________ 
Já fez alguma cirurgia? ________________________________________________________________ 
Já tomou anestesia? Como foi a reação? __________________________________________________ 
Faz ou já fez algum tratamento? ________________________________________________________ 
Grupo sangüíneo + fator RH: __________________________________________________________ 
 
Ginecológicas: 
Primeira menstruação: ________________________________________________________________ 
Ciclo menstrual: _____________________________________________________________________ 
Corrimento? ( ) não / sim ( ) está tratando? ____________________________________________ 
Sangramento na gestação (metrorragia)? ( ) não / sim ( ) = não é indicado Yoga 
Dor ou desconforto na relação sexual (dispareumia)? ( ) não / sim ( ) _________________________ 
Doenças sexualmente transmissíveis? ( ) não / sim ( ) _____________________________________ 
Usava alguma forma de anticoncepção? ( ) não / sim ( ) 
Qual? ________________________ Durante qto tempo? _________________Até qdo? ____________ 
 
Obstétricas: 
Número de gestações: _________ Partos: ___________ 
Como foi? _________________________________________________________________________ 
Onde? ____________________________________________________________________________ 
Em que tempo de gestação? ____________________________________________________________ 
Estatura e peso do bebê? ______________________________________________________________ 
Amamentação: ______________________________________________________________________ 
Abortos: _________ provocados ________ espontâneos _________ 
 
 
 
 
6
3
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
63 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
Gravidez atual: 
Última menstruação ______/______/_____ Sabe a data da concepção? ______/_____/______ 
Data provável (DPP): ______/______/______ (apenas 6% dos bebês nascem na data provável) 
Em que fase lunar: (DPP são 10 luas da concepção) _________________________________________ 
Sexo e nome provável do bebê: _________________________________________________________ 
Está fazendo pré-natal? ( ) não / ( )sim, com quem? ______________________________________ 
Como e onde pretende ter o bebê? _______________________________________________________ 
Como foi recebida esta gravidez? ________________________________________________________ 
Foi surpresa ou estava nos planos? ______________________________________________________ 
Como o pai encarou? _________________________________________________________________ 
Como tem estado emocionalmente? ______________________________________________________ 
 __________________________________________________________________________________ 
Já leu livro sobre gravidez, parto ou crianças? ( ) não / sim ( ), quais? _________________________ 
 __________________________________________________________________________________ 
Pratica alguma atividade física? ( ) não / sim ( ), quais? ____________________________________ 
 __________________________________________________________________________________ 
Já praticou Yoga? ( ) não / sim ( ), que linha, quanto tempo? _______________________________ 
 __________________________________________________________________________________ 
Qual o seu objetivo com esta prática? _____________________________________________________ 
 
Distúrbios e queixas durante a gravidez: 
Estado geral: _______________________________________________________________________ 
Edema (inchaço)? ( ) não / sim ( ) ____________________________________________________ 
Tem tendência a varizes? ( ) não / sim ( ) ______________________________________________ 
Enjôos? ( ) não / sim ( ) | Vômitos? ( ) não / sim ( ) _________________________________ 
Cefaléia (dores de cabeça)? ( ) não / sim ( ) ____________________________________________ 
Aparelho cardio-respiratório: ___________________________________________________________ 
Aparelho digestivo: __________________________________________________________________ 
Aparelho urinário: ___________________________________________________________________ 
 
 
 
6
4
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
64 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
Aparelho intestinal: __________________________________________________________________ 
Mamas: ___________________________________________________________________________ 
Coluna: ___________________________________________________________________________ 
 
 
Evolução da Gestação: 
SEM AN AS PRESS ÃO PES O 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exames: 
 
 
 
 
6
5
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
65 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
10. OS CHAKRAS 
Os chakras absorvem a energia universal ou primária e através dos nádis essa energia vai para o sistema 
nervoso, para as glândulas endócrinas e depois para o sangue, com o objetivo de alimentar o corpo. 
Ex: Energia primária que entra -> chakra -> energias secundárias que saem -> Nádis -> Sistema Nervoso 
-> Sistema Endócrino -> Sangue. 
OS 7 CHAKRAS PRINCIPAIS 
1. PRIMEIRO CHAKRA : Raiz (coccigiano ou básico). 
 Localização: Base da espinha. 
 Cor: Vermelho. 
 Elemento: Terra. 
 Energia: Kundalini – é a força criativa que contribui para o alinhamento dos chakras, a liberação 
do estresse aramazenado nos centros corporais e para a elevação da consciência para os níveis es-
pirituais superiores. Essa energia é simbolizada por uma serpente enrolada na região sacral e re-
presenta uma poderosa energia sutil pronta para entrar em ação. 
 Plexo nervoso: sacro-coccígeo. 
 Glândula: Gônadas. Tem a função reprodutiva. São responsáveis pela produção de espermato-
zóides e de óvulos. Alguns estudiosos associam este chakra às células de Leydig, existentes no in-
terior das gônadas. Estas células produzem estrógenos e testosterona, hormônios que interferem 
na libido e sexualidade. Em algumas literaturas pode-se também encontrar este chakra associado 
às glândulas supra-renais, que são fonte de adrenalina, substância que interfere nas reações instin-
tivas primárias do indivíduo. 
 Aspectos psicológicos: Senso de realidade. Reflete o grau com que estamos ou nos sentimos li-
gados à terra. Se executamos nossas atividades mantendo os pés no chão, ligação com nossos ins-
tintos primários de sobrevivência - o medo é um dos sentimentos básicos e quando o sentimos, 
podemos responder fugindo ou lutando (adrenalina). Vontade de viver. Libertar-se do passado. 
Criatividade artística, novos pensamentos, idéias e invenções – manifestação através da literatura, 
pintura, escultura... 
 Órgãos físicos: Sacro, coluna, orifícios externos de excreção (reto, ânus, uretra). 
 Sistema fisiológico: Reprodutivo. 
 
 
 
 
6
6
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
66 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
2. SEGUNDO CHAKRA: Sacro (chakra do umbigo, chakra gonadal, chakra esplênico). 
 Localização: abaixo do umbigo. 
 Cor: Laranja. 
 Elemento: Água. 
 Energia: Prana. 
 Plexo nervoso: Sacro. 
 Glândula: Células de Laydig. São células existentes no interior das gônadas, responsáveis pela 
produção de testosterona, hormônio associado a libido (energia sexual) e ao desejo sexual. 
 Aspectos psicológicos: Espressão da sexualidade e das emoções sensuais. 
 Órgãos físicos: gônadas, órgãos reprodutores, bexiga, intestinos grosso e delgado, apêndice, vér-
tebras lombares. 
 Doenças causadas por disfunção: câncer cervical e uterino, colite, síndromes de irritabilidade 
nos intestinos, tumores na bexiga, má absorsão de nutrientes pelo intestino delgado, disfunções 
sexuais, prostatite, dores lombares... 
 Sistema fisiológico: Geniturinário. 
O chakra Raiz está associado ao processo de liberação e o chakra Sacro ao processo de absorção, assimi-
lação e retenção. Essas duas funções precisam operar em harmonia para o equilíbrio do corpo. 
3. TERCEIRO CHAKRA : Plexo solar. 
 Localização: Abdome superior. 
 Cor: Amarelo 
 Elemento: Fogo. 
 Energia: Astral (emoções). 
 Plexo nervoso: Solar. 
 Glândula: Supra Renais, que são fonte de adrenalina. 
 Aspectos psicológicos: Associado a questão do poder pessoal do indivíduo, o controle sobre a 
própria vida. O modo como o indivíduo se vê em relação aos outros. Dominação, cólera, tendên-
cia para maltratar, agressão. Conflito dominação X submissão. Pode-se adotar os 2 tipos de com-
portamento alternadamente. Sentimento de perda de poder pessoal (diabéticos). Saudade do pas-
sado ou do que ele poderia ter sido. 
 Órgãos físicos: estômago, pâncreas, fígado, bexiga, baço, glândulas supra renais, vértebras lom-
bares. 
Neste chakra há a queima de energias liberadas pela oxidação química dos alimentos durante o 
processo de digestão. 
 Doenças causadas por disfunção: degeneração das glândulas supra renais, causam fadiga e fra-
queza, diabete... 
 Sistema fisiológico: digestivo. 
 
 
 
 
6
7
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
67 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
4. QUARTO CHAKRA : centro cardíaco. 
 Localização: região média do peito. 
 Cor: Verde. 
 Elemento: Ar. 
 Energia: Astral (emoções). 
 Plexo nervoso: Cardíaco. 
 Glândula: Timo. Desempenha um papel importante na regulação da resposta imunológica do 
organismo. Os hormônios do timo (timosinas) influenciam a capacidade do indivíduo de lutar 
contra as doenças ao longo de toda a sua vida. Já foi observado que no processo de envelheci-
mento do corpo, há uma involução do timo, mas que ocorre não pelo envelhecimento e sim pelo 
sentimento de solidão e estado de depressão que vive a maioria dos idosos. 
 Aspectos psicológicos: Capacidade de expressar amor (por si e pelos outros). As lições de amor 
estão entre as mais importantes que temos a aprender no plano físico. Lida com as emoções que 
unem os indivíduos nos diversosrelacionamentos amorosos. Sentimentos de compaixão e empa-
tia levam ao desenvolvimento de uma forma mais elevada de consciência. A depressão e o des-
gosto foram verificados antes do desenvolvimento de tumores malignos, quando houve uma di-
minuição das defesas imunológicas. Capacidade de amar a si mesmo. 
 Órgãos físicos: Coração, tubos bronquiais, pulmões, seios, sistema circulatório. 
 Doenças causadas por disfunção: trombose coronária, ataques cardíacos, doenças nas artérias, 
derrame, asma (manifestação desequilibrada de amor dos pais – amor que sufoca), doenças auto-
imunes (o corpo ataca a si mesmo): artrite reumatóide, lúpus, meastenia, esclerose múltipla, tire-
oidite de Hashimoto, ausência de ovulação, atrofia das glândulas supra-renais, algumas diabetes 
infantis, processos alérgicos, AIDS. 
 Sistema fisiológico: Circulatório. 
5. QUINTO CHAKRA : Garganta (laríngeo). 
 Localização: Pescoço. 
 Cor: Azul. 
 Energia: Mental. 
 Plexo nervoso: Gânglios cervicais e medula. 
 Glândula: Tireóide. Os hormônios tireoidianos regulam a atividade metabólica geral das células 
do corpo. 
 Aspectos psicológicos: Comunicação. Dificuldade para se expressar. Criatividade (criação de 
palavras e canções). 
 Órgãos físicos: Glândula tireóide e paratireóide, boca, cordas vocais, traquéia, vértebras cervi-
cais, sistema nervoso parassimpático, atividade esquelética, pulmões. 
 Doenças causadas por disfunção: Laringite, tireoidite, tumores na glândula paratireóide, câncer 
de laringe... 
 Sistema fisiológico: Respiratório. 
O fluxo inadequado de energia do chakra causa atrofia de uma função (ex: hipotireoidismo), assim como 
o fluxo abundante de energia gera inflamações (ex: hipertireoidismo) e crescimento de tumores. 
 
 
 
6
8
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
68 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
6. SEXTO CHAKRA: Terceiro Olho (chakra da testa). 
 Localização: Fronte. 
 Cor: Azul anil. 
 Energia: Forças espirituais superiores. 
 Plexo nervoso: Hipotálamo / Hipófise. 
 Glândula: Hipófise. 
 Aspectos psicológicos: Intuição. Clarividência (visão clara). Nível de percepção consciente. Po-
de ser desenvolvido pela meditação. Visão interior. Introspecção. “Não desejar”. Ver algo que é 
importante para o crescimento da alma. 
 Órgãos físicos: Glândula pineal, hipófise, medula espinhal, olhos, orelhas, nariz, seios paranasais. 
 Doenças causadas por disfunção: sinusite, cataratas, desequilíbrios endócrinos... 
 Sistema fisiológico: Sistema nervoso autônomo. 
7. SÉTIMO CHAKRA: Coroa (Coronário). 
 Localização: Topo da cabeça. 
 Cor: Violeta. 
 Energia: Forças espirituais superiores. 
 Plexo nervoso: Córtex cerebral e glândula pineal. 
 Glândula: Pineal. 
 Aspectos psicológicos: Ajuda a percepção psíquica. Busca interior (busca espiritual). Permite a 
penetração nos mais elevados estados de consciência. 
 Órgãos físicos: Córtex cerebral, sistema nervoso, hemisférios cerebrais direito (intuição) e es-
querdo (razão), glândula pineal. 
 Doenças causadas por disfunção: disfunções cerebrais, psicoses... 
 Sistema fisiológico: Sistema Nervoso Central. 
 
 
 
6
9
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
69 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
OS CHAKRAS - OS CENTROS ENERGÉTICOS DO CORPO 
do livro Em Sintonia - A arte da Ressonância - Jasmuheen (com pequenas alterações) 
Os chakras são portas através das quais a energia é atraída para o corpo e 
depois dispersada. Numa pessoa sadia, os sete principais centros de energia 
estão abertos e giram. Quando uma pessoa adoece, em geral há bloqueios nos 
chakras. Tudo no corpo está ligado a esses centros energéticos. Os chakras 
absorvem a força vital universal (prana ou chi ou ki) e a enviam através dos 
rios de energia do corpo (nadis ou meridianos) para o sistema nervoso, as 
glândulas endócrinas e o sangue para nutrir o corpo. 
Trecho de “Other Kingdoms” (Outros Reinos), de Hilarion: "Os chakras são 
essenciais à vida no plano físico porque são as portas através das quais a e-
nergia do Eu Superior tem permissão de passar para o inferior. Na ausência 
desse centro de transferência de energia, a vida cessa... a pessoa cujos chakras 
são fortes e abertos está em contato muito mais íntimo com seu verdadeiro 
ser... Os chakras podem ser descritos como rodas coruscantes (flamejantes) e cintilantes de belas cores, 
sempre se movendo e dançando, cantando as canções gloriosas da vida... mas somente na pessoa espiritu-
almente desenvolvida eles têm essa aparência. "Há sete chakras principais no corpo humano, além de nu-
merosos outros chakras secundários. Acima da cabeça sabemos que há pelo menos cinco chakras trans-
pessoais que nos ligam energeticamente à nossa mônada ou o EU SOU Presença. Os campos energéticos 
de todos os nossos corpos são ancorados pelos chakras: o corpo físico é ancorado no chakra da base, o 
emocional no chakra sacral, o mental no plexo solar e o espiritual no chakra do coração. (...) 
Vamos começar com os sete chakras principais localizados no corpo físico. Os três chakras da cabeça e o 
chakra da garganta governam a razão, os chakras da frente do corpo governam as emoções e os chakras 
das costas, a vontade. Os chakras têm a forma de um cone. À medida que giram, atraem a energia para 
dentro pela frente e pelas costas, ou pela parte de cima e de baixo, no caso dos chakras da base e da coroa. 
Cada chakra tem pequenos vórtices giratórios que se movem a velocidades altíssimas; cada vórtice meta-
boliza uma vibração energética que corresponde a uma determinada freqüência de rotação. O chakra pél-
vico tem quatro pequenos vórtices e quatro freqüências de energia. A cor observada em cada chakra está 
relacionada à freqüência da energia que está sendo metabolizada em sua velocidade correspondente. Por 
conseguinte, quando aumentamos o quociente de luz dentro de nosso ser, e também nossa freqüência vi-
bratória, esses centros energéticos unificam-se e tornam-se uma única coluna de luz. O chakra da sobran-
celha tem 96 vorticezinhos e o chakra da coroa tem 972. Cada chakra tem um número diferente de vórti-
ces e, por isso, sua própria velocidade e freqüência de rotação. 
 
1. O CHAKRA DA BASE , OU DA RAIZ 
Esse é o lugar onde a faceta crística do amor da humanidade se manifestará à medida que a espécie huma-
na aprender a amar sem motivos egoístas ou românticos, amar apenas pela alegria de ver o ente querido 
feliz. Pureza, restauração, ressurreição, ascensão e esperança também estão associadas a esse chakra. 
Num plano mais "terrestre", esse chakra está relacionado à quantidade de energia física que temos à nossa 
disposição e à "vontade de viver" na realidade física. É o local da primeira manifestação da força vital no 
mundo físico. Atua como uma bomba sobre o plano etérico, ajudando a dirigir o fluxo de energia para o 
 
 
 
7
0
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
70 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
alto da coluna vertebral. Sua cor é o vermelho e está em perfeita sintonia com a nota musical "dó". Esse 
cone de energia forma espirais descendentes a partir do centro do púbis e nos conecta energeticamente 
com nossa "estrela terrestre", que fica no chão a cerca de 15 centímetros abaixo de nossos pés. Nosso 
senso de tato está associado a esse chakra. 
Esse primeiro chakra também está associado à primeira camada áurica que é o corpo etérico trabalhando 
com o funcionamento automático e autônomo do corpo. O corpo etérico é composto de minúsculas li-
nhas de energia parecidas com os fios de uma teia de aranha e sua cor é azul/cinza. As cores dos chakras 
do corpo etérico também são azul e cinza: azul numa pessoa sensível e cinza num indivíduo mais atlético. 
As células do corpo físico crescem ao longo das linhas de energia da matriz etérica, que estão presentes 
antes das células começarema crescer. Esse "corpo" é feito de ondas luminosas pulsantes e, em geral, es-
tende-se de 6 a 12 mm do corpo físico. (...) 
 
