Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 1 Unidade I: · Conceito de Contrato: · Apresenta um sentido de acordo vinculativo. · Sinônimo de convenção, acordo, pacto. · Conceito: é um acordo vinculativo entre duas pessoas emanado de declarações recíprocas (bilateral ou plurilateral), com a finalidade de adquirir, resguardar, transferir, conservar ou extinguir direitos em conformidade com a lei. · É um acordo vinculativo por causa do consensualismo. · É bilateral devido a manifestações de vontades. · Todos os contratos geram obrigações e são negócios jurídicos. · Legislação: · Há o Código Civil: em relações com particulares. · É o código de Defesa do Consumidor: relação consumerista. · Principiologia: · Consensualismo: somente há o contrato se tiver mútuo acordo entre as partes (para contratar, as pessoas devem ser agente capaz). · Supremacia da Ordem Jurídica/ Dirigismo Contratual: intervenção do Estado nas relações contratuais entre particulares. Aula 2 · Principiologia: · Autonomia: a liberdade para fazer as coisas (liberdade de auto governamento). · Da vontade: (autonomia de todos os indivíduos) autonomia de escolha. · No contrato, essas escolhas apresentam limites (há regras, como, por exemplo, não se pode fazer um contrato com um menor). · Privada: a autonomia pode ser encarada por três pontos: 1) escolher se contrata ou não; 2) escolher com quem contratar; 3) escolher o conteúdo do contrato. · Os limites do contrato é a autonomia privada. · Uma das limitações é a função social (que é o próprio auto regramento do Estado). · A autonomia privada está dentro dos limites (deve está dentro dos limites da lei). · Um dos limites da autonomia que é imposta pela lei são os vícios redibitórios. · A autonomia é limitada pelo princípio da supremacia (a ordem jurídica determina que deva observar o os limites impostos pela lei). · Obrigatoriedade de: uma vez realizado o contrato, as partes apresentam deveres e obrigações. · Ocorre quando os sujeitos contratantes se obrigam a cumprir os exatos termos do acordo firmado, também chamado de princípio da intangibilidade (força vinculante do contrato). · Boa fé: forma na qual os contratos devem ser regulados (Art. 422). · A boa fé, no direito brasileiro, deve ser encarada de maneira objetiva, sem observar a convicção do indivíduo contratante, mas sim, como uma conduta de comportamento socialmente relevante. · Subjetiva: é a intenção interna (estado psicológico). · Objetiva: conduta externada pelo agente. · Boa fé utilizada para realizar os contratos (boa fé do homem probo/médio). · A boa fé é analisada em situações específicas. · Supressio: constitui um princípio contratual novo no qual o indivíduo perde direitos, ou seja, indica ◦ a possibilidade da perda de uma obrigação contratual em que o não exercício do direito pelo credor gera no devedor a expectativa que o não exercício se prorrogará no tempo. · Exemplo: Resp. 953384/SP e o 120251.4/RS. · Surrectio: ocorre com fato de que o exercício reiterado de uma situação jurídica de forma diferente no contrato passa a surgir um direito subjetivo. · Venere contra facto proprium: significa comportamento contraditório. Ele ocorre quando o contratante, no desenvolvimento do contrato, age de formas distintas das relações jurídicas pactuadas. · Ocorre tanto na expetativa do direto quando na não expectativa. · Complementa o princípio do surrectio e supressio. · É uma extensão da boa fé nos contratos. · É uma conduta baseada na confiança (um complemento). · Tu toque: também chamado "Até tu Brutus" e refere-se na seguinte situação: "aquele que descumpriu norma legal ou contratual, atingindo com isso determinada posição jurídica não pode exigir do outro o cumprimento do preceito que por ele próprio já descumprira" · Comportamento que gera nos contratantes questões impensáveis (aparece em contratos empresariais. Exemplo: contrato de trespasse). · Exemplo: Apelação nº 70059105403 TJ do Rio Grande do Sul e Resp. 296064 do RJ. · Relatividade dos efeitos: de regra, o contrato produz efeito somente entre as partes contratantes. · Função social: refere-se a projeção dos efeitos na esfera da realização econômica. · Visa à realização de riquezas. · Obs: os princípios devem ser analisados casuísticamente. Aula 3 · Revisão da aula anterior: · Princípio da Autonomia: as partes têm a liberdade de escolher. · Ao realizar a escolha, as partes firmam um consenso, sendo este consenso o próprio acordo de vontades. · Do acordo de vontade, surge regras jurídicas próprias e específicas para cada um dos contratantes. Esta obrigatoriedade, no contrato, perde sua caraterística quando há uma intervenção judicial ou quando as partes assim o desejam. · Os efeitos nos contatos são relativos às partes que o fizeram, exceto, nos casos em o contrato permite uma estipulação em favor de terceiro. · Estes princípios, na formulação do contrato devem ser evidentes em respeito às normas congente. · Elementos de validade dos negócios: · Agente capaz. · Objeto lícito, possível e determinado. · Forma prescrita em lei. · Manifestação de vontade. · Obs: nem todo negócio é um contrato(pois, existem negócios jurídicos em que há apenas manifestação de vontade - ex: testamento), mas, todo contrato é um negócio. Todo negócio jurídico bilateral é um contrato. · Requisitos do Contrato: · Subjetivo: quanto ao comportamento do sujeito. · O sujeito deve ter uma capacidade genérica (que alcançada com a maioridade ou com a emancipação). · Absolutamente incapaz é o menor de 16 anos (para fazer contrato, necessita ser representado). · Os relativamente incapazes são: maiores de 16 e menores de 18; os ébrios e viciados; aqueles que não podem expressar a sua vontade; os pródigos. · Aptidão específica: legitimidade para praticar os atos. · Consentimento: deve ser livre e consciente (não pode ter erro, dolo, coação). · Não pode estar viciado. · O consentimento deve ocorrer: no tipo de contrato, no objeto do contrato e com quem realiza o contrato. · Vinculado ao princípio da autonomia privada. · Objetivo: vinculado ao objeto do contrato. Este objeto deve ser: · Lícito: não pode ser contrária a lei, aos bons costumes e a moral. A licitude envolve o objeto imediato (obrigação de dar, fazer ou não fazer) e mediato (a entrega da coisa). · Possível: possibilidade física e jurídica do negócio. · Não se pode realizar o pacto de corvina: contrato de alienação de pessoa viva (negociar o direito de herança de uma pessoa viva). · Determinado/ Determinável. · Valor econômico. · Formal: modo como é expresso a nossa vontade. · O contrato também poderá ocorrer de forma tácita (o silêncio também é uma forma de realizar um contrato. Ex: renovação de aluguel). · Livre: os contratos podem seguir a forma livre no que se refere à escolha do contratante (verbal, escrito, por gestos →Art. 107). · Escrita: que pode ser especial ou solene (revestido de escritura pública). · Pode ser realizado mediante contrato ou escritura pública. · Única: somente escritura. · Plural: quando permitir duas ou mais formas escritas (escritura pública ou instrumento particular) → Art. 108. · Ex: Transação; fundação. · Convencional: quando as partes inserem no contrato a determinação dele ser a substância do ato (fazer o contrato valer como documento de escritura pública) → Art. 109. · Classificação dos Contratos: · Quanto à quantidade de obrigações (vínculo obrigacional): · Unilateral: a obrigação é somente de um dos lados (não há contra prestação). Ex: doação. · Bilateral: existe a prestação e contra prestação (duas vontades contrapostas). Ex: compra e venda. · Plurilateral: há diversas pessoas que manifestam a sua vontade para um fim comum. · Ex: criação de uma sociedade. Aula 4 Classificação dos Contratos: Contituação · Quanto à onerosidade: · Gratuito: não haverá dispêndio de customizar um dos sujeitos (não há onerosidade por parte dos contratantes). · Ex: doação, comodato, empréstimo. · Oneroso: há uma prestação e uma contraprestação entre as partes. Ambos os sujeitos contratantes irão aferirvantagens (duplicidade de custo para os envolvidos). · Ex: compra e venda. · Obs: Bifronte - o contrato permite dois comportamentos alternativos: ou o contrato vai ser oneroso ou fazer esse contrato virar gratuito. · Obs 2: Não há contratos neutros, mas sim, contratos que irão gerar obrigações recíprocas ou obrigações a uma parte. · Quanto ao Risco: · Comutativo: equilíbrio entre as prestações (que deve ocorrer no momento da celebração do contrato). · Não há risco (apenas o risco do fortuito). · O risco deve ser preexistente, pois, se ele for depois de celebrado o contrato, ele estará sujeito à teoria da imprevisão. · Não depende de um fato futuro. · Aleatório: realiza o contrato esperando que algo aconteça (depende de um fato futuro imprevisível). · Os contratos aleatórios estão ligados à uma concepção de risco. · Quanto a Formatação: · Partidário: os contratantes criam o contrato em conjunto. · Adesão: o contrato é criado por uma das partes e outro contratante somente adere (o contrato já "vem pronto"). Uma das partes impõe às regras jurídicas a outra. · Se houver uma cláusula contra a lei, esta cláusula será considerada nula. · Formulário: é um contrato que não construído por nenhuma das partes, mas sim, criado por um terceiro que não participa deste contrato (desvinculado). · Quanto à Pessoalidade: · Pessoais: quando a parte contratante for fundamental para que o contrato exista. · Direciona o contrato para determinadas pessoas. · Encontra-se isso na forma de extinção do contrato (Ex: o contrato se extingue quando ocorrer à morte de um dos contratantes). · Ex: Mandato. · Impessoais: quando a parte contratante não for fundamental para que o contrato exista. · Ex: Compra e venda. · Quanto ao Tipo: · Típico: é aquele em que as regras estão pré-fixadas em lei. · Atípico: é aquele que não há previsão para o tipo contratual (não há previsão em lei) → Art. 425. · Ex: Contrato de locação de Shopping, contrato de opção. · Quanto ao Nome: · Nominal: há o nome do contrato em lei. · Inominado: não há o nome do contrato em lei. · Ex: Contrato de Trespasse (é um contrato de alienação). · Quanto a Forma: · Solene: o contrato deve seguir as formas estabelecidas em lei. · Não Solene: o contrato apresenta uma forma livre. · Em regra, os contratos são não solenes. · Quanto a Efetividade: · Consensual: basta o acordo de vontades para que o contrato surja efeitos. · Real: é aquele em que necessita do acordo de vontades + a tradição (deve ter a efetiva entrega do objeto). · Quanto a Execução: · Instantâneo · À prazo: · Deferida: também chamado de "execução retardada", são aqueles que devem ser cumpridos em um só ato, mas, em momento futuro. · Ex: compra e venda em prestações (termo, condição). · Trato Sucessivo: são contratos em que adimplemento se dá por atos reiterados. · Ex: locação. · Quanto à natureza: · Civil: aquele contrato celebrado entre pessoas particulares que não são empresárias (estão em igualdade nos cumprimentos das obrigações). · Empresarial: aquele em que pelo menos um dos lados de ter um empresário e que este sujeito não poderá ser nem consumidor ou fornecedor (é um intermediário). · Consumidor: deve ter um fornecedor de um lado e um consumidor do outro (não importa se a pessoa é física ou jurídica). · Administrativo: quando tiver uma pessoa de direito público. Aula 5 Interpretação: · Conceito: é dar o sentido ao contrato quando existir expressões dúbias ou mesmo contraditórias, ou seja, interpretar e pesquisar o sentido e o alcance das cláusulas contratuais. · Significa conhecer o conteúdo de algo. · Linhas de Interpretação: · Subjetiva: ao analisar um contrato pela perspectiva subjetiva deve o intérprete pesquisar, investigar o sentido da efetiva vontade do declarante. Por essa linha, a vontade real pode e deve ser investigada por todos os meios, elementos e circunstâncias que possam elucidar a lacuna ou a interpretação do contrato. · Busca a vontade do declarante (mesmo que contrarie aquilo que ele expressou no contrato). · O direito brasileiro não leva em consideração a reserva mental. · A importância é o que a pessoa pensa e não o que está escrito. · Objetiva: o intérprete, nas lacunas do contrato, não irá se preocupar em investigar a vontade do declarante. · Visa analisar o contrato escrito (interpretação gramatical/literal). · Eclética: a interpretação de um contrato deverá se preocupar com uma visão híbrida das duas linhas de interpretação tendo em vista que o Código Civil determina que: "nas declarações de vontade se atenderá mais a intenção nelas consubstanciada do que o sentido literal da linguagem" → Art. 112 · Teoria adotada no Brasil. · Para analisar uma norma deve-se observar a intenção do sujeito e o que ele quis dizer no contrato, o contrato, a boa-fé e os costumes. · Arts. 113 (deve-se observar a boa fé) e 114 (os negócios gratuitos devem ser interpretados de forma restritiva). · Funções: nos contratos escritos a interpretação deve primar pela análise do texto que conduz a descoberta da intenção das partes. · Tipos: · Declaratória: visa descobrir a intenção comum dos contratantes no momento da celebração do contrato. · Busca preencher/entender o sentido do contrato. · Integrativa/Construtiva: visa ao aproveitamento do contrato com intuito de suprimir as lacunas e as omissões. · Obs: se uma cláusula contratual permitir duas interpretações distintas prevalecerá a que possa produzir algum efeito. · Obs 2: na dúvida os contratos interpretam-se contra o estipulante (aquele que propôs a causa) visto que o erro de formulação deve ser imputado ao credor. · Enunciados da Jornada de Direito Civil: · 1º jornada: 17, 21 a 27. · 3º jornada: 168 a 170 e 175. · 4º jornada: 360 a 363. · 5º jornada: 409, 412, 431, 432, 439 e 440. Aula 6 Formação dos Contratos: · Negociações Preliminares: são tratativas; comentários e observações acerca de nossa vontade (é um pré contrato). · Não chega a ser um contrato. · Não estão previstas no Código Civil. · As negociações preliminares, em regra, não obrigam os contratantes (mas, se essa negociação preliminar ganhar um relevo, de forma que um dos contratantes deixe de fazer outro contrato porque tem a perspectiva de fazer com ou outro contratante, poderá gerar um direito à indenização). · Conceito: as partes, ao iniciar as tratativas de um negocio jurídico de forma incipiente, não vinculam entre si → Art. 186. · A pessoa começa a ter responsabilidade quando imputa uma vontade à outra (mesmo sem ter realizado a proposta). · Oferta/Proposta/Policitação/Oblação: a proposta deve conter todos os elementos essenciais do negócio jurídico proposto, como por exemplo: preço, quantidade, qualidade, forma de pagamento e prazo de entrega. · As propostas podem ser diretas (direciona para pessoas específicas) ou podem ser vinculadas ao público (direcionada para todas as pessoas). · A proposta vincula o ofertante. · Tem natureza de um negócio jurídico receptivo, pois, o indivíduo recebe informações da proposta (dá conhecimento a parte). · Ex: Art. 482 → contrato de compra e venda (é necessário estar expresso o preço e o objeto). · Vinculação da Oferta: o ofertante ou o proponente se obriga nos limite da sua proposta, salvo, se o contrato ou a circunstâncias do caso trouxer outras informações. · O incapaz deve informar de que não há plenitude de capacidade. · A morte não gera incapacidade, salvo, quando o negocio for personalíssimo. · Proposta não Obrigatória (ou não vinculante): a oferta não obriga o proponente se contiver cláusula expressa a respeito → Art. 428. · Situações em que o ofertante não se obriga a fazer o negócio: · Ex. 1: Quando o próprio proponente declara que não é definitiva a oferta e se reserva o direito de se retirar (a oferta não vale como proposta). · Quando proposta não obriga proponente em razão da natureza do negócio. · Ex. 2: Quando o produto é limitada ao estoque. · Quando o proponente não se vincula em razão das circunstâncias do caso: · 1º hipótese: Art. 428, I. · 2º hipótese: a ofertaenviada por correspondência ou por corretor a pessoa ausente → caso em que o sujeito está incomunicável (deve ter prazo necessário para a carta chegar). · 3º hipótese: ocorre se a oferta chegar conjuntamente com outra oferta ao seu destino ou se uma segunda oferta chegar antes da primeira. · O que ocorre quando duas propostas: · Chegam ao mesmo tempo? Vale a segunda proposta. · A 2º proposta chega primeiro que a 1º proposta? Vale a segunda proposta. · A 1º proposta chega primeiro que a 2º proposta? Vale a primeira proposta. · De regra, vale a proposta que chegar primeiro. Aula 7 · Aceitação: é a concordância nos exatos termos da oferta. · Ao realizar a oferta, ele deve chegar a conhecimento da outra parte e, ao chegar a conhecimento, a outra parte irá dar a sua posição. Se a pessoa concordar com tudo e expedir a resposta estará vinculado à esta oferta (independente de chegar ao conhecimento da outra parte). · Se uma pessoa aceitar em parte a oferta não haverá a aceitação, mas sim, uma nova oferta (ao mudar algo na oferta ela não será considerada aceitação - contra proposta). · Quando há certeza de que aceitação foi realizada? · Teoria da Declaração por Informação: que significa que a aceitação será a confirmação do negócio no momento em que o sujeito escreve. · Não é aceita no direito brasileiro, pois, o ofertante não tem conhecimento da informação. · Teoria da Declaração por Agnição: não há um conceito uniforme, ela se divide em três princípios. · Declaração Propriamente Dita: refere-se ao momento final da redação da aceitação. · O que difere está teoria da teoria da declaração é que na anterior teoria há de analisar o subjetivismo do indivíduo. Nesta teoria o sujeito se obriga por aquilo que ele escreveu (pouco importando o que a pessoa pensava no momento em que realizou o contrato). · Expedição: o aceitante deve além de redigir a sua concordância do contrato envia-la. · Não basta somente escrever o acordo, deve envia-la ao destinatário. · Teoria adotada no Brasil. · Art. 433: Regra - ao expedir e encaminhar a proposta a pessoa já se obriga pelo acordo que fez. · A oferta se vincula a partir do momento em que é expedida, mas, ela deve chegar ao conhecimento da outra parte (visto que é um negócio jurídico unilateral receptivo). · Exceção ao direito de retratação: Art. 434 do CC. · A aceitação em ausentes deve ser encaminhada a informação para que chegue ao outrem (não importando se o outro conhece a expedição). · Recepção: o documento de aceitação deve ser redigido, enviado, recebido e lido pelo receptor. · Obs: a aceitação poderá ser verbal ou expressa. · Obs 2: inexistência de força vinculante da aceitação (Art. 430 e 433 do CC). · A) Se a aceitação for enviado mas, chegar tarde ao conhecimento do ofertante não terá caráter vinculativo (fatos imprevistos) - Art. 430. · B) Direito de Retratação: se a aceitação for expedida e logo após for feito uma retratação. Se a retratação chegar junto ou antes da aceitação não haverá contrato. · Lugar da Celebração/Aceitação/ Conclusão do Contrato: Art. 435. Ocorre no lugar onde o contrato foi proposto. · Da estipulação em Favor de Terceiro: · Ao realizar um contrato, as partes contratantes estão vinculadas a esse contrato em