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Apostila - Leitura e Produção de Texto

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA 
NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO – UEMANET 
FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA – FIC 
CURSO AGRICULTOR FAMILIAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO 
Prof. Eliúde Costa Pereira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís-MA 
2021 
 
| 1 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Caro(a) estudante, 
 
Este é o e-book da disciplina Leitura e Produção de Texto, de seu Curso 
de Formação Inicial e Continuada em Agricultura Familiar. 
 
O desenvolvimento da proficiência em Leitura e Produção de Textos é de 
grande importância, pois propicia melhores condições para a expressão pessoal, 
para o exercício da cidadania, a continuidade dos estudos e o sucesso profissional, 
em qualquer área de atuação. 
 
A Agricultura Familiar, por exemplo, é uma área produtiva de extrema 
relevância, e os profissionais que nela atuam podem aumentar a sua capacidade 
produtiva, entre outros meios, pela continuidade de seus estudos, de que faz parte a 
ampliação dos conhecimentos e, consequentemente, pelo desenvolvimento das 
habilidades no tocante à leitura e à produção de diferentes tipos de textos. 
 
Neste material, você encontrará os conteúdos básicos da disciplina, com 
base nos quais realizará as atividades propostas, e, por meio delas, demonstrará o 
seu desenvolvimento ao longo da disciplina. 
 
 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
| 2 
 
SUMÁRIO 
 
1. A GRAMÁTICA COMO RECURSO PARA A COMPREENSÃO, 
PRODUÇÃO DE TEXTOS E COMUNICAÇÃO................................................ 3 
2. LEITURA E COMPREENSÃO DE TEXTOS DA ÁREA PROFISSIONAL........ 9 
3. PRODUÇAO DE TEXTOS TÉCNICOS ............................................................ 12 
4. ESTUDO E ANÁLISE DE TEXTOS.................................................................. 18 
5. ELEMENTOS DE COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAL.................................. 22 
6. LINGUAGEM ORAL E ESCRITA EM CONTEXTOS FORMAIS DE 
USO................................................................................................................... 27 
REFERÊNCIAS ............................................................................................... 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
| 3 
 
1. A GRAMÁTICA COMO RECURSO PARA A COMPREENSÃO, PRODUÇÃO DE 
TEXTOS E COMUNICAÇÃO 
 
Como seres sociais que somos, necessitamos nos comunicar com o 
mundo à nossa volta e, para tanto, recorremos às diversas modalidades de 
linguagens disponíveis, sendo a linguagem verbal, constituída por palavras, a 
principal delas. 
 Exemplo de linguagem verbal: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoria própria, 2021. 
 
Desde tempos remotos, no 
entanto, o homem valeu-se de outras formas 
de linguagens para se expressar e interagir 
com o outro: desenho em rochas, expressões 
fisionômicas, gestos, sons, imagens etc. Tais 
linguagens são denominadas não verbais 
por não envolverem palavras. Exemplo de 
linguagem não verbal: 
No mundo moderno, diferentes 
linguagens são utilizadas articuladamente, resultando em textos multimodais, por 
mesclarem as linguagens verbal e não verbal. Nesse sentido, quanto mais nos 
apropriarmos dessa multiplicidade de linguagens, mais condições teremos para nos 
comunicarmos com eficácia em nosso dia a dia. 
 
 
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AVISO 
Caros(as) alunos(as), 
No próximo dia 15 de março, teremos um Sarau 
literário virtual organizado por nossos alunos do 
Ensino Médio. 
Contamos com a participação de todos. 
A Direção 
 
| 4 
 
Exemplo de linguagem multimodal: 
 
 
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/334814553542276143/. 
 
Além da necessidade de termos consciência de que fazemos uso de 
diferentes linguagens em nossos processos comunicativos, precisamos conhecer a 
natureza da cada uma delas, ou seja, como se organizam. 
Nesse sentido, mesmo em um contexto marcado por textos multimodais, 
a linguagem verbal, constituída de signos linguísticos, tem uma presença contínua 
em nossa comunicação diária e, saber como ela se organiza, ou seja, conhecer a 
sua gramática, é de fundamental importância para nos comunicarmos com mais 
eficiência. 
 
Signos linguísticos (palavras de uma língua) são constituídos de duas partes: 
uma material, denominada de significante (representada pelos sons, letras, que 
constituem os vocábulos, palavras), e outra imaterial, denominada de significado 
(representada pelos conceitos desses mesmos vocábulos, palavras). 
 
 
 
 
| 5 
 
Representação do signo linguístico: 
 
Gramática: “sistema de noções mediante 
as quais se descrevem os fatos de uma 
língua, permitindo associar a cada 
expressão dessa língua, uma descrição 
estrutural e estabelecer suas regras de 
uso, de modo a separar o que é 
gramatical do que não é gramatical” 
(FRANCHI, 1991, p. 52). 
 
A materialização da linguagem ocorre por meio dos textos e, de acordo 
com nossas intenções comunicativas, lemos e produzimos textos com 
características específicas, que constituem os gêneros textuais. Cada situação de 
comunicação exige um gênero particular: recado, bilhete, lista de compras, carta, 
recibo, procuração, aviso, edital, ata, entre outros. 
Exemplo da diversidade de gêneros textuais: 
 
Tanto a produção quanto a 
leitura dos gêneros textuais exigem, 
entre outros aspectos, a mobilização da 
competência linguística ou 
gramatical (TRAVAGLIA, 2008), daí a 
importância dos conhecimentos 
linguísticos/gramaticais de que 
dispomos para lidarmos com as 
situações comunicativas com as quais 
nos envolvemos constantemente, não 
devendo esquecermos que essas 
situações são mediadas pelos gêneros 
textuais, quer sejam eles orais ou 
escritos. 
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| 6 
 
