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2 0 PODER EXECUTIVO (Art 76 a 90)

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2.0. Poder Executivo
2.1. PODER EXECUTIVO
	Art. 76, CF/88. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.
É função típica do Poder Executivo, administrar o Estado, não se envolvendo com matéria interna dos demais Poderes. As funções atípicas (típicas dos outros poderes) divide-se em: 
· Legislar: iniciativa, veto, sanção e promulgação (arts. 61, § 1o, e 66, e seus §§, CF/88) e atos com força de lei (ex.: as Medidas Provisórias, art. 62, CF/88)
· Julgar: aplicação do Direito nos pedidos de ordem administrativa. O que difere em relação ao Poder Judiciário, é que a decisão administrativa pode até se tornar imutável dentro do âmbito da Administração (“coisa julgada administrativa”), só sendo alterável pela via judicial. Ou seja, a coisa julgada judicial é imutável, a administrativa não. 
	Obs. Além disso, em alguns casos, o Presidente da República pode atingir a decisão judicial, como é o caso da concessão de indulto e comutação de penas (art. 84, XII).
A figura central do Poder Executivo é o Presidente da República (titular do Poder), auxiliado pelos Ministros de Estado (no âmbito federal). Os Ministros de Estado NÃO exercem o Poder Executivo, somente auxiliam; o exercício é do Presidente.
A função executiva é variada, como demonstra vários artigos da CF/88:
· função administrativa – arts. 37 a 43;
· função política – arts. 76 a 91;
· função essencial à justiça – arts. 127 a 135;
· função de defesa do Estado – arts. 136 a 144.
2.2. Condições de elegibilidade – art. 14, §3, CF/88
· Nacionalidade brasileira, originária ou primaria - o nato;
· Pleno exercício dos direitos político;
· Alistamento eleitoral;
· Domicílio eleitoral (no caso do presidente, qualquer lugar do país);
· Filiação partidária (não pode avulsa ou autônoma);
· Idade mínima de 35 anos para Presidente e seu vice.
Além de cumprir esses requisitos, é necessário que ela não seja inelegível por algum motivo – já estudado.
2.3. Regras das eleições Presidenciais
	Art. 77, CF/88. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. 
Eleição presidencial acontece no mês de outubro, sempre no primeiro domingo de outubro e se houver 2° turno, no último domingo. Será decidida no 1° turno quando o candidato tiver a maioria absoluta dos votos validos, excluídos os brancos e nulos. 
O mandato presidencial vigente termina em 1° de janeiro na passagem da faixa presidencial ou no momento da posse do novo mandato; isso fica claro no texto constitucional ao dizer que a eleição acontece no mês de outubro do ano anterior ao do término.
	Art. 77, §1º, CF/88. A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.
É a regra clara da impossibilidade de candidatura avulsa do Presidente ou Vice, mas nem sempre foi assim. Já houve tempos em que as eleições eram independentes entre si. Hoje o candidato eleito já leva em sua chapa o Vice, mesmo sendo de partidos distintos.
	Art. 77, §2º, CF/88. Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
Art. 77, §3º, CF/88. Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
Maioria absoluta dos “votos validos”, que são aqueles atribuídos à algum candidato, excluindo-se os brancos e nulos. Para ser eleito em 1° turno, precisará ter mais da metade votos validos computados (sistema majoritário de dois turnos/maioria absoluta); não ocorrendo, ocorrerá o 2° turno com os dois candidatos mais bem colocados. 
	Obs. Sistema majoritário de dois turnos/maioria absoluta: é utilizado para a eleição do Presidente da República, dos Governadores dos Estados e do Distrito Federal e dos Prefeitos de Municípios com mais de 200 mil eleitores. 
