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Você já ouviu falar em morfologia vegetal? Sabe do que se trata? Morfologia vegetal é a ciência que se dedica ao estudo da forma e da estrutura das plantas. A observação das características morfológicas das partes aéreas (tronco, folhas, flores, frutos) e subterrâneas (raízes) permite a identificação e a classificação das espécies. 
Qual a sua importância no Jardinismo? Uma das principais etapas do planejamento dos jardins é a escolha das espécies vegetais que serão empregadas. É necessário conhecer suas características morfológicas, anatômicas e fisiológicas para aplicá-las de forma correta no projeto.
Salviatí (1993) ressalta a importância do conhecimento dessas estruturas para o Paisagismo/Jardinismo:
· Raiz: raízes profundas ou superficiais são determinantes na escolha do local de plantio, isso porque calçadas e tubulações podem ser danificadas ao longo do ciclo de desenvolvimento da planta;
· Folhagens, flores e frutos: particularidades como textura da copa e nuances de coloração da folhagem podem ser fator decisivo durante a seleção das espécies que irão compor o jardim. O período de floração possibilita combinação de cores ao longo do ano; a caducidade das folhas implica sombreamento e resíduos gerados; já a frutificação (frutos comestíveis ou não) confere ao vegetal outras funções além da ornamentação.
Como resultado das diferenças morfológicas, têm-se diferentes critérios que permitem a classificação das plantas. Quanto ao hábito ou à forma de vida, podem ser diferenciadas em:
Árvore: vegetal lenhoso com mais de 5 m de altura, apresentando tronco ramificado na parte superior formando a copa;
Arbusto: vegetal lenhoso de 3 m a 5 m de altura, com um pequeno tronco, apresentando ramificações desde a base;
Subarbusto: vegetal lenhoso de 0,5 m a 3 m de altura, com muitas ramificações herbáceas ao longo de todo o caule ou formando um emaranhado originando uma touceira;
Erva: vegetal ereto, de pequeno porte, contendo pouco tecido lenhoso;
Liana, cipó ou trepadeira: vegetal com sistema caulinar incapaz de se sustentar, necessitando se enrolar em um suporte ou desenvolver órgãos de sustentação, como gavinhas e raízes grampiformes, para garantir sua fixação ao suporte;
Rastejante: vegetal que se desenvolve paralelamente à superfície do solo, no qual se apoia (MARTINS-DA-SILVA et al., 2014, p. 40).
Salviatí (1993) simplifica a classificação para o Paisagismo, estabelecendo conjuntos de tipos fundamentais de plantas: plantas arbóreas (árvores, palmeiras, coníferas), trepadeiras, arbustos e herbáceas (ervas, forrações, pisos vegetais).
Figura 1.3 - Classificação de tipos vegetais
Fonte: Salviatí (1993, p. 12).
De acordo com o autor, a diferenciação entre as plantas herbáceas, forrações e pisos vegetais se dá pelo porte (altura), enraizamento e resistência ao pisoteio. As plantas herbáceas são “erguidas” e atingem, geralmente, até 1 m de altura; as forrações são plantas rasteiras, com altura até 30 cm, densamente enraizadas e que não admitem pisoteio; já os pisos vegetais são semelhantes às forrações, porém permitem poda rente ao solo e são muito resistentes a pisadas (SALVIATÍ, 1993).
Nativas e Exóticas
Outro fator a ser observado na correta utilização da vegetação no Paisagismo é a origem das espécies. Acerca disso, recebem duas titulações: espécies nativas ou exóticas. As nativas são aquelas originárias da região em que ocorrem, já as exóticas foram trazidas de outro país e introduzidas na localidade. 
Embora o conceito pareça peculiar, o emprego de plantas exóticas nos jardins é mais comum do que se pensa. Em estudo realizado por Turchetti (2016) no Distrito Federal, observou-se que entre as espécies ornamentais comercializadas, a maioria é exótica.
Como exemplo têm-se as coníferas, plantas pertencentes ao grupo das gimnospermas, muito utilizadas em jardins clássicos. Em sua grande maioria exóticas, são atrativas ao paisagismo por suas formas, cores e tonalidades. Entre elas, pode-se citar a espécie Podocarpus macrophyllus, conhecida popularmente como pinheiro-de-buda, originária do Japão e da China, de grande porte (podendo atingir até 15 m de altura), muito utilizada no paisagismo (LORENZI; SOUZA, 2008).
Figura 1.4 - Podocarpus macrophyllus
Fonte: Maria Nikonova / 123RF.