decorrência do Princípio da Relatividade dos Contratos (que, de regra, os efeitos do contrato atinge somente os contratantes). · Mas, o Código Civil abrange casos em que os efeitos do contrato não atinge somente as partes vinculadas ao contrato, pois, ora o terceiro irá receber o benefício ora porque este sujeito irá se obrigar (apesar de não assinar). · Conceito: ocorre quando dois indivíduos celebram um contrato e estipula que um terceiro será beneficiado. A capacidade de celebração de contrato será exigida apenas do estipulante e do promitente. O beneficiário pode ser incapaz, assim uma pessoa convenciona com outra que concederá uma vantagem ou benefício em favor de terceiro (que não é contratante) - Arts. 436 a 438. · O beneficiário não é parte direta no contrato, é somente um sujeito que irá se beneficiar do contrato. · Regras Legais: · Não se admite, na estipulação de terceiro, seguro de vida em favor da amante. · O estipulante pode substituir o terceiro designado no contrato independente da anuência do contratante e do beneficiado. · O beneficiado pode executar o contrato se houver previsão no pacto. · Da promessa de Fato de Terceiro: Arts. 439 e 440. · Conceito: Ocorre quando um dos contratantes promete que um terceiro irá realizar a obrigação. · Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos quando este não executar a obrigação. · É diferente da figura do contrato de mandato, pois, no mandato há uma ideia de representação (o que não ocorre na promessa de fato). · Regras Legais: · Na promessa de fato de terceiro haverá responsabilidade por perdas e danos quando não acontecer o prometido. · Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado faltar a prestação. · Vícios Rebiditórios: · Conceito: são os defeitos no objeto e não são perceptíveis para a pessoa comum (e não na vontade, que são vícios de consentimento). Aula 8 Vícios Redibitórios: · Conceito: são defeitos ou vícios ocultos em coisa recebida em virtude de contrato bilateral, comutativo e oneroso desde que o objeto não possa servir para uso que se destina ou que tenha ocorrido a diminuição de seu valor (deve ser um defeito de valor comensurável) → Art. 441 do CC. · A doação modal também é passível de vícios redibitórios (contrato em que uma pessoa tem um encargo). · Defeito aparente não cabe para este instituto. · Os vícios redibitórios estão relacionados a defeitos nos objetos. · É um problema no objeto, cujo defeito existia de forma pré-existente (antes de realizar o contrato). · Diferença entre Vícios Redibitórios e os Vícios de Vontade: · Vícios Redibitórios: é um problema no objeto (estão inseridos no plano da eficácia). · Vícios de Vontade: é um problema no sujeito (estão inseridos no plano da validade). · Requisitos: · Que o contrato seja bilateral, comutativo e oneroso (Exceção: nos casos de doação com encargo também). · O defeito deve ser oculto e não aparente. · O defeito deve ser pré-existente ao contrato. · O defeito seja desconhecido do contratante. · O defeito deve ser grave de forma a prejudicar o uso da coisa ou que possa diminuir o seu valor. · Ações Edilícias (Art. 442): estão vinculadas ao objeto. · Quanti minores = Etimatória: tem a finalidade de abater o preço. · Redibitória = tem finalidade de devolução do objeto (rejeita). · Obs: caso o defeito decorra do uso normal do objeto, não caberá qualquer tipo de ação edilícia. · Se o alienante agiu de boa na venda restituirá o valor recebido + despesas do contrato. · No entanto, se agiu de má fé, restituirá o que recebeu + perdas e danos. · Prazo: Art. 445 · Móvel: que descola de um lugar para o outro com ajuda do homem sem a sua perda de finalidade (+ os animais) · 30 dias = fácil contestação. · 180 dias = difícil contestação. · Imóvel = 1 ano · Obs: esses prazos são decadenciais. · Os prazos para a propositura das ações edilícias podem ser aumentados, mas nunca diminuídos. Se o defeito aparecer dentro do prazo legal o adquirente é obrigado a denunciar o defeito sob pena de decadência do direito → Interpretação do STJ. · Exceções: Art. 445, parágrafo 1. · A) Venda de máquinas sujeita a experimentação → Aqui o início do prazo não se dará da tradição, mas sim, do perfeito funcionamento é utilização. · B) Vícios Redibitórios nos Animais → Conta-se da manifestação dos sintomas da doença de que é portador até no prazo de 180 dias. · Hipóteses de não cabimento: · No caso de coisas vendidas conjuntamente: Art. 503 do CC. · A entrega de coisa diversa do contratado: · Inadimplemento contratual por perdas e danos (e, portanto, não cabendo os vícios redibitórios). · Erro na qualidade da coisa (essencial): Art. 139, inciso I. · Gera anulação do negócio jurídico. · Coisa vendida em hasta pública:· Não está positivado no Código, há divergência doutrinária e jurisprudencial. Aula 9 Evicção: Art. 447 · Conceito: é a perda da coisa em virtude de uma sentença judicial que atribui a outrem por causa jurídica preexistente ao contrato. · É um vício sobre a propriedade ou posse do objeto. · A (alienante) vende um imóvel a B (adquirente/evicto). Posteriormente, aparece um 3º (evictor) reivindicando a posse desse imóvel. · B sofre uma ação processual reivindicatória movida pelo 3º e, caso ele perca a ação, a compra que B realizou com A foi irregular, cabendo a B um ressarcimento/restituição dos valores. · A evicção é a garantia ao sujeito de se ver ressarcido de um objeto a partir do momento em que ele o perde por determinação legal. · Sujeitos: · Alienante: é aquele sujeito que vende o objeto e responde pelos riscos da evicção. · Evicto: é o adquire da coisa é ao mesmo tempo o vencido na demanda promovida pelo 3º. · Evictor: é o 3º que propõe a ação reivindicatória e o vencedor. · Extensão: Os contratantes podem por cláusula expressa aumentar a garantia da extensão (reforçar), diminuir ou mesmo excluir (quando a parte resolve se excluir sua responsabilidade em caso de evicção, deverá informar a outra parte contratante do risco deste fato - não basta somente escrever) → Art. 448. · Requisitos: · Perda Total ou Parcial da Propriedade. · Obs: Perda parcial = 50% + 1 (possibilidade de indenização ou rescisão do contrato) ou que a perda de parte deste objeto seja fundamental para a serventia da coisa. · Se a perda for parcial gera evicção, se a perda for menor, terá direito à indenização. · Onerosidade do Contrato · Obs: Aplica-se também as doações com encargo (doação modal). · Ignorância da existência pelo adquirente da litigiosidade da coisa. · Obs: Litigiosidade não significa que necessariamente haja o processo. · Que ocorra, em regra, a denunciação a lide (é uma faculdade do evictor/adquirente). · Anterioridade do Direito do Evictor. · Verbas: Art. 450 · Pagamento do preço (devolução). · As custas e os honorários advocatícios. · Indenização pelos prejuízos e despesas de contrato. · Indenização dos frutos que for obrigado a restituir. · Obs: Caso um 3º prove a posse de um imóvel por usucapião (posse que ocorreu após a venda do imóvel) B não poderá pedir evicção, pois, a causa que gerou o direito do 3º é posterior à aquisição. · Resp. 248423 MG Relator Ministro Eduardo Ribeiro: "perdida a propriedade do bem, o evicto há de ser indenizado com a importância que lhe propiciem adquirir outro equivalente. Não constitui reparação completa a simples devolução do que foi pago mesmo com a correção monetária". · Evicção Parcial: Art. 455 · Ocorre quando o evicto perde apenas parte ou fração da coisa em virtude de contrato oneroso desde que seja considerado. Contrato Aleatório: Arts. 458 a 461. · Conceito: são aqueles em que a prestação ou a contra prestação estão inseridos em um risco, ou seja, é um contrato bilateral e oneroso em que pelo menos um dos contratantes não pode antever a vantagem que receberá em troca da prestação fornecida. · Aqueles contratos inseridos no risco (ex: contratos de seguros). · Espécie: · Natureza: são aqueles decorrentes da imposição legal como no contrato de seguros (não dependem de cláusulas contratuais, mas, a própria lei o determina). · Incidentalmente Aleatório: as partes, no momento em que celebram o contrato, irão inserir cláusulas que transformam, conforme a certeza do objeto, se haverá ou não o risco. · Vendas Futuras · Emptio Spei: também chamando de "venda da esperança"; neste caso o contrato de compra e venda ficará com uma probabilidade de as coisas existirem (existência da coisa) → Art. 458. · Emptio Rei Sperata: conhecida como "venda da coisa esperada"; refere-se à estipulação em contrato da compra de determinado bem em quantidade maior ou menor da coisa esperada. Se a coisa não existir, o contrato fica nulo → Art. 459 (culpa lato sensu). · Ex: a pessoa compra os peixes que vierem na rede. · Venda de Coisa Existente, mas exposta a risco. · Ideia de comprar uma mercadoria e assumir o risco da mercadoria ser entregue ou não em virtude do transporte. Aula 10 Contrato Preliminar: · Também é conhecido como promessa de contrato. · Segundo a legislação, ele deve obedecer a mesma forma que o contrato principal, exato na forma. · Exemplo deste contrato: a relação jurídica de aquisição de imóvel. · No contrato preliminar, uma vez concluído, tem as mesmas caraterísticas de força da obrigatoriedade. · Se as partes resolve não cumprirem com a obrigação, a pessoa prejudicada poderá exercer o direito de cumprimento/adimplemento judicial do contrato. · Conceito: é a relação negocial em que as partes se obrigam no futuro a celebrar contrato definitivo. · Obs 1: O contrato de compromisso de compra e venda por força das regras contratuais e dos direitos reais devem estar registrado no registro de