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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS KAILANE HILGENBERG 2º PERÍODO DE AGRONOMIA RESUMO DO CAPÍTULO 4 DO LIVRO DE MORFOLOGIA E ANATOMIA VEGETAL PLÂNTULA (LUIZ ANTÔNIO SOUZA) PÁG 233 A 244 PONTA GROSSA – PR 30 DE NOVEMBRO DE 2021 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS KAILANE HILGENBERG 2º PERÍODO DE AGRONOMIA RESUMO DO CAPÍTULO 4 DO LIVRO DE MORFOLOGIA E ANATOMIA VEGETAL PLÂNTULA (LUIZ ANTÔNIO SOUZA) PÁG 233 A 244 TRABALHO AGREGADO A DISCIPLINA DE ANATOMIA E MORFOLOGIA VEGETAL DO CURSO DE AGRONOMIA DO CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS COM REQUISITO DE NOTA INTEGRAL DO BIMESTRE. PROFESSOR: ANDRE LUIZ OLIVEIRA DE FRANCISCO PONTA GROSSA – PR 30 DE NOVEMBRO DE 2021 PLÂNTULA As espécies de Magnoliopsida (Angiosperma) passam por várias fases de desenvolvimento, envolvendo a vegetativa e a reprodutiva.Sem divida, o período de germinação das sementes, sua sobrevivência e o estabelecimento da planta em seus estágios iniciais de desenvolvimento são críticos na preservação de uma espécie vegetal. A primeira fase vegetativa de uma planta após a germinação da semente, conhecida como plântula, tem enorme valor no estudo da dinâmica de populações, na silvicultura, no armazenamento de sementes, nos trabalhos de viveiros e na preservação e regeneração de florestas. O aparecimento do primeiro eofilo ou protofilo ou se é o aparecimento do primeiro metafilo ou nomofilo, pode ser resolvida ou atenuada mediante a adoção da terminologia proposta por Hertel (1968), modificada, Desta forma, plântula ou puladendro (pullus = o que é novo em idade) deve ser considerada como a fase que abrange o vegetal desde a germinação consumada da semente até a formação da primeira folha ou eofilo. Após esta fase, o estágio seguinte é o tirodendro (tiro = principiante), que compreende o final do desenvolvimento do primeiro eofilo na plântula até o momento em que aparecem os primeiros nomofilos. MORFOLOGIA DA PLÂNTULA Durante o processo de germinação da semente, o início do desenvolvimento da plântula é marcado pela protrusão da radícula. A plântula já desenvolvida, conforme conceito em pregado aqui, consiste de raiz primária, colo ou coleto, nem sempre visível, hipocótilo, epicótilo e eofilo(s) ou protofilo(s). DESENVOLVIMENTO DA PLÂNTULA O desenvolvimento da plântula, primordialmente marcado pela protrusão da radícula do embrião, pode ser fanerocotiledonar (fanero = visível, manifesto) ou criptocotiledonar (cripto = oculto). A plântula fanerocotiledonar caracteriza-se por expor os cotilédones, isto é, os cotilédones ficam livres do tegumento da semente ou da parede do fruto. A plantula criptocotiledonar, ao contrário, mantém o(s) cotilédone(s) envolvido(s) pelo tegumento seminal e, eventualmente, também pelo pericarpo. As plântulas podem ser ainda epigéias (epigeus = que está sobre a terra) ou hipogéias (hipogeus = subterrâneo). Nas hipogéias, os cotilédones permanecem no interior do solo e são comumente envolvidos pelo tegumento seminal e/ou o pericarpo. A plântula de Cabralea canjerana (canjerana) é registrada como tendo germinação semi-hipogeia, ou seja, os cotiléilones permanecem sob a terra, mas bem próximos da superficie do solo. RAIZ E HIPOCÓTILO Logo após o processo de embebição da semente - período de absorção de água pela semente, variável com a espécie -, ocorre ruptura do tegumento seminal próximo da região da micrópila, e a radícula emerge. O hipocótilo