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POLÍTICA PÚBLICA DA FAMÍLIA

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POLÍTICA PÚBLICA DA FAMÍLIA 
E DE DEFESA DOS DIREITOS
22 
José Antonio da Costa Fernandes
Londrina 
Editora e Distribuidora Educacional S.A. 
2019
Política pública da família e de defesa dos direitos
1ª edição
33 3
2019
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
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Editorial
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Beatriz Meloni Montefusco
Daniella Fernandes Haruze Manta
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Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Fernandes, José Antonio da Costa
F363p Política pública da família e de defesa dos direitos/ José 
 Antonio da Costa Fernandes, – Londrina: Editora e
Distribuidora Educacional S.A. 2019.
120 p.
 
ISBN 978-85-522-1632-2
 
1. Serviço Social. 2. Assistente Social. I. Fernandes,
José
Antonio da Costa. Título. 
CDD 360
Thamiris Mantovani CRB: 8/9491
© 2019 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de 
sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, da Editora e Distribuidora Educacional S.A.
44 
SUMÁRIO
Apresentação da disciplina 5
Concepções e caracterização da família contemporânea: 
aspectos históricos, demográficos, políticos e sociais 6
A estratégia da saúde da família como opção 
política e modelo de assistência 18
Marco legal da política de defesa da pessoa idosa 
e sua materialização nas políticas públicas 30
Histórico da política de defesa dos direitos do idoso. 
Conselhos e controle social: papel do conselho e do conselheiro 45
A pessoa idosa e a política pública da assistência social 
e da saúde: intersetorialidade com o SUAS e o SUS 56
Política de defesa da criança e do adolescente e sua materialização 
nas políticas públicas. ECA; Planos nacionais de defesa 
da criança e do adolescente. Desafios atuais 69
O papel dos órgãos oficiais na escola frente à demanda 
por políticas educacionais que atendam aos desafios 
de uma sociedade multicultural 80
Ações afirmativas e minorias: principais marcos 
legais e sua materialização na atualidade 93
POLÍTICA PÚBLICA DA FAMÍLIA 
E DE DEFESA DOS DIREITOS
55 5
Apresentação da disciplina
O objetivo deste material é apresentar um conteúdo básico de políticas 
públicas, pelas quais podemos compreender a própria concepção 
de família para o Estado. Essa intenção possibilita uma melhor 
compreensão do seu significado e alcance, além das interfaces possíveis. 
Esperamos que através da disseminação do conteúdo presente neste 
material ocorra uma melhor compreensão da definição de políticas 
públicas, bem como das competências e habilidades no reconhecimento 
das políticas públicas da família e de defesa dos direitos.
66 
Concepções e caracterização da 
família contemporânea: aspectos 
históricos, demográficos, 
políticos e sociais
Autor: José Antonio da Costa Fernandes
Objetivos
• Apresentar o significado de Estado e das 
Políticas Públicas.
• Refletir sobre políticas públicas e concepção de 
família para a sociedade e para o Estado. 
• Possibilitar uma melhor compreensão sobre o 
significado de políticas públicas e seu alcance, bem 
como das interfaces possíveis nesta área.
77 7
1. Introdução
A compreensão das políticas públicas está atrelada à própria ideia do 
Estado e da democracia. Neste sentido, é por meio da ação da sociedade 
e do processo democrático que podemos observar o funcionamento 
do Estado e da adequação de suas políticas no atendimento das 
necessidades do povo e na própria concepção do significado da família. 
A função que o Estado exerce nas sociedades teve diversas 
transformações ao longo do tempo. Ao longo dos séculos XVIII e XIX, o 
principal objetivo era o de assegurar a segurança pública e a garantia 
da defesa externa de ataques. Porém, com o aprofundamento e 
ampliação da democracia, principalmente após a Primeira Guerra 
Mundial, as responsabilidades do Estado se diversificaram na 
perspectiva de um Estado que tenha como objetivo proporcionar o 
bem-estar para a sua população, tendo como maior exemplo deste 
processo o caso da Suécia (PRZEWORSKI, 1988). Na atualidade, 
tornou-se comum associar que a função do Estado é promover o 
bem-estar da sociedade e, portanto, da família. 
Para tanto, faz-se necessário o desenvolvimento de uma série de 
ações e, ao mesmo tempo, atuar de forma direta em diferentes áreas, 
tais como segurança, saúde, educação, meio ambiente, e de forma 
interligada com o desenvolvimento.
PARA SABER MAIS 
O significado das Políticas Públicas está entrelaçado ao 
que o Estado, prioritariamente, pode desenvolver para 
que a sociedade viva em mais harmonia. Neste sentido 
são criadas Políticas Públicas para várias áreas, até mesmo 
para a segurança pública. Em relação as Políticas Públicas 
voltadas para segurança, por exemplo, podemos observar 
88 
o surgimento de políticas públicas que privilegiam 
o não encarceramento, principalmente na Europa. 
No caso europeu, e em decorrência destas políticas, 
há a diminuição da população carcerária, diferente do 
que ocorre no Brasil, que privilegia o cárcere e tem uma 
das maiores populações carcerárias do planeta. 
Já a ideia do Estado como garantidor de bem estar social e, portanto, 
do bem comum que envolve a família, iniciou-se na Suécia e foi 
denominado de Estado de bem estar social, que se difundiu por toda a 
Europa, porém teve seu modelo questionado de forma mais acentuada 
a partir da década de 1990. Neste sentido, a própria concepção do papel 
do Estado também foi questionada.
2. Estado, governo e políticas públicas: 
ontem e hoje
Para atingir determinados resultados em áreas diversas, ou ainda 
promover o bem-estar da sociedade, os governos se utilizam das 
Políticas Públicas que podemos definir como o como o conjunto de 
ações que envolvem ações políticas desencadeadas por ações da 
sociedade ou de grupos sociais no Estado ou mesmo a partir dele 
próprio. Assim, poderíamos resumir:
[...] como o campo do conhecimento que busca, ao mesmo tempo, 
“colocar o governo em ação” e/ou analisar essa ação (variável 
independente) e, quando necessário, propor mudanças no rumo ou curso 
dessas ações (variável dependente). A formulação de políticas públicas 
constitui-se no estágio em que os governos democráticos traduzem seus 
propósitos e plataformas eleitorais em programas e ações que produzirão 
resultados ou mudanças no mundo real. (SOUZA, p. 26).
99 9
Portanto, podemos afirmar de outra forma que as Políticas Públicas são 
desenvolvidas por meio de ações históricos e sociais, e que refletem o 
conjunto de ações, metas e planos que os governos (nacionais, estaduais 
ou municipais) estabelecem para desenvolver o bem-estar da sociedade 
e da família. Claro que estas ações, devidamente delimitadas pelos 
dirigentes públicos (os governantes ou os tomadores de decisões), 
são estabelecidas como prioridades de determinado momento e 
invariavelmente definidas pelo que eles, os dirigentes políticos, 
entendem ser as demandas ou expectativas da sociedade. Ou seja, o 
bem-estar da sociedade é definido por uma correlação de forças que 
envolve a definição do que o governo, o governantede “plantão”, define 
como sendo a prioridade para a sociedade. 
Esta circunstância ocorre porque a sociedade, na maioria das vezes, 
não expressa de forma plena suas intenções, até porque há disputas 
que se estabelecem no processo democrático, principalmente no 
processo eleitoral, da definição de quais políticas serão adotadas. 
Assim, as demandas da sociedade são represadas aos seus 
representantes, ou seja, deputados, senadores e vereadores, que 
se mobilizam para atender ou fazer com que os membros do Poder 
Executivo, também eleitos, atendam estas demandas.
Estas demandas sociais são apresentadas, tanto em momentos 
eleitorais como também em outros, por meio de grupos organizados 
– denominados de sociedade civil organizada –, que exigem do 
Estado a aplicação de determinadas políticas públicas, identificadas 
acima. Fazem parte dos grupos organizados: sindicatos, entidades de 
representação empresarial, associação de moradores, associações 
patronais e ONGs em geral.
Os recursos para atender a sociedade e suas demandas, no caso 
do Brasil principalmente e dos diversos grupos sociais organizados, 
são limitados ou escassos. Desta forma, os bens e serviços públicos 
desejados pelos indivíduos se transformam em motivo de disputa. 
1010 
Para garantir êxito, os indivíduos que têm objetivos próximos 
tendem a se unir, formando grupos que irão disputar as Políticas 
Públicas. Estas disputas não podem ser consideradas como algo 
necessariamente ruim ou negativo. Estes conflitos se inserem na 
ideia da democracia e, portanto, servem como estímulos a mudanças 
e melhorias na sociedade. A compreensão teórica aqui estabelecida 
vincula-se à concepção pluralista, o que não significa que não 
existam outras. 
A concepção estabelecida acima teve como objetivo estabelecer de 
forma sintética a concepção de Políticas Públicas, mas é importante 
destacar que os processos históricos delinearam o papel do Estado 
na formulação de Políticas Públicas, em razão de sua maior ou menor 
participação e de que como se combinaram a intensidade da atuação 
do estado ou do mercado na definição destas políticas. Assim, temos 
uma variação da intensidade da participação do estado e do mercado, 
e mesmo da sociedade civil na definição das Políticas Públicas. Neste 
sentido, podemos delimitar uma menor participação do Estado nos 
anos 1990 e uma maior participação do Estado no novo milênio, que 
estão representadas, respectivamente, pelos governos COLLOR e FHC, 
na década de 1990, e no novo milênio nos governos LULA e DILMA, 
iniciado em 2003 com a posse do governo LULA.