Sistema majoritário puro ou simples: é utilizado para a eleição dos senadores e dos prefeitos em Municípios com menos de 200 mil eleitores. Esse sistema considera candidato que atingir o maior número de votos (ou os dois mais votados, em se tratando de eleição para duas vagas de senadores), em um só turno de eleição, é sagrado vencedor do pleito
Se no primeiro turno alguém não obtiver a maioria absoluta, a CF/88 (art. 77, §§ 4° e 5°) determina que se consagrará vencedor o mais idoso. Mesma regra do segundo turno, portanto, jamais teremos um 3° turno. 
Nova eleição é o 2° turno, concorrendo os dois mais bem colocados no prazo de 20 dias após a declaração do resultado. Esse prazo legal se justifica pela realidade da época, sendo em 1988 o voto através de célula. O tempo de conhecido e proclamação da Justiça Eleitoral, nuca passava de 20 dias. 
Com a tecnologia, permite-se conhecer resultado no mesmo dia, o que torna o intervalo maior que 20 dias. Para que não ocorra problema em relação ao prazo, o resultado é divulgado no mesmo dia, mas proclamado alguns dias depois, para não passar os 20 dias até o último domingo de outubro. Isso é importante pois a proclamação é um ato formal.
	Art. 77, §4º, CF/88. Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
Na hipótese de um dos dois mais votado se encontrar impossibilitado de concorrer o 2° turno, seja por morte, desistência ou impedimento legal, o terceiro colocado disputará o 2° turno com o outro candidato remanescente.
	Art. 77, §5º, CF/88. Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.
Critério de desempate em uma hipótese pouco provável.
2.4. POSSE
	Art. 78, CF/88. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.
No dia 1 de janeiro, ocorre a posse do Presidente. Isso é um ato extremamente formal, por isso, também definido seus parâmetros na CF/88; principalmente sobre o compromisso prestado pelo eleito no momento da posse. 
O compromisso oficial perante o CN é o fortalecimento da promessa de: defender, cumprir a CF/88, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil. 
Essas palavras devem ser repetidas antes de assinar a posse, o que demonstra a formalidade do ato.
	Art. 78, Parágrafo único, CF/88. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
Se decorrido 10 dias da data fixada para a posse, o Presidente eleito ou o seu Vice não tomar posse, salvo motivo justificado, o cargo será considerado vago (11 de janeiro é a data limite). 
Em caso de ausência justificada, há de se esperar o tempo que for necessário. Nessa hipótese, em 1° de janeiro, o Vice-Presidente tomará posse de maneira interina, até o Presidente tomar posse. Outras hipóteses:
1. Hipótese do Presidente eleito não tomar posse: Se aparecer o Vice-Presidente, tomará posse de maneira interina, até o Presidente tomar posse. Não tomando posse 10 dias depois, o cargo de Presidente será declarado vago, ficando o Vice de maneira definitiva. Ficará vago o cargo de Vice, o mandato todo.
2. Hipótese de ambos não tomar posse de forma injustificada: O Presidente da Câmara dos Deputados tomará posse, esperando até 11 de janeiro e se, mesmo assim os dois não tomarem posse, os dois cargos serão considerados vagos e permanecerá o Presidente da Câmara dos Deputadosaté que se faça novas eleições (nos termos da CF/88). O Presidente só tem um sucessor, o Vice-Presidente; o resto da linha de sucessão, são apenas substitutos.
3. Hipótese do Vice-Presidente não tomar posse de forma injustificada: Espera-se até 11 de janeiro e se não tomar posse, ficará o cargo de Vice-Presidente vago o mandato todo. 
	Obs. Tancredo Neves foi exatamente a situação do parágrafo único. Na transição do Regime Militar em 1985, Tancredo Neves foi eleito em 15 de janeiro de 1985 e com posse marcada para 15 de março de 1985. Na véspera da posse houve sua internação em estado grave; nessa noite houve um grande impasse, pelo receio da volta dos militares, sugerindo que a posse fosse tomada pelo Vice-Presidente, garantido a transição e outros, diziam que deveria tomar posse o Presidente da Câmara ou convocada novas eleições. O parágrafo único já existia na CF em vigor, que sugeria exatamente igual ao do art. 78 e foi que aconteceu. José Sarney toma posse substituindo provisoriamente, fundamentado na força maior. Não foi declarado vago o cargo após 10 dias, falecendo posteriormente e se mantendo como presidente o Vice-Presidente.