A competência comunicativa envolve a capacidade de, nas situações de 
leitura e de escrita, identificarmos e manipularmos os signos linguísticos no que 
tange, por exemplo: 
a) aos processos de formação: as palavras de uma língua são constituídas por 
processos diversos, entre eles: derivação (ilegal, legalidade, ilegalmente; pneu 
(de pneumático); entardecer) e composição (beija-flor, micro-ônibus, 
passatempo, aguardente); 
b) aos processos de classificação das palavras do ponto de vista semântico: 
1 – substantivos: nomeiam os seres em geral (agricultor, plantação, 
sementes, inverno); 
2 – adjetivos: indicam características ou estados (agricultor estudioso, colheita 
boa); 
3 – artigos: determinam os seres (o agricultor, uma agricultora); 
4 – pronomes: indicam as pessoas do discurso (quem fala (eu); com quem fala 
(tu, você); sobre o que/quem fala (aquele edital)); a posição dos seres em 
relação às pessoas do discurso (esta plantação, aquela semente); 
5 – numerais: quantificam, indicam ordem dos seres (duas pencas de banana; 
ele é o primeiro da fila); 
6 – verbos: indicam ações (Ele dança muito bem); estados (Os produtores estão 
esperançosos.), fenômenos da natureza (Choveu muito.)etc.; 
7 – advérbios: modificam os verbos ou intensificam adjetivos ou outros 
advérbios (As chuvas começaram tarde; Os agricultores ficaram bastante felizes 
com a chegada das chuvas; A plantação começou bem cedo.); 
8 – conjunções: estabelecem conexão entre orações ou entre duas palavras ou 
termos oracionais (O governo prometeu e enviou ajuda aos trabalhadores; O 
governo ou o trabalhador precisa ceder.); 
9 –preposições: marcam relações entre unidades linguísticas, subordinando um 
nome a um verbo ou a outro nome (Preciso de dinheiro; Ele estava com ânsia de 
glória.); 
10 – interjeições: traduzem as nossas emoções (Oba! A chuva chegou?). 
 
c) aos processos de identificação e atribuição de significados/sentidos: as 
palavras de uma língua podem assumir diferentes sentidos, dependendo do 
contexto em que são utilizadas. Por exemplo: 
| 7 
 
A manga estava muito gostosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A manga da camisa ficou curta. 
 
Como podemos observar nesses exemplos, temos uma mesma palavra 
(signo linguístico), mas com significado diferente em cada um dos contextos. Veja 
que elas são escritas e pronunciadas da mesma forma, sendo denominadas de 
homônimas perfeitas. 
Há, ainda, os casos de palavras que são diferentes na grafia, todavia 
apresentam significados semelhantes, sendo denominadas de sinônimas, é o caso 
dos verbos extinguir e abolir. Exemplos contextualizados: O cargo foi extinto do 
organograma da empresa; A função foi abolida do organograma da empresa. 
Esses exemplos estão relacionados a uma parte da gramática 
denominada de Semântica e evidenciam a riqueza e complexidade que envolve o 
universo da significação em nossa língua. 
 
d) aos processos de organização sintática: os atos comunicativos envolvem a 
organização das palavras em: 
1. frases: quaisquer enunciados com sentido completo: 
Socorro! 
Que dia lindo! 
O governo vai abrir uma nova linha de crédito para os agricultores. 
 
2. Orações: enunciados organizados em torno de um verbo: 
a. O preço dos insumos aumentou significativamente. 
 
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3. Períodos: enunciados formados por uma ou mais orações: 
O preço dos insumos agrícolas aumentou tanto que o governo prometeu 
reduzir a alíquota de impostos sobre esses produtos. 
 
Veja que nesse período há duas orações, uma organizada em torno de 
um verbo e outra com uma locução verbal. Além disso, há uma articulação entre 
elas estabelecida por meio de uma locução conjuntiva “tanto que” indicando uma 
consequência. Portanto, há uma relação de causa e consequência entre as duas 
orações que formam o período. Quando produzimos períodos, estamos o tempo 
todo estabelecendo relações de sentido entre as orações que os constituem e, para 
tanto, precisamos recorrer especialmente às palavras relacionais, caso das 
conjunções. 
Nas produções textuais, valemo-nos de frases, em sua maioria 
organizadas em forma de períodos, por meio dos quais formamos os parágrafos e, 
consequentemente, os textos. Estes, por sua vez, podem conter diferentes 
quantidades de parágrafos, o que vai depender do tipo de gênero textual em 
questão. 
Tudo o que falamos até agora serviu para evidenciar a importância da 
competência linguístico-gramatical nos processos comunicativos, que são sempre 
mediados por textos (orais e escritos). Assim, a boa comunicação requer a 
mobilização eficiente dos conhecimentos gramaticais diversos (fonético, morfológico, 
semântico, sintático etc.), de modo que quanto mais tivermos domínio desses 
conhecimentos, mais eficientes serão as nossas atividades de leitura e de escrita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
| 9 
 
2. LEITURA E COMPREENSÃO DE TEXTOS DA ÁREA PROFISSIONAL 
 
A comunicação no mundo profissional, em seus diferentes níveis, é 
mediada por gêneros textuais de natureza específica, denominados de textos 
técnicos. Eles, além de apresentarem linguagem própria da área profissional a que 
pertencem, também apresentam características específicas, conforme quadro 
abaixo: 
 
Quadro 1 – Características dos textos técnicos 
CARACTERÍSTICAS 
DOS TEXTOS 
TÉCNICOS 
 
Objetividade: consiste no uso apenas das informações 
relevantes, evitando a perda de foco. 
 
 
Clareza: consiste na apresentação das informações 
sem ambiguidades, frases intercaladas, parágrafos 
longos ou colocação inadequada dos termos nas 
orações, de modo a facilitar a compreensão pelo leitor. 
 
 
Concisão: tem a ver com a potencialização das 
informações por meio do uso mínimo de palavras, sem 
repetições e excesso de ideias. 
 
 
Coerência: refere-se à apresentação das informações 
de forma articulada, de modo a formar uma unidade 
textual. 
 
 
Correção gramatical: consiste na observância das 
normas gramaticais da língua portuguesa. 
 