Após o impeachment1 da presidenta Dilma e no transcorrer dos 
governos Temer e Bolsonaro, houve mudança na compreensão da 
ação do Estado, considerando que deveria ocorrer uma diminuição 
da sua ação, principalmente após a promulgação da Emenda 
Constitucional do Teto de Gastos Públicos, Emenda Constitucional 95, 
que limita por 20 anos os gastos públicos. 
1111 11
ASSIMILE
A emenda constitucional que limita os gastos públicos têm 
sido motivo de diversos questionamentos, pois “estrangula” 
a capacidade do Estado de impulsionar o desenvolvimento. 
Há vários questionamentos na sociedade, na própria 
atividade política e no judiciário, o que implica na possível 
revisão desse dispositivo legal.
3. Definição de família
Para compreendermos o significado da ideia de família poderíamos 
conceber modelos teóricos ou históricos sociais. Neste sentido, iríamos 
ter uma conceituação bastante ampla do significado ou mesmo 
reducionista, pois envolveria concepções religiosas ideológicas, entre 
outras, com formações históricas e sociais distintas, e, portanto, com 
significados também diversos. 
Assim, optou-se neste trabalho em conceituar a família a partir 
do que está definido em nossa Constituição Federal e nos marcos 
regulatórios legais.
A partir da compreensão da temática abordada nesta Leitura 
Fundamental podemos definir que concepção de Estado está 
franqueada na ideia da política e que a definição de políticas públicas 
se encontra muito mais vinculada às propostas implementadas pelo 
governante a partir de determinadas demandas sociais, mas que não 
necessariamente estão definidas na Constituição Federal.
1212 
ASSIMILE
A concepção definida juridicamente sobre a ideia de família 
também interfere no dia a dia, pois na compra de um 
imóvel ou de um plano de saúde a definição jurídica tende 
a prevalecer, mesmo que o cotidiano de um agrupamento 
familiar seja distinto. Mesmo que o grupo originário familiar 
– pai, mãe e filhos – tenda a agregar outros membros, o 
mesmo pode não ocorrer no mundo jurídico.
Já a caracterização da família envolve questões morais, religiosas 
e até mesmo ideológicas, e no caso do Brasil, para a aplicação das 
Políticas Públicas, a caracterização da família está baseada em nossa 
Constituição Federal.
TEORIA EM PRÁTICA
Você já parou para refletir sobre o significado da 
palavra “estado”? 
Podemos atribuir diferentes significados para uma 
mesma palavra, tais como:
• Estado (grafado com letra inicial maiúscula): “Nação 
politicamente organizada por leis próprias. Conjunto 
das estruturas institucionais que asseguram a ordem 
e o controle de uma nação”.
• estado (inicial minúscula): “Cada um dos territórios 
de certos países”.
ou ainda,
• estado (inicial minúscula): “Forma de ser ou estar. 
Condição em que as coisas se encontram. Disposição 
física de uma pessoa ou de um animal”.
1313 13
Fonte: ESTADO. In: MICHAELIS. Dicionário Brasileiro da 
Língua Portuguesa [dicionário online]. São Paulo: Editora 
Melhoramentos, 2019.
A partir do texto acima, podemos identificar que o governo 
federal, os governos estaduais e municipais definem o 
significado do que é o “Estado”. Podemos afirmar, então, 
que as Políticas Públicas são decorrentes de determinadas 
ações do Estado, mesmo que em nível municipal.
Você consegue apontar se sua cidade implementa alguma 
política pública própria com Orçamento Participativo? 
Existe algum programa de bônus para os profissionais do 
magistério ou algo que julgar peculiar em seu município? 
VERIFICAÇÃO DE LEITURA 
1. A compreensão das políticas públicas está atrelada 
à própria ideia do Estado e da democracia. Neste 
sentido, é por meio da ação da sociedade e do processo 
democrático que podemos observar o funcionamento do 
Estado e da adequação de suas políticas no atendimento 
das necessidades do povo e na própria concepção do 
significado da família. A partir desta afirmação podemos 
considerar que o significado de família advém, no 
contexto da Administração Pública:
a. De um contexto histórico e social que acaba por 
se definir também na Igreja, por meio de suas 
políticas públicas. 
b. De um contexto histórico que acaba por se definir 
também no Estado, na Igreja e nas comunidades.
1414 
c. De um contexto histórico e social que acaba por se 
definir também na Igreja e em outras instituições e 
não interfere no Estado e nem nas políticas públicas.
d. Do Estado, por meio de suas políticas públicas. 
e. De um contexto histórico e social que acaba por se 
definir também no Município.
2. Para atingir determinados resultados em áreas diversas, 
ou ainda promover o bem-estar da sociedade, os 
governos se utilizam ______________, que podemos definir 
como o conjunto de ações que envolvem ações políticas 
desencadeadas por ações da sociedade ou de grupos 
sociais no Estado. Complete a frase.
a. Das políticas públicas.
b. Do Estado.
c. Do estado.
d. Das administrações.
e. Dos governos.
3. As políticas públicas são desenvolvidas por meio de 
ações históricas e sociais, e que refletem o conjunto 
de ações, metas e planos que os governos (nacionais, 
estaduais ou municipais) estabelecem para desenvolver 
o bem-estar da sociedade e da família. Claro que 
estas ações, devidamente delimitadas pelos dirigentes 
públicos (os governantes ou os tomadores de decisões), 
são estabelecidas como prioridades de determinado 
momento e invariavelmente definidaspelo que eles, 
os dirigentes políticos, entendem ser as demandas ou 
1515 15
expectativas da sociedade. Considerando a afirmação 
acima, podemos estabelecer que os governos podem: 
a. Desenvolver mais ações para defender o Estado com 
medidas de cunho repressivo, pois em último caso as 
políticas públicas a serem implementadas dependem 
de quem foi eleito. 
b. Não seguir o que a Constituição Federal diz sobre as 
políticas públicas.
c. Devem seguir as orientações da ONU sobre a 
proteção à família. 
d. Desenvolver mais ações para defender a família 
com medidas de cunho assistencial, pois a família é 
soberana e está acima do Estado. 
e. Desenvolver mais ações para defender a família 
com medidas de cunho social, pois as políticas 
públicas a serem implementadas dependem 
primordialmente de quem foi eleito.
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Sertão Veredas. Pensar a República. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2000.
Gabarito
Questão 1 – Resposta: D
Resolução: O significado de família pode ter várias concepções, 
porém na formulação das políticas públicas a concepção do 
Estado prevalece.
Questão 2 – Resposta: A 
Resolução: O desenvolvimento do bem-estar social depende da 
formulação, adequação e implementação de políticas públicas.
Questão 3 – Resposta: E
Resolução: A implementação das políticas públicas depende, 
primordialmente, dos governantes eleitos.
1818 
A estratégia da saúde da 
família como opção política e 
modelo de assistência
Autor: José Antonio da Costa Fernandes
Objetivos
• 	Apresentar	o	significado	da	família	em	nossa	
Constituição	Federal.
• 	Demonstrar	o	ordenamento	jurídico	
infraconstitucional	acerca	da	concepção	política	 
e	das	políticas	públicas	que	permeiam	o	
atendimento	da	saúde	da	família.
• 	Apresentar	os	programas:	Programa	da	Saúde,	
Programa	Mais	Médicos	e	Médicos	pelo	Brasil.
1919 19
1. Políticas públicas de saúde para a família
A	concepção	estratégica	da	Saúde	da	Família	será	apresentada	aqui	
como	um	salto	conceitual,	pois	envolveu	uma	transição	paradigmática	
implementada	nos	últimos	anos,	pois	alia	os	princípios	do	Sistema	
Único	de	Saúde	que	envolvem	a	ideia	de	integralidade,	equidade,	
universalidade,	descentralização,	hierarquização,	comando	único	e	
participação	popular	com	os	outros	princípios	garantidores	da	atenção	
básica	à	saúde	e	balizadas	nos	principais	princípios	da	saúde	pública.	
Apresentar	o	significado	da	Saúde	da	Família	perpassa	também	
o	Programa	Mais	Médicos,	rebatizado	pelo	governo	Bolsonaro	de	
“Médicos	pelo	Brasil”,	e	o	Programa	Mais	Médicos	Nordeste,	que	serão	
apresentados	aqui	em	uma	perspectiva	introdutória,	mas	que	permite	
o	aprofundamento	do	tema	neste	e	em	outros	momentos	dos	estudos	
(AGÊNCIA	BRASIL,	2019).
2. Definição de família
Optou-se	neste	trabalho	em	conceituar	a	família	a	partir	do	que	está	
definido	em	nossa	Constituição,	até	porque	a	própria	concepção	de	
atendimento	à	saúde	perpassa	esta	compreensão.	Neste	sentido,	
citamos	a	conceituação	de	família	presente	na	CF:
Capítulo VII
Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso.
Art. 226.	A	família,	base	da	sociedade,	tem	especial	proteção	do	Estado.
§ 1º	O	casamento	é	civil	e	gratuita	a	celebração.
§ 2º	O	casamento	religioso	tem	efeito	civil,	nos	termos	da	lei.
§ 3º	Para	efeito	da	proteção	do	Estado,	é	reconhecida	a	união	estável	entre	
o	homem	e	a	mulher	como	entidade	familiar,	devendo	a	lei	facilitar	sua	
conversão	em	casamento.
