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1 – Título: Instrumentos de medidas – Bipolos elétricos: resistor e lâmpada. 2 – Objetivos: Entender a leitura do código de cores em resistores e obter o comportamento da Curva Característica (CCAR) do resistor e da lâmpada. 3 – Materiais utilizados: - Fonte de tensão variável (Kepco Programmable Power Supply modelo nº DPS 40 – 2M) - 02 multímetros (Dawer modelo DM – 2020, Minipa ET – 2076 e Minipa ET – 2020A*) - Resistores - 01 lâmpada de 12 V -Cabos * Utilizado devido a problemas técnicos do multímetro de marca Dawer, que parou de funcionar durante o experimento, quando mediamos os valores de tensão para a lâmpada de -0,1 a -8 V. 4 – Procedimento experimental: Seguindo o código de cores dos resistores, calculamos os valores de 06 diferentes resistores (valor nominal), fornecidos pela professora. Em seguida, com o auxílio do multímetro na função ohmímetro e configurado na escala 20 kΩ, medimos os valores reais dos resistores. Então comparamos ambos os valores (real e nominal), calculando o desvio, dado por: Os dados estão anotados na tabela 01. Escolhemos então dois valores de resistores (resistores nº 02 e nº 05). Sabendo que a potência do resistor em estudo era de 1/8 W, e sabendo seu valor real , determinamos a tensão em cada resistor, através da equação Determinamos então os valores de tensão máxima, que por segurança devem ser um pouco menores que os valores encontrados através da equação . Os valores obtidos encontram-se na tabela 02. Em seguida, montamos o circuito representado na figura 01, utilizando um dos resistores escolhidos anteriormente (resistor nº 02). Figura 01 – Esquema de montagem para o resistor. Fonte: http://www.fisica.ufsc.br/~lab2/pdfs/exp02.pdf Variamos a tensão da fonte em diferentes valores (de 8 V até -8 V, com incremento de |1 V|), e medimos, pelos multímetros (o de marca Dawer na função voltímetro e o de marca Minipa na função amperímetro) os valores da tensão sobre o resistor e da corrente do circuito. Lembrando que para medir voltagens negativas foi necessário inverter a polaridade da fonte, trocando a posição dos cabos conectados à fonte de tensão. Os dados estão anotados na tabela 03. No papel milimetrado, construímos o gráfico de tensão versus corrente (Gráfico 01), e a partir dele obtivemos o valor do resistor, do seguinte modo: escolhemos dois pontos aleatórios do gráfico, e calculamos a tangente, dada por . Calculamos então o desvio percentual do valor encontrado pelo gráfico com relação ao valor lido através do código de cores (valor nominal), utilizando a equação (II). Os valores foram anotados na tabela 04. Em que é a resistência obtida através do gráfico, e é a resistência nominal. Repetimos os mesmos procedimentos supracitados para o outro resistor (resistor nº 05). Os dados estão anotados na tabela 03 e tabela 04, e plotados no gráfico 01. Analisamos então se a Lei de Ohm se aplicava a esses resistores. Na segunda parte do experimento, montamos o circuito representado na figura 02, utilizando uma fonte de tensão contínua (tensão V1 selecionada na escala de tensão contínua da fonte – inicialmente em 0 V) e uma lâmpada de 12 V. Figura 02 – Esquema de montagem para a lâmpada. Fonte: http://www.fisica.ufsc.br/~lab2/pdfs/exp02.pdf adaptado. Variamos a tensão da fonte com base nos valores citados na tabela 04. Medimos então a tensão na lâmpada (VL) e a corrente no circuito, invertendo a polaridade da fonte para valores negativos. Os valores foram anotados na tabela 04. Com os dados registrados na tabela, determinamos o valor da resistência da lâmpada (RL) para cada tensão na lâmpada (VL), utilizando a equação (IV). Construímos então os seguintes gráficos: corrente versus tensão na lâmpada (gráfico 02) e resistência da lâmpada versus tensão (gráfico 03). Analisando o gráfico 02, discutimos se a lâmpada pode ser considerada um resisor ôhmico, e caracterizamos o tipo de bipolo. Verificamos qual a tensão Va em que a lâmpada começa a ficar incandescente, e indicamos esta tensão no gráfico 02. Analisamos então o gráfico qualitativamente, caracterizando o bipolo antes e depois desta tensão. Por fim, analisamos qualitativamente o comportamento da resistência RL com a temperatura (T). 