 
Tais características têm como finalidade evitar ruídos na comunicação e 
torná-la mais eficiente e eficaz. 
A leitura de um texto da área profissional deve considerar o objetivo 
motivador dessa ação e também a presença de termos técnicos próprios de cada 
área da atividade humana: médica, jornalística, jurídica, agrícola, entre outras. 
Desse modo, caso haja dificuldade de entendimento do texto em decorrência da 
| 10 
 
presença de tais termos, uma boa estratégia é consultar os significados das palavras 
desconhecidas, em especial, dos termos técnicos, em um dicionário. 
Para ampliarmos a compreensão sobre o assunto, vamos ler o capítulo I 
(Aspectos gerais da redação oficial) do Manual de Redação da Presidência da 
República (páginas 15 a 21). 
De posse dessas informações, agora vamos fazer a leitura de um texto 
técnico muito comum, o ofício, que faz parte da comunicação dos órgãos públicos. 
 
Figura 1 – Ofício do Ministério dos Direitos Humanos 
 
Fonte: Manual de Redação da Presidência da República, 2018. 
http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/manual-de-redacao-da-presidencia-da-republica/manual-de-redacao.pdf
http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/manual-de-redacao-da-presidencia-da-republica/manual-de-redacao.pdf
| 11 
 
A leitura de um texto, qualquer que seja ele, exige que identifiquemos, 
entre outros aspectos, a sua estrutura (partes que o constituem), o assunto e o 
estilo de composição, em que se inclui a forma como a linguagem é utilizada e, no 
caso dos textos em questão, a presença de termos técnicos. 
Com relação ao gênero ofício acima, a estrutura é composta de timbre 
(brasão da república e identificação do órgão emissor, no caso, o Ministério dos 
Direitos Humanos), número do ofício, local e data, destinatário, assunto, 
vocativo, corpo do texto, encerramento e nome do emitente/assinatura. 
Agora, vamos reler o texto e identificar cada uma das partes ora 
indicadas, a fim de nos apropriarmos da estrutura desse texto técnico de caráter 
oficial. 
Veja que a referência ao destinatário ocorre com a utilização de um 
pronome de tratamento, no caso em questão, “Sua Excelência”. Para saber mais 
sobre esse tipo de pronome e quando utilizar cada um deles, leia o conteúdo das 
páginas 23 a 25 do Manual de Redação da Presidência da República, mencionado 
acima. 
Sobre o assunto: de que trata o texto? 
Veja que, após a indicação do assunto, temos o vocativo, representado 
por “Senhor Ministro”, que pode aparecer em outros ofícios na forma “Prezado 
Senhor”. O assunto consiste em um convite dirigido a um ministro para participar de 
um evento e é organizado de forma bem clara, objetiva, concisa, coerente e com 
correção gramatical. 
As duas partes finais do ofício são o encerramento (Atenciosamente), 
que, dependendo do destinatário, pode ser substituído por “Cordialmente”, 
“Respeitosamente” etc., e o nome e assinatura do emitente, a pessoa que está 
enviando o ofício. 
Como acabamos de ver, é muito fácil compreendermos a estrutura de um 
gênero textual da área profissional e, consequentemente, produzi-lo, objeto de 
estudo da próxima unidade. 
 
 
 
 
| 12 
 
3. PRODUÇÃO DE TEXTOS TÉCNICOS 
 
Ao produzirmos textos de caráter técnico, precisamos ter em mente as 
características gerais aplicadas a esse tipo de gêneros textuais, conforme visto na 
unidade anterior,como também as especificidades de cada área profissional, que 
exigirão um uso particular da linguagem, uma vez que cada uma delas tem seus 
termos técnicos. 
Existe uma grande variedade de textos técnicos, caso do ofício, visto na 
unidade anterior. Vamos listar alguns que são muito comuns: 
 
a) E-mail (electronic mail) comercial: trata-se de uma mensagem eletrônica 
utilizada em relações profissionais na modernidade, caso das atividades 
comerciais. Possui características do gênero carta, mas é veiculada por meio 
eletrônico. O e-mail tem a seguinte estrutura: 
 
1 – Campo (espaço) do endereço eletrônico do remetente (emissor); 
2 – Campo (espaço) do endereço eletrônico do destinatário (a mensagem pode 
ser enviada a vários destinatários); 
3 – Campo (espaço) para indicação do “assunto”: de que trata a mensagem; 
4 – Campo para a mensagem: nesta parte, devem constar: 
 o vocativo (Sr. ou Sra. Gerente; Prezado(a) Diretor(a) etc.); 
 a mensagem propriamente dita; 
 o encerramento (Atenciosamente, Cordialmente, Respeitosamente etc.); 
 Nome e cargo/função do remetente. 
5 – Anexos: documentos em arquivos digitais podem ser enviados na forma de 
anexos. 
Concluída a produção do e-mail, basta clicar em “Enviar” e aguardar a 
devolutiva do destinatário. 
Vejamos um exemplo: 
 
 
 
 
 
| 13 
 
Figura 2 – Produção de e-mail 
 
Fonte: Autoria própria, 2021. 
 
b) Carta comercial: não nos ateremos à carta comercial nos moldes tradicionais, 
pois, com o uso dos e-mails (correio eletrônico), esse tipo de gênero vem sendo 
pouco utilizado. 
 
c) Declaração: tipo de texto utilizado com muita frequência no âmbito de 
instituições públicas (escolas, universidades, órgãos da administração pública 
etc.) e privadas (empresas comerciais, industriais e de prestação de serviços), 
tendo natureza documental, tendo em vista que serve para comprovar uma dada 
informação, tendo sua estrutura constituída de: título, corpo do texto, local e 
data, assinatura. 
 
 
 
 
 
 
| 14 
 
Figura 3 – Exemplo de Declaração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoria própria, 2021. 
 
d) Observação: Como indicado na parte superior, esse tipo de texto é feito 
geralmente com uso de papel timbrado e, na parte de baixo, além da assinatura, 
é importante o uso de carimbo com os dados do responsável pela emissão, 
contribuindo para a validade do documento. 
 
e) Recibo: tipo de documento em que se declara o recebimento de algo, 
geralmente, de dinheiro, sendo constituído de título, valor em algarismo (em se 
tratando de dinheiro), corpo do texto, local e data, nome e assinatura do 
recebedor. 
 