imóveis. Contudo, a doutrina vem afirmando que o contrato de promessa de permuta de imóveis é passível de registro, como fator de eficácia perante terceiros (Enunciado 435 e Enunciado n. 30 da Jornada de Direito Civil) → Art. 1.417. · Obs 2: Se ao final da estipulação do prazo do contrato definitivo uma das partes não adimplir a sua obrigação poderá o juiz suprir a não assinatura do inadimplente → Art. 464. · Contrato preliminar obriga as partes, já a negociação preliminar não obriga! · Regras Legais: Arts. 462 a 466. · A forma é dispensada, mas, o contrato preliminar deve conter os requisitos mínimos do contrato definitivo. Ocorrendo o termo do contrato e, a parte não cumprido a sua obrigação, pode ser requerida ao judiciário o suprimento da vontade do inadimplente. · Caso o sujeito de comum acordo não assina a escritura há como ajuizar a "ação de adjudicação compulsória" → Decreto 58/37. · Nas obrigações unilaterais deverá manifestar na forma do Art. 466. · Em resumo, o contrato de promessa tem que obedece os mesmos requisitos (exceto a forma); que as partes devem cumprir ao final do prazo o contrato e se não cumprir pode ser requerido ao juiz e, assim, podendo o juiz suprir a sua assinatura (realizado pode meio de uma ação chamada de ação de adjudicação compulsória). Contrato a Pessoa Declarar: · Refere-se a quebra dos paradigmas da relatividade (de que no contrato, somente as partes vinculadas sofrerão os efeitos). · Ideia de que um terceiro celebra um contrato em seu nome, mas, para que a obrigação seja cumprida por outra bem como ser beneficiário dela. · O terceiro não é o representante. · É diferente da estipulação em favor de terceiro (cujo terceiro somente terá benefício). · É diferente da promessa de terceiro (cuja pessoa somente terá a obrigação). · É diferente do contrato de representação (o sujeito contratante não fala em nome próprio, mas, de terceiro). · Conceito: nesse contrato o real comprador, que é detentor de direitos e deveres, será uma pessoa oculta que será revelada em momento posterior ao contrato, ou seja, nesse contrato um dos contratantes reserva-se o direito de indicar outra pessoa para, em seu lugar, adquirir direitos e assumir obrigações dele decorrentes no prazo de 5 dias, salvo, outro prazo não estipulado. · Sujeitos: · Promitente: que assume o compromisso de reconhecer o eligendo. · Estipulante: pactua em seu favor a cláusula de substituição. · Electus: que será o eleito (somente se torna electus quando aceita o acordo). · Diferenças: · Contrato a Pessoa Declarar x Contrato de Mandato: no contrato de mandato o terceiro representa a vontade de um dos contratantes. · Promessa de Fato de Terceiro x Contrato a Pessoa Declarar: na promessa de fato de terceiro a obrigação tão somente será do promitente, a de conseguir que um terceiro cumpra a obrigação. · O contrato a declarar é a soma dos contratos de promessa de fato a terceiro e estipulação em favor de terceiro (pois, há a junção da obrigação com o benefício exercido pelo "terceiro" → o electus). · Regras Legais: · O estipulaste tem o prazo de 5 dias, salvo, previsão emcontrato para indicar o terceiro. O contrato só vinculará as pessoas se o terceiro for insolvente, incapaz, não assumir a responsabilidade é se não for indicado em tempo hábil → Arts. 470 e 471. Extinção: · Causas Anteriores: fatos pré-existentes ao contrato (existem no momento da celebração do acordo). · Nulidade: ocorre por vícios. · Relativas: princípio da anulação. · Erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão, fraude contra credores. · Prazo (que é decadencial): 4 anos a partir do dia que o negócio se realizou (mas, no caso de coação começa contar o prazo a partir do dia que cessar a coação). · Negócio jurídico celebrado por relativamente incapaz (Art. 178) · Prazo: pode ser de 2 anos ou 4 anos (que é a regra geral → ocorre por meio da decadência) contados a partir do dia que a pessoa se tornar capaz. · Obs: Não cabe a prorrogação de prazos decadenciais. · Absoluta: são nulas - Art. 166 e 167. · Contrato celebrados por absolutamente incapaz , contrato que não segue a formalidade, contrato que não tem assinatura do cônjuge, o motivo determinante do contrato celebrado é fraude, etc. · Cláusula Resolutiva: poderá ser tácita (depende de interpelação judicial) ou expressa → Arts. 474 e 475. · Ocorre quando a pessoa não quer mais contratar. · Cláusula Resolutiva Expressa: opera de pleno direito (coloca os motivos que irão gerar a extinção do contrato). · Cláusula Resolutiva Tácita: se faz por interpelação judicial. · Obs: o STJ, em entendimento pacífico, tem afirmado que a cláusula resolutiva (expressa ou tácita) necessita de processo judicial para ser aplicado. · A cláusula resolutiva é pré-existente: é a presunção que qualquer contratante poderá se desvincular do contrato em caso de inadimplemento da outra parte. · Arrependimento: é o emprego de arras (é uma estipulação contratual). Aula 11: Causas Supervenientes: a cláusulas são pré-existentes, mas, o fato a ser aplicado é futura. · Resolução: ligada a um inadimplemento. · Inexecução Voluntária: ocorre quando uma das partes se encontra inadimplente com a sua obrigação. · A doutrina determina que a resolução se divide em duas formas: · A) Exceção do contrato não cumprido (Exceptio Nom Adimplete Contractus): ninguém pode exigir a obrigação do outro se a outra pessoa não tiver cumprido com a sua própria obrigação → Art. 476. · Obs: Solve Et Repete → os contratantes podem estipular esta cláusula com a intenção de excluir a regra da exceção do contrato não cumprido, ou seja, é a possibilidade do contratante se eximir da aplicação do artigo 476. Por essa cláusula o contratante se obriga a cumprir a sua obrigação mesmo diante do descumprimento do outro contratante. · Significa que qualquer uma das partes poderá exigir a obrigação mesmo que ela não tenha cumprido a sua própria obrigação → Não é muito utilizada em contratos civis, mas sim, empresariais. · B) O contratante pode exigir do outro uma garantia caso ocorra perigo do não pagamento da obrigação → Art. 477. · Existe um risco de inadimplemento → que faz com que gere a necessidade de garantir. · Inexecução Involuntário: pode ser por fato da natureza (Art. 393 → caso fortuito ou força maior) ou fato de terceiros (Ex: em caso de furto de carro). · Onerosidade Excessiva: (Arts. 478 a 480) também chamado de teoria da imprevisão ou Rebis Sic Stantibus. · A legislação permite que o contrato seja resolvido quando ocorrer acontecimentos supervenientes, extraordinários e imprevistos capazes de gerar ou tornar uma prestação extremamente onerosa para um e com vantagem econômica para o outro. · Ex: prestação de veículo; alta do dólar. · Obs: Para a aplicação da teoria os contratos devem ser bilaterais, comutativos e de execução no tempo (trato sucessivo); o fato deve ser superveniente, extraordinário e imprevisível; que modifique consideravelmente as prestações; que haja um nexo de causalidade entre o fato é o aumento da prestação. · Obs 2: a doutrina e os tribunais não tem aplicada a resolução do contrato, mas sim, a manutenção do contrato → Art. 479 c/c 317. · Resilição: ligada à vontade dos contratantes/partes. · Bilateral = Distrato: quando os dois contratantes resolvem de comum acordo romperem com o contrato; é um mero acordo realizado entre as partes → Art. 472. · O Distrato se faz da mesma forma que exigida no contrato. · Ex: se a lei exige forma no contrato, o distrato deverá ter forma; se a lei não exigir forma, o distrato poderá ser feito de forma livre. · Unilateral: quando apenas uma das partes quer desistir do contrato. · A lei usa os seguintes sinônimos: denúncia, revogação, renúncia e resgate. · Obs: a resilição unilateral é o meio próprio para extinguir contratos por prazo indeterminado; contratos de execução no tempo; contratos benéficos; contratos de atividade ou qualquer outro contrato que ainda não tenha sido executado → Art. 473. · Rescisão: a doutrina tem afirmado que a rescisão é sinônimo de resolução e resilição. · Aplica-se tudo o que é utilizado para a resilição e resolução. · Morte: · A morte só é causa de extinção do contrato quando ele for personalíssimo. · Ex: Art. 682. Aula 12 Compra e Venda: · Ocorre por acordo de vontades, que deve no mínimo estipular duas coisas: o preço e o objeto. · O contrato de compra e venda não transfere a propriedade (deve exigir a transferência do objeto). · Conceito: é um contrato bilateral pelo qual o vendedor se obriga a transferir o domínio (propriedade) de coisa certa, existente ou futura; e a outra parte (o comprador) se obriga a pagar o preço em dinheiro. · Elementos: · Consentimento: ele deve ser livre e espontâneo (sem qualquer vício). · A omissão não gera consequências se o comprador nada perguntar (somente gera consequências se a pessoa pergunta e o vendedor não responde) → Reserva Mental. · Limites: · Vícios da vontade; · Vícios de capacidade → Gera somente anulação; · Somente é absolutamente incapaz o menor de 16 anos (pessoas com deficiência mental é relativamente incapaz). · Vícios de legitimidade. · Objeto: · Pode ser atual (determinado) ou futuro (determinável). · Pode ser corpóreo (possibilidade de tocar, sentir) ou incorpóreo (não enxerga e nem toca, mas, são descritíveis). · O objeto não pode estar fora do comércio (o objeto deve estar disponível). · Os bens não podem ser penhorados; inalienáveis; que por sua natureza não podem ser negociados. · Obs: A compra e venda de bens intangíveis é denominada cessão. · Obs 2: O contrato de compra e venda não será puro (será impuro) quando houver: venda da esperança; venda da