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AVALIAÇÃO FINAL - Técnicas Psicoterápicas infantil II

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AVALIAÇÃO FINAL 
Orientações: Leia atentamente as perguntas. Todas as respostas devem ser 
baseadas nas aulas desta disciplina e devem ter como base a abordagem analítico-
comportamental. Não serão aceitos trabalhos iguais, cópias dos slides, sites ou 
de colegas. Também não serão aceitos trabalhos entregues após o prazo acordado. 
 
1- a) No que consiste a formulação de caso clínico infantil? 
A formulação do caso consiste em analisar, obter informações, investigar mais 
sobre o que pode estar ocorrendo mediante aqueles comportamentos, organizar 
todas as informações e desenvolver interpretações terapêuticas sobre a situação 
problema sobre o caso. 
b) Como e quando a formulação deve ser feita? 
A formulação é feita de forma contínua, toda sessão, e são feitas modificações à 
medida que vai se avançando e desenvolvendo com o próprio caso, buscando e 
investigando novas informações, fazendo várias análises funcionais para verificar 
onde está o possível comportamento que está disfuncional na situação, o que está 
mantendo e o que foi observado de relevante. Deve ser formal, precisa haver uma 
coerência entre os fatos relatados e analisados, e terminologias da Análise do 
comportamento quanto escritas. 
c) Quais são as informações que devem estar incluídas na formulação de 
caso? Explique os 12 tópicos. 
Os doze tópicos são: 1- identificação do cliente. Deve obter os dados necessários, 
como nome da criança, idade, ano escolar, e informações da configuração 
familiar. 2- História de vida. Constando, idade dos marcos importantes do 
desenvolvimento, situações que contribuíram para aquisição e manutenção dos 
comportamentos-problemas. 3- História de vida familiar. A história de vida dos 
cuidadores e como seus comportamentos podem contribuir para reforçar esse 
comportamento. 4- História académica. Obtém, comportamentos problema no 
âmbito escolar, vínculos, rotina na escola. 5-História médica. Quais profissionais 
a criança acompanha, motivos, resultados obtidos pelos exames, tratamentos, 
medicações que tomou ou que toma atualmente, e quais resultados. 6-História 
 
 
 
psicológica. Se a criança já frequentou algum terapeuta, se sim, como foi, quais 
resultados obtiveram, se há laudos, como lidaram com as situações dos 
comportamentos-problema. 7- Rotina da criança. Investigar a rotina da criança, 
sendo vínculos, lugares que fica, atividades que executa, horários, se ela fica com 
os pais ou outros e quanto tempo, a escola, período em casa. 8- História de 
mudanças. Outras pessoas que ajudaram os cuidadores em relação à criança, 
comportamentos disfuncionais que lidaram, mudanças que buscam na 
psicoterapia. 9- Identificação de metas terapeutas. Comportamentos que devem 
ser modificados durante o processo, vínculos com os pais da criança além da 
criança, para levar informações, avaliação comportamental do terapeuta, mais 
objetivos a serem alcançados. 10- Análises Funcionais. Identificar relações de 
dependência entre os comportamentos e variáveis ambientais, análise funcional 
para cada situação e caso. 11- Intervenções e procedimentos psicoterápicos. 
Definir metas estabelecidas e análises funcionais realizadas, intervenção 
estabelecida mediante a meta, considerar a criança, cuidadores e demais 
significativos, realização de tempo, quando e as sessões terapêuticas, os materiais 
utilizados. 12- Resultados. Identificar quais foram as mudanças que ocorreram 
em relação à situação, comportamentos problemas, como a criança e os pais 
reagiram e observaram significativamente. 
2- a) Explique como a extinção pode ser utilizada como uma estratégia 
de intervenção para mudança de comportamento infantil. 
Pode ser utilizada como estratégia, quando a criança apresentar um 
comportamento disfuncionais que causam problemas a ela e envolvendo outros, 
podendo usar a extinção como método, para a criança deixar de manifestar aquele 
comportamento negativo, ou seja, um comportamento que era reforçado antes, 
para de ser, fazendo com que a criança não tenha motivos para continuar 
emitindo-o, causando a extinção do mesmo. Em comportamentos privados, a 
criança precisa verbalizar o que sente e o que acontece para aí ser passível de 
mudança, e para isso é imprescindível que se mantenha um vínculo seguro. 
b) Explique como o reforço positivo pode ser utilizado como uma estratégia 
de intervenção para mudança de comportamento infantil. 
Reforçar positivamente aquele comportamento para que a criança o mantenha. 
Sendo possível fazer algo que ela goste quando emite o próprio comportamento, 
 
