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Direito Civil - Contratos

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Aula 1 
Unidade I: 
· Conceito de Contrato: 
· Apresenta um sentido de acordo vinculativo. 
· Sinônimo de convenção, acordo, pacto. 
· Conceito: é um acordo vinculativo entre duas pessoas emanado de declarações recíprocas (bilateral ou plurilateral), com a finalidade de adquirir, resguardar, transferir, conservar ou extinguir direitos em conformidade com a lei.
· É um acordo vinculativo por causa do consensualismo. 
· É bilateral devido a manifestações de vontades. 
· Todos os contratos geram obrigações e são negócios jurídicos. 
· Legislação: 
· Há o Código Civil: em relações com particulares. 
· É o código de Defesa do Consumidor: relação consumerista. 
· Principiologia: 
· Consensualismo: somente há o contrato se tiver mútuo acordo entre as partes (para contratar, as pessoas devem ser agente capaz).
· Supremacia da Ordem Jurídica/ Dirigismo Contratual: intervenção do Estado nas relações contratuais entre particulares.
Aula 2
· Principiologia: 
· Autonomia: a liberdade para fazer as coisas (liberdade de auto governamento). 
· Da vontade: (autonomia de todos os indivíduos) autonomia de escolha. 
· No contrato, essas escolhas apresentam limites (há regras, como, por exemplo, não se pode fazer um contrato com um menor).
· Privada: a autonomia pode ser encarada por três pontos: 1) escolher se contrata ou não; 2) escolher com quem contratar; 3) escolher o conteúdo do contrato.
· Os limites do contrato é a autonomia privada. 
· Uma das limitações é a função social (que é o próprio auto regramento do Estado). 
· A autonomia privada está dentro dos limites (deve está dentro dos limites da lei). 
· Um dos limites da autonomia que é imposta pela lei são os vícios redibitórios. 
· A autonomia é limitada pelo princípio da supremacia (a ordem jurídica determina que deva observar o os limites impostos pela lei).
· Obrigatoriedade de: uma vez realizado o contrato, as partes apresentam deveres e obrigações. 
· Ocorre quando os sujeitos contratantes se obrigam a cumprir os exatos termos do acordo firmado, também chamado de princípio da intangibilidade (força vinculante do contrato).
· Boa fé: forma na qual os contratos devem ser regulados (Art. 422). 
· A boa fé, no direito brasileiro, deve ser encarada de maneira objetiva, sem observar a convicção do indivíduo contratante, mas sim, como uma conduta de comportamento socialmente relevante.
· Subjetiva: é a intenção interna (estado psicológico). 
· Objetiva: conduta externada pelo agente. 
· Boa fé utilizada para realizar os contratos (boa fé do homem probo/médio). 
· A boa fé é analisada em situações específicas. 
· Supressio: constitui um princípio contratual novo no qual o indivíduo perde direitos, ou seja, indica ◦ a possibilidade da perda de uma obrigação contratual em que o não exercício do direito pelo credor gera no devedor a expectativa que o não exercício se prorrogará no tempo. 
· Exemplo: Resp. 953384/SP e o 120251.4/RS. 
· Surrectio: ocorre com fato de que o exercício reiterado de uma situação jurídica de forma diferente no contrato passa a surgir um direito subjetivo.
· Venere contra facto proprium: significa comportamento contraditório. Ele ocorre quando o contratante, no desenvolvimento do contrato, age de formas distintas das relações jurídicas pactuadas.
· Ocorre tanto na expetativa do direto quando na não expectativa. 
· Complementa o princípio do surrectio e supressio. 
· É uma extensão da boa fé nos contratos. 
· É uma conduta baseada na confiança (um complemento). 
· Tu toque: também chamado "Até tu Brutus" e refere-se na seguinte situação: "aquele que descumpriu norma legal ou contratual, atingindo com isso determinada posição jurídica não pode exigir do outro o cumprimento do preceito que por ele próprio já descumprira"
· Comportamento que gera nos contratantes questões impensáveis (aparece em contratos empresariais. Exemplo: contrato de trespasse).
· Exemplo: Apelação nº 70059105403 TJ do Rio Grande do Sul e Resp. 296064 do RJ. 
· Relatividade dos efeitos: de regra, o contrato produz efeito somente entre as partes contratantes. 
· Função social: refere-se a projeção dos efeitos na esfera da realização econômica. 
· Visa à realização de riquezas. 
· Obs: os princípios devem ser analisados casuísticamente. 
Aula 3
· Revisão da aula anterior:
· Princípio da Autonomia: as partes têm a liberdade de escolher. 
· Ao realizar a escolha, as partes firmam um consenso, sendo este consenso o próprio acordo de vontades.
· Do acordo de vontade, surge regras jurídicas próprias e específicas para cada um dos contratantes. Esta obrigatoriedade, no contrato, perde sua caraterística quando há uma intervenção judicial ou quando as partes assim o desejam.
· Os efeitos nos contatos são relativos às partes que o fizeram, exceto, nos casos em o contrato permite uma estipulação em favor de terceiro.
· Estes princípios, na formulação do contrato devem ser evidentes em respeito às normas congente. 
· Elementos de validade dos negócios:
· Agente capaz. 
· Objeto lícito, possível e determinado. 
· Forma prescrita em lei. 
· Manifestação de vontade. 
· Obs: nem todo negócio é um contrato(pois, existem negócios jurídicos em que há apenas manifestação de vontade - ex: testamento), mas, todo contrato é um negócio. Todo negócio jurídico bilateral é um contrato. 
· Requisitos do Contrato: 
· Subjetivo: quanto ao comportamento do sujeito. 
· O sujeito deve ter uma capacidade genérica (que alcançada com a maioridade ou com a emancipação).
· Absolutamente incapaz é o menor de 16 anos (para fazer contrato, necessita ser representado).
· Os relativamente incapazes são: maiores de 16 e menores de 18; os ébrios e viciados; aqueles que não podem expressar a sua vontade; os pródigos.
· Aptidão específica: legitimidade para praticar os atos. 
· Consentimento: deve ser livre e consciente (não pode ter erro, dolo, coação). 
· Não pode estar viciado. 
· O consentimento deve ocorrer: no tipo de contrato, no objeto do contrato e com quem realiza o contrato.
· Vinculado ao princípio da autonomia privada. 
· Objetivo: vinculado ao objeto do contrato. Este objeto deve ser: 
· Lícito: não pode ser contrária a lei, aos bons costumes e a moral. A licitude envolve o objeto imediato (obrigação de dar, fazer ou não fazer) e mediato (a entrega da coisa).
· Possível: possibilidade física e jurídica do negócio. 
· Não se pode realizar o pacto de corvina: contrato de alienação de pessoa viva (negociar o direito de herança de uma pessoa viva).
· Determinado/ Determinável. 
· Valor econômico. 
· Formal: modo como é expresso a nossa vontade. 
· O contrato também poderá ocorrer de forma tácita (o silêncio também é uma forma de realizar um contrato. Ex: renovação de aluguel).
· Livre: os contratos podem seguir a forma livre no que se refere à escolha do contratante (verbal, escrito, por gestos →Art. 107).
· Escrita: que pode ser especial ou solene (revestido de escritura pública). 
· Pode ser realizado mediante contrato ou escritura pública. 
· Única: somente escritura. 
· Plural: quando permitir duas ou mais formas escritas (escritura pública ou instrumento particular) → Art. 108. 
· Ex: Transação; fundação. 
· Convencional: quando as partes inserem no contrato a determinação dele ser a substância do ato (fazer o contrato valer como documento de escritura pública) → Art. 109.