2. O CHAKRA SACRAL , OU DO UMBIGO 
Situado logo abaixo do umbigo, a energia deste chakra pode ser usada para revigorar e equilibrar os outros 
centros. Tende a emprestar sua superabundância de energia para os centros da cabeça a fim de aumentar a 
sabedoria e a clarividência, para o centro da garganta a fim de promover a verbalização da verdade, para o 
centro do coração a fim de encorajar a expressão do amor por toda a criação e para o plexo solar a fim de 
dar vigor e força física ao corpo. Também está ativo na experiência sexual da espécie e pode ser usado pa-
ra aproximar tudo que há de belo em duas almas gêmeas. É a sede do perdão, misericórdia, compaixão, 
transmutação e liberdade. A frente desse chakra é chamada de centro púbico, que é o centro afetivo e está 
relacionado tanto à qualidade do amor pelo sexo oposto quanto ao dar e receber prazer físico, mental e 
espiritual. O vórtice de energia do centro sacral nas costas está relacionado à quantidade de energia sexual 
e é um centro da vontade. Sua cor é o laranja e sua nota musical é o "ré". 
Esse segundo chakra está associado à segunda camada áurica e ancora o campo energético do corpo emo-
cional inferior. A estrutura dessa camada áurica é mais fluida que a etérica e não se duplica no corpo físi-
co. Tem a aparência de nuvens coloridas de substância fina em 
movimento fluido constante e, em geral, estende-se a cerca de 7,5 
cm do corpo. Sua cor reflete os sentimentos do indivíduo. Senti-
mentos extremamente energizados - amor, alegria, excitação, raiva - 
dão cores claras, e sentimentos confusos refletem uma cor escura, 
sombria. Os chakras desse campo energético também seguem a 
ordem do arco-íris, como aqueles do corpo físico. 
O corpo emocional é composto de geometrias. Quando ficamos 
presos em nossas emoções e não permitimos que sua energia flua 
livremente, fixamos as geometrias em formas que criam limitação 
de expressão e, por isso, desconforto. 
 
3. O CHAKRA DO PLEXO SOLA R 
As energias físicas entram em torrentes no corpo vindas dos planos 
superiores através desse centro. Sua principal função no presente é permitir que o corpo seja energizado 
mas, no futuro, será o centro que vai permitir que um objeto seja movido no espaço graças exclusivamen-
 
 
 
7
1
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
71 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
te à força da concentração e da vontade. Combinar visualização, vontade e energia do plexo solar é um 
procedimento que vai criar muitos fenômenos quando usados em conformidade com as leis universais. É 
também a sede do poder de curar, do culto devocional e da ministração da graça. 
Plexo solar é o nome do centro da frente e está relacionado com a extroversão e a sabedoria espiritual. É a 
sede da vontade e da compreensão emocional de quem você é no universo. 
O das costas é chamado de centro diafragmático e dizem que está relacionado à cura e às intenções relati-
vas à própria saúde. Sua cor é o amarelo e sua nota musical é "mi". 
O terceiro chakra está relacionado à terceira camada áurica da atividade mental inferior e, por conseguinte, 
com o pensamento linear. Esse chakra também ancora o 
campo energético do corpo mental inferior. Esse corpo pa-
rece uma luz amarelo-vivo, em geral 1,00 a 1,30m do corpo 
e é composto da mais fina substância dos pensamentos e 
processos mentais. 
O corpo mental também é composto de geometrias. A fun-
ção desse corpo é determinar nossa realidade, em geral acre-
dita que está "dirigindo o espetáculo" e funciona melhor 
quando sabe sempre o que está acontecendo. O corpo men-
tal, em sua condição de chefe, não gosta de mudanças moti-
vadas por "outras" forças. Por conseguinte, tende a descar-
tar ou ignorar impulsos vindos do Espírito como "irreais", 
pois estes são vastos e ilimitados e não podem ser compre-
endidos intelectualmente, nem controlados. 
Os três planos áuricos inferiores meta-bolizam a energia re-
lacionando-se com o mundo físico e participando do jogo do karma. Podem ser vistos da quinta dimen-
são como tetraedros duplos. Os três superiores metabolizam a energia relativa ao espiritual. O chakra do 
coração é o recipiente transformador, através do qual toda energia tem de passar ao ir de um mundo para 
outro. A maioria dos seres humanos funciona com base nos campos energéticos dos três chakras inferio-
res, mas agora estão sendo inspirados por seu Espírito interior a ativar e utilizar seus chakras superiores. 
 
4. O CHAKRA DO CORAÇÃO 
A espécie humana trabalha com esse vórtice de energia desde os primórdios. É o chakra que conecta os 
corpos inferiores com os corpos superiores. Também é o canal através do qual o amor flui, vindo do Eu 
Superior. Quando bloqueado, em geral leva a doenças cardíacas. 
É a conexão da humanidade com o amor incondicional de Deus. Também metaboliza e expressa esse 
Amor Divino. Quando expressamos amor e devoção, nosso centro cardíaco é ativado. A cor do chakra 
do coração é o verde-esmeralda e tem uma sintonia melhor com a nota musical "fá". 
Em seu livro "Mãos de Luz", Barbara Brennan afirma também que o chakra do coração ancora o corpo 
astral. Todos os chakras dessa camada áurica - que em geral se estende de 15 a 30 cm do corpo - estão 
impregnados com a cor rosa do amor, embora suas cores de arco-íris predominem. 
 
 
 
 
7
2
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
72 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
5. O CHAKRA DA GARGANTA 
A função desse chakra é permitir que toda alma se dê aos outros em palavras que sua sabedoria absorveu 
ou que seu dom de clarividência lhe revelou. O centro estará em harmonia se for usado com pureza de 
palavras e se abrirá para receber grande inspiração dos planos superiores. Esse chakra está associado à 
Vontade Divina, poder, proteção e fé iluminada. Dá energia ou poder às palavras e "dá realidade às coisas 
chamando-as por seu verdadeiro nome". 
A frente está associada a receber e assimilar, assim como à questão de assumir responsabilidade pela satis-
fação das próprias necessidades (aprender a falar em alto e em bom som). O chakra das costas está associ-
ado ao senso de identidade da pessoa no ambiente social, sua profissão, seu desejo de ter êxito no plano 
material. Sua cor é o azul celeste e tem sintonia com a nota musical "sol". Esse chakra também está rela-
cionado com os sentidos de audição, olfato e paladar. 
O chakra da garganta ancora o molde etérico (aspecto físico) que corresponde à quinta camada áurica. O 
molde etérico é o molde que dá forma à camada etérica - que é o molde do corpo físico. É a matriz do 
corpo etérico e em geral se estende de 30 a 45 cm do corpo físico. É o nível em que o som cria a matéria. 
Pode haver cura nessa camada com o uso do som. Para os homens, uma voz mais grave em geral significa 
chakras e campos energéticos inferiores mais saudáveis. 
 
6. O CHAKRA DA SOBRANCELH A 
Também chamado de ajna ou "terceiro olho". É o órgão da visão num plano psíquico ou etérico e sua vi-
bração pode ser elevada a um ponto em que as auras, formas e seres etéricos podem ser vistos. Corres-
ponde à capacidade mental de "ver" em contraposição à sabedoria. Esse chakra é a sede da clarividência. 
Conecta o corpo emocional superior com sua experiência de amor celestial e abarca toda a vida, sabe que 
todos os seres vivos são preciosas manifestações de Deus. Quando está completamente ativado, conse-
guimos "ver" com esse olho espiritual e não só com os olhos físicos. 
Também está associado à verdade, consagração, dedicação, concentração e visão interior. É o local da 
manifestação da luz divina, que só é visível ao olho espiritual. A capacidade de projetar pensamentos e i-
déias e criar a realidade entra em cena através do centro "executivo" da nuca. A capacidadede criar idéias 
por meio da visão está na frente. A capacidade de transformar essas idéias em realidade está nas costas. A 
cor desse chakra é o anil e sua nota musical é "lá". 
A sexta camada áurica, ou corpo celestial, ancora-se nesse chakra. Esse é nosso corpo emocional superior 
ou nível emocional do plano espiritual e, em geral, estende-se a cerca de 53 cm do corpo humano. É atra-
vés desse plano que sentimos o êxtase espiritual: um ponto de ser e de ligação com Tudo Quanto Existe. 
O amor incondicional flui quando o chakra celestial e o chakra cardíaco trocam energia sem nenhum tipo 
de obstáculo, resultando num corpo de luz cintilante com cores pastéis e um fulgor opaco pratea-
do/dourado. É composto de luz que se irradia do corpo. 
 
7. O CHAKRA DA COROA 
Como o centro que governa a faculdade da sabedoria e da compreensão, o chakra da coroa permite a a-
preensão da verdade espiritual num nível geralmente inacessível ao homem enquanto este se encontra em 
sua encarnação física. Está ligado à sétima camada áurica, o corpo mental superior, o "saber" e a integra-
 
 
 
7
3
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
73 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
ção de nossa constituição espiritual e física. É a fonte da sabedoria universal, da compreensão e da ilumi-
nação. Quando ativado, perrnite-nos ir além do mundo físico e cria uma sensação de inteireza, paz e con-
fiança, além da impressão de que a vida tem sentido. 
Sua cor é o violeta ou luz branca pura e sua nota musical é o "si". O chakra da coroa introduz as energias 
superiores e conecta essa energia por meio dos outros chakras com a base e depois com a terra. Tem a 
forma de um cone, como todos os outros mas, como o chakra da base, é vertical. Está virado para cima, 
como um triângulo invertido de pé sobre a ponta. Os outros chakras são como triângulos horizontais que 
se conectam no centro com um “X”. 
A sétima camada áurica é o molde cetérico ou causal e, em geral, estende-se de 75 cm a 1 m do corpo. É 
onde sabemos que constituímos uma unidade com toda a criação. Tem a forma de um ovo e contém to-
dos os corpos áuricos da encarnação corrente em que o indivíduo se encontra. 
É visto como fios minúsculos de luz dourada, uma estrutura semelhante a uma rede que vibra com uma 
freqüência muito alta. Esse molde dourado contém a principal corrente de energia que sobe e desce pela 
espinha vertebral. Também é a principal corrente de energia que alimenta o corpo e contém faixas de vi-
das passadas. A faixa que se encontra perto da área do pescoço/cabeça contém a vida passada que esta-
mos tentando purificar nas circunstâncias da vida presente. Para mais informações sobre esse tópico, con-
sulte o livro de Barbara Ann Brennan intitulado "Mãos de Luz". 
A espinha é a principal corrente de energia vertical. É nosso canal central de luz. Os nervos da espinha 
têm contato direto com diferentes partes do corpo e, por 
isso, os transtornos do corpo afetam a espinha. Purifica-
dos e completamente ativados, os chakras permitem a pas-
sagem de energia pura pela coluna e pelo corpo e, em con-
seqüência, há saúde e vitalidade no veículo físico. (...) 
Muitas pessoas estão trabalhando agora com o chakra do timo, 
situado entre o coração e a garganta. Quando ativado, permite 
que a expressão verbal feita com amor crie harmonia e equilí-
brio. Sua cor é magenta. Também temos chakras superiores lo-
calizados em faixas energéticas mais refinadas, dentro e em vol-
ta do corpo. 
 
 
 
7
4
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
74 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
11. YOGA 
BASE DO YOGA 
O yoga é a união de duas coisas que nunca estão separadas fundamentalmente: a Consciência da Unidade 
que é o tecido essencial da realidade e o Eu individual que geralmente se percebe como separado. 
Esta unificação do ser geralmente é descrita como a alma individual juntando-se com a alma universal ou 
Eu verdadeiro. O processo de retornar a unidade e descobrir nossa natureza verdadeira começa com a a-
ceitação e integração de todas as partes do nosso ser, incluindo: a física, a energética, a emocional, psico-
lógica e a espiritual. 
Através do processo do Yoga, cada aspecto do eu é integrado em uma experiência de inteireza, momento 
a momento. Isso se vê na raiz da palavra Yoga que deriva do verbo sânscrito "ÿuj" e significa ligar ou unir. 
Unir o Eu individual ao Eu cósmico e unificar os aspectos fragmentados do seu próprio ser em um inteiro 
centrado. Abandonar a ilusão da separação e integrar todos os aspectos de nós mesmos na fonte do ser é 
YOGA. 
Quando se fala "Yoga", lembra-se logo da cultura física, da prática das posturas, mas na realidade Yoga 
vai bem além disso, como veremos a seguir... 
HISTÓRICO DO YOGA 
Enquanto o Ocidente desenvolveu a tecnologia para a exploração do mundo material, a Índia desenvol-
veu a tecnologia para a exploração do mundo interior. Com a evolução da tecnologia no ocidente, esta 
exploração apropriou-se do coração e da alma da cultura. 
Milhares de anos se passaram nessa pesquisa, refinamento e desenvolvimento. Algumas das primeiras raí-
zes do Yoga podem ser vistas nos lacres de argila da civilização do Vale Hindu que se desenvolveu há 
mais de 5.000 anos. Esses lacres mostram seres sentados em posturas de meditação. Alguns historiadores 
acreditam que essa civilização foi destruída por invasores Arianos da Rússia que colonizaram o norte da 
Índia A religião Védica desses imigrantes foi influenciada tanto pela civilização Hindu quanto pela civili-
zação dos habitantes aborígenes do subcontinente que falavam línguas Dravidianas. A religião Védica se 
concentrava no desempenho correto dos ritos, rituais e sacrifícios. Mesmo entre os Vedas, porém, pode-
mos perceber influências de yoga que se concentra na experiência mística pessoal. A religião Védica foi 
controlada pelos Brâmanes, os sacerdotes que mantinham uma estrutura social rígida centrada no sistema 
de castas. Mesmo entre os primeiros colonizadores Arianos havia grupos que rejeitavam a ortodoxia e se 
reuniam em comunidades espirituais para se dedicarem à prática espiritual. Esses foram os ancestrais dos 
yogues de hoje. 
A) A primeira partida organizada em larga escala dos cultos de sacrifício dos Vedas pode ser vista nos 
Upanishads que começaram a ser escritos em 800 a.C. Eles introduziram alguns dos temas básicos do 
yoga tais como: yoga como meio de se atingir a união com o divino; karma como a base da ação e renas-
cimento, maya ou ilusão como a natureza da realidade percebida; e prática espiritual como um meio de u-
nir/integrar o eu individual com o Eu cósmico. Os Upanishads marcam a mudança do controle dos sa-
 
 
 
7
5
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
75 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
cerdotes sobre os rituais e sacrifícios para a busca pessoal da realização espiritual. A ênfase sobre a autore-
alização é chamada Vedanta, ou o final dos vedas. A frase que exemplifica os ensinamentos dos Upani-
shads é "você é isso". Nós somos o espírito universal que irradia em tudo e é o solo essencial de toda a e-
xistência. 
B) A outra grande mudança em relação à tradição dos Vedas e da autoridade dos Brâmanes foi a ascensão 
do Budismo, que começou no século V a.C. O Buda enfatizou a busca pela verdade definitiva ou realida-
de definitiva como um processo científico que cada indivíduo deve empreender. A natureza definitiva da 
realidade segundo o Buda transcende todos os conceitos, até mesmo o do eu cósmico transcendental. 
 C) No Bhagavad Gita (A Canção do Senhor), um dos primeiros trabalhos sobre yoga desde o terceiro 
século a.C., o Yoga assume uma face humana, o texto descreve o diálogo entre Krishna (a suprema per-
sonificação da Divindade) e Arjuna seu amigo e devoto. O texto traz um profundo significado da natureza 
do absoluto e aão apresentadosos caminhos da devoção (Bhakti Yoga), da ação (Karma Yoga) e do co-
nhecimento (Jnana Yoga). O yogue aqui é mostrado como participante do mundo, porém não apegado a 
ele. 
 D) Os elementos mais importantes do que o yoga havia se tornado foram organizados e codificados nos 
Yoga Sutras de Patanjali, no II séc d.C. Os elementos desse sistema permaneceram como fundamento 
importante dos muitos textos de yoga que se seguiram. Sua filosofia dualística, entretanto, não foi ampla-
mente aceita. Segundo Patanjali, natureza e espírito eram separados e o objetivo do yoga era ascender a-
cima da natureza (prakriti) para o reino do espírito (purusha). 
E) O yoga dos Upanishads era não dual, significando que o homem, a natureza e o espírito são todos as-
pectos do Divino. Os Upanishads do Yoga formam uma ponte desde a época do yoga clássico de Patanja-
li até o advento do Tantrismo no séc. VII. Eles codificam a maior parte dos princípios da psico-tecnologia 
que seria integrada no Hatha Yoga. Os elementos são: o poder místico do som, especialmente do man-
tra OM; o poder do pranayama (através de respirações específicas) e os bandhas; a experiência interior 
da luminosidade. A tecnologia da Kundalini Yoga, incluindo os chakras e os nadis; o uso do yoga para 
atravessar bloqueios psico-emocionais-energéticos do corpo e o uso do yoga para descobrir os potenciais 
ocultos do corpo, incluindo o potencial de cura. 
 F) Tantra significa continuidade ou teia e é definido como uma filosofia de continuidade ou igualdade 
entre o mundo espiritual e nossa realidade diária. A espiritualidade, portanto, não é uma questão de deixar 
o mundo ou o corpo, mas de integrar todos os aspectos da vida, inclusive a sexualidade, com a Realidade. 
O tantrismo reincorpora o princípio feminino da devoção à mãe Divina, que havia sido parcialmente o-
fuscado pelos deuses paternais dos Arianos. Quando as polaridades entre Shiva-Shakti, masculino-
feminino, corpo-mente se equilibram, é que a Realidade é experimentada. 
No Brasil quem introduziu o Yoga sob uma conotação mística e em trabalho de mosteiro foi Sri Sevanan-
da Swami. O primeiro a introduzir o Yoga como trabalho de Academia foi Caio Miranda, que fundou 
muitos institutos de Yoga em diversas cidades e preparou dezenas de professores, foi também o primeiro 
autor brasileiro sobre Yoga. 
Na década de 60, é que começaram a surgir novos professores; como Profº Hermógenes e Profº Shimada. 
 
