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AVD teoria da pena 11-11-2021 10 pontos 1,25 pts. 1. O prazo mínimo para a medida de segurança é estabelecido pelo juiz que profere a sentença, podendo ser de um a três anos (art. 97, § 1º, do CP). Não foi previsto pelo Código Penal prazo máximo de duração da medida de segurança. No entanto, como a Constituição Federal determina que no Brasil não haverá pena de caráter perpétuo e que o tempo de prisão não excederá 30 anos (art. 75 do CP) é possível afirmar que a medida de segurança não pode ultrapassar 40 anos de duração. Mesmo porque, se o que se busca com a internação é o tratamento e a cura, ou recuperação do internado e não sua punição, 40 anos é um prazo bastante longo para se conseguir esse objetivo. Considerando o acima narrado, podemos entender que a medida de segurança possui uma condição diferenciada da pena, estabelecendo que o nosso Código Penal, adota o Sistema: Duplo Binário da medida de segurança. Eclético. Unitário. Vicariante. Misto. 1,25 pts. 2. (OAB / 2007 - Adaptada) O direito penal ou direito criminal é a disciplina de direito público que regula o exercício do poder punitivo do Estado, tendo por pressuposto de ação delitos (isto é, comportamentos considerados altamente reprováveis ou danosos ao organismo social, afetando bens jurídicos indispensáveis à própria conservação e progresso da sociedade) e como consequência as penas. O direito penal varia de acordo com a jurisdição, e difere do direito civil, onde a ênfase se concentra principalmente na resolução de litígios e compensação de vítimas do que na punição. Fonte: Direito penal ou Direito Criminal. Disponível em: https://www.hassadvocacia.com.br/artigos/direito-penal-ou-direito-criminal#:~:text=O%20direito%20penal%20ou%20direito,indispens%C3%A1veis%20%C3%A0%20pr%C3%B3pria%20conserva%C3%A7%C3%A3o%20e. Acesso em: 12 Aug. 2021. Assinale a opção correta acerca do direito penal. O crime de extorsão é considerado crime de mera conduta e se consuma independentemente de o agente auferir a vantagem indevida almejada. A extorsão se consuma no momento em que a vítima, antes de sofrer a violência ou grave ameaça, realiza o comportamento desejado pelo criminoso. O princípio da consunção pressupõe a existência de um nexo de dependência das condutas ilícitas, para que se verifique a possibilidade de absorção da menos grave pela mais danosa. Nos delitos instantâneos de efeitos permanentes, a atividade criminosa se prolonga no tempo, tendo o agente a possibilidade de cessar ou não a sua conduta e seus efeitos. O crime de cárcere privado constitui espécie de delito instantâneo. 1,25 pts. 3. Laura e Gabrielle combinaram praticar um crime de furto, assim ficando definida a divisão de tarefas entre as duas: Laura entraria na residência de sua ex-patroa Shirley, pois esta estava viajando de férias e, portanto, a casa estaria vazia; Gabrielle aguardaria dentro do carro, dando cobertura à empreitada delitiva. No dia e local combinados, Laura entrou desarmada na casa e Gabrielle ficou no carro. Entretanto, sem que elas tivessem conhecimento, dentro da residência estava um agente de segurança, José, contratado por Shirley. Ao se deparar com o segurança, Laura constatou que José estava cochilando em uma cadeira, com uma arma de fogo em seu colo. Laura então pegou a arma de fogo, anunciou o assalto e, em face da resistência do segurança José, findou por atirar em sua direção, lesionando-o gravemente. Depois disso, subtraiu todos os bens que guarneciam a residência. Nessa situação: Gabrielle vai responder pelo mesmo crime que Laura, só que em participação de menor importância. Laura e Gabrielle deverão responder por furto e roubo por serem criminosas de alta periculosidade. Laura e Gabrielle devem responder pelo mesmo crime com base na teoria monista. Deve-se aplicar a Laura a pena do crime de furto, por cooperação dolosamente distinta uma vez que o resultado mais grave não foi previsível, mas ainda que seja considerado previsível responderá pelo crime de furto. somente, com pena aumentada até a metade. Deve-se aplicar a Gabrielle a pena do crime de furto, por cooperação dolosamente distinta uma vez que o resultado mais grave não foi previsível, mas ainda que seja considerado previsível responderá pelo crime de furto com pena aumentada até a metade. 1,25 pts. 4. Max e Jeff não gostam de Pedro, concorrente deles no âmbito profissional, que costuma jogar sujo nos negócios. Certo dia Jeff fala para Max que não aguenta mais e que irá acabar com Pedro. Max, então, empresta sua arma de fogo para Jeff e vai viajar para a Europa. No dia seguinte, Jeff pega a arma emprestada por Max e vai ao encontro de Pedro, ceifando sua vida. Considerando o concurso de pessoas: Max e Jeff serão responsabilizados por homicídio, sendo Max partícipe do crime, ante seu auxílio material. Apenas Jeff será responsabilizado por homicídio, já que Max nada fez e estava viajando no momento do crime. Max e Jeff serão responsabilizados por homicídio, sendo ambos coautores do crime. Max e Jeff serão responsabilizados por homicídio, sendo Max autor e Jeff patícipe. Apenas Jeff será responsabilizado por homicídio, porquanto Max prestou mero auxílio moral. 