2.5. VICE-PRESIDENTE E LSITA DE SUCESSÃO
	Art. 79, CF/88. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.
Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais.
O papel do Vice-Presidente está descrito no artigo. Além da hipótese de substituir ou suceder o Presidente, enquanto o Vice-Presidente, terá atribuições conferidas por LC (que não existe) e, também, como auxílio ao Presidente em missões especiais (normalmente representação). 
Para José Afonso da Silva, “o Vice-Presidente não pode cometer crime de responsabilidade, o que só ocorrerá caso assuma a Presidência”.
	Art. 80, CF/88. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.
É descrita a lista de sucessão do Presidente na modalidade substituição (sucessor apenas o Vice-Presidente). Serão chamados ao exercício quando impedidos o Presidente e Vice-Presidente, na ordem de: 
· Presidente da Câmara dos Deputados; 
· Presidente do Senado Federal; 
· Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Embora o Presidente do Senado seja o Presidente do Congresso Nacional, o Presidente da Câmara vem antes por ser o representante do povo, enquanto do Senado, por ser representante dos Estados. Foi uma opção legislativa de prestigiar o representante do povo.
	Decisão do STF (Informativo 850): “O Tribunal referendou parcialmente medida cautelar deferida em arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) para assentar que os substitutos eventuais do Presidente da República a que se refere o art. 80 da Constituição Federal, caso ostentem a posição de réus criminais perante o Supremo Tribunal Federal, ficarão impossibilitados de exercer o ofício de Presidente da República e, por maioria, negou referendo à liminar, no ponto em que ela estendia a determinação de afastamento imediato (...) cargos de chefia e direção por eles titularizados em suas respectivas Casas” (ADPF 402).
2.6. eleição na vacância
	Art. 81, CF/88. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.
Declarado vago os cargos de Presidente e Vice-Presidente, assumindo interinamente o cargo de Presidente, o Presidente da Câmara dos Deputados ou quem por direito, convocará nova eleição, permanecendo no cargo até a posse do eleito. A nova eleição depende do momento do mandato: 
· Vacância nos 2 primeiros anos de mandato, será convocada eleição direta, no prazo de 90 dias;
· Vacância nos 2 últimos anos do mandato, será convocado eleição indireta, através do CN, votando seus membros no prazo de 30 dias.
Em qualquer um dos casos, os eleitos apenas completarão o período do mandato anterior. É o chamado mandato tampão. Permite concluir, portanto, que a eleição na vacância não é antecipação das próximas eleições, mas apenas preencher uma lacuna.
	Obs. A única coisa que difere a eleição indireta pelo CN, é justamente o eleitor. Quem votará serão os membros do Congresso Nacional, de resto, tudo será como a eleição convencional. Ou seja, candidatos por indicações dos Partidos Políticos.
	Art. 82, CF/88. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição. 
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.
Mandato de 4 anos e início em 1° de janeiro. Presidente e Vice-Presidente quando ausentes do país por mais de 15 dias, devem pedir permissão ao CN, sob pena de perda do cargo. Esse poder de decisão também é visto no art. 49, ao determinar uma das competências exclusivas do CN, é a autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País. Portanto, o art. 83 é a consequência dessa falta de permissão. O objetivo é claro, proteger o país de uma situação de abandono. 
2.7. DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (PARTE MAIS COBRADA)
As competências do Presidente são as características do sistema Presidencialista Republicano de Governo, que é a junção das funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo na mesma figura. Poder Executivo monocrático, cabendo ao Presidente a chefia, embora seja duas funções diferentes:
· Chefe de Estado - Representação do Estado; 
· Chefe de Governo - Administração do Estado. 
