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A viabilidade do uso da plataforma BIM no planejamento_20200204-1613

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UNIVERSIDADE VILA VELHA 
ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
 
 
JÉSSICA PEREIRA DOS SANTOS 
 
 
 
 
A VIABILIDADE DO USO DA PLATAFORMA BIM NO 
PLANEJAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VILA VELHA 
2018 
 
 
 
JÉSSICA PEREIRA DOS SANTOS 
 
 
 
A VIABILIDADE DO USO DA PLATAFORMA BIM NO 
PLANEJAMENTO 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, submetido 
à Universidade Vila Velha como requisito 
parcial à obtenção do grau de Arquiteta e 
Urbanista. 
Orientador Profº. Augusto Cezar Gomes 
Braga. 
 
 
 
 
 
 
Vila Velha 
2018 
 
 
JÉSSICA PEREIRA DOS SANTOS 
 
 
 
A VIABILIDADE DO USO DA PLATAFORMA BIM NO 
PLANEJAMENTO 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, submetido à Universidade Vila Velha como 
requisito parcial à obtenção do grau de Arquiteta e Urbanista. 
 
Aprovado em de de 2018. 
 
COMISSÃO EXAMINADORA 
 
 
Profº. Augusto Cezar Gomes Braga 
Universidade Vila Velha 
Orientador 
 
Profª. Andréia Fernandes Muniz 
Universidade Vila Velha 
 
 
Engª. Denilson Mazzocco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Seja você quem for, seja qual for a posição social que 
você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, 
tenha sempre como meta muita força, muita determinação 
e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, 
que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá.” 
Ayrton Senna 
 
 
 
RESUMO 
 
O planejamento na construção civil atua como uma importante e indispensável 
ferramenta para o gerenciamento e controle das atividades decorrentes de uma 
obra, visto que, um planejamento inadequado pode gerar resultados negativos para 
o sucesso do empreendimento, como o aumento nos custos e não cumprimento dos 
prazos. 
Devido a necessidade de ter um bom planejamento para se alcançar as metas 
esperadas, surgiram softwares capazes de auxiliarem na gestão de um projeto, onde 
utilizam o conceito do Modelo de Informação da Construção (Building Information 
Modeling – BIM) para realizar atividades de planejamento, orçamento, 
desenvolvimento de projeto, modelagem, execução de obras, simulações e entre 
outros. (BIM, 2015). Com esta tecnologia, é possível gerar um conjunto de 
informações que serão mantidas em todas as fases até a conclusão da obra, dessa 
forma, tem uma maior a agilidade no projeto e otimização em todo o processo, pois 
o banco de dados criado, pode ser acessado a qualquer momento. 
 
Mediante à isso, esta pesquisa apresenta em seu referencial teórico o processo do 
planejamento abordando um pouco mais afundo os seus conceitos. Aliado à essas 
teorias, o trabalho aborda a plataforma BIM aplicada a otimização da metodologia de 
todas as fases do projeto e de seu planejamento. 
 
O objetivo do trabalho é estudar a viabilidade da tecnologia BIM, identificando as 
vantagens de se utilizar os sofwtares Revit e Navisworks, da Autodesk, pertencentes 
à plataforma, para isso o estudo é feito com base em um projeto já existente (não 
autoral), mas ainda não executado. 
 
Palavras Chave: Planejamento, BIM, Tecnologia, Construção, Projeto. 
 
 
 
 
ABSTRACT 
The planning in civil construction acts as an important and necessary tool for the 
management and control of activities resulting from a civil work, since inadequate 
planning can generate negative results for the success of the enterprise, such as 
increased costs and non-compliance with deadlines. 
Due to the need to have a good planning to achieve the expected goals, software’s 
was developed to assist in the management of a project, where they use the Building 
Information Modeling (BIM) concept to carry out planning, budgeting, project 
development, modeling, execution of civil works, simulations and among others. 
(BIM, 2015). With this technology, it is possible to generate a set of information that 
will be maintained in all phases until the conclusion of the civil work, in this way, it 
has a greater agility in the design and optimization throughout the process, because 
the created database can be accessed at any time. 
Through this, this research presents in its theoretical referential the planning process 
approaching a little deeper into its concepts. Allied to these theories, the work 
approaches the BIM platform applied to the optimization of the methodology of all 
phases of the project and its planning. 
The objective of this work is to study the feasibility of BIM technology, identifying the 
advantages of using Autodesk's Revit and Navisworks software, for which the study 
is based on an already existing (non-author) project, but not yet executed. 
Keywords: Planning, BIM, Technology, Construction, Project. 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 Ciclo do planejamento.......................................................................................................... 4 
Figura 2 Cronograma de Gannt ........................................................................................................ 9 
Figura 3 Curva ABC ........................................................................................................................... 14 
Figura 4 Caminho crítico ................................................................................................................... 18 
Figura 5 Linha de balanço de um edifício vertical ......................................................................... 20 
Figura 6 Gráfico de Gantt no Ms Project ........................................................................................ 21 
Figura 7 Configuração da Curva S .................................................................................................. 22 
Figura 8 Dimensões do BIM ............................................................................................................. 26 
Figura 9 Framingham State University ............................................................................................ 32 
Figura 10 Shopping Vila Velha ......................................................................................................... 33 
Figura 11 Poliestireno Expandido .................................................................................................... 37 
Figura 12 Exemplo de construção em ICF ..................................................................................... 38 
Figura 13 Planta baixa projeto.......................................................................................................... 39 
Figura 14 EAP ..................................................................................................................................... 42 
Figura 15 Relações de precedência ................................................................................................ 42 
Figura 16 Composição de materiais ................................................................................................ 43 
Figura 17 Exemplo da quantificação de materiais no Navisworks ............................................. 44 
Figura 18 Planilha orçamentária ...................................................................................................... 45 
Figura 19 Grafico de Gantt, datas e custos .................................................................................... 46 
Figura 20 Planejado x Executado .................................................................................................... 46 
Figura 21 Total acumulado em tempo real ..................................................................................... 47 
 
 
 
 
LISTA DE TABELA 
Tabela 1 Atividades, Atividades Precedentes e Duração Estimada .......................................... 17 
Tabela 2 Pontos fracos e fortes dos principais softwares BIM ................................................... 27 
Tabela 3 Principais plataformas para o BIM 4D ............................................................................29 
Tabela 4 Compartimentos do projeto .............................................................................................. 39 
Tabela 5 Processo construtivo ......................................................................................................... 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
CAPITULO 1 – INTRUDOÇÃO ................................................................................................................... 1 
1.1 Justificativa .............................................................................................................................. 2 
1.2 Objetivo ......................................................................................................................................... 2 
1.2.1 Objetivo Geral ........................................................................................................................ 2 
1.2.2 Objetivos Específicos .............................................................................................................. 2 
1.3 Metodologia ............................................................................................................................ 3 
CAPITULO 2 – REFERENCIAIS TEÓRICOS .................................................................................................. 4 
2.1 Planejamento ................................................................................................................................ 4 
2.1.1 Deficiências ............................................................................................................................ 6 
2.1.2 Tipos ....................................................................................................................................... 7 
2.1.3 Etapas ..................................................................................................................................... 8 
2.2 Orçamento .................................................................................................................................. 10 
2.2.1 Grau de detalhe do orçamento ............................................................................................ 10 
2.2.2 Composição de Custos ......................................................................................................... 12 
2.2.3 Custo direto e indireto ......................................................................................................... 12 
2.2.4 Benefício e Despesa Indiretas .............................................................................................. 13 
2.2.5 A Curva ABC como ferramenta de controle de custos ......................................................... 13 
2.2.6 Cronograma Físico Financeiro .............................................................................................. 15 
2.3 Técnicas de Programação ............................................................................................................ 16 
2.3.1 PERT/CPM – O Método do Caminho Crítico ........................................................................ 16 
2.3.2 Linha de Balanço .................................................................................................................. 19 
2.3.3 Diagrama de Gantt ............................................................................................................... 20 
2.4 O Sistema da Curva S ................................................................................................................... 22 
CAPITULO 3 – PLATAFORMA BIM .......................................................................................................... 24 
3.1 A evolução do BIM ...................................................................................................................... 25 
3.2 Dimensões da plataforma BIM .................................................................................................... 26 
CAPITULO 4 – ESTUDOS DE CASOS........................................................................................................ 31 
4.1 O uso da plataforma BIM no auxilio de tomada de decisões - Framingham State University.... 31 
4.2 Gerenciamento da construção do Shopping Vila Velha .............................................................. 33 
CAPITULO 5 – DESENVOLVIMENTO DA METODOLOGIA ....................................................................... 36 
5.1 Escolha do projeto ....................................................................................................................... 36 
 
 
5.2 Processo construtivo ................................................................................................................... 36 
5.3 Desenvolvimento no BIM ............................................................................................................ 38 
5.4 Resultados encontrados .................................................................................................................. 47 
CAPITULO 6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 48 
REFERENCIAS ......................................................................................................................................... 49 
ANEXOS ................................................................................................................................................. 52 
Anexo A Cronograma Físico do Shopping Vila Velha ........................................................................ 53 
Anexo B Curva S do Shopping Vila Velha .......................................................................................... 57 
Anexo C Projeto completo – Planta Baixa ........................................................................................ 58 
Apêndice A Planilha orçamentária .................................................................................................... 60 
Apêndice B Cronograma físico financeiro ......................................................................................... 65 
 
 
1 
 
 
 