 
 
 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA/INSTITUIÇÃO (TIMBRE) 
 
DECLARAÇÃO 
 
 Declaramos para os fins que se fizerem necessários que João Pedro 
Alves, portador da Carteira de Identidade nº XXXXXXXXXXXXX, é funcionário 
desta empresa, onde atua no setor de vendas. 
 
São Luís-MA, 25 de março de 2021. 
 
________________________________ 
Paulo de Tarso Silveira 
Gerente administrativo 
| 15 
 
Figura 4 – Exemplo de Recibo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoria própria, 2021. 
 
f) Procuração: tipo de documento por meio do qual uma pessoa (denominada de 
outorgante) nomeia alguém que seja de sua confiança (denominada de 
outorgado) para agir em seu nome, situação que se faz necessária quando o 
outorgante não pode se fazer presente em determinado evento ou realizar 
determinada ação. 
 
A procuração é constituída de título, corpo do texto, local e data, nome e 
assinatura do outorgante. Para ter valor legal, é preciso o reconhecimento de firma 
(assinatura) do outorgante, em cartório. Além disso, é importante informar o fim 
específico para o qual o outorgado foi constituído, para que ele use a procuração 
apenas para essa finalidade específica. 
 
 
 
 
 
RECIBO 
R$ 1.000,00 
 Recebi do Sr. João Aires Nunes, portador do RG XXXXXXXXX, a 
importância de Hum Mil Reais, referente ao pagamento integral de uma estante 
de madeira, medindo dois metros de altura e um metro e vinte de largura. 
 Para clareza, firmo o presente recibo. 
 
São Luís-MA, 25 de março de 2021. 
 
_______________________________ 
João Luís Serra 
RG XXXXXXXXXXXXXXXX 
 
| 16 
 
Figura 5 – Exemplo de Procuração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoria própria, 2021. 
 
g) Abaixo-assinado: tipo de documento de natureza coletiva, utilizado para 
solicitações daquilo que é de interesse comum, realização de queixas ou de 
protestos, bem como para manifestações de apoio a uma pessoa ou instituição. 
Constituído de vocativo, corpo do texto, local e data, assinaturas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCURAÇÃO 
 Pelo presente instrumento de procuração, eu, João Costa Ribeiro, 
brasileiro, agricultor, portador do RG XXXXXXXXXXXXXX, SSP/MA, e do 
CPF XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado à Rua Principal, 100, Jardim 
América, São Luís-MA, CEP 65.410-230, por este instrumento particular de 
procuração, nomeio e constituo como meu procurador o Sr. José Francisco 
Silva, brasileiro, agricultor, portador do RG XXXXXXXXXXXXX, SSP/MA, e 
do CPF XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado à Rua Jaraguá, 52, 
Cidade Operária, São Luís-MA, CEP 65.611-340, para o fim específico de 
realizar a minha inscrição no Programa de Crédito para trabalhadores Rurais. 
 
São Luís-MA, 21 de março de 2021. 
 
______________________________ 
João Costa Ribeiro 
| 17 
 
Figura 6 – Exemplo de Abaixo-assinado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autoria própria, 2021. 
 
Como você deve ter observado, os documentos técnicos seguem 
estruturas específicas, o que facilita o domínio da produção, uma habilidade 
bastante relevante para o exercício da cidadania. 
 
 
 
 
 
 
Excelentíssimo Senhor Prefeito, 
 
Os cidadãos abaixo assinados, brasileiros, residentes e domiciliados no 
bairro Tibiri, solicitam a Vossa Excelência a recuperação asfáltica das ruas do 
bairro, tendo em vista que as mesmas se encontram em péssimo estado, 
dificultando o tráfego de pedestres e veículos. 
Na certeza de termos o nosso pleito atendido, enviamos o presente 
documento, constituído por cinco páginas devidamente numeradas e assinadas 
pelos moradores do bairro em questão. 
Por oportuno, nomeamos o morador João Carlos Silva (Telefone (98) 98276-
0001), como nosso representante, para o caso de serem necessárias maiores 
informações. 
 
São Luís-MA, 21 de março de 2021. 
 
Assinaturas: Nº documento: 
______________________________ _________________________ 
______________________________ _________________________ 
| 18 
 
4. ESTUDO E ANÁLISE DE TEXTOS 
 
O uso de diferentes linguagens materializadas em textos (verbais, não 
verbais, multimodais) faz parte do nosso cotidiano. Saber ler com habilidade gêneros 
textuais diversos é fundamental não apenas para atender às nossas necessidades 
pessoais, mas também àquelas de ordem escolar/acadêmica, profissional. 
De acordo com Travaglia (2008), a proficiência em leitura e compreensão 
de diferentes textos é denominada de competência textual, que, ao lado da 
competência gramatical ou linguística, constituem a competência comunicativa. De 
acordo com esse autor, o desenvolvimento da competência textual permite ao leitor, 
entre outros aspectos, reconhecer e compreender diferentes tipos de textos. 
Tanto a produção quanto a leitura e, consequentemente, a compreensão 
de um texto envolvem a mobilização de conhecimentos diversos, tais como: 
 
a) linguísticos: dizem respeito ao que o leitor sabe com relação à língua em 
suas diferentes facetas: ortografia, léxico, pontuação, semântica, morfologia, 
sintaxe, entre outras; 
b) enciclopédicos: consistem nos conhecimentos de que o leitor dispõe sobre o 
mundo, construídos por meio de leituras, interações e vivências diversas; 
c) textuais: consistem nos conhecimentosque o leitor possui sobre textos 
(composição, finalidade, conteúdo, estilo, suportes em que circulam, entre 
outros). 
d) interacionais: dizem respeito à capacidade de o leitor identificar, no processo 
de leitura, a intenção do autor acerca do texto que produz. Esse 
conhecimento é fundamental para que o leitor consiga interagir com o autor, 
realizando, assim, um ato de leitura dentro de uma perspectiva interacional. 
 
Você sabia? É por meio dos suportes textuais (livros, revistas, jornais, murais, 
outdoors) que os gêneros circulam, chegando aos receptores, destinatários. 
 