Diferente do sistema Parlamentarista, no qual não existe fusão entre os dois cargos. Sendo:
· Chefe de Estado – Presidente ou Monarca (República ou Monarquia); 
· Chefe de Governo – Primeiro Ministro (tanto na República como na Monarquia). 
	Obs. O Brasil teve uma experiência no sistema Parlamentarista na década de 60: Tancredo Neves como Chefe de Governo e Joao Goulart Chefe de Estado, sendo reestabelecido o Presidencialismo 1 ano depois.
A principal marca do Presidencialismo é essa junção das funções na mesma autoridade e isso fica claro no art. 84, CF. Além disso, chefia de administração, esta, abrangendo tanto a esfera civil (Administração Pública propriamente dita) como a militar (Forças Armadas).
	Chefe de Estado
	art. 84, VII, VIII, XIX, XX, XXI, XXII.
	Chefe de Governo
	art. 84, I, III, IV, V, IX, X, XI, XIII.
	Chefe da Administração Federal
	art. 84, II, VI, XXV.
	Alguns incisos misturam funções
	art. 84, XIV, XVI, XXIV, XVIII.
2.7.1. Compete privativamente
	Art. 84, CF/88. Compete privativamente ao Presidente da República:
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
Nomear e exonerar. Função administrativa. 
	Art. 84, CF/88. Compete privativamente ao Presidente da República:
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
Chefiar à Administração Pública.
	Art. 84, CF/88. Compete privativamente ao Presidente da República:
III - Iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
IV - Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
V - Vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
O inciso III é função atípica atribuída ao Presidente: legislar através de, p.ex. Projeto de Lei, edição de Medida Provisória, etc. 
O inciso IV trata de leis que, para terem efeito no âmbito do Poder Executivo, necessitam de Decretos Regulamentadoresou Executivos, que funcionam para dizer como uma lei já existente será aplicada no âmbito do Poder Executivo. Sua característica é não inovar o assunto de direitos e deveres, pois já é tratado na lei. 
No caso, o poder regulamentar de execução, é um poder necessariamente infralegal, uma vez que o regulamento jamais pode ultrapassar os termos e limites da lei a partir da qual é editado.
Os regulamentos, para terem essa natureza, devem ser regras gerais, abstratas e impessoais, funcionando como normas gerais de conduta. De um modo geral, o Presidente não pode editar normas gerais de conduta, mas o faz em certas situações: 
· Medidas Provisórias, desde que haja urgência e relevância;
· Decretos, desde que voltados para execução de uma lei.
Existem diversas modalidades de regulamentos/decretos:
· Regulamento Autônomo: Modalidade de ato normativo genérico e abstrato, sendo capaz de gerar direitos e obrigações. Com o advento da EC 32/2001, a aplicação do Regulamento Autônomo na organização e funcionamento da administração federal e na extinção de funções ou cargos públicos, não há discussão. Porém, é controversa em outras hipóteses, o que gera divergência doutrinárias.
· Regulamento de Execução É a modalidade mencionada no art. 84, IV. Depende da lei e não cria Direito novo, apenas detalha o seu conteúdo dentro de limites razoáveis. Por ser “de execução”, não pode dispor de modo contrário à lei, nem criar direito novo ou limitar a execução da lei que termine negar vigência. Ou seja, o decreto não tem vida própria, é um serviçal sem qualquer poder de contrariar o conteúdo ou o espírito da norma cuja execução disciplina que, quando exorbitar de seus limites, podem ser sustados pelo CN, nos termos do art. 49, V, CF/88.
	Obs. Não confundir com Regulamento Delegado, esse permite ao Chefe do Executivo, mediante delegação do legislativo, criar Direito novo não estabelecido em lei matriz. É igualmente repudiado pela doutrina e pela jurisprudência.