 
 
 
7
6
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
76 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
TIPOS DE YOGA 
Tradicionalmente existem 4 tipos de Yoga, todas as outras linhas vieram derivam dessas tradicionais. 
1-JNANA YOGA : é o Yoga da autorealização através da sabedoria intuitiva direta. Ela é não dual, ou se-
ja, o divino não é separado do eu. O caminho espiritual se centra na descoberta do que já é presente. É o 
Yoga do entendimento, do conhecimento, também conhecido como o Yoga da ciência da natureza. O 
método, ou sadhana da Jnana é talvez o mais difícil de seguir, pois trata das condições intelectuais, psíqui-
cas e éticas. As qualificações indispensáveis para seguir esse caminho são: Viveka, a capacidade de discer-
nir entre o real e o irreal, entre o eterno e o transitório e Vairagia, desapego por tudo que é transitório e 
irreal. Além das qualificações, existem ainda as 6 virtudes para seguir nesse caminho do Jnana Yoga: Sama 
(tranqüilidade); Dama (autocontrole); Uparati (contentamento); Titiksha (resistência); Samadhana (conten-
tação) e Mumukshutva (libertação). 
2-BHAKTI YOGA : É o Yoga do Amor! É o amor ao Divino. É o Yoga da devoção. Essa linha se ba-
seia em entoar mantras, oferendas, pujas e devoção aos deuses, ao Guru, às imagens, etc. É ainda a ex-
pressão e o desabrochar do amor em todos os relacionamentos. É colocar o amor na base de todas as su-
as escolhas sem deixar que o Ego e a sua individualidade estejam à frente. 
3-KARMA YOGA : É o Yoga da Ação! É o reconhecimento de que TODAS AS AÇÕES pertencem ao 
Supremo, ao Divino, e que nós seres humanos somos apenas veículos dessa força superior. É uma ação 
desinteressada. No Bhagavad Gita encontramos a seguinte síntese sobre o Karma Yoga: “Sem apego. 
Cumpre sempre o trabalho que deve ser feito, pois fazendo seu trabalho o homem atinge o supremo”. A 
prática dessa linha conduz ao desapego em relação aos resultados das ações, dando importância realmente 
às AÇÕES . É o yoga da ação habilidosa. Nossa natureza essencial é agir, mas que nós devemos agir em 
benefício de outros, sem nos apegarmos aos frutos de nossa ação. O Karma Yoga verdadeiro acontece 
quando a ação simplesmente se realiza sem um “EU” que a realiza. 
4-RAJA YOGA : Yoga Real, essa é a tradução de Raja Yoga! Une as 3 primeiras linhas num método pe-
dagógico, englobando a mente (Jnana), coração (Bakthi) e a ação inegoística (Karma). É a União do pen-
sar racional, com o pensar emocional, agindo da maneira correta para consigo e para com os outros ao seu 
redor, e sendo um veículo do Divino, seguindo seu Dharma, sua missão. Essa prática conduz a uma vida 
equilibrada e harmoniosa! Pois Yoga é a União e essa união da mente, coração e ação é o Raja Yoga. A 
consciência origina o pensamento, e esse por sua vez, gera a ação! Então toda mudança requer uma ação, 
que antes foi pensada. Isso é o Raja Yoga. 
Por volta do século II a.C. Maharishi Patanjali compilou os Sutras (que significa “fios condutores”), ou se-
ja, os Yoga Sutras, conhecidos até hoje por todos apreciadores e estudiosos do Yoga. Através do Sistema 
Clássico do Yoga, codificado por Patanjali, conhecido como “Ashtanga Yoga” (Oito passos do Yoga) ele 
nos fornece o caminho que a seguir para alcançar o Samadhi, a experiência integral para que possamos 
chegar à União. Ele divide esses oito passos da seguinte maneira: 
 
 
 
 
7
7
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
77 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
Bem-estar social: YAMAS E NYAMAS 
1. YAMAS as disciplinas para com o mundo externo (conceitos éticos): 
Ahimsa = não violência, não matar; 
Satya = a verdade, não mentir; 
Asteya = não roubar, não se apropriar indevidamente; 
Brahmacharya = controle dos estímulos sexuais; 
Aparigraha = não ganância, o desapego, ausência de cobiça. 
 
2. NYAMAS as disciplinas para conosco mesmos (conceitos éticos): 
Saucha = purificação: física, sutil, mental; pureza; 
Santosha = contentamento; 
Tapas = austeridade, prática, autodisciplina; 
Swadhyaya = estudo dos textos espirituais; auto-estudo; 
Ishvara Pranidhana = auto-entrega; devoção, 
 Bem-estar físico: 
3. ÁSANAS (posturas) 
4. PRANAYAMAS (controle do prana vital) 
5. PRATHYAHARA (abstração e interiorização dos sentidos) 
Bem-estar mental: 
6. DHARANA (concentração) 
7. DHYANA (meditação) 
8. SAMADHY (estado de União com o Todo) 
 
Praticar Yoga é praticar todos esses passos no dia-a-dia e mesmo na prática dos Ásanas, esses oito passos 
fornecidos por Patanjali são constantemente enfatizados. Por isso, ele enfatiza em seus Sutras que a cada 
postura, o praticante deve conquistar “conforto e estabilidade”, a tradução literal de asana é “assento”, 
sempre respeitando seus limites (sugerindo assim, Ahimsa, que é a não violência consigo mesmo, Satya, a 
Verdade para consigo mesmo, em primeiro lugar, e Santosha, atingir o contentamento, a plenitude). 
Lembrando-nos mais uma vez: “Yogash Citta-Vritti-nirodhah”, Yoga é a cessação os turbilhões da men-
te”. (Yoga Sutra 1.2) 
 
Existem outras divisões do Yoga encontradas em literaturas, em que enumera-se até 7 linhas diferentes de 
Yoga, sendo as outras 3: 
- MANTRA YOGA - uma linha que veio do Bakthi Yoga, é o Yoga do som sagrado. O universo se ori-
ginou no som OM, segundo a tradição Hindu e está em estado de constante vibração. Através do canto 
sagrado a mente se afina com a Consciência Universal. A recitação do mantra,geralmente com o auxílio 
do Mala (espécie de colar de contas), é chamada de Japa. 
 
 
 
7
8
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
78 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
- TANTRA é considerado uma linha do Raja Yoga 
- HATHA YOGA - é uma linha que veio do Tantra Yoga, é uma ramificação do Tantristmo e teve ori-
gem na última metade do primeiro milênio d.C. Gorakshanatta escreveu as duas obras em sânscrito que 
originaram o Hatha Yoga, chamadas Hatha Yoga e Gorasha Samhitá. Seu mestre foi Matsyendranath, um 
dos 84 Siddhas (seres perfeitos). 
O Hatha Yoga é a linha que trabalha a compreensão de si mesmo através do corpo físico, e para que o 
corpo físico não seja um obstáculo para a evolução e iluminação do ser humano. Inclui asanas e pranaya-
mas, que são vistos tanto como método da cultura física, uma passagem para a meditação, e talvez o mais 
importante, um veículo experimental para o entendimento de que a iluminação vem do corpo e através 
dele. 
É o tipo de Yoga mais conhecido e difundido no ocidente por ser um Yoga vigoroso, de natureza princi-
palmente física, que tem como base principal o uso de asanas, mudras e bandhas, bem como exercícios de 
respiração (pranayama) para preparar o corpo e desobstruir o sistema nervoso. Seus objetivos estão rela-
cionados com o bem-estar físico e a saúde, beneficiando todo o sistema biológico, visando um desenvol-
vimento harmônico do corpo-mente e alma. 
A palavra Hatha significa a união entre “Ha” e “Tha”, isto é, o Sol e a Lua. Uma das forças vitais, o prana, 
é conhecido pelo nome do Sol, e outra das forças vitais, apana pelo nome da Lua. Em tal sentido, Hatha-
Yoga expressa a união do Prana com o Apana. Isso possibilita adquirir um controle sobre si mesmo, per-
feita concentração mental e desenvolvimento das potencialidades físicas e psíquicas. Numa etapa avança-
da, a prática de Hatha Yoga leva ao Raja-Yoga e ajuda o praticante a entrar em comunhão consciente com 
o divino, mediante o Samadhi, a desligar-se do domínio das forças da natureza (gunas), e alcançar Kaivalya, 
ou liberação. 
Os diferentes estilos de yoga mais conhecidos atualmente, são variações do Hatha Yoga. 
Assim como a ginástica se baseia no movimento, o Hatha Yoga se baseia na postura ou asana. 
O que se consegue não é só resistência cardio-respiratória, mas também, força e movimento energético 
dos chakras que participam com os músculos atuantes. 
O objetivo destes exercícios ou posturas é conseguir o desbloqueio energético, liberando o peso ou tensão 
nos setores específicos, permitindo que a energia (o prana) flua, e em conseqüência se produza um bem-
estar psico-fisíco-emocional. 
 
Agradecemos a colaboração de Adriana Vieira, instrutora de Yoga, jornalista e tradutora. 
 
 
 
 
7
9
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
79 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
TREINAMENTO COGNITIVO CONDUTUAL PARA O 
RELAXAMENTO 
O modelo transacional do estresse nasceu como fruto daqueles psicólogos orientados para a pesquisa, 
tanto que a terapia cognitiva-condutual cresceu fora da clínica, estavam fundamentalmente baseados na 
psicologia de estímulo de Pavlov (1927), Hull (1943) e Skinner (1938) e se centralizava na modificação do 
comportamento manifestado através da aplicação do condicionamento clássico e operante. Por exemplo: 
um terapeuta tentaria alterar objetivamente as contingências de reforço adaptativo, igualar exercícios de 
relaxamento com estímulos fóbicos e além disso. Depois de recentemente (em Bandura 1969) os terapeu-
tas cognitivo-condutuais terem centrado nas cognições intermediárias como, por exemplo, as expectativas, 
as crenças. 
Teoricamente, o condicionamento clássico já não se vê como um reflexo básico automático, mas que se 
acredita que as respostas condicionadas estão autoativadas na base a cognições aprendidas. 
De forma semelhante, o reforço não é tanto um reforçador automático do comportamento, mas uma fon-
te de informação e um incentivo que regula o comportamento. 
Um processo cognitivo é a forma em que cada um, assimila a informação. Os pesquisadores sobre o es-
tresse se centralizam no âmbito de como as pessoas procuram a informação seletivamente, presta-lhe a-
tenção e a lembra. 
Por outro lado, os clínicos cognitivos-condutuais apresentaram diferentes processos reestruturais cogniti-
vos, por exemplo, explorar e aprovar a utilidade e veracidade de crenças, valores e compromissos não a-
daptativos. 
Nosso modelo começa com a seguinte hipótese geral: 
Existem três processos cognitivos básicos para o relaxamento: 
a) Enfoque a habilidade de identificar, diferenciar, manter e reorientar a atenção a estímulos simples 
durante um período extenso. 
b) Passividade a habilidade de parar uma atividade desnecessária dirigida a um objeto e uma ativida-
de analítica. 
c) Receptividade a habilidade de tolerar e aceitar experiências que possam ser incertas, pouco famili-
ares e ou paradoxais. 
ESTRUTURAS COGNITIVAS 
As estruturas cognitivas são as crenças, valores e compromissos que subjacente ao pensamento e a fala 
dos atos. 
Representam nossas idéias duradouras, relacionadas com o que é real e importante, assim como também 
nossas escolhas relacionadas com vários caminhos de ação. 
As estruturas servem para ajudar-nos a identificar, categorizar e interpretar rapidamente os estímulos, 
completar a informação, resolver um problema e alcançar um objetivo (Harkus 1977). Além disso, defi-
nem a profundidade, a amplitude do relaxamento. Contudo, as estruturas são estruturas hipotéticas e não 
podem olhar-se. Exercem grande parte de sua influência e recebem grande apoio do pensamento afirma-
tivo, fala e ação. 
 
 
 
8
0
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
80 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
CICLO COGNITIVO REEST RUTURANTE 
À medida que processa o relaxamento se vai estabelecendo crenças, valores e compromissos cada vez 
mais abstratos e diferenciados que conduzem ao relaxamento. 
Supõe-se que a reestruturação cognitiva é uma parte central de relaxamento. Para compreender primeiro 
como acontece isso, precisamos considerar primeiro como se renuncia as estruturas convergentes que a-
póiam o enfoque, a passividade e a receptividade. Este processo de reestruturação começa quando alguém 
articula ou identifica e encontra etiquetas (palavras ou imagens) para uma experiência de tensão ou rela-
xamento. Ex: Reestruturação divergente – um estudante de Yoga tem dificuldades, dada que uma grande 
quantidade de pensamentos interrompem sua sessão de práticas. Ex: Querer tomar chá ou um sanduíche. 
Com o tempo, este estudante progride até o ponto de poder completar e desfrutar de cada sessão de prá-
ticas. Suas auto-afirmações, agora afirmam estruturas que se dirigem mais para o relaxamento. 
Ainda sentem o impulso de tomar chá, ou um sanduíche. Contudo, também posso sentir que sou capaz 
de refreá-lo até terminar a sessão dado que é importante seguir mais prático. 
Contudo, outras distrações que não estão incluídas dentro do impulso de comer, podem emergir, inter-
romper o aprofundamento do relaxamento e provocar uma fase divergente do ciclo de relaxamento. 
REESTRUTURAÇÃO CONVER GENTE 
Temos visto de uma diminuição da atividade e um incremento do enfoque, passividade e receptividade 
pode associar-se com diversas experiências positivas ou “melhoras” do relaxamento. 
Tais experiências podem servir para reforçar a prática consistente, o emprego das habilidades do relaxa-
mento e o desenvolvimento de estruturas de apoio. Em termos cognitivos condutuais, os reforços contri-
buem a que a pessoa avalie-a: 
a) As fórmulas autogênicas iniciais e hipnose de calor-peso, atenção as sensações musculares associ-
adas com o relaxamento, relaxamento por lembrança. 
b) Fórmulas autogênicas Zen. 
c) Início da visualização autogênica hipnótica (formas simples,objetos cotidianos, cenário). 
d) Visualização autogênciaca – hipnótica avançada (técnicas de conselheiro interno, respostas do in-
consciente) diversos exercícios de criatividade, o enfoque de Gendlin. 
e) Meditação concentrada (método de Benson, meditação clinicamente padrão. Conta Zen da 
respiração). 
f) Zen = simplesmente estar sentado. Examinando a forma e o conteúdo das instruções prototípi-
cas ou representativas de cada nível, podemos ver um padrão de termos das quatro dimensões de 
nosso modelo cognitivo-condutual, enfoque-passividade, receptividade e abstração, diferenciação 
da estrutura. Primeiro, os exercícios de relaxamento parecem ser bem físicos ou mentais. Além 
disso, os exercícios mentais podem dividir-se entre aqueles que incorporam uma tarefa não res-
tringida ou restringida focal, as tarefas autogênicas e de visualização permitem uma considerável 
margem no que se refere a como cada um presta atenção ao calor e peso ou imagens da fantasia 
enquanto que os enfoques meditativos prescrevem um estímulo focal restringido. 
 
