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Teorias e Técnicas Psicoterápicas - Psicanálise

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Psicanálise e Psicoterapia 
Pilares da técnica psicanalítica: 
• Associação livre: 
• Atenção flutuante: 
• Interpretação: 
• Neutralidade: 
• Transferência: 
• Contratransferência: 
 
Freud conta já ter passado pela Relação Terapêutica Negativa, 
onde o sujeito entra na terapia com um sintoma e sai se sentindo 
muito pior. Surgiu então a reflexão dessa situação para que 
encontrasse uma maneira de diminuir os sintomas do sujeito, 
surgindo uma das raízes da psicoterapia breve. 
 
Psicoterapia Breve 
• Duração até 1 ano; 
• O término é estabelecido com o sujeito; 
• Várias abordagens; 
• Possível trabalhar com qualquer idade; 
• Cabe em qualquer ambiente; 
• Pode ser individual, grupal, casal e familial. 
 
O que fica é o espaço vivencial não aleatório na psicanálise 
enquanto psicoterapia. Vivencial porque o sujeito vai ter vivências 
nesse contexto e irá colocar e concretizar elementos com carga 
afetiva. E não aleatório porque tem propósito e embasamento, 
mesmo que o objetivo seja que o sujeito fale livremente. 
O que se espera da Psicoterapia Breve: 
• Sessões regulares; 
• Promover reflexão e ter elaboração (entrar em contato 
com elementos e conseguir posicionar o sujeito de uma 
maneira que ele consiga olhar de outra forma); 
• Ressignificação (atribuir novos sentidos às vivências do 
sujeito); 
• Personalidade (sujeito tem possibilidade de compreender sua 
personalidade). 
 
Enquadre (o que é estabelecido com o cliente) 
 
 
 
 
Setting é um espaço que será construído a partir da relação com 
o cliente e será trabalhado ao longo do processo. É necessário 
retomar constantemente com o sujeito de que esse espaço é 
dele e que pode ficar à vontade, que haverá uma escuta sem 
julgamento. 
Envolve conjunção de regras e combinações que será feita com o 
cliente. Haverá um dia, horário, número de sessões, formas de 
contato, honorários, formas de pagamento, férias, feriado e 
sigilo. 
É um espaço que possibilita que o cliente traga suas questões. 
Setting surge como uma nova condição de maternagem. É 
colocado em pauta a função materna (como suporte, 
acolhimento, cuidado) e a paterna (como rigidez, limite, proibição 
que leva à frustração). Irá trabalhar o acolhimento do sujeito e 
terá momentos em que o profissional irá exercer mais o papel 
materno ou mais o papel paterno. 
 
O setting tem finalidade de: 
• Estabelecer aporte da realidade exterior em suas privações 
e frustrações – para falar de si, primeiro o cliente irá falar 
do outro. Esse outro será acolhido e compreendido o lugar 
que ele ocupa. 
• Definir o predomínio do princípio de realidade sobre o de 
prazer – focar em lidar com a realidade para desenvolver 
recursos para caminhar para frente. O cliente pode querer 
continuar com os sintomas, ganho secundário, porque de 
alguma forma aquilo está o suprindo. 
• Delimitar o eu/outro – o cliente vai transferir e o 
profissional irá entender o que ele está transferindo, sem 
assumir aquele papel, apenas acolhendo. 
• Obter a capacidade de diferenciação, separação e 
individuação – trabalhar a separação do eu e do outro. Ver o 
que é meu e o que não é. 
• Definir a noção de limites e de limitações – delimitações de 
cada um. 
• Desfazer fantasias do paciente em relação ao analista – 
como qualquer outra relação, o indivíduo vai criando fantasias 
de quem é esse terapeuta. É necessário retomar o 
enquadre dizendo que ambos possuem relação profissional e 
que não cabe ter contato fora do setting terapêutico. 
TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS 
PSICANÁLISE 
• Fazer o uso das frustrações de forma equilibrada, de 
maneira que o indivíduo desenvolva a capacidade de 
simbolizar e pensar. 
 