2020 
§ 4ºEntende-se,	também,	como	entidade	familiar	a	comunidade	formada	
por	qualquer	dos	pais	e	seus	descendentes.
§ 5º	Os	direitos	e	deveres	referentes	à	sociedade	conjugal	são	exercidos	
igualmente	pelo	homem	e	pela	mulher.
§ 6º	O	casamento	civil	pode	ser	dissolvido	pelo	divórcio.
§ 7º	Fundado	nos	princípios	da	dignidade	da	pessoa	humana	e	da	
paternidade	responsável,	o	planejamento	familiar	é	livre	decisão	do	casal,	
competindo	ao	Estado	propiciar	recursos	educacionais	e	científicos	para	
o	exercício	desse	direito,	vedada	qualquer	forma	coercitiva	por	parte	de	
instituições	oficiais	ou	privadas.
§ 8º	O	Estado	assegurará	a	assistência	à	família	na	pessoa	de	cada	um	dos	
que	a	integram,	criando	mecanismos	para	coibir	a	violência	no	âmbito	de	
suas	relações.
Art. 227	É	dever	da	família,	da	sociedade	e	do	Estado	assegurar	à	criança,	
ao	adolescente	e	ao	jovem,	com	absoluta	prioridade,	o	direito	à	vida,	
à	saúde,	à	alimentação,	à	educação,	ao	lazer,	à	profissionalização,	à	
cultura,	à	dignidade,	ao	respeito,	à	liberdade	e	à	convivência	familiar	e	
comunitária,	além	de	colocá-los	a	salvo	de	toda	forma	de	negligência,	
discriminação,	exploração,	violência,	crueldade	e	opressão.
§ 1º	O	Estado	promoverá	programas	de	assistência	integral	à	saúde	da	
criança,	do	adolescente	e	do	jovem,	admitida	a	participação	de	entidades	
não	governamentais,	mediante	políticas	específicas	e	obedecendo	aos	
seguintes	preceitos:
I. aplicação	de	percentual	dos	recursos	públicos	destinados	à	saúde	na	
assistência	materno-infantil;
II. criação	de	programas	de	prevenção	e	atendimento	especializado	
para	as	pessoas	portadoras	de	deficiência	física,	sensorial	ou	mental,	
bem	como	de	integração	social	do	adolescente	e	do	jovem	portador	de	
deficiência,	mediante	o	treinamento	para	o	trabalho	e	a	convivência,	e	
a	facilitação	do	acesso	aos	bens	e	serviços	coletivos,	com	a	eliminação	
de	obstáculos	arquitetônicos	e	de	todas	as	formas	de	discriminação.	
(Constituição	Federal,	1988)	
2121 21
PARA SABER MAIS
A	definição	constitucional	sobre	a	família	é	a	que	foi	
apresentada.	Porém,	não	devemos	confundir	união	
estável	de	homem	e	mulher	com	união	homoafetiva	e	
nem	tampouco	considerar	que	esta	definição	é	definitiva.	
O	STF	entende	que	o	Estado	brasileiro	deve	reconhecer	a	
união	homoafetiva	para	determinados	casos.	Para	saber	
mais,	acesse	o	portal	do	STF	e	acompanhe	as	atualizações	
sobre	esta	informação.
Como	foi	possível	observar,	a	definição	de	família,	bem	como	ação	do	
Estado,	seja	pela	proteção	social	ou	outras	questões,	depende	de	como	
a	Constituição	define	seu	significado.	Neste	sentido,	devemos	observar	
que	as	ações	e	a	defesa	da	promoção	social	e	do	bem-estar	social	como	
um	todo	dependem	de	como	é	a	definição	constitucional,	sua	legislação	
correlata	ou	derivativa.
3. Políticas públicas: a questão da família 
e da saúde
As	políticas	públicas,	conforme	observamos	definem	a	concepção	que	
determinado	governo	tem	sobre	a	política	e	sobre	o	próprio	Estado.	Já	
a	concepção	de	Administração	Pública	envolve	a	compreensão	do	ente	
que	desenvolve	a	regulação	e	que,	portanto,	envolve	planejamento	e	
organização,	bem	como	a	direção	e	controle	dos	serviços	do	governo	
nas	esferas	públicas,	sejam	elas	na	esfera	federal,	estadual	ou	municipal,	
na	perspectiva	do	bem	comum.	Assim,	a	administração	pode	ser	
entendida	de	três	formas:
2222 
O	aparelho	administrativo	executa	basicamente	algumas	funções,	
diferentes	entre	si,	que	poderíamos	estabelecer	em	três	esferas:
1.	 Tem	ingerência	nas	relações	entre	particulares,	garantindo-lhes	
maior	segurança	jurídica,	dá	publicidade	aos	atos	em	que	são	
interessados	e	realiza	sua	fiscalização.
2.	 A	ação	administrativa	ou	gestão	manifesta-se	no	
condicionamento	da	liberdade	e	da	propriedade	dos	
particulares,	no	exercício	do	chamado	poder	de	polícia.
3.	 O	objetivo	é	harmonizar	o	direito	do	indivíduo	com	o	 
de	seus	semelhantes.
O	poder	de	polícia	traduz-se	na	faculdade	de	que	dispõe	a	
Administração	Pública	para	condicionar	e	restringir	o	uso	e	o	gozo	de	
bens,	atividades	e	direitos	individuais	em	benefício	da	coletividade	e	
do	próprio	Estado.	A	polícia	administrativa	diz	respeito	à	segurança	da	
ordem	pública,	à	proteção	da	saúde,	ao	resguardo	da	educação,	à	tutela	
da	economia,	à	defesa	da	vida	social	e	dos	princípios	morais.
2323 23
Neste	sentido,	insere-se	o	papel	fundamental	do	Sistema	de	Saúde	e	da	
Assistência.	Refere-se,	mais	especificamente,	às	atividades	de	Vigilância	
em	Saúde,	Sanitária	e	Epidemiológica,	destinadas	a	assegurar	o	bem	de	
todos	a	partir	da	promoção	do	bem	individual	ou	grupal,	sem	exceções,	
com	base	em	privilégios	ou	discriminação	de	qualquer	sorte,	e	sem	
prejuízo	de	um	número	maior	de	indivíduos.
Além	dessa	ação	negativa	de	condicionamento	da	liberdade,	e	
eventualmente	até	da	propriedade,	as	repartições	administrativas	
atuam	na	realização	de	ações	e	serviços	públicos	em	que	se	destacam	
a	assistência	médico-hospitalar,	o	saneamento	básico,	a	educação,	os	
serviços	de	transporte	e	o	fornecimento	de	energia,	dentre	outras.	Neste	
sentido,	deve	ser	ressaltado	o	papel	exercido	pelas	Secretarias	Estaduais	
ou	Municipais	da	Saúde	como	agentes	deste	processo	regulatório	que	
envolve	à	promoção	de	ações	e	serviços	preventivos	e	curativos,	ou	
seja,	mantenedores	das	condições	de	saúde,	capazes	de	desenvolver	
plenamente	o	cidadão	como	agente	da	“construção”	de	uma	“sociedade	
livre,	justa	e	solidária”,	objetivo	constitucional	fundamental	(art.	3º,	I,	
Constituição	Federal).
Neste	sentido,	ao	conjunto	de	ações	e	serviços	de	saúde	prestados	
por	órgãos	e	instituições	públicas	federais,	estaduais	e	municipais,	da	
administração	direta	e	indireta,	e	das	funções	mantidas pelo	poder	
público,	dá-se	nome	de	Sistema	Único	de	Saúde	(SUS).
São	consideradas	inerentemente	do	SUS	as	instituições	públicas	
federais,	estaduais	e	municipais	prestadoras	ou	contratadoras	de	
ações	e	serviços	de	saúde	e	desenvolvedoras	de	controle	de	qualidade,	
pesquisa	e	produção	de	insumos,	medicamentos,	inclusive	de	sangue	e	
hemoderivados,	e	de	equipamentos	para	saúde.
A	iniciativa	privada	poderá	participar	do	SUS,	em	caráter	complementar.	
Isto	quer	dizer	que	nenhuma	ajuda	deve	ser	dispensada	no	esforço	
conjunto	de	se	alcançar	as	metas	de	saúde	do	povo	brasileiro.
2424 
4. Saúde da família
O	Programa	Saúde	da	Família	(PSF)	foi	criado	na	gestão	FHC	e	
ampliado	nas	gestões	posteriores,	e	principalmente	após	a	criação	
do	programa	Mais	Médicos,	pois	permitiu	maior	acesso	ao	médico	de	
família.	A	estratégia	deste	tipo	de	programa	visa	equalizar	o	significado	
da	ideia	da	atenção	básica	à	saúde,	que	estabelece	a	prevenção	e	deve	
ocorrer	primordialmente	na	residência.	
ASSIMILE
O	PSF	–	Programa	Saúde	da	Família	procura	integrar	
diversas	especialidades	médicas,	sociais	e	de	assistência.	
O	Ministério	da	Saúde	divulga	suas	ações	por	meio	de	
diversas	publicações	que	podem	ser	encontradas	no	
portal	oficial	do	governo	federal	ou	do	ministério.	