 
 
 
8
1
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
81 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
VISUALIZAÇÃO SOMÁTICA 
Enquanto que o enfoque somático se orienta as necessidades fisiológicas, a visualização temática mental. 
A pessoa se centra numa fantasia relativamente pouco restrita ou numa fantasia diurna sobre um tópico 
ou um tema relaxante como se ilustra alguns exemplos mais abaixo (Smith 1989). 
E agora pergunta a si mesmo silenciosamente: 
1) Que cenário ou entorno é mais relaxante para mim neste momento? (Pausa 10 segundos) 
2) Talvez queira imaginar uma praia tranqüila ou uma planície coberta com relva, ou um frio do pico de 
uma montanha ou um pacífico reservatório. (Pause 10 segundos). 
3) Qualquer que seja o cenário ou o entorno mais relaxante para ti deixa que venha a ti de qualquer dos 
modos que desejasse. (Pause 10 segundos). 
4) Deixa que o cenário se faça tão vivida e real como seja possível (Pausa 10 segundos). 
5) Como é? (Pausa 10 segundos). 
6) Podes ver o céu? (Pausa 10 segundos). 
7) Podes sentir o vento que roça tua pele? (Pausa 10 segundos). 
8) Podes cheirar o ar suave, frio? (Pausa 10 segundos). 
Compromete todos teus sentidos. 
Tanto o enfoque somático como a engenharia temática são métodos pouco restritivos e muito passivos. 
No entanto, é difícil por um exemplo no que a visualização seja mais ou menos enfocada - passiva ou re-
ceptiva que o enfoque somático. 
É verdade que muitas pessoas têm dificuldades para visualizar, mas outras a encontram bastante fácil. A 
justificação para classificar a visualização temática depois do enfoque está em sua capacidade para manter 
estruturas de relaxamento abstratos e diferenciados. 
HIPNOSE NÃO AUTORITÁR IA 
Uma indução e típica não autoritária (Wolberg 1948) começa com uma repetição mecânica e monótona, 
indicando sonolência e relaxamento, ao mesmo tempo em que dirige a atenção a um estímulo restringido 
ou a um conjunto de sensações. À medida que o sujeito começa a relaxar, podem acontecer certas mu-
danças fisiológicas, algumas associadas com o relaxamento (espasmos musculares espontâneos) e outros 
associados com o fato de manter continuamente a atenção (olhar triste). Isto pode interpretar ou indicar o 
sujeito como os sinais iniciais do transe do hipnotizado. Depois de algumas indicações desenhadas para 
que o sujeito aprofunde na sonolência e relaxamento, se apresenta uma série graduada de tarefas hipnóti-
cas, cada uma das quais requer e contribui a um grau maior de sensibilidade hipnótica (tuas pálpebras são 
tão pesadas que não podem abrir-se... teus braços e tuas pernas são tão pesadas que não as podes levan-
tar... as mãos estão fechadas tão forte que não as podem abrir...) 
Finalmente, o sujeito está preparado para indicações hipnóticas padronizadas tais como: a paralisia das 
mãos, regressão de idade, alucinações e sugestão pós-hipnótica. 
Método de Lamace e os exercícios de respiração. 
 
 
 
8
2
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
82 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
Ainda que a respiração jogue um papel importante em quase todos os sistemas de relaxamento utilizados 
pelos profissionais da saúde, não surgiu por si só como um método destacado, nem despertou demasiado 
interesse no campo da pesquisa. Contudo o método popular Lamace para o parto se baseia sobre tudo na 
manipulação da respiração. 
As técnicas de Lamace se desenvolvem a partir da última parte do século XVIII, na Rússia e Europa, na 
tentativa de reduzir a dor do parto através da hipnose. Contudo, logo se troque a hipnose por procedi-
mentos derivados de três idéias plavlovianas (Wideman e Singer 1984). 
1º) A dor do parto é em grande parte o resultado do condicionamento clássico. 
2º) A prática dos exercícios de relaxamento durante o parto acredita um pouco de ativação cerebral tão 
forte que inibe a resposta de outras áreas do córtex diante o estímulo da dor. 
3º) Os estímulos verbais podem ser condicionados como inibidores da dor. 
Para dizer de forma mais simples quando as ordens cerebrais e as contrações uterinas se igualam com e-
xercícios de relaxamento, com o tempo, estas são suficientes, para evocar processos inibitórios, redutores 
da dor do córtex. Nota-se que este é essencialmente o mesmo processo utilizado por Wolpe (1958) para 
tratar fobias. A diferença fundamental é que Wolpe utilizava o relaxamento progressivo em vez da respi-
ração como inibidor recíproco. 
A maioria das aulas de Lamace incluía o aprendizado da anatomia e fisiologia da gestação e o parto, técni-
cas de respiração, relaxamento progressivo, diversificação da atenção (enfocar-se em chupar uma bala du-
ra, prestar atenção a uma mancha na parede, etc.), concentra-se em palavras relaxantes ou frases enquanto 
se pratica o relaxamento e treinamento no seguimento de uma tarefa (Wiedeman e Singer 1984). Os exer-
cícios de relaxamento consistem em utilizar a respiração rápida durante a Segunda etapa do parto e ofegar 
durante o parto. Treina-se as mulheres a que mantenham um nível equilibrado de dióxido de carbono e 
oxigênio através do controle da respiração. Ensinam-se exercícios especiais adicionais de respiração em 
cada etapa. 
PROTOCOLO BÁSICO 
Normas para a realização de um guia de relaxamento: 
Para estabelecer um programa de relaxamento, realizar um guia detalhado de instruções para os exercícios. 
Com uma idéia unificadora, reunindo nele vários modelos de relaxamento para ser apropriados a cada si-
tuação. 
EXEMPLO DE UM RELAXAM ENTO PARA GESTANTE : 
Relaxemos profundamente com pernas e braços bem abertos. Procuremos uma posição confortável para 
as costas, os ombros, o pescoço e a cabeça. Soltemos parte por parte o nosso corpo, começando pelos 
pés: volte a sua atenção para parte por parte, músculo por músculo, acompanhando pacientemente os ar-
telhos, tornozelos, pernas, joelhos, coxas, quadris, musculatura do abdômen, órgãos do abdômen, múscu-
los do tórax e órgãos do tórax, musculatura das costas e cada vértebra da nossa coluna. Soltando o pesco-
ço, o queixo, a boca, o rosto, os olhos, as sobrancelhas, a testa, o couro cabeludo e as orelhas. Descontra-
indo os ombros, braços, antebraços, mão e dedos. Todo o nosso corpo se descontrai, primeiro parte por 
parte e depois todo ele de uma só vez. Visualizemos então uma pluma. Sopremos esta pluma e perceba-
mos o movimento tão leve da pluma, procurando identificar-nos com ela, fazendo com que aos poucos 
nosso corpo se torne tão leve como pluma. Durante algum tempo vamos permanecer nesse estado de le-
 
 
 
8
3
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
83 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
veza, momentos agradáveis que devemos prolongar ao máximo. Nesse estado de receptividade, estamos 
muito sensíveis a assimilar pensamentos positivos de saúde,harmonia e sucesso. Portanto, nossa mente 
desenvolve uma grande força para obter todos os efeitos benéficos e resultados favoráveis. Desde já, de-
terminamos ao nosso corpo que aperfeiçoe todas as condições adequadas a um parto rápido e feliz. Nos-
so psiquismo, sistema nervoso, circulação sangüínea, músculos e articulações estão se preparando gradu-
almente para uma boa dilatação pélvica quando for chegado o momento; e criando condições para um 
trabalho de parto descontraído e com muito bem-estar. Deixemos ao nosso inconsciente a incumbência 
de incorporar esses pensamentos às células do nosso corpo para que tornem tudo isso uma realidade neu-
rovegetativa. Quando despertamos deste estado de relaxamento, acordaremos com muita alegria, bem-
estar, descontração, saúde e uma enorme disposição para sorrir, viver, amar e trabalhar. Teremos assimi-
lado todas as ordens mentais para que elas produzam fruto no momento em que isso for necessário. Pre-
paremo-nos para despertar. Para retornar ao nosso corpo, vamos ouvir melhor os sons em torno, mover a 
língua sentindo o gosto, movimentando os dedos e sentindo o tato das mãos, inspirando e sentindo o per-
fume do ar, esticando os braços acima da cabeça até o chão lá atrás, abrindo os olhos, espreguiçando, sor-
rindo e sentando. 
Aqui se fez uma breve resenha de diferentes modos de relaxamento. 
Sob na prática se poderá comprovar a eficácia da teoria e realizar os ajustes pertinentes que surjam em 
nossa tarefa. 
 
 
 
8
4
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
84 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
12. MEDITAÇÃO 
A meditação é uma prática destinada a aquietar a turbulência, exterior e interior, de nossa vida, e a criar 
harmonia entre o indivíduo e seu meio social, espiritual e até metafísico. Oferece calma, compreensão, li-
berdade e tranqüilidade. 
Vivemos em dois mundos. Um deles é bem evidente: olha ao teu redor e o enxerga algo conhecido, fami-
liar. Podes dar nomes as coisas, quanto custam, a quem pertencem, quanto duram, etc. Mas existe outro 
mundo, por momentos vividos, cuja descrição e compreensão é muito mais fácil. Um mundo interior de 
pensamentos e emoções, de imaginação e sonhos, que contem um “eu” incorpóreo que nunca vemos em 
realidade, mas que parece capaz de olhar e observar tanto o mundo exterior como o interior. 
O ponto de partida da meditação é a concentração em um estímulo em particular com exclusão de todos 
os demais. 
Mas afinal, o que é realmente MEDITAÇÃO? Aqui nos enfrentamos com um modo peculiar do ocidente 
de “explicar” as coisas, tentando aprisionar a essência daquilo do que estamos falando. Vejamos: 
O que é a água? Dizemos que é um líquido incolor e inodoro essencial para a vida. Continuamos um pou-
co mais, dizemos que é uma substância química composta de duas partes de hidrogênio e uma de oxigê-
nio. Isto é útil para um químico, mas o que é verdadeiramente a água? Pega um pouco de água e salpica 
sobre o rosto, bebe-a. Essa experiência dos sentidos: visão, tato, sabor e todo o corpo, isso é água. A mai-
or parte de nosso corpo é composta de água. Assim percebemos de que a definição de um líquido incolor 
e inodoro não tem de sentido. 
O que é o ar? Dizemos que é um gás, composto de oxigênio e outros gases. Continuamos, move a mão 
para trás e para frente no espaço sentindo o ar contra a pele. Enche os pulmões e concentra-se na sensa-
ção de entrada de ar pelo nariz e nos pulmões. De novo podemos dizer que o sangue está cheio de oxigê-
nio, isso é ar. 
Somos um corpo cheio de ar. 
Assim podemos continuar os demais elementos, fogo e terra. Portanto, uma definição é um fragmento de 
informação para o seu propósito limitado, mas inútil se a tomamos pela coisa em si. 
O primeiro passo em qualquer prática de meditação, é a concentração. A concentração pode ser em qual-
quer coisa, de preferência em uma coisa simples como a própria respiração. A respiração é simples, rítmi-
ca e regular. Portanto é um bom ponto de concentração. Concentrar-se na respiração, sem desviar a men-
te, expectativas ou metas elevadas nos conduz a um estado de tranqüilidade. 
Para certas pessoas, a tranqüilidade obtida durante a meditação, já é um fim em si mesmo. Mas existe ou-
tra etapa na meditação: a da visão interior, na qual se começa a descobrir a resposta para a pergunta: 
Quem eu sou? 
Resumindo podemos dizer que a meditação é: 
a) Atenção 
b) Concentração mental 
c) Tranqüilidade mental 
d) Visão interior 
 
 
 
8
5
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
85 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
13. FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO 
A respiração é a função mais importante do corpo, porque dela dependem, indubitavelmente, todas as 
demais. A vida depende, em absoluto, do ato de respirar. 
Existe a respiração pulmonar, isto é, o intercâmbio de gases que tem lugar nos alvéolos pulmonares, e a 
respiração celular, ou seja, o processo biológico de oxidação que tem lugar nas células. 
O homem não somente depende da respiração para viver, como também em grande parte, os hábitos cor-
retos de respirar e que lhe podem dar vitalidade perfeita e imunidade contra as doenças. 
O modo de respirar de uma pessoa reflete seu modo de ser, porque é a expressão direta de sua maneira de 
viver. E educando o modo de respirar, pode-se ter uma vida saudável, sem medos, preocupações e emo-
ções inferiores. 
a) Respiração completa e sem esforço: mostra uma pessoa saudável tanto física como mentalmente, 
que tem uma atitude aberta para a vida. 
b) Respiração completa, mas com esforço: mostra uma pessoa dinâmica que fica facilmente esgota-
da, e com necessidade de auto-afirmação. 
c) Respiração superficial: mostra uma pessoa com atitudes de isolamento, de fuga dos seus medos e 
conflitos. 
d) Respiração compulsiva: gera agressividade, ansiedade, estados psíquicos neuróticos. 
A respiração é o único processo fisiológico duplamente voluntário e involuntário. 
Podemos acelerar ou diminuir o seu ritmo, torná-la mais profunda ou artificial. 
ASPECTO PSÍQUICO DA R ESPIRAÇÃO : 
Para evidenciar a natureza psíquica da respiração, basta considerar as alterações rítmicas funcionais que 
concomitantemente ocorrem com as alterações psíquicas. Na inquietude mental e emocional observa-se a 
respiração acelerada. Torna-se lenta nos estados em que nos achamos física, mental e emocionalmente 
tranqüilos. Se nos envolve um conflito entre duas tendências ou desejos antagônicos, ela se faz irregular 
ou arrítmica. Se, nos encontramos integrados, livres de contradições psíquicas, respiramos compassada-
mente. 
Reciprocamente, quando, pelos exercícios respiratórios, voluntariamente controlamos a respiração, tor-
nando-a lenta, induzimo-nos necessariamente à tranqüilidade emocional e mental. Ritmando-a, estabele-
cendo a paz entre a mente, a vontade e os impulsos antes contraditórios e opostos. 
A RESPIRAÇÃO COMO FENÔ MENO ENERGÉTICO OU V ITAL : 
Ao tratarmos do corpo energético, chegamos a ver a respiração como o meio de que ele serve a fim de 
suprir-se de energia vital. 
A energia vital serve de veículo à consciência. É a base e origem de todas as formas de energia como tam-
bém de matérias. É a energia universal. 
É especialmente pela respiração que nosso corpo energético ou bioplásmico capta a energia cósmica, para 
carregar suas baterias (centros energéticos) e fazê-lo circular pelos condutos sutis. Cada vez que inspira-
 
 
 
8
6
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
86 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
mos absorvemos energia vital, cada vez que expiramos o distribuímos pelos vários órgãos do corpo sutil, 
através de canais energéticos (condutores especiais), de certa forma uma espécie de nervos energéticos. 
Torna-se claro que, controlando voluntariamente a respiração, ritmando-a, aprofundando-a, dirigindo-a, 
polarizando-a, o homem vai obtendo acessos aseus diferentes níveis: psíquico, fisiológico, energético, 
podendo então integrá-los em seu proveito. 
O sistema respiratório consiste nos pulmões e nas vias respiratórias (fossas nasais, faringe, laringe, tra-
quéia e brônquios). O ar é introduzido nos pulmões pela ação do diafragma, músculo que separa a cavida-
de torácica da abdominal e responsável pelo enchimento e esvaziamento dos pulmões. 
A respiração pode ser classificada por: 
a) Região: baixa, média, alta e completa. 
b) Volume: superficial e profunda 
c) Freqüência: rápido, lenta, irregular e rítmica. 
d) Modo: inspiração, expiração e retenção. 
e) Polaridade: positiva ou solar, negativa ou lunar. 
As fases da respiração: 
a) Inspiração 
b) Retenção com os pulmões cheios 
c) Expiração 
d) Retenção com os pulmões vazios. 
e) Retenção com os pulmões vazios por um longo período. 
Os órgãos respiratórios consistem em: 
a) Pulmões: Órgãos esponjosos, elásticos, localizados na câmara pleural do tórax que secreta um 
fluido protetor que permite o movimento sem atritos. 
b) Vias respiratórias: 
b.1) Fossas Nasais - Filtram, umedece e aquecem o ar. 
b.2) Faringe - Corredor por onde passam também os alimentos para o estômago. 
b.3) Laringe - onde se localizam também as cordas vocais e que se unem à faringe pela glote. 
b.4) Traquéia - Tubo de 12 cm de comprimento, em continuação a laringe, dividindo-se em dois 
ramos que penetram nos pulmões, dando origem aos brônquios. 
b.5) Brônquios - Ramificações cada vez menores (bronquíolos) que preenchem todo o espaço dos 
pulmões. 
A capacidade pulmonar consiste na soma da capacidade vital e do ar residual. 
Capacidade Pulmonar 5.000cm³ 
Ar residual: 1.200cm³ 
Capacidade Vital: 3.800 cm³ 
Capacidade residual funcional: a) Ar Residual: 1,200 cm³; b) Ar de reserva: 1.600 cm³ 
Capacidade respiratória: a) Ar corrente: 600cm³; b) Ar complementar: 1.600 cm³ 
 
 
 
8
7
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
87 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
Os exercícios respiratórios de yoga vão além dos efeitos físicos, do intercâmbio gasoso dos alveólos pul-
monares, do aumento da pressão do tórax e abdômen, etc..., porque a importância capital é fazer o orga-
nismo absorver a energia vital. 
A energia vital forma um campo eletromagnético ao redor de todo ser vivo, semelhante a eletricidade, 
tendo a polaridade positiva e negativa, podendo ser acumulada, transformada e conduzida através de ca-
nais energéticos sutis. 
O canal energético da narina direita tem relação com o sistema nervoso simpático, e o da narina esquerda 
com o sistema nervoso parassimpático. 
 