CAPITULO 1 – INTRUDOÇÃO 
 
As empresas dos mais diversos setores industriais vêm passando por mudanças 
associadas à evolução dos aspectos tecnológicos. Do ponto de vista do mercado, a 
globalização da economia deu origem a novos negócios o que estimulou o 
desenvolvimento de pequenas empresas. Dentro da competição tecnológica, a 
produtividade e competitividade, prezando sempre pela qualidade do produto final, 
viraram elementos necessários para a sobrevivência das empresas no mercado 
(MELHADO, 2005). 
Todas essas mudanças refletem-se diretamente na construção civil, isso porque 
esse setor busca cada vez mais a eficiência produtiva. Sendo assim, as empresas 
construtoras vêm sendo pressionadas a alterarem seus respectivos processos de 
produção com o objetivo de reduzir custos para viabilizarem seus empreendimentos, 
portanto, as construtoras reagiram usando estratégias diversas até chegarem à 
racionalização da produção. Paralelamente a esse fato, a produtividade e as 
técnicas ganharam importância devido aos custos crescentes da mão de obra e ao 
aumento das exigências dos compradores (MELHADO, 2005). 
Entretanto, a qualidade do produto final não é somente resultado das cautelas 
relacionadas a todo o processo de produção, onde envolve materiais, mão de obra e 
controle dos serviços. A qualidade dos projetos, juntamente com um bom 
planejamento prévio da obra torna-se essencial para potencializar a competitividade 
e desempenho da produção, garantindo resultados positivos para todo o ciclo de 
vida do empreendimento. O bom planejamento de um projeto garante ao longo do 
tempo de concepção, execução e finalização a garantia de que as atividades 
inicialmente propostas estejam sendo executadas dentro das diretrizes e prazosjá 
estabelecidos (SILVA, 2014). 
Devido a essa necessidade, softwares com a tecnologia Modelo de Informação da 
Construção (BIM) foram criados para auxiliar o gestor em todo o processo, desde o 
projeto, até ao planejamento, orçamento, execução de obra, estudo de viabilidade e 
modelagem (BIM, 2015). Com este recurso é possível garantir uma maior agilidade e 
2 
 
otimização, pois o software pula etapas que normalmente seriam feitas 
manualmente, além de minimizar os erros no decorrer da obra. 
1.1 Justificativa 
 
Uma significativa parcela responsável pelas perdas da eficiência da construção civil 
está nas falhas encontradas no planejamento, dessa forma, um bom planejamento é 
necessário para que a obra se torne lucrativa e atenda aos prazos estimados. Sem o 
planejamento é comum ocorrerem gastos inesperados e gerar retrabalhos que 
influenciam diretamente no sucesso do empreendimento. 
A plataforma BIM permite funcionalidades que elevam ainda mais os níveis de 
confiabilidade dos projetos e planejamentos, isto porque é possível ter um banco de 
dados para cada projeto do inicio ao fim, podendo ser alterado em qualquer fase da 
obra. 
 
Dessa forma o trabalho vai focar na utilização das ferramentas BIM voltada para o 
planejamento da construção afim de otimizar tempo nesta etapa do projeto e 
minimizar erros. 
 
1.2 Objetivo 
1.2.1 Objetivo Geral 
 
O objetivo geral do trabalho é desenvolver um cronograma físico financeiro tendo 
como base os recursos oferecidos pela plataforma BIM, com o uso dos softwares 
Revit Arquitecture e Navisworks, voltados para o planejamento de obras, afim de 
provar a otimização de todo o processo construtivo. 
 
1.2.2 Objetivos Específicos 
 
 Estudar as etapas do planejamento de obras; 
 Compreender a importância do uso de softwares no planejamento. 
 Identificar as principais funcionalidades do BIM no setor da construção. 
3 
 
 Apresentar ferramentas de planejamento obtidas com a plataforma BIM. 
 Verificar a viabilidade da tecnologia ICF para habitações sociais alinhada 
ao planejamento em BIM. 
 
1.3 Metodologia 
 
A pesquisa foi desenvolvida em 6 capítulos: 
No capitulo 1 o tema foi introduzido, com as justificativa para a realização do 
trabalho, assim como os objetivos. 
No capitulo 2 foi abordado os referenciais teóricos, explicando conceitos e técnicas 
de planejamento. 
No capitulo 3 o conceito da plataforma BIM foi abordado voltado para o 
planejamento 4D e 5D. 
No capitulo 4 foram realizados dois estudos de caso sobre o tema, o primeiro com 
um exemplo de uma obra que obteve sucesso utilizando a plataforma, e o segundo 
um exemplo com o mal planejamento resultando em uma obra atrasada e com 
muitos problemas. 
No capitulo 5 houve o desenvolvimento da metodologia, neste capitulo foram 
relatados os passos para os planejamentos 4D e 5D e os resultados finais (tempo, 
custo, planilhas) do projeto 
No capitulo 6 são as considerações finais, apresentando a conclusão do trabalho. 
 
 
4 
 
CAPITULO 2 – REFERENCIAIS TEÓRICOS 
2.1 Planejamento 
 
Segundo Goldman (2004), o planejamento é um dos principais responsáveis para o 
sucesso de qualquer empreendimento devendo adaptar informações e aplica-las na 
construção. 
 
A Figura 1 ilustra o sistema de planejamento conforme a teoria de Laufer e Tucker, 
onde o primeiro passo são tomadas as decisões referente ao nível de detalhamento, 
a frequência de replanejamento e ao grau e controle que será efetuado. Logo após é 
feito uma Reunião da Informação, onde ocorre a coleta de informações necessárias 
para realizar o planejamento como plantas, contratos, especificações, condições de 
canteiro e a tecnologia que será utilizada (VISIOLI, 2002). 
Figura 1 Ciclo do planejamento 
 
Fonte: VISIOLI, 2002 
Em seguida é feita uma Preparação de Planos sendo a etapa que mais recebe 
atenção dos responsáveis pelo planejamento, pois será necessário escolher a 
técnica que melhor se apropria para a preparação de planos da construção. 
Geralmente as técnicas mais utilizadas são as baseadas no método do caminho 
crítico e diagrama de Gantt (VISIOLI, 2002). 
É importante que na etapa de Difusão da Informação, a informação seja transmitida 
aos usuários de acordo com suas necessidades, sendo o responsável pelo 
5 
 
planejamento por escolher o melhor método para transferir e para quem deve 
transmitir. A ultima fase, é a Avalição do Processo de Planejamento, ou seja, a 
mensuração dos dados obtidos, torna-se como base para os próximos 
empreendimentos (VISIOLI, 2002). 
A primeira e a última fase ocorrem em período específico na empresa, quando há 
novas construções ou no término da construção. Todavia, as fases intermediárias 
devem ser realizadas continuamente durante toda a obra (VISIOLI, 2002). 
Laufer e Tucker (1987) afirmam que a principal função do planejamento é controlar o 
empreendimento, entretanto, possui cinco funções no seu processo: 
 Execução: É a primeira função do planejamento e tem como objetivo orientar 
que a maneira que os planos são especificados, e assim, é a forma de 
orientação e a de procedimentos para a qual se direciona a produção. 
 Previsão: É aonde é projetado as realizações para o futuro, baseando-se em 
dados passados. 
 Coordenação: Devido ao alto grau de interdependência entre as equipes de 
produção na construção, a função de coordenação é importante pois facilita a 
comunicação entre níveis gerenciais e as diversas partes envolvidas no 
projeto. 
 Controle: Deve avaliar o desempenho, para enquanto houver, tempo como 
mudar o caminho através de ações corretivas. 
 Otimização: Envolve as estratégias alternativas utilizadas dentro do 
empreendimento, com o objetivo de aumentar a eficiente dos processos de 
produção. 
O Project Management Institute, conhecido como PMI, é um instituto com o objetivo 
de normalizar os conceitos de projetos, controle, gerenciamento e atividades 
utilizando o PMBOK, na qual refere-se a todo o somatório de conhecimento dentro 
da área de gerencia de projetos. O gerenciamento de projetos é uma atividade 
complexa que com uma má administração pode gerar grandes problemas, por isso 
ter o controle do projeto através de uma metodologia adequada é a forma mais 
eficaz de garantir o sucesso (ALMEIDA, 2018). 
6 
 
 
2.1.1 Deficiências 
 
O engenheiro Mattos (2010) relata que as deficiências no planejamento estão entre 
as principais causas da baixa produtividade, das elevadas perdas e da baixa 
qualidade dos produtos. Muitas empresas, principalmente as de médio e pequeno 
porte, contam somente com as experiências de seus profissionais para cumprir 
prazos e orçamentos, deixando o planejamento em segundo plano e fazendo 
apenas um improviso, e aponta as principais causas das deficiências no 
planejamento das obras civis: 
 
 Planejamento e controle como atividades de um único setor - O 
planejamento deveria ser visto como um processo para permear toda a 
empresa, porém, 
“[...] o planejamento e o controle muitas vezes são confundidos com o 
trabalho isolado de um setor da empresa ou com a simples aplicação de 
técnicas para a geração de planos.” (Mattos, 2010, p.25). As informações de 
progresso devem ser transmitidas desde ao diretor ao almoxarife. 
 
 Descrédito por falta de certeza nos parâmetros – A incerteza é inerente ao 
processo de construção devido à variabilidade do produto e das condições 
locais, da natureza dos processos de construção e até mesmo a falta de 
domínio das empresas. Dessa forma, o planejamento deveria ser visto como 
um exercício técnico para prever os impactos das atividades (MATTOS; 
2010). 
 
 Planejamento excessivamente informal - A informalidade reside ao hábito 
das ordens transmitidas pelos engenheiros e mestres, serem interpretadas 
como planejamento. Logo, perde-se os conceitos de planejamento a logo 
prazo, sendo obstruído pelo imediatismo das atividadesde curto prazo. 
Acarretando a utilização ineficiente de recursos humanos e materiais 
(MATTOS; 2010). 
 
