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Soluções de Mecânica Anaĺıtica (Nivaldo A. Lemos) 4 Problema 1.3. Solução: Para um pêndulo esférico, convém utilizarmos as coordenadas esféricas θ e ϕ como coordenadas generalizadas. Definindo a origem no apoio fixo do pêndulo e o eixo z para baixo (tal que a posição de equiĺıbrio estável seja em θ = 0), temos x = l sin θ cosϕ y = l sin θ sinϕ z = l cos θ (27) ẋ = l(θ̇ cos θ cosϕ− ϕ̇ sin θ sinϕ) ẏ = l(θ̇ cos θ sinϕ+ ϕ̇ sin θ cosϕ) ż = −lθ̇ sin θ (28) ⇒ T = m 2 (ẋ2 + ẏ2 + ż2) = m 2 (l2θ̇2 + l2ϕ̇2 sin2 θ) . (29) Definindo o zero do potencial gravitacional no plano z = 0, V = −mgz = −mgl cos θ (30) L = ml2 2 (θ̇2 + ϕ̇2 sin2 θ) +mgl cos θ . (31) As equações de Lagrange para o pêndulo esférico são ml2θ̈ −ml2ϕ̇2 sin θ cos θ +mgl sin θ = 0⇒ θ̈ − ( ϕ̇2 cos θ − g l ) sin θ = 0 (32) para θ e d dt (ml2ϕ̇ sin2 θ) = 0⇒ ϕ̈ sin2 θ + 2ϕ̇θ̇ sin θ cos θ = 0 (33) para ϕ. Note que a primeira parte de (33) implica que a componente z do momento angular, Lz = xpy − ypx = ml2ϕ̇ sin2 θ (34) é conservada. Por fim, para conferir nossos resultados, podemos considerar o caso partic- ular quando ϕ̇ = 0. Nesse caso, a (32) se torna θ̈ + g l sin θ = 0 (35) que é a equação para o pêndulo num plano, conforme o esperado. 4 Antonio Capanema
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