 
 
 
 
8
8
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
88 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
14. YOGA NA GESTAÇÃO 
O vínculo entre pais e filhos começa bem antes do nascimento. Já na barriga da mamãe, o bebê vai ficando ca-
da vez mais ligado aos estímulos que vêm de fora. Assim, para fazer da maternidade, uma experiência maravi-
lhosa, é fundamental que a mãe (e o pai também) estabeleça desde cedo uma integração com o filho no plano 
físico, emocional e energético. O Yoga para gestantes possibilita tal vínculo. 
Alguns obstetras recomendam a prática de atividades físicas somente após o término do primeiro trimestre, 
mas a prática do Yoga na Gestação, com acompanhamento, pode ser iniciada assim que se descobre a gravidez, 
respeitando as características individuais e o tempo de gestação. 
Yoga é união, integração; união do corpo, mente, emoção e espírito. Participar do Yoga na gravidez exige uma 
espécie de “revolução” em relação ao plano energético. É como se o Yoga dissesse a futura mamãe: Detenha-
se! Faça meia volta! Redirecione a energia que estava voltada para o exterior, para o interior de si mesma. Neste 
exato momento, use toda sua energia na observação de seus próprios movimentos; e na tomada de consciência 
de cada ato seu, que todo Yoga e toda meditação tem início. 
 
BENEFÍCIOS: 
 Melhora o equilíbrio físico e emocional, 
 Ajuda na adaptação ao novo eixo de gravidade. 
 Melhora a respiração, trazendo melhor oxigenação para o bebê, 
 Fortalece e alonga a musculatura, 
 Trabalha a região peitoral, ajudando na preparação dos seios para a amamentação, 
 Ajuda na preparação para o parto (dando ênfase na região pélvica), 
 Fortalece o assoalho pélvico e o períneo, 
 Auxilia muito na postura, aliviando e sanando dores nas costas, 
 Alivia prisão de ventre e gases, 
 Ajuda no equilíbrio hormonal = mais equilíbrio emocional. 
 Melhora a circulação sanguínea e linfática, 
 Desenvolve consciência corporal, 
 É um momento especial de conexão consigo mesma e com o bebê, 
 Traz mais consciência do desenvolvimento do novo Ser, 
 Diminui a ansiedade, 
 Reduz o estresse, 
 Relaxa profundamente, 
 Autoconhecimento. 
 Porporciona uma gestação, parto e pós-parto mais saudáveis e tranqüilos. 
 
 
 
 
8
9
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
89 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
RECOMENDAÇÕES: 
 Em linhas gerais grávidas não devem fazer posturas invertidas, torções muito fortes, retenção de 
ar ou deitar-se em decúbito ventral. 
 O ideal é praticar pelo menos duas vezes por semana. Se ela não puder vir às aulas duas vezes de-
ve levar a série para praticar em casa. 
 A série deve conter entre 15 e 20 posturas. 
 Utilizar roupas confortáveis, se possível não sintéticas. 
 Tirar relógio, pulseiras e o excesso de metais para não interferir no fluxo energético. 
 Evitar tomar banho logo após a prática, pois a água pode levar os benefícios energéticos, se pos-
sível aguardar pelo menos duas horas. 
 Mantenha o ambiente silencioso ou utilize músicas tranqüilas. 
 Diminua a claridade na sala para não atrapalhar o relaxamento. 
 A prática nunca deve ser feita com o estômago cheio. Como a maioria das gestantes não deve fi-
car com o estômago vazio (para evitar a queda de pressão), recomende a ingestão de algo leve 
(sopa, suco, frutas ou vitamina) cerca de meia hora antes da prática. 
 O limite de cada uma deve ser respeitado. Os alongamentos devem ser realizados de maneira 
confortável. 
 O tempo de permanência em cada postura também deve permanecer dentro do limite confortá-
vel. 
 Durante toda a prática a coluna deve permanecer alinhada, com os ombros para trás e o tórax a-
berto (salvo em posturas que indiquem o contrário). 
 A respiração consciente é parte importante da prática. Em linhas gerais nos movimentos para ci-
ma e o início das posturas seguem a inspiração, os movimentos para baixo e a finalização das 
posturas seguem a expiração e na manutenção da postura a respiração deve fluir normalmente. 
 Nas posturas que utilizam braços e pernas, inicie sempre pelo lado esquerdo pois é o lado mais 
receptivo e a energia fluirá mais facilmente. 
 Nas posturas de equilíbrio, deve-se iniciar fixando um ponto à frente e manter a atenção neste 
ponto, sem distrações e sem falar para evitar quedas. 
 As séries devem fluir iniciando com o exercício sutil, depois posturas em pé, posturas sentada, em 
quatro apoios e por fim as deitadas. 
 Se a gestante sentir desconforto ou dores durante a prática deve informar e investigar a causa. 
 
 
 
 
9
0
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
90 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
I - SÉRIE DE POSTURAS PARA O PRIMEIRO TRIMESTRE 
EXERCÍCIO SUTIL (SU KSHUMA VYAYANA) 
PÉS : 
 
a) Sentada, com as pernas estendidas para frente, tensionar os pés para frente e para trás. 
b) Rodar o pé esquerdo para o lado esquerdo e depois para o direito. Repetir com o pé direito. 
c) Por fim, fazer o mesmo exercício com os dois pés juntos, girando-os para o mesmo lado. 
MÃOS : 
a) Com os braços esticados para frente, fechar as mãos com os polegares para dentro e, em seguida, abrir e 
fechar as mãos várias vezese com força. 
b) Depois permanecer com as mãos fechadas e então começar a girar a mão esquerda para o lado esquerdo e 
depois para o lado direito. Repetir o movimento com a mão direita. 
c) Por fim, com as duas mãos juntas, girando-as para o mesmo lado. 
 
 
 
9
1
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
91 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
CABEÇA : 
a) Flexionar a cabeça lentamente para frente e para trás. 
b) Balançá-la para um lado e para o outro, como se fosse encostar as orelhas nos ombros. 
c) Girar a cabeça completamente, dando uma volta de 360º para ambos os lados. 
Todos esses movimentos devem ser repetidos 7 vezes para cada lado. Procurar começar sempre pelo lado es-
querdo. Fazê-los o mais lentamente possível, procurando perceber onde existem tensões localizadas. 
BENEFÍCIOS : é um aquecimento, trabalha as articulações, circulação e coordenação motora, preparando pa-
ra as outras posturas. 
 
SAUDAÇÃO AO SOL (SURYA NAMASKAR): em pé, pés paralelos levemente afastados, ombros relaxa-
dos, inspirar unindo as mãos a frente em prece, se conectando com a energia do sol, expirar fazendo um triân-
gulo com as mãos em direção ao chão, inspirar elevando os braços inclinando-se para trás (mantendo o triân-
gulo nas mãos). Expirar, descendo o tronco em direção ao chão (se possível tocar o chão com as mãos). Fazer 
uma respiração completa. Inspirar elevando os braços para o alto, expirar trazendo as mãos de volta ao centro 
do peito em prece. Pode ser pela lateral ou pela frente. 
BENEFÍCIOS : Revitaliza o corpo e os chakras, traz centramento e energia. Incluir para quem tem ton-
turas, depressão, pressão baixa, gestantes muito “aéreas”. 
 
 
 
 
 
9
2
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
92 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
MONTANHA (TADASANA): Em pé, pés levemente afastados, mãos 
unidas na altura do peito, em prece (pronam mudrá), faz uma respiração 
completa, sobe as mãos unidas no alto da cabeça, faz uma respiração com-
pleta e desce as mãos unidas na altura do peito novamente, repetindo a 
respiração completa. 
BENEFÍCIOS : Centramento e estabilidade. Provoca uma abertura do 
plexo solar, bom para gestantes cansadas, deprimidas e “fechadas”. 
 
 
 
 
 
POSTURA DA ÁRVORE (VRI KSHASANA OU VRKASANA ): Em pé, do-
bra-se uma das pernas e coloca-se lateralmente sobre a perna de base, eleva-se os 
braços com as mãos juntas. Manter-se na posição alguns segundos respirando 
normalmente. Na expiração, descer os braços e a perna dobrada. Executar o mo-
vimento para o outro lado. 
BENEFÍCIOS : postura de equilíbrio e concentração. Auxilia a diminuir as osci-
lações internas, proporcionando equilíbrio físico e emocional ao longo da gesta-
ção com todas as mudanças que ocorrem durante esse período. 
 
 
 
 
 
PALMEIRA (TALASANA ): Em pé, pés separados, fixar um ponto à frente e 
elevar os braços e as pernas para o alto. Ao subir, inspirar; respirar tranqüila-
mente durante a manutenção da postura e ao descer, expirar. Ficar o máximo 
possível na posição. 
BENEFÍCIOS : fortalece a musculatura das costas e corrige a coluna vertebral. 
Ativa a concentração e equilíbrio. Revigora todo o corpo e promove autoconfi-
ança. Também alonga a parede abdominal, gerando mais espaço para o bebê se 
acomodar no útero. 
 
 
 
 
 
9
3
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
93 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
 
DESCANSO DA COLUNA (DUIKONASA): Entrelaçar as palmas das mãos 
atrás das costas. Expirando, flexionar o corpo ao nível do quadril, com as costas 
retas descendo o corpo. Os pés mantêm-se separados e joelhos esticados. Retor-
nar inspirando e curvando a coluna, flexionando os joelhos. 
BENEFÍCIOS : alonga os músculos da coluna vertebral, pescoço e parte poste-
rior das pernas. Promove tranquilidade. 
 
 
 
 
 
ELEVAÇÃO DOS PÉS COM CÓCORAS (UTKASANA): Em pé fixar um 
ponto embaixo, respirar elevando os calcanhares, colocando as mãos na frente do 
peito e expirar abaixando-se nas pontas dos pés. Ficar o máximo de tempo possí-
vel, voltar inspirando e descer os pés expirando. 
BENEFÍCIOS : trabalha equilíbrio, concentração, fortalecimento da musculatura 
da pelve. Trabalha o períneo. 
CONTRA -INDICAÇÃO : grávidas com hemorróidas. 
 
 
 
 
MEIA LUA (CHANDRASANA ): Em pé, com as pernas separadas, expire descendo 
um dos braços para a lateral do corpo e, ao mesmo tempo, vire para cima a palma da 
mão do outro braço. Ainda expirando, vá flexionando o corpo para o lado do braço que 
está embaixo e, simultaneamente, curvando o braço elevado formando uma meia lua. A 
mão do braço que está para baixo toca na perna. Os olhos ficam fixos na mão da meia 
lua, em cima. Mantenha a respiração livre, durante o tempo que estiver confortável. Re-
pita o exercício para o outro lado. 
BENEFÍCIOS : trabalha a coluna vertebral. Exerce ação imediata sobre gânglios e ner-
vos do grande simpático, influenciando toda a estrutura metabólica e vegetativa. Estimu-
la o instinto materno, pois a lua representa o feminino, ativa a concentração. 
 
 
 
 
 
9
4
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
94 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
ARCO E FLECHA (PU RNASANA ): Em pé, traga os braços à frente do corpo, mantendo as mãos fecha-
das, com os polegares para dentro. Deixe o braço direito esticado e vá dobrando o esquerdo levando-o para 
trás, bem lentamente. Acompanhe o cotovelo com o olhar, concentrando-se mais na expiração. Inspirando, 
traga o mesmo braço para frente de maneira concentrada e lenta. Repita com o outro braço. 
BENEFÍCIOS : desenvolve a força de vontade e a concentração. Trabalha a musculatura e as articulações dos 
braços; e provoca uma leve torção na coluna dorsal e cervical. Abre também a musculatura do tórax, melho-
rando a capacidade respiratória. É muito boa para asmáticas para “aprender” a soltar o ar. 
 
 
ELEFANTE (HASTINASANA ): Movimento para soltar o corpo. Em pé, fazer rota-
ção do quadril com os braços soltos, acompanhando com o olhar para os calcanhares. À 
vontade. 
BENEFÍCIOS : relaxamento em pé, solta todo o corpo, liberando a coluna de tensões. 
 
 
 
 
 
EMPURRANDO A PAREDE : Em pé, próxima à parede, pés levemente afas-
tados, com os braços esticados, “empurrar” a parede com uma perna à frente, a-
longando a perna de trás, contar até 10 e trocar de lado. 
BENEFÍCIOS : provoca um alongamento da parte posterior das pernas, previ-
nindo câimbras e fortalece os braços. 
 
 
 
 
 
 
9
5
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
95 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
FOLHA DOBRADA : Fique em quatro apoios, colocando o topo 
da cabeça no solo, com os braços soltos e as mãos voltadas para 
cima. Desfazer levando os braços à frente e sentando sobre os cal-
canhares (TARTARUGA ). Subir “desenrolando” devagar a coluna. 
Fazer esse exercício apenas uma vez. 
BENEFÍCIOS : benéfica para o cérebro, irrigando-o e oxigenando-
o, prevenindo e aliviando dores de cabeça. Melhora a concentração e 
a memória, e retarda o envelhecimento. Produz um efeito relaxante 
e alonga toda a coluna, principalmente a região cervical. 
CONTRA -INDICAÇÃO : Grávidas hipertensas, problemas nos 
joelhos ou na cervical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
9
6
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
96 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
POSTURA DO DIAMANTE (VAJRASANA) COM RESPIRAÇÔES (PRANAYAMAS): 
 
 
RESPIRAÇÃO TORÁCICA : Sentada sobre os calcanhares, com a coluna 
alinhada e as mãos no peito (polegares dentro das axilas). Inspirar abrindo o 
peito e expirar fechando. Repita de 7 a 10 vezes. 
BENEFÍCIOS : auxilia na boa postura, mantendo a coluna elevada e alinhada. 
Expande a caixa torácica e aumenta acapacidade respiratória. 
 
 
 
RESPIRAÇÃO ABDOMINAL :Sentada sobre os calcanhares, com a coluna 
alinhada e as mãos sobre a barriga, formando um triângulo. Projete o abdômen 
para frente, inspirando, e contraia o abdômen, expirando. Repita de 7 a 10 ve-
zes. 
BENEFÍCIOS : auxilia na boa postura, mantendo a coluna elevada e alinhada, 
aumenta a capacidade respiratória. Expande a barriga, exercitando o diafragma 
corretamente, principal músculo da respiração. Quando controla o diafragma, 
também pode controlar suas emoções. Esta respiração é essencial para a oxige-
nação da gestante e do bebê. 
 
 
 
RESPIRAÇÃO COMPLETA : Sentada sobre os calcanhares, com a coluna 
alinhada, com uma mão no peito e outra na barriga. Inspirar enchendo o abdô-
men depois o peito e expirar, esvaziando o peito e depois o abdômen. Pode 
ajudar com o movimento do corpo. Repetir de 7 a 10 vezes. 
BENEFÍCIOS : auxilia na boa postura, mantendo a coluna elevada e alinhada. 
Amplia a oxigenação da gestante e do bebê. Promove tranquilidade, diminuindo 
a ansiedade. 
 
 
 
Observação: Após a conscientização da respiração, praticar mais a abdominal, que é a nossa respiração natural, 
fazendo uma reeducação respiratória. 
 