7 
 
 Mito do tocador de obras - A supervalorização do tocador de obras é o 
engenheiro que tradicionalmente toma a frente de tomada de decisões 
rápidas com base apenas nas experiências, sem o devido planejamento 
(MATTOS;2010). 
 
2.1.2 Tipos 
 
Laufer e Tucker (1987) afirmam que planejamento é um processo administrativo 
extremamente importante para o gerenciamento da construção e o detalha em três 
níveis: estratégico, tático e operacional. 
 
O planejamento estratégico, ou de longo prazo, ou considera como horizonte de 
tempo todo o período da obra, dessa forma possui maior incerteza associada, já que 
há um período de tempo relativamente grande entre a elaboração do planejamento e 
a finalização da obra. Este tipo de planejamento tem como produto final um plano 
enfocando somente datas importantes, como as datas de entrega, conclusão e 
tarefas criticas. São tomadas decisões menos detalhadas como: quais serão os 
objetivos do empreendimento, qual produto deverá ser produzido e quais processos 
tecnológicos serão utilizados (LAUFER, apud KNOLSEINSEN, 2003, p.53). 
 
O planejamento tático, ou de médio prazo, envolve um horizonte de tempo menor 
comparado ao estratégico, sendo geralmente de 4 semanas, portanto, o nível de 
detalhamento é maior. A sua principal função é ligar o planejamento estratégico ao 
operacional, porém existem outras funções como (FILHO, apud PIRES, 2014, p.7): 
 
 Atualizar e revisar o plano de longo prazo da obra; 
 Desenvolver métodos para a execução do trabalho; 
 Decompor o plano de longo prazo em pacotes de trabalho; 
 Estabelecer uma sequência do fluxo de trabalho da melhor forma possível, de 
maneira a facilitar o cumprimento dos objetivos do empreendimento; 
 Identificar com mais precisão a carga de trabalho necessária e a quantidade 
de recursos requerida para atender o fluxo de trabalho estabelecido. 
 
8 
 
No planejamento operacional, ou de curto prazo, o nível de detalhamento é muito 
maior que os anteriores, visto que, as incertezas são menores. Neste tipo de 
planejamento é possível elaborar planos para todas as atividades das obras, sendo 
necessária uma melhor programação da sequência das equipes, assim como uma 
avaliação da disponibilidade de recursos como materiais, mão de obra e 
equipamentos. Dessa forma, devem ser atribuídas tarefas sequenciadas para a 
equipe de produção da obra esteja bem orientada quanto às metas a serem 
atingidas. Em resumo, as tomadas de decisões desse nível envolvem o controle de 
materiais e a delegação de tarefas (PIRES, 2014). 
 
2.1.3 Etapas 
 
As etapas do planejamento de uma obra tem inicio ao identificar as atividades a 
serem realizadas, ou seja, consiste na identificação de todas as atividades que irão 
integrar o planejamento, ou seja, as atividades que comporão o cronograma da obra. 
Dessa forma, é uma etapa que requere muita atenção para não deixar de 
contemplar nenhum serviço (MATTOS, 2010) 
 
Em seguida é preciso definir as durações das atividaes, a quantidade de tempo, seja 
em horas, dias semanas ou meses, que demora para ser executada. Entretanto, 
geralmente a duração das demais atividades depende da quantidade de serviço, da 
produtividade e da quantidade de recursos alocados, portanto, cabe ao planejador 
definir quais são as prioridades das atividades e adota-la na montagem do 
cronograma. (MATTOS, 2010). 
 
É importante identificar a precedência das atividades, ou seja, a ordem que precisam 
ser executada para dar inicio à outras atividades. Consiste na sequencia das 
atividades. É preciso analisar as particularidades dos serviços, para então, cada 
atividade ser atribuída suas predecessoras imediatas, ou seja, cada atividade só 
pode ser iniciada quando sua anterior tiver sido concluída, basicamente relação 
término-inicio (MATTOS, 2010). 
Após ser estabelecido a sequencia das atividades e a duração de cada uma, é 
necessário a representação gráfica das atividades e suas dependências lógica, e 
9 
 
isso ocorre por meio de um diagrama de rede. O diagrama permite uma melhor 
visualizar do inter-relacionamento entre as atividade, por isso é utilizada para o 
calculo do das folgas e caminho crítico (MATTOS, 2010). 
A partir da realização do diagrama, pode-se identificar a duração total da obra. A 
sequencia que tiver o tempo mais longo, é nomeada como atividades críticas, logo, o 
caminho que as une constitui o caminho crítico, sendo representado no diagrama 
por um traço mais forte para uma melhor identificação (MATTOS, 2010). 
 
O produto final do planejamento é o cronograma, pois é uma importante ferramenta 
de gestão por apresentar de maneira fácil, a posição de cada atividade ao longo do 
tempo (MATTOS, 2010). 
Enquanto um atraso na atividade critica prolonga a duração de um projeto, as 
atividades não críticas tem mais tempo disponível para sua execução do que sua 
própria duração, dessa forma, as datas de inicio e fim tem mais flexibilidade. Isto 
significa que caso essas atividades atrases, o projeto não será prejudicado, como na 
Figura 2, mesmo se a alvenaria não conseguir acabar no dia 09, pode ser concluída 
até o dia 1, esse fato ocorre também para o telhado e esquadrias. Este período de 
tempo que uma atividade pode dispor além da duração planejada é chamado de 
folga (MATTOS, 2010). 
Figura 2 Cronograma de Gannt 
 
Fonte: MATTOS, 2010 
 
 
10 
 
2.2 Orçamento 
 
Tendo em vista um mercado cada vez mais competitivo e um consumidor sempre 
focado em diminuir ao máximo seus gastos, qualquer empreendimento requer um 
estudo de viabilidade econômica, um orçamento detalhado e um rigoroso 
acompanhamento físico financeiro da obra (KNOLSEISEN, 2003). 
 
O engenheiro Ronaldo Coêlho (2001) afirma que os orçamentos para obra de 
construção civil compreendem o levantamento da quantidade de serviços, assim 
como seus respectivos preços, onde devem ser apresentados em uma planilha que 
deve constar a descrição dos serviços com suas unidades de medidas e 
quantidades, composição dos preços unitários envolvendo mão de obra e materiais 
e, preferencialmente, o valor total por item e o valor global da obra. 
 
Para a execução de um orçamento de obras, é necessário um estudo do memorial 
descritivo do empreendimento, que deve conter o caderno de especificações de 
todos os materiais a serem utilizados, assim como todos os projetos, arquitetônico e 
complementares (COELHO, 2001). 
 
2.2.1 Grau de detalhe do orçamento 
 
Para a concepção dos orçamentos, utilizam-se tabelas de apoio, fruto de estudos 
regulamentados pelos governos federais e estaduais, além de comparações com 
orçamento de obras do mesmo porte já realizadas. De acordo com Mattos (2006) os 
tipos de orçamentos básicos utilizados na construção civil são: 
 
 Estimativa de Custos 
Este tipo de orçamento é uma avalição expedita que pode ser realizada após a 
comparação com projetos similares e a partir de índices genéricos. Para as 
edificações o indicador normalmente utilizado na fase de estudo de viabilidade e 
anteprojeto é o custo unitário por metro quadrado construído, sendo o mais utilizado 
o Custo Unitário Básico (CUB) (MATTOS, 2006). 
11 
 
O CUB é o principal índice do setor da construção e representa o custo da 
construção por m² de diferentes padrões de imóveis. Este índice reflete os preços 
atualizados mensalmente pela Sinduscon de materiais, mão de obra, equipamentos 
e despesas administrativas. No Espirito Santo, essa apuração mensal é feita pelo 
Sinduscon-ES e por ser tratar de um parâmetro médio, no valor do CUB é 
desconsiderado os custos referentes ao valor do terreno, fundações, paisagismo, 
elevadores, instalações, impostos, obras complementares, honorários e etc. 
Entretanto é importante ressaltar a diferença entre CUB e índice CUB, sendo o 
primeiroum valor em reais, por m² da construção. Já o Índice CUB é a variação dos 
mês anterior e o mês atual, sendo representado por um percentual. (MUNIZ, 2016). 
 
Outro índice muito utilizado é o Custo Unitário PINI de Edificações (CUPE), este, é 
uma referencia paralela ao CUB, e o ocorre por meio da atualização do orçamento 
do projeto de cada tipo de obra, sendo calculado os preços de todos os insumos 
(material, mão de obra e equipamento). Esta apuração é feita pela PINI, e a principal 
diferença é o fato de no calculo ser considerado a área total construída (incluindo 
áreas privativas e comuns), já no CUB é calculado apenas com base na área útil 
(PEREZ, 2001). 
 
 Orçamento Preliminar 
Geralmente é um orçamento mais detalhado do que a estimativa de custo, sendo 
realizado após o anteprojeto e antes do desenvolvimento dos projetos básicos. 
Nesta fase, são estimados as quantidades e os custos de pequenos pacotes de 
trabalho, dessa forma pode-se obter em média, por exemplo, as espessuras das 
lajes, da quantidade de forma e de aço que será necessário (MUNIZ, 2016). 
 
 
 Orçamento Analítico ou Detalhado 
É o orçamento mais preciso para se prever o custo total de uma construção, 
realizado a partir de composições de custos e uma avançada pesquisa de preços 
dos insumos, procurando obter um valor que seja mais próximo do custo real. É 
realizado além do levantamento de quanto cada serviço irá gastar (levando em 
consideração a mão de obra, material e equipamento), são computados os custos 
de manutenção do canteiro, equipe técnica e de suporte da obra. Nesta fase, deve 
12 
 
estar disponíveis todos os projetos complementares, juntamente com as 
especificações técnicas (MUNIZ, 2016). 
2.2.2 Composição de Custos 
 
A composição de custos é uma ferramenta utilizada para a elaboração de 
orçamentos de obras, na qual já está considerados os insumos, que são os 
materiais, mão de obra e equipamentos, e os encargos sociais que incidem sobre a 
mão de obra. Estas composições podem ser obtidas por consultas à de Tabelas de 
Composições (MUNIZ, 2016). 
 
