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RESUMO PROCESSO CIVIL III 1. O sentido do recurso e qual o seu objetivo: O recurso se origina em razão do inconformismo, isto é, quando uma pessoa se encontra insatisfeita do resultado do processo. E se terá por finalidade, a busca pela alteração da decisão proferida, para uma mais favorável. 2. Quanto o nascimento do processo e os seus juízos respectivos: Em regra, os processos irão nascer em 1º grau, o qual será apreciado por um juízo a quo. Já quando a parte decide por recorrer, o processo encaminhará para o juízo ad quem. OBS: A decisão na esfera de segundo grau, poderá ser uma decisão monocrática, ou seja, quando apenas o relator decide sobre a questão. Ou irá se ter um acórdão, a qual se dará por decisão de colegiado, isto é, por um conjunto de desembargadores. OBS: Em situações especiais, poderá ser cabível o processo subir até ao terceiro grau, sendo este denominado como superposição. E neste grau se admite duas espécies de recursos, sendo estes: Recurso ordinário=STF e o recurso especial (RESP)=STJ *Critérios de distribuição: I Alternatividade: - Irá alternar as câmaras de forma que venha ficar equilibrado para todos, ou seja, sem o sobre carregamento maior de uma para com a outra. OBS: Palavra chave=equilíbrio. II Sorteio eletrônico: - Este critério visa pela a imparcialidade. III Publicidade: - É importante a publicidade, pois é por meio desta que os atos se tornarão válidos, sem contar a questão que é preciso dar ciência as partes. OBS: Ao relator obter o recurso em mãos, este terá o prazo de 30 dias para efetuar o relatório. 4 Poderes do relator desembargador: I Homologar uma autocomposição. II Produção de provas: - Mesmo em segundo grau, poderá o relator desembargador produzir provas E este o fará, quando não se encontrar satisfeitos com as informações contida no processo. *FORMA DE PRODUÇÃO DE PROVAS DO DESEMBARGADOR RELATOR A) Por meio de carta de ordem, a qual o relator irá pedir ao juiz a quo (1º grau), para que este colha a prova sendo feita oralmente. B) Produção oral no gabinete do relator, ou seja, ele poderá efetivar essa produção pessoalmente. C) A terceira hipótese, poderá ser feita na sessão, ou seja, na presença do colegiado. III Tutela provisória: - Poderá o relator analisar e apreciar um pedido de tutela provisória, caso esta tenha sido pedida em segundo grau. IV Juízo de admissibilidade! - Irá se analisar se o recorrente preenche todos os requisitos do recurso/pressupostos recursais: - O juízo de admissibilidade comporta duas modalidade, podendo ser: Positivo ou negativo. *Juízo de admissibilidade positivo Ocorre-se todo o preenchimento dos requisitos, tendo-se a expressão de conheço o recurso. *Juízo de admissibilidade negativo Ausência de alguns dos requisito, tendo-se por expressão de não conheço o recurso. V - Juízo de mérito - Irá se analisar o mérito do recurso, podendo ser considerado positivo ou negativo. Positivo= dou provimento ao pedido. negativo=nego provimento ao pedido. - Hipóteses do desembargador relator negar o provimento do recurso. A) Quando o mérito ferir súmulas/entendimentos do STF, STJ ou até mesmo do próprio tribunal. B) Acórdão proferido pelo STF ou STJ em relação a recursos repetitivos. C) Incidência de entendimento repetitivos. *Juízo de mérito positivo O desembargador relator poderá dar provimento ao recurso, caso a decisão que fora proferido pelo magistrado venha ferir uma das hipóteses acima, porém, a grande diferença se encontra, que no negativo, é o pedido do recurso que fere. Enquanto no positivo, é a decisão proferida pelo magistrado que está errada. VI - Apreciar a instauração da desconsideração da personalidade jurídica: - O desembargador relator poderá analisar/apreciar o pedido da desconsideração da personalidade jurídica, se porventura esta tenha sido instaurada no tribunal. OBS: A desconsideração se encontra prevista a partir do art. 133 do cpc. VII - Intimação do MP: - O desembargador relator poderá determinar a intimação do MP, caso seja necessária a sua presença. Art. 178 do cpc. VIII Atribuições: - O relator poderá exercer outras atribuições, as quais se encontrem presente no regimento interno. IX Alteração trazida pelo cpc/15: - Antes do relator declarar inadmissível o recurso, em razão de um vício o qual seja sanável, poderá abrir o prazo de até 5 dias para que a parte venha sanar este vício. OBS: O parágrafo único do art. 932, é cabível para todas as espécies recursais. OBS: Em regra irá se buscar o saneamento do vício. OBS: Não será permitido a complementação ou qualquer alteração no pedido recursal, o qual não venha está presente originariamente. 1 - Princípios recursais: I Princípio da Duplo grau de jurisdição: - Quando uma decisão causar um certo prejuízo alguém, esta será passível de uma revisão. Podendo esta ser feita tanto por um órgão do 1º ou 2º grau. OBS: O duplo grau se tem por fundamento, a reanálise da decisão. II Princípio da taxatividade: - Somente serão recursos, aqueles previsto expressamente no cpc ou em leis especiais, ou seja, sendo estes listados de forma taxativa. III Princípio da unirrecorribilidade, ou também conhecido como princípio da unicidade: - Para cada ato judicial, só será cabível um único recurso. OBS: Vale ressaltar que há a exceção quanto a este princípio apresentado acima, podendo excepcionalmente se utilizar dois recursos, porém, só será permitido, quando um ato do magistrado venha violar um dispositivo constitucional e um dispositivo infraconstitucional, sendo utilizado recurso extraordinário ou recurso especial (RESP). IV Fungibilidade recursal: - Permite a substituição de um recurso por um outro mais adequado. V Princípio da adequação: - Para cada situação será aplicado um recurso específico, como por exemplo: Sentença x apelação. Decisão monocrática x agravo interno. Decisão interlocutória x agravo de instrumento, porém, se porventura o caso não remeter ao art. 1015 do cpc, deverá esperar o término da fase de conhecimento para aplicar apelação. VI Princípio dispositivo: - Deverá ter uma ligação entre o pedido recursal para com a decisão proferida, sem contar que a decisão do juiz deverá se limitar ao que foi requerido. 