 
 
elogiar, fazer com que a criança queira manter, para alcançar metas e objetivos 
desejados. 
3- a) Quais são os objetivos da orientação de pais? 
Trata-se de fazer uma psicoeducação para com os pais, orientá-los em relação às 
práticas parentais relacionados a criança, como pode funcionar, ensiná-los a 
analisar funcionalmente o comportarmos dos próprios filhos e ademais situações, 
quais comportamentos deles podem estar mantendo aqueles comportamentos dos 
filhos fazendo com que a situação ocorra, mantendo sempre o foco para tentar 
caminhar para o objetivo e metas desejadas. 
b) Cite e explique no que consiste cada uma das 5 habilidades parentais 
apresentadas em sala de aula. 
Primeira orientação parental é a comunicação, que consiste em promover 
momentos de comunicação e promover a manutenção dos mesmos, dispondo de 
um tempo para com a criança, realizando e respondendo perguntas junto da 
criança. Segunda orientação, expressar sentimentos positivos, essa orientação 
está ligada a aspectos como promover elogios, agradecimentos e promover 
feedbacks positivos, ela circunda o aspecto afetivo como uma necessidade básica, 
trazendo à tona a importância dos comentários positivos e elogios, como um 
movimento de resgate dessas maneiras. Terceira orientação, conhecer direitos 
humanos básico, essa orientação vem com uma proposta reflexiva, apresentando 
a necessidade de reflexão quanto aos direitos e deveres dos pais e filhos, onde 
ambos devem ser respeitados, ressaltando também, a importância do 
estabelecimento de limites, onde o limite do próximo deve ser respeito, assim 
como sua liberdade de expressão e opinião. Quarta orientação, expressar e 
ouvir opiniões, nessa orientação é pontuado para os pais a importância da 
expressão de opiniões, reforçando que através da mesma é possível estabelecer 
relações de confiança saudáveis, além de que, é por meio desse canal que os pais 
podem construir sua história e sua base familiar, em conjunto com a criança. 
Quinta orientação, expressar sentimentos negativos, solicitar mudanças de 
comportamento, dar e receber feedback negativo, da mesma forma que tem a 
orientação da expressão de sentimentos positivos, tem-se aqui a expressão de 
sentimentos negativos, que estão relacionados a ideia de compreender o que está 
por trás, onde os pais devem pontuar para os filhos algumas temáticas como: 
 
 
 
admitir erros e pedir desculpas, apresentar opinião própria (estabelecendo o que 
se é desejado) e avaliar as necessidades de realizar pedidos. 
4- a) O que são habilidades sociais? 
Habilidades sociais, são comportamentos que são aprendidos desde a infância, 
são requeridos, e essenciais para uma boa interação social, tem a probabilidade 
de gerar consequências positivas para o sujeito e os demais, em determinado 
contexto cultural ou situacional, podendo auxiliar a discriminar comportamentos 
mais adequados em diversos contextos sociais. 
b) Discorra sobre cada uma das 4 habilidades sociais apresentadas em sala 
de aula. 
As Habilidades sociais se resumem nas seguintes: Civilidade, Empatia, 
Autocontrole e expressividade emocional e assertividade. Tais habilidades têm 
alta probabilidade de gerar várias consequências positivas para a pessoa e na sua 
interação social. A civilidade, se resume em comportamentos que atendem regras 
e normas para um bom convíviosocial, podendo influenciar tanto na inclusão de 
crianças quanto na de adultos para um grupo social e manter uma boa relação. A 
empatia, trata-se de dois, sendo a empatia cognitiva, tomada de perspectiva do 
outro e empatia afetiva, que são as respostas emocionais compartilhadas. O 
autocontrole e expressividade emocional, que é reconhecer e nomear as emoções 
e as dos outros, expressar e falar sobre elas, discriminar situações em que podem 
ser utilizadas as emoções de maneira adequada. E por fim, assertividade, que seria 
opinar, discordar e defender princípios, diretos, sendo respeitando os dos outros, 
bem como seus limites, podendo em conjunto com o autocontrole e expressão das 
emoções, empatia pelos outros podem auxiliar nessa habilidade. 
5- a) Discorra sobre o que deve ser feito nas primeiras sessões de 
psicoterapia com a criança. 
Pensando nas primeiras sessões de psicoterapia com a criança e de acordo com o 
que a literatura apresenta, os primeiros passo dentro desse cenário seriam os 
seguintes: Inicialmente seria interessante trabalhar a questão do vínculo entre 
terapeuta e paciente, visando estabelecer um bom vínculo, posteriormente 
entraria o processo investigativo (procura de gostos, informações e assuntos de 
interesse da criança), em seguida seria a examinação das demandas e também 
 