coisa esperada; ou venda de bem existente exposta a risco. · Preço: · O preço não pode ser colocado a livre arbítrio de alguém (ele deve ser negociado). · Este preço pode ser fixado tanto pelas partes quanto por um terceiro (utilizando a arbitragem); pela utilização de tabelas, índices de cotação ou por uso dos costumes. · O preço deve ser sempre em dinheiro ou outro documento considerado dinheiro (Ex: títulos cambias). · Obs: As custas de registro, bem como as despesas de escritura, ficarão a cargo do comprador e às custas da tradição do vendedor. · Cada uma das partes pagará a metade do valor nos casos das despesas. · Obs 2: Troca não é compra e venda (se o valor do objeto dado for superior a 50% é uma troca). Se o objeto dado for inferior a 50% é um contrato de compra e venda. · Tradição: em regra, ocorre por coisas móveis (exceção: compra e venda de carro). · Registro: ocorre por bens imóveis. · Natureza: o contrato é bilateral (sinalagmático), consensual (somente o acordo já obriga as partes a cumprem a obrigação), oneroso, comutativo (equilíbrio entre a prestação e contraprestação). · É possível que os contratos não sejam comutativos (Ex: compra e venda com base nos casos de aleatoriedade acessória). · Efeitos: · A) Principais: · Obrigatoriedade recíproca dos contratantes. · Possibilidade de existência de vícios redibitórios. · Evicção. · B) Secundárias: · Os riscos são repartidos na forma do Art. 492. · Repartição das despesas → Art. 490. · Retenção da coisa edo preço → Art. 495. · Limites: · A) Venda entre Cônjuges: Art. 499 · Vender os bens entre si se não fizer parte da reação deles (depende do regime de bens). · Os bens que não são comuns ao cônjuge (não fazem parte da comunhão) podem ser vendidos ao outro. · B) Venda entre Descendentes e Ascendentes: Art. 496. · Não proíbe a venda do descendente para o ascendente. · A regra é que não pode haver a venda de ascendente para descendente → Caso ocorra é passível de anulação. · Exceção: quando os descendentes e o cônjuge do alienante anuíssem com a venda do bem. · Se um dos descendentes não consentir com a venda há como o comprador requerer em juízo o suprimento da autorização dele. · Obs: Quando o ascendente for casado sob separação obrigatória de bens a anuência é dispensada. · Caso do Nascituro: poderá ocorrer a venda por autorização judicial pelo nomeado curador. · Caso do Filho Desconhecido: se não houver conhecimento pela parte de sua existência antes da realização do contrato não há a necessidade de autorização deste. · Se a parte sabe da existência do filho ou não reconhece o filho há a necessidade a autorização deles. · Prazo de Anulação: 2 anos (é decadencial) → Art. 179. · Elementos: · Esta anuência deve ser expressa. · Os descendentes sejam conhecidos do alienante. · C) Venda para Impedidos: Art. 497. · O tutor, o curador, o serventuário da justiça, o perito, o juiz, o MP (etc..) não podem adquirir móveis que estão sobre a sua posse/guarda. · Não podem comprar nem mesmo em hasta pública (venda de bens feita pelo poder público). · Visa evitar as fraudes. · D) Venda de parte Indivisível: Art. 504. · Não pode ocorrer a venda de bens que não possam ser divididos. · Requisitos: · Comunicação Prévia aos Demais Condôminos. · Preferência para o Pagamento do Preço. · Exercer o Direito de Preferência no Prazo de 180 dias (sob pena de decadência). · E) Vendas Especiais: · Amostra: ocorre quando a venda se realizar à vista de protótipos (deve assegurar a coisa as qualidades que a elas correspondem) → Art. 484 · Ad Corpus (objetos inseridos dentro do imóvel) e Mensura (metragem/tamanho do objeto): a venda se refere a bens imóveis → Art. 500 · Para que possa ocorrer à resolução do contrato ou o abatimento do preço é necessário que este produto tenha uma falta substancial. · Prazo: 1 ano a contar do registro. · Ações Cabíveis: redibitória (resolução), estimatória (abatimento), ex emptio (complemento). Aula 13 · Cláusulas Especiais: · Retravenda (Art. 505): é uma cláusula inserida no contrato para rever o imóvel que está sendo vendido em certo prazo, restituindo o valor mais despesas. · Ideia de reaver o objeto. · Pode ser feita por bens móveis e imóveis (regra). · Prazo: o máximo de 3 anos. · Art. 506: se o comprador se recusar a receber a quantia combinada, o vendedor, para exercer o seu direito de resgate, há de depositar em juízo o valor correspondente. · Art. 507: pode ser transmitido para herdeiros e poderá atingir terceiros. Aula 14 · Venda a Contento: se uma pessoa gostar a pessoa leva o produto → Art. 509 a 512. · Deve estipular um prazo para que a pessoa prove do objeto e, caso ela não goste, ela poderá devolver · A decisão de aceitar deve ser feita de forma expressa → não pode ser presumida (não pode ser tácita). · Se não estiver estipulado o preço, a parte deverá notificar a outra para que manifeste. · Está subordinada à uma condição suspensiva. · Cláusula de Preferência/ Preempção/ Prelação: é utilizada por contratos que a lei o determine (geralmente, concedido ao inquilino) ou as partes estipulem. · É diferente da cláusula de retrovenda, pois, é uma relação entra vendedor e comprador onde o vendedor impõe uma cláusula de que no prazo de até 3 anos ele irá comprar objeto pelo mesmo preço que ele vendeu (recompra). Na cláusula de preferência há a figura do vendedor, do comprador e do inquilino (terceiro) e que o vendedor, antes de entregar ou vender algo para alguém (comprador), ele deverá oferecer ao inquilino o direito de compra do objeto. · As partes podem estipular prazo para o exercício do direito de preferência, mas, em caso de omissão, deverá respeitar estes prazos: · Prazo: ocorre quando não estipular a preferência. · Máximo: 180 para móveis e 2 anos para imóveis · Mínimo: 3 dias para móveis e 60 dias para imóveis. · Se tiver má-fé por parte da pessoa? Responderá aquele que praticou o ato por perdas e danos → Art. 518 e 519. · Obs: O direito de preferência não se transfere aos herdeiros. · Reserva do Domínio: serve somente para bens móveis. · É uma forma de garantia. O objeto é transferido para o comprador apenas na posse, pois, a propriedade ainda permanece para aquele que ofereceu o objeto (há a figura de um terceiro). · É diferente de alienação fiduciária: não é uma alienação contratual pura, pois, envolve um terceiro. · Não existe para o imóvel, pois, a lei expressamente o prevê. · Elementos: · Venda a Crédito. · Obrigação Infungível. · Prestações Pagas. · Tradição ou Entrega do Bem ao Comprador. · Obrigação de Transferir a Propriedade do Bem. · Obs: A constituição em mora deve ser feito de forma expressa por meio de cartório ou por interpelação judicial. · Obs 2: O contrato assinado por duas testemunhas é um título executivo extrajudicial (instrumento ◦ particular assinado por duas testemunhas) → Art. 784, III do CPC. · Se o contrato tiver assinatura de duas testemunhas ele deixará de ser uma ação de cobrança e passa a ser uma ação de execução · Venda sob Documentos: é contrato de compra e venda em que existe uma cláusula de que a transferência da propriedade do bem depende do registro/documento. · Arts. 529 a 532. · Contrato de troca: é um contrato de escambo (troca um objeto por outro objeto). · Para que ocorra a troca de um objeto, se houver dinheiro envolvido, o valor dado em dinheiro deve ser menor do que 50% do valor do objeto. · Art. 533. · Contrato Estimatório: contrato em consignação. · É um contrato mercantil, pois, o sujeito que irá intermediar a venda é alguém que exerce a função de empresário. · Conceito: é o contrato onde o consignante entrega bens móveis ao outro contratante (consignatário) que fica autorizado a vender o bem pagando aquele o preço no prazo estabelecido. · Requisitos: · O consignante deve entregar a coisa. · A coisa deve ser móvel. · O consignatário deve devolver a coisa ou pagar o preço estipulado. · É um contrato a termo. · A coisa deve ser transferida. · Contrato de Doação: · Conceito: é o contrato em que o doador por sua liberalidade e mediante aceitação da outra (donatário) transfere do seu patrimônio bens ou vantagens. · Elementos: · Contrato Unilateral e Consensual. · Animus Domine → liberalidade de transferência/doar. · Transferência do Objeto para Patrimônio Alheio. · Aceitação Expressa, Tácita ou Presumida (que pode ser o silêncio ou contemplação de casamento futuro). · Obs: · Na doação não é necessário a autorização do cônjuge. · É permitida a doação recíproca entre cônjuges, exceto, na comunhão universal. · Doação para amante é anulável. · O menor não pode doar → é nulo. · Objeto: podem ser bens ou vantagens atuais ou futuras, exceto, herança. · Espécies de Doação: · Pura e Simples: Art. 538 · Doação em que alguém promete doar algo (sem condições, comodato). · Onerosa, Modal, com Encargo ou Gravada: Art. 539 · Doa o objeto com uma informação, na qual o recebedor do objeto deve cumprir com esta informação para fazer jus a efetiva doação. · Remuneratória: · Consiste na possibilidade do doador realizar o contrato de doação em função de um pagamento de um serviço. · Ex: pagamento de uma dívida prescrita. · Merecimento: Art. 540. · O doador ao efetivar a entrega do objeto menciona expressamente o porque está dando determinada/expõe quantia. · Ex: o pagamento de gorjetas. · Mista: · É aquela doação que se procura beneficiar por meio de um contrato oneroso. · O contrato oneroso feito com valores abaixo do valor de mercado não se considera como um contrato oneroso, mas, umcontrato misto. · Ao Nascituro: Art. 542 · Será válida se for aceita pelo seu representante legal. · Para Incapaz: Art. 543 · Será válida independentemente