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Universidade Salgado de Oliveira – Universo Goiânia Professora: Maria de Jesus Paixão Nunes Questionário: Processo civil III – V1 Teoria Geral dos Recursos e Processos nos Tribunais 1) De que atos poderão ser interpostos os recursos? O que dispõe o artigo 499 do Código de Processo Civil, caput “o recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo ministério público”. Só cabe recurso contra pronunciamento do juiz, nunca do Ministério Público ou do Serventuário ou funcionário da justiça. E é preciso que contenha conteúdo decisório. Não cabe, portanto de despachos, atos judiciais de mero andamento do processo. Os recursos são cabíveis contra: Sentenças; Decisões interlocutórias; e Decisões monocráticas proferidas por relator e o acórdão, proferidos pelos Tribunais. 2) Conceitue recurso. Qual a natureza jurídica dos recursos? Numa acepção mais técnica e restrita, recurso é o meio ou instrumento destinado a provocar o reexame da decisão judicial, no mesmo processo em que proferida, com a finalidade de obter-lhe a invalidação, a reforma, o esclarecimento ou a integração. É preciso fazer algumas anotações a esse conceito. • O conceito de recurso não pertence à Teoria Geral do Processo. Não se trata de uma categoria jurídica fundamental, identificável em qualquer espaço-tempo. É um conceito que depende do exame de um dado ordenamento jurídico. Em um sistema, a apelação pode ser recurso, como no Brasil, e, em outro, ser uma ação autônoma de impugnação. • O recurso prolonga o estado de litispendência, não instaura processo novo. É por isso que estão fora do conceito de recurso as ações autônomas de impugnação, que dão origem a processo novo para impugnar uma decisão judicial (ação rescisória, mandado de segurança contra ato judicial, reclamação, embargos de terceiro etc.). • O recurso é "simples aspecto, elemento, modalidade ou extensão do próprio direito de ação exercido no processo"2. O direito de recorrer é conteúdo do direito de ação (e também do direito de exceção), e o seu exercício revela-se como desenvolvimento do direito de acesso aos tribunais. • O direito de recorrer é potestativo3, porque produz a instauração do procedimento recursal e o respectivo complexo de situações jurídicas dele decorrentes, como, por exemplo, o direito à tutela jurisdicional recursal (direito à resposta do Estado-Juiz, que deve ser qualificado pelos atributos do devido processo legal) e o dever de o órgão julgador examinar a demanda. O direito à tutela jurisdicional recursal é um direito a uma prestação. • Normalmente, os recursos caracterizam-se por conter (i) provocação ao reexame da matéria e (ii) impugnação da decisão recorrida. Pode-se dizer que, no Brasil, a definição de recurso também tem esses dois elementos, mas é possível haver impugnação não voluntária. Numa apelação, por exemplo, há provocação e há impugnação, sendo esta última voluntária, ou seja, dependente da vontade de alguém. Na remessa necessária, a impugnação é, por sua vez, compulsória, por força de lei, e não voluntária. A voluntariedade é só do impulso, realizado pelo juiz de primeira instância. Há, na remessa necessária, provocação e impugnação, assim como existe em qualquer recurso. O impulso, feito pelo juiz, ocasiona a incidência da norma que impõe a impugnação. De acordo com Elpídio Donizetti Nunes “Recurso, numa acepção técnica e restrita, é o meio idôneo para provocar a impugnação e, consequentemente, o reexame de uma decisão judicial, com vistas a obter, na mesma relação processual, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração do julgado”. Os recursos não Têm natureza jurídica de ação, nem criam um novo processo. Eles são interpostos na mesma relação processual e têm o condão de prolongá-la. Enquanto há recurso pendente, a decisão impugnada não terá tornado definitivo. Salvo uma única exceção os recursos são interpostos perante o órgão “a quo”, e não perante o órgão “ad quem”. A exceção é o Agravo de Instrumento, interposto diretamente no Tribunal. 3) O que vem a ser error in procedendo e error in judicando? Error in procedendo – tem como base vícios formais do procedimento ou da própria decisão (ex. falta de fundamentação da sentença). Efeito: pedido de anulação da decisão impugnada. Error in judicando – impugna vício de conteúdo da decisão (ex. restou provada excludente de responsabilidade, que elide a necessidade de pagamento de indenização). Efeito: pedido de reforma da decisão impugnada. 4) A decisão do juízo ad quem, substitui a decisão do juízo aquo? Pesquise. O novo diploma legal determina a remessa direta do recurso para o Órgão Superior, que ficará incumbido de realizar único juízo de admissibilidade, conforme artigo 1.030, parágrafo único, NCPC. Veja-se: “Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão remetidos ao respectivo tribunal superior.” “Parágrafo único. A remessa de que trata o caput dar-se-á independentemente de juízo de admissibilidade.” Assim sendo, quanto ao procedimento recursal, o CPC deixa explícito que o juízo a quo somente cuidará de garantir o contraditório mediante a intimação do recorrido para contrarrazoar em 15 dias. Após essas formalidades, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade (art. 1030, parágrafo único), isto é, não há mais, portanto, duplo juízo de admissibilidade na apelação. 