 
 
 
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Vejamos uma imagem com exemplos de suportes textuais: 
 
Fonte: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/3268/reportagem-apresentando-o-genero. 
 
Leiamos o texto abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Senado aprova auxílio financeiro para agricultores familiares 
Projeto prevê pagamento de R$ 600 em auxílio a esses trabalhadores 
Publicado em 05/08/2020 - 17:57 Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil - Brasília 
O Senado aprovou hoje (5) o Projeto de Lei 735/2020, que estabelece medidas de socorro financeiro aos 
agricultores familiares. O projeto passou primeiro pela Câmara e foi aprovado pelo Senado sem alterações. 
Ele segue para sanção do presidente da República, que pode sancionar o projeto ou vetá-lo, todo ou em parte. 
O projeto traz, entre seus principais dispositivos, a previsão do pagamento de cinco parcelas de R$ 600 a título 
de auxílio aos agricultores familiares. Além disso, o projeto também prevê um fomento emergencial de inclusão 
produtiva rural, um pagamento de R$ 2,5 mil, em parcela única, por unidade familiar. Para a mulher agricultora 
familiar, a transferência será de R$ 3 mil. 
O auxílio de R$ 600 só será pago àqueles que não tenham sido beneficiados pelo auxílio emergencial do 
governo. O agricultor familiar não pode ter emprego formal, nem receber outro benefício previdenciário, exceto 
Bolsa Família ou seguro-defeso, e deve ter renda familiar de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda 
familiar total de até três salários mínimos. 
Outro ponto do projeto concede o auxílio Garantia-Safra, automaticamente, a todos os agricultores familiares 
aptos a receber o benefício durante o período de calamidade pública, condicionado à apresentação de laudo 
técnico de vistoria municipal comprovando a perda de safra. O Garantia-Safra assegura ao agricultor familiar o 
recebimento de um auxílio pecuniário, por tempo determinado, caso perca sua safra em razão de seca ou 
excesso de chuvas. 
O texto também institui linhas de crédito rural no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da 
Agricultura Familiar (Pronaf). Podem se beneficiar das medidas agricultores com renda familiar mensal de até 
três salários mínimos. 
Edição: Aline Leal 
 
https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2020-08/senado-aprova-auxilio-financeiro-para-agricultores-familiares
https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2020-08/senado-aprova-auxilio-financeiro-para-agricultores-familiares
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1867396&filename=PL+735/2020
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1867396&filename=PL+735/2020
https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2020-07/camara-aprova-auxilio-emergencial-para-agricultor-familiar-na-pandemia
https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2020-07/camara-aprova-auxilio-emergencial-para-agricultor-familiar-na-pandemia
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Para lermos o texto acima, precisamos recorrer aos conhecimentos 
linguísticos, sem os quais não conseguiríamos realizar, por exemplo, o processo de 
decodificação das palavras que o constituem. Para tanto, foi preciso reconhecer o 
léxico, a ortografia das palavras, a organização sintática das orações, entre outros 
aspectos. Isso evidencia o quanto os conhecimentos linguístico-gramaticais são 
importantes no processo de leitura e de escrita também, razão por que precisamos 
ampliá-los continuamente em nosso processo de formação, realizando leituras, 
cursos de formação continuada, a exemplo deste, etc. 
O processo de compreensão e interpretação exigiu a mobilização de 
conhecimentos de mundo, ou seja, os conhecimentos enciclopédicos oriundos de 
vivências e leituras anteriores, como, por exemplo: para saber que o Senado e a 
Câmara são as duas casas que compõem o Congresso Nacional, onde as leis são 
elaboradas e aprovadas; o que é um projeto de lei; o que significa sancionar ou vetar 
um projeto de lei; o que são linhas de crédito. 
No que concerne aos conhecimentos textuais, precisamos observar a 
estrutura do texto (título, subtítulo e corpo do texto), o conteúdo (assunto corrente), o 
meio de circulação (agência de notícias estatal), entre outros aspectos, para 
concluirmos que se trata de uma notícia. 
Por fim, do ponto de vista dos conhecimentos interacionais, 
observamos que o autor objetiva apresentar informações que interessam àqueles 
que atuam na agricultura familiar. Para isso, apresenta não apenas a informação 
que gerou a notícia (aprovação do auxílio emergencial), mas também as condições 
para recebimento, assim como tratam de outros benefícios voltados a esse público. 
Fica evidenciado, também, que o autor cria uma expectativa com relação 
ao assunto veiculado ao afirmar, no título, que o Senado aprovou o projeto de lei, 
mas logo no subtítulo utiliza-se do verbo “prever”, indicando uma possibilidade, visto 
que, no lead – primeiro parágrafo do gênero textual notícia, consistindo em um 
resumo do que é apresentado no texto como um todo -, é informado que o projeto 
depende ainda da sanção presidencial. 
Desse modo, a compreensão de um texto exige que o leitor interaja com o 
autor, valendo-se para isso de seus conhecimentos linguísticos, enciclopédicos, 
textuais e interacionais. Quanto maior for a preparação do leitor em relação a esses 
aspectos, mais condições ele terá de negociar com o autor os sentidos do texto, 
resultando disso eficiência e eficácia no processo de compreensão. 
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Vale ressaltar que interpretar um texto vai muito além da compreensão 
das informações explícitas, é preciso fazer inferências, a partir do que está posto na 
superfície textual. Por exemplo, no trecho do texto em que é dito que “O projeto 
passou primeiro pela Câmara e foi aprovado pelo Senado sem alterações.”, 
está implícita a informação de que, sem mudanças, não há necessidade de o projeto 
voltar para nova apreciação da Câmara, o que ocorreria, caso fosse feita alguma 
alteração no Senado. Essas informações que não estão postas no texto, mas que 
podem ser inferidas como base no que está posto, no que está explícito no texto, é o 
que chamamos de implícitos textuais e que devem ser objeto de processos 
inferenciais pelo leitor, para que haja efetiva interpretação daquilo que o texto 
pretende informar. 
Andrade e Henriques (2010, p. 36) apresentam algumas técnicas para 
facilitar a leitura e interpretação de textos, entre as quais, a técnica da sublinhar, 
que facilita a assimilação das informações, pois foca no que é essencial, 
envolvendo: 
 