de aceita pelo sujeito desde que a doação seja típica (doação pura e simples). · Em Contemplação de Casamento para Casar: Art. 546 · É suspensiva, pois, uma vez alcançada a condição irá gerar o direito de receber a doação. · De Subvenção Periódica: · A pessoa faz a doação de uma determinada quantia enquanto a pessoa estiver na condição · É resolutiva, pois, se a pessoa deixar de atender os requisitos ela deixará de receber a quantia. · Entre Cônjuges: · A doação dos cônjuges dependerá do regime de casamento, mas, impõe considera-se o adiantamento de legítima (adiantamento de herança). · De Ascendente para Descendente: · Será considerada como adiantamento de legítima. · Conjuntiva: Art. 551 · É quando o doador entrega a dois donatários o objeto. · Obs: se os donatários forem marido e mulher subsistirá a doação em favor do cônjuge sobrevivente (Parágrafo único do Art. 551). · Inoficiosa: Art. 549 · É aquela doação que extrapola o direito de doação, ou seja, extrapola o 50%. · É nula a doação que for maior do que 50% é realizar de uma única vez. · Com Cláusula de Reversão: · O doador poderá estipular o retorno do imóvel/bem doado se sobrevier ao donatário. Permite o donatário tenha o objeto de volta. · Feita a Entidade Futura: · A doação será realizada quando a fundação vier a existir. · Verbal ou Manual: Art. 541, parágrafo único. · É aquela realizada com objetos de pequeno valor. · Obs: Em regra, toda doação deve ser feita por documento escrito (pode ser tanto público quanto particular). · Restrições: · Se o doador for considerado insolvente estaremos perante a fraude de credores (será anulável) → Art. 158 C/C 161. · Será nula a doação que extrapolar o 50% do direto de herança → Art. 549. · Não se pode doar todos os bens (é nula) → Art. 548. · É anulável a doação do cônjuge adultere ao seu cúmplice (o prazo é decadencial de dois anos a contar da dissolução da sociedade conjugal) → Art. 550. · Obs: a doutrina afirma que esse pedido de anulação poderá ser feito pelo outro cônjuge e pelos herdeiros necessários (descendentes, ascendentes e o cônjuge) → Aplica-se somente ao casamento (e não para união estável). · Revogação: · É a anulação do negócio jurídico (contrato) pelos vícios do consentimento. · Por ingratidão do donatário → Art. 557 e 558. · Por inexecução do encargo → Art. 555 a 564. · Obs: O prazo para o exercício da revogação é de um ano a contar de quando chegar ao conhecimento do doador o fato previsto na lei e de ter sido donatário do autor. · Obs 2: Não pode ser revogado por ingratidão as doações remuneratórias as feitas em virtude de casamento, as oneradas com encargo se já cumpridas e as mistas . · As doações não podem prejudicar os direitos de terceiros → Art. 563. Aula 15 Contrato de Empréstimo: · Conceito: contrato pelo qual uma pessoa entrega a outra coisa fungível ou infungível com a obrigação de restituir. Em regra, o contrato de empréstimo é gratuito e terá a seguintes espécies: espécie comodato e mútuo comodato. A doutrina chama o contrato de empréstimo de empréstimo de uso (comodato) ou empréstimo de consumo. · Espécie: Contrato Comodato: · Conceito: é aquele no qual um sujeito empresta ao outra coisa infungível de maneira gratuita e que se perfaz com a tradição. · Natureza: · É um contrato é real (ocorre com a entrega do objeto) → (8:00) É um contrato gratuito: o comodato pode ser modal (encargo). · É intuito persona: não é transferido a terceiros. · Prazo temporário. · O comodato é bilateral na sua formação, mas, é unilateral nos seus efeitos, pois, apenas o comandatário tem as obrigações e deveres. · Direitos e Deveres do Comandatário: · O comandatário é o sujeito que utiliza do objeto (tem a posse direta da coisa). · Art. 582 → O comandatário é obrigado a conservar a coisa como se sua fosse e será responsável pelas despesa. · Art. 584→ Deve arcar com todas espécies de benfeitorias mesmo no caso de comunicação e anuência do comandante. · Art. 582 → O comandatário deve usar a coisa na forma do contrato ou de acordo com a natureza do objeto. Caso não o faça responderá por perdas e danos. · Art. 582 → O comandatário deverá restituir a coisa ao final do prazo convencionado ou da notificação. Caso não o faça deverá indenizar o comandante. · Direitos e Deveres do Comandante: O comandante é o dono do objeto. · Não há, em regra, obrigações do comandante. · Exigir a conservação da coisa · Exigir do comandatário a efetivação dos gastos para a manutenção/conservação da coisa. · Exigir do comandatário a devolução da coisa e se não houver poderá arbitrar o pagamento do aluguel (indenização). · Obs: Art. 580 → não podem celebrar contrato de comodato com os bens que eles administram. · Obs 2: Art. 581 → o prazo é convencionado pelas partes, mas, em caso de não convenção do prazo o prazo será o tempo necessário para o uso da coisa. · Obs 3: Art. 583 → se o comandante, em situação de risco, vier a perder a suas coisas dada em comodato, responderá o comandatário mesmo se ocorra por força maior. · Extinção: · Perecimento da coisa → Art. 583. · Inadimplemento das obrigações (= resolução). · Resilição (= é unilateral, podendo ter casos em que o comodato seja bilateral = distrato). · Sentença Judicial → Art. 581 · Advento do termo (quando o prazo é vencido). Contrato de Mútuo: · Conceito: é o empréstimo de coisa fungível → Arts. 586 a 592. · "Empréstimo de Dinheiro" ou "Empréstimo de consumo". · Natureza: · É um Contrato Real. · Em regra, é Gratuito. · Não Solene. · Unilateral. · Obs: Art. 591 - Conjn Feneraticio = Juros (Art. 406) ou Taxa Selic. · Súmulas 539 do STJ e 541. · No mútuo federaticio é permitido 12% ao ano de juros ou a taxa Selic, neste caso não é permitido acrescentar outras verbas indenizatórias. · No contrato mútuo há dois sujeitos : mutuário (que recebe a coisa) e o mutuante (que transfere a coisa). · Obs: Em caso de risco de inadimplemento da obrigação, pode ser exigido garantia por parte do mutuante. · Art. 590. O mútuo transfere a propriedade da coisa e o mutuante não se responsabiliza pelos riscos após a tradição. · Art. 587. Aqui a tradição da coisa poderá ser real, ficta, simbólica. · Capacidade: · O menor que receber algo por contrato de mútuo não é obrigado a devolve-la se o representante não o sabia → Art. 588. · Exceção: · Quando agiu com o dolo (quando age de forma maliciosa). · Quando o representante legal ratificar o mútuo e no caso do menor devolver a coisa. · Se for essencial para a sua manutenção, devendo neste caso ser restituído pelo devedor → Art. 589, II. · Se o menor tiver rendimentos, mas, em tal caso, a execução não poderá exceder os seus danos. · Se o reempréstimo reverteu em benefício do menor → Art. 589. · Obs: Art. 589 · Prazo: · Art. 592: Se o mútuo for empréstimo de dinheiro o prazo para a devolução é 30 dias; se o objeto do mútuo for para questões agrícolas a devolução do objeto será na próxima colheita; do espaço de tempo que declarar o mutuante no caso de qualquer outro objeto; a partes podem convencionar outros prazos. Aula 16 Empreitada: é um contrato para obra (que não é sempre uma construção física. Vale tanto para coisas corpóreas quanto incorpóreas). Uma pessoa é contratada para fazer uma determinada obra. · Conceito: Art. 610 → É o contrato em que uma das partes, o empreiteiro, mediante remuneração a ser paga pelo outro contratante (dono da obra) fica pessoalmente obrigado ou com terceiro a realizar determinada obra. Nessa relação não há qualquer relação/vínculo de subordinação. · É uma obrigação de resultado. · Natureza: · É um contrato bilateral/sinalagmático. · Oneroso. · Consensual. · Forma Livre: pode ser realizado tanto verbalmente quanto escrito. · Comutativo: as obrigações são equilibradas. · Execução de Trato Sucessivo. · Espécies: · Empreitada de Obra, Empreitada de Mão de Obra ou Empreitada de Lavor:é aquela que o empreiteiro se obriga a fazer a construção como seu trabalho apenas (podendo ser contratado empregados). · Empreitada Mista: é aquela em que o empreiteiro se obriga como seu trabalho e no fornecimento do material (obrigação de fazer + obrigação de dar) → Art. 611. · Obs: Na primeira forma de empreitada se acorda perece antes da entrega a responsabilidade será do empreiteiro, mas, se houver culpa. Se não houver culpa do empreiteiro a responsabilidade, e quem sofre a perda, é do dono da obra, por força do Art. 612. · Obs 2: Na empreitada mista os riscos correm por conta do empreiteiro até o momento da entrega, salvo, se o dono estiver em mora, caos e, que a doutrina tem afirmado à solidariedade na responsabilidade → Art. 611 C/C 613. · O preço deve ser combinado entra as partes, podendo ser global/fixo ou por medida/fixado/variado pelas partes (por etapas). · Obs: É permitido a realização de sub-empreitadas, salvo proibição expressa no contrato → Art. 626. · O contrato de empreitada não é intuito persona! · Verificação e Recebimento da Obra: · O empreiteiro tem o direito de exigir do dono da obra a verificação do serviço por partes se isso de correr do contrato ou da natureza da obra e, caso esteja correta a obra, fará jus ao recebimento do valor → Art. 614. · Concluída a obra e, estando tudo de acordo, o dono é obrigado a recebê-lo → Art. 615. · O prazo de 1 ano para reclamar os defeitos ocultos se refere aqueles fatos não ligados à segurança e solidez, pois, para essa situação o Art. 618 prevê 5 anos → Art. 618. · Responsabilidade: · Empreiteiro: é responsável pela envergadura da obra, seja a obra pequena ou em edifícios, em suma, responde pela solidez, podendo responder perante terceiros e também pelo custo dos materiais. · Obs: Se o contrato de empreitada