	Art. 84, CF/88. Compete privativamente ao Presidente da República:
VI - dispor, mediante decreto, sobre: 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
Portanto, são esses os dois Decretos que o Presidente pode fazer: 
· Decretos Regulamentador (IV) e; 
· Decreto Autônomo (VI). 
Função comum do Chefe de Governo, administração. O inciso VI, alterado pela EC 32/2001, veio acrescentar ao nosso sistema constitucional o decreto autônomo, figura inconfundível com o decreto regulamentador, previsto no inciso IV, porque, ao contrário deste, tem idoneidade para inovar na ordem jurídica, nas matérias especificamente indicadas neste dispositivo; ato efetivamente legislativo, pois apto para a instauração de regras jurídicas inéditas. O decreto autônomo é delegável pelo Presidente da República, nos termos do parágrafo único do art. 84 da CR, ao contrário do decreto regulamentador, que não admite delegação.
	Art. 84, CF/88. Compete privativamente ao Presidente da República:
VI - dispor, mediante decreto, sobre: 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
Esse diferente dos decretos regulamentares, sendo um decreto autônomo. Trata de tema novo, não regula tema algum, pois resulta da CF/88: 
· Organização e funcionamento da administração federal ou; 
· Extinção de funções ou cargos públicos.
	Art. 84, CF/88. Compete privativamente ao Presidente da República:
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;
O inciso VII, é função comum de Chefia de Estado, representação. 
No inciso VIII, vale salientar que, a internalização dos tratados e convenções internacionais ao nosso ordenamento jurídico segue três etapas: 
· Inicialmente, é o tratado ou convenção celebrado pelo Poder Executivo; 
· Posteriormente, deve ser aprovado pelo CN, por decreto legislativo, passando a gozar de status hierárquico equivalente ao de lei ordinária (art. 49, I, CF/88); 
Por fim, deve o Presidente da República editar um decreto de execução, passando o tratado ou convenção, a gozar de efetivas condições de aplicabilidade no Brasil.
	Art. 84, CF/88. Compete privativamente ao Presidente da República:
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
O indulto e a comutação de penas são atos privativos do Presidente, exercidas por decreto, ao contrário da anistia, que é matéria de lei (art. 48, VIII, CF/88).
	Art. 84, CF/88. Compete privativamente ao Presidente da República:
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;
Apesar de todos os Ministros do Tribunal Superior Eleitoral serem nomeados pelo Presidente da República, nenhum deles é escolhido pela autoridade, e nem sua indicação é submetida à apreciação do Senado Federal.
	Art. 84, CF/88. Compete privativamente ao Presidente da República:
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;
Todos os Ministros do TCU são nomeados pelo Presidente, mas dois terços deles são escolhidos pelo Congresso (art. 49, XIII, CF/88).
	Art. 84, CF/88. Compete privativamente ao Presidente da República:
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União;
O inciso XVI alcança os magistrados dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais Eleitorais, oriundos da classe dos advogados, e os desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
	Art. 84, CF/88. Compete privativamente ao Presidente da República:
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
Apesar do caráter genérico, a competência do Presidente para prover e extinguir cargos públicos federais é restrita ao Poder Executivo, pois deve ser observada a competência na matéria conferida pela CF/88 aos Tribunais federais, ao MPU, à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.
	Art. 84, CF/88. Compete privativamente ao Presidente da República:
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
No que tange as outras atribuições, podemos citar: 
· Competência para convocar o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional (arts. 89 e 90, CF/88), e; 
· Competência para apresentar ao Congresso proposta de concessão e de renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão (art. 223, CF/88).
	Obs. Ler os demais incisos.