5) Conceitue juízo de admissibilidade e juízo de mérito de um recurso. Todo e qualquer recurso, para ser interposto, deve observar alguns requisitos formais, sob pena de não ser analisado. O julgamento de um recurso, então, é dividido em dois momentos: juízo de admissibilidade e juízo de mérito. O juízo de admissibilidade analisa se recurso atende os pressupostos formais exigidos pela lei. Nesta fase, caso o recurso esteja de acordo com as normas, diz-se que o recurso foi conhecido ou admitido. Caso não contenha as preliminares necessárias, o recurso não será conhecido, prejudicando a análise do mérito, ou seja, o recurso morre antes mesmo de ser avaliado. Para o juízo de admissibilidade há inúmeros pressupostos, que segundo a doutrina dominante, se dividem em pressupostos subjetivos e objetivos Já o juízo de mérito irá avaliar a matéria a qual o recurso desafia, ou seja, irá analisar as razões e o pedido constante do recurso, que não se confunde com o mérito da causa propriamente dito. Nesta fase diz-se que caso a decisão atacada seja mantida, diz-se que o recurso não foi provido. Já, se a decisão é reformada, esclarecida, anulada ou cassada, diz-se que o recurso foi provido. Normalmente o recurso é interposto perante o órgão responsável pela prolação da decisão recorrida (juízo a quo), e posteriormente é repassada ao órgão responsável pela análise do mérito recursal (juízo ad quem). Assim, o juízo de admissibilidade, às vezes, é feito perante esses dois juízos. 6) Quais os requisitos de admissibilidade intrínsecos e extrínsecos? Comente sobre eles. Disciplinados nos art. 997, § 2º c/c art. 1.028, ambos do CPC/15, os requisitos são tidos como condição essencial para que, analisados em conjunto, possa ser admissível a análise de mérito na via recursal. Requisitos Intrínsecos: Tem-se por requisitos intrínsecos, aqueles ligados a essência das partes, devem ser analisados no caso concreto para que se aufira ser cabível o recurso contra a decisão que se pretende impugnar, atestar que a parte possui legitimidade recursal, interesse nas modalidades adequação, necessidade e utilidade de interpor o recurso e inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer. Classificação: A) Cabimento: Trata-se de requisito bem delineado por Araken de Assis como aquele em que: “avalia-se a aptidão do ato para sofrer impugnação eo recurso adequado”. Tendo por parâmetro a taxatividade recursal, determinada decisão somente poderá ser combatida por uma única espécie de recurso, dentre as elencadas no art. 994 do CPC/15, em atenção também a unicidade recursal.Assim, o caminho normal do processo é pela existência de pelo menos um ato judicial, geralmente final, que não seja passível de recurso, por formar a coisa julgada, sendo esta irrecorrível. B) Legitimidade: Em termos de legitimidade o CPC/15 trás como legitimados as partes, o terceiro juridicamente interessado e o ministério público, seja atuando como custos legis, seja, obviamente, quando atua como parte. A ideia de sucumbência para adquirir legitimidade recursal passou por sensível mudança, não sendo a mera sucumbência do direito material que gera a legitimidade recursal, mas qualquer circunstância, inclusive de ordem processual, que possibilite uma melhoria da condição do possível recorrente. C) Interesse de Recorrer: Haverá interesse para recorrer sempre que o julgamento por Tribunal de Segunda Instância puder produzir melhoria na situação jurídica do recorrente, devendo ser: útil (possibilitar situação mais favorável ao recorrente) e necessário (o recurso deverá ser o mecanismo essencial para a reforma ou revisão da decisão a quo). D) Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer: Analisaremos aqui fatos praticados pelo recorrente antes ou depois da interposição do recurso que impedem ou extinguem o direito de recorrer, por incompatíveis com a vontade de ver reformado ou anulado o julgado anterior. Definidos pela legislação, os fatos extintivos impedem que o recurso seja interposto, sendo divididos em: a) Renúncia: é ato unilateral da parte, exercido antes da interposição do recurso, independendo da aceitação da outra parte, não podendo ser revogada, exigindo, para a sua validade, a presença dos requisitos de validade e eficácia dos negócios jurídicos em geral, devendo ser expressa e dirigida ao juízo prolator da decisão; b) Aquiescência: trata-se da aceitação, tácita ou expressamente, a qualquer momento, dos termos da decisão pela parte sucumbente no todo ou em parte, sendo negócio jurídico unilateral que independe da manifestação de vontade da outra parte, devendo ser feita antes da interposição do recurso. Requisitos Extrinsecos: São requisitos intimamente ligados ao modo de exercer o recurso, podendo-se dividi-los em: a) Tempestividade: tem-se por tempestivo o recurso interposto dentro do prazo legal, sem que haja a coisa julgada formal ou material da decisão objeto de recurso. Com exceção aos embargos de declaração, interpostos no prazo de 5 dias, os demais recursos serão tempestivos quando protocolados nos 15 dias subsequentes a intimação da parte. Especificamente em relação a Fazenda Pública, o Ministério Público e a Defensoria Pública terão prazo em dobro em todas as suas manifestações, seja para recorrer ou contrarrazoar. b) Preparo: é o valor financeiro a ser dispensado pela parte recorrente para ter seu apelo analisado quanto ao conhecimento e possivelmente ao mérito, referindo-se ao valor necessário para que a máquina estatal do Poder