a) leitura integral do texto, para tomada de contato; 
b) esclarecimento de dúvidas de vocabulário, termos técnicos e outras; 
c) releitura do texto, para identificar as ideias principais; 
d) sublinha, em cada parágrafo, das palavras que contêm a ideia-núcleo e os 
detalhes importantes; 
e) assinalação dos tópicos mais importantes, com uma linha vertical, à 
margem do texto; 
f) assinalação dos casos de discordâncias, as passagens obscuras, os 
argumentosdiscutíveis, o que deve ser feito à margem do texto com um 
ponto de interrogação; 
g) leitura do que foi sublinhado, para verificar se há sentido; 
h) reconstrução do texto, tomando as palavras sublinhadas como base. 
 
 
 
 
 
 
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5. ELEMENTOS DE COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAL 
 
A leitura e produção de textos exige que consideremos, entre outros 
aspectos, dois princípios de textualidade: a coerência e a coesão, que ajudam a 
determinar que estamos lidando com textos bem formados, condição para que o 
autor se faça compreender pelo leitor, melhor dizendo, para que ocorra interação 
entre autor e leitor, mediada pelo texto. 
A coerência tem a ver com o estabelecimento de sentido em um texto, 
quer seja por parte de quem escreve, quanto de quem lê. Diz-se que um texto é 
coerente quando as suas partes formam uma unidade, ou seja, estão devidamente 
integradas, constituindo um todo lógico. 
Segundo Koch e Travaglia (2009, p. 21), a coerência deve “ser entendida 
como um princípio de interpretabilidade, ligada à inteligibilidade do texto numa 
situação de comunicação e à capacidade que o receptor tem para calcular o sentido 
deste texto”. 
Assim sendo, ao produzirmos um texto, precisamos organizá-lo de tal 
forma que as relações de sentido entre suas diversas partes sejam lógicas, 
coerentes, formando uma unidade de sentido global, para conseguirmos realizar o 
nosso objetivo comunicativo. 
 
Exemplo: O trabalho ficou ótimo, logo tirei nota baixa. 
 
Nesse texto curto, formado por apenas um enunciado, fica evidente que 
não há coerência entre suas partes, pois, na primeira oração, é declarado que o 
trabalho ficou ótimo e, na segunda, temos a informação de que foi atribuída nota 
baixa, o que indica uma incoerência na informação global, sobretudo, porque foi 
usado entre as duas orações um articulador conclusivo (logo). 
Caso o enunciado fosse organizado da seguinte forma: “O trabalho ficou 
ótimo, mas tirei nota baixa”, estaria de certo modo coerente, pois, nesse caso, 
temos um articulador que indica adversidade (mas) entre as informações presentes 
nas duas orações. Pode ser que o trabalho tenha ficado ótimo, na visão do autor, 
mas não na perspectiva do avaliador. 
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Portanto, para que haja coerência em um texto, é necessário que as 
relações de sentido entre suas partes específicas e globais sejam lógicas, formando 
uma unidade a que denominamos coerência. 
Outro princípio de textualidade muito importante é a coesão, que diz 
respeito ao estabelecimento de relações entre as diferentes partes de um texto. 
Como podemos observar, a coesão textual contribui para que haja a coerência. Nos 
exemplos que apresentamos acima, vimos que o uso do articulador “logo”, que é um 
mecanismo de coesão, acabou deixando o enunciado incoerente. Quando o 
articulador “logo” foi substituído por “mas”, tivemos o estabelecimento de uma 
relação de sentido coerente entre as duas partes do enunciado. 
Existem diferentes mecanismos de coesão, tais como: 
 
a) Referência (coesão referencial): constituída por elementos da língua 
que remetem a outros, facilitando o processo de interpretação e também contribuem 
para evitar repetições. Exemplo: 
 
 
 Vejamos que o pronome de tratamento “você” remete, faz referência, a um 
interlocutor, em substituição ao nome deste, contribuindo para o processo de coesão 
do texto. Exemplo: 
 
 
 
Observemos que o pronome “eles” faz referência ao elemento textual “os 
agricultores”, contribuindo para a coesão textual e evitando a repetição do elemento 
em questão. 
b) Substituição (coesão por substituição): consiste na substituição de uma palavra ou 
mesmo de uma oração inteira por outra palavra. Exemplo: 
 
 
 
Você fez um bom trabalho. 
 
Com o incentivo do governo, os agricultores conseguiram uma boa safra e 
eles já planejam aumentar a produção no próximo ano. 
 
Eu aluguei uma casa na praia e meu amigo também. 
 
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Como podemos observar, o item “também” equivale a “alugou uma casa 
na praia”, evitando a repetição de uma informação já dita e contribuindo com o 
processo de coesão textual. 
Elipse: consiste na omissão de uma palavra, um termo, uma oração ou todo um 
enunciado. Exemplo: 
 
 
 
Vejamos que nesse exemplo a resposta do interlocutor (Fiz.) não inclui 
nem o sujeito (Eu) nem o complemento do verbo (o trabalho), ambos foram omitidos, 
indicando a elipse, sem a qual teríamos: “Eu fiz o trabalho.”. No entanto, a omissão, 
além de fazer parte do processo de coesão textual, também deixa o texto mais 
enxuto. 
 
c) Conjunção: consiste no estabelecimento de relações significativas entre elementos 
ou orações do texto, assinaladas por marcadores que correlacionam o que está para 
ser dito àquilo que já foi dito. Exemplo: 
 
 
 
Vejamos que a conjunção “ou” conecta as ações apresentadas na 
primeira e segunda orações, indicando uma relação de sentido caracterizada pela 
alternância. 
 
d) Lexical: envolve a substituição de uma palavra por outras com as quais ela mantém 
relações de sentido. Exemplo: 
 
 
 
Como podemos observar, na segunda parte do enunciado, a palavra 
estudante foi substituída por um sinônimo (aluno), constituindo uma ocorrência de 
coesão lexical. 
O estudante conseguiu uma vaga na universidade, pois era um aluno 
muito aplicado. 
 