2.8. Delegabilidade das atribuições
	Art. 84, Parágrafo único, CF/88. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
As competências privativas do Presidente da República, elencadas no art. 84, CF/88, podem, em alguns casos permitidos pela CF/88, serem delegados. Privativo é diferente de exclusivo, sendo, portanto, passível eventual delegação nos casos de: 
· Decretos Autônomos - Integralmente delegado; 
· Dispor sobre organização e funcionamento da Administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 
· Extinguir funções ou cargos públicos, quando vagos;
· Indulto e comutar penas, art. 84, XII, CF/88 - integralmente delegado; 
· Prover cargos públicos federais na forma da lei, art. 84, XXV, CF/88 - Parcialmente delegado, pois permite-se apenas prover.
São as três hipóteses de atribuições que podem ser delegadas para determinadas pessoas: 
· Ministros de Estado (seus auxiliares); 
· Procurador-Geral da República (Chefe do Ministério Público da União);
· Advogado-Geral da União (Chefe daAdvocacia Geral da União).
2.9. DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Presidente da República não pode praticar principalmente dois tipos de irregularidade, dentre outros: 
· Crimes Comuns; 
· Crimes de Responsabilidade. 
O crime comum é a infração de natureza penal (tipificada pela legislação penal). A característica do crime comum, é a possibilidade de qualquer pessoa exercer o verbo do tipo. 
O crime de responsabilidade é uma infração que não tem natureza criminal, a rigor nem de crime de responsabilidade deveria ser chamado, pois tem natureza política, administrativa, funcional. É uma conduta relacionada ao cargo ocupado pela autoridade; só pode ser praticado por certos cargos, no caso, o Presidente da República. 
O Presidente da República tem seus crimes de responsabilidade elencados no art. 85, CF/88:
	Art. 85, CF/88. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais
Em tese, quando o Presidente da República praticar ato contrário a CF/88, estará praticando crime de responsabilidade e, especialmente contra os temas do inciso que estarão definidos em lei especial, estabelecendo normas de Processo e Julgamento. 
São exemplos espalhados na CF/88 e reunidos no artigo em razão de especial preocupação de serem exercidas pelo Presidente da República.
	Art. 85, Parágrafo único, CF/88. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.
O parágrafo único está referindo-se, justamente, a Lei 1.079/50, que trata dos crimes de responsabilidade. Lei recepcionadas pela CF/88.
	Art. 86, CF/88. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
Para o início do processo, o plenário da Câmera dos Deputados precisa autorizar por 2/3 dos seus membros (Deputados federais) por força do art. 51, I, CF/88. A comissão será multipartidária, proporcionalmente ao seu tamanho de representação do partido. Seja processo por crime comum, seja processo por crime de responsabilidade.
Autorizado o processo, se crime de responsabilidade, o processo será instaurado pelo Senado Federal nos termos do art. 52, I, CF/88. Esse processo que tramita no Senado que é chamado de impeachment.
Se tratando de crime comum, caberá aos STF proceder pelo recebimento da denúncia ou da queixa-crime, a depender do crime comum, por força do art. 102, I, b, CF/88.
O STF ratificando em 2016 que o rito do processo de impeachment, mudando uma orientação anterior que, quando a câmera autoriza, o Senado Federal não é obrigado a instaurar o processo de impeachment. O senado tomará essa decisão por maioria simples (presentes no momento da votação). 
Em relação ao crime comum nunca houve dúvida, dada a autorização da câmera o STF pode receber, mas não está obrigado, pois depende de certos requisitos trazidos pela lei em que o STF analisará.
O STF ratificando em 2016 que o rito do processo de impeachment que, uma vez autorizado pela Câmera dos Deputados, o Senado Federal não é obrigado a instaurar o processo de impeachment. O senado tomará essa decisão por maioria simples (presentes no momento da votação). 
Em relação ao crime comum nunca houve dúvida, dada a autorização da Câmera o STF pode receber, mas não está obrigado, pois depende de certos requisitos trazidos pela lei.
	Art. 86, §1º, CF/88. O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
§2º. Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
Tanto no crime comum como no crime de responsabilidade, tão logo instaurado o processo pelo Senado Federal ou recebido pelo STF, haverá a suspensão do Presidente da República de suas funções por até 180 dias, assumindo o Vice-Presidente. Esse prazo não é do julgamento, é o prazo máximo de afastamento. É o prazo ideal para que instaure ou não o processo, voltando o Presidente a suas funções, mas sem prejuízo que o processo continue, ele apenas vai aguardar no cargo.