Assim,	a	Saúde	da	Família	foi	um	salto	conceitual	que	permitiu	
uma	transição	paradigmática,	coroado	com	o	Programa	Mais	
Médicos,	rebatizado	de	Médicos	pelo	Brasil,	pois	os	pilares	destes	
programas	aliam	os	princípios	do	Sistema	Único	de	Saúde	que	
envolvem	integralidade,	equidade,	universalidade,	descentralização,	
hierarquização,	comando	único	e	participação	popular	com	os	
princípios	da	atenção	primária	que	envolve	a	atenção	ao	primeiro	
contato/acessibilidade,	integralidade,	longitudinalidade,	coordenação,	
abordagem	familiar,	orientação	comunitária	e	competência	cultural.	
Podemos	considerar	que	a	conciliação	de	tantos	princípios	permitiu	um	
novo	enfoque	sobre	a	saúde	que	está	em	processo.
2525 25
PARA SABER MAIS
O	médico	da	família	já	é	uma	realidade	em	diversos	
países.	A	Espanha	é	um	dos	países	da	Europa	que	se	
destaca	nesta	frente.	
De	qualquer	forma,	devemos	considerar	que	no	cotidiano	da	gestão	
de	saúde,	estabelecendo	ainda	o	território	nacional	e	as	diversas	
modalidades	de	trabalho	representado	neste	programabem	como	no	
Programa	Mais	Médicos,	é	efetivamente	um	novo	paradigma	na	saúde	
brasileira,	pois	é	uma	nova	fronteira	do	conhecimento,	de	inovação	
em	gestão	na	saúde,	ambiente	de	constante	criação	e	adaptação	de	
tecnologias	de	atenção	à	saúde.
TEORIA EM PRÁTICA
Faça	uma	pesquisa	na	internet	e	veja	como	está	o	
debate	sobre	a	definição	da	união	homoafetiva	no	
Congresso	Nacional,	bem	como	sobre	o	conceito	de	
família.	Observe	que	este	tema	já	se	arrasta	no	Brasil	
há	alguns	anos,	diferente	de	outros	países	como	
Portugal,	por	exemplo.	O	que	podemos	destacar	
sobre	esta	questão?
2626 
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
1.	Segundo	nossa	Constituição,	a	ideia	de	família	
fundamenta-se	em	artigos	que	estabelecem	que:	
a.	Entende-se,	também,	como	entidade	familiar	a	
comunidade	formada	por	qualquer	dos	pais	e	seus	
descendentes.	Os	direitos	e	deveres	referentes	à	
sociedade	conjugal	são	exercidos	igualmente	pelo	
homem	e	pela	mulher,	ou	pela	união	homoafetiva.
b.	Entende-se,	também,	como	entidade	familiar	
a	comunidade	formada	por	qualquer	dos	pais,	
descendentes	ou	membros	de	união	homoafetiva.	 
Os	direitos	e	deveres	referentes	à	sociedade	conjugal	
são	exercidos	igualmente	pelo	homem	e	pela	mulher.	
c.	 Entende-se,	também,	como	entidade	familiar	a	
comunidade	formada	por	qualquer	dos	pais	e	seus	
descendentes.	Os	direitos	e	deveres	referentes	à	
sociedade	conjugal	são	exercidos	igualmente	pelo	
homem	e	pela	mulher.
d.	Entende-se,	também,	como	entidade	familiar	
a	comunidade	formada	por	qualquer	dos	pais,	
descendentes	ou	pela	união	homoafetiva.	Os	direitos	
e	deveres	referentes	à	sociedade	conjugal	são	
exercidos	igualmente	pelo	homem	e	pela	mulher	e	
pelos	membros	de	união	homoafetiva.
e.	Os	direitos	e	deveres	referentes	à	sociedade	conjugal	
são	exercidos	igualmente	pelo	homem	e	pela	mulher.	
2727 27
2.	A	concepção	de	____________	envolve	a	compreensão	
do	ente	que	desenvolve	a	regulação	e	que,	portanto,	
envolve	planejamento	e	organização,	bem	como	
a	direção	e	controle	dos	serviços	do	governo	nas	
esferas	públicas,	sejam	elas	na	esfera	federal,	
estadual	ou	municipal,	na	perspectiva	do	bem	comum.		
Complete	a	frase.
a.	Administração	Pública.
b.	Estado.
c.	Política.
d.	Política	Econômica.
e.	Economia.
3.	Ao	conjunto	de	ações	e	serviços	de	saúde	prestados	
por	órgãos	e	instituições	públicas	federais,	estaduais	
e	municipais,	da	administração	direta	e	indireta,	e	das	
funções	mantidas pelo	poder	público	dá-se	nome	de:
a.	Sistema	único	e	Integrado	de	Saúde	(SUS).
b.	Sistema	Integrado	de	Saúde	(SUS).
c.	 Sistema	único	de	Assistência	Social	(SUAS).
d.	Sistema	Único	e	Descentralizado	de	Saúde	(SUDS).	
e.	Sistema	Único	de	Saúde	(SUS).
2828 
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Porto	Alegre,	ano	8,	n.16,	2006:	20-45.
Gabarito
Questão 1	–	Resposta:	C
Resolução:	Texto	retirado	da	definição	constitucional.		
Questão 2	–	Resposta:	A
Resolução:	Questão	baseada	nos	fundamentos	da	Administração	
Pública,	com	respaldo	na	análise	lógica	da	pergunta.
Questão 3	–	Resposta:	E
Resolução:	Nome	correto	do	Sistema	definido	pela	Constituição.	
Ele	é	único,	pois	antes	havia	o	INAMPS,	que	atendia	apenas	os	
trabalhadores	com	registro	em	Carteira	–	CTPS.
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/07/governadores-firmam-parceria-e-aprovam-mais-medicos-nordeste.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/07/governadores-firmam-parceria-e-aprovam-mais-medicos-nordeste.shtml
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-64451988000200004&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-64451988000200004&script=sci_arttext
3030 
Marco legal da política de 
defesa da pessoa idosa e 
sua materialização nas 
políticas públicas
Autor: José Antonio da Costa Fernandes
Objetivos
• 	Apresentar	os	conceitos	que	definem	o	marco	 
legal da política de defesa da pessoa idosa.
• Contextualização histórica das políticas 
públicas para a população idosa.
• 	Compreender	o	desenvolvimento	 
econômico	e	social	e	as	normativas	 
do Estado para a população idosa.
3131 31
1. Introdução
Ao	apresentar	os	conceitos	que	definem	o	marco	legal	da	política	
de	defesa	da	pessoa	idosa	devemos	ter	claro	que	esta	concepção	
se	inicia	de	forma	muito	lentacom	a	Revolução	de	1930,	pois	o	
planejamento	de	Estado,	burocracia	e	os	direitos	sociais	advêm	deste	
período.	Assim,	devemos	ter	claro	que	a	materialização	do	conceito	
de	pessoa	idosa	nas	políticas	públicas	é	extremamente	recente,	já	
que	o	processo	histórico	de	avanço	de	um	estado	de	Bem	Estar	Social	
e,	portanto	de	defesa	dos	trabalhadores	no	país,	atingiu	períodos	de	
agudização	e	de	exclusão	presentes	na	Ditadura	Militar	e	no	modelo	
gerencial	do	Estado,	que	é	mais	recente.
Assim,	a	defesa	da	pessoa	idosa	é	reflexo	de	um	processo	que	envolve,	
no	máximo,	vinte	anos	da	história	do	país.
2. Concepção de pessoa idosa e a Revolução de 
1930: planejamento de estado, burocracia e 
direitos sociais
Até	1934,	a	concepção	da	velhice,	e	mesmo	sua	proteção	social,	não	era	
tarefa	de	Estado,	até	porque	o	próprio	conceito	de	idoso,	da	sua	defesa	
e	da	promoção	de	sua	igualdade	é	muito	recente.	Antes	da	Constituição	
de	1934,	a	questão	da	velhice	não	era	uma	preocupação	de	nossa	jovem	
República,	até	porque	não	era	compreendida	pela	nossa	elite	senhorial.
Assim,	devemos	observar	que	apenas	após	a	Revolução	de	1930	a	
questão	da	velhice	é	tratada,	porém	dentro	dos	marcos	da	defesa	do	
trabalhador	e	de	uma	nova	concepção	para	a	economia	e	mesmo	para	o	
Estado brasileiro. 
O	momento	pós	1930	deve	ser	analisado,	considerando-se,	portanto,	
uma	nova	adequação	política	e	social,	não	apenas	no	núcleo	
3232 
hegemônico	dirigente,	mas	na	própria	concepção	do	que	deveria	
ser	o	Brasil.
Desta	forma,	é	importante	destacar	que	no	transcorrer	da	História,	
mesmo	que	as	elites	não	tenham	mudado	sobremaneira,	devemos	
considerar	alguns	períodos	de	agudização,	principalmente	em	1930,	
dos	conflitos	entre	os	estratos	mais	abastados	da	população,	leia-se	a	
burguesia,	que	surgia	da	cafeicultura	e	da	industrialização	em	São	Paulo,	
conjuntamente	com	as	novas	classes	agrárias	do	Sul	do	país,	de	Minas	
Gerais	e	do	Rio	de	Janeiro.
A	abolição	da	escravidão	e	a	República	são	elementos	de	uma	mesma	
transição	que	forjam	uma	nova	classe	social	hegemônica	no	país:	a	
burguesia	industrial.	Há,	portanto,	a	transição	de	uma	elite	senhorial	
para	uma	empresarial	e,	consequentemente,	uma	“sociedade	senhorial	
para	a	empresarial”	(COSTA,	1982,	p.	459).	É	dentro	dessa	disputa	pela	
hegemonia	que	surgem	os	outros	grupos	sociais	para	além	da	oligarquia	
da cafeicultura.