- Você fez o trabalho? 
- Fiz. 
 
Você trabalha ou estuda. 
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Agora vamos ler com atenção uma belíssima crônica de Rubem Braga, 
considerado por alguns críticos como o maior cronista brasileiro do século XX. Após 
a leitura preliminar, faça uma releitura observando como os elementos coesivos (em 
negrito) estão presentes em todas as suas partes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As palavras destacadas no texto constituem ocorrências de coesão 
textual e há também nele diversos casos não destacados de coesão por elipse, é o 
caso do trecho: “Eu me lembro do outro cajueiro que era menor e morreu há muito 
tempo”, em que o sujeito da segunda parte do enunciado não está explícito. Quem 
O cajueiro 
Rubem Braga 
O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas 
recordações de minha infância: belo, imenso, no alto do morro atrás da casa. 
Agora vem uma carta dizendo que ele caiu. 
Eu me lembro do outro cajueiro que era menor e morreu há muito tempo. Eu 
me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-
são-jorge (que nós chamávamos simplesmente “tala”) e da alta saboneteira que 
era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia 
centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de 
tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o 
caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, “beijos”, violetas. Tudo sumira; 
mas o grande pé de fruta-pão ao lado da casa e o imenso cajueiro lá no alto eram 
como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia 
aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o 
pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os 
morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde. 
No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos 
amarelos, trêmulo de sanhaços. Chovera: mas assim mesmo fiz questão de que 
Carybé subisse o morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de 
outras terras um parente muito querido. 
A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, 
num fragor tremendo pela ribanceira; e caiu meio de lado, como se não quisesse 
quebrar o telhado de nossa velha casa. 
Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe, em nosso pai, em 
nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram; mas 
foram brincar nos galhos tombados. 
Foi agora, em fins de setembro. Estava carregado de flores. 
Setembro, 1954. 
Cemcrônicas escolhidas. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1956. 
 
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morreu? “O cajueiro”. Essa informação está oculta, pois já foi mencionada 
anteriormente, não havendo necessidade de repetição. 
Coerência e coesão textuais constituem, assim, mecanismos de grande 
relevância no processo de produção e leitura textuais. Enquanto a coesão garante a 
articulação das diferentes partes do texto, a coerência dá a ele unidade lógica, 
permitindo efetiva comunicação entre autor e leitor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. LINGUAGEM ORAL E ESCRITA EM CONTEXTOS FORMAIS DE USO 
 
A nossa comunicação cotidiana, como já dissemos em tópico anterior, 
ocorre por meio do uso de diferentes linguagens, que se materializam nos gêneros 
textuais. Entre essas linguagens está a verbal, que é constituída de palavras. 
A linguagem verbal possui duas modalidades: a oral e a escrita. Cada 
uma delas apresenta especificidades no uso e, embora tenha surgido depois, a 
modalidade escrita é vista como mais prestigiada. 
Tanto a modalidade oral quanto a escrita podem ser utilizadas em 
situações formais e informais. 
Em geral, a modalidade oral é considerada mais espontânea, 
especialmente, em situações informais, por exemplo: em conversas com familiares, 
amigos etc. Em situações formais, no entanto, é necessário termos mais cuidado 
com o uso da linguagem oral. Em uma reunião, assembleia, audiência, é 
indispensável adequarmos a linguagem ao contexto de uso. 
Por sua vez, a linguagem escrita constitui uma modalidade que permite 
revisões durante o uso, evitando-se problemas como repetições de palavras, 
desvios de concordância e regência verbal, entre outros. 
Como ocorre com a modalidade oral, a escrita também exige adequação 
ao tipo de situação comunicativa. A escrita de um bilhete, para uma pessoa com 
quem temos proximidade, pode ser feita com um uso da língua de forma mais 
espontânea. Mas, em situações formais, como a produção de textos oficiais e 
técnicos, é necessário termos maior rigor no uso da língua, em suas diferentes 
facetas: escolha das palavras, organização das frases e parágrafos, observação das 
normas de concordância e regência etc. 
Isso deve ser feito para atender ao nível de formalidade da situação de 
comunicação, por exemplo, a produção de um ofício ou de um abaixo-assinado para 
envio a uma autoridade, a elaboração de um relatório para envio a uma instituição 
financiadora de um projeto, portanto, cada situação exige um uso diferenciado da 
modalidade escrita, mesmo sendo ela, normalmente, mais presa à observância das 
normas linguísticas e gramaticais do que a modalidade oral. 
Devemos, pois, ao utilizarmos as modalidades oral e escrita da linguagem 
verbal, considerar a situação de comunicação – formal ou informal – e, com base 
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nisso, escolher a modalidade que se adeque aos nossos interlocutores, sejam eles 
pessoas ou instituições públicas ou privadas. 
Vejamos alguns exemplos de uso da linguagem oral e escrita. 
Inicialmente, vamos ler um trecho conversacional do romance O cortiço, do escritor 
maranhense Aluísio Azevedo. 
Um rapazito de paletó entrou da rua e foi perguntar à Machona pela Nhá 
Rita. 
- A Rita Baiana? Sei cá! Faz amanhã oito dias que ela arribou! 
A Leocádia explicou logo que a mulata estava com certeza de pândega com 
o Firmo. 
- Que Firmo? interrogou Augusta. 
- Aquele cabravasco que se metia às vezes ali com ela. Diz que é torneiro. 
- Ela mudou-se? perguntou o pequeno. 
- Não, disse a Machona; o quarto está fechado, mas a mulata tem coisas lá. 
Você o que queria? 
- Vinha buscar uma roupa que está com ela. 
- Não sei, filho, pergunta na venda ao João Romão, que talvez te possa dizer 
alguma coisa. 
- Ali? 
- Sim, pequeno, naquela porta, onde a preta do tabuleiro está vendendo! Ó 
diabo! olha que pisas a boneca de anil! Já se viu que sorte? Parece que não vê 
onde pisa este raio de criança! 
E, notando que o filho, o Agostinho, se aproximava para tomar o lugar do 
outro que já se ia: Sai daí, tu também, peste! Já principias na reinação de todos os 
dias? Vem para cá, que levas! Mas, é verdade, que fazes tu que não vais regar a 
horta do Comendador? 
- Ele disse ontem que eu agora fosse à tarde, que era melhor. 
- Ah! E amanhã, não te esqueças, recebe os dois mil-réis, que é fim do mês. 
Olha! Vai lá dentro e diz a Nenen que te entregue a roupa que veio ontem à noite. 
 