	Art. 86, §3º, CF/88. Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.
Existem as hipóteses de prisão antes da condenação, as chamadas “prisões cautelares”. Para o Presidente da República não há essa hipótese em nenhuma modalidade, nem mesmo em flagrante. Para ser preso, deverá ser condenado. 
	Art. 86, §4º, CF/88. O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.
São os atos não relacionados ao mandato. O crime de responsabilidade, em sua definição, são infrações que sempre se relaciona ao exercício da função. Portanto, se praticar tal infração, sofrerá o processo de impeachment na vigência do mandato. 
Mas o crime comum pode ser no contexto ou não do mandato. Fora do contexto do mandato, será considerado estranho do exercício da função, sendo, assim, responsabilizado apenas quando o mandato acabar.
Há uma imunidade penal e temporária (término do mandato) no parágrafo. Além disso, o prazo de prescrição, apesar de não expresso na CF, não será iniciado enquanto persistir o mandato. Quando acabar o mandato, perderá o foro privilegiado, pois não se estende ao ex-Presidente. 
Entretanto, se esse crime comum for praticado dentro do contexto do mandato, por exemplo, ele será responsabilizado na vigência do mandato e é exatamente esse processo que corre diante do STF.
2.9.1. Julgamento do crime de responsabilidade
Marcada a seção de julgamento pelo Senado, esse julgamento será dirigido pelo Presidente do STF. Quem julga são os Senadores em voto aberto, quem organiza é o Presidente do STF (não tendo qualquer influência no resultado). Nesse caso, pode haver:
· Absolvição do Presidente não produzindo qualquer efeito.
· Condenado por 2/3 (54 de 81 senadores), sofrendo as duas penalidades em decorrência do processo de impeachment: perda do cargo e inabilitação política.
Os efeitos da condenação é a perda definitiva do cargo, assumindo o Vice-Presidente. Outro efeito é a inabilitação por 8 anos para o exercício de qualquer função pública. São penalidades cumulativas. Função pública é utilizada da forma mais ampla possível, não podendo ser a gente público de nenhuma forma. 
2.9.2. Julgamento de crime comum
Marcada a seção de julgamento pelo STF, nesse caso, pode haver absolvição ou condenação:
· Absolvição do Presidente não produzindo qualquer efeito;
· Condenado sofrendo as duas penalidades em decorrência do processo: perda do cargo e a pena prevista em lei pelo crime comum em questão. 
	Obs. Direitos Políticos, art. 15, CF/88: Perda ou suspensão. Uma das hipóteses de suspensão é a condenação criminal transitada em julgando enquanto perdurar seus efeitos. Portanto, como qualquer outro cidadão, o Presidente terá seus direitos políticos, deixando de estar no pleno exercício dos seus direitos políticos que é um dos requisitos de elegibilidade e por isso perderá o cargo. A perda do cargo no crime comum não é uma penalidade direta, mas consequência da suspensão dos direitos políticos. 
2.10. MINISTROS DE ESTADO (Art. 87 e 88, cf/88)
Ocupam a posição institucional de auxiliares diretos do Presidente da República, sendo, nos termosdo art. 87 da CR, de sua livre nomeação e exoneração, dentre: 
· Brasileiros, natos ou naturalizados (ou portugueses equiparados);
· Maiores de 21 anos;
· Em pleno gozo dos direitos políticos.
	Obs. O art. 12§, 3°, VII, CF/88, o cargo de cargo de Ministro de Estado da Defesa é, exclusivamente, privativo a brasileiro nato.