 
 
 
 
9
7
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
97 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
EXERCÍCIOS PARA OS SEIOS 
 
 
ROTAÇÃO : Colocar as mãos sobre os ombros e 
rodá-los para frente e depois para trás. Fazer 7 
vezes para cada lado. 
BENEFÍCIOS : movimenta os ombros, liberan-
do-os de tensões. Ajuda no aprimoramento da 
coordenação motora. 
 
 
 
CONTRAÇÃO : Braços entrelaçados na altura dos ombros, contrair e relaxar a 
região do peitoral. 
BENEFÍCIOS : trabalha a musculatura interna, mantendo os seios firmes, o que 
vai ser importante para sustentar o peso das mamas na gravidez e na amamenta-
ção. 
 
 
BORBOLETA (BHADRASANA) OU POSTURA DO Â N-
GULO (BADDHA KONASANA): Sentar-se no solo com a 
coluna alinhada, juntar as plantas dos pés, trazendo os calcanhares 
o mais próximo possível da virilha. Deixar as mãos segurando os 
pés. Fazer força para cima (contar até 7 – com o companheiro 
fazendo contra resistência) e depois relaxar. Repetir 3 vezes. Esti-
car as pernas e balançar os pés de um lado para o outro. 
BENEFÍCIOS : trabalha a abertura pélvica, as virilhas, as pernas 
e a articulação coxo-femural. 
 
PINÇA ABERTA OU POSTURA DO ÂNGULO ABERTO 
(UPAVISTA KONASANA): Sentar-se com as pernas abertas o 
máximo que puder. Dobre o corpo lentamente para frente, manten-
do sua coluna ereta, pelve assentada, pescoço e ombros relaxados. 
Fique nesta posição enquanto sentir-se confortável, e desfaça fe-
chando suas pernas. 
BENEFÍCIOS : alongamento interno da coxa, excelente estiramen-
to da coluna vertebral, grande estímulo do sistema nervoso. Produz 
atenção mental ao longo da coluna. 
 
 
 
9
8
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
98 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
 
RESPIRAÇÃO ALTERNADA (SUKHA PURVAKA): Sentar sobre os 
calcanhares ou na postura fácil, unir polegar e indicador da mão esquerda e 
repousá-la sobre a perna. Coloque o indicador da mão direita entre as so-
brancelhas e com o polegar da mão direita, tampe a narina direita e inspire 
com a narina esquerda, sem soltar o ar, tampe a narina esquerda com o dedo 
médio e agora expire pela narina direita. Inspire pela direita, tampe com o 
polegar e expire pela esquerda. Inspire novamente pela esquerda e expire 
pela direita e assim sucessivamente. Repita 7 vezes, terminando o ciclo com 
a expiração pela narina esquerda. 
BENEFÍCIOS : vitalizante, refrescante e calmante. Busca-se manter o equi-
líbrio de forma consciente entre dois pólos, trazendo-os a uma linha de integração. 
 
 
ALONGAMENTO DOS BRAÇOS/POSTURA DA CARA DE VACA 
(GOMUKHASANA ): Sentar-se com as pernas cruzadas ou em diamante. 
Coloque o braço esquerdo atrás da coluna, elevando a mão o mais alto que 
conseguir. Com a mão direita passando sobre o ombro, tente pegar a mão 
esquerda e puxá-la. Fique na posição enquanto estiver confortável, desfaça e 
repita para o outro lado. 
BENEFÍCIOS : Abre a caixa torácica e os espaços intercostais, alonga bem 
a coluna e melhora a postura, corrigindo os ombros. 
 
 
 
MEI A-PO N T E (SET U BAN DH A SAR V AN GASAN A O U KH AN DAR A-
N A) : Deitada com a barriga para cima, joelhos flexionados e pernas afas-
tadas. Elevar o quadril e enrijecendo o assoalho pélvico e glúteos, man-
tendo nesta posição enquanto estiver confortável. Desfazer lentamente, 
descendo vértebra por vértebra no chão, até o cóccix. Sempre compensar 
com o Ursinho. 
BENEFÍCIOS : fortalece a musculatura da coluna vertebral e dos glú-
teos, tornando-a mais preparada para suportar o crescimento do ventre. Alonga a parede abdominal e melhora 
a circulação sanguínea. Trabalha o períneo. A leve inversão desse exercício incentiva o melhor posicionamento 
do bebê para o parto, estimulando aqueles que estão sentados a inverterem a posição. 
 
 
 
 
9
9
 

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
99 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
URSINHO (APANASANA): Abrace com as mãos os joelhos sobre o 
abdômen, mantendo-se nesta posição enquanto confortável e depois 
desfazer. BENEFÍCIOS : compensa a lombar, prevenindo e aliviando 
dores, ajuda a eliminar gases. 
 
TORÇÃO COM OS JOELHOS : Deitada com a barriga para 
cima, com as pernas flexionadas, os joelhos unidos e os pés juntos, 
situados próximos aos glúteos. As palmas das mãos ficam voltadas 
para baixo. Colocar a perna esquerda sobre o joelho direito, man-
tendo as pernas bem relaxadas. Deixe a perna cair para o lado da 
que esta por cima (no caso para a esquerda), e a cabeça gira para o 
lado oposto. O pé apoiado fica fixo. Permaneça nessa posição o 
máximo que puder. Repita para o outro lado. 
BENEFÍCIOS : alonga a musculatura da região lombar, prevenindo dores no nervo ciático. Trabalha a cervi-
cal e realiza uma torção no corpo todo. CONTRA -INDICAÇÃO : hérnia de disco. 
 
 
PÁRA -BRISA (JATHARA PARIVARTHANASANA): Deita-
da com a barriga para cima, deixar os braços perpendiculares ao 
corpo e os joelhos flexionados com os pés juntos, apoiados no 
chão. Rodar a cabeça noventa graus e, ao mesmo tempo, levar os 
joelhos para o lado oposto, fazendo uma torção com os quadris. 
Os pés não saem da posição inicial. Em seguida fazer par o outro 
lado. Repetir algumas vezes. 
BENEFÍCIOS : promove o alongamento da coluna, principalmente das regiões cervical e lombar, que são zo-
nas de tensões, reduzindo e prevenindo dores nas mesmas. 
 
RELAXAMENTO COM CONTRAÇÕES PERINEAIS (SHA-
VASANA): Deitada com a barriga para cima, relaxar profundamente, 
com as pernas e braços bem abertos. Soltar parte por parte o corpo, 
começando pelos pés até o rosto. Descontrair todo o corpo manten-
do este estado de relaxamento concentrando toda energia do períneo, 
contraindo-o uma vez e relaxando-o duas vezes repetindo várias vezes. 
BENEFÍCIOS : elimina tensão e fadiga. Combate o cansaço e estimu-
la a consciência corporal. Promove o autocontrole e a autoconfiança, 
tão necessários ao processo de parto. Recupera as energias despendidas no cotidiano, proporcionando uma 
sensação profunda e duradoura de bem-estar. Conscientização do períneo. 
 
 
 
 
 
1
0
0

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
100 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA COM MENTALIZA-
ÇÕES (SHAVASANA COM PRANAYAMA): 
Deitada numa posição confortável, flexionando os joelhos, ou deita-
da de lado, de preferência sobre o lado esquerdo, concentrar-se na 
respiração abdominal, inspirando sentimentos positivos, e expirando 
tensões, medos e preocupações. Colocando as mãos sobre o abdô-
men. 
BENEFÍCIOS : promove energia e saúdepara a gestante e o bebê, aumentando o oxigênio e o prana (e-
nergia vital) para ambos. Revitaliza e enriquece energeticamente. 
 
MEDITAÇÃO : Sentada em lótus ou sobre os calcanhares ou deitada com os olhos 
fechados e o corpo relaxado, descontrair a mente, entrando em contato com o bebê. 
BENEFÍCIOS : promove uma sensação de paz, relaxa toda a musculatura do corpo e 
desenvolve a concentração. Aumenta o vínculo com o bebê. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
0
1

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
101 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
II - SÉRIE DE POSTURAS PARA O SEGUNDO TRIMESTRE 
EXERCÍCIO SUTIL : descrito anteriormente. 
ÁRVORE : descrito anteriormente. 
PALMEIRA : descrito anteriormente. 
DESCANSO DA COLUNA : descrito anteriormente. 
 
 
BAILARINO (NATARAJASANA ): em pé com os pés levemen-
te afastados, fixar um ponto à frente, e flexionando o joelho es-
querdo, segurar o pé com a mão esquerda, inspirando. Simultane-
amente esticar o braço direito à frente com polegar e indicador 
unidos (jnana mudrá). Na manutenção da postura por 30 segundos 
respirar naturalmente. Desfazer expirando. Repetir com a outra 
perna. Cuidar para não tombar o corpo para frente. 
BENEFÍCIOS : estimula o equilíbrio e a concentração. Alonga a 
musculatura anterior das pernas. Beneficia os rins e glândulas supra-renais. Fortalece a musculatura das costas. 
 
ELEVAÇÃO DOS PÉS COM C ÓCORAS : descrito anteriormente. 
MEIA LUA : descrito anteriormente. 
 
 
ALONGAMENTO LATERAL (TIRYAKA TADASANA): Em pé, pés levemente 
afastados, unir as mãos entrelaçadas, inspirando, subi-las no alto da cabeça virando as 
palmas para cima. Expirar, inclinando-se para o lado esquerdo, olhar para o cotovelo 
direito. Repetir para o lado direito. 
BENEFÍCIOS : promove alongamento dos braços e do tórax, fazendo uma leve 
torção, abre mais espaço para a respiração. 
 
 
 
 
ARCO E FLECHA : descrito anteriormente. 
 
 
 
 
1
0
2

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
102 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
TRIÂNGULO (TRIKONASANA ): em pé, com 
as pernas separadas, aproximadamente quatro pal-
mos. Os braços abertos e estendidos à altura dos 
ombros (não colocar força nos braços). Numa 
inspiração, fazer uma torção e um flexionamento 
lateral do corpo, deslocando o quadril para trás, até 
a mão encostar o chão (ou o tornozelo), o outro 
braço fica elevado. Este movimento se faz soltando 
o ar. A cabeça vira para olhar a mão que fica esten-
dida para cima. Descer o braço que está no alto, e 
subir o que está embaixo, para o outro lado. (Obs: este movimento só fazer enquanto a barriga não incomo-
dar). Retornar à posição inicial lentamente e repetir para o outro lado. 
BENEFÍCIOS : tonifica os nervos da coluna dorsal e órgãos abdominais, aumenta os movimentos peristálti-
cos dos intestinos. Fortalece as pernas, melhora o equilíbrio e desenvolve o sentido de lateralidade do corpo. 
Reduz a adiposidade da cintura. 
 
GUERREIRO I (V IRABHADRASANA I): em pé, dar um passo largo à frente, 
com o joelho flexionado. Manter o pé atrás à 45 graus. Numa inspiração, estender os 
braços ao alto, com as mãos unidas em mudrá, alongando o tronco. Manter por 30 
segundos, respirando naturalmente. Desfazer expirando e repetir com a outra per-
na. 
BENEFÍCIOS : expansão do tórax, favorecendo a respiração. Alivia o enrijecimen-
to dos ombros e das costas, tonifica os tornozelos e os joelhos, fortalecendo o qua-
dríceps. 
 
 
 
 
GUERREIRO II(V IRABHADRASANA II): em pé, dar um passo 
largo à frente, com o joelho flexionado. Manter o pé atrás à 45 graus. Nu-
ma inspiração, abrir os braços na horizontal e manter por 30 segundos, 
respirando naturalmente, olhando à frente. Desfazer expirando e repetir 
para o outro lado. (Pode-se também mentalizar um objetivo enquanto faz a 
postura.) 
BENEFÍCIOS : tonifica os nervos da coluna vertebral, proporcionando 
um movimento lateral e os músculos das pernas, quadríceps e isquiotibiais. Estimula os movimentos peristálti-
cos. Fortalece os ombros. 
 
 
 
 
 
1
0
3

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
103 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
ELEFANTE : descrito anteriormente. 
FOLHA DOBRADA : descrito no primeiro trimestre. 
POSTURA DO DIAMANTE COM RESPIRAÇÕES : descrito anteriormente. 
 
EXERCÍCIOS PARA OS SEIOS : 
 
 
 
PUXANDO CORDA : sentada, coluna alinhada, elevar um braço com a mão fechada 
imaginando uma corda à frente, descer o braço “puxando a corda” alternando os 
braços. 
BENEFÍCIOS : trabalha a musculatura dos braços e corrige a postura. 
 
 
ABRAÇO : sentada com a coluna alinhada, inspirar abrindo 
os braços e expirar fechando os braços se abraçando, alternar 
o braço que fica em cima a cada vez. Repetir 10 vezes. 
BENEFÍCIOS : expande a caixa torácica, melhorando a 
capacidade respiratória. Trabalha a musculatura dos braços e 
das costas, corrigindo a postura. No movimento de se abra-
çar, proporciona o amor próprio. 
 
PRECE : sentada com a coluna alinhada, unir 
as mãos na frente do peito com os dedos apon-
tando para frente, inspirar esticando os braços 
para frente mantendo as mãos unidas e expirar 
retornando à posição inicial. Repetir 10 vezes. 
BENEFÍCIOS : Fortalece a musculatura dos 
braços e melhora a capacidade respiratória. O 
gesto da prece proporciona uma interiorização. 
 
 
 
 
 
1
0
4

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
104 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
 
TORÇÃO SENTADA (ARDHA -MATSIENDRASANA ): sentada em 
meio lótus, pé esquerdo para cima, apoiar a mão direita no joelho esquerdo 
e a mão esquerda apoiar na base da coluna. Permanecer por 30 segundos 
respirando normalmente. Repetir para o outro lado. 
BENEFÍCIOS : torção suave da coluna, flexibilizando-a, ajuda a irrigar os 
órgãos internos. 
 
 
 
BORBOLETA (BHADRASANA ) OU POSTURA ENTRE-
LAÇADA DO ÂNGULO (BADDHA KONASANA) COM 
RESPIRAÇÃO BHASTRIKA : Sentar-se no solo dobrando os 
joelhos e unindo as solas dos pés, trazendo-os bem contra o perí-
neo. Balançar os joelhos para cima e para baixo como as asas de 
uma borboleta, procurando encostá-los no chão. As mãos, com os 
punhos entrelaçados seguram fortemente os pés. Manter a coluna 
mais ereta possível. Durante o exercício, fazer uma respiração 
curta, rápida e nasal. 
Depois, coloque as mãos sobre os joelhos, balançando o corpo como um pêndulo: para a direita e para a es-
querda, com a ajuda de uma leve pressão feita pelas mãos. 
Em seguida, esticar as pernas e balançar os pés de um lado para o outro. 
BENEFÍCIOS : trabalha a abertura pélvica, as virilhas, as pernas e a articulação coxo-femural. A respiração 
potencializa os efeitos do exercício. 
 
 
BORBOLETA AVANÇADA OU POSTURA ENTRELAÇADA 
DO ÂNGULO (BADDHA KONASANA): sentada, pés unidos 
numa distância de 2 palmos do quadril, joelhos flexionados em abdu-
ção, apoiar os antebraços sobre as pernas, com o cotobelo sobre os 
joelhos, fazendo força com os joelhos para fechar e resistência com 
os cotovelos para abrir. Permanecer 30 segundos, respirando natu-
ralmente. Relaxar. 
BENEFÍCIOS : fortalecimento dos adutores da coxa. 
 
 
 
 
 
 
1
0
5

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
105 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
 
EMBALANDO O BEBÊ : Sentada, segurar a perna pelo pé e pelos joelhos com as 
mãos “como se estivesse embalando o bebê”, olhando para o joelho. Repetir algumas 
vezes com cada perna. 
BENEFÍCIOS : trabalha a articulação das pernas e a coxo-femural, realizando uma leve 
torção no corpo. Como exercita a manutenção do eixo, melhora a postura da gestante. 
A mentalização do bebê faz com que a gestante crie imagens positivas do carinho e 
aconchego da maternidade. 
 
 
ABDOMINAL :Sentada, com os pés unidos e joelhos em abdução, com as 
mãos apoiadas nos joelhos. Inspira, leva o tronco à frente, contrai períneo e 
expira quase deitando, relaxa períneo. Repetir 10 vezes. 
BENEFÍCIOS : trabalha a musculatura abdominal, fortalecendo-a e melho-
ra a conscientização respiratória. 
 