Judiciário seja movimentada. Marinoni define: “Preparar o recurso significa adiantar a quantia necessária para fazer frente aos gastos financeiros oriundo da interposição do recurso.” A Fazenda Pública e o Ministério Público são dispensados do preparo. A insuficiência no valor do preparo somente importará deserção quando, intimado pessoalmente, o recorrente não saná- la em 5 dias. Na interposição, quando o recorrente não comprovar o preparo, mesmo que insuficiente, será intimado para recolher o valor em dobro, sob pena de deserto. Quando houver dúvida fundada no recolhimento do preparo, tendo em vista a primazia do julgamento de mérito, caberá ao relator conceder prazo para que o recorrente possa sanar o vício. c) Regularidade formal: por imposição legal, o recurso terá forma rígida, com quatro requisitos formais básicos: petição escrita, identificação das partes, motivação e, por fim, pedido de reforma, invalidação, esclarecimento ou integração da decisão alvo de recurso. A petição será escrita e dirigida, via de regra, ao órgão prolator da decisão, com razões em anexo ao Tribunal ad quem, com exceções ao agravo de instrumento interposto já no segundo grau e aos embargos de declaração interposto e julgado pelo prolator da decisão embargada. A fundamentação recursal consiste em demonstrar os motivos de fato e de direito pelos quais determinada decisão merece ser reformada, combatendo detidamente cada um dos pontos da decisão, em atenção ao princípio da dialeticidade. Como consequência lógica, o recurso deve ser finalizado com o pedido de reforma, invalidação, integração ou esclarecimento da decisão recorrida, guardando relação com a fundamentação alinhavada ao longo da peça recursal, devendo ser determinado em seus elementos. 7) O rol de recursos cíveis é taxativo? Justifique. De acordo com o princípio da taxatividade o rol de recursos é taxativo, numerus clausus. Pois, só existem os recursos previstos em lei, não sendo dado às partes formular meios de impugnação das decisões judiciais além daqueles indicados pelo Legislador. Além do rol do 994 do CPC, podem ser acrescentados outros que venham a ser criados por leis especiais. Alguns no entanto podem ser confundidos com recursos: são eles a remessa necessária, o pedido de reconsideração e correição parcial. 8) Quem tem legitimidade para recorrer? Legitimidade recursal é adaptação da legitimidade ad causam, na qual só se terá legitimidade para recorrer a parte sucumbente; o Ministério Público, quando fiscal da lei; e o terceiro prejudicado pela sentença. 9) Pode o advogado recorrer em nome próprio? Pesquise. Em juízo, o advogado não postula direito próprio, age como mandatário da parte. Desta forma, não tem legitimidade para recorrer em nome próprio, mas tão somente no da parte. No entanto, os honorários incluídos na condenação, conforme o artigo 23 da Lei nº 8.906/94, constituem direito autônomo do advogado, que pode promover-lhes a execução em nome próprio. Sendo assim, o advogado terá legitimidade para recorrer quando o objeto do recurso forem os seus honorários, mas não o terá para recorrer dos demais pontos da sentença. Nota-se, por fim, que a interposição de apelação apenas sobre os honorários advocatícios não impedirá a execução do restante da sentença. 10) Qual o prazo para interposição dos recursos cíveis? No novo CPC, todos os recursos têm prazo de 15 dias, tanto para interposição quanto para a resposta (artigos 1.002 e 1.003, prazo em dobro para Fazenda Pública, Ministério Público e Defensoria Pública – artigos 180, 183 e 186), com exceção dos embargos de declaração (art. 1.023), que tem 5 dias; prazo para a parte se manifestar sobre vício ou irregularidade do recurso, antes de decisão de relator que considera inadmissível recurso (art. 932, parágrafo único): 5 dias. 11) Quem são os recorrentes que são isentos de custas judiciais? De acordo com o artigo 4° da Lei nº 9.289, de 4 de julho de 1996, são isentos de pagamento de custas: I) a União, os Estados, os Municípios, os Territórios Federais, o Distrito Federal e as respectivas autarquias e fundações; II) os que provarem insuficiência de recursos e os beneficiários da assistência judiciária gratuita; III) o Ministério Público; IV) os autores nas ações populares, nas ações civis públicas e nas ações coletivas de que trata o Código de Defesa do Consumidor, ressalvada a hipótese de litigância de má-fé. A isenção prevista no artigo 4º não alcança as entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas a União, os Estados, os Municípios, os Territórios Federais, o Distrito Federal e as respectivas autarquias e fundações, da obrigação de reembolsar as despesas judiciais feitas pela parte vencedora. 12) Defina preparoe porte de remessa e retorno. Preparo é o adiantamento das despesas relativas ao processamento do recurso. É uma causa objetiva de inadmissibilidade e independe de qualquer indagação quanto à vontade do omissivo. O valor do preparo é a soma da taxa judiciária mais o porte de remessa e de retorno dos autos. Conforme reza o artigo 511, do CPC, o preparo deve ser comprovado no momento da interposição do recurso. “Art. 511. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção”. O porte de remessa e retorno dos autos é a quantia devida para custear o deslocamento do processo até a sede do STJ em Brasília, onde será julgado, e a devolução ao tribunal de origem. O valor deve ser previamente pago sempre que o processo tramitar em um tribunal e uma das partes interpuser recurso para o STJ. Seu valor é definido pelo número de páginas do processo e do estado onde ele se encontra. 