A Tabela de Composições e Preços para Orçamentos, TCPO, é uma das principais 
referencias de custos construtivos do Brasil. O TCPO oferece informações muito 
utilizadas por engenheiros, arquitetos e profissionais da construção, dentre os 
índices fornecidos estão: CUPE – Custos Unitários PINI de Edificações, IPCE – 
Índices PINI de Custos de Edificações, IPCI – Índice PINI de Custos da Construção 
Industrializada e Índices PINI de Custos de Obras de Infraestrutura (TCPO, acesso 
em 09 de junho de 2018). 
Outra alternativa de consulta para composição de custos é o SINAPI, Sistema 
Nacional de Pesquisa de Custos e Índice da Construção Civil, que tem como 
objetivo a informação dos índices da construção com abrangência nacional, visando 
a elaboração de orçamentos. O SINAPI é coordenado pelo IBGE e pela CAIXA, que 
mensalmente atualizam os índices baseados nos levantamentos de preços de 
materiais e salários pagos na construção civil para o setor habitação. (CAIXA, 
acesso em 09 de Junho de 2018). 
 
2.2.3 Custo direto e indireto 
 
Segundo Mattos (2013), a definição de custo direto é todo custo diretamente 
associado com o serviço que está sendo orçado. Devem ser representados no 
cronograma financeiro que descreverá todos os insumos a serem utilizados para o 
serviço, inclusive os custos com a mão de obra incluindo os encargos trabalhistas, 
assim como as compras e alugueis de equipamentos. 
13 
 
Os custos indiretos incluem todos os custos que não é possível atribuir diretamente 
a um serviço, entretanto, embora não estejam incorporados à obra, suas 
identificações e valores são necessários por influenciam no custo final de execução. 
São exemplos de custo indiretos; as despesas administrativas, taxas, seguros, 
consultorias, salario do engenheiro, despesas com viagens e até mesmo a energia 
da obra (MATTOS, 2013). 
 
2.2.4 Benefício e Despesa Indiretas 
 
Ávila & Jungles (2003) definem Benefícios e Despesas Indiretas – BDI - como um 
valor monetário que engloba o lucro desejado sobre um empreendimento e o 
somatório das despesas indiretas, incluindo os tributos. 
Dessa forma, deve ser levado em consideração, além do custo direto, os custos 
administrativos e financeiros da empresa, o lucro estimado, o risco do 
empreendimento e os tributos incorridos (MATTOS 2006). 
O calculo do BDI é feito com base em quatro principais variáveis, que seriam 
(MATTOS 2006): 
 Custo Indireto (CI) = São os custos diretamente associados à obra. 
 Valor do Risco Calculado para o empreendimento (VR) = 
 Montante do Lucro Desejado (MLD) = Valor do benefício que a empresa 
almeja. 
 Impostos (IMP) = Valores de impostos, taxas e contribuições. 
 
A partir dessas variáveis, pode-se obter a equação BDI = ƒ(CI +VR + ML + IMP). 
Dessa forma, considera-se o BDI como um fator que multiplicado pelo custo direto 
de uma obra, obtém o preço de venda. 
 
2.2.5 A Curva ABC como ferramenta de controle de custos 
 
A Curva ABC é baseada no principio do economista Pareto, onde afirma que 20% 
dos fatores são responsáveis por 80% do resultado final. Este conceito se aplica 
14 
 
perfeitamente na construção civil, de forma que seja uma aliada na administração do 
estoque, tendo como resultado a redução de custos e desperdícios, organização de 
estoque e lucratividade. (LIMA, 2017). 
A analise ABC está dividida em 3 grupos, sendo eles organizados no seu valor de 
demanda e valor de consumo, ou seja, matéria prima e insumo. Dessa forma, os 
valores de demandas e consumos são determinados a partir da multiplicação do 
custo unitário ou preço de cada item pelo seu consumo ou sua demanda (LIMA, 
2017). 
Os 3 grupos são classificados em (LIMA, 2017): 
 Classe A: Itens que são situados no topo da tabela, sendo o grupo de 
materiais ou serviço que mais pesam no orçamento, significando a 50% do 
custo total da obra; 
 Classe B: Itens que possuem um valor intermediário de demanda ou 
consumo; 
 Classe C: Itens que possuem um valor baixo de demanda ou consumo, tendo 
uma relevância menor no custo final. 
Figura 3 Curva ABC 
 
Fonte: LIMA, acesso 22 de maio de 2018 
Ao analisar a Figura 3 pode-se concluir que, os materiais e/ou serviços pertencentes 
à Classe A devem ter uma atenção especial, devido ao fato de que descontos 
mínimos possam significar grandes economias. Já aos que pertencerem à Classe B, 
http://2.bp.blogspot.com/-i6FyOq9jL-Q/U9v_s3ojR2I/AAAAAAAAAQs/XLbCRmPbNTw/s1600/urblogo.png
15 
 
seus custos ainda que menores, são significativos para a economia da obra, e aos 
da Classe C tem menos relevância em comparação com o custo da obra. 
 
2.2.6 Cronograma Físico Financeiro 
 
O cronograma físico financeiro é uma ferramenta capaz de associar gestão de 
custos com gestão de prazos. Através dela é possível visualizar os prazos das 
execuções de cada etapa do projeto, e concomitantemente o quanto será necessário 
para o desembolso financeiro das respectivas etapas. Durante a execução da obra, 
o Cronograma Físico Financeiro será essencial para servir de referencia para o 
gestor acompanhar os custos e prazos que foram planejados. De acordo com o 
engenheiro Marcel Ribeiro (2018), há diferenças entre o Cronograma Físico e 
Cronograma Financeiro. O Físico é o avanço esperado da obra em relação ao tempo 
que irá durar, já o Financeiro, tem como base o orçamento do projeto, ou seja, o 
valor dos gastos que serão necessários (RIBEIRO, 2018). 
Inicialmente é essencial construir a Estrutura Analítica do Projeto (EAP), pois irá 
ajudar a verificar se todas as etapas do projeto estão sendo contempladas. Dividir o 
escopo em pacotes menores é fundamental para mensurar o valor e o prazo das 
etapas necessárias para a iniciação, desenvolvimento e entrega (RIBEIRO, 2018).. 
Posteriormente é necessário sequenciar as etapas na ordem de desenvolvimentodo 
projeto. Nesta fase é importante levar em consideração os pacotes dependentes, ou 
seja, as atividades que dependem das anteriores para começar (RIBEIRO, 2018).. 
Em seguida, deve-se estimar o prazo e custo, pois cada pacote terá um valor e um 
tempo determinado para finalizar. Essa fase é desenvolvida com base nos dados 
históricos de projetos semelhantes que já foram realizados, para ter uma estimativa 
de prazo e custo para cada atividade. É importante consultar tabelas de custos 
(como a do SINAPI, por exemplo) para referencia mais precisa de valores (RIBEIRO, 
2018). 
É de extrema importante ressaltar, que durante a execução da obra, é normal que 
cronograma sofra alterações, surgindo a necessidade de um segundo cronograma. 
Dessa forma, resultará no cronograma real x cronograma planejado e quanto mais 
16 
 
adesão os dois tiverem, significa que o planejamento foi melhor realizado. Caso 
contrário, é preciso tomar as ações corretivas instantaneamente, afim de evitar 
prejuízos para o projeto (RIBEIRO, 2018).. 
Este método é um grande aliado na fase de monitoramento e controle na execução 
de uma obra, de modo que, quando é bem realizado poupa tempo e otimiza 
recursos para o gestor tomar as decisões necessárias (RIBEIRO, 2018).. 
 
2.3 Técnicas de Programação 
 
2.3.1 PERT/CPM – O Método do Caminho Crítico 
 
O Método do Caminho Crítico (em inglês Critical Path Method, CPM) surgiu para 
gerenciar projetos mais extensos e complexos, contudo, a técnica é uma 
metodologia bastante versátil podendo ser utilizada para qualquer tipo de projeto. O 
método é utilizado em conjunto com o diagrama de redes PERT que vem do inglês 
Program Evaluation and Review Technique e foi desenvolvido pela NASA com o fim 
de controlar o tempo e a execução de tarefas (NOGUEIRA, acesso em 16 de abril 
de 2018). 
 
Com o PERT/CPM é possível determinar quanto tempo um projeto levará para ser 
concluído e compreender quais atividades precisam ser realizadas e a ordem que 
irão ter que ser executadas. As técnicas utilizam os conceitos de Redes para 
visualizar e planejar a coordenação das atividades do projeto (NOGUEIRA, acesso 
em 16 de abril de 2018). 
 
O primeiro passo é listar todas atividades que terão que ser realizadas no projeto, 
nomeando – as e informando quais as atividades precedentes juntamente com a 
duração estimada (em semanas) de cada atividade. É importante lembrar que o 
tempo para a execução não é o somatório do que foi estimado para cada atividade. 
Isso porque não são realizadas uma por vez, existem atividades que podem ser 
realizadas simultaneamente com outras, o que faz reduzir a duração da execução da 
obra (ver tabela 1) (NOGUEIRA, acesso em 16 de abril de 2018). 
17 
 
Tabela 1 Atividades, Atividades Precedentes e Duração Estimada 
Atividade Descrição Atividades 
Precedentes 
Duração Estimada 
(semanas) 
A Escavação - 2 
B Fundação A 4 
C Paredes B 10 
D Telhado C 6 
E Encanamento Exterior C 4 
F Encanamento Interior E 5 
G Muros D 7 
H Pintura Exterior E,G 9 
I Instalação Elétrica C 7 
J Divisórias F,I 8 
K Piso J 4 
L Pintura Interior J 5 
M Acabamento Exterior H 2 
N Acabamento Interior K,L 6 
Fonte: NOGUEIRA, acesso em 16 de abril de 2018. 
 