O STF considerou inconstitucional lei estadual que condicionou a escolha de Secretários de Estado (auxiliar direto do chefe do Poder Executivo estadual), pelos respectivos Governadores, à aprovação da Assembleia Legislativa, por ofensa ao princípio da separação dos Poderes. é de se considerar tal entendimento do STF plenamente extensível à esfera federal, significando que será inconstitucionalidade eventual lei federal que pretenda condicionar a nomeação de Ministros à aprovação do CN ou Senado.
2.10.1. Compete aos Ministros de Estado
	Art. 87, parágrafo único, CF/88. 
I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República;
O referendo dos Ministros de Estado nos atos e decretos assinados pelo Presidente na sua área de atribuições é requisito indispensável para sua validade, sendo tais atos e decretos nulos se não observada a exigência constitucional;
	Art. 87, parágrafo único, CF/88. 
II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
Trata-se das instruções normativas, atos normativos editados pelos Ministros de Estado a fim de possibilitar a aplicação das leis, decretos e regulamentos que disponham sobre matérias relacionadas à sua área de atuação; 
	Art. 87, parágrafo único, CF/88. 
III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República.
Ato de gestão.
Como outras competências previstas na Constituição aos Ministros de Estado podemos citar a de comparecer ao Congresso Nacional ou a qualquer de suas Comissões, quando convocado para tanto ou por sua própria iniciativa, e de responder por escrito a informações solicitadas pelos membros do CN (art. 50, CF/88); fato ocorrido com o Ministro do Meio Ambiente.
	Art. 88, CF/88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.
Nos termos do art. 88, CF/88, a lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, sendo a regulamentação de tais leis competência do Presidente da República, a ser exercida por decreto (Art. 84, IV, CF/88).
2.11. CONSELHO DA REPÚBLICA E DE DEFESA NACIONAL
Instituído no art. 89, CF/88, o Conselho da República é o órgão superior de consulta do Presidente da República. O Conselho da República (lei no 8.041/1990) implica em manifestações arroladas no art. 90, CF/88:
· Intervenção federal; 
· Estado de Defesa; 
· Estado de Sítio; 
· Questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
Pode ser convocados Ministros para participar da reunião, não tendo direito a voto. Não há membros do judiciário no Conselho. O Conselho só se reúne se presentes a maioria dos Conselheiros, tendo poder de requisitar de documentos a órgãos ou entidade. 
O Conselho de Defesa Nacional opina nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado Democrático, em especial, nas hipóteses do art. 91, §1°, CF/88:
· Declaração de guerra e de Celebração da paz; 
· Decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal; 
· Propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;
· estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático.
A composição do Conselho é definida pelos incisos do art. 91, CF/88, que incluiu como membro do Conselho o Ministro de Estado de Defesa, no lugar dos Ministros Militares, em virtude da alteração do inciso VI pela EC23/1999; e, membros eventuais para as reuniões indicados pelo Presidente (Lei n° 8.183/1991). O Conselho pode contar com órgãos complementares para desempenhar sua competência Constitucional. Não há necessidade de convocar reunião do Conselho, caso o Presidente opte por ouvir os membros. 
A Secretaria de Assuntos Estratégicos executa as atividades do CNS, podendo instituir grupos e comissões especiais, integrados por representantes de órgãos e entidades, pertencentes ou não à Administração Pública Federal. Os órgãos e entidades da Administração Federal realizarão estudos, emitirão pareceres e prestarão toda a colaboração ao CNS, mediante solicitação de sua Secretaria Geral.
São membros de compõem ambos os Conselhos:
· Vice-Presidente da República; 
· Presidente da Câmara dos Deputados; 
· Presidente do Senado Federal; 
Membros apenas do Conselho da República: 
· Líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados; 
· Líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; 
· Ministro da Justiça; 
· Seis cidadãos, brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade. 
Membros apenas do Conselho de Defesa Nacional: 
· Ministro de Estado da Defesa; 
· Ministro das Relações Exteriores; 
· Ministro do Planejamento; 
· Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

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