desenvolve-se concomitantemente e separa-se da raiz pelo seu maior diâmetro, pela ausência de pêlos absorventes ou pela formação de uma estrutura denominada colo ou coleto. Na espêcie Eucalypts grandis (eucalipto), o colo, bem desenvolvido, é representado pelo "órgão cupuliforme", onde crescem pêlos absorventes que fixam a plântula no substrato, que se mantém funcional por vários dias. Posteriormente, o órgão começa a secar, rompe-se e se exfolia, deixando apenas uma estreita cicatriz anclar. Em Anthariam seandens (antúrio-de-restinga),uma plantula criptocotiledonar,o eixo hipocotilo-radiculardo embrião é muito reduzido e desenvolve-se significativamente após a germinação, formando um órgão tuberiforme. Nas primeiras, como em Anthurium scandens Cantúrio-de-restinga), a raiz primária persiste durante algum tempo na planta, mas desaparece quando surge o terceiro ou quarto cofilo, já na fase de tirodendro. Nas Magnoliopsida (Dicotyledoneae), a raiz primária permanece, desenvolve-se e caracteriza o sistema axial comum neste grupo de plantas. hipocótilo é relativamente pouco desenvolvido, comumente clorofilado, e pode ser piloso, com antocianina nas células epidérmicas. COTILÉDONE O cotilédone é uma folha que se desenvolve no limite entre o hipocótilo e o epicótilo. Nas plântulas de Magnoliopsida (Dicotyledoneae) ocorrem dois cotilédones, que podem permanecer envoltos pelo tegumento seminal, eventualmente também pelo pericarDo(plantulas criptocotiledonares), ou liberados dos envoltórios (plântulas fanerocotiledonares). As plântulas que provêm de sementes com pouco ou nenhum endosperma possuem cotilédones espessos e de reserva. Por outro lado, as plântulas originadas de sementes com abundante endosperma apresentam cotilédones foliáceos. O limbo pode ter formato variável, sendo bilobado ou reniforme em espécies do gênero Eucalyptus (eucaliptos), sagitado em Cassia cathartica (sene-do-campo), ou auriculado-ovado ou ovado em Aspidosperma polyneuron (peroba-rosa). Nas espécies de Liliopsida (Monocotyledoneae), o cotilédone permanece encerrado na semente e pode funcionar para a plantula como órgão absorvente das reservas das sementes. Em Anthurium scandens (antúrio-de-restinga), o cotilédone tem função suctorial e permanece envolto pelo endosperma e tegumento. Nas espécies da familia Poaceae (Gramineae), o único cotilédone, que tem formato de escudo, é denominado escutelo (scutellum = escudo). EPICÓTILO De acordo com Font Quer (1982), o epicótilo das plântulas das Magnoliophyta (Angiospermae) é considerado como primeiro entrenó que fica acima da inserção dos cotilédones. Possui dimensões variadas, podendo ser piloso e clorofilado. EOFILO OU PROTOFILO Os termos cofilo (o = aurora, em referência à precocidade; filo = folha) e protofilo (proto = primeiro, primordial) são usados para designar a primeira folha da plântula depois dos cotilédones. Nas plantulas podem ocorrer um ou dois eofilos; neste caso, eles têm filotaxia oposta. Na fase de tirodendro, as plantas podem ter vários eofilos antes do desenvolvimento do primeiro metafilo ou nomofilo. EOFILO DE MAGNOLIOPSIDA (Dicotyledoneae) Os cofilos de Magnoliopsida (Dicotyledoneae) são folhas simples ou compostas e podem apresentar limbo, pecíolo e estípulas. Os eofilos simples comumente possuem limbo e peciolo, mas podem apresentar estípulas. Os eofilos compostos, comuns na família Fabaceae (Leguminosae), são encontrados também nas famílias Meliaceae, Anacardiaceae e outras. EOFILO DE LILIOPSIDA (Monocotyledoneae) Em