 
 
 
LEÃO (SIMHÂSANA ): Ajoelhada, sente-se sobre os calcanhares e apóie as mãos 
nos joelhos. Execute uma inspiração completa. Escancare a boca e ponha a língua 
para fora, o máximo, expirando. Ao mesmo tempo arregale desmesuradamente os 
olhos e estique energicamente as mãos e os dedos, apoiando-os à frente. Repita 3 
vezes. 
BENEFÍCIOS : trabalha a glândula tireóide, aliviando a expressão tensa do rosto. 
Libera o estresse e estimula a pureza. Promove uma intensa circulação sanguínea na 
região do rosto e pescoço, estimulando a expressão. 
 
 
 
CAMELO (USTRASANA ): ajoelhada, pernas e pés pouco separados, flexionando o 
tronco levemente para trás e colocando as mãos na região dos rins. Cabeça para trás. 
Manter por no máximo 30 segundos, respirando naturalmente e desfazer na postura da 
criança. 
BENEFÍCIOS : trabalha a musculatura das costas, beneficia toda a coluna vertebral , 
automassageia os rins, boa para quem tem hipotireoidismo. Desenvolve a concentração. 
 
 
 
1
0
6

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
106 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
GATO (MAYARIASANA ): Nos quatro apoios, fazer um balanço pélvico para cima e para baixo, acompa-
nhando o movimento com a cabeça e a coluna. Isto é: expirando, leve o queixo de encontro ao peito, ao mes-
mo tempo em que o quadril se projeta para frente, e a coluna para o alto. Inspirando, coloque a cabeça para 
trás. Repetir o movimento 7 vezes. 
BENEFÍCIOS : corrige e previne problemas da coluna vertebral. Trabalha as articulações e estimula as glân-
dulas supra-renais. Trabalha o períneo. 
 
 
TARTARUGA (YOGA MUDRA) / POSTURA DA CRIA N-
ÇA (BALASANA): Permanecer na posição anterior, mas man-
tendo os joelhos bem separados. Faça um triângulo com as mãos e 
apóie no chão. Os braços também se encostam ao chão. Descer até 
que a testa encoste-se às mãos. 
BENEFÍCIOS : Alivia tensões nervosas. Postura calmante, ativa a 
introspecção. 
 
 
ALONGAMENTO DOS BRAÇO S : descrito anteriormente. 
 
MEIA COBRA (ARDHA BHUJANGASANA ): Ficar de joelhos, 
levando a perna esquerda à frente, deslocando o peso do corpo para 
a frente, deixando sua mão esquerda sobre o joelho esquerdo. Vire 
para o lado direito, levando seu braço direito atrás, inspirando e 
olhando para trás. Mantenha a respiração livre durante a postura e 
desfaça, expirando. Repita para o outro lado. 
BENEFÍCIOS : postura dinamizante que provoca uma abertura da 
caixa torácica e uma torção leve da coluna. 
 
MEIA -PONTE : descrito anteriormente. 
 
 
 
1
0
7

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
107 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
BICICLETA ROTATIVA : Deitada, com os joelhos flexionados, 
estique a perna esquerda, elevando-a e imagine um lápis na ponta do 
pé e faça 10 círculos para um lado e depois para o outro. Repita com 
a outra perna. Obs: Pode também fazer com a perna de apoio esti-
cada quando não tem dor na lombar. 
BENEFÍCIOS : trabalha as pernas, a articulação coxo-femural e a 
musculatura abdominal. Bom para evitar e combater a celulite. 
 
 
MASSAGEANDO O CÓCCIX : Deitada, com os joelhos flexio-
nados, pés fora do chão, mãos apoiadas nos joelhos, massagear o 
cóccix 10 vezes para cada lado, como se fizesse círculos no chão. 
BENEFÍCIOS : massageia a região do cóccix prevenindo e alivi-
ando dores. 
 
 
TORÇÃO COM OS JOELHOS : descrito anteriormente. 
PÁRA -BRISA : descrito anteriormente. 
 
POSTURA DO INFINITO OU POSTURA DO SOFÁ DE VISHNU (ANANTASANA): Deitar-se no 
solo de costas e virar lateralmente sobre o lado esquerdo, com as pernas esticadas e o corpo formando uma li-
nha reta. Colocar a mão na cabeça, na altura da orelha, com o cotovelo apoiado no chão. Elevar a perna direita 
dobrada segurando no calcanhar, próximo à virilha e esticá-la em três tempos, perna à 90 graus e no alto es-
tendida, rodar o pé 7 vezes para cada lado. Descer também em 3 tempos, repetindo para o outro lado. 
BENEFÍCIOS : trabalha a abertura das pernas, as articulações dos joelhos, coxo-femural e abertura pélvica. 
Ativa a circulação, melhorando também a oxigenação da mãe e do bebê. 
 
 
 
 
 
1
0
8

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
108 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
ALONGAMENTO LATERAL D EITADA : Deitada sobre o lado es-
querdo, com a perna de baixo estendida e trazer a perna direita o mais à 
frente que puder, com o pé apoiado no chão, e segurando com a mão. 
Permanecer por 30 segundos. Repetir com o outro lado. 
BENEFÍCIOS : provoca um alongamento na parte posterior da coxa e 
perna, aliviando dores no nervo ciático. 
 
 
ABERTURA NA PAREDE (STAMBHASANA ): 
Deitada o mais próximo da parede que conseguir, 
com o quadril encostado nela, apoiar os pés na 
parede e abrir as pernas o máximo que puder. Man-
ter por 30 segundos e desfazer. Pode também fazer 
a BORBOLETA nesta mesma posição, mantendo 
por 30 segundos. Unir os pés no alto e sair de lado da parede. 
BENEFÍCIOS : previne o aparecimento de varizes, alonga e embeleza as pernas e os quadris, além de melho-
rar a circulação. Estimula as supra-renais. 
 
 
ABRAÇANDO OS JOELHOS : Deitada com uma perna flexionada com 
o pé apoiado no chão e a outra abraçando o joelho em direção à barriga 
(ou na lateral). Repetir 3 vezes cada lado alternando. 
BENEFÍCIOS : alongamento da região lombar, prevenindo e aliviando 
dores. 
 
RELAXAMENTO COM CONTRAÇÕES PERINEAIS : descrito anteriormente. 
RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA COM ME NTALIZAÇÕES : descrito anteriormente. 
MEDITAÇÃO : descrita anteriormente. 
 
 
 
 
 
1
0
9

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
109 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
III - SÉRIE DE POSTURAS PARA O TERCEIRO TRIMESTRE 
EXERCÍCIO SUTIL : descrito anteriormente. 
ÁRVORE : descrito anteriormente. 
PALMEIRA : descrito anteriormente. 
DESCANSO DA COLUNA : descrito anteriormente. 
 
 
 
 
 
ELEVAÇÃO DOS PÉS COM CÓCORAS : descrito anteriormente. No terceiro 
trimestre (após 37ª semana) pode colocar a mão em lótus no topo da cabeça, menta-
lizando a abertura do colo do útero. 
 
 
 
 
ROTAÇÃO PÉLVICA OU BAMBOLÊ : Em pé, colocar as mão no quadril e ro-
dar a pelve 7 vezes para cada lado, fazendo a respiração “no tubo” durante o exercí-
cio (inspira pelo nariz e expira pela boca, imaginado que o ar sai por um tubo da 
boca até a vagina, para baixo, como se fosse para a terra). 
BENEFÍCIOS : relaxa a pelve e, pelo movimento de rotação, ajuda no encaixe do 
bebê. 
 
 
 
PREPARAÇÃO PARA CÓCORAS COM CONTRAÇÕES 
PERINEAIS : Iniciar em pé com as pernas afastadas. Elevar 
os braços, inspirando e contraindo o períneo e descer o corpo 
flexionando os joelhos e levar os braços para dentro das per-
nas. Nessa postura (cócoras) relaxar a região do períneo, expi-
rando. Repetir 7 vezes. 
BENEFÍCIOS : ajuda no encaixe e descida do bebê, abre a 
bacia, fortalece as pernas, previne e alivia dores na coluna, 
trabalha as articulações da região coxo-femural e toda a mus-
culatura do assoalho pélvico. 
 
 
 
1
1
0

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
110 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
CONTRA -INDICAÇÃO : grávidas com risco de prematuridade e com problemas nos joelhos. 
 
 
ÁGUIA (GARUDASANA): Em pé, fixe um ponto a frente, flexione levemente os joelhos, 
passe a perna esquerda sobre o joelho direito, apóie o pé sobre o calcanhar ou onde conse-
guir. Una os braços à frente, coloque o cotovelo direito sobre o braçoesquerdo e entrelace 
as mãos em cima, encostando palma com palma. Respire livremente. Desfaça primeiro os 
braços e depois as pernas. Repita do outro lado. 
BENEFÍCIOS : ótima para prevenir dores no ciático, proporciona equilíbrio e concentra-
ção, trabalha a flexibilidade das articulações e da coluna. 
 
 
 
 
ELEFANTE : descrito anteriormente. 
 
CÓCORAS COM APOIO DO COTOVELO (MALASANA): Ficar 
de cócoras, de preferência com todo o pé apoiado no chão, e colocar os 
cotovelos entre os joelhos, com as mãos unidas em mudrá. Fazer força 
com os cotovelos para abrir e com os joelhos para fechar, um contra o 
outro. Permanecer por 30 segundos e desfazer. 
BENEFÍCIOS : trabalha a musculatura das pernas e braços, fortalece o 
assoalho pélvico, beneficia também as virilhas, bexiga e intestinos, fazendo 
uma massagem natural nessa região. 
 
 
 
 
 
 
 
1
1
1

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
111 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
 
CÓCORAS EM 3 TEMPOS (UTHANASANA ): Em pé, descer em 3 tempos, acocorando, inspirando e ex-
pirando cada vez que desce e subir também em 3 tempos, respirando. 
BENEFÍCIOS : trabalha a coluna (região lombar), a concentração e a abertura de pernas e principalmente a 
flexibilidade do assoalho pélvico. Facilita a descida do bebê. 
CONTRA -INDICAÇÃO : grávidas com risco de prematuridade e com problemas nos joelhos. 
 
FOLHA DOBRADA : descrito anteriormente. 
POSTURA DO DIAMANTE COM RESPIRAÇÃO ABDOMINAL : descrito anteriormente. 
EXERCÍCIOS PARA OS SE IOS : descritos anteriormente. 
BORBOLETA COM RESPIRA ÇÃO : descrito anteriormente. 
EMBALANDO O BEBÊ : descrito anteriormente. 
GATO E TARTARUGA : descritos anteriormente. 
 
GATO-CALCANHAR (KAKASANA) COM 
RESPIRAÇÃO BHASTRIKA : Sentada sobre os 
calcanhares, abrir os joelhos, sentada na ponta dos 
pés com os braços estendidos à frente e mãos 
apoiadas no solo e cabeça levantada. Fazer a respi-
ração rápida, curta e nasal, durante um minuto. 
Desfazer relaxando à frente. 
BENEFÍCIOS : promove a abertura da bacia, 
favorecendo o posicionamento correto do bebê. 
 É uma boa posição para receber massagem na região lombar. 
 
 
 
 
1
1
2

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
112 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
CACHORRO ABANANDO A CAUDA : De quatro, balançar o quadril para os 
lados, olhando para o mesmo lado que joga o quadril. Repetir 10 vezes para cada 
lado. 
BENEFÍCIOS : exercita as regiões dorsal e lombar da coluna, prevenindo 
e aliviando dores. Trabalha as polaridades e a coordenação motora. Ajuda 
no encaixe do bebê. CONTRA -INDICAÇÃO : grávidas com risco de 
prematuridade e com problemas nos joelhos. 
 
 
BALANÇO (NAMASKAR): Acocorada, com as mãos nos joelhos, 
transferir o peso de uma perna para a outra. Repetir 7 a 10 vezes. 
BENEFÍCIOS : fortalece musculatura das pernas e pelve, facilitando o 
encaixe do bebê. 
CONTRA INDICAÇÃO : hemorróidas. 
 
 
 
 
 
MASSAGEANDO NA BOLA : Sentar na bola com os pés bem apoiados no 
chão, e fazer 10 movimentos rotatórios com o quadril para um lado e depois para 
o outro. Prestar bastante atenção na respiração enquanto faz o movimento. Pode 
fazer a respiração “no tubo” (inspira pelo nariz e expira pela boca, imaginado que 
o ar sai por um tubo da boca até a vagina, para baixo, como se fosse para a terra). 
BENEFÍCIOS : Relaxa a musculatura da pelve e facilita o encaixe do bebê. 
 
 
 
BÁSCULA DO QUADRIL : Sentar na bola e fazer movimentos para frente e 
para trás, encaixando e desencaixando o quadril. Inspira quando vai à frente e 
expira quando vai para trás. 
BENEFÍCIOS : Permite maior consciência do quadril, facilitando também o 
relaxamento da pelve. 
 
 
 
 
 
1
1
3

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
113 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
 
 
 
 
1
1
4

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
114 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
 
ANDAR DE PATOS : Acocorada nas pontas dos pés, com as mãos sobre os 
joelhos, caminhar à vontade, parar e descansar. 
BENEFÍCIOS : ajuda a abrir a bacia, facilita a abertura de espaços internos para 
o bebê se posicionar, se encaixar, rodar e descer, facilitando muito o parto. 
CONTRA -INDICAÇÃO : grávidas com risco de prematuridade e com proble-
mas nos joelhos. 
 
 
PRÉ-PARTO I (TCHATUSHPÁDA ): 
Sentar-se no chão com as pernas dobra-
das; as mãos junto com os quadris,com 
os dedos apontados para fora. Numa 
inspiração, elevar o corpo, colocando as 
coxas numa posição horizontal; soltar o 
ar mantendo o busto elevado com os pés 
bem próximos da virilha e mão atrás do 
corpo levando o quadril para frente. Evi-
tar que a cabeça caia para trás. Fazer 3 respirações e voltar para trás, sem encostar os glúteos no chão. Repetir 
3 vezes. 
BENEFÍCIOS : trabalha a virilha, o assoalho pélvico e a postura de preparação para o parto, gerando mais 
abertura pélvica. Ajuda a fazer o “J”. Fortalece os músculos dos braços e das pernas. 
 
 
PRÉ-PARTO II (PARTO TRADICIONAL ): Deitada, quadris e joe-
lhos flexionados, une os dois pés pela parte medial e faz movimentos cir-
culares com o joelho. Dez vezes para dentro e dez vezes para fora. 
BENEFÍCIOS : trabalha a articulação coxo-femural, favorece a elasticida-
de e abertura da bacia. Faz uma boa massagem na região lombar, preve-
nindo e aliviando dores na coluna. 
 
 
 
 
 
1
1
5

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
115 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
 
 
BARATINHA : Deitada, elevar mãos e pés ao alto e balançar rápido por 1 
minuto. Desfazer apoiando os pés no chão. 
BENEFÍCIOS : trabalha a circulação de retorno sanguíneo, aliviando 
dores nas pernas, combatendo e evitando inchaços e prevenindo varizes. 
 
 
MEIA -PONTE E URSINHO : Descritas anteriormente 
TORÇÃO COM OS JOELHOS : descrita anteriormente. 
PÁRA -BRISA : descrita anteriormente. 
RELAXAMENTO COM CONTRAÇÕES PERINEAIS : descrita anteriormente. 
RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA COM MENTALIZAÇÕES: descrita anteriormente. 
MEDITAÇÃO : descrita anteriormente. 
 
IV - SÉRIE DE POSTURAS PARA AJUDAR O BEBÊ PÉLVICO A VIRAR 
Sempre compensar a postura invertida com outra e intercalar com outras posturas da série. 
Em geral os bebês posicionam entre a 30ª e 36ª semana, mas podem posicionar até mesmo durante o trabalho 
de parto. Apenas 3% dos bebês permanecem pélvico. 
 
CACHORRO OLHANDO 
PARA BAIXO (ADHO 
MUKHA SVANASANA): Em 
quatro apoios, erguer a pelve para 
cima, inspirando, mantendo as 
mãos e pés no chão. Manter por 30 
segundos e desfazer, ficando no-
vamente em quatro apoios. 
BENEFÍCIOS : trabalha a “entre-
ga”. Auxilia o bebê que está pélvico 
a ficar cefálico, desencaixando o bumbum do bebê da pelve da mãe. Alonga a musculatura posterior das per-
nas, prevenindo cãimbras. 
 
 
 
 
 
1
1
6

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
116 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
ANDAR DE 4: na mesma posição 
do Cachorro Olhando para Baixo 
vai caminhando alternando braços 
e pernas. 
BENEFÍCIOS : Além de propor-
cionar o desencaixe do bebê da 
pelve da mãe, estimula a virar, pelo 
movimento de andar nesta posição. 
 
FOLHA DOBRADA : descrito anteriormente. 
BENEFÍCIOS : através da leve inversão que esta postura proporciona, favorece o desencaixe do bumbum do 
bebê da pelve materna. 
 