· Classificação dos Contratos: 
· Quanto à quantidade de obrigações (vínculo obrigacional): 
· Unilateral: a obrigação é somente de um dos lados (não há contra prestação). Ex: doação. 
· Bilateral: existe a prestação e contra prestação (duas vontades contrapostas). Ex: compra e venda. 
· Plurilateral: há diversas pessoas que manifestam a sua vontade para um fim comum. 
· Ex: criação de uma sociedade. 
Aula 4
Classificação dos Contratos: Contituação
· Quanto à onerosidade: 
· Gratuito: não haverá dispêndio de customizar um dos sujeitos (não há onerosidade por parte dos contratantes).
· Ex: doação, comodato, empréstimo. 
· Oneroso: há uma prestação e uma contraprestação entre as partes. Ambos os sujeitos contratantes irão aferirvantagens (duplicidade de custo para os envolvidos). 
· Ex: compra e venda. 
· Obs: Bifronte - o contrato permite dois comportamentos alternativos: ou o contrato vai ser oneroso ou fazer esse contrato virar gratuito.
· Obs 2: Não há contratos neutros, mas sim, contratos que irão gerar obrigações recíprocas ou obrigações a uma parte.
· Quanto ao Risco: 
· Comutativo: equilíbrio entre as prestações (que deve ocorrer no momento da celebração do contrato).
· Não há risco (apenas o risco do fortuito). 
· O risco deve ser preexistente, pois, se ele for depois de celebrado o contrato, ele estará sujeito à teoria da imprevisão.
· Não depende de um fato futuro. 
· Aleatório: realiza o contrato esperando que algo aconteça (depende de um fato futuro imprevisível). 
· Os contratos aleatórios estão ligados à uma concepção de risco. 
· Quanto a Formatação: 
· Partidário: os contratantes criam o contrato em conjunto. 
· Adesão: o contrato é criado por uma das partes e outro contratante somente adere (o contrato já "vem pronto"). Uma das partes impõe às regras jurídicas a outra.
· Se houver uma cláusula contra a lei, esta cláusula será considerada nula. 
· Formulário: é um contrato que não construído por nenhuma das partes, mas sim, criado por um terceiro que não participa deste contrato (desvinculado).
· Quanto à Pessoalidade: 
· Pessoais: quando a parte contratante for fundamental para que o contrato exista. 
· Direciona o contrato para determinadas pessoas. 
· Encontra-se isso na forma de extinção do contrato (Ex: o contrato se extingue quando ocorrer à morte de um dos contratantes).
· Ex: Mandato. 
· Impessoais: quando a parte contratante não for fundamental para que o contrato exista. 
· Ex: Compra e venda. 
· Quanto ao Tipo: 
· Típico: é aquele em que as regras estão pré-fixadas em lei. 
· Atípico: é aquele que não há previsão para o tipo contratual (não há previsão em lei) → Art. 425. 
· Ex: Contrato de locação de Shopping, contrato de opção. 
· Quanto ao Nome: 
· Nominal: há o nome do contrato em lei. 
· Inominado: não há o nome do contrato em lei. 
· Ex: Contrato de Trespasse (é um contrato de alienação). 
· Quanto a Forma: 
· Solene: o contrato deve seguir as formas estabelecidas em lei. 
· Não Solene: o contrato apresenta uma forma livre. 
· Em regra, os contratos são não solenes. 
· Quanto a Efetividade: 
· Consensual: basta o acordo de vontades para que o contrato surja efeitos. 
· Real: é aquele em que necessita do acordo de vontades + a tradição (deve ter a efetiva entrega do objeto).
· Quanto a Execução: 
· Instantâneo 
· À prazo: 
· Deferida: também chamado de "execução retardada", são aqueles que devem ser cumpridos em um só ato, mas, em momento futuro.
· Ex: compra e venda em prestações (termo, condição). 
· Trato Sucessivo: são contratos em que adimplemento se dá por atos reiterados. 
· Ex: locação.
· Quanto à natureza: 
· Civil: aquele contrato celebrado entre pessoas particulares que não são empresárias (estão em igualdade nos cumprimentos das obrigações).
· Empresarial: aquele em que pelo menos um dos lados de ter um empresário e que este sujeito não poderá ser nem consumidor ou fornecedor (é um intermediário).
· Consumidor: deve ter um fornecedor de um lado e um consumidor do outro (não importa se a pessoa é física ou jurídica).
· Administrativo: quando tiver uma pessoa de direito público. 
Aula 5
Interpretação: 
· Conceito: é dar o sentido ao contrato quando existir expressões dúbias ou mesmo contraditórias, ou seja, interpretar e pesquisar o sentido e o alcance das cláusulas contratuais.
· Significa conhecer o conteúdo de algo.
· Linhas de Interpretação: 
· Subjetiva: ao analisar um contrato pela perspectiva subjetiva deve o intérprete pesquisar, investigar o sentido da efetiva vontade do declarante. Por essa linha, a vontade real pode e deve ser investigada por todos os meios, elementos e circunstâncias que possam elucidar a lacuna ou a interpretação do contrato.
· Busca a vontade do declarante (mesmo que contrarie aquilo que ele expressou no contrato). 
· O direito brasileiro não leva em consideração a reserva mental. 
· A importância é o que a pessoa pensa e não o que está escrito. 
· Objetiva: o intérprete, nas lacunas do contrato, não irá se preocupar em investigar a vontade do declarante.
· Visa analisar o contrato escrito (interpretação gramatical/literal). 
· Eclética: a interpretação de um contrato deverá se preocupar com uma visão híbrida das duas linhas de interpretação tendo em vista que o Código Civil determina que: "nas declarações de vontade se atenderá mais a intenção nelas consubstanciada do que o sentido literal da linguagem" → Art. 112
· Teoria adotada no Brasil. 
· Para analisar uma norma deve-se observar a intenção do sujeito e o que ele quis dizer no contrato, o contrato, a boa-fé e os costumes.
· Arts. 113 (deve-se observar a boa fé) e 114 (os negócios gratuitos devem ser interpretados de forma restritiva).
· Funções: nos contratos escritos a interpretação deve primar pela análise do texto que conduz a descoberta da intenção das partes. 
· Tipos: 
· Declaratória: visa descobrir a intenção comum dos contratantes no momento da celebração do contrato.
· Busca preencher/entender o sentido do contrato. 
· Integrativa/Construtiva: visa ao aproveitamento do contrato com intuito de suprimir as lacunas e as omissões.
· Obs: se uma cláusula contratual permitir duas interpretações distintas prevalecerá a que possa produzir algum efeito.
· Obs 2: na dúvida os contratos interpretam-se contra o estipulante (aquele que propôs a causa) visto que o erro de formulação deve ser imputado ao credor.
· Enunciados da Jornada de Direito Civil: 
· 1º jornada: 17, 21 a 27. 
· 3º jornada: 168 a 170 e 175. 
· 4º jornada: 360 a 363. 
· 5º jornada: 409, 412, 431, 432, 439 e 440.
Aula 6
Formação dos Contratos:
· Negociações Preliminares: são tratativas; comentários e observações acerca de nossa vontade (é um pré contrato).
· Não chega a ser um contrato. 
· Não estão previstas no Código Civil. 
· As negociações preliminares, em regra, não obrigam os contratantes (mas, se essa negociação preliminar ganhar um relevo, de forma que um dos contratantes deixe de fazer outro contrato porque tem a perspectiva de fazer com ou outro contratante, poderá gerar um direito à indenização).