A	revolução	de	1930	enquadra-se	num	período	de	muitas	
transformações	históricas	na	realidade	brasileira,	desencadeadas	
principalmente	pela	alteração	da	economia	financeira	internacional,	
que	com	a	crise	de	1929	modificou	o	panorama	internacional.	A	crise	
do	modelo	econômico	do	capitalismo	mundial	reflete-se	em	boa	parte	
nas	medidas	tomadas	pelo	governo	de	Getúlio	Vargas,	ou	seja,	suas	
ações	estavam	atreladas	à	crise	sistêmica	mundial	e	suas	contradições.	
Getúlio	Vargas,	como	parte	deste	processo,	também	vivencia	essas	
incongruências	e	modifica	suas	perspectivas	políticas,	passando	
de	um	político	pertencente	ao	grupo	oligárquico	do	Rio	Grande	do	
Sul	e	aos	quadros	tradicionais	de	carreira	gaúcha	para	tornar-se	
um	modernizador.	Ao	assumir	a	presidência,	transforma-se	em	um	
personagem	centralizador	e	ao	mesmo	tempo	reformista	do	Brasil,	
guiado	por	medidas	autoritárias	e	populares.	
3333 33
Várias	mudanças	acompanham	o	novo	regime.	Na	hegemonia	do	
sistema	político,	por	exemplo,	verificamos	a	pulverização	dos	grupos	
e	a	centralização	do	Estado	a	partir	de	Vargas.	Essa	centralização	faz	
com	que	as	oligarquias	estaduais	percam	prestígio	e	assim	uma	nova	
ordenação	política	acompanha	o	processo	de	mudança.	
A	constituinte	instalada	em	3	de	maio	de	1933	enquadra	o	Brasil	num	
capitalismo	moderno	e	industrial,	trazendo	profundas	modificações	no	
campo	da	indústria,	com	nacionalizações	e	estatizações,	e	no	trabalho,	
com	direitos	garantidos:	jornada	de	trabalho,	descanso	semanal,	férias,	
salários	mínimos	regionais	e	outros.	No	período	getulista,	desenvolve-se	
no	país	a	importância	do	planejamento	a	partir	do	Estado.	A	criação	de	
empresas	e	instituições	públicas,	que	organizam	a	produção,	a	proteção	
social	por	parte	do	Estado	é	uma	constante.	Ao	longo	dos	primeiros	
anos	tinham	sido	criadas	35	agências	estatais;	no	período	compreendido	
entre	1940	e	1945	surgiram	21	agências,	englobando	empresas	públicas,	
sociedades	de	economia	mista	e	fundações	(COSTA,	2008).	Até	o	ano	de	
1930	havia	no	país	12	empresas	públicas;	já	no	período	de	1930	a	1945	
foram	criadas	13	novas	empresas,	sendo	10	delas	do	setor	produtivo.	
Antes	do	governo	Vargas	não	existia	uma	previdência	pública,	no	
máximo	uma	parca	legislação	para	acolher	alguns	institutos	de	proteção	
social	e	aposentadorias	que	foram	criados	ou	regulados	por	meio	da	
criação	de	Caixas	de	Aposentadoria	e	Pensões,	que	foram	instituídas	
pela	chamada	Lei	Elói	Chaves,	em	janeiro	de	1923.	Esta	lei	teve	como	
objetivo	beneficiar	as	poucas	categorias	profissionais	que	estavam	
organizadas.	Após	a	Revolução	de	1930,	o	novo	Ministério	do	Trabalho	
não	só	incorpora	estes	Institutos	e	Caixas	como	garante	providências	
para	que	essa	garantia	trabalhista	fosse	estendida	a	um	número	maior	
de	trabalhadores.	Assim	foi	criado	o	Instituto	de	Aposentadoria	e	
Pensões	dos	Marítimos	(IAPM),	em	junho	de	1933,	ao	qual	se	seguiram	
o	dos	Comerciários	(IAPC),	em	maio	de	1934,	o	dos	Bancários	(IAPB),	
em	julho	de	1934,	o	dos	Industriários	(IAPI),	em	dezembro	de	1936,	e	os	
de	outras	categorias	profissionais	nos	anos	seguintes.	Em	fevereiro	de	
3434 
1938	foi	criado	o	Instituto	de	Previdência	e	Assistência	aos	Servidores	do	
Estado	(IPASE).	
Foi	também	no	período	Vargas	que	ocorreram	as	primeiras	mudanças	
no	sentido	de	defender	os	trabalhadores	e	garantir,	por	conseguinte,	
melhores	condições	de	vida	à	população	e	à	questão	da	velhice.	Neste	
sentido,	a	criação	em	1930	do	Ministério	do	Trabalho	dá	um	salto	mais	
significativo.	
Já	em	1934	a	Constituição	definiu	um	campo	de	direitos	aos	
trabalhadores	e	ao	povo	brasileiro,	com	principal	destaque	para	a	
legislação	trabalhista,	pois	ocorre	a	regulamentação	do	trabalho	
feminino	e	dos	menores	no	âmbito	industrial,	o	salário	mínimo,	o	
repouso	remunerado,	a	fixação	da	jornada	de	trabalho	de	oito	horas,	
férias	anuais	remuneradas,	regulamentação	especial	para	o	trabalho	
agrícola,	amparo	aos	desvalidos,	amparo	à	maternidade	e	à	infância,	
direito	à	educação	primária	integral	e	gratuita.
PARA SABER MAIS
Para	compreender	melhor	o	significado	da	velhice	na	
Constituição	de	1934,	observem	que	ela	só	é	tratada	na	
questão da saúde: 
Art.	121		
[...]
h)	assistência	médica	e	sanitária	ao	trabalhador	e	à	
gestante,	assegurando	a	esta	descanso	antes	e	depois	do	
parto,	sem	prejuízo	do	salário	e	do	emprego,	e	instituição	
de	previdência,	mediante	contribuição	igual	da	União,	
do	empregador	e	do	empregado,	a	favor	da	velhice,	da	
invalidez,	da	maternidade	e	nos	casos	de	acidentes	de	
trabalho	ou	de	morte.	(CF,	1942)
3535 35
Devemos	observar,	portanto,	que	a	legislação	de	1934	procura	defender	
o	trabalhador,	porém	não	equaliza	a	questão	da	previdência	e	da	
aposentadoria	aos	trabalhadores	da	iniciativa	privada.	Neste	sentido,	
veja	o	art.	121	da	Constituição	de	1934	que	traduz	a	proteção	social	do	
trabalhador. 
Art.	121	A	lei	promoverá	o	amparo	da	produção	e	estabelecerá	as	
condições	do	trabalho,	na	cidade	e	nos	campos,	tendo	em	vista	a	proteção	
social	do	trabalhador	e	os	interesses	econômicos	do	País.
§	1º	A	legislação	do	trabalho	observará	os	seguintes	preceitos,	além	de	
outros	que	colimem	melhorar	as	condições	do	trabalhador:
a)	proibição	de	diferença	de	salário	para	um	mesmo	trabalho,	por	motivo	
de	idade,	sexo,	nacionalidade	ou	estado	civil.
b)	salário	mínimo,	capaz	de	satisfazer,	conforme	as	condições	de	cada	
região,	às	necessidades	normais	do	trabalhador.
c)	trabalho	diário	não	excedente	de	oito	horas,	reduzíveis,	mas	só	
prorrogáveis	nos	casos	previstos	em	lei.
d)	proibição	de	trabalho	a	menores	de	14	anos;	de	trabalho	noturno	
a	menores	de	16	e	em	indústriasinsalubres,	a	menores	de	18	anos	e	
a	mulheres.
e)	repouso	hebdomadário,	de	preferência	aos	domingos.
f)	férias	anuais	remuneradas.
g)	indenização	ao	trabalhador	dispensado	sem	justa	causa.
h)	assistência	médica	e	sanitária	ao	trabalhador	e	à	gestante,	assegurando	
a	esta	descanso	antes	e	depois	do	parto,	sem	prejuízo	do	salário	e	do	
emprego,	e	instituição	de	previdência,	mediante	contribuição	igual	da	
União,	do	empregador	e	do	empregado,	a	favor	da	velhice,	da	invalidez,	da	
maternidade	e	nos	casos	de	acidentes	de	trabalho	ou	de	morte.
i)	regulamentação	do	exercício	de	todas	as	profissões.
j)	reconhecimento	das	convenções	coletivas,	de	trabalho.
3636 
§	2º	Para	o	efeito	deste	artigo,	não	há	distinção	entre	o	trabalho	manual	e	
o	trabalho	intelectual	ou	técnico,	nem	entre	os	profissionais	respectivos.
§	3º	Os	serviços	de	amparo	à	maternidade	e	à	infância,	os	referentes	
ao	lar	e	ao	trabalho	feminino,	assim	como	a	fiscalização	e	a	orientação	
respectivas,	serão	incumbidos	de	preferência	a	mulheres	habilitadas.
É	importante	observar	que	há	a	criação	da	CTPS	–	Carteira	de	
Trabalho	e	Previdência	Social	em	1937,	regularizando	direitos	que	
já	estavam	apresentados	na	Constituição	de	1934.	Na	sequência	de	
seu	governo,	há	a	criação	da	Consolidação	das	Leis	Trabalhistas	(CLT)	
em	1943,	que	reúne	toda	a	legislação	social	da	área	desde	o	início	do	
governo	de	Vargas	em	1930.		
