Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AV2 - CIÊNCIA POLÍTICA Disciplina: CIÊNCIA POLÍTICA Turma: 1) Considerando as explicações sobre a origem do Estado dos principais teóricos do Contratualismo, Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau, originários na Europa nos séculos XVII e XVIII, responda: A) Mesmo abrangendo várias teorias que pensam de forma diversa a origem do Estado, qual é o elemento que as une na vertente do Contratualismo? Resposta: O elemento que une as teorias da origem do Estado conforme o Contratualismo de Hobbes, Lock e Rousseau é o Contrato Social entre as pessoas e o Estado. B) Apresente as ideias principais de Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau com relação à origem do Estado. Resposta: No contratrualismo de Thomas Hobbes, acredita-se que o estado de natureza no qual o homem vive é essencialmente composto por guerras, disputas e invejas, onde considera-se que “o homem é o lobo do próprio homem”. Diante disso, para estabelecer o equilíbrio entre eles e garantir a paz, Hobbes defendia que o indivíduo transmitiria seus direitos ao soberano, o Leviatã, que teria poder absoluto e não poderia ser questionado e, se necessário, ele iria manter sua ordem por meios coercitivos, ou seja, o povo autorizava todos seus atos e decisões ao Estado Absoluto, a fim de garantirem a paz, a unidade e o equilíbrio das relações sociais. Já o contratualismo de Rousseau, que tem como base metodológica a democracia, acreditava-se que o homem, em um estado de natureza, nasce naturalmente bom, mas a sociedade que o corrompia com suas exigências para suprir a sua vaidade, surgindo, assim, as desigualdades sociais. Diante disso, Rousseau defendia que era necessário fazer o chamado Contrato Social, como forma de proporcionar uma igualdade material para os indivíduos e que a soberania é o exercício da vontade geral, porque o “soberano”, que nada é senão um ser coletivo, só pode ser representado por si mesmo. 2) Há um grande consenso de que o Território, o Povo e a Soberania são os elementos essenciais que materializam a existência do Estado, principalmente após o surgimento do Estado Moderno. Apresente brevemente as características de todos os três elementos e a importância deles para a estruturação do Estado. Resposta: O território é a base física/geográfica na qual se acha efetivamente fixado o elemento populacional, com exclusão da soberania de qualquer outro Estado. O povo é formado pelos membros de uma sociedade política ligados pelo vínculo jurídico-político da nacionalidade, a nação representa uma coletividade real que se sente unida pela origem comum, pelos laços linguísticos, culturais ou espirituais, pelos interesses comuns, por ideais e aspirações comuns. A soberania é o poder de autodeterminação do Estado. É a maior força do Estado, pela qual dispõe sobre a organização política, social e jurídica, aplicável em seu território. No plano externo, a soberania significa a independência do Estado em relação aos demais; a inexistência do nexo de subordinação à vontade de outros organismos estatais. Esses três elementos são indissociáveis e indispensáveis para noção de um estado independente: o povo, em um dado território, organizado segundo sua livre e soberana vontade. 3) ¿De uma parte, a descentralização cada vez mais assinalada em determinados Estado unitários, como no caso da Itália, com a figura jurídica das Regiões (criação constitucional de pós-guerra), e doutra parte os progressivos movimentos centralizadores que se observam contemporaneamente em todas as formas conhecidas de Estado federal, vêm acarretando consideráveis dificuldades doutrinárias à fixação dos critérios distintivos entre o Estado unitário descentralizado e o Estado federal de tendências centralizadoras.¿ (Paulo Bonavides, em Ciência política,10ª. edição, 2000). Com relação às formas de Estado, cite, pelo menos, duas características do Estado unitário e duas características do Estado federativo. Resposta: Estado Unitário: - Não possui poder constituinte decorrente, ou seja, não pode fazer uma Constituição local, podendo, apenas, fazer um Estatuto local que precisará ser aprovado por órgão central; - Não é prevista nenhuma participação específica das regiões autônomas; - No Estado unitário, não existe qualquer segunda Câmara Parlamentar de representação das regiões autônomas ou cuja composição seja definida em função delas. Estado Federativo: - Possui poder decorrente, podendo, assim, elaborar sua própria Constituição sem precisar pedir autorização ao governo federal; - Os Estados federados participam, através de seus representantes, na elaboração e revisão da Constituição Federal; - No Estado Federal, existe uma segunda Câmara Parlamentar, cuja composição é definida em função dos Estados federados (Câmara dos Deputados). 4) A partir do estudo realizado durante nossa disciplina, disserte acerca do Exercício da Autonomia Coletiva, apontando seu conceito e explicitando exemplos atuais em relação ao Estado Brasileiro. Resposta: O Exercício da Autonomia Coletiva consiste na participação dos cidadãos em manifestações nas quais se exige alguma providência do poder público e revela- se em ato da mais relevância política, ou seja, um conjunto de pessoas agindo em prol de melhorias para o corpo social, através da relação com os governantes expressada em uma manifestação. Exemplos: liberdade sindical e greve. 5) Vários pequenos Estados independentes, a fim de obterem maior peso político e econômico, resolvem se organizar sob a forma de confederação, denominada Confederação “C”. Em razão do sucesso da iniciativa, após cinco anos de experiência, os Estados confederados resolvem estreitar os laços e se organizar sob a forma de federação. A exceção foi o Estado “Z”, que não querendo fazer parte do novo pacto, resolve se desvincular da Confederação “C”. O projeto vai adiante com os demais Estados e estes promulgam uma Constituição criando a República Federativa “F”. Passados três anos de criação da República Federativa “F”, alegando insatisfação ao tratamento a ele dispensado, o Estado autônomo “X” informa que retornará a condição de Estado soberano, desvinculando-se de “F”. Pergunta-se: a) De acordo com a teorização que trata das formas de Estado, são aceitáveis as desvinculações de "Z'' e ''X''? Resposta: o Estado “X” não pode se desvincular, pois para se tornar a Federação “F” promulgaram uma Constituição e o pacto federativo é indissolúvel já que a Constituição foi a base do pacto. Já o Estado “Z”, que se organizava sob forma de Confederação, estava respaldado se não quisesse fazer parte da República Federativa “F”, já que o pacto confederativo é solúvel e pode ser denunciado e extinto. b) Quando a Confederação "C" resolveu se organizar na forma federativa, segundo as teorias analisadas no livro didático, que tipo de federalismo se produziu, centrípeto ou centrífugo? Resposta: Federalismo Centrípeto, pois a Federação teve origem com a união de vários Estados Soberanos que se agregaram num movimento de fora para dentro.
Compartilhar