· Conceito: as partes, ao iniciar as tratativas de um negocio jurídico de forma incipiente, não vinculam entre si → Art. 186.
· A pessoa começa a ter responsabilidade quando imputa uma vontade à outra (mesmo sem ter realizado a proposta).
· Oferta/Proposta/Policitação/Oblação: a proposta deve conter todos os elementos essenciais do negócio jurídico proposto, como por exemplo: preço, quantidade, qualidade, forma de pagamento e prazo de entrega.
· As propostas podem ser diretas (direciona para pessoas específicas) ou podem ser vinculadas ao público (direcionada para todas as pessoas).
· A proposta vincula o ofertante. 
· Tem natureza de um negócio jurídico receptivo, pois, o indivíduo recebe informações da proposta (dá conhecimento a parte).
· Ex: Art. 482 → contrato de compra e venda (é necessário estar expresso o preço e o objeto).
· Vinculação da Oferta: o ofertante ou o proponente se obriga nos limite da sua proposta, salvo, se o contrato ou a circunstâncias do caso trouxer outras informações.
· O incapaz deve informar de que não há plenitude de capacidade. 
· A morte não gera incapacidade, salvo, quando o negocio for personalíssimo. 
· Proposta não Obrigatória (ou não vinculante): a oferta não obriga o proponente se contiver cláusula expressa a respeito → Art. 428.
· Situações em que o ofertante não se obriga a fazer o negócio: 
· Ex. 1: Quando o próprio proponente declara que não é definitiva a oferta e se reserva o direito de se retirar (a oferta não vale como proposta).
· Quando proposta não obriga proponente em razão da natureza do negócio. 
· Ex. 2: Quando o produto é limitada ao estoque. 
· Quando o proponente não se vincula em razão das circunstâncias do caso: 
· 1º hipótese: Art. 428, I. 
· 2º hipótese: a ofertaenviada por correspondência ou por corretor a pessoa ausente → caso em que o sujeito está incomunicável (deve ter prazo necessário para a carta chegar).
· 3º hipótese: ocorre se a oferta chegar conjuntamente com outra oferta ao seu destino ou se uma segunda oferta chegar antes da primeira.
· O que ocorre quando duas propostas: 
· Chegam ao mesmo tempo? Vale a segunda proposta. 
· A 2º proposta chega primeiro que a 1º proposta? Vale a segunda proposta.
· A 1º proposta chega primeiro que a 2º proposta? Vale a primeira proposta.
· De regra, vale a proposta que chegar primeiro. 
Aula 7
· Aceitação: é a concordância nos exatos termos da oferta. 
· Ao realizar a oferta, ele deve chegar a conhecimento da outra parte e, ao chegar a conhecimento, a outra parte irá dar a sua posição. Se a pessoa concordar com tudo e expedir a resposta estará vinculado à esta oferta (independente de chegar ao conhecimento da outra parte).
· Se uma pessoa aceitar em parte a oferta não haverá a aceitação, mas sim, uma nova oferta (ao mudar algo na oferta ela não será considerada aceitação - contra proposta).
· Quando há certeza de que aceitação foi realizada? 
· Teoria da Declaração por Informação: que significa que a aceitação será a confirmação do negócio no momento em que o sujeito escreve.
· Não é aceita no direito brasileiro, pois, o ofertante não tem conhecimento da informação. 
· Teoria da Declaração por Agnição: não há um conceito uniforme, ela se divide em três princípios.
· Declaração Propriamente Dita: refere-se ao momento final da redação da aceitação. 
· O que difere está teoria da teoria da declaração é que na anterior teoria há de analisar o subjetivismo do indivíduo. Nesta teoria o sujeito se obriga por aquilo que ele escreveu (pouco importando o que a pessoa pensava no momento em que realizou o contrato).
· Expedição: o aceitante deve além de redigir a sua concordância do contrato envia-la. 
· Não basta somente escrever o acordo, deve envia-la ao destinatário. 
· Teoria adotada no Brasil. 
· Art. 433: Regra - ao expedir e encaminhar a proposta a pessoa já se obriga pelo acordo que fez.
· A oferta se vincula a partir do momento em que é expedida, mas, ela deve chegar ao conhecimento da outra parte (visto que é um negócio jurídico unilateral receptivo).
· Exceção ao direito de retratação: Art. 434 do CC. 
· A aceitação em ausentes deve ser encaminhada a informação para que chegue ao outrem (não importando se o outro conhece a expedição).
· Recepção: o documento de aceitação deve ser redigido, enviado, recebido e lido pelo receptor.
· Obs: a aceitação poderá ser verbal ou expressa.
· Obs 2: inexistência de força vinculante da aceitação (Art. 430 e 433 do CC). 
· A) Se a aceitação for enviado mas, chegar tarde ao conhecimento do ofertante não terá caráter vinculativo (fatos imprevistos) - Art. 430.
· B) Direito de Retratação: se a aceitação for expedida e logo após for feito uma retratação. Se a retratação chegar junto ou antes da aceitação não haverá contrato.
· Lugar da Celebração/Aceitação/ Conclusão do Contrato: Art. 435. Ocorre no lugar onde o contrato foi proposto. 
· Da estipulação em Favor de Terceiro: 
· Ao realizar um contrato, as partes contratantes estão vinculadas a esse contrato em decorrência do Princípio da Relatividade dos Contratos (que, de regra, os efeitos do contrato atinge somente os contratantes).
· Mas, o Código Civil abrange casos em que os efeitos do contrato não atinge somente as partes vinculadas ao contrato, pois, ora o terceiro irá receber o benefício ora porque este sujeito irá se obrigar (apesar de não assinar).
· Conceito: ocorre quando dois indivíduos celebram um contrato e estipula que um terceiro será beneficiado. A capacidade de celebração de contrato será exigida apenas do estipulante e do promitente. O beneficiário pode ser incapaz, assim uma pessoa convenciona com outra que concederá uma vantagem ou benefício em favor de terceiro (que não é contratante) - Arts. 436 a 438.
· O beneficiário não é parte direta no contrato, é somente um sujeito que irá se beneficiar do contrato.
· Regras Legais: 
· Não se admite, na estipulação de terceiro, seguro de vida em favor da amante. 
· O estipulante pode substituir o terceiro designado no contrato independente da anuência do contratante e do beneficiado.
· O beneficiado pode executar o contrato se houver previsão no pacto. 
· Da promessa de Fato de Terceiro: Arts. 439 e 440. 
· Conceito: Ocorre quando um dos contratantes promete que um terceiro irá realizar a obrigação. 
· Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos quando este não executar a obrigação.
· É diferente da figura do contrato de mandato, pois, no mandato há uma ideia de representação (o que não ocorre na promessa de fato).
· Regras Legais: 
· Na promessa de fato de terceiro haverá responsabilidade por perdas e danos quando não acontecer o prometido.
· Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado faltar a prestação.
· Vícios Rebiditórios: 
· Conceito: são os defeitos no objeto e não são perceptíveis para a pessoa comum (e não na vontade, que são vícios de consentimento).
Aula 8 
Vícios Redibitórios:
· Conceito: são defeitos ou vícios ocultos em coisa recebida em virtude de contrato bilateral, comutativo e oneroso desde que o objeto não possa servir para uso que se destina ou que tenha ocorrido a diminuição de seu valor (deve ser um defeito de valor comensurável) → Art. 441 do CC.
· A doação modal também é passível de vícios redibitórios (contrato em que uma pessoa tem um encargo).
· Defeito aparente não cabe para este instituto. 
· Os vícios redibitórios estão relacionados a defeitos nos objetos. 