Quatro tarefas básicas nas sessões iniciais (3 a 6 sessões): 
a) Formular uma intervenção inicial baseada na angústia 
que motivou a busca de auxílio; 
b) Reconhecer se há crise ou não; 
c) Decidir o foco; 
d) Decidir a indicação. 
 
Tarefa a) – intervenção inicial envolve: 
• Escuta do motivo da consulta; 
• Levantamento de informações sobre o paciente; 
• Reação emocional do terapeuta sobre a faça do paciente; 
• Estabelecer empatia; 
• Avaliação inicial da personalidade do sujeito. 
 
Estruturas de personalidade – diagnóstico psicanalítico 
O diagnóstico psicanalítico tem uma visão mais abrangente, 
enxergando o indivíduo como um todo, além dos sintomas > 
elementos conscientes e inconscientes. 
Bergeret diz que a base permanecente vai determinando o 
funcionamento normal (adaptado) ou mórbido. O sujeito caminha 
conforme como está sua base. Não é olhando para o sintoma que 
permite definir qual é o elemento basal do indivíduo, tem que 
olhar além – em que sentido e lugar esse sintoma tem. 
 
3 estruturas básicas da personalidade: neurótica, psicótica e 
limítrofe. 
Cada personalidade tem vantagens e desvantagens, que são suas 
maneiras de funcionar, e é necessário encontrar estratégias 
para lidar com os benefícios e com os sofrimentos. 
Cada estrutura tem um modo inconsciente de lidar com o 
sofrimento provocado pelo Édipo (estruturas que emergem a 
partir da vivência edípica – desejo e temor). 
É necessário desenvolve estratégias para aquilo que está 
desajustado. 
 
O foco vai delimitar o que será trabalhado cm o indivíduo. 
• O foco circunscreve os assuntos que serão abordados; 
• O foco está ligado à queixa; 
• O foco tem ligação com características de personalidade 
(entendendo a personalidade se pode delimitar o foco); 
• O foco está relacionado a um ponto fragilizado da 
personalidade; 
• A questão central será o ponto maior de angústia. 
 
Efeito carambola – joguei em um elemento, acertou vários 
outros. 
 
Relação terapêutica tem finalidade de proporcionar algo, com 
caráter profissional. Tem enquadre, características de que 
espaço é esse, que situação é essa, etc. e o profissional tem que 
estar disponível e o sujeito estar aberto para mudança. 
Terapeuta – tripé 
O terapeuta tem que estar alicerçado a um tripé. Ele tem que 
ter uma bagagem teórica, sua própria terapia pessoal e buscar 
supervisão. 
 
Psicoterapia Breve – objetivos gerais 
a) Remover, modificar ou retardar sintomas que o sujeito 
chega 
b) Interferir em padrões perturbados de comportamento 
– há um desajuste de alguma forma. Desajuste de 
adaptação. Vai interferir naquilo que está desajustado. 
c) Promover o crescimento pessoal – personalidade – o 
sujeito tem que ter crescimento psíquicos. Sair melhor 
do que entrou na psicoterapia. Propiciar crescimento e 
ajuste na personalidade. 
Resultado esperado: estabilizar o indivíduo para que ele possa 
caminhar sozinho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na hora do diagnóstico é 
confuso saber qual dos 2 
Toda relação terapêutica está pautada no esquema técnico que 
está ligado ao processo de psicoterapia breve: 
Marcadores gerais das estruturas: 
Estrutura Instância dominante Natureza do conflito Natureza da angústia Principais defesas Relação de objeto 
Neurótica 
(reclama muito) 
Superego 
(muita cobrança, culpa) 
Superego com id 
(quer e não quer ao 
mesmo tempo) 
De castração 
(possibilidade de perda) 
Recalcamento 
(tudo o que gera 
desconforto é retirado 
da consciência e colocado 
no inconsciente) 
Genital 
(ele sabe o que quer e da 
forma que quer. Identifica 
objeto) 
Psicótica 
(oscila) 
Id 
(pautado no desejo e 
prazer sem obstáculos) 
Id com a realidade 
(o desejo é um, mas a 
realidade é outra) 
De fragmentação 
(medo de desorganização 
total) 
Negação da realidade 
(não enxerga e muda de 
assunto) 
 
