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Povo: Traços Característicos e Distintivos Introdução: • O segundo elemento essencial material do Estado é o povo. • O conceito de povo se distingue de população e nação. O conceito de povo: • Está relacionado ao vínculo da nacionalidade entre a pessoa e o Estado. • Entende-se por “povo” o conjunto de indivíduos que em um dado momento se unem para constituir o Estado, estabelecendo, assim, um vínculo jurídico de caráter permanente. (p.80) O conceito de povo: • O elemento humano do Estado. • Possibilita que o Estado seja um ente dotado de vontade. • “Quanto mais respeitada a vontade daqueles que constituem o elemento essencial material humano do Estado, maior é o reconhecimento de se estar diante de um Estado Democrático de Direito”. (p.81) O conceito de população: • O conceito de povo é mais restrito do que o de população, pois refere-se ao aspecto jurídico-político. • “[...] população pode ser conceituada como mera expressão numérica, demográfica ou econômica, que abrange o conjunto das pessoas que vivam no território de um Estado ou mesmo que se encontrem nele temporariamente.”. (p.81) O conceito de população: • Estrangeiros residentes num país compõem a população e não o povo. • “ [...] “cidadão” só pode ser o “nacional” (componente do povo pelo vínculo jurídico-político da nacionalidade com o Estado) que esteja no pleno gozo dos seus direitos políticos. Totalmente diferente é a ideia de população que projeta o conjunto de pessoas que se encontram na base geográfica de poder do Estado, sem nenhuma ligação com a possibilidade de participar da vida política do País”. (p.82) O conceito de nação: • O termo “Nação” refere-se a uma coletividade real que se sente unida pela origem comum, pelos laços linguísticos, culturais ou espirituais, por interesses, ideais e aspirações comuns. (p.82) • O termo “Nação” refere-se a uma coletividade real que se sente unida pela origem comum, pelos laços linguísticos, culturais ou espirituais, por interesses, ideais e aspirações comuns. O conceito de nação: • A nação pode ser entendida como grupo constituído por pessoas que, não necessitando ocupar um mesmo espaço físico, compartilham dos mesmos valores axiológicos e são movidos pela vontade de comungar um mesmo destino.(p.82) • “No entanto, não é necessário que aqueles que reivindicam ser partícipes de uma nação compartilhem de todos os elementos citados a fim de que se caracterize a existência de nação”. (p. 83) Exemplo: Religião no Brasil. O conceito de nação: • Outro aspecto importante é que o conceito de nação, diferentemente do conceito de Estado, não tem no território um elemento essencial. Exemplo: Curdos. Formas de Estado: Introdução: O elemento que caracteriza a forma de Estado é a existência ou não de poderes regionais com capacidade de auto-organização política, administrativa e financeira (Estados autônomos). (p.103) O Estado Unitário: • É caracterizado pela unidade de poder político. • Existe uma só fonte normativa para todo o território do Estado, inexistindo a descentralização política. • Mas, isso não quer dizer que o Estado Unitário não possa sofrer uma descentralização administrativa. • Há relativa autonomia local (administrativa) para municípios, províncias, departamentos, circunscrições, comunas ou condados. O Estado Unitário: • No Estado Unitário, a ideia de centralização política não admite a coexistência de ordens jurídicas (central, regional e local). • “Todos os países latino-americanos, à exceção do Brasil, da Argentina, do México e da Venezuela, são Estados Unitários. Na Europa, podemos citar como exemplo de Estados Unitários: França, Espanha, Itália e Portugal”. (p.103) O Estado Unitário: O Estado Federal: • O federalismo é um instituto jurídico de origem estadunidense. • No entanto, é importante compreender que ainda não se pode falar em um único Estado Federal, pois as Treze ex- Colônias formavam uma Confederação, e não uma Federação. O Estado Federal: • O conceito de federalismo surgiu a partir da Convenção da Filadélfia de 1787. “ (...) um novo modelo de forma de Estado: a federação, na qual os Estados membros não são mais soberanos, mas apenas autônomos com plena capacidade de auto- organização político-administrativa, porém sem o direito de secessão, isto é, sem o direito de separar-se da União”. (p. 104) • Nos Estados Unidos, o conceito de federalismo nasce juntamente com o conceito de presidencialismo em contraposição ao parlamentarismo, sistema de governo até então dominante na Europa. O Estado Federal: • No Brasil, a Constituição de 1988 introduziu mudanças significativas na Federação brasileira atinentes à descentralização do poder político e financeiro para as esferas subnacionais. • O princípio federativo é indissolúvel e não pode ser retirado do corpo Constitucional de 1988 nem mesmo por Emenda. O Estado Federal: • No Brasil o princípio federativo é uma cláusula pétrea, isto é, faz parte das cláusulas de eternidade, perfazendo o núcleo constitucional intangível do Estado brasileiro. • “Eis aqui uma das principais diferenças em relação à Confederação, qual seja, o pacto confederal é dissolúvel, pois a Confederação é a União de Estados Soberanos, enquanto que o pacto federal é indissolúvel, uma vez que a Federação é a União de Estados Autônomos”. (p. 106) O Estado Federal: O Federalismo brasileiro e o americano: • “A origem da formação do federalismo norte-americano é dita centrípeta, pois representa a passagem de um Estado Composto Confederal para um Estado Simples Federal, enquanto que o pacto federativo brasileiro é centrífugo, pois se dá a partir da passagem de um Estado Simples Unitário para um Estado Simples Federal”. (p. 107) Bibliografia: MACHADO, Marcelo L; GOES, Guilherme Sandoval. Ciência Política. Rio de Janeiro, SESES, 2015.
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