Anthurium scandens (antúrio-de-restinga), espécie pertencente à familia Araceae, o eofilo apresenta bainha, pecíolo e limbo. Na família Poaceae (Gramineae), a plúmula do embrião e a gema apical da plántula são envolvidas e protegidas por uma bainha denominada coleóptilo. Essa bainha é verde, desenvolve-se consideravelmente, possui ápice rigido e facilita a saída da parte aérea da plântula do solo. Ela exerce função especial, ao proteger e auxiliar o desenvolvimento da gema apical da plântula, e é logo rompida, liberando as jovens folhas e a gema. Portanto, o eofilo das Poaceae (Gramineae) fica encerrado, no início do desenvolvimento, no coleóptilo, e ele é semelhante ao nomofilo. coleóptilo nas Poaceae (Gramineae) e Cyperaceaeé considerado como parte do único cotilédone que ocorre nas espêcies dessas famílias. Durante a evolução dessas espécies, o cotilédone sofre divisão transversal em duas partes separadas, servindo para funções diferentes. ANATOMIA DA PLÂNTULA COTILÉDONES A epiderme da folha cotiledonar pode ser simples, com células poliédricas de paredes anticlinais retas ou sinuosas. Podem ocorrer pélos tectores e glandulares bem como estômatos na epiderme cotiledonar. Em Aloysia hatschbachit, os pêlos tectores são bicelulares, de extremidade afilada e paredes celulares espessas, e com ornamentações verrucosas; os pêlos glandulares são de dois tipos: pluricelular, com ápice secretor bicelular e pedicelo longo, e ápice secretor unicelular e pedicelo curto. Os estômatos também ocorrem na epiderme da folha cotiledonar, podendo variar estruturalmente conforme a espécie. Em Aloysia hatschbachit, a folha é anfistomática e os estômatos são anomocíticos, e em Vismia guianensis (lacre ou pau-de-lacre), os estômatos são raros na face adaxial do cotilédone e classificam-se como paraciticos. A vascularização do limbo cotiledonar pode variar conforme as espécies. Os feixes vasculares podem ser colaterais, de dimensões diversas, podendo estar dispersos e imersos no parênquima do mesofilo. RAIZ A raiz primária apresenta rizoderme típica, unisseriada, com pêlos absorventes comumente unicelulares. Em Cassia cathartica (sene-do-campo), a endoderme é bisseriada, sendo a camada mais externa provida de estrias de Caspary bem mais largas que as da camada interna. O cilindro vascular, que é circundado por um periciclo parenquimático unisseriado, mostra cordões de xilema e floema dispostos alternadamente. O xilema pode apresentar número variável de pólos de protoxilema, caracterizando a raiz como triarca em Aloysia hatschbachii e tetrarca em Trichilia pallida (baga-de-morcego). Ela possui rizoderme, córtex com exoderme e endoderme, e um cilindro central com xilema diarco. HIPOCÓTILO O hipocótilo tem anatomia muito variável. Pode apresentar estrutura de raiz, de caule ou de zona tipicamente de transição entre raiz e caule. Em Cassia cathartica (sene-do-campo), a estrutura é de transição, já descrita no tópico Raiz. EOFILOS OU PROTOFILOS Os eofilos ou protofilos podem apresentar estrutura mais ou menos semelhante à dos metafilos ou nomofilos. A epiderme é unisseriada, revestida por cutícula, podendo apresentar tricomas e estômatos. O mesofilo parenquimático heterogêneo ou homogêneo. Quando heterogêneo, possui os parênquimas paliçádico e esponjoso. A vascularização do limbo pode ser feita pela nervura central, pelas nervuras de porte médio e pelas nervuras de menor porte, que ficam imersas no mesofilo.
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