5 – Dados, resultados e discussões: TABELA 01 – VALORES NOMINAIS E REAIS DOS RESISTORES. Nº Seqüência de cores Valor nominal Tolerância Valor real Desvio 1 Laranja, laranja, vermelho, dourado 33 x 100 Ω 5% (± 165 Ω) 3,26 kΩ 0,04 kΩ 2 Azul, cinza, marrom, dourado 68 x 10 Ω 5% (± 34 Ω) 685Ω 5 Ω 3 Laranja, branco, marrom, dourado 39 x 10 Ω 5% (± 19,5 Ω) 396Ω 6 Ω 4 Vermelho, vermelho, marrom, dourado 22 x 10 Ω 5% (± 11 Ω) 231Ω 11 Ω 5 Marrom, vermelho, vermelho, dourado 12 x 100 Ω 5% (± 60 Ω) 1,20 kΩ 1 Ω 6 Vermelho, roxo, marrom, dourado 27 x 10 Ω 5% (± 13,5 Ω) 269 Ω 1 Ω Analisando a tabela 01, notamos que os valores encontrados para os resistores estão dentro do limite de tolerância. Para medir as resistências, o multímetro foi configurado na escala 20 kΩ. TABELA 02 – VALORES DE TENSÃO MÁXIMA PARA CADA RESISTOR. Resistência (Ω) Potência (W) Tensão calculada (V) Tensão máxima (Vmáx) 685 1/8 9,25 8 1.201 1/8 12,25 8 A tensão máxima adotada para ambos os resistores foi de 8 V. TABELA 03 – DADOS EXPERIMENTAIS PARA CCAR DO RESISTOR. Vf V1 I1 Vf V2 I2 0 0,00 0,00 0 0,00 0,00 1 0,94 1,40 1 0,97 0,83 2 1,88 2,80 2 1,94 1,66 3 2,83 4,22 3 2,92 2,49 4 3,81 5,67 4 3,92 3,35 5 4,77 7,12 5 4,92 4,20 6 5,70 8,51 6 5,87 5,02 7 6,67 9,96 7 6,86 5,87 8 7,66 11,44 8 7,86 6,72 Vf -V1 -I1 Vf -V2 -I2 -1 0,80 1,19 -1 0,97 0,83 -2 1,72 2,56 -2 1,94 1,66 -3 2,73 4,07 -3 2,92 2,49 -4 3,88 5,79 -4 3,92 3,35 -5 4,87 7,26 -5 4,92 4,20 -6 5,82 8,68 -6 5,87 5,02 -7 6,80 10,15 -7 6,86 5,87 -8 7,79 11,64 -8 7,86 6,72 Para medição da corrente, a única escala utilizada foi de 20 mA. Na medição das tensões, a escala usada foi de 20 V, exceto nos casos em que a tensão medida foi inferior a 2V. Nessas situações, a escala adotada foi de 2 V. TABELA 04 – Desvio percentual entre o valor nominal e o valor do gráfico. Resistor RN (Ω) RG (Ω) Desvio percentual (%) Nº 2 680 667 1,95 Nº 5 1200 1140 5,26 Analisando os gráficos de tensão versus corrente de ambos os resistores, notamos que os dois obedecem a Lei de Ohm, pois seus gráficos são lineares, o que mostra que a tangente do ângulo de inclinação do gráfico não muda. Ou seja, a relação é constante para ambos os gráficos. TABELA 05 – DADOS EXPERIMENTAIS PARA CCAR DA LÂMPADA. Vf (V) I (mA) VL (V) RL (Ω) 8 173,40 7,25 41,81 7 159,70 6,30 39,45 6 145,80 5,36 36,76 5 130,10 4,46 34,28 4 115,70 3,53 30,51 3 95,50 2,60 27,23 2 75,20 1,69 22,47 1,2 55,50 0,98 17,66 1 49,70 0,83 16,70 0,8 43,50 0,65 14,94 0,6 37,60 0,48 12,77 0,4 29,00 0,29 10,00 0,2 20,10 0,16 7,96 0 0,00 0,00 0,00 -0,2 -19,90 -0,13 6,53 -0,4 -30,20 -0,24 7,95 -0,6 -38,80 -0,42 10,82 -0,8 -44,20 -0,57 12,90 -1 -48,30 -0,74 15,32 -1,2 -54,90 -0,86 15,66 -2 -76,30 -1,54 20,18 -3 -96,10 -2,40 24,97 -4 -116,10 -3,39 29,20 -5 -130,20 -4,36 33,49 -6 -147,20 -5,27 35,80 -7 -160,00 -6,22 38,88 -8 -175,60 -7,18 40,89 Para medição da corrente, a única escala utilizada foi de 20 mA. Na medição das tensões, a escala usada foi de 20 V, exceto nos casos em que a tensão medida foi inferior a 2V. Nessas situações, a escala adotada foi de 2 V. Analisando o gráfico de corrente versus tensão, concluímos que a lâmpada não obedece a Lei de Ohm, pois seu gráfico é não-linear. Isto significa que a relação não é constante. O bipolo pode ser considerado como simétrico, pois não possui polaridade, ou seja, a corrente flui nos dois sentidos com a mesma intensidade; não linear, pois a relação não é constante, ou seja, trata-se de uma resistência dinâmica;e passivo, pois é um receptor de potência, ou seja, não fornece energia ao circuito. Percebemos que a lâmpada ficou incandescente para tensões acima de 0,6 V e abaixo de - 0,6 V. Para tensões entre 0,6 e - 0,6 V nota-se que a curva do gráfico corrente versus tensão apresenta inclinação acentuada, o que significa dizer que houveram pequenos aumentos de tensão para grandes aumentos de corrente. Para tensões maiores e menores que 0,6 e – 0,6 V, respectivamente, a inclinação da curva torna-se mais suave, de modo que ocorreram pequenas alterações na corrente para grandes alterações na tensão. Por ser metálico, o filamento da lâmpada possui elétrons livres, que com o aumento da temperatura, ocasionado pelo aumento da corrente, provoca o aumento do movimento aleatório destes elétrons, dificultando o seu fluxo pelo filamento e caracterizando o aumento da resistência do material. Portanto, RL aumenta com o aumento da temperatura. 6 – Referências bibliográficas: 1 - http://therealgraxaim.blogspot.com/2011_06_01_archive.html 2- Halliday, Resnick e Walker, Fundamentos de Física, Vol. 3, 4ª edição. Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro, 1996. Seções 28-1, 28-4 e 28-5 3 - http://sampa.if.usp.br/~suaide/LabFlex/blog/files/docs/curvas.pdf 4 - http://jkogler.wordpress.com/2008/03/27/lei-de-ohm-versus-resistencia-incremental/ 5 - http://www.fisica.ufsc.br/~lab2/pdfs/exp02.pdf
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