 
 
estabelecer o que é a terapia e qual é a motivação dela, porém sempre de uma 
forma mais acessível para a criança. 
b) Discorra sobre o que deve ser feito no decorrer do processo de 
psicoterapia com a criança. 
Primeiramente, deve-se explicar como funciona a psicoterapia, o que vai 
acontecer naquele local, os limites e o sigilo. Ao decorrer, o psicólogo começa a 
desenvolver um vínculo significativo e seguro com a criança, para que haja 
confiança e facilite todo processo terapêutico. Assim, o terapeuta deve mostrar os 
brinquedos para a criança, materiais, para que ela mesma desenvolva a sua própria 
brincadeira, que é passível de observação e análise. Também é necessário que o 
terapeuta ajude a criança a entender e fazer análises funcionais mediante as 
situações, ajudá-la nomear e expressar os sentimentos em relação ao que ocorre, 
criar situações para que ela desenvolva autonomia, e adquira autoconhecimento, 
auto eficácia, avaliar comportamentos disfuncionais e como isso impacta no 
ambiente, e como ela pode agir quando as situações ocorrerem. 
c) Quais são os possíveis motivos do encerramento do processo de 
psicoterapia infantil? Como este deve ser realizado? 
Os principais motivos para que ocorra o encerramento do processo da 
psicoterapia circundam o aspecto do esgotamento dos benéficos para com a 
criança, de modo que, quando todos objetivos já estiverem finalizados e quando 
o terapeuta nota que o caso está de certa forma “estagnado”, sem avanços 
consideráveis (sendo interessante direcionar o paciente para outro profissional). 
Se é entendido como o momento para o encerramento do processo, contudo, o 
mesmo deve ser realizado de forma não abrupta e o terapeuta deve ir trabalhando 
e retomando as questões trabalhadas durante o desenrolar do processo, para que 
a estratégia de manutenção dos ganhos seja assegurada. 
6- a) Quais são os benefícios do brincar? 
O brincar para a criança vista pela perspectiva da Ac, é visto como um 
instrumento extremamente reforçador, onde através deste meio é possível 
construir uma relação terapêutica saudável com estratégia de avaliação e 
intervenção que traz benefícios ao processo neste meio e benefícios futuros. 
 
 
 
Durante o brincar as crianças podem adquirir repertórios de 
relacionamentos que tragam benefícios para o seu desenvolvimento infantil. 
b) Cite algumas das funções do brincar terapêutico. 
Para a técnica analítico-comportamental o brincar exerce diversas funções na 
terapia infantil, o brinquedo para a criança traz a função de um estímulo 
discriminativo onde para a criança é possível aprender novos comportamentos 
tanto quanto modificá-los. Além disso, a utilização do brincar através do meio 
lúdico faz-se uma ferramenta importantíssima para o fortalecimento do vínculo 
do terapeuta com seu cliente, onde através deste será possível observar as 
estratégias que sejam reforçadoras ao longo do processo terapêutico com o 
paciente, assim como também será possível avaliar a relação terapêutica e praticar 
a estimulação da inteligência emocional geral do paciente 
c) Como o brincar terapêutico pode ser utilizado como estratégia de 
avaliação? 
Além de ser uma atividade de importante valor para desenvolvimento da criança, 
dentro do contexto clínico, o brincar é também um meio de comunicação da 
criança, do qual o terapeuta pode utilizar como uma fonte de coleta de dados e 
informações. Pensando nas estratégias, o brincar pode servir também como 
parâmetro de comparação, avaliando se o desenvolvimento da criança está de 
acordo com o desenvolvimento dos demais sujeitos da mesma idade. O brincar 
também é um elemento importante no processo do estabelecimento do vínculo, 
vínculo esse que será o ponto de partida para os demais processos terapêuticos. 
Além de que, por meio do brincar é possível investigar e identificar os 
sentimentos, sensações e pensamentos da criança; analisar os comportamentos 
públicos e privados da criança; estimular o desenvolvimento da inteligência geral 
da criança, dentre outros fatores. 
d) Como o brincar terapêutico pode ser utilizado como estratégia de 
intervenção? Explique cada uma das 4 estratégias apresentadas em sala de 
aula. 
No processo de intervenção infantil o brincar é utilizado como forma de 
intervenção e avaliação que identifica os comportamentos e contingências 
presentes na vida da criança. Por meio disso, o terapeuta pode utilizá-lo através 
 
 
 
de quatro estratégias, sendo estas: 1) modelação: as crianças muitas vezes 
apresentam comportamentos como espelhos, onde refletem o que é aprendido por 
terceiros, devido a isso o terapeuta deve se atentar aos comportamentos que são 
apresentados diante da criança, pois estas podem servir para remodelar as 
contingências. 2) esvanecimento ou fading: refere-se a mudança gradativa dos 
estímulos de comportamento de um estímulo para outro minimizando a 
probabilidade de esquiva diante de temas aversivos de forma gradual. 3) 
modelagem: é a utilização de novas formas de comportamento através do 
reforço, para que isso ocorra de forma adequada é necessária uma boa habilidade 
do terapeuta em se atentar as respostas apresentadas pela criança. 4) bloqueio de 
esquiva: intervenção utilizada para que o terapeuta traga ao paciente indícios de 
que o mesmo está evitando o contato com demandas durante a intervenção, 
indicando para o mesmo o processo de esquiva que está ocorrendo. Este processo 
pode ser feito de modo direto/claro ou sutil e/ou criativo, onde o terapeuta deve 
estar atento ao nível de dificuldade da atividade a ser desenvolvida.

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