PARA SABER MAIS
A	Carteira	de	Trabalho	em	breve	será	digital.	Acompanhe	
as	notícias	pelo	portal	do	Governo	Federal	e	verifique	
sua	implementação.
Fonte:	BRASIL.	Carteira	de	Trabalho	digital	vai	simplificar	
contratações.	eSocial.	Ministério	da	Economia.	Publicado	
em	24	de	set.	de	2019.	
3737 37
Já	na	Assembleia	Constituinte	de	1946,	convocada	após	o	fim	do	governo	
Vargas,	há	o	acréscimo	à	legislação	de	uma	série	de	direitos	antes	não	
consagrados	e	que	seguiam	ignorados,	como	o	reconhecimento	do	
direito	de	greve,	do	repouso	remunerado	em	domingos	e	feriados	e	
a	extensão	à	estabilidade	do	trabalhador	rural.	Neste	sentido,	outra	
conquista da época foi a integração do seguro contra acidentes do 
trabalho	ao	sistema	da	Previdência	Social.
Ao	longo	dos	anos	1950	e	1960	há	uma	ampliação	do	crescimento	
econômico	do	país,	o	que	não	necessariamente	representou	
distribuição	de	riqueza,	pois	era	um	modelo	de	desenvolvimento	
excludente	que	transcorreu	nos	anos	1950	a	1980,	mas	principalmente	
no	período	do	regime	militar,	em	razão	dos	modelos	de	industrialização	
excludente	e	autoritário,	franqueados	na	ideia	de	uma	“modernização	
conservadora”	(CHAUÍ,	1986,	p.	47-49).
No	entanto,	para	esclarecer	essa	perspectiva	é	importante	destacar	
que	os	principais	elementos	que	solidificaram	a	concentração	de	
riqueza	e	da	não	distribuição	do	“bolo”	ocorreram	no	transcorrer	da	
década	de	1960	e	1970.
3. Capitalismo excludente, classes urbanas e 
diminuição dos benefícios sociais
As	empresas	multinacionais	desde	a	década	de	1950	e,	
principalmente,	em	1960	e	1970	se	converteram	no	centro	dinâmico	
da	economia	e	o	Estado	assumiu	a	forma	de	empresário	privilegiado	
(SKIDMORE,	1998,	p.	206),	baseando	seu	modelo	numa	receita	
inflacionária	com	efeito	nocivo	na	sociedade,	principalmente	porque	
atingia	a	massa	trabalhadora.	Esse	procedimento	transferiu	de	
forma	indireta	a	riqueza	da	massa	assalariada	para	os	empresários,	
deixando	os	ricos	cada	vez	mais	ricos	e	os	pobres	cada	vez	mais	
3838 
pobres.	Não	obstante	essa	transferência	de	forma	indireta,	os	
trabalhadores	ainda	foram	prejudicados	com	a	priorização	do	
investimento	em	tecnologia	que	beneficiava	o	setor	empresarial	e	
com	as	mudanças	na	legislação	do	trabalho	para	garantir	a	efetivação	
de	um	modelo	de	exploração	do	trabalho	que	permitisse	a	aplicação	
de	um	modelo	industrial	excludente.
ASSIMILE
O	período	do	regime	militar	fez	várias	mudanças	que	
prejudicaram	os	trabalhadores,	entre	elas	alterações	
constitucionais.	Como	exemplo,	a	Constituição	de	1967	
criou	medidas	que	prejudicaram	os	trabalhadores	
e	a	própria	condição	de	vida	da	pessoa	e	de	sua	
aposentadoria,	pois	extinguiu	a	estabilidade	no	emprego	
e	criou	um	novo	sistema	que	permitia	a	lógica	do	
desemprego	por	meio	da	criação	do	FGTS.	
Essa	circunstância	restringiu	o	aumento	de	novas	vagas,	alijando	boa	
parcela	da	sociedade	do	setor	industrial	de	ponta	ou	de	transformação,	
como	a	indústria	automobilística,	jogando-os	para	os	setores	agrícolas,	
agropecuários,	da	indústria	extrativa	ou	então	para	o	setor	de	comércio	
e	serviço,	onde	os	salários	eram	mais	baixos.	Concomitantemente,	
o	subemprego	tornou-se	inevitável,	ocasionando	a	ampliação	do	
“subproletariado marginal urbano”	(SKIDMORE,	1998,	p.	206-207).
Em	consequência	da	escolha	dos	investimentos	houve	o	desperdício	
de	altas	somas	de	determinados	setores	em	detrimento	de	outros,	
ou	seja,	houve	alta	concentração	de	capital,	como	é	o	caso	da	
construção	civil,	da	construção	de	estradas	e	sua	correspondente	
especulação	imobiliária.	Esse	modelo	excludente	e	autoritário	só	
piorou	a	situação	dos	trabalhadores,	mantendo,	portanto,	um	
modelo	de	desenvolvimento	excludente.	Porém,	pode-se	observar	
3939 39
o	planejamento	estatal	como	elemento	central	na	aplicação	dos	
recursos	do	Estado,	baseado	principalmente	na	tecnocracia.
Durante	o	período	militar,	a	industrialização	excludente	permaneceu	
como	modelo	econômico,	e	a	tecnocracia	disciplinava	os	modelos	
estratégicos	para	sua	implementação.	Porém,	o	modelo,	ao	privilegiar	
determinados	setores	na	distribuição,	implicava	em	concentração	de	
riqueza	e,	assim,	nem	mesmo	no	transcorrer	do	milagre	econômico	
(1970-1973)	essa	situação	se	inverteu	ou	se	tornou	menos	aguda.	
Esse	período	denominado	de	milagre	foi	o	momento	de	ampliação	
do	autoritarismo,	do	“endurecimento	do	regime”	(FAUSTO,	1995).	 
No	campo	econômico	houve	melhoras	para	a	população,	no	entanto	
o	modelo	estava	assentado	em	três	pilares:	o	endividamento	externo,	
com	o	objetivo	de	agregar	tecnologia	externa;	a	concentração	de	
renda;	e	a	criação	de	um	setor	social	que	consumisse	os	produtos,	
como	uma	espécie	de	fordismo	às	avessas,	ou	ainda	um	fordismo	
autoritário.	Esse	momento	durou	pouco,	pois	em	1973,	com	a	
crise	do	petróleo,	a	economia	do	país	foi	atingida,	desacelerando-a	
numa	espiral	inflacionária,	colocando	o	regime	em	situação	de	
crise	e	fazendo	ressurgir	os	movimentos	sociais,	bem	como	novos	
personagens1	da	luta	pela	democracia	e	pelo	fim	da	ditadura	no	país.	
A	ditadura	militar	buscou	a	superação	da	crise	do	período	posterior	
ao milagre brasileiro	por	meio	de	um	programa	de	estabilização	
econômica	que	indicava	os	instrumentos	“clássicos”	para	este	fim:	
cortes	nos	gastos	públicos,	aumento	da	carga	tributária,	diminuição	
do	crédito	e	arrocho	salarial.	O	Brasil,	que	no	início	da	década	de	
1960	ocupava	o	50º	lugar	entre	as	economias	capitalistas	mundiais,	
em	meados	da	década	de	1970	ocupava	o	8º	lugar.	A	imponente	
classificação	encobre	as	características	e	contradições	de	um	
desenvolvimento	capitalista	desigual	em	relação	aos	países	centrais	
e	dá	a	exata	medida	do	seu	significado	dentro	do	país:	acumulação	
1	 O	título	da	obra	de	Eder	Sader	é	ilustrativo	desse	novo	momento,	pois	o	país	viu	passar	novos	movimentos	
sociais	nas	décadas	de	1970-1980.	“Quando	novos	personagens	entraram	em	cena:	experiências,	falas	e	lutas	
dos	trabalhadores	da	Grande	São	Paulo	em	1970-80”.	
4040 
acelerada do capital e concentração de renda baseadas no 
extraordinário	crescimento	das	desigualdades	sociais.
A	década	de	1980	caracteriza-se	por	ser	um	momento	de	contestação	
e	de	consolidação	da	governança	civil	na	transição	do	regime	militar	
que	se	encerrou	em	1984,	com	a	eleição	indireta	de	um	civil	para	a	
presidência	da	República.	Ao	mesmo	tempo,	no	campo	econômico,	
sucessivos	planos	foram	criados	para	combater	a	inflação,	considerada	
nessa	década	como	o	principal	vetor	da	fome,	miséria	e	desigualdade	
que	ocorria	na	sociedade	brasileira,	fenômeno	que	permaneceu	na	
década	de	1990	concomitantemente	ao	fenômeno	da	globalização.No	período	da	redemocratização	brasileira,	com	o	advento	da	
Constituição	cidadã,	houve	um	avanço	na	consolidação	da	defesa	dos	
trabalhadores	e,	por	conseguinte,	da	população	idosa,	entre	outros	
direitos	que	se	apresentaram.	Porém,	esses	direitos	percorreram	um	
longo	caminho	até	sua	implantação,	pois	na	década	de	1990	ocorreu	
um	novo	ciclo	no	país	em	que	houve	uma	nova	concepção	no	modelo	
estratégico	do	Estado,	baseado	na	Administração	Pública,	reconhecida	
como	gerencial,	e	como	consequência	a	diminuição	do	Estado	como	
regulador	da	economia	e	dos	direitos	sociais.