Apesar de corriqueiro, o uso de plantas exóticas deve ser cauteloso, devido ao grande potencial invasor. Turchetti (2016) cita que, inclusive, há um movimento da população e profissionais da área por um paisagismo mais sustentável, visando ao incremento no número de espécies nativas inclusas nos projetos. Heiden et al. (2006) são audaciosos ao afirmarem que a substituição do uso de plantas exóticas por nativas ornamentais é “a grande tendência do paisagismo moderno”.
	Tipo 
	Nome científico 
	Nome popular 
	arbusto 
	Beaucarnea recurvata 
	pata-de-elefante 
	arbusto 
	Euphorbia ingens 
	cacto-candelabro 
	arbórea 
	Archontophoenix cunninghamiana 
	palmeira real 
	arbórea 
	Salix babylonica 
	salgueiro-chorão 
	herbácea 
	Zoysia japonica 
	grama esmeralda 
	trepadeira 
	Ficus pumila 
	unha-de-gato 
Quadro 1.1 - Exemplos de plantas exóticas para fins ornamentais
Fonte: GBIF.org.
Algumas plantas nativas recomendadas para jardins são as begônias (Begonia sp.), orquídeas (exemplo: Oncidium varicosum, Cattleya labiata), alamandas (Allamanda sp.), helicônias (Heliconia sp.), ipês (Handroanthus sp.), bromélias (Aechmea sp.). As vantagens de se utilizar espécies provenientes da região são: redução no custo de manutenção, fertilizantes, rega e agroquímicos, em virtude de já serem adaptadas às condições edafoclimáticas (TURCHETTI, 2016).
Sucessão Vegetal
Niemeyer (2019, p. 100) define sucessão vegetal ou ecológica como “o processo natural de estabilização de um ecossistema”. Sendo assim, as plantas podem ser classificadas em pioneiras, secundárias iniciais, secundárias tardias e clímax.
Dentro dos grupos sucessionais, as espécies pioneiras apresentam alta tolerância à luz (heliófitas), crescimento rápido, ciclo de vida curto e grande produção de banco de sementes. As helicônias são exemplares de plantas ornamentais pioneiras (Heliconia rostrata), herbáceas, eretas, podem atingir até 10 m de altura dependendo da espécie (NAKANO, 2008; ALMEIDA, 2016).
As espécies secundárias iniciais e tardias são intermediárias no ciclo sucessional. Como secundárias iniciais têm-se plantas tolerantes ao sombreamento parcial, de rápido crescimento vegetativo e ciclo de vida médio; já as tardias desenvolvem-se exclusivamente em áreas sombreadas, são geralmente de grande porte e possuem ciclo de vida longo (ALMEIDA, 2016). Entre os exemplares de espécies secundárias utilizadas no jardinismo estão: babosa-branca (Cordia superba); ingá-bravo (Inga vera), ipê-amarelo (Handroanthus chrysotrichus), quaresmeira (Tibouchina Granulosa), pata-de-vaca (Bauhinia forficata).
A denominação clímax se dá às plantas que se desenvolvem em locais sombreados (umbrófilas), com crescimento lento, que definem a estrutura final da floresta (ALMEIDA, 2016; NIEMEYER, 2019). A partir dessas classificações, pode-se inferir que as espécies apresentam diferentes respostas à exposição solar, fator que deve ser considerado no planejamento do arranjo das espécies no jardim.
praticar
Vamos Praticar
As espécies vegetais podem ser categorizadas de acordo com o hábito ou forma de vida. Características como lenhosidade do caule, padrão de ramificação e desenvolvimento podem ser utilizadas para tal. 
Assinale a alternativa que contém a correta descrição das plantas classificadas como trepadeiras:
Fonte: SALVIATÍ, E. J. Tipos vegetais aplicados ao paisagismo. Paisagem e Ambiente, v. 5, p. 9-45, 1993.
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a) Plantas com altura média acima de 5 metros, caule lenhoso, com único ponto de fixação na base, podendo haver bifurcação acima do solo.
b) Plantas de caule geralmente lenhoso com ramificações próximas ao solo, que atingem altura máxima de 5 a 6 metros.
c) Plantas rasteiras de caule maleável, herbáceo, geralmente atingem até 1 metro de altura.
d) Plantas decaule tipo estipe, de diversos portes, com copa formada por folhas alongadas e pinadas.
e) Plantas que não possuem capacidade de suporte próprio, necessitando de estruturas para se fixar.
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