A rede normalmente é construída utilizando as setas para representar as atividades 
e os círculos para separar as atividades de suas atividades precedentes, porém é 
mais intuitivo os círculos representarem as atividades e as setas as relações de 
precedência. A rede pode ser facilmente construída a partir da listagem de 
atividades e das relações de precedência. Primeiramente dado uma atividade, basta 
procurar na lista quais são as atividades precedentes. (NOGUEIRA, acesso em 16 
de abril de 2018). 
Através do estudo e analise da rede, informações essenciais para o projeto podem 
ser concluídas, como o tempo total para concluir o projeto caso nenhum atraso 
ocorra, assim como, a identificação das atividades que não podem sofrer atrasos 
para não prejudicar o tempo estimado incialmente (NOGUEIRA, acesso em 16 de 
abril de 2018). 
O caminho que tiver maior comprimento é considerado o caminho crítico do projeto, 
ou seja, é a sequencia que leva mais tempo para ser finalizada, o que indica o 
tempo máximo que um projeto levará para ser concluído. As atividades que 
pertencem o caminho crítico são nomeadas como Atividades Críticas, isso quer dizer 
18 
 
que caso ocorra alguma atraso em alguma delas, irá atrasar a duração final 
estimada para o projeto. Já as demais atividades se sofrerem algum imprevisto, 
poderão ou não atrasar o prazo determinado (NOGUEIRA, acesso em 16 de abril de 
2018). A Figura 4 ilustra o caminho critico do exemplo acima. 
 
Figura 4 Caminho crítico 
 
Fonte: NOGUEIRA, 2018. 
 
O Método do Caminho Crítico é uma ferramenta importante para auxiliar no 
planejamento de projetos que dependem de prazos, isso por ajudar a compreender 
quais são as atividades que precisam de mais foco, ou seja, um controle mais 
preciso, afim de evitar atrasos e maiores problemas (NOGUEIRA, acesso em 16 de 
abril de 2018). 
 
19 
 
2.3.2 Linha de Balanço 
 
Na construção civil existem alguns tipos de projetos de natureza repetitiva, com por 
exemplo os conjuntos habitacionais e edifícios de múltiplos pavimentos, estes 
contam com um núcleo de atividades que são executadas sucessivas vezes. 
A Linha de Balanço é uma técnica de planejamento e controle, considera o caráter 
repetitivo das atividades de uma obra, por meio dela o engenheiro passará a ter uma 
visão mais simples do que deve ser executado servindo como uma ferramenta de 
apoio para a melhoria da produtividade. (MATTOS, 2010) 
Os conceitos básicos da Linha de Balanço se resumem em (NETO, acesso em 19 
de Maio): 
 Unidade base: Unidade usada como referencia de programação, por 
exemplo, o pavimento tipo de um prédio. 
 Equipe especializada: Grupo de operários que realiza pacotes de trabalho 
que são repetidas em todas as unidades. 
 Ritmo da linha de balanço: Numero de dias que cada equipe leva para 
finalizar uma unidade. 
As vantagens de utilizar a Linha de Balanço como ferramenta são: encontrar um 
ritmo adequado para a finalização, manter fluxo de recursos continuo ao longo das 
unidades e tirar benefícios da repetitividade do trabalho (NETO, 2015). 
Interpretrando um pouco mais afundo, as atividades formam uma linha inclinada, o 
que significa que quanto mais íngreme for, maior a produtividade, isto porque a 
declividade define a taxa de produção no tempo (MATTOS, 2010). A linha de 
balanço também permite que as atividades sejam executadas de forma que não 
ocorra a ociosidade de tempo (Figura 5). 
20 
 
Figura 5 Linha de balanço de um edifício vertical 
 
Fonte: MATTOS, 2010. 
O exemplo acima (Figura6), representa a evolução de uma equipe X que regulariza 
o piso de todo o pavimento em 6 dias de trabalho, assim como a equipe Y que é 
responsável pelo assentamento do revestimento cerâmico e faz este trabalho em 4 
dias. Dessa forma, para evitar que mão de obra fique parada, a Linha de Balanço 
identifica o dia ideal para a equipe Y começar a trabalhar. 
 
2.3.3 Diagrama de Gantt 
 
Também conhecido como Gráfico de Gantt, é uma ferramenta de monitoramento 
das atividades que fornece o status atual das tarefas pertencentes ao escopo da 
obra. Esta ferramenta permite ter uma visão global do projeto, com a exibição de 
informações no formato de texto e barras de Gantt, em escala de tempo e sequencia 
de atividades. Dessa forma, cada barra é equivalente a uma determinada demanda 
e pode representar além das tarefas, o tempo disponível para realiza-las e a mão de 
obra designados para a execução (ESPINHA, 2018). 
Os principais benefícios que a ferramenta proporciona são (ESPINHA, 2018): 
 Segmentação de tarefas e Distribuição de responsabilidades – Fraciona as 
atividades, desmembrando o projeto em partes menores, sendo possível21 
 
trabalhar com maior detalhamento pois, controla quem vai fazer cada tarefa, 
quando, onde e como. 
 Interdependência de atividades - Identificação das interdependência das 
atividades, o que torna mais fácil a conscientização de uma equipe no 
cumprimento de prazos. 
 Definição de prazos – Ajuda a ter uma melhor compreensão dos pontos 
críticos da obra, ou seja, das tarefas que demandam mais esforço e tempo 
para execução. Dessa forma, é possível o gestor dar mais atenção a essas 
etapas evitando a perda de prazo do cronograma. 
 Acompanhamento conjunto – As facilidades visuais que o gráfico 
proporcionam a todos os interessados acompanhar a evolução do projeto, 
como poder ser distribuído em um corpo de um e-mail, visualizado em um 
software ou até mesmo ser fixado em um mural. 
A atualização diária do gráfico é importante pois mostra a evolução das demandas, 
comunicando, de maneira visual, as que estiverem próximas do vencimento dos 
prazos. Portanto, funciona como uma linha do tempo que estabelece os limites de 
inicio e fim para cada uma das atividades (ESPINHA, 2018). A Figura 6 exemplifica 
o processo. 
Figura 6 Gráfico de Gantt no Ms Project 
 
Fonte: In Company Ti, 2012. 
 
 
https://incompanyti.wordpress.com/
22 
 
2.4 O Sistema da Curva S 
 
A curva S é uma ferramenta de planejamento, monitoramento e controle, que mostra 
o orçamento acumulado em função do tempo de desenvolvimento do projeto, ou 
seja, o total de recursos financeiros consumidos pelo projeto ao longo de seu 
desenvolvimento. A curva S tem esse nome pelo fato de indicar uma característica 
muito comum nas obras, tanto no inicio como no fim apresentam avanços físicos e 
financeiros acumulados baixos quando comparados à etapa intermediária do projeto, 
fato que gera na maioria das vezes, uma forma parecida com um (SANTOS, 2017). 
Está técnica é representada por um gráfico de valores acumulados (Figura 7), de 
forma que o eixo x (horizontal) corresponde ao tempo, onde é possível identificar se 
a obra está atrasada ou adiantada, e o eixo y (vertical) que condiz com a quantidade 
acumulada, podendo ser física ou financeira, e permite avaliar se os avanços estão 
acima, abaixo ou de acordo com o planejado (GUIMARARES, acesso em 15 de 
abril). 
Figura 7 Configuração da Curva S 
 
Fonte: GUIMARARES, 2017. 
Como informado inicialmente, a curva S pode ser utilizada para interpretar além do 
avanço acumulado financeiro, mas também o físico do empreendimento, onde 
existem duas formas mais comuns para gerar o gráfico, tarefas e percentual global 
do andamento (GUIMARARES, acesso em 15 de abril). 
23 
 
 
1. Por tarefas. 
É possível acompanhar o andamento de cada serviço e identificar quais deles não 
estão sendo realizados da maneira que foi planejada. No exemplo da Tabela 6, 
ocorreu um atraso na tarefa Reservatórios, o que acarretou um deslocamento do % 
acumulado e realizado da obra (GUIMARARES, acesso em 15 de abril). 
2. Por Percentual Global do Andamento. 
É reconhecido o andamento da obra mensalmente, identificando qual mês sofreu o 
maior atraso e o quanto isso significa quando comparado ao acumulado planejado e 
realizado. Por exemplo, na Tabela 7, em janeiro e fevereiro, a obra estava 
adiantada, porém em março começou a atrasar. No mês de maio apesar de ter 
rendido mais do que o esperado, o realizado acumulado não atingiu a meta do 
planejado (GUIMARARES, acesso em 15 de abril). 
Essa analise permite que o gestor identifique o andamento da obra comparado ao 
que foi planejado, podendo intervir caso necessário. Entretanto, é importante levar 
em consideração que uma obra tem oscilações, devido aos imprevisto que acabam 
ocorrendo em seu desenvolvimento. Dessa forma, é normal ocorrer deslocamentos 
entre o planejado e realizado, porém, o cenário ideal é quando as linhas caminham o 
mais próximo possível (GUIMARARES, acesso em 15 de abril). 
Todavia, apesar de simples e útil, é fundamental utilizar em conjunto com outras 
ferramentas, pelo fato de algumas situações ocultarem informações. Por exemplo, 
se tarefas que não fazem parte do caminho crítico estiverem com o andamento 
maior que o planejado, automaticamente é gerado um avanço na curva, superior ao 
que foi esperado e como consequência a equipe da obra entender que está tudo sob 
controle, mas na verdade as tarefas que fazem parte do caminho crítico não estão 
sendo consideradas, podendo estar atrasadas e isto a curva S não mostra 
(GUIMARARES, acesso em 15 de abril). 
 