· É um problema no objeto, cujo defeito existia de forma pré-existente (antes de realizar o contrato). 
· Diferença entre Vícios Redibitórios e os Vícios de Vontade: 
· Vícios Redibitórios: é um problema no objeto (estão inseridos no plano da eficácia). 
· Vícios de Vontade: é um problema no sujeito (estão inseridos no plano da validade). 
· Requisitos: 
· Que o contrato seja bilateral, comutativo e oneroso (Exceção: nos casos de doação com encargo também).
· O defeito deve ser oculto e não aparente. 
· O defeito deve ser pré-existente ao contrato. 
· O defeito seja desconhecido do contratante. 
· O defeito deve ser grave de forma a prejudicar o uso da coisa ou que possa diminuir o seu valor. 
· Ações Edilícias (Art. 442): estão vinculadas ao objeto. 
· Quanti minores = Etimatória: tem a finalidade de abater o preço. 
· Redibitória = tem finalidade de devolução do objeto (rejeita). 
· Obs: caso o defeito decorra do uso normal do objeto, não caberá qualquer tipo de ação edilícia. 
· Se o alienante agiu de boa na venda restituirá o valor recebido + despesas do contrato. 
· No entanto, se agiu de má fé, restituirá o que recebeu + perdas e danos. 
· Prazo: Art. 445 
· Móvel: que descola de um lugar para o outro com ajuda do homem sem a sua perda de finalidade (+ os animais)
· 30 dias = fácil contestação. 
· 180 dias = difícil contestação. 
· Imóvel = 1 ano 
· Obs: esses prazos são decadenciais. 
· Os prazos para a propositura das ações edilícias podem ser aumentados, mas nunca diminuídos. Se o defeito aparecer dentro do prazo legal o adquirente é obrigado a denunciar o defeito sob pena de decadência do direito → Interpretação do STJ.
· Exceções: Art. 445, parágrafo 1. 
· A) Venda de máquinas sujeita a experimentação → Aqui o início do prazo não se dará da tradição, mas sim, do perfeito funcionamento é utilização.
· B) Vícios Redibitórios nos Animais → Conta-se da manifestação dos sintomas da doença de que é portador até no prazo de 180 dias.
· Hipóteses de não cabimento: 
· No caso de coisas vendidas conjuntamente: Art. 503 do CC. 
· A entrega de coisa diversa do contratado: 
· Inadimplemento contratual por perdas e danos (e, portanto, não cabendo os vícios redibitórios). 
· Erro na qualidade da coisa (essencial): Art. 139, inciso I.
· Gera anulação do negócio jurídico. 
· Coisa vendida em hasta pública:· Não está positivado no Código, há divergência doutrinária e jurisprudencial. 
Aula 9
Evicção: Art. 447
· Conceito: é a perda da coisa em virtude de uma sentença judicial que atribui a outrem por causa jurídica preexistente ao contrato.
· É um vício sobre a propriedade ou posse do objeto. 
· A (alienante) vende um imóvel a B (adquirente/evicto). Posteriormente, aparece um 3º (evictor) reivindicando a posse desse imóvel.
· B sofre uma ação processual reivindicatória movida pelo 3º e, caso ele perca a ação, a compra que B realizou com A foi irregular, cabendo a B um ressarcimento/restituição dos valores.
· A evicção é a garantia ao sujeito de se ver ressarcido de um objeto a partir do momento em que ele o perde por determinação legal.
· Sujeitos: 
· Alienante: é aquele sujeito que vende o objeto e responde pelos riscos da evicção. 
· Evicto: é o adquire da coisa é ao mesmo tempo o vencido na demanda promovida pelo 3º. 
· Evictor: é o 3º que propõe a ação reivindicatória e o vencedor. 
· Extensão: Os contratantes podem por cláusula expressa aumentar a garantia da extensão (reforçar), diminuir ou mesmo excluir (quando a parte resolve se excluir sua responsabilidade em caso de evicção, deverá informar a outra parte contratante do risco deste fato - não basta somente escrever) → Art. 448.
· Requisitos: 
· Perda Total ou Parcial da Propriedade. 
· Obs: Perda parcial = 50% + 1 (possibilidade de indenização ou rescisão do contrato) ou que a perda de parte deste objeto seja fundamental para a serventia da coisa.
· Se a perda for parcial gera evicção, se a perda for menor, terá direito à indenização. 
· Onerosidade do Contrato 
· Obs: Aplica-se também as doações com encargo (doação modal). 
· Ignorância da existência pelo adquirente da litigiosidade da coisa. 
· Obs: Litigiosidade não significa que necessariamente haja o processo. 
· Que ocorra, em regra, a denunciação a lide (é uma faculdade do evictor/adquirente). 
· Anterioridade do Direito do Evictor. 
· Verbas: Art. 450 
· Pagamento do preço (devolução). 
· As custas e os honorários advocatícios. 
· Indenização pelos prejuízos e despesas de contrato. 
· Indenização dos frutos que for obrigado a restituir. 
· Obs: Caso um 3º prove a posse de um imóvel por usucapião (posse que ocorreu após a venda do imóvel) B não poderá pedir evicção, pois, a causa que gerou o direito do 3º é posterior à aquisição.
· Resp. 248423 MG Relator Ministro Eduardo Ribeiro: "perdida a propriedade do bem, o evicto há de ser indenizado com a importância que lhe propiciem adquirir outro equivalente. Não constitui reparação completa a simples devolução do que foi pago mesmo com a correção monetária". 
· Evicção Parcial: Art. 455 
· Ocorre quando o evicto perde apenas parte ou fração da coisa em virtude de contrato oneroso desde que seja considerado.
Contrato Aleatório: Arts. 458 a 461.
· Conceito: são aqueles em que a prestação ou a contra prestação estão inseridos em um risco, ou seja, é um contrato bilateral e oneroso em que pelo menos um dos contratantes não pode antever a vantagem que receberá em troca da prestação fornecida.
· Aqueles contratos inseridos no risco (ex: contratos de seguros). 
· Espécie: 
· Natureza: são aqueles decorrentes da imposição legal como no contrato de seguros (não dependem de cláusulas contratuais, mas, a própria lei o determina).
· Incidentalmente Aleatório: as partes, no momento em que celebram o contrato, irão inserir cláusulas que transformam, conforme a certeza do objeto, se haverá ou não o risco.
· Vendas Futuras 
· Emptio Spei: também chamando de "venda da esperança"; neste caso o contrato de compra e venda ficará com uma probabilidade de as coisas existirem (existência da coisa) → Art. 458.
· Emptio Rei Sperata: conhecida como "venda da coisa esperada"; refere-se à estipulação em contrato da compra de determinado bem em quantidade maior ou menor da coisa esperada. Se a coisa não existir, o contrato fica nulo → Art. 459 (culpa lato sensu).
· Ex: a pessoa compra os peixes que vierem na rede. 
· Venda de Coisa Existente, mas exposta a risco. 
· Ideia de comprar uma mercadoria e assumir o risco da mercadoria ser entregue ou não em virtude do transporte.
Aula 10
Contrato Preliminar:
· Também é conhecido como promessa de contrato. 
· Segundo a legislação, ele deve obedecer a mesma forma que o contrato principal, exato na forma. 
· Exemplo deste contrato: a relação jurídica de aquisição de imóvel. 
· No contrato preliminar, uma vez concluído, tem as mesmas caraterísticas de força da obrigatoriedade.
· Se as partes resolve não cumprirem com a obrigação, a pessoa prejudicada poderá exercer o direito de cumprimento/adimplemento judicial do contrato.