1,25 pts. 5. Rudinei, após o cometimento de uma infração penal de furto, se restou condenado em julgamento proferido na Comarca de Itibiara, por determinado fato, tendo efetivamente cumprido a pena que lhe foi imposta. Posteriormente, passados dois anos após este julgamento, ele foi novamente julgado e condenado pelo mesmo fato pela Comarca Caricota, uma vez que a infração penal ocorreu entre limite de dois Municípios, em Estados diferentes. Utilizando as informações acima indicadas, um dos Princípios Constitucionais da Pena, descrito junto a Constituição da República Federativa de 1988 se restou violado em razão da segunda condenação pelo mesmo fato, sendo este o: Princípio da Vedação a Dupla Penalização (ne bis in idem). Princípio da Proporcionalidade. Princípio da Intranscendência. Princípio da Legalidade. Princípio da Personalidade. 1,25 pts. 6. Considerando os estudos à luz da Teoria da Pena e do estudo do Direito Penal, bem como o Controle Social Penal e Estado Democrático de Direito, em contraponto com os Direitos Humanos, analise o texto a seguir: O Ministro da Justiça e o Presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) assinaram acordos de cooperação técnica para facilitar a implantação do projeto Audiência de Custódia em todo o Brasil. Os acordos buscam incentivar o desenvolvimento da prática das penas alternativas e da política de monitoração eletrônica. As medidas previstas nos acordos buscam estimular e aproveitar o ¿potencial desencarcerador¿, assegurando o uso dessas ferramentas com respeito aos direitos fundamentais. A assinatura dos documentos alinha-se a uma das principais diretrizes da atual gestão do CNJ, que é o combate à ¿cultura do encarceramento¿. Segundo o Ministro da Justiça, é necessário desnudar problemas típicos do sistema prisional brasileiro, a exemplo da superlotação carcerária e da falta de capacidades para a ressocialização de presos. ¿Precisamos aplicar as sanções penais devidas e efetivas. Ainda há a ideia de que apenas a pena restritiva de liberdade é eficaz, mas há medidas cautelares, como a monitoração eletrônica, que precisam ser aplicadas. Precisamos encontrar sanções penais duras, eficazes e que não prejudiquem a segurança pública nos estados¿, defendeu o Ministro. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/categorias?id=justica-e-seguranca Acesso em: 09 dez. 2020 (adaptado). Com base nesse texto, avalie as afirmações a seguir. I. A realidade da superlotação no sistema carcerário brasileiro é tema de extrema importância e preocupação na seara dosDireitos Humanos. Assim, há de se priorizarem políticas públicas que tenham como metas de longo alcance o encarceramento. II. O projeto Audiência de Custódia, cujo objetivo é incentivar a utilização das penas alternativas e da política de monitoração eletrônica, deverá ser implementado em todos os estados da Federação. III. A necessidade de ressocialização dos presos constitui uma das grandes preocupações dentro do sistema prisional, que precisa ser revisto diante da nova proposta do Conselho Nacional de Justiça. É correto o que se afirma em II e III, apenas I, II e III. I e III, apenas. II, apenas. I, apenas. 1,25 pts. 7. ( Prefeitura de Conceição de Macabu - RJ / 2020) O Código Penal Brasileiro define que as penas privativas de liberdade deverão ser executadas de forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados determinados critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso, poderá, desde o início, cumprir sua pena em regime semiaberto, o condenado: Não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos. Não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito) anos. Nenhuma das alternativas anteriores. Não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 2 (dois) anos. A pena superior a 8 (oito) anos. 1,25 pts. 8. ODORICO praticou o crime de furto simples (art. 155, caput, do CP). No momento de prolatar a sentença condenatória o juiz verificou, compulsando os autos, que existiam dois inquéritos policiais e três ações penais em desfavor de ODORICO. Assim, analisando as circunstâncias judiciais do art. 59 do CP para fixação da pena base entendeu que existiam maus antecedentes e majorou a pena base. Nesta hipótese é CORRETO afirmar que: O juiz errou ao majorar a pena base, pois maus antecedentes são observados na segunda fase do cálculo da pena, tendo em vista que se trata de agravante. O juiz errou ao majorar a pena base, uma vez que inquéritos policiais e ações penais em curso não podem ser considerados maus antecedentes. O juiz acertou ao majorar a pena base, pois inquéritos policiais e ações penais em curso são sim considerados maus antecedentes O juiz errou ao majorar a pena base, tendo em vista que maus antecedentes devem ser observados na terceira fase do cálculo da pena. O juiz acertou ao majorar a pena base, porém somente as ações penais em curso é que devem ser considerados maus antecedentes.