 
 
24 
 
 
CAPITULO 3 – PLATAFORMA BIM 
 
O setor da construção perde a eficiência na construção de empreendimentos muitas 
vezes pelo fato das equipes trabalhando isoladamente, por gerar como 
consequência uma troca de informações limitadas. A aplicação de novas tecnologias 
neste setor se dá de forma gradual e lenta, fato este que contribui para a 
implantação tardia da tecnologia Building Information Model (BIM) em relação a 
outros mercados. Com o uso de componentes produzidos fora do canteiro, em 
busca da agilidade, o BIM se torna fundamental por ter ferramentas que tornam 
possíveis, e contribuem positivamente, no processo de gestão e coordenação dos 
empreendimentos, desta forma esta tecnologia esta sendo cada vez mais explorada 
na área da AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção). Com um modelo da obra 
virtual bem elaborado, o BIM proporcionará trabalhados integrados com ganhos em 
todas as fases da edificação, como o auxilio na concepção, construção e também 
para os próprios usuários (EASTMAN, apud,NATIVIDADE; LEONARDO, 2016) 
A Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura – R avalia a tecnologia como 
ganho em toda a vida útil da edificação. Eastman (2014, p. 16) cita os benefícios do 
BIM em diferentes fases da construção: 
 Pré-construção: Conceito, viabilidade e benefícios no projeto, assim como o 
aumento da qualidade e do desempenho da construção; 
 
 Projeto: Visualização antecipada e mais precisa de um projeto, correções 
automáticas quando mudanças são feitas no projeto, geração de desenhos 
2D precisos e consistentes em qualquer etapa do projeto, colaboração 
antecipada entre múltiplas disciplinas de projeto, verificação facilitada das 
intenções de projeto, extração de estimativas de custo durante a etapa de 
projeto, incrementação da eficiência energética e a sustentabilidade. 
 
 À construção e à fabricação: Sincronização de projeto e planejamento da 
construção, descoberta de erros de projeto e omissões antes da construção, 
reação rápida a problemas de projeto ou do canteiro, uso do modelo de 
25 
 
projeto como base para componentes fabricados, melhor implementação de 
técnicas de construção enxuta, sincronização da aquisição de materiais com 
o projeto e a construção. 
 
 Pós-construção: Melhor gerenciamento e operação das edificações, 
integração com sistema de operação e gerenciamento de facilidades. 
 
3.1 A evolução do BIM 
 
A área da arquitetura passou por grandes mudanças nos anos 80 quando houve a 
introdução do softwares de Desenho Assistido por Computador, conhecido como 
CAD. O BIM só foi introduzido no mercado em 2003, devido a evolução tecnológica 
juntamente com a necessidade de se obter maior agilidade e menores ricos, 
entretanto foi somente em 2008 em um evento na cidade de Los Angeles (EUA), 
chamado Woodstock da Engenharia que iniciou a difusão em todo o mundo da 
tecnologia (BAIA, 2015). 
Em 2013 um evento em São Paulo, chamado de “Caminhos para a Inovação na 
Construção e Implantação do BIM”, garantiu que inevitavelmente o BIM será a 
ferramenta de construção do futuro, de forma que todos os envolvidos possam ter 
acesso de forma simultânea, garantindo uma maior integração entre os 
responsáveis pelos projetos. Neste mesmo evento, foi recomendado às empresas 
nacionais a conhecer o BIM com mais detalhes, definir um objetivo a ser alcançado 
(projeto, construção, gerenciamentoe etc.) e utilizar da metodologia com casos 
práticos para se familiarizar com a cultura, para então promover a ampliação do 
espoco de aplicação do BIM de forma gradual e consistente (BAIA, 2015). 
Atualmente tem ocorrido cada vez mais um impulso a implementação do BIM na 
construção civil devido a alta demanda do mercado. A exigência do mercado ao 
cumprimento de prazos e orçamentos acaba forçando a um estudo de viabilidade 
econômica, um orçamento mais rigoroso e um acompanhamento físico financeiro da 
obra (BAIA, 2015). 
 
26 
 
 
3.2 Dimensões da plataforma BIM 
 
A principal característica do modelo BIM é a conexão de informações em um único 
projeto, que se dá pelas dimensões que a tecnologia oferece. “Quanto mais 
dimensões tiver o modelo, maiores serão os tipos de informações possíveis de 
serem modeladas a partir deles, tornando as tomadas de decisão mais complexas e 
acertadas” (CAMPESTRINI et al.,2015). A Figura 8 mostra o ciclo de vida de um 
modelo desenvolvido no BIM. 
Figura 8 Dimensões do BIM 
 
Fonte: Eastman, Teicholz, Sacks e Liston (2008) 
Entende-se como BIM 3D a consolidação dos projetos da obra em um único arquivo, 
sendo representado em três dimensões e com todos os elementos necessários para 
sua caracterização e posicionamento espacial. Uma das grandes vantagens do BIM 
3D é o que se chama de clasch detection, que é a detecção de conflitos. A Tabela 2 
exemplifica os pontos fortes e fracos dos principais softwares disponíveis no 
mercados (GUIABIM, 2017). 
 
 
27 
 
 
Tabela 2 Pontos fracos e fortes dos principais softwares BIM 
SOFTWARE PONTOS FORTES PONTOS FRACOS 
 
 
 
 
ARCHICAD 
Interface intuitiva e simples de usar; 
ampla biblioteca de objetos e um rico 
conjunto de aplicações de suporte em 
construção e gerenciamento de 
facilities; 
Limitações nas suas capacidades de 
modelagem paramétricas, não 
suportando regras de atualização entre 
objetos em uma montagem; 
Problemas com projetos grandes, apesar 
de dispor de modos efetivos de gerenciar 
tais projetos, dividindo-o em grandes 
módulos. 
 
 
 
 
 
 
 
BENTLEY 
SYSTEMS 
Ferramentas de modelagem para 
quase todos os aspectos da indústria 
AEC; Suporta modelagem de 
superfícies curvas complexas; 
múltiplos níveis de suporte para 
desenvolvimento de objeto 
paramétricos personalizados; permite 
a definição de montagens de 
geometrias paramétricas complexas; 
suporte escalável para grandes 
empreendimentos com muitos objetos. 
Interface de usuário grande e não 
integrada, dificultando a navegação e 
aprendizado; Módulos funcionais 
heterogêneos com diferentes 
comportamentos de objetos; Bibliotecas 
menos amplas que produtos similares; 
seficiência na integração de suas várias 
aplicações reduz o valor e a amplitude 
do suporte que esses sistemas 
proporcionam individualmente. 
 
 
 
 
REVIT 
Interface amigável e de fácil 
aprendizado; amplo conjunto de 
bibliotecas desenvolvidos por 
terceiros; por se líder do mercado é a 
interface preferida para interligação 
direta; suporte bidirecional a 
desenhos, permitindo a geração e/ou 
modificação tanto via modelo quanto 
vistas; suporte a operações 
simultâneas no mesmo projeto; possui 
excelente biblioteca de objetos que 
suporta uma interface multiusuário. 
Projetos maiores que 220 megabytes, o 
sistema fica lento; limitações nas regras 
paramétricas para lidar com ângulos; não 
suporta superfícies curvas complexas. 
 
 
 
TEKLA 
STRUCTURES 
Modela estruturas que incorporam 
todos os tipos de materiais estruturais 
e detalhamento; suporte a modelos 
muito grandes e operações 
simultâneas no mesmo projeto com 
múltiplos usuários ao mesmo tempo; 
suporta a compilação de bibliotecas de 
componentes personalizados 
paramétricos complexos com pouca 
ou nenhuma programação. 
Funcionalidades são bastantes 
complexas e difíceis de aprender e 
utilizar plenamente; O poder de suas 
facilidades de componentes 
paramétricos requer operados 
sofisticados com alto nível de habilidade; 
Não suporta a importação de superfícies 
multicurvadas complexas de aplicações 
externas. 
28 
 
 
 
 
VICO 
SOFWARE 
O módulo de modelagem é o mesmo 
do Archicad possuindo as mesmas 
vantagens; atribuição de composições 
aos objetos do modelo, definindo 
tarefas e recursos necessários para 
sua construção; atividades de 
cronograma definidas e planejadas 
usando técnicas da linha de balanço e 
integração à softwares de 
planejamento; permite simulações 4D 
e 5D. 
O módulo de modelagem é o mesmo do 
Archicad possuindo as mesmas 
desvantagens. 
Fonte: Adaptado de Eastman et al., 2014 
Na 4º dimensão é adicionado o componente tempo ao modelo 3D, o que possibilita a 
visualização do projeto nas diferentes fases da construção, assim como a simulação 
das etapas construtivas. Na 5º dimensão, ou seja, no modelo 5D é incluído o fator 
Custo e consequentemente a quantificação, dessa forma é possível criar 
estimativas de custos, planejar e gerenciar os desembolsos necessários durante a 
obra. Já na 6º dimensão, é incluso os dados de manutenção e operação, como 
objetivo de gerenciar o ciclo de vida da edificação, podendo-se controlar a garantia 
dos equipamentos, planos de manutenção, dados de fabricantes e fornecedores, 
custos de operação e até mesmo fotos (GUIABIM, 2017). 
O modelo 4D oferece utilidades que facilitam o planejamento e cronograma da obra, 
como por exemplo, a visualização do cronograma associado ao modelo 3D, 
integração e participação entre as partes participantes, monitoração do tempo, 
detecção de conflitos e auxilio na tomada de decisões já que é possível simular 
diferentes cenários (BAIA, 2015). A Tabela 3 mostra os principais softwares da 
plataforma BIM 4D. 
29 
 