TEORIA EM PRÁTICA 
O	conceito	de	idoso	pós-Revolução	de	1930	compreende	
que	a	idade	e	sua	“maioridade”	estão	vinculadas	à	
compreensão	do	trabalho	como	elemento	central	do	ser	
humano.	No	entanto,	conforme	observamos	nos	estudos,	
nem	todos	conseguem	ingressar	no	mercado	de	trabalho	
com	carteira	registrada	e	contribuem	para	a	Previdência	
Pública,	ou	se	o	fazem,	isto	ocorre	tardiamente	ou	com	
pouco	tempo	de	contribuição.	Daí,	que	muitos	não	
conseguem	a	aposentadoria	por	tempo	de	contribuição	
4141 41
ou	só	têm	acesso	em	razão	da	aposentadoria	por	tempo	
de	idade.	Reflita	sobre	conhecidos	e	ou	familiares	que	
demoraram	para	ingressar	no	mercado	de	trabalho	e	a	
atual	situação	de	empregabilidade	do	país.	Faça	um	paralelo	
com	base	nas	informações	coletadas,	o	que	podemos	
destacar	de	tais	levantamentos?
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
1.	No	período	do	regime	militar	várias	mudanças,	
entre	elas	alterações	constitucionais,	afetaram	os	
trabalhadores.	Neste	sentido,	podemos	afirmar	que:
a. A	Constituição	de	1967	criou	medidas	que	
prejudicaram	os	trabalhadores	e	a	própria	condição	
de	vida	da	pessoa	e	de	sua	aposentadoria,	pois	
extinguiu	a	estabilidade	no	emprego	e	criou	um	novo	
sistema	que	permitia	a	lógica	do	desemprego	por	
meio	da	criação	do	FGTS.
b. Houve	a	criação	de	empresas	públicas	para	garantir	o	
emprego	dos	trabalhadores.	
c. A	Constituição	de	1988	criou	medidas	que	
prejudicaram	os	trabalhadores	e	a	própria	condição	
de	vida	da	pessoa	e	de	sua	aposentadoria,	pois	
extinguiu	a	estabilidade	no	emprego	e	criou	um	novo	
sistema	que	permitia	a	lógica	do	desemprego	por	
meio	da	criação	do	FGTS.
d. A	Constituição	de	1967	criou	medidas	que	
prejudicaram	os	trabalhadores	e	a	própria	condição	
de	vida	da	pessoa	e	de	sua	aposentadoria,	pois	não	
extinguiu	a	estabilidade	no	emprego,	mas	criou	um	
4242 
novo	sistema	que	permitia	a	lógica	do	desemprego	
por	meio	da	criação	do	INSS.	
e. A	Constituição	de	1967	não	criou	medidas	que	
prejudicaram	os	trabalhadores	e	a	própria	condição	
de	vida	da	pessoa	e	de	sua	aposentadoria,	pois	
apenas	criou	um	novo	sistema	que	permitia	a	lógica	
do	emprego	por	meio	da	criação	do	FGTS.	
2.	Durante	o	período	militar,	a	industrialização	excludente	
permaneceu	como	modelo	econômico	que	permitiu:	
a. A	melhora	das	condições	sociais	e	ampliação	da	
exploração dos trabalhadores. 
b. O	agravamento	das	condições	sociais	e	ampliação	 
da exploração dos trabalhadores. 
c. A	melhora	das	condições	sociais	e	ampliação	do	
emprego	dos	trabalhadores.
d. O	agravamento	das	condições	do	Estado,	ampliação	
da exportação de trabalhadores para o exterior e 
aumento	da	igualdade	social.	
e. O	agravamento	das	condições	climáticas	e	ampliação	
da	exploração	dos	trabalhadores	domésticos.	
3.	A	concentração	de	renda	e	um	capitalismo	
excludente,	principalmente	no	período	militar,	
devem	ser	considerados	elementos	que	atrasaram	o	
processo	de	desenvolvimento:	
a. De	um	tipo	ideal	de	sistema	conforme	o	pensamento	
weberiano	e	assim	também	de	um	modelo	de	
administração	pública.
4343 43
b. De	um	tipo	ideal	de	capitalismo	conforme	o	
pensamento	marxista	e	assim	também	de	um	modelo	
de	administração	pública	legal.
c. De	um	modelo	de	estado	de	bem-estar	social	baseado	
no	pensamento	de	Marx.	
d. O	processo	de	desenvolvimento	de	um	tipo	ideal	
de	capitalismo	conforme	o	pensamento	weberiano	
e	assim	também	de	um	modelo	de	administração	
pública racional legal. 
e. Do	capitalismo	brasileiro	e	latino	americano,	pois	a	
ditadura	interferia	no	continente	como	um	todo.
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Sertão:	Veredas.	Pensar	a	República.	Belo	Horizonte:	Editora	UFMG,	2000.		
WEBER,	Max.	A ética protestante e o espírito do capitalismo.	São	Paulo:	Nova	
Cultural,	1999.
Gabarito
Questão 1	–	Resposta:	A
Resolução:	A	Constituição	de	1967	criou	medidas	que	prejudicaram	
os	trabalhadores	e	a	própria	condição	de	vida	da	pessoa	e	de	sua	
aposentadoria,	pois	extinguiu	a	estabilidade	no	emprego	e	criou	
um	novo	sistema	que	permitia	a	lógica	do	desemprego	por	meio	
da	criação	do	FGTS.
Questão 2	–	Resposta:	B
Resolução:	Permitiu	o	agravamento	das	condições	sociais	e	a	
ampliação	da	exploração	dos	trabalhadores.
Questão 3	–	Resposta:	D
Resolução:	Atrasou	o	processo	de	desenvolvimento	de	um	tipo	
ideal	de	capitalismo	conforme	o	pensamento	weberiano	e	assim	
também	de	um	modelo	de	administração	pública	racional	legal.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-64451988000200004&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-64451988000200004&script=sci_arttext
4545 45
Histórico da política de defesa 
dos direitos do idoso. Conselhos 
e controle social: papel do 
conselho e do conselheiro
Autor: José Antonio da Costa Fernandes
Objetivos
• Conceituar o que denominamos idoso.
• Reconhecer a concepção do Estado e as Políticas 
Públicas desenvolvidas, bem como a legislação 
infraconstitucionalda defesa da pessoa idosa.
• Analisar o Estatuto do Idoso como política 
pública de atenção aos idosos.
4646 
1. Introdução
O significado de pessoa idosa mudou no mundo e no nosso país, pois é 
uma contingência que envolve uma questão histórico social, já que tem 
a ver com a melhora nas condições de vida da população no mundo. 
Devemos então observar que a longevidade da pessoa está vinculada 
a melhores condições de vida, que perpassam melhores salários, 
condições de saneamento, assistência social e a própria aposentadoria. 
Se ontem as pessoas envelheciam mais rapidamente, hoje há a 
tendência de o envelhecimento ser mais longevo da população, 
principalmente em países europeus, mas também em nosso país. 
Assim, os Estados têm desenvolvido políticas públicas no sentido de 
enfrentar essa nova demanda social.
O Estado e as políticas públicas desenvolvidas, bem como a legislação 
infraconstitucional, procuram garantir a defesa da pessoa idosa por 
meio de legislação própria, o que, no caso do Brasil, reflete-se no 
Estatuto do Idoso e no ordenamento jurídico correlato.
2. Política de defesa da pessoa idosa e sua 
materialização nas políticas públicas
Para compreendermos o conceito de idoso devemos ter em mente o 
que o Estado elabora como definição e qual a idade que caracteriza 
essa condição.
Assim, é importante destacar que o conceito de idoso é explanado na 
Constituição de1988 que, embora recente não define claramente a 
política pública a ser adotada. 
Então devemos observar que apesar desta conquista na Constituição 
de 1988, de lá até 1994 não existia no Brasil uma política nacional para 
4747 47
os idosos. Observamos, então, que o que havia era um conjunto de 
iniciativas privadas e algumas medidas públicas estabelecidas em alguns 
programas (como o PAI, Papi, Conviver, Saúde do Idoso) destinados 
a idosos em situação de carência. Tínhamos muito mais uma ação 
assistencial em “favor” desta população idosa do que uma política 
de estado que proporcionasse atenção e proteção social adequada 
por meio de ações preventivas e reabilitadoras. Neste sentido, os 
movimentos sociais, sindicatos e entidades procuram o enfrentamento 
dessa realidade por meio de ações para que o Estado assegure uma 
nova lógica no entendimento da situação do idoso no país. Assim, a 
conquista de sua cidadania passou a ser a reinvenção da própria velhice. 
Portanto, há uma ressignificação sobre a ideia de velhice e do conceito 
da pessoa idosa.
Desta forma, a própria concepção que o Estado confere à pessoa 
que se encontra nesta posição delimita que a pessoa idosa é definida 
a partir dos 60 anos, de acordo com o Estatuto do Idoso. Devemos 
observar então que há um debate sobre o significado de quando 
se inicia a terceira idade e mesmo a concepção do ser idoso, pois a 
aposentadoria atualmente define que a idade ideal é aos 60 anos e a 
nossa Constituição não estabelece a idade de forma expressa, porém 
garante a gratuidade no uso do transporte público aos 60 anos.
Para aprofundar o debate a partir da definição da nossa Constituição 
Federal citamos abaixo:
Capítulo VII
Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso.