for considerado como uma relação de consumo aonde o empreiteiro é um fornecedor e, o dono da obra um consumidor, o prazo do CDC será de 5 anos na forma do Art. 27 do CDC (não se aplicando o Código Civil). · Obs 2: Se a execução da obra for realizada por terceiros o autor do projeto de construção só estará responsável pela solidez e segurança do trabalho em razão de matéria como do solo, ou seja, nas regras do Art. 618. · Obs 3: A responsabilidade do empreiteiro pelos danos causados a terceiros → Art. 617. · Proprietário: · O proprietário é obrigado a efetuar o pagamento do preço combinado, caso não corra o pagamento pode exigir o direito de retenção → Art. 619. · Art. 620: há a possibilidade de renegociação do valor do serviço se houver um aumento ou diminuição do valor. · Obs: as partes ordem convencionar o reajuste do preço, desde que, tal acordo decorra de documento escrito. Cabe ao proprietário indenizar o empreiteiro pelas despesas e serviços que houver realizado, se, após iniciar a construção rescindir o contrato sem justa causa → Art. 623. · Extinção: · Pela execução do contrato. · Pela morte do empreiteiro. · Pela falência ou insolvência das partes. · Pelo perecimento da coisa. · Pela resolução. · Pelo distrato. · Pela resilição unilateral. · Obs: Se o empreiteiro deixar de executar a sua obrigação sem justa causa, responde por perdas e danos. · Obs 2: A extinção por morte só ocorrerá se houver previsão contratual → Art. 625. Aula 17 Contrato de Depósito: Arts. 627-652 · É entregar a alguém a guarda/custódia de um objeto. · Para que o contrato seja formado é necessário que haja a efetiva entrega da coisa. · É um contrato real! · Deve guardar o objeto como se sua fosse. · Conceito: É um negócio jurídico em que uma das partes, nomeada depositário, recebe da outra, denominada depositante, uma coisa móvel para guardar com o dever de devolver ou restituir no prazo estipulado o quando for reclamada. · Obs: se o contrato de depósito for oneroso o depositário poderá reter até que se efetive o pagamento → Arts. 627 C/C 644. · Natureza: · Sinalagmático. · Real. · Gratuito (é unilateral, mas, se o contrato for oneroso ele será bilateral) → Art. 628. · Espécies: O Código Civil trata na cessão um depósito voluntário e no Art. 647 trata do depósito necessário. O depósito necessário será por forma legal ou miserável. · O depósito voluntário também é chamado de "contratual". · O CPC admite ainda o depósito judicial. · O depósito contratual acarreta a posse da coisa enquanto o judicial acarreta a mera detenção. · Depósito Voluntário: · Conceito: É aquele em que as partes ajustaram a entrega do objeto e a sua guarda com o dever de restituir. · A coisa deve ser restituída na forma em que foi entregue e no lugar em que foi guardada. · As despesas de restituição corre por conta do depositante. · São sujeitos, o depositário e o depositante. · Se o contrato fixar prazo para a restituição, o depositário deve devolver o objeto logo que ele é exigido, salvo, o direito de retenção ou na forma do Art. 633 C/C 644. · Requisitos: · Real · Gratuito ou Oneroso. · Unilateral ou Sinalagmático. · Intuito Persona. · Obrigações: · Depositante: · Se o negócio for oneroso à obrigação de pagar a quantia pactuada. · Efetuar ou reembolsar as despesas feitas pelo depositário quando assim combinadas, ou não. Indenizar o depositário pelos prejuízos que o depósito causar. · Depositário: cuidador; aquele que guarda o objeto. · Deverá guardar a coisa como se sua fosse. · Conservar a coisa. · Restituir a coisa. Aula 18 · Depósito: é um contrato para que uma pessoa guarde um objeto de outra pessoa por tempo determinado. Esta pessoa irá arcar com a conservação do objeto. Pode ser oneroso ou gratuito. · Legal: é aquele que decorre de uma imposição à própria norma é pode ser observado em diversos dispositivos legais, como Arts. 1.233; 345; 641 todos do CC. · Decorre de uma imposição legal. · Miserável: é aquele realizado por força ou por ocasião de calamidade pública (Art. 647, II). · Hospedeiro: também chamado de necessário por assimilação e se equipara ao depósito legal por força do Art. 649. Os hospedeiros responderão como depositários assim como pelos furtos e roubos dentro do estabelecimento. · Obs: Em relação ao Art. 550 → A existência da cláusula de não indenizar pactuada em contrato não exime o hospedeiro de ressarcir os prejuízos por força do Art. 51, IV e I do CDC. · Irregular: ocorre com coisas fungíveis, ou seja, é quando o depositário pode utilizar e dispuser da coisa depositada e restituir outra da mesma espécie, qualidade e quantidade (ex: depósito bancário). · Não é permitida a prisão do depositário infiel. · O depósito necessário não se presume gratuito → Art. 651. Contrato de Mandato: contrato de prestação de serviço, pois, a pessoa agem em nome de alguém. · Para exercer esse direito não é necessário ser advogado; a pessoa pode ter uma procuração para celebrar um negócio. · A ideia de uma pessoa a representar alguém pode ocorrer por contrato (consensual), lei ou decisão de juiz. · Conceito: é o contrato que se opera quando alguém receber de outrem poderes para em seu nome praticar atos ou administrar interesses. A pessoa que confere os poderes chama-se mandante e, a pessoa que aceita é o mandatário. Representante é o mandatário e o representado é o mandante. O mandato tem a representação na sua essência e que pode gerar três espécies de representante: o legal (que são os tutores); o judicial (que são os administradores judiciais; o inventariante → que ao impostos por uma determinação do juiz); convencional (que o criado pelo contrato de mandato). · É um contrato amplo. · É diferente de mandado: que é uma ordem do juiz. · O mandato é uma forma de representação. · Características: · Gratuito. · Obs: Quando o mandato for decorrente de profissão ela passa a ser oneroso e, consequentemente, o contrato será bilateral. · O mandatário é quem tem a obrigação de fazer. · Unilateral. · Consensual: se aperfeiçoa com o acordo das partes (Art. 659). · Comutativo: as prestações são equilibradas. · Intuito Persona: é pessoalíssima o por causa da confiança do mandante no mandatário. · Obs: a formação do contratopoderá ser feito de forma expressa ou tácita, verbal ou escrita. · Pessoas: · Que podem outorgar procuração: o mandato consensual pode ser celebrado por todas as pessoas capazes enquanto o mandato judicial (ad judia) poderá também ser celebrado por pessoa relativamente incapaz → Art. 105 do CPC. · Obs: os menores púberes são assistidos pelos seus representantes legais e firma a procuração junto com estes, devendo outorga-la por instrumento público ou particular para o exercício da ad judicia, e se for ad negotio deve ser por instrumento público. · Obs 2: a capacidade para celebração do ato é aferida no momento da celebração do contrato. · Obs 3: o pródigo pode ser mandatário e não pode ser mandante. · Que podem receber o mandato. Aula 19 · Restrições: · Os acionistas brasileiros não podem ter como representante na assembleia de acionistas procurador estrangeiro. · Servidor Público, mesmo aposentado, não pode agir como mandatário na repartição pública. · O mandato judicial observa as regras legais previstas na norma, no caso do advogado, o estatuto da OAB. · Obs: O servidor público não pode advogar contra o Estado. A única exceção é para os professores da universidade, que podem advogar em causa própria contra quem lhe paga (Estado). · A Procuração: · A procuração é o instrumento do mandato e deve ser sempre escrita, visto que a forma de comprovar os poderes recebidos. · Requisitos: · Instrumento particular deve indicar a qualificação do outorgante e do outorgado, lugar aonde foi feita. · Lugar aonde foi feita; · Data; · Objetivo com a extensão dos poderes conferidos {ART. 654, §1°, CC}. · Se o ato a ser praticado exigir instrumento público, como no caso da compra e venda de imóveis acima de 30 salários mínimos, a procuração deve ser feita em cartório {ART. 657, CC}. · O instrumento público outorgado pode ser substabelecido por instrumento particular. · O reconhecimento de firma, na procuração ad negotia poderá ser exigido pelo terceiro, mas no caso da ad judicia, o reconhecimento de firma é dispensado. · Obs: Nas questões judiciais, no caso de analfabeto, a procuração tem fé pública. · Obs 2: o contrato de mandato pode ser expresso ou tácito, verbal ou escrito, e não se admite que seja verbal quando o ato deva ser celebrado por escrito {ART. 657 combinado com 655, CC}. · Forma: · A procuração poderá ser feita por instrumento particular ou instrumento público, e sua aceitação decorre do contrato de mandato. · Espécie de contrato de mandato · Gratuito ou oneroso: a regra do contrato é a gratuidade, só será oneroso se decorre da profissão do sujeito (quando for gerada com fins econômicos) {ART. 658, CC}. · Expresso ou tácito {ART. 656, CC}. · Judicial ou extrajudicial {ART. 653 combinado com 692, CC}. · Geral ou especial: será especial quando houver restrição dos negócios, ou atos praticados e geral quando for todos os atos ou negócios {ART. 660, CC}. · Simples ou empresarial: essa espécie tem como referência a qualificação do mandante e do mandatário {ART. 966 e 1018, CC}. · Solidário, conjunto, sucessivo ou fracionário {ART. 672, CC}. · Obs: Caracteriza-se mandato aparente {ART. 686 e 689, CC} quando terceiro de boa fé contrata com alguém que tem toda a aparência de mandatário mas, na verdade, não o é. · Obs 2: O mandato especial é restrito ao negócio especificado, não cabendo análise extensiva dos poderes. O mandato em termos gerais {ART. 661, CC} só confere poderes de