· Conceito: é a relação negocial em que as partes se obrigam no futuro a celebrar contrato definitivo. 
· Obs 1: O contrato de compromisso de compra e venda por força das regras contratuais e dos direitos reais devem estar registrado no registro de imóveis. Contudo, a doutrina vem afirmando que o contrato de promessa de permuta de imóveis é passível de registro, como fator de eficácia perante terceiros (Enunciado 435 e Enunciado n. 30 da Jornada de Direito Civil) → Art. 1.417.
· Obs 2: Se ao final da estipulação do prazo do contrato definitivo uma das partes não adimplir a sua obrigação poderá o juiz suprir a não assinatura do inadimplente → Art. 464.
· Contrato preliminar obriga as partes, já a negociação preliminar não obriga! 
· Regras Legais: Arts. 462 a 466. 
· A forma é dispensada, mas, o contrato preliminar deve conter os requisitos mínimos do contrato definitivo. Ocorrendo o termo do contrato e, a parte não cumprido a sua obrigação, pode ser requerida ao judiciário o suprimento da vontade do inadimplente.
· Caso o sujeito de comum acordo não assina a escritura há como ajuizar a "ação de adjudicação compulsória" → Decreto 58/37.
· Nas obrigações unilaterais deverá manifestar na forma do Art. 466. 
· Em resumo, o contrato de promessa tem que obedece os mesmos requisitos (exceto a forma); que as partes devem cumprir ao final do prazo o contrato e se não cumprir pode ser requerido ao juiz e, assim, podendo o juiz suprir a sua assinatura (realizado pode meio de uma ação chamada de ação de adjudicação compulsória).
Contrato a Pessoa Declarar:
· Refere-se a quebra dos paradigmas da relatividade (de que no contrato, somente as partes vinculadas sofrerão os efeitos).
· Ideia de que um terceiro celebra um contrato em seu nome, mas, para que a obrigação seja cumprida por outra bem como ser beneficiário dela.
· O terceiro não é o representante. 
· É diferente da estipulação em favor de terceiro (cujo terceiro somente terá benefício). 
· É diferente da promessa de terceiro (cuja pessoa somente terá a obrigação). 
· É diferente do contrato de representação (o sujeito contratante não fala em nome próprio, mas, de terceiro).
· Conceito: nesse contrato o real comprador, que é detentor de direitos e deveres, será uma pessoa oculta que será revelada em momento posterior ao contrato, ou seja, nesse contrato um dos contratantes reserva-se o direito de indicar outra pessoa para, em seu lugar, adquirir direitos e assumir obrigações dele decorrentes no prazo de 5 dias, salvo, outro prazo não estipulado.
· Sujeitos: 
· Promitente: que assume o compromisso de reconhecer o eligendo. 
· Estipulante: pactua em seu favor a cláusula de substituição. 
· Electus: que será o eleito (somente se torna electus quando aceita o acordo). 
· Diferenças: 
· Contrato a Pessoa Declarar x Contrato de Mandato: no contrato de mandato o terceiro representa a vontade de um dos contratantes.
· Promessa de Fato de Terceiro x Contrato a Pessoa Declarar: na promessa de fato de terceiro a obrigação tão somente será do promitente, a de conseguir que um terceiro cumpra a obrigação.
· O contrato a declarar é a soma dos contratos de promessa de fato a terceiro e estipulação em favor de terceiro (pois, há a junção da obrigação com o benefício exercido pelo "terceiro" → o electus).
· Regras Legais: 
· O estipulaste tem o prazo de 5 dias, salvo, previsão emcontrato para indicar o terceiro. O contrato só vinculará as pessoas se o terceiro for insolvente, incapaz, não assumir a responsabilidade é se não for indicado em tempo hábil → Arts. 470 e 471.
Extinção:
· Causas Anteriores: fatos pré-existentes ao contrato (existem no momento da celebração do acordo). 
· Nulidade: ocorre por vícios. 
· Relativas: princípio da anulação. 
· Erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão, fraude contra credores. 
· Prazo (que é decadencial): 4 anos a partir do dia que o negócio se realizou (mas, no caso de coação começa contar o prazo a partir do dia que cessar a coação). 
· Negócio jurídico celebrado por relativamente incapaz (Art. 178) 
· Prazo: pode ser de 2 anos ou 4 anos (que é a regra geral → ocorre por meio da decadência) contados a partir do dia que a pessoa se tornar capaz.
· Obs: Não cabe a prorrogação de prazos decadenciais. 
· Absoluta: são nulas - Art. 166 e 167. 
· Contrato celebrados por absolutamente incapaz , contrato que não segue a formalidade, contrato que não tem assinatura do cônjuge, o motivo determinante do contrato celebrado é fraude, etc.
· Cláusula Resolutiva: poderá ser tácita (depende de interpelação judicial) ou expressa → Arts. 474 e 475.
· Ocorre quando a pessoa não quer mais contratar. 
· Cláusula Resolutiva Expressa: opera de pleno direito (coloca os motivos que irão gerar a extinção do contrato).
· Cláusula Resolutiva Tácita: se faz por interpelação judicial.
· Obs: o STJ, em entendimento pacífico, tem afirmado que a cláusula resolutiva (expressa ou tácita) necessita de processo judicial para ser aplicado.
· A cláusula resolutiva é pré-existente: é a presunção que qualquer contratante poderá se desvincular do contrato em caso de inadimplemento da outra parte.
· Arrependimento: é o emprego de arras (é uma estipulação contratual). 
Aula 11:
Causas Supervenientes: a cláusulas são pré-existentes, mas, o fato a ser aplicado é futura.
· Resolução: ligada a um inadimplemento. 
· Inexecução Voluntária: ocorre quando uma das partes se encontra inadimplente com a sua obrigação. 
· A doutrina determina que a resolução se divide em duas formas: 
· A) Exceção do contrato não cumprido (Exceptio Nom Adimplete Contractus): ninguém pode exigir a obrigação do outro se a outra pessoa não tiver cumprido com a sua própria obrigação → Art. 476.
· Obs: Solve Et Repete → os contratantes podem estipular esta cláusula com a intenção de excluir a regra da exceção do contrato não cumprido, ou seja, é a possibilidade do contratante se eximir da aplicação do artigo 476. Por essa cláusula o contratante se obriga a cumprir a sua obrigação mesmo diante do descumprimento do outro contratante.
· Significa que qualquer uma das partes poderá exigir a obrigação mesmo que ela não tenha cumprido a sua própria obrigação → Não é muito utilizada em contratos civis, mas sim, empresariais.
· B) O contratante pode exigir do outro uma garantia caso ocorra perigo do não pagamento da obrigação → Art. 477.
· Existe um risco de inadimplemento → que faz com que gere a necessidade de garantir. 
· Inexecução Involuntário: pode ser por fato da natureza (Art. 393 → caso fortuito ou força maior) ou fato de terceiros (Ex: em caso de furto de carro).
· Onerosidade Excessiva: (Arts. 478 a 480) também chamado de teoria da imprevisão ou Rebis Sic Stantibus.
· A legislação permite que o contrato seja resolvido quando ocorrer acontecimentos supervenientes, extraordinários e imprevistos capazes de gerar ou tornar uma prestação extremamente onerosa para um e com vantagem econômica para o outro.
· Ex: prestação de veículo; alta do dólar. 
· Obs: Para a aplicação da teoria os contratos devem ser bilaterais, comutativos e de execução no tempo (trato sucessivo); o fato deve ser superveniente, extraordinário e imprevisível; que modifique consideravelmente as prestações; que haja um nexo de causalidade entre o fato é o aumento da prestação.
