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SEMANA 7 - PODER EXECUTIVO

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PODER EXECUTIVO
Professor Francisco Tavares
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Introdução
Na estrutura do Estado brasileiro, o exercício do Poder é atribuído a órgãos distintos e independentes, cada qual com uma função, prevendo-se ainda um sistema de controle entre eles, de modo que nenhum possa agir em desacordo com as leis e a Constituição. 
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O Executivo Federal adota as diretrizes das opções políticas do Estado. Com função administrativa, atua direta ou indiretamente na execução de programas ou prestação de serviço público. É formado por órgãos de administração direta, como os Ministérios, e indireta, como as empresas públicas.
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A função executiva destina-se à prática de atos de governo.
	Nota: Contudo esta não é única atribuição do Poder Executivo.
Legisla – mediante a edição de medidas provisórias;
Julga – na hipótese do contencioso administrativo.
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Atos de governo e Atos administrativos
Atos de governo distinguem-se dos atos administrativos, posto que estes também são realizados pelos Poderes Judiciário e Legislativo quando do exercício da autonomia administrativa.
Ex. – determinação de cargos; exoneração de servidores, concessão de férias, licenças, etc... 
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Chefia de Estado
Outra atribuição específica é a chefia do Estado.
Manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos (art. 84, VII da CF/88);
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Celebrar tratados, convenções e atos internacionais (art. 84, VIII da CF/88);
Declarar guerra e celebrar a paz (art. 84, XIC e XX da CF/88);
Permitir o trânsito ou permanência de forças estrangeiras em território nacional (art. 84, XXII da CF/88) 
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Classificação das Atribuições do Presidente da República
No nosso sistema constitucional podemos classificar as atribuições do chefe do Executivo em Chefia do Estado e Chefia de Governo.
OBS – alguns autores inserem no inventário classificatório a Chefia da Administração Federal.
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Chefia do Estado
Chefia do Estado – incorpora o Presidente da República atribuições vinculadas à representação do estado brasileiro: 
nas relações internacionais – (art. 84, VII, da CF/88);
No exercício da soberania – (art. 84, XXII, da CF/88)
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Chefia de Governo
Na Chefia de Governo, pratica atos destinados a concretizar as diretrizes governamentais:
Iniciar o processo legislativo – (art. 84, III, da CF/88)
Sancionar projetos de lei – (art. 84, IV, da CF/88)
Vetar projetos de lei – (art. 84, V, da CF/88)
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Remeter mensagem ou plano de governo ao Congresso Nacional – (art. 84, XI, da CF/88)
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Chefia da Administração
Na chefia da Administração Federal:
exerce a sua direção superior com o auxílio dos Ministros de Estado – (art. 84, II, da CF/88);
Dispõe sobre a sua organização e funcionamento conforme previsto em lei – (art. 84, VI, da CF/88) 
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Eleição
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Eleição do Presidente da República
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)
        § 1º - A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.
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A CF/88 não trouxe ao texto inovação referente à eleição do Vice-Presidente. Criou-se obstáculo à eleição do Vice-Presidente de partido político não vinculado ao Presidente.
O sistema constitucional atual evita que o Vice-Presidente eleito pertença a partido de oposição ao Presidente.
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Condições de Elegibilidade
§ 3º, incisos do art. 14, da CF/88
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
 I - a nacionalidade brasileira;
 II - o pleno exercício dos direitos políticos;
 III - o alistamento eleitoral;
 IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
 V - a filiação partidária; 
 VI - a idade mínima de:
 a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
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Inciso IV
OBS – Não pode ser invocada a condição de elegibilidade para a hipótese de preenchimento do cargo de Presidente da república, à conta de o Poder Executivo federal praticar atos de governo que afetem todos os limites territoriais do estado brasileiro, tornando-se inviável cogitar-se de domicílio eleitoral em tal circunstância.
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Reeleição
Art. 14, § 5º, CF/88 - O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)
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Critérios para eleição
Art. 77 § 2º, CF/88 - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
§ 3º, CF/88 - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
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§ 4º - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
§ 5º - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.
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Posse
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Posse
Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
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Impedimento ou Vacância
Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder- lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.
Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.
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Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.
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Responsabilidade do Presidente da República
Forma de Governo Republicano:
	O governante deverá prestar contas de tudo que realiza, porque é pública (res publica) , não pertence àquele que eventualmente está exercendo o poder.
	Desde a primeira Constituição republicana – art. 53 e 54, convivemos com a responsabilização do Presidente da República.
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Infrações políticas
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
 I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
       
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Crimes funcionais
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento. ( Lei nº 1.079, de 10/4/1950)
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Processo de Responsabilização Política
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Processo de Responsabilização Política
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo
contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
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Infração penal comum
O STF não estará vinculado à Câmara dos Deputados
No caso de infração penal comum de competência do STF, o juízo de admissibilidade proferido pela Câmara dos Deputados não vincula o juízo prévio que é feito pela Corte quanto ao teor da denúncia ou da queixa-crime.
São dois momentos:
a admissão política realizada pela Câmara dos Deputados
A análise jurídica da peça que inicia o processo criminal.
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Prazo para o término do julgamento
§ 2º - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
NOTA – Art. 86, § 3º - Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.
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