13) Faça um pequeno texto explicando sobre o recurso adesivo e seu processamento. Há preparo em recurso adesivo? O recurso adesivo, segundo a lei, fica subordinado ao recurso principal, o que significa que, não sendo este conhecido, também aquele não o será. Se a parte que interpôs o recurso principal dele desistir - e, para tanto, não depende do consentimento da parte contrária, somente exigido para a desistência da ação, ou se não for conhecido por inadmissível, ou pela deserção, o recurso adesivo também não é examinado. Como na apelação, o recurso adesivo é interposto mediante petição dirigida ao juiz a quo contendo a identificação do processo em que a sentença foi prolatada, os fundamentos de fato e de direito e o pedido de nova decisão. A exigência é do art. 997, parágrafo segundo, do CPC, estabelecendo que ao recurso adesivo se aplicam as regras do recurso principal. O prazo para a interposição do recurso adesivo encerra-se no momento em que termina o prazo do recorrente para responder a apelação à qual está aderindo. As mesmas condições de admissibilidade do recurso principal são exigidas para o adesivo, bem como o preparo, isto é, o pagamento da taxa judiciária, demonstrado na petição de interposição do recurso adesivo. O juiz, também em relação ao recurso adesivo, examina os pressupostos de sua admissibilidade. Caso algum esteja ausente, não admitirá o recurso, cabendo contra essa decisão o agravo de instrumento. Caso admita o recurso, contra essa decisão não cabe recurso, podendo o recorrido sustentar, nas contrarrazões, em preliminar, a ausência de qualquer dos pressupostos. O recurso adesivo é julgado na mesma ocasião do julgamento do recurso principal, mas depois do tribunal concluir pelo conhecimento deste. Alguns aspectos merecem destaque quanto ao recurso adesivo. O primeiro deles é que somente poderá ser interposto adesivamente à apelação, aos embargos infringentes, ao recurso especial ou ao recurso extraordinários. Nos demais recursos não se admite recurso adesivo. Outro aspecto é que não pode a parte, que utilizou o recurso independente, recorrer adesivamente caso aquele não seja admitido. Finalmente, não pode ser utilizado na sucumbência múltipla paralela. Se o recurso exigir preparo, mas o recorrente principal, por circunstâncias pessoais (for beneficiário da justiça gratuita, p. ex.), estiver liberado de fazê-lo, o recorrente adesivo não terá, por isso, esse benefício’. Nesse caso, as exigências para o recurso independente e para o recurso adesivo são as mesmas, mas o recorrente principal, por características personalíssimas, está dispensado do preparo. Tais circunstâncias, que são personalíssimas e justamente por isso, não se transferem para o recorrente adesivo. 14) Qual a ocasião oportuna para comprovar o recolhimento do recurso? O momento para comprovar o preparo do recurso é o da sua interposição (artigo 511 do CPC). Não o fazendo nesta oportunidade deve o recurso ser declarado deserto e inadmitido. Assim, não havendo justo motivo para o não recolhimento no momento da interposição do recurso (artigo 519 do CPC), deve o recurso interposto sem o devido preparo ser julgado deserto. 15) Comente sobre a possibilidade de complementação do recurso. Caso o relator no STJ entenda que o recurso trata de questão constitucional, concederá ao recorrente prazo para complementação e apresentação de alegações acerca da repercussão geral. 16) Conceitue renúncia, desistência. Os efeitos da renúncia, meio de autocomposição, são muito mais pesados. A renúncia costuma partir do autor do processo, que sacrifica todo o seu direito para se submeter ao direito pleiteado pelo réu. A consequência disso é a definitividade da questão. Se renunciou, em regra, não há mais possibilidade de rediscussão da mesma matéria. A sentença nesse caso encerra a discussão, com resolução de mérito (Art. 487, III, c, do CPC). A desistência, por sua vez, tem natureza bilateral e não encerra de fato a questão discutida no processo. É dizer: É possível ajuizar uma nova ação para discutir o mesmo problema. A justificativa consiste na natureza da sentença. Neste caso, ela será meramente terminativa, ou seja, não resolve definitivamente o mérito (Art. 485, VIII, do CPC). Pelo fato de a sentença que homologa a desistência ter natureza terminativa, a parte pode propor novamente a ação para tentar de fato resolver o problema (Art. 486, CPC). Por isso, entre os dois institutos, apenas a renúncia é considerada meio de autocomposição, pois só ela tem a capacidade de encerrar de vez a discussão no processo. 