· Obs 2: a doutrina e os tribunais não tem aplicada a resolução do contrato, mas sim, a manutenção do contrato → Art. 479 c/c 317.
· Resilição: ligada à vontade dos contratantes/partes. 
· Bilateral = Distrato: quando os dois contratantes resolvem de comum acordo romperem com o contrato; é um mero acordo realizado entre as partes → Art. 472.
· O Distrato se faz da mesma forma que exigida no contrato. 
· Ex: se a lei exige forma no contrato, o distrato deverá ter forma; se a lei não exigir forma, o distrato poderá ser feito de forma livre.
· Unilateral: quando apenas uma das partes quer desistir do contrato. 
· A lei usa os seguintes sinônimos: denúncia, revogação, renúncia e resgate. 
· Obs: a resilição unilateral é o meio próprio para extinguir contratos por prazo indeterminado; contratos de execução no tempo; contratos benéficos; contratos de atividade ou qualquer outro contrato que ainda não tenha sido executado → Art. 473.
· Rescisão: a doutrina tem afirmado que a rescisão é sinônimo de resolução e resilição. 
· Aplica-se tudo o que é utilizado para a resilição e resolução. 
· Morte: 
· A morte só é causa de extinção do contrato quando ele for personalíssimo. 
· Ex: Art. 682. 
Aula 12
Compra e Venda:
· Ocorre por acordo de vontades, que deve no mínimo estipular duas coisas: o preço e o objeto. 
· O contrato de compra e venda não transfere a propriedade (deve exigir a transferência do objeto). 
· Conceito: é um contrato bilateral pelo qual o vendedor se obriga a transferir o domínio (propriedade) de coisa certa, existente ou futura; e a outra parte (o comprador) se obriga a pagar o preço em dinheiro.
· Elementos: 
· Consentimento: ele deve ser livre e espontâneo (sem qualquer vício). 
· A omissão não gera consequências se o comprador nada perguntar (somente gera consequências se a pessoa pergunta e o vendedor não responde) → Reserva Mental.
· Limites: 
· Vícios da vontade; 
· Vícios de capacidade → Gera somente anulação; 
· Somente é absolutamente incapaz o menor de 16 anos (pessoas com deficiência mental é relativamente incapaz). 
· Vícios de legitimidade. 
· Objeto: 
· Pode ser atual (determinado) ou futuro (determinável). 
· Pode ser corpóreo (possibilidade de tocar, sentir) ou incorpóreo (não enxerga e nem toca, mas, são descritíveis).
· O objeto não pode estar fora do comércio (o objeto deve estar disponível). 
· Os bens não podem ser penhorados; inalienáveis; que por sua natureza não podem ser negociados.
· Obs: A compra e venda de bens intangíveis é denominada cessão. 
· Obs 2: O contrato de compra e venda não será puro (será impuro) quando houver: venda da esperança; venda da coisa esperada; ou venda de bem existente exposta a risco.
· Preço: 
· O preço não pode ser colocado a livre arbítrio de alguém (ele deve ser negociado). 
· Este preço pode ser fixado tanto pelas partes quanto por um terceiro (utilizando a arbitragem); pela utilização de tabelas, índices de cotação ou por uso dos costumes.
· O preço deve ser sempre em dinheiro ou outro documento considerado dinheiro (Ex: títulos cambias).
· Obs: As custas de registro, bem como as despesas de escritura, ficarão a cargo do comprador e às custas da tradição do vendedor.
· Cada uma das partes pagará a metade do valor nos casos das despesas. 
· Obs 2: Troca não é compra e venda (se o valor do objeto dado for superior a 50% é uma troca). Se o objeto dado for inferior a 50% é um contrato de compra e venda.
· Tradição: em regra, ocorre por coisas móveis (exceção: compra e venda de carro). 
· Registro: ocorre por bens imóveis. 
· Natureza: o contrato é bilateral (sinalagmático), consensual (somente o acordo já obriga as partes a cumprem a obrigação), oneroso, comutativo (equilíbrio entre a prestação e contraprestação).
· É possível que os contratos não sejam comutativos (Ex: compra e venda com base nos casos de aleatoriedade acessória).
· Efeitos: 
· A) Principais: 
· Obrigatoriedade recíproca dos contratantes. 
· Possibilidade de existência de vícios redibitórios. 
· Evicção. 
· B) Secundárias: 
· Os riscos são repartidos na forma do Art. 492. 
· Repartição das despesas → Art. 490. 
· Retenção da coisa edo preço → Art. 495. 
· Limites: 
· A) Venda entre Cônjuges: Art. 499
· Vender os bens entre si se não fizer parte da reação deles (depende do regime de bens).
· Os bens que não são comuns ao cônjuge (não fazem parte da comunhão) podem ser vendidos ao outro.
· B) Venda entre Descendentes e Ascendentes: Art. 496.
· Não proíbe a venda do descendente para o ascendente.
· A regra é que não pode haver a venda de ascendente para descendente → Caso ocorra é passível de anulação.
· Exceção: quando os descendentes e o cônjuge do alienante anuíssem com a venda do bem. 
· Se um dos descendentes não consentir com a venda há como o comprador requerer em juízo o suprimento da autorização dele.
· Obs: Quando o ascendente for casado sob separação obrigatória de bens a anuência é dispensada.
· Caso do Nascituro: poderá ocorrer a venda por autorização judicial pelo nomeado curador. 
· Caso do Filho Desconhecido: se não houver conhecimento pela parte de sua existência antes da realização do contrato não há a necessidade de autorização deste.
· Se a parte sabe da existência do filho ou não reconhece o filho há a necessidade a autorização deles.
· Prazo de Anulação: 2 anos (é decadencial) → Art. 179. 
· Elementos: 
· Esta anuência deve ser expressa. 
· Os descendentes sejam conhecidos do alienante. 
· C) Venda para Impedidos: Art. 497. 
· O tutor, o curador, o serventuário da justiça, o perito, o juiz, o MP (etc..) não podem adquirir móveis que estão sobre a sua posse/guarda.
· Não podem comprar nem mesmo em hasta pública (venda de bens feita pelo poder público). 
· Visa evitar as fraudes. 
· D) Venda de parte Indivisível: Art. 504. 
· Não pode ocorrer a venda de bens que não possam ser divididos. 
· Requisitos: 
· Comunicação Prévia aos Demais Condôminos. 
· Preferência para o Pagamento do Preço. 
· Exercer o Direito de Preferência no Prazo de 180 dias (sob pena de decadência). 
· E) Vendas Especiais: 
· Amostra: ocorre quando a venda se realizar à vista de protótipos (deve assegurar a coisa as qualidades que a elas correspondem) → Art. 484
· Ad Corpus (objetos inseridos dentro do imóvel) e Mensura (metragem/tamanho do objeto): a venda se refere a bens imóveis → Art. 500
· Para que possa ocorrer à resolução do contrato ou o abatimento do preço é necessário que este produto tenha uma falta substancial.
· Prazo: 1 ano a contar do registro. 
· Ações Cabíveis: redibitória (resolução), estimatória (abatimento), ex emptio (complemento). 
Aula 13
· Cláusulas Especiais: 
· Retravenda (Art. 505): é uma cláusula inserida no contrato para rever o imóvel que está sendo vendido em certo prazo, restituindo o valor mais despesas.
· Ideia de reaver o objeto. 
· Pode ser feita por bens móveis e imóveis (regra). 
· Prazo: o máximo de 3 anos. 