MEIA -PONTE E URSINHO : descrito anteriormente. 
BENEFÍCIOS : facilita o bebê a virar. 
INVERTIDA NA PAREDE : Deitar no chão, bem 
próximo à parede, com o quadril encostado nela, e 
"escalar" a parede com os pés, apoiando o quadril 
com as mãos. Permanecer o máximo de tempo possí-
vel e desfazer, saindo de lado da parede. 
BENEFÍCIOS : Estimula a oxigenação do cerébro,aumentando a concentração. Facilita a "virada" do 
bebê, que se encontra pélvico. CONTRA INDICA-
ÇÕES : Não fazer se sentir falta de ar. 
COMPENSA R NA 
POSTURA DO PEIXE (MATSYASANA ): Em decúbito dorsal, colo-
que as mãos abaixo dos glúteos, com a palma da mão voltada para baixo e 
eleve os ombros, apoiando o alto da cabeça no chão. Permaneça por 30 
segundos respirando naturalmente. Se você sentir dor na lombar, pode 
também flexionar os joelhos, ficando na borboleta deitada. 
 
 
 
 
 
1
1
7

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
117 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
SÉRIE INDICADA PELA PARTEIRA MEXICANA , NAOLI V INAVER : 
 
. 20 minutos na postura GENUPEITORAL (em quatro apoios, colocar o peito no chão, com os ombros a-
poiados e a cabeça virada para o lado, ficando com o quadril elevado). 
. 2 horas de descanso, interiorizar, conversar com o bebê. 
. 20 minutos na MEIA -PONTE (Deitada com a barriga para cima, joelhos flexionados e pernas afastadas. 
Elevar o quadril, enrijecendo o assoalho pélvico e glúteos, pode colocar almofadas embaixo. Desfazer lenta-
mente, descendo vértebra por vértebra, até o cóccix). 
. 2 horas de descanso e interiorização. 
. 20 minutos ENGATINHANDO EM 4 APOIOS 
. 2 horas de descanso e interiorização. 
Repete a série até ir dormir. 
 
 
 
 
1
1
8

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
118 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
15. YOGA PÓS-PARTO – BABY YOGA 
IMPORTÂNCIA DO YOGA NO PÓS PARTO 
Promover o retorno da mulher às suas atividades físicas normais, após readaptação do corpo ao exercício, 
respeitando fatores físicos e psico-sociais. 
BENEFÍCIOS DO YOGA NO PÓS PARTO 
 Percepção corporal do novo corpo 
 Melhora a condição física e emocional da mulher para diminuição da ansiedade e possível De-
pressão Pós Parto 
 Facilita o vínculo mãe-bebê 
 Melhora a postura 
 Controle do aumento de peso corporal 
 Trabalho do períneo, fortalecendo-o 
 Retorno circulatório 
 Consciência e equilíbrio da respiração 
 Sono mais repousante 
 Relaxamento 
 Fortalecimento muscular - abdominal 
BENEFÍCIOS PSICOLÓGICOS DO YOGA 
 Melhora a auto-estima 
 Ajuda a extravasar e eliminar conflitos 
 Aumento da sensação de domínio 
 Expressão de agressão 
 Integração social 
 Capacidade de medir conquistas 
“Não existe nenhuma dúvida de que o vigor, a capacidade de recuperação e o bem-estar físico melhorados e maior autoconfiança 
prepararão melhor a mulher para os desafios reais, tanto físicos quanto emocionais, inerentes à gravidez, parto e à criação do fi-
lho.” Artal, p291 
 
 
 
 
1
1
9

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
119 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
SEQUÊNCIA - YOGA PÓS-PARTO BABY-YOGA 
 
 
RELAXAMENTO (SHAVASANA ) COM BEBÊ DE BRUÇOS , 
SOBRE A BARRIGA DA M ÃE : Mãe faz uma respiração diafrag-
mática, relaxando e sentindo o corpo. 
BENEFÍCIOS : preparação para o começo da aula, liberando ten-
sões e preocupações, voltando-se somente para a prática. 
 
 
 
BALANCEIO (FAZER A VONTADE , NA QUANTIDADE DESEJA DA): Com o bebê seguro nas mãos, 
com o queixo nos joelhos da mãe. A mãe dobra para trás até encostar a cabeça no chão e volta. O bebê sorri e 
a mãe pode cantar para ele. 
BENEFÍCIOS : é uma massagem na coluna e abdominal. Uma brincadeira para o bebê. 
 
 
CONTRAÇÃO DOS GLÚTEOS (KHANDARANA ) (10 VE-
ZES): Deite-se de costas, com o bebê sentado sobre o abdômen, 
deixando as pernas juntas, inspirando e levantando os glúteos. Man-
tenha os glúteos elevados, contando até cinco, e depois expire, des-
cendo a coluna até o chão. 
BENEFÍCIOS : fortalecimento dos glúteos e períneo. 
 
 
 
 
 
1
2
0

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
120 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
PÁRA -BRISA (JATHARA PARIVARTHANASANA ): Tire os 
pés do chão e balance as pernas para um lado e depois para o outro. 
A cabeça deve sempre ir para o lado contrário. Faça à vontade. 
BENEFÍCIOS : trabalha abdominal e a lombar. 
 
 
 
 
ABDOMINAL (10 VEZES): Fique deitada com as mãos abaixo da nuca. Levante a cabeça e olhe para o te-
to. Oblíquos com o pé sobre o joelho, e o cotovelo no joelho. Faça uma vez um lado, depois o outro, repetin-
do a série mais nove vezes). 
BENEFÍCIOS : fortalecimento abdominal. 
 
 
BARCO OU NAVIO (NAVASANA) - TRATA-SE DE UM 
ABDOMINAL MAIS FORTE : Fique deitada, elevando a cabeça e 
os pés (o bebê fica sentado sobre o seu abdômen, como uma resis-
tência). Puxe as pernas e abrace-as. 
BENEFÍCIOS : fortalecimento abdominal. 
 
 
NAVE (SHALABHASANA ): Fique deitada em decúbito ventral 
(barriga para baixo) e levante as mãos e os pés.(o bebê fica a sua 
frente, deitado sobre o colchonete). Volte como folha dobrada (len-
tamente, como se fosse uma marionete puxada para cima). 
BENEFÍCIOS : compensa a postura do Barco, fortalece as costas e 
os glúteos e ajuda na abertura do peito. 
 
 
 
 
1
2
1

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
121 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
GATO E TARTARUGA (MAYARIASANA E YOGA MUDRA/BALASANA): Fique de quatro, fazendo 
a postura do Gato, com as pernas juntas. Inspire e olhe a frente, glúteos para trás. Expire e contraia os glúteos 
e o períneo, olhando para o bebê, que está deitado no colchonete. 
BENEFÍCIOS : flexibilidade da coluna, prevenindo e aliviando dores. 
 
CACHORRO OLHANDO PARA BAIXO (ADHO MUKHA 
SVANASANA ): De quatro, erguer a pelve para cima, inspirando, 
mantendo as mãos e pés no chão, olhando para o bebê, que está entre 
as mãos e os pés. Manter por 30 segundos e desfazer, ficando nova-
mente de quatro. 
BENEFÍCIOS : remove a fadiga e traz de volta a energia, rejuvenes-
cendo as células do cérebro e revigorando-o. Reforça os 
 tornozelos e alonga as pernas. Elimina a rigidez das escápulas. 
 
 
COBRA ATIVA (BHUJANGASANA ): Da postura da tartaruga 
vá à frente, inspirando com os braços estendidos. Retenha o ar e 
retorne. Relaxe na postura da tartaruga. Repita 10 vezes. 
BENEFÍCIOS : transmite segurança e confiança interna. Fortalece 
os braços e os glúteos, flexibiliza coluna e abre o peito. 
 
 
 
 
 
 
1
2
2

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
122 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
 
BALANÇO PARA OS LADOS : Sente sobre os pés. 
Eleve os braços acima da cabeça. Deixe as mãos retas 
e transpassadas. Inspire, levantando e sentando sobre 
um lado. Expire, levantando e sentando sobre o outro 
lado. Repita 10 vezes. 
BENEFÍCIOS : trabalha o períneo, os glúteos e for-
talece as coxas. Alonga os braços e abre o peito. 
 
 
 
 
 
MEIA COBRA (ARDHA -BHUJANGASANA ): Ajoelhada, coloque a perna 
esquerda à frente, deslocando o peso do corpo para a frente, e leve o bebê ao 
alto, segurando-o nesta posição enquanto confortável. Desfaça, colocando seu 
bebê no chão, alongando sua perna e repita para o outro lado. 
BENEFÍCIOS : alongamento anterior, abrindo o peito e fortalecimento dos 
braços. 
 
 
 
 
 
 
TORÇÃO LATERAL (MATSYENDRASANA ): Sentada com as pernas 
estendidas, sente o seu bebê segurando-o sobre a perna direita e flexione a 
perna esquerda. Em seguida, olhe para trás, no lado esquerdo, apoiando sua 
mão esquerda atrás, na coluna. Desfaça e repita para o outro lado. 
BENEFÍCIOS : torção da coluna, irrigação dos órgãos internos, ajuda a 
flexibilizar a mente. 
 
 
 
 
 
 
 
1
2
3

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
123 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
EXERCÍCIO SUTIL (SUKSHUMA VYAYANA): Fique sentada, com o bebê sobre as suas pernas, e faça 
o exercício Sutil. 
PÉS : 
a) Sentada, o bebê sobre as suas pernas estendidas para frente, tensionar os pés para frentee para trás. 
b) Rodar o pé esquerdo para o lado esquerdo e depois para o direito. Repetir com o pé direito. 
c) Por fim, fazer o mesmo exercício com os dois pés juntos, girando-os para o mesmo lado. 
CABEÇA : 
a) Flexionar a cabeça lentamente para frente e para trás. 
b) Balançá-la para um lado e para o outro, como se fosse encostar as orelhas 
nos ombros. 
c) Girar a cabeça completamente, dando uma volta de 360º para ambos os la-
dos. 
Todos esses movimentos devem ser repetidos 7 vezes para cada lado. Procurar 
começar sempre pelo lado esquerdo. Fazê-los o mais lentamente possível, pro-
curando perceber onde existem tensões localizadas. 
 
BENEFÍCIOS : trabalha as articulações, circulação e coordenação motora. Relaxa tensões da cervical. 
 
 
 
 
 
POSTURA DA ÁRVORE (VRIKSHASANA OU VRKSASANA ): Segurando o 
bebê, faça a postura da árvore de um lado, depois do outro. 
BENEFÍCIOS : postura de equilíbrio e concentração. Auxilia a diminuir as oscilações 
internas, encontrando o equilíbrio com o bebê. 
 
 
 
 
 
1
2
4

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
124 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
 
 
 
GINETE : em pé, flexionar os joelhos, mantendo os pés no chão, e segurar o 
bebê pelas axilas, fazendo um balanço com ele para frente e para trás. 
BENEFÍCIOS : fortalece as pernas e braços e é uma brincadeira para o bebê. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELEFANTINHO (HASTINASANA ): Faça a postura do elefante, em pé, com os 
pés fechados. Se for mais confortável, levante os calcanhares. Deixe os braços ao 
longo do corpo, balançando-os para um lado e para o outro, até enxergar os calca-
nhares. Faça a vontade. 
BENEFÍCIOS : relaxamento em pé, solta todo o corpo, liberando a coluna de ten-
sões. 
 
 
 
 
 
 
1
2
5

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
125 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
 
EXERCÍCIOS COMPLEMENT ARES : Mantendo o bebê sobre as suas pernas, faça os exercícios comple-
mentares da Shantala: 1) Abra e feche os bracinhos do bebê. 2) Leve a mão do bebê na virilha oposta e o pezi-
nho no ombro oposto, alternando. 3) Cruze as perninhas, colocando um pé sobre o joelho e o joelho sobre o 
pé, alternando. 
BENEFÍCIOS PARA O BEBÊ : estimula o retorno circulatório, oxigena o cérebro, estimulando a memória, 
melhora a respiração através da abertura do peito. Faz uma torção em torno do eixo da coluna provocando um 
alongamento da pelve. Alivia tensões na coluna e no quadril. Ajuda a eliminar os gases. 
 
 
RELAXAMENTO (SHAVASANA ) COM CONTRAÇÕES P E-
RINEAIS : Induza o relaxamento, fazendo um trabalho de consci-
entização do assoalho pélvico, contraindo dois tempos e relaxando 
um tempo, repetindo várias vezes. 
BENEFÍCIOS : promove energia e saúde para a mãe e o bebê, 
aumentando o oxigênio e o prana (energia vital). Revitaliza e enri-
quece energeticamente. Fortalece o períneo. 
 
 
 
 
 
 
MEDITAÇÃO : Relaxamento com estímulo do vínculo mãe-bebê. 
BENEFÍCIOS : promove uma sensação de paz, relaxa toda a musculatura 
do corpo e desenvolve a concentração. Aumenta o vínculo com o bebê. 
 
 
 
 
 
 
1
2
6

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
126 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
16. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 
 
YOGA PARA GESTANTES - Fadynha – Ed. Ground 
PARTO ATIVO – Janet Balaskas – Ed. Ground 
YOGA FOR PREGNANCY – Françoise Freedman – Ed. DK 
DVD MASSAGEM PARA BEBÊS – SHANTAL A E BABY YOGA– Cristina Balzano Guimarães – 
Ed. Azul Music 
YOGATERAPIA – Nilda Fernandes Ed. Ground 
MEDITAÇÕES PARA GESTANTES – O GUIA PARA UMA GRAVID EZ SAUDÁVEL , PLENA 
E FELIZ – Fadynha – Ed. Ground 
YOGA E PARTO - Eliane Lobato – Ed. Ediouro 
YOGA PARA GESTANTES – Rosângela Maria Bassoli – Ed. Átomo 
YOGA PARA EL PARTO NATURAL CONSCIENTE – Getus Egda – Ed. Pax (México) 
O LIVRO DE YOGA E SAÚDE PARA A MULHER – Linda Sparrowe e Patrícia Walden – Ed. Pen-
samento 
YOGA E MATERNIDADE – Ma Anand Gandha – Ed. Tao 
YOGA PARA BEBÊS – Françoise Barbara Freedman – Ed. Gaia (Espanha) 
YOGA MOM BUDDHA BABY – Jyothi Larson 
LOBAS E GRÁVIDAS – Livia Pena Rodrigues – Ed. Agora 
EXERCÍCIOS PRÉ-NATAIS – Bárbara Dale / Johanna / Rober – Ed. Maltese 
A GRAVIDEZ E O PARTO E OS CUIDADOS COM O BEBÊ – Alice Ferinberg – Ed. Ground 
QUANDO O CORPO CONSENTE – Marie Bertherat – Ed. Martins Fontes 
EU POSSO FALAR – Manuel David Coudris – Ed. Ground 
NASCIDO NO MAR – Chris Griscom 
SAÚDE NATURAL PARA MULHERES GRÁVIDAS – Elizabeth Burch / Judith Sacks – Ed. Madras 
CIENTIFICAÇÃO DO AMOR – Michel Odent – Ed. Terceira Margem 
RENASCIMENTO DO PARTO – Michel Odent – Ed. Terceira Margem 
ÁGUA & SEXUALIDADE – Michel Odent – Ed. Terceira Margem 
PARTO DE CÓCORAS – Moyses Paciornik – Ed. Brasiliense 
ENTRE AS ORELHAS H ISTÓRIAS DO PARTO – Ricardo Jones – Ed. Ideias a Granel 
MEMÓRIAS DO HOMEM DE VIDRO – Ricardo Jones – Ed. Ideias a Granel 
O QUE ESPERAR QUANDO VOCÊ ESTÁ ESPERANDO – Cristina Hopikins Arlen Einsemberg – Ed Record 
 
 
 
1
2
7

 
CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE YOGA PARA GESTANTES 
127 POR CRISTINA BALZANO GUIMARÃES E VEENA MUKTI 
REVISTA VIDA E YOGA (BABY –YOGA) 
YOGA EMBARAZO Y PLENITUD – David Lifar – Ed. Vergara 
YOGA PARA EL EMBARAZO – Wendy Teasdill – Ed. Gaia 
YOGA PARA EMBARAZADAS – Aixa Hernández de Prono – Ed. Kier 
GENTLE BIRTH METHOD – Dr Gowri Motha & Karen Swan MacLeod – Ed. Thorsons 
BHAGAVAD GITA – a edição e tradução que você gostar mais 
YOGA SUTRAS DE PATANJALI – a edição e tradução que você gostar mais 
O EU SEM DEFESA (PATCHWORK) – Susan Tesenta (Sugestão para quem tem dificuldade em en-
gravidar)

Mais conteúdos dessa disciplina