17) Quais os requisitos legais para interposição de recurso adesivo? Para ser interposto, o recurso adesivo precisa atender alguns requisitos cumulativos, ou seja, é necessário que todos sejam atendidos simultaneamente. Os requisitos são: Sucumbência recíproca: em direito, existe sucumbência sempre que uma das partes não tem seu interesse atendido pela decisão. A sucumbência é necessária para que exista interesse recursal. Para um recurso adesivo ser interposto, é necessário que ambas as partes tenham sido sucumbentes, ou seja, ambas tenham “perdido”. Interposição de recurso independente: um recurso só pode ser adesivo se existir outro principal independente ao qual ele será aderido. Assim, um recurso adesivo nunca será o primeiro recurso protocolado no processo. Existência de apelação, recurso especial ou recurso extraordinário protocolado: o rol de recursos previstos no artigo 997, §2º, II do Novo Código de Processo Civil é taxativo, portanto, o recurso adesivo só é cabível nos casos de apelação, recurso especial ou recurso extraordinário. Interposição no prazo de resposta para o recurso principal: o prazo para interposição do recurso adesivo é o mesmo prazo para apresentação de contrarrazões da apelação, recurso especial e recurso extraordinário, ou seja, 15 dias. 18) Cite 4 princípios recursais e comente sobre cada um deles. O princípio do duplo grau de jusrisdição está previsto da nossa CF de forma implícita, em decorrência do devido processo legal e da competência recursal conferida aos nossos tribunais. ( arts. 92 a 126 da CF). É o princípio que permite que um órgão superior possa reexaminar a decisão proferida. Além disso, o duplo grau de jurisdição tem incidência limitada permitindo ao legislador restringir o cabimento dos recursos. Conforme o princípio da taxatividade são considerados recursos somente aqueles designados por lei federal, tendo em vista que compete privativamente a União legislar sobre essa matéria (art. 22, I da CF). Assim, o art. 994 do CPC estabelece o rol de recursos cabíveis no processo civil. O referido rol não é exaustivo, existindo outros recursos em leis extravagantes. Já o princípio da singularidade ou unirrecorribilidade se verifica em razão de caber somente um recurso para cada decisão judicial. Uma exceção ao princípio da unirrecorribilidaderefere-se a previsão do art. 1.031 do CPC, de interposição simultânea de recursos extraordinários e especial. Todavia a infringência ao princípio é aparente, pois cada um dos recursos se refere a uma parte da decisão recorrida. Com relação ao princípio da fungibilidade, está diretamente relacionado ao princípio da instrumentalidade das formas, e em decorrência desse princípio o juiz pode aceitar a interposição de um recurso em lugar de outro. Um exemplo dessa fungibilidade encontra previsão no artigo 1024, § 3º, do CPC. Não obstante, em certas situações em que há dúvida objetiva a respeito do recurso cabível para impugnar determinada decisão, admite-se o recebimento de recurso inadequado como se adequado fosse, de modo a não prejudicar a parte recorrente por impropriedades do ordenamento jurídico ou por divergências doutrinárias e jurisprudenciais. Com o CPC, com exceção dos embargos de declaração, o prazo para os demais recursos é de 15 dias. Assim, não haverá mais discussão acerca da não observância do prazo recursal para a aplicação da fungibilidade. 19) Comente sobre a Remessa necessária, correição e pedido de reconsideração. Remessa necessária: a) A remessa necessária não é recurso; é um fenômeno processual que sujeita a sentença de primeiro grau, nos casos previstos em lei, a condição substitutiva obrigatória para a produção de eficácia; b) Aplica-se a remessa necessária aos processos das empresas estatais prestadoras de serviço público; c) Continuará a existir em nosso ordenamento a remessa necessária específica prevista em leis especiais, como desapropriação, ação popular e mandado de segurança, cujas exceções do artigo 496 do CPC/15 não serão a elas aplicadas. Correição: A correição parcial destina-se à correção de decisões não impugnáveis por outros recursos sendo cabível contra ato de juiz que, por erro ou abuso de poder, provoca inversão tumultuária dos atos processuais. A correição possui efeito devolutivo, como qualquer impugnação. Em regra, não possui efeito suspensivo. Na esfera federal, contudo, o art. 9º da L. 5.010/1966 possibilita ao relator suspender ato impugnado até 30 dias. Jurisprudencialmente, tem-se reconhecido a possibilidade de efeito regressivo (juízo de retratação) na correição. A correição tem por consequência o desfazimento de ato que cause inversão tumultuária em processo penal, a aplicação da sanção e/ou providência disciplinar, bem como o refazimento dos atos processuais viciados de acordo com a fórmula instituída em lei. Pedido de reconsideração: Resultado de construção jurisprudencial, o pedido de reconsideração deve ser interposto no prazo recursal, aguardando-se uma solução ao pedido ainda dentro de tal prazo, e no caso de omissão judicial até o vencimento do prazo recursal, deve a parte interpor o recurso adequado, que poderá perder o objeto na hipótese de acolhimento do pedido de reconsideração. Seu objetivo não seria substituir o recurso cabível, poderia ser utilizado tão somente nas hipóteses de decisões que não sofrem os efeitos da preclusão, porque nesse caso o juiz poderia modificar sua decisão mesmo de ofício (matérias de ordem pública), devendo-se permitir o pedido de reconsideração. Fora dessas hipóteses, a possibilidade de o juiz se retratar de sua decisão estaria limitada à interposição de recurso que permita o juízo de retratação. 