· Art. 506: se o comprador se recusar a receber a quantia combinada, o vendedor, para exercer o seu direito de resgate, há de depositar em juízo o valor correspondente.
· Art. 507: pode ser transmitido para herdeiros e poderá atingir terceiros. 
Aula 14
· Venda a Contento: se uma pessoa gostar a pessoa leva o produto → Art. 509 a 512. 
· Deve estipular um prazo para que a pessoa prove do objeto e, caso ela não goste, ela poderá devolver
· A decisão de aceitar deve ser feita de forma expressa → não pode ser presumida (não pode ser tácita).
· Se não estiver estipulado o preço, a parte deverá notificar a outra para que manifeste. 
· Está subordinada à uma condição suspensiva. 
· Cláusula de Preferência/ Preempção/ Prelação: é utilizada por contratos que a lei o determine (geralmente, concedido ao inquilino) ou as partes estipulem.
· É diferente da cláusula de retrovenda, pois, é uma relação entra vendedor e comprador onde o vendedor impõe uma cláusula de que no prazo de até 3 anos ele irá comprar objeto pelo mesmo preço que ele vendeu (recompra). Na cláusula de preferência há a figura do vendedor, do comprador e do inquilino (terceiro) e que o vendedor, antes de entregar ou vender algo para alguém (comprador), ele deverá oferecer ao inquilino o direito de compra do objeto.
· As partes podem estipular prazo para o exercício do direito de preferência, mas, em caso de omissão, deverá respeitar estes prazos:
· Prazo: ocorre quando não estipular a preferência. 
· Máximo: 180 para móveis e 2 anos para imóveis 
· Mínimo: 3 dias para móveis e 60 dias para imóveis. 
· Se tiver má-fé por parte da pessoa? Responderá aquele que praticou o ato por perdas e danos → Art. 518 e 519.
· Obs: O direito de preferência não se transfere aos herdeiros. 
· Reserva do Domínio: serve somente para bens móveis. 
· É uma forma de garantia. O objeto é transferido para o comprador apenas na posse, pois, a propriedade ainda permanece para aquele que ofereceu o objeto (há a figura de um terceiro).
· É diferente de alienação fiduciária: não é uma alienação contratual pura, pois, envolve um terceiro.
· Não existe para o imóvel, pois, a lei expressamente o prevê. 
· Elementos: 
· Venda a Crédito. 
· Obrigação Infungível. 
· Prestações Pagas. 
· Tradição ou Entrega do Bem ao Comprador. 
· Obrigação de Transferir a Propriedade do Bem. 
· Obs: A constituição em mora deve ser feito de forma expressa por meio de cartório ou por interpelação judicial.
· Obs 2: O contrato assinado por duas testemunhas é um título executivo extrajudicial (instrumento ◦ particular assinado por duas testemunhas) → Art. 784, III do CPC.
· Se o contrato tiver assinatura de duas testemunhas ele deixará de ser uma ação de cobrança e passa a ser uma ação de execução
· Venda sob Documentos: é contrato de compra e venda em que existe uma cláusula de que a transferência da propriedade do bem depende do registro/documento.
· Arts. 529 a 532. 
· Contrato de troca: é um contrato de escambo (troca um objeto por outro objeto). 
· Para que ocorra a troca de um objeto, se houver dinheiro envolvido, o valor dado em dinheiro deve ser menor do que 50% do valor do objeto. 
· Art. 533. 
· Contrato Estimatório: contrato em consignação. 
· É um contrato mercantil, pois, o sujeito que irá intermediar a venda é alguém que exerce a função de empresário.
· Conceito: é o contrato onde o consignante entrega bens móveis ao outro contratante (consignatário) que fica autorizado a vender o bem pagando aquele o preço no prazo estabelecido.
· Requisitos: 
· O consignante deve entregar a coisa. 
· A coisa deve ser móvel. 
· O consignatário deve devolver a coisa ou pagar o preço estipulado. 
· É um contrato a termo. 
· A coisa deve ser transferida. 
· Contrato de Doação: 
· Conceito: é o contrato em que o doador por sua liberalidade e mediante aceitação da outra (donatário) transfere do seu patrimônio bens ou vantagens.
· Elementos: 
· Contrato Unilateral e Consensual. 
· Animus Domine → liberalidade de transferência/doar. 
· Transferência do Objeto para Patrimônio Alheio. 
· Aceitação Expressa, Tácita ou Presumida (que pode ser o silêncio ou contemplação de casamento futuro).
· Obs: 
· Na doação não é necessário a autorização do cônjuge. 
· É permitida a doação recíproca entre cônjuges, exceto, na comunhão universal. 
· Doação para amante é anulável. 
· O menor não pode doar → é nulo. 
· Objeto: podem ser bens ou vantagens atuais ou futuras, exceto, herança. 
· Espécies de Doação: 
· Pura e Simples: Art. 538 
· Doação em que alguém promete doar algo (sem condições, comodato). 
· Onerosa, Modal, com Encargo ou Gravada: Art. 539 
· Doa o objeto com uma informação, na qual o recebedor do objeto deve cumprir com esta informação para fazer jus a efetiva doação.
· Remuneratória: 
· Consiste na possibilidade do doador realizar o contrato de doação em função de um pagamento de um serviço.
· Ex: pagamento de uma dívida prescrita. 
· Merecimento: Art. 540. 
· O doador ao efetivar a entrega do objeto menciona expressamente o porque está dando determinada/expõe quantia.
· Ex: o pagamento de gorjetas. 
· Mista: 
· É aquela doação que se procura beneficiar por meio de um contrato oneroso. 
· O contrato oneroso feito com valores abaixo do valor de mercado não se considera como um contrato oneroso, mas, umcontrato misto. 
· Ao Nascituro: Art. 542 
· Será válida se for aceita pelo seu representante legal. 
· Para Incapaz: Art. 543 
· Será válida independentemente de aceita pelo sujeito desde que a doação seja típica (doação pura e simples).
· Em Contemplação de Casamento para Casar: Art. 546 
· É suspensiva, pois, uma vez alcançada a condição irá gerar o direito de receber a doação. 
· De Subvenção Periódica: 
· A pessoa faz a doação de uma determinada quantia enquanto a pessoa estiver na condição 
· É resolutiva, pois, se a pessoa deixar de atender os requisitos ela deixará de receber a quantia. 
· Entre Cônjuges: 
· A doação dos cônjuges dependerá do regime de casamento, mas, impõe considera-se o adiantamento de legítima (adiantamento de herança).
· De Ascendente para Descendente: 
· Será considerada como adiantamento de legítima. 
· Conjuntiva: Art. 551 
· É quando o doador entrega a dois donatários o objeto. 
· Obs: se os donatários forem marido e mulher subsistirá a doação em favor do cônjuge sobrevivente (Parágrafo único do Art. 551).
· Inoficiosa: Art. 549 
· É aquela doação que extrapola o direito de doação, ou seja, extrapola o 50%. 
· É nula a doação que for maior do que 50% é realizar de uma única vez. 
· Com Cláusula de Reversão: 
· O doador poderá estipular o retorno do imóvel/bem doado se sobrevier ao donatário. Permite o donatário tenha o objeto de volta. 
· Feita a Entidade Futura: 
· A doação será realizada quando a fundação vier a existir. 
· Verbal ou Manual: Art. 541, parágrafo único. 
· É aquela realizada com objetos de pequeno valor. 
· Obs: Em regra, toda doação deve ser feita por documento escrito (pode ser tanto público quanto particular).
· Restrições: 
· Se o doador for considerado insolvente estaremos perante a fraude de credores (será anulável) → Art. 158 C/C 161.