 
 
O pequeno afastou-se de carreira, e ela lhe gritou na pista: E que não ponha 
o refogado no fogo sem eu ter lá ido! 
Uma conversa cerrada travara-se no resto da fila de lavadeiras a respeito da 
Rita Baiana. 
- É doida mesmo!... censurava Augusta. Meter-se na pândega sem dar conta 
da roupa que lhe entregaram... Assim há de ficar sem um freguês... 
- Aquela não endireita mais!... Cada vez fica até mais assanhada!... Parece 
que tem fogo no rabo! Pode haver o serviço que houver, aparecendo pagode, vai 
tudo pro lado! Olha o que saiu o ano passado com a festa da Penha!... 
- Então agora, com este mulato, o Firmo, é uma pouca-vergonha! Est’ro dia, 
pois você não viu? levaram aí numa bebedeira, a dançar e cantar à viola, que nem 
sei o que parecia! Deus te livre! 
Para tudo há horas e há dias!... 
- Para a Rita todos os dias são dias santos! A questão é aparecer quem puxe 
por ela! 
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- Ainda assim não e má criatura... Tirante o defeito da vadiagem... 
- Bom coração tem ela, até demais, que não guarda um vintém pro dia de 
amanhã. Parece que o dinheiro lhe faz comichão no corpo! 
- Depois é que são elas!... O João Romão já lhe não fia! 
 
O cortiço, de Aluísio Azevedo (p. 22) 
 
 
Como podemos observar, as palavras e expressões destacadas são 
comuns em situações de comunicação oral e ainda quando se tratam de contextos 
informais, não se adequando, portanto, a situações formais. 
Vejamos outro exemplo de linguagem oral, mas agora em contexto mais 
formal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como observamos, há um diálogo no trecho acima, extraído da mesma 
obra, mas nele verificamos o uso do nível formal da língua, mesmo em se tratando 
de oralidade. Os locais em destaque são exemplos disso, indicando também o 
caráter respeitoso, conforme fica evidente no último enunciado. 
Por fim, vamos ler um trecho do mesmo romance, mas agora 
representativo da linguagem escrita: 
 
 
 
 
 
 
João Romão, um pouco trêmulo, abriu-a defronte dos olhos e leu-a 
demoradamente. Um silêncio formou-se em torno dele; os caixeiros pararam em 
meio do serviço, intimidados por aquela cena em que entrava a polícia. 
— Está aqui com efeito... disse afinal o negociante. Pensei que fosse 
livre... 
— É minha escrava, afirmou o outro. Quer entregar-ma?... 
— Mas imediatamente. 
— Onde está ela? 
— Deve estar lá dentro. Tenha a bondade de entrar... 
 
O cortiço, de Aluísio Azevedo (p. 161) 
 
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Fica evidente, nesse trecho, o uso da linguagem escrita de modo formal, 
com respeito às normas linguístico-gramaticais e com presença de um rico 
vocabulário. 
Portanto, ao fazermos uso da linguagem verbal, quer seja na modalidade 
oral ou escrita, precisamos atentar ao contexto de uso: em uma situação informal 
(comunicação com quem temos afinidade), cabe um uso mais descontraído da 
língua; em situação formal (comunicação com quem não temos afinidade), é preciso 
capricharmos na escolha das palavras, organização dos enunciados etc. 
 
 
 
 
 
 
 
E sentia-se revoltado e impotente defronte daquele tranquilo obstáculo que 
lá estava embaixo, a dormir, fazendo-lhe em silêncio um mal horrível, 
perturbando-lhe estupidamente o curso da sua felicidade, retardando-lhe, talvez 
sem consciência, a chegada desse belo futuro conquistado à força de tamanhas 
privações e sacrifícios! Que ferro! 
Mas, só com lembrar-se da sua união com aquela brasileirinha fina e 
aristocrática,um largo quadro de vitórias rasgava-se defronte da desensofrida 
avidez da sua vaidade. Em primeiro lugar fazia-se membro de uma família 
tradicionalmente orgulhosa, como era dito por todos, a de Dona Estela; em 
segundo lugar aumentava consideravelmente os seus bens com o dote da noiva, 
que era rica e, em terceiro, afinal, caber-lhe-ia mais tarde tudo o que o Miranda 
possuía, realizando-se deste modo um velho sonho que o vendeiro afagava 
desde o nascimento da sua rivalidade com o vizinho. 
E via-se já na brilhante posição que o esperava: uma vez de dentro, 
associava-se logo com o sogro e iria pouco a pouco, como quem não quer a 
coisa, o empurrando para o lado, até empolgar-lhe o lugar e fazer de si um 
verdadeiro chefe da colônia portuguesa no Brasil; depois, quando o barco 
estivesse navegando ao largo a todo o pano — tome lá alguns pares de contos 
de réis e passe-me para cá o título de Visconde! 
O cortiço, de Aluísio Azevedo (p. 147) 
 
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REFERÊNCIAS 
 
ANDRADE, Maria Margarida de.; HENRIQUES, Antonio. Língua Portuguesa: 
noções básicas para cursos superiores. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. Belém: NEAD/UNAMA, s/d. Disponível em: 
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00021a.pdf. Acesso em: 25 mar. 
2021. 
 
BECHARA, Evanildo. Gramática fácil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014. 
 
BRAGA, Rubem. Cem crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1956. 
 
BRASIL. Presidência da República. Manual de redação da Presidência da 
República / Gilmar Ferreira Mendes e Nestor José Forster Júnior et al. (Coord.). 3. 
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