2 - Recurso adesivo: O recurso adesivo conhecido também como recurso subordinado, visto que este irá insurgir em decorrência de um outro recurso anteriormente interposto, fazendo-se valer da denominação de subordinado. Entretanto, mesmo que este recurso adesivo venha existir em razão de um outro recurso independente, não há o que se dizer de uma outra ação, pois ambos se encontram em um único processo. *CARACTERÍSTICAS E HIPÓTESES DE INTERPOSIÇÃO DE UM RECURSO ADESIVO I Ser subordinado, ou seja, este só existirá se caso o recurso originário se faça presente. II Sucumbência recíproca, isto é, quando a decisão proferida tenha sido ruim para ambas as partes. Ex: Luiz almeja receber de Matheus 10.000 reais, todavia, o juiz Iggor prolata a sentença a qual faz com que o Matheus deva pagar apenas 5.000 reais para Luiz. Diante do caso acima, fica visível que Luiz poderá ficar inconformado, pois almeja ganhar mais. E sem contar, que Matheus desejava ter que pagar nenhum centavo a Luiz. Conclusão, havendo-se no caso em tela uma sucumbência recíproca. *PRAZO DO RECURSO ADESIVO O prazo será igual o das contrarrazões, ou seja, a partir do momento que a outra parte interpor uma apelação, abrirá consigo o prazo de 15 dias para que seja feita tanto a contrarrazões, como também o recurso adesivo. OBS: A parte poderá aplicar os dois concomitantemente, visto que as contrarrazões irá de encontro com o recurso interposto pela outra parte, enquanto o recurso adesivo irá enfrentar a decisão proferida do magistrado. *ESPÉCIES RECURSAIS CABÍVEIS NO RECURSO ADESIVO Apenas 3 espécies recursais cabem a utilização do recurso adesivo, sendo elas: 1 Apelação 2 Recurso extraordinário 3 Recurso especial (RESP) *Certas situações no recurso adesivo No caso da desistência da parte que detém o recurso originário, se terá por consequência, o não conhecimentodo recurso adesivo, visto que este só veio a existir por conta do originário. OBS: O mesmo se aplicará se caso não venha ser admitido. OBS: Na ocorrência da desistência do originário, nada a parte detentora do recurso adesivo poderá fazer, uma vez que já havia se conformado com a decisão já proferida pelo juiz. 3 Juízo de admissibilidade e os seus requisitos: Como já fora dito no primeiro resumo na parte sobre os poderes do relator, o juízo de admissibilidade nada mais é, do que a verificação dos requisitos do recurso ou dos pressupostos recursais, podendo ser positivo=preenchimento de todos os requisito e tendo-se por resultado, o conhecimento do recurso. Enquanto for negativo, vale dizer que falta alguns dos requisitos e se terá por resultado o não conhecimento do recurso. *REQUISITOS DO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE: I Legitimidade para recorrer: - Poderão recorrer: A) A parte vencida. B) O terceiro prejudicado. C) O MP, podendo este ser tanto parte no processo, como também, um fiscal da ordem jurídica. II Interesse de recorrer: - O interesse de recorrer está ligado com a necessidade de buscar por meio de um recurso, a modificação da decisão proferida pelo juiz. Sendo o recurso a única saída da parte, mas havendo o respeito para com o princípio da adequação, ou seja, aplicando-se o recurso certo em face do ato certo. III Regularidade formal: - É aquele que irá possuir especificidade na lei de acordo com o recurso que fora interposto. Vale dizer, que além da formatação própria, algumas espécies recursais exigem a instrução de documentos nas peças. IV Motivação ou exigência de fundamentação: A peça recursal deverá conter as razões do pedido de nova decisão. Esse pressuposto existe por dois motivos: 1º Deverá o tribunal ter ciência do que há de ser enfrentado. 2º É preciso que a parte contrária tenha ciência do recurso, uma vez que este precisa se preparar para elaborar as suas contrarrazões. V Tempestividade: - Deve-se atentar para todos os prazos recursais e obedecê-los devidamente. A) Uniformização dos prazos recursais: - A maioria das espécies recursais, terão por prazo de 15 dias. OBS: O recurso inominado o qual é previsto na lei especial de Nº 9.099/95 juizado especial, se terá por prazo de 10 dias. B) Feriado local: - É obrigação do recorrente comprovar no momento da interposição do recurso, a ocorrência de algum feriado local. C) Exceção nos prazos recursais: 1 MP, FP e o DP, terão os seus prazos dobrados para quase qualquer um dos atos processuais, sendo então de 30 dias. No caso de embargo de declaração será de 10 dias. 2 Os litisconsortes com advogados distintos e de escritório diverso, se enquadrarão igualmente com os citados anteriormente, ou seja, tendo o prazo de interposição de um recurso em dobro.
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