20) Que são efeitos dos recursos? Os efeitos decorrem de Lei? Justifique. Efeito Devolutivo: Por esse efeito, reabre-se a oportunidade de reapreciar e, novamente, julgar questão já decidida. Dessa forma, conclui-se que não se pode, logicamente, conceber um recurso que não restabeleça, no todo ou em parte, a possibilidade de rejulgamento. Por conta disso, esse é um efeito presente em todos os recursos. Efeito Suspensivo: Refere-se ao impedimento da imediata execução do decisório impugnado. A nova legislação processual civil tratou esse efeito recursal como exceção, pelo fato de apenas o recurso de apelação possuir efeito suspensivo automático. Todavia, caso a imediata decisão produza efeitos que criem riscos de dano grave, de difícil ou impossível reparação e fique demonstrada a probabilidade de provimento do recurso, poderá o litigante requerer o efeito suspensivo. Vale frisar que, essa concessão, dependerá sempre da decisão do relator, caso a caso. Efeito Substitutivo: O efeito substitutivo é atribuído pelo artigo 1.008 do CPC aos recursos em geral. Consiste ele na força do julgamento de qualquer recurso de substituir, para todos os efeitos, a decisão recorrida, nos limites da impugnação. Efeito Expansivo: É uma espécie de variação do efeito devolutivo do recurso. O efeito em tela delimita a área de cognição e decisão dos Tribunais Superiores, na espécie, consiste em reconhecer que a devolução operada pelo recurso não restringe às questões resolvidas na sentença, compreendendo também as que poderiam ter sido decididas, seja porque suscitadas pelas partes, seja porque conhecíveis de ofício. Efeito Translativo: Diz respeito à limitação de cognição do tribunal, salvo se se tratar de matéria de ordem pública. Insta observar que as questões de ordem pública podem ser conhecidas pelo Tribunal ainda que não tenham sido reconhecidas objeto de recurso. 21) Conceitue precedente judicial. Em sentido lato, é a decisão judicial tomada à luz de um caso concreto, cujo elemento normativo pode servir como diretriz para o julgamento posterior de casos análogos. Em sentido estrito, o precedente pode ser definido como sendo a própria ratio decidendi, ou seja, são os fundamentos jurídicos que sustentam a decisão; constitui a essência da tese jurídica suficiente para decidir o caso concreto. A norma em que se constitui o precedente é uma regra. A ratio é o fundamento normativo da solução de um caso; necessariamente, será uma regra. Não por acaso, a norma do precedente é aplicável por subsunção. Importante diferenciar que, a decisão judicial é o ato jurídico de onde se extrai a solução do caso concreto, encontrável no dispositivo, enquanto o precedente, comumente retirado da fundamentação. 22) Conceitue súmula e enunciado de súmula. A Súmula, como dito, é o resumo de toda a jurisprudência pacífica de um tribunal. Deste modo, o resumo da jurisprudência dominante do STF é denominado Súmula da Jurisprudência Predominante do Supremo Tribunal Federal, que é composta por enunciados. E o enunciado é apenas um verbete que expressa determinado posicionamento constante da Súmula. 23) De acordo com o código de processo civil, quais os precedentes considerados obrigatórios? Qual o artigo? O CPC, em rol taxativo, no artigo 927 estabeleceu quais decisões geram precedentes. São elas: as decisões do STF em controle concentrado de constitucionalidade; as súmulas vinculantes; os acórdãos em incidente de assunção de competência (IAC) ou de resolução de demandas repetitivas (IRDR) e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos; as súmulas do STF em matéria constitucional e do STJ em matéria infraconstitucional e a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados. 24) Quais as atribuições de um relator? O relator está presente em todos os tribunais brasileiros, como a Câmara e o Senado Federal; e, ele tem como uma das principais funções analisar todos os detalhes de um processo, logo após essa análise, ele prepara um relatório e depois disso, emite seu voto que serve como referência para os demais juízes, ou ministros (no caso do STF), ou parlamentares (no caso do Congresso). No STF, o relator é responsável por diversas funções. É ele que cuida de processos de autoridades como foro privilegiado, ordenando e dirigindo o processo, ou seja, ele analisa os pedidos de produção de provas, como ouvir testemunhas. Ele também é responsável por decidir questões urgentes que ocorrem nos finais de semana ou feriados e leva ao plenário o julgamento de habeas corpus. A posição do relatoré muito significativa para os demais ministros e para o futuro das questões tratadas no tribunal, visto que seu voto é o primeiro a ser apresentado nas decisões do plenário, que é a reunião de todo os ministros. 25) Para aferição da tempestividade de recurso interposto pelo correio, qual a data a ser considerada. Pesquise. O CPC traz em seu artigo 1.003 que, “para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo Correio, será considerada como data de interposição a data de postagem”, ou seja, a Súmula 216 deve ser revogada, pois previa como data o registro no protocolo da Corte. 26) É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos? Justifique. Sim, segundo o parágrafo 3º do artigo 1.007, assim positivou: “§3º É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos”. 