administração (ordinários). Embora o objeto de mandato tenha interpretação restritiva, a outorga de alguns poderes implica a de outros que são conexos. · Ex.: receber uma dívida envolve dar quitação; vender um imóvel acarreta a assinatura da escritura. · Quando o artigo 661, §1°, estipula que a administração é ordinária, compreende atos de simples gerência, como por exemplo a contratação e despedida de pessoal; pagamento de impostos; realização de pequenos reparos, não autorizando no entanto, a constituição de hipoteca e alienação de bens, salvo, nesse caso, a finalidade da empresa. · O mandato com poderes especiais só autoriza a prática de um ou mais negócios especificados no instrumento, não cabendo analogia extensiva. · Obs: O artigo 672 há uma presunção de que o mandato outorgado a mais de uma pessoa é solidário, podendo qualquer uma delas atuar e substabelecer separadamente. Para que sejam considerados mandatários conjuntos ou especificamente designados para a realização de determinados atos, é indispensável que conste no instrumento. Se os mandatários forem designados em conjunto, só ficarão impedidos de atuar em separado, podendo ser ratificado. EXERCÍCIOS 1) A joalheiria Falcatruas Limitada, com receio de furto em feriados prolongados, alugou um cofre no banco Calote SA, e entregou-lhe as mais valiosas jóias do seu estoque. Essa operação constitui um contrato? Em caso afirmativo, qual a modalidade? Fundamente a sua resposta. 2) Se um ocupante de um imóvel se recusa a desocupá-lo após a renúncia do contrato de comodato, ele passa a dever os aluguéis referentes a todo o período de ocupação? Aula 20 · Obrigações e Direitos: · Mandatário: · Agir em nome do cliente. · Cuidado e Diligência no exercício da função: Haverá necessidade de comprovação da culpa do mandatário se o mesmo não agir com a diligência habitual. O Art. 667 trabalha a base da diligência ordinária (análise em concreto). Na responsabilidade contratual se observada pelo prisma subjetivo é necessário a prova da culpa (profissão liberal), no entanto, se o mandatário exercer a atividade como empresa a responsabilidade será analisada objetivamente. Se houver a proibição do substabelecimento usados, praticados pelo substabelecido não obrigam o mandato salvo se houver ratificação. Se houver substabelecimento autorizada só serão imputáveis ao mandatário se este agir com culpa na desfolha desses ou nas instruções dadas a ele e desde que causados pelo substabelecido (Art. 667). · Prestação de contas: O mandatário estará dispensado de prestar contas quando agir em nome/causa própria. A prestação de contas, sendo uma obrigação do mandatário, pode ser feita espontaneamente, sem que o mandante lhe peça, ou a requerimento administrativo/judicial. Tal obrigação transmite aos herdeiros do mandatário (Art. 668). · Apresentar a procuração: não tem a obrigação de apresentar, mas, se for requerido, ele terá o dever de fazer. · Concluir o negócio já começado embora ciente da morte, interdição ou mudança do Estado do mandante, se houver perigo na demora. · Obs: Se o mandatário obtiver lucro maior do que o esperado na realização do negócio deverá repassá-lo ao mandante; por outro lado, não poderá compensar os prejuízos que deu causa com os proveitos que tenham por outro lado recebido do seu constituinte. · Mandante: · Podem ser encaradas de duas formas: · 1º) Satisfazer as obrigações contraídas pelo mandatário na forma do contrato. · 2º) Efetuar o pagamento da remuneração ajustada bem como as despesas necessárias para a execução do contrato. · Obs: Se o mandato não for gratuito, por convenção das partes ou por força do ofício, incumbe o mandante pagar remuneração ajustada ou a que for arbitrada judicialmente, isto ocorre porque o serviço de mandato é uma obrigação de meio. · O mandatário tem direito de reter o objeto a que seja reembolsado do encargo despendeu. O direito de retenção não vale para o advogado. · Obs 2: Se forem vários os outorgantes e se tratar de negócio comum todos são solidariamente responsáveis pelas dívidas decorrentes do contrato de modo que o procurador pode cobrar de qualquer um deles em conjunto ou isoladamente. · Extinção: · O Art. 682 traz os motivos: · 1º) Perda da Confiança: o que irá gerar a revogação (mandante) ou a renúncia (mandatário). · Obs: A revogação do contrato deve ser notificada. · A revogação pode ser expressa ou tácita, mas, a renúncia sempre ser expressa. · A revogação pode ser total ou parcial. · A renúncia do mandato será comunicada ao mandante na forma do Art. 688. · 2º) Pela morte ou interdição de uma das partes.· 3º) Pelo término do prazo ou conclusão do negócio. · 4ª) Pela mudança do estado civil do indivíduo. · Irrevogabilidade: · Pode-se afirmar que o contrato de mandato é irrevogável quando: · Houver cláusula de irrevogabilidade. · Em caso de violação, pagará perdas e danos. · Quando conferida em causa própria → Art. 686. · Quando a cláusula for condição de um negócio bilateral ou for do exclusivo interesse do mandatário e dado que contenha poderes de cumprimento ou confirmação de negócios vinculados. · Mandato Judicial: Art. 692 · Este tipo de mandato só pode ter como mandatário pessoal legalmente habilitada (o advogado). · A procuração conferida ao advogado pode ser pública ou privada e valerá desde que assinada pelo outorgante. O menor púbere também pode ser mandante se assistido pelo representante legal. A procuração pode ser foro geral ou foro especial (Súmula 216 do STF). · Obs: Não é necessário o reconhecimento de firma para procuração adjudícia feita a advogado. Contrato de Comissão: Arts. 693-709 · Conceito: É o contrato em que um dos contratantes (comissário → o vendedor/intermediário) se obriga a realizar negócios em favor do outro denominado comitente (cliente) segundo as instruções deste. · É um contrato bilateral, consensual, comutativo, oneroso, não solene e intuito persona. · Direitos e Deveres: · Comissário: · Comitente: · Obs: Clásula del Credere Aula 21 Contrato de Fiança: · É um documento acessório vinculado à contrato de empréstimo. · É consensual, oneroso (bilateral) e gratuito (unilateral). · "Irmã do Aval". · Visa garantir um contrato. · Deve ter autorização do cônjuge, pois, se não houver, terá como consequência torna anulável o ato praticado podendo pleitear em até 2 anos após o término do casamento → Art. 1647. · Qualquer pessoa capaz pode ser fiador, exceto: o falido e progrido. · Obs: Art. 820 → Para ser fiador é necessário apenas capacidade plena de direito, mas, em caso de casamento é necessário que haja autorização conjugal, salvo, na separação absoluta e independe do consentimento do devedor ou mesmo contra a sua vontade. · Efeitos: Arts. 827-836. · Benefício de Ordem: consiste no direto de exigir que sejam primeiro executados os bens do devedor principal na forma do Art. 827. · A fiança, por ser um contrato acessório, segue o principal, por este motivo o benefício de ordem pode não ser utilizado nas seguintes situações: · Se o fiador renunciou expressamente. · Se o fiador se obrigou como principal pagador/devedor ou devedor solidário. · Se o devedor é insolvente ou falido. · A fiança que possui o benefício de ordem é encarada como uma prerrogativa em que o fiador tem de invocar até a contestação da lide ou no prazo da nomeação de bens a penhora; indicando e nomeando bens passíveis para solver o débito do devedor existente. · Enunciado 364: No contrato de fiança é nula a cláusula de renúncia antecipada ao benefício de ordem quando inserida em contrato de adesão. · Somente poderá ser cobrado da dívida se antes da combinação já tiver sido esgotado a cobrança sobre o devedor principal. · O fiador poderá exigir que o credor cobre do afiançado em primeiro. · É possível inserir uma cláusula que exclua o benefício de ordem. · O contrato de fiança pode ser: executado ou cobrada. · Solidariedade: ocorre na fiança conjunta onde vários fiadores garantem uma única dívida e que declaram a não se reservarem a obrigação de divisão → Art. 829. · Obs: Se a mesma dívida é garantida por vários fiadores outorgados em separado cada fiador pode pagar a dívida na totalidade. A mesma coisa acontecerá se a fiança for feita em um único documento. · A fiança pode ser total ou em parte e quem efetuar o pagamento sub-roga-se no direto, mas, só poderá cobrar dos demais fiadores a quota parte. O fiador tem o direito de cobrar juros → Art. 830. · Extinção: · A morte do fiador extingue a fiança, mas, os seus herdeiros estão obrigados até o limite de suas forças (a sua quota parte que tem direito na fiança). · Pelo fim do contrato. · Pelo distrato. Contrato de Agência e Distribuição: · Conceito: No contrato de agência o agenciador assume obrigação de promover por conta do agenciado a realização de certos negócios de forma não eventual e sem dependência mediante uma remuneração e decepção em determinada zona. · Natureza: · Consensual. · Bilateral. · Comutativo. · Oneroso. · Intuito Personae. · Obs: No contrato de agência há uma relação entre empresários, com independência hierárquica, com ◦ finalidade de intermediação de forma não eventual para a prática de negócios mediante retribuição. Remuneração: Art. 714. · Direitos e Obrigações: · O agente no desempenho das suas obrigações deve agir com toda lealdade e diligência atendendo às instruções recebidas pelo proponente. · Diretos do Agente: · Exclusividade Territorial. · Direto a Remuneração e a de Indenização se houver demissão sem justa causa. · O agenciado por sua vez tem direto a retenção do pagamento por resilição contratual do agente para a garantia dos possíveis prejuízos.
Compartilhar