Desdobramento do 
ego 
(foca em um elemento e 
esquece o outro) 
Fusional 
(precisa de alguém para 
fazer tal coisa. Começou 
a mexer, gera 
desconforto. Se perde 
em caracterização, pois 
ele se mistura) 
Limítrofe ou 
borderline 
(tem muita necessidade 
de atender o outro) 
Ideal do ego 
(acha que tem que 
atender elementos do 
meio) 
Ideal do ego com id e 
realidade 
(desejo x realidade x o 
ideal a apresentar no 
meio_ 
De perda de objeto 
Clivagemdos objetos 
(um objeto é bom e o 
outro é mau. Aquele que 
o sujeito investe mais, 
não olhando mais para o 
outro) 
Analítica 
(depende do outro, se 
não, ele não dá conta) 
 
 
Características gerais que podem ser observadas: 
Tipo N 
(neurótico) 
Tipo P 
(psicótico) 
Tipo EL 
(estrutura limítrofe ou borderline) 
Ambicioso 
(busca muito, precisa sempre de mais) 
Oscilação de organização e desorganização 
profundas 
Dependência/independência – deseja ser 
cuidado 
(atende mais os pedidos do outro do que os seus 
próprios) 
Competitivo 
(bate de frente com algumas coisas – confronta) 
Centradas em si mesmas 
(não investe tanto no meio) 
Ego frágil 
(como ele tem dificuldade de assumir seus desejos, 
percebe um ego frágil) 
Bom controle dos impulsos 
(freia tudo o que é por impulso) 
Encaram qualquer ambiente como 
desestruturador 
Pais não são sexuados, são grandes 
(permanece com a representação dos dois. Não 
consegue escolher o objeto de desejo) 
Teimosos 
 
Criativos 
Exigente para se entregar e para confiar 
(está com o outro apenas para não ficar sozinho. Não 
investe afetivamente) 
Obstinados 
(persistente, firme) 
Alguns são confusos 
(no falar, no se expressar...) 
Dificuldade de assumir a própria vontade 
(estar com o outro já oferece subsídio) 
Insatisfeitos – o que falta é mais importante 
do que o que tem 
Alguns são desconfiados 
(como o ambiente é ameaçador, ele desconfia de tudo) 
Preocupação com o outro 
(ele fica em segundo plano) 
Individualistas 
(só faz para o outro porque de certa forma aquilo 
atende ele) 
Alguns são rígidos 
(com eles mesmos para que tenham manutenção e não 
descompensa) 
Pautado na vergonha de não cumprir o 
esperado 
(ele se incomoda muito quando não atendeu algo do 
modo que deveria/que era esperado) 
Lógicos 
(tudo tem justificativa – são racionais) 
Rico mundo interno 
Sedutores e encantadores 
(por estarem sempre próximo, disponível, aberto... por 
sempre querer estar com o outro) 
Dificuldades de limite frente à castração 
(insatisfação – nada preenche) 
Distanciar do outro e do mundo é uma forma 
de organização 
Fogem do vazio e da solidão 
(dificuldade de ficar sozinho) 
Pautados na ordem e na parcimônia Ambiente é invasivo e ameaçador Apresentam dúvidas em profundidade 
(tudo muito planejado e pensado) (está sempre questionando para saber se está dando 
conta das expectativas do outro) 
Disputam por necessidade de poder 
(competitivo – não é o outro, mas o que vai trazer 
para ele) 
Opinião forte – não cedem facilmente 
Sente-se frágil e vulnerável 
(por isso está sempre com alguém, como 
suporte) 
 Pensa antes de falar 
(tenta se situar para depois se colocar) 
Às vezes pode demonstrar certa frieza 
 Às vezes são teimosos 
(por essa mania de não ceder facilmente) 
Relações são intensas, porém instáveis 
(ele investe para ter a relação, mas é superficialmente) 
 
Identifica que o problema está fora, nas 
outras pessoas 
Em função da dependência, confia por medo 
do abandono 
 