27) O que vê a ser deserção? É o efeito produzido sobre o recurso pelo não cumprimento do requisito do preparo no prazo devido, ou seja, sem o pagamento das custas devidas, o recurso torna-se descabido, provocando a coisa julgada sobre a sentença apelada. Nota-se que o CPC abrandou a obrigação do recolhimento prévio do preparo e do porte de remessa e de retorno. Temos, portanto: • A possibilidade de recolhimento do preparo após a interposição do recurso ( § 4º do artigo 1.007, do CPC); • O direito assegurado ao recorrente de comprovar justo impedimento para o não recolhimento tempestivo do preparo, cabendo ao relator apreciar e decidir a alegação, e se procedente, relevará a pena de deserção, por decisão irrecorrível, na qual fixará o prazo de cinco dias para a efetivação do preparo (artigo 1.007, § 6º, do CPC); • A desautorização da aplicação da pena de deserção fundada em equívoco no preenchimento da guia de custas (artigo 1.007, § 7º), cabendo ao relator, caso haja dúvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrente para sanar o vício em cinco dias. 28) Indique quais os processos de competência originária dos Tribunais e comente sobre cada um deles. A competência do Tribunal pode ser exercida em grau de recurso; duplo grau obrigatório ou necessário; e na forma originária. Em grau de recurso (última instância): Nesse caso, o processo chega ao tribunal através de um instrumento denominado recurso, a fim de que a decisão do juízo inferior seja reexaminada, diminuindo, em regra, a margem de erro e de injustiça. Isso se dá em virtude do princípio do duplo grau de jurisdição. Não obstante as críticas, principalmente diante da aparente contradição com o princípio constitucional da celeridade (art. 5º inc. LXXVIII), pois que tende a perpetuar a marcha processual, o princípio do duplo grau de jurisdição consiste na possibilidade de provocar reapreciação e o julgamento de matéria já decidida, mediante recurso, por órgão hierarquicamente superior. Em duplo grau obrigatório ou necessário (reexame necessário – art. 496, NCPC): O processo não sobe ao tribunal apenas em razão de um recurso interposto pela parte vencida. Independentemente da vontade e iniciativa das partes, a matéria decidida pelo juízo de 1º grau, em alguns casos, pode ser reexaminada pelo tribunal por força do interesse público. “Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:” A interpretação dada pela doutrina é restritiva, no sentido de que se trata de sentença de mérito, o que implica dizer que não se sujeita ao duplo grau necessário às sentenças terminativas. Mas não são quaisquer sentenças de mérito, mas tão somente aquelas proferidas contra o Poder Público, conforme os incisos que se seguem: I – proferida contra a União, o Estado, o Distrito Federal, o Município, e as respectivas autarquias e fundações de direito público; II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal. Vale lembrar que, nesse último caso do inciso II, os embargos julgados procedentes implicam em decisão contrária à Fazenda, já que ela é exequente da execução fiscal. Mas o legislador previu, nos §§ 3º e 4º do art. 496, hipóteses de dispensa do reexame necessário. Nos termos do §3º, não se aplica o art. 496 quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a: - 1.000 salários mínimos para a União e suas respectivas autarquias e fundações públicas; - 500 salários mínimos para os Estados, o DF e suas respectivas autarquias e fundações públicas, bem o s Municípios-capitais de Estados; - 100 salários mínimos para todos dos demais Municípios e suas respectivas autarquias e fundações públicas. Vê-se que há uma diferenciação expressa entre os diversos entes federados. Já o §4º dispensa a remessa necessária quando a sentença estiver fundada em “precedentes do NCPC”, ou seja, em: - súmula de tribunal superior; - acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos repetitivos; - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa. Na forma originária (ou única instância): Nesse caso, o processo inicia-se diretamente no tribunal, sendo, portanto, excluído da competência dos juízes de 1º grau. Tais processos de única instância assim o são em função de: a) Natureza especial da lide: é o caso da ação rescisória, que visa anular ou desconstituir uma sentença já transitada em julgado; b) Condição da pessoa em litígio: mandado de segurança, por exemplo, que a depender da autoridade coatora, será de competência originária do tribunal. Ex: MS contra ato de governador de Estado. c) Razões de ordem política: ações criminais contra prefeitos. Os processos de competência originária dos tribunais não estão sujeitos ao princípio do duplo grau de jurisdição; eles são de única instância. Portanto, não desafiam esse tipo de recurso, mas tão-somente recursos extraordinários em sentido amplo, posto que a remessa destes ao órgão superior dá-se não apenas em virtude de mera sucumbência, mas também em função de se resguardar o direito objetivo (normas constitucional e infraconstitucional, respectivamente). É por isso que mais uma vez que o STF e o STJ, quando do julgamento destes recursos, não constituem um 3º grau de jurisdição, mas graus extraordinários. 29) No tocante aos recursos é correto afirmar que: a) Os recursos, por sua natureza devolutiva, impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso. b) O recorrente poderá, a qualquer tempo mesmo sem anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. c) A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte. d) De acordo com as normas processuais vigentes, não cabe recurso contra despachos exarados. e) Durante o prazo para interposição do recurso, se houver o falecimento da parte ou de seu advogado, ou ocorrer motivo de força maior que suspenda o curso do processo, será tal prazo restituído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a correr novamente o prazo depois da intimação. A alternativa correta: a) os recursos, por sua natureza devolutiva, impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso. 30) Joana e Fátima citadas em uma demanda indenizatória proposta por Pedro, sob o rito comum. Após a audiência de mediação, que restou infrutífera, apenas Joana constituiu advogado, que apresentou contestação. O juiz decretou a revelia de Fátima e, finda a fase instrutória, julgou procedente o pedido formulado por Pedro em face de ambas as rés. Joana para interpor recurso de apelação deverá verificar o prazo: a) 10 dias b) Simples de 15 dias úteis. c) Dobrado de 20 dias úteis d) Dobrado de 30 dias úteis.e) Dobrado de 30 dias corrido. A alternativa correta: b) simples de 15 dias úteis. 