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar 
as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, 
defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.
§ 1º Os programas de amparo aos idosos serão executados 
preferencialmente em seus lares.
4848 
§ 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos 
transportes coletivos urbanos.
Podemos observar do estudo efetuado até aqui que a questão da 
significação da pessoa idosa ainda é recente no país e implica várias 
variáveis na promoção do bem estar social. Ou seja, a Constituição de 
1988 quis delimitar que o país avançaria para um Estado de Bem Estar 
Social, e podemos notar um esforço de toda a sociedade refletido no 
Estado nesse sentido.
ASSIMILE
O Estatuto do Idoso é recente em nosso país e tem 
como perspectiva garantir uma velhice mais digna. 
A leitura do Estatuto do Idoso garante uma melhor 
compreensão do significado do idoso. Veja nas 
referências bibliográficas a legislação do Estatuto. 
3. Terceiro setor, participação e políticas 
públicas para idosos
O terceiro setor pode ser compreendido como aquele composto 
por entidades da sociedade civil, sem fins lucrativos, que tenham 
finalidade pública e que de qualquer forma coexistam com o 
chamado primeiro setor, definido como o Estado, e o segundo setor, 
estabelecido na ideia do mercado. Deriva de atividade realizada por 
particulares e tem como desempenho principal atividades de interesse 
público, o que não implica necessariamente em entidades com a 
característica inicial de atuar na substituição do Estado, mas no auxílio 
da promoção e implementação de políticas públicas. Em razão desta 
4949 49
característica é que muitas entidades integrantes desse setor recebem 
subvenções e auxílios por parte do Estado.
O recente interesse pela área de políticas públicas e organizações 
sociais reflete-se em razão da importância da nossa recente história, 
que envolve diversos fatores, e na atualidade se apresenta com maior 
intensidade, seja em razão dos parâmetros regulatórios – que exigem a 
participação de novos atores sociais – ou mesmo pela maior importância 
na construção de políticas públicas, com a participação ou mesmo a 
gestão de organizações sociais. Assim, a importância do terceiro setor 
ampliou-se no país em razão dos processos de alteração do modelo de 
gestão do estado, até mesmo com a substituição das tarefas do estado 
por meio do oferecimento e execução de determinados serviços. Neste 
sentido, as modificações legislativas proporcionadas pela inclusão das 
organizações sociais nas tarefas do estado tiveram uma ampliação com 
a publicação das leis 9.637 e 9.548, implementadas na gestão FHC, e que 
faziam parte da concepção de reforma do estado. 
Neste contexto, as duas mais recentes qualificações jurídicas para 
entidades do Terceiro Setor são as OS (Organizações Sociais) e as 
(OSCIP Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público), além 
da mais conhecida, que são as Organizações Não Governamentais – 
ONGs. Devemos observar então, que a nossa Constituição estabelece 
a participação do terceiro setor na promoção da assistência social e 
na seguridade. Neste sentido, observe como a questão da saúde é 
considerada pela Constituição Federal de 1988 no atendimento dos 
jovens e adolescentes, e, no caso do idoso, o próprio Estatuto:
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da 
criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades 
não governamentais, mediante políticas específicas e obedecendo aos 
seguintes preceitos. (Constituição Federal, 1988, Art. 227)
5050 
Ao analisarmos a implementação da Reforma do Estado e o transcorrer 
desta concepção gerencial do Estado, é possível observar que as 
Políticas Públicas de proteção social tiveram uma modificação no papel 
do Estado como indutor e, portanto, poderíamos afirmar que houve 
um vácuo na construção de uma real política de atuação do Estado. No 
entanto, nos anos 1990 há a criação de uma Política Nacional do Idoso 
que vai permitir a aglutinação dos direitos dos idosos até culminar com 
o estabelecimento do estatuto do Idoso. 
A Política Nacional do Idoso foi instituída pela Lei 8.842/94, que foi 
regulamentada pelo Decreto 1.948/96. Esta lei permitiu ampliar 
significativamente os direitos dos idosos, pois desde a LOAS as 
prerrogativas de atenção a este setor social não estavam garantidas 
de forma ampla. Era uma política baseada em alguns princípios já 
estabelecidos na Constituição. 
PARA SABER MAIS
A Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) teve diversas 
modificações na última década. Para ter acesso às 
modificações e à nova lei consolidada, verifique nas 
referências bibliográficas a Constituição Federal e a 
legislação própria do LOAS.
Somentecom a implementação do Estatuto do Idoso há o 
estabelecimento de prioridade absoluta às normas de proteção à 
pessoa idosa, pois estabelece novos direitos e cria vários mecanismos 
específicos de proteção. Estes mecanismos estão atrelados e balizadas 
na ideia do atendimento permanente e no aprimoramento da condição 
de vida da população idosa, até mesmo sobre a inviolabilidade física, 
psíquica e moral. Podemos afirmar, então, que o Estatuto constitui um 
5151 51
marco legal para a consciência da pessoa idosa no país, pois foi a partir 
dele que os idosos puderam exigir maior proteção aos seus direitos e 
até mesmo que a própria sociedade compreendesse esses direitos.
Fonte: BRASIL. Ministério lança Campanha de Atendimento Prioritário à Pessoa Idosa. 
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Publicado em 05 dez. 2018 
[última modificação: 29 mar. 2019]. 
Na perspectiva de que a sociedade possa compreender o ativismo 
da pessoa idosa no sentido de ampliar e garantir os direitos, 
organizaram-se várias conferências da pessoa idosa no período entre 
2010 e 2015. Como exemplo desta circunstância o país realizou, em 
2015, a 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, que teve 
como temática: “Protagonismo e Empoderamento da Pessoa Idosa – 
Por um Brasil de Todas as Idades”. 
Neste sentido, observamos que esse debate tem como objetivo 
sensibilizar as instituições, a sociedade e os próprios idosos sobre a 
importância da sua participação ativa no meio social, daí a necessidade do 
protagonismo da pessoa idosa. O papel dos conselhos municipais e dos 
conselheiros é significativo para a ampliação do conceito de cidadania.
5252 
TEORIA EM PRÁTICA 
Identifique se em sua cidade há o conselho municipal do 
idoso. A pesquisa poderá ser feita acessando o portal de 
sua cidade. Após a pesquisa, identifique se há reuniões 
ordinárias e se o governo municipal tem efetivamente se 
dedicado a cumprir o estatuto, por exemplo, no uso do 
transporte público e em outras políticas públicas.
VERIFICAÇÃO DE LEITURA 
1. Se ontem as pessoas envelheciam mais rapidamente 
em razão das próprias condições de vida, hoje há a 
tendência de o envelhecimento ser mais longevo da 
população, principalmente nos países europeus, mas 
também em nosso país. Assinale a alternativa correta. 
a. Assim as sociedades, independentes dos Estados, 
têm desenvolvido políticas públicas no sentido de 
enfrentar esta nova demanda social.
b. Assim os municípios têm desenvolvido políticas 
públicas no sentido de enfrentar esta nova 
demanda social.
c. Assim apenas os governos europeus têm desenvolvido 
políticas públicas no sentido de enfrentar esta nova 
demanda social.
d. Assim os Estados têm desenvolvido políticas públicas 
no sentido de enfrentar esta nova demanda social.
5353 53
e. Assim os Estados não têm desenvolvido políticas 
públicas no sentido de enfrentar esta nova 
demanda social.
2. Assinale a alternativa correta. No Brasil, o que delimita 
que a pessoa idosa é definida a partir dos 60 anos: 
a. Estatuto do Idoso.
b. Constituição.
c. Estatuto da previdência social.
d. Convenção da ONU.
e. Estatuto da previdência privada.
3. O significado de terceiro setor pode ser compreendido 
como aquele:
a. Composto por entidades da sociedade civil, com fins 
lucrativos, que tenham finalidade privada, e que de 
qualquer forma coexistam com o chamado o primeiro 
setor, definido como o Estado, e o segundo setor, 
estabelecido na ideia do mercado.
b. Composto por entidades da sociedade civil, sem fins 
lucrativos, que tenham finalidade pública, e que de 
qualquer forma coexistam com o chamado primeiro 
setor, definido como o Estado, e o segundo setor, 
estabelecido na ideia do mercado.
c. Composto por entidades da sociedade civil, com 
fins lucrativos, que tenham finalidade pública, e 
5454 
que de qualquer forma coexistam com o chamado 
primeiro setor, definido como o Estado, e o 
segundo setor, estabelecido na ideia da relação 
com os estados e municípios.
d. Composto por entidades do governo, com ou sem fins 
lucrativos, que tenham finalidade pública, e que de 
qualquer forma coexistam com o chamado primeiro 
setor, definido como o Estado, e o segundo setor, 
estabelecido na ideia do mercado.
e. Composto por entidades da sociedade, sem fins 
lucrativos, que não tenham finalidade pública, e que 
de qualquer forma não coexistam com o chamado 
primeiro setor, definido como o Estado, e o segundo 
setor, estabelecido na ideia do mercado.
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Gabarito
Questão 1 – Resposta: D 
Resolução: Os Estados (governos dos países de forma geral) têm 
desenvolvido políticas públicas no sentido de enfrentar esta nova 
demanda social, pois ela é recorrente.
Questão 2 – Resposta: A
Resolução: Faz parte da legislação infraconstitucional.
Questão 3 – Resposta: B 
Resolução: Definição conceitual, porque no caso do

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