Tabela 3 Principais plataformas para o BIM 4D 
 
Fonte: Denize Valéria Santos Baia 
O processo de planejamento utilizando o BIM 4D e 5D depende de softwares 
específicos que cabe um estudo do produto que deseja gerar para saber qual ao 
certo utilizar, dentre eles está o Autodesk Navisworks, software que oferece a 
coordenação de projetos e um suporte a simulação 5D, para isso oferece recursos 
de tabelas completas, quantificação, animação e visualização que auxiliam na 
tomada de decisões por ajudarem a aprimorar a previsibilidade. As ferramentas de 
gerenciamento de interferências ajudam a evitar problemas graves antes do inicio da 
construção, o que minimiza atrasos e retrabalhos (GUIABIM, 2017). 
As principais funcionalidades do Navisworks são a navegação interativa de 
modelos tridimensionais, detecção de colisões e levantamento de quantitativos. 
O programa é compatível com importação de modelo CAD e tem a capacidade de 
integrar cronogramas do MS- Project ou “[...] outras soluções utilizando-se 
arquivos de formato texto como “csv” (texto separado por vírgulas) ou ainda “txt” 
(GUIABIM, 2017). 
 
A quantificação com o Navisworks é associado as disciplinas de civil, arquitetura e 
urbanismo e as medições possíveis de extração são: comprimento, largura, 
espessura, altura, perímetro, área, volumo, peso e contagem. Por meio da 
importação dessas informações é possível gerar cinco tipos de custos, sendo eles: 
30 
 
custo de material, mão de obra, equipamentos, subcontratados e custo total 
(GUIABIM, 2017). 
 
Para dar auxilio ao levantamento de quantitativos no BIM 5D, existem métodos que 
podem facilitar o processo, sendo eles (GUIABIM, 2017): 
 Exportar quantitativos de objetos da edificação para um software de 
orçamentação. 
 Conectar a ferramenta BIM diretamente ao software de orçamentação. 
 Usar uma ferramenta BIM de levantamento de quantitativos. 
Para melhorar a eficiência na estimativa de custo e no planejamento das 
edificações, para poder ser possível agir rapidamente com as mudanças de projeto, 
os profissionais envolvidos devem conhecer as potencialidades do BIM e aonde ele 
pode auxiliar nastarefas desenvolvidas em todo o processo de projeto de uma 
edificação, afim de aumentar o lucro, a expectativa de prazos e a minimizar erros. 
 
31 
 
CAPITULO 4 – ESTUDOS DE CASOS 
 
4.1 O uso da plataforma BIM no auxilio de tomada de decisões - Framingham 
State University 
 
A Framingham State University é uma universidade publica, localizada em New 
England, EUA, e oferece cursos de graduação e pós-graduação. Para acomodar as 
demandas de matriculas, a universidade decidiu construir o North Hall, na qual seria 
uma residência universitária com capacidade de 410 leitos e 125.000 metros 
quadrados. Entretanto, existiam três objetivos principais: construção sem atraso, 
mínimo de interrupção possível das atividades no campus durante a execução e 
ficar dentro do orçamento planejado (RENDEIRO, acesso em 25 de maio). 
Framingham soliciou a Consigli Construction Co., Inc. para o desenvolvimento do 
projeto, esta, contou com soluções desenvolvidas pelo BIM da Autodesk, incluindo o 
Revit Architecture e Navisworks para ajudar a alcançar os objetivos da universidade. 
Entretanto, a Consigli se juntou ao projeto nas fases finais do processo, dessa forma 
precisava propor o mais rápido possíveis soluções viáveis que atendessem o prazo 
e custo estimado (RENDEIRO, acesso em 25 de maio). 
“A empresa precisou controlar pro ativamente como o projeto impactou o orçamento e ajudou 
a equipe de projeto a fazer escolhas dos materiais que não acrescentassem excesso de custo 
ou introduzisse questões de construtibilidade. Dado o pressuposto que a Framingham baseou 
algumas decisões de que o novo Hall ficasse pronto no tempo exato, o cronograma foi ainda 
mais importante para o sucesso global do orçamento do projeto.” (RENDEIRO, acesso 
em 25 de maio). 
A equipe deu inicio analisando os modelos de construção proposto pelos arquitetos 
do projeto no software Revit Architecture, dessa forma, a empresa foi capaz de 
entender rapidamente os materiais e técnicas de construção necessárias para 
realizar o projeto, focando sempre nas oportunidades de reduzir os custos e agilizar 
o processo de execução (RENDEIRO, acesso em 25 de maio). 
Originalmente o North Hall foi projetado em estrutura de blocos na forma 
convencional, porém, a Consigli conseguiu reduzir os custos optando uma estrutura 
de aço com formas pré-moldadas, dessa forma conseguiria atingir não só o objetivo 
de minimizar custo, mas também o de construtibilidade. O BIM tornou mais fácil a 
visualização e analogias nos sistemas estruturais, e a ferramenta de quantificação 
32 
 
de material ajudou a controlar as estimativas de custos das diferentes opções 
estudadas (RENDEIRO, acesso em 25 de maio). 
O objetivo de minimizar o máximo possível dos impactos, também foi realizado com 
sucesso. A empresa criou um canteiro de obra no Revit Architecture, incluindo desde 
as áreas de armazenamento de materiais até os andaimes. Dessa forma, ao 
compartilhar essa proposta com as pessoas que vivem perto do local, conseguia 
tranquilizar a todos, provando que o processo de construção não iria gerar grandes 
impactos negativos (RENDEIRO, acesso em 25 de maio). 
Howard Hobbs, o gerente de construção afirma que a Consigli cumprir com sucesso 
os desafios propostod no North Hall e entregou o prédio antes da abertura do 
semestre. Hobbs (2011) conclui enfatizando que “O processo BIM contribuiu imenso 
valor. Completamos o projeto dentro do cronograma e meio por cento do orçamento. 
O BIM ajudou a tornar isso possível, impedindo atrasos e problemas de alto custo“ 
(RENDEIRO, acesso em 25 de maio). 
A Figura 9 ilustra o resultado da execução do projeto. 
Figura 9 Framingham State University 
 
Fonte: RENDEIRO, 2018. 
A partir deste estudo de caso ficou claro a importância do uso do BIM como auxilio 
de tomada de decisões e no gerenciamento de custos e prazos. É essencial que os 
profissionais sejam capacitados para utilizar os softwares corretamente e saibam 
manusear e interpretar os recursos que a ferramenta oferece. 
33 
 
4.2 Gerenciamento da construção do Shopping Vila Velha 
 
O Shopping Vila Velha (Figura 10), um empreendimento de grande porte, hoje 
considerado o maior do estado, conta com um programa de ampla diversidade de 
lojas de pequeno, médio e grande porte, incluindo cinema e hipermercado. A 
construção foi iniciada em 2012 e o projeto conta 3 pavimentos destinado ao 
comércio e serviço, inicialmente o shopping fará uso apenas de dois, reservando o 
terceiro para uma possível expansão futura (BALBINO, 2015). 
Figura 10 Shopping Vila Velha 
 
Fonte: Shopping Vila Velha 
Para o gerenciamento foi dividido ente duas empresas, a Engineerig, responsável 
pela compatibilização, controle e execução dos projetos arquitetônicos, estruturais e 
complementares. A segunda empresa foi a Construtora MLI, responsável pelo 
gerenciamento da execução das atividades, planejamento e controle da produção, 
assim como a contratação de serviços e compra de insumos (BALBINO, 2015). 
A construtora MLI utilizou um Cronograma Físico (conforme Anexo A) detalhado do 
projeto, assim como a Curva S (conforme Anexo B) como ferramenta para o 
acompanhamento da obra. Portanto, pode-se perceber que a evolução física inicial 
da construção, que englobava a superestrutura do edifício atingiu um bom 
desempenho e seguiu conforme planejado. O cronograma mostra que a todo 
34 
 
momento o Real Acumulado, está abaixo que o Previsto Planejado, o que foi muito 
significativo e positivo nesta fase (BALBINO, 2015). 
A ferramenta mais utilizada pela equipe de planejamento foi a Estrutura Analítica de 
Projeto (EAP), pois com ela é possível realizar o detalhamento de todas as 
atividades previstas, assim como as suas precedências (BALBINO, 2015). 
Para a contratação dos serviços terceirizados todas as empresas tiverem que 
realizar o planejamento dentro das datas previstas pela contratante, porem ainda 
houveram muitos atrasados. Um dos principais itens que sofreu atraso foi a estrutura 
metálica, ou seja, o telhado e o fechamento das fachadas. Isto porque houve 
demora na contratação e elaboração dos projetos que impossibilitou que a 
gerenciadora compatibilizasse e liberasse os mesmos para a execução (BALBINO, 
2015). 
A execução do Shopping Vila Velha, começou sem o fechamento de todos os 
projetos necessários, consequentemente no canteiro de obras houveram 
interferências entre as etapas construtivas. Levando em consideração também, que 
algumas datas pré estabelecidas pelo planejamento, não foram respeitadas, 
atrasando a obra como um todo. A baixa qualidade dos projetos, assim como a 
compatibilização dos mesmos, foram os principais problemas enfrentados. A falta de 
informações para a execução geraram erros que causaram perca de material, 
ociosidade de mão de obra e tempo (BALBINO, 2015). 
Mediante as adversidades encontradas durante o processo de execução, o setor de 
planejamento elaborou novos planos para o que ainda estava pendente. Para isso, 
foi feito um levantamento de tudo que estava em atraso, através da EAP, 
estabeleceram novas metas e datas, desde o tempo que deveria ser gasto para uma 
nova elaboração de projetos, até o tempo disponibilizado para a execução dos 
serviços (BALBINO, 2015). 
A partir deste estudo de caso, fica notório o resultado desfavorável obtido quando 
não há uma boa definição de projeto dentro do prazo estipulado inicialmente pelo 
planejamento. O cumprimento de datas é essencial para o planejamento ser eficaz, 
assim como o desenvolvimento do projeto utilizando a plataforma BIM ajudaria a 
35 
 
evitar atrasos e erros no canteiro, ou até mesmo seria mais fácil ocorrer um 
replanejamento e tomar certas decisões caso houvesse necessidade. 
 