31) Situação hipotética: Na interposição de recurso especial, o recorrente não juntou documento comprobatório de feriado local durante o prazo, o que seria necessário para atestar a tempestividade de seu recurso. Assertiva: Nesse caso, segundo o Superior Tribunal de Justiça, o relator deverá conceder prazo para a juntada de documento de comprovação do feriado para sanar o vício. • Certo • Errado A assertiva está incorreta. A corte especial decidiu que a falta de comprovação prévia da tempestividade de recurso, em razão de feriado local, configura vício insanável e torna o recurso intempestivo. No AREsp 957821 o STJ decidiu que “a jurisprudência construída pelo STJ à luz do CPC/73 não subsiste ao CPC/15: ou se comprova o feriado local no ato da interposição do respectivo recurso, ou se considera intempestivo o recurso e, em consequência, opera-se a coisa julgada”. Assim, se o vício é insanável, não é possível conceder prazo para a comprovação do feriado. 32) Paulo ajuizou ação de cobrança contra Pedro, julgada procedente em primeiro grau de jurisdição. O processo tramita pelo meio eletrônico. Inconformado com a r. sentença Pedro apresenta recurso de apelação dentro do prazo legal, mas não comprova no ato da interposição do recurso, o recolhimento do preparo. Neste caso: a) O magistrado deverá aplicar imediatamente a pena de deserção à Pedro. b) Pedro será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro do valor do preparo, dispensado o porte de remessa e retorno, sob pena de deserção. c) Pedro será intimado, na pessoa de seu advogado, para recolher o valor do preparo, inclusive porte de remessa e retorno, sob pena de deserção. d) Pedro será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro do valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção. e) Pedro será intimado, na pessoa de seu advogado, para recolher o valor preparo, dispensado o porte de número e retorno, sob pena de deserção. A alternativa correta: b) Pedro será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro do valor do preparo, dispensado o porte de remessa e retorno, sob pena de deserção. 5e21294eec599138b7773a0a216b3cd19c557ca8ce8a09eb04a98b8afbdf0ba2.pdf 1) De que atos poderão ser interpostos os recursos? 2) Conceitue recurso. Qual a natureza jurídica dos recursos? 4) A decisão do juízo ad quem, substitui a decisão do juízo aquo? Pesquise. 5) Conceitue juízo de admissibilidade e juízo de mérito de um recurso. 6) Quais os requisitos de admissibilidade intrínsecos e extrínsecos? Comente sobre eles. 7) O rol de recursos cíveis é taxativo? Justifique. 8) Quem tem legitimidade para recorrer? 9) Pode o advogado recorrer em nome próprio? Pesquise. 10) Qual o prazo para interposição dos recursos cíveis? 11) Quem são os recorrentes que são isentos de custas judiciais? 12) Defina preparo e porte de remessa e retorno. 13) Faça um pequeno texto explicando sobre o recurso adesivo e seu processamento. Há preparo em recurso adesivo? 14) Qual a ocasião oportuna para comprovar o recolhimento do recurso? 15) Comente sobre a possibilidade de complementação do recurso. 16) Conceitue renúncia, desistência. 17) Quais os requisitos legais para interposição de recurso adesivo? 18) Cite 4 princípios recursais e comente sobre cada um deles. 19) Comente sobre a Remessa necessária, correição e pedido de reconsideração. 20) Que são efeitos dos recursos? Os efeitos decorrem de Lei? Justifique. 21) Conceitue precedente judicial. 22) Conceitue súmula e enunciado de súmula. 23) De acordo com o código de processo civil, quais os precedentes considerados obrigatórios? Qual o artigo? 24) Quais as atribuições de um relator? 25) Para aferição da tempestividade de recurso interposto pelo correio, qual a data a ser considerada. Pesquise. 26) É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos? Justifique. 27) O que vê a ser deserção? 28) Indique quais os processos de competência originária dos Tribunais e comente sobre cada um deles. 29) No tocante aos recursos é correto afirmar que: 30) Joana e Fátima citadas em uma demanda indenizatória proposta por Pedro, sob o rito comum. Após a audiência de mediação, que restou infrutífera, apenas Joana constituiu advogado, que apresentou contestação. O juiz decretou a revelia de Fátima e, fi... 31) Situação hipotética: Na interposição de recurso especial, o recorrente não juntou documento comprobatório de feriado local durante o prazo, o que seria necessário para atestar a tempestividade de seu recurso. Assertiva: Nesse caso, segundo o Super... 32) Paulo ajuizou ação de cobrança contra Pedro, julgada procedente em primeiro grau de jurisdição. O processo tramita pelo meio eletrônico. Inconformado com a r. sentença Pedro apresenta recurso de apelação dentro do prazo legal, mas não comprova no ...
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