Identidade instável – não sabe quem é, deseja 
ser diferente, não quer estar onde e como 
está 
(dificuldade para se colocar e colocar quem ele é) 
 
Exige atenção e cuidado do outro de forma 
exagerada 
 
Qualquer sinal que indique rejeição, se sente 
indesejado e insuportável 
 Explosão de raiva 
(quando não é atendido naquele momento) 
 Instabilidade de humor 
(não há situação específica para ocorrer) 
Relação com o terapeuta Relação com o terapeuta Relação com o terapeuta 
Tentativa de controlar o horário 
(o corte/término tem a ver com a castração. 
Dificuldade em terminar a sessão, ele quer estender. 
Sai de todos os assuntos que o incomoda) 
Intervenções comuns: explique melhor. De 
quem você está falando? Mas porque você 
não fez tal coisa? 
(necessário fazer pausa para se situar melhor. Às 
vezes a fala é muito solta, assuntos diferentes > 
desorganização) 
Respeita o lugar do mesmo 
Competitivo 
(quer debater determinados assuntos, mostrar que 
sabe mais) 
Às vezes geram desconfiança 
(qualquer coisa ele fica na defensiva) 
Não compete 
Desconsidera o que o profissional fala 
(quer assumir o controle) 
Clima persecutório Próximo 
(questiona em como pode agradar) 
Tenta saber que sabe mais que o analista 
Às vezes o terapeuta tem a sensação de 
estar sozinho 
(às vezes ele está falando, mas parece que para outra 
pessoa) 
Aberto ao que é dito 
Procura tirar o terapeuta do seu lugar de 
poder e trata como amigo 
(muda o perfil da relação) 
Foco: fragmentação Interessado 
Querem continuar a consulta e acusam o 
terapeuta de nada ter dito 
(confronta a prática do profissional, fala em tom de 
confronto) 
 
Dois tipos: solicitantes (olhar do outro, 
cuidado...) e cuidadores (questiona, aparece 
com presente...) 
Atrasos – mostram que são ocupados e que 
não estão à disposição 
 Foco: assumir seus desejos sem receio 
Fala muito e não deixa o analista falar 
(ficar em silêncio para ele é angustiante) 
Necessita de ajuda para reconhecer os limites 
(quer controlar tanto que não percebe) 
 
Esconde de si mesmo o problema 
(coloca embaixo do tapete) 
 
Foco: castração 
 
Divisão Divisão 
(a divisão no limítrofe se observa nos indivíduos 
que querem cuidar ou solicitar mais) 
Histérico 
(neurótico com caráter histérico) 
Esquizofrênico 
Reclamação acentuada – dá voltas no 
problema 
(quando sinalizado o problema, ele nega) 
Como é o outro 
(está sempre buscando, mas é difícil saber. Ora vê ele 
de uma maneira, ora vê ele de outra) 
 
Seu desejo é sempre insatisfeito 
Desejo está sempre a mudar – angústia em 
permanecer fixo 
 
Obsessivo 
(neurótico com caráter obsessivo – controlador, 
reclama menos) 
Autismo 
Dá voltas no problema – tenta organizar as 
coisas ao redor para não pensar no problema 
O outro quase não existe 
(ele fica muito mais fechado em si mesmo, ora parece 
que vai atender o outro, ora não...) 
 
Angústia de mudança 
Desejo sempre “morto” 
 Paranóide 
 
O outro persegue 
(reclamações constantes do outro. O outro está 
sempre ali provocando) 
 
Ignora Desorganiza Faz questão de 
 
• Geral: enquadramento, diagnóstico (não quer dizer que vá 
achar algum transtorno), alta (é datado no início da 
psicoterapia breve – 1 ano). 
Marcam um começo, meio e fim. 
 
• Específico: tem que ter acolhimento/vinculação (trabalhado 
ao longo do processo), resolução (foco) (espera-se que o 
foco seja resolvido nesse 1 ano de psicoterapia breve) e 
(re)projetação (sai daquele contexto para se colocar fora. Se 
ver fora da terapia e caminhando sozinho). 
Durante o atendimento.

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