36 
 
CAPITULO 5 – DESENVOLVIMENTO DA METODOLOGIA 
 
5.1 Escolha do projeto 
 
A escolha do projeto, na qual seria o objeto usado como modelo para o 
desenvolvimento do estudo, tevea limitação de não ser complexo nem ter uma 
metragem quadrada muito grande, isto por que o foco desde o inicio é mostrar as 
funcionalidades da plataforma BIM. Portanto, o projeto escolhido foram duas 
residências habitacionais, na qual dividem o mesmo lote de 300m², no município da 
Serra, Espirito Santo. O projeto ainda está na fase de aprovação na prefeitura e 
cada casa conta com um terreno de 150m² e 62,09m² construídos. As plantas baixas 
e cortes foram disponibilizadas pelo próprio arquiteto. No Anexo C segue o projeto 
completo fornecido pelo arquiteto. 
 
5.2 Processo construtivo 
 
Ao decorrer do trabalho foi mostrado o quanto a construção civil vem sendo 
modernizada no setor de planejamento pela cobrança por produtos finais cada vez 
melhores e mais eficientes no mercado, isso porque os clientes exigem cada vez o 
mais pratico, rápido e com custo beneficio acessível. Dessa forma, o processo 
construtivo também vem mudando e agregando positivamente na modernização da 
construção. Baseado a isso, foi escolhido o sistema construtivo ICF, Insulated 
Concrete Forms, “tecnologia” (assim chamada por seus representantes) muito 
utilizada fora do Brasil, mas ainda pouco conhecida nacionalmente, na qual foi 
alinhada ao planejamento em BIM. 
O sistema construtivo ICF, são formas de Poliestireno Expandido (EPS) que são 
preenchidas por concreto armado e podem ser usados tanto para paredes de 
vedação, quanto para parede estrutural. O concreto confinado entre duas camadas 
de EPS cria uma parede com um excelente isolamento térmico e acústico. A Figura 
11 exemplifica a tecnologia. 
37 
 
Figura 11 Poliestireno Expandido 
 
Fonte: Civilização Engenharia 
As vantagens de construir utilizando a tecnologia são muitas, como por exemplo a 
facilidade e rapidez na construção, já que não precisa das camadas de reboco, 
emboço e chapisco, qualquer revestimento pode ser assentado diretamente no EPS 
com o uso de apenas argamassa colante, dessa forma, há redução de mão de obra 
e tempo, assim como reduz em até 60% no gasto com contas de energia, por ser um 
bom isolante térmico. O Poliestireno Expandido também imune à infiltração e mofo e 
da uma maior proteção contra incêndios. 
O sistema de construção pode ser feito uma analogia à “legos gigantes”, onde as 
peças de EPS são montadas e a cada duas fiadas são preenchidas com concreto, 
ou seja, blocos são montados “à seco” o que resulta em um canteiro de obra limpo e 
simplificado, com redução de pregos, madeiras, andaimes e entulhos 
(C O N ST R U C AO C I V I L P E T , 2015). A Figura 12 é uma casa sendo construída 
utilizando o sistema ICF. 
 
https://civilizacaoengenheira.wordpress.com/author/construcaocivilpet/
38 
 
Figura 12 Exemplo de construção em ICF 
 
Fonte: Civilização Engenharia 
5.3 Desenvolvimento no BIM 
 
Para chegar ao resultado final, foi preciso passar por 7 etapas que são: Seleção do 
projeto, coleta de informações, modelagem em 3D, desenvolvimento da EAP e 
atividades precedentes, quantificação, levantamento de custos e por fim o 
planejamento 4D e 5D. 
1º Passo – Seleção de um projeto real 
Foi selecionado um projeto residencial, suja o lote foi divido para a construção de 
duas casas iguais, onde totalizam 124,16m² construídos. O projeto ainda está em 
fase de aprovação, não foi desenvolvido nenhum tipo de modelagem, sendo 
disponibilizado, pelo próprio arquiteto autor do projeto, apenas as plantas baixas no 
software Autocad. A Tabela 4 mostra os compartimentos do projeto. 
 
 
 
 
39 
 
Tabela 4 Compartimentos do projeto 
COMPARTIMENTOS 
CASA 1 2 
Varanda 01 01 
Sala 01 01 
Cozinha 01 01 
Quarto 02 02 
Banheiro 01 01 
Área de serviço 01 01 
Fonte: Autoria própria 
2º Passo – Coletar as informações necessárias 
Foi necessário reunir todos os dados e informações necessárias para a modelagem 
do elemento em 3D, assim como as devidas configurações (espessuras, m² e 
materiais) para posteriormente a criação correta do planejamento 4D e 5D. 
A testada frontal e dos fundos medem 12,5m e as duas laterais medem 24m. Ao 
dividir o lote no meio, conforme o projeto, cada casa conta com terreno de 150m², 
com 62,09m² construído. A Figura 13 mostra os compartimentos devidamente 
distribuídos dentro do lote: 
Figura 13 Planta baixa projeto 
 
Fonte: Autoria Própria 
40 
 
Para informações mais detalhadas, a planta baixa disponibilizada pelo arquiteto, 
consta no Anexo C. 
Foi importante definir todo o processo construtivo (Tabela 5), juntamente com os 
materiais utilizados para revestimento, antes mesmo de começar a execução do 
modelo 3D, isto porque todo o projeto precisa estar configurado de acordo com as 
características construtivas. 
Tabela 5 Processo construtivo 
 
FUNDAÇÃO 
Radier, com espessura de 10cm, concreto usinado 
bombeável, classe de resistência c30, com brita 0 e 1, 
slump = 100 +/- 20 mm. 
 
PAREDES 
Bloco de poliestireno expandido 60x40cm, barra de aço ca-
50, ø6,3mm, argamassa usinada polimix slump >20cm. 
 
LAJE 
Laje com espessura de 8cm, concreto usinado bombeavel, 
classe de resistencia c20, com brita 0 e 1, slump = 190 +/- 
20 mm. 
 
TELHADO 
Telhamento com telha cerâmica de encaixe, tipo 
portuguesa, com 4 águas cada casa, trama de madeira 
composta por ripas, caibros e terças. 
 
REVESTIMENTO 
PISOS 
Argamassa colante AC I para cerâmicas, revestimento 
cerâmico para piso com placas tipo esmaltada extra de 
dimensões 60x60cm. 
 
REVESTIMENTO 
PAREDES 
Argamassa colante AC I, revestimento cerâmico para 
paredes internas com placas tipo esmaltada padrão popular 
de dimensões 20x20 cm. Aplicação de gesso sarrafeado, 
assim como o emassamento e lixamento, aonde for pintura. 
 
REVESTIMENTO TETO 
Aplicação de gesso desempenado em todo o teto, assim 
como o emassamento e lixamento, para receber a pintura. 
Fonte: Autoria própria 
 
 
3º Passo – Fazer a modelagem em 3D 
41 
 
Para esta etapa, o software escolhido para a modelagem do objetivo foi o Revit 
Architecture 2018, a escolha foi baseada primeiramente nas habilidades e 
familiaridade com o programa e também por ser de fácil acesso, devido ao fato de 
ser da Autodesk. 
Nesta fase, foi de extrema importância que todas as especificações do projeto 
fossem seguidas corretamente, pois essas configurações que dão os quantificativos 
mais próximos do real possíveis. Desta forma, teve que ser respeitada a altura de pé 
direto, metragem quadrada, definição de paredes que receberiam acabamento em 
gesso e as que receberiam revestimento cerâmico, áreas molhadas e áreas secas 
(cerâmicas diferentes), tamanhos de esquadrias e modelagem correta dos telhados. 
4º Passo – Desenvolvimento da EAP e das Relações de Precedência 
Para o desenvolvimento desta etapa, foi utilizado o Microsoft Excel, por questão de 
melhor habilidade, mas poderia ter sido o Microsoft Project sem nenhuma 
interferência, já que o Naviswork é compatível com qualquer um destes. 
O objetivo do trabalho é focar nas principais etapas da obra, desta forma, a EAP foi 
desenvolvida de forma simplificada, não incluindo em detalhes todas as fases de 
execução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A Figura 14 é a EAP criada: 
42 
 
Figura 14 EAP 
 
Fonte: Autoria própria 
Com base na EAP realizada, foi preciso estabelecer as relações de precedências 
entre as atividades, assim como mostra a Figura 15, para isso se fez necessário 
identificar todas as atividades desenvolvidas na obra e com base na tabela do 
Sinapi, estimar o tempo de duração de cada uma. 
Figura 15 Relações de precedência 
 
Fonte: Autoria própria 
5º Passo – Quantificação 
43 
 
Para o desenvolvimento desta etapa, foi levado em consideração somente os custos 
diretos dos serviços, custos indiretos como, por exemplo, engenheiro, consumo de 
água e energia dentre outros, assim como o BDI não foram considerados. 
O software Revit Architecture oferece um recurso

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