· Será nula a doação que extrapolar o 50% do direto de herança → Art. 549. 
· Não se pode doar todos os bens (é nula) → Art. 548. 
· É anulável a doação do cônjuge adultere ao seu cúmplice (o prazo é decadencial de dois anos a contar da dissolução da sociedade conjugal) → Art. 550.
· Obs: a doutrina afirma que esse pedido de anulação poderá ser feito pelo outro cônjuge e pelos herdeiros necessários (descendentes, ascendentes e o cônjuge) → Aplica-se somente ao casamento (e não para união estável).
· Revogação: 
· É a anulação do negócio jurídico (contrato) pelos vícios do consentimento. 
· Por ingratidão do donatário → Art. 557 e 558. 
· Por inexecução do encargo → Art. 555 a 564. 
· Obs: O prazo para o exercício da revogação é de um ano a contar de quando chegar ao conhecimento do doador o fato previsto na lei e de ter sido donatário do autor.
· Obs 2: Não pode ser revogado por ingratidão as doações remuneratórias as feitas em virtude de casamento, as oneradas com encargo se já cumpridas e as mistas .
· As doações não podem prejudicar os direitos de terceiros → Art. 563. 
Aula 15
Contrato de Empréstimo:
· Conceito: contrato pelo qual uma pessoa entrega a outra coisa fungível ou infungível com a obrigação de restituir. Em regra, o contrato de empréstimo é gratuito e terá a seguintes espécies: espécie comodato e mútuo comodato. A doutrina chama o contrato de empréstimo de empréstimo de uso (comodato) ou empréstimo de consumo. 
· Espécie: 
Contrato Comodato:
· Conceito: é aquele no qual um sujeito empresta ao outra coisa infungível de maneira gratuita e que se perfaz com a tradição.
· Natureza: 
· É um contrato é real (ocorre com a entrega do objeto) → (8:00) É um contrato gratuito: o comodato pode ser modal (encargo). 
· É intuito persona: não é transferido a terceiros. 
· Prazo temporário. 
· O comodato é bilateral na sua formação, mas, é unilateral nos seus efeitos, pois, apenas o comandatário tem as obrigações e deveres.
· Direitos e Deveres do Comandatário: 
· O comandatário é o sujeito que utiliza do objeto (tem a posse direta da coisa). 
· Art. 582 → O comandatário é obrigado a conservar a coisa como se sua fosse e será responsável pelas despesa.
· Art. 584→ Deve arcar com todas espécies de benfeitorias mesmo no caso de comunicação e anuência do comandante.
· Art. 582 → O comandatário deve usar a coisa na forma do contrato ou de acordo com a natureza do objeto. Caso não o faça responderá por perdas e danos.
· Art. 582 → O comandatário deverá restituir a coisa ao final do prazo convencionado ou da notificação. Caso não o faça deverá indenizar o comandante.
· Direitos e Deveres do Comandante: O comandante é o dono do objeto. 
· Não há, em regra, obrigações do comandante. 
· Exigir a conservação da coisa 
· Exigir do comandatário a efetivação dos gastos para a manutenção/conservação da coisa. 
· Exigir do comandatário a devolução da coisa e se não houver poderá arbitrar o pagamento do aluguel (indenização).
· Obs: Art. 580 → não podem celebrar contrato de comodato com os bens que eles administram. 
· Obs 2: Art. 581 → o prazo é convencionado pelas partes, mas, em caso de não convenção do prazo o prazo será o tempo necessário para o uso da coisa.
· Obs 3: Art. 583 → se o comandante, em situação de risco, vier a perder a suas coisas dada em comodato, responderá o comandatário mesmo se ocorra por força maior.
· Extinção: 
· Perecimento da coisa → Art. 583. 
· Inadimplemento das obrigações (= resolução). 
· Resilição (= é unilateral, podendo ter casos em que o comodato seja bilateral = distrato). 
· Sentença Judicial → Art. 581 
· Advento do termo (quando o prazo é vencido). 
Contrato de Mútuo:
· Conceito: é o empréstimo de coisa fungível → Arts. 586 a 592. 
· "Empréstimo de Dinheiro" ou "Empréstimo de consumo". 
· Natureza: 
· É um Contrato Real. 
· Em regra, é Gratuito. 
· Não Solene. 
· Unilateral. 
· Obs: Art. 591 - Conjn Feneraticio = Juros (Art. 406) ou Taxa Selic. 
· Súmulas 539 do STJ e 541. 
· No mútuo federaticio é permitido 12% ao ano de juros ou a taxa Selic, neste caso não é permitido acrescentar outras verbas indenizatórias.
· No contrato mútuo há dois sujeitos : mutuário (que recebe a coisa) e o mutuante (que transfere a coisa).
· Obs: Em caso de risco de inadimplemento da obrigação, pode ser exigido garantia por parte do mutuante.
· Art. 590. O mútuo transfere a propriedade da coisa e o mutuante não se responsabiliza pelos riscos após a tradição.
· Art. 587. Aqui a tradição da coisa poderá ser real, ficta, simbólica. 
· Capacidade: 
· O menor que receber algo por contrato de mútuo não é obrigado a devolve-la se o representante não o sabia → Art. 588.
· Exceção: 
· Quando agiu com o dolo (quando age de forma maliciosa). 
· Quando o representante legal ratificar o mútuo e no caso do menor devolver a coisa. 
· Se for essencial para a sua manutenção, devendo neste caso ser restituído pelo devedor → Art. 589, II.
· Se o menor tiver rendimentos, mas, em tal caso, a execução não poderá exceder os seus danos.
· Se o reempréstimo reverteu em benefício do menor → Art. 589. 
· Obs: Art. 589 
· Prazo: 
· Art. 592: Se o mútuo for empréstimo de dinheiro o prazo para a devolução é 30 dias; se o objeto do mútuo for para questões agrícolas a devolução do objeto será na próxima colheita; do espaço de tempo que declarar o mutuante no caso de qualquer outro objeto; a partes podem convencionar outros prazos.
Aula 16
Empreitada: é um contrato para obra (que não é sempre uma construção física. Vale tanto para coisas corpóreas quanto incorpóreas). Uma pessoa é contratada para fazer uma determinada obra.
· Conceito: Art. 610 → É o contrato em que uma das partes, o empreiteiro, mediante remuneração a ser paga pelo outro contratante (dono da obra) fica pessoalmente obrigado ou com terceiro a realizar determinada obra. Nessa relação não há qualquer relação/vínculo de subordinação.
· É uma obrigação de resultado. 
· Natureza: 
· É um contrato bilateral/sinalagmático. 
· Oneroso. 
· Consensual. 
· Forma Livre: pode ser realizado tanto verbalmente quanto escrito. 
· Comutativo: as obrigações são equilibradas. 
· Execução de Trato Sucessivo. 
· Espécies: 
· Empreitada de Obra, Empreitada de Mão de Obra ou Empreitada de Lavor:é aquela que o empreiteiro se obriga a fazer a construção como seu trabalho apenas (podendo ser contratado empregados).
· Empreitada Mista: é aquela em que o empreiteiro se obriga como seu trabalho e no fornecimento do material (obrigação de fazer + obrigação de dar) → Art. 611.
· Obs: Na primeira forma de empreitada se acorda perece antes da entrega a responsabilidade será do empreiteiro, mas, se houver culpa. Se não houver culpa do empreiteiro a responsabilidade, e quem sofre a perda, é do dono da obra, por força do Art. 612.
· Obs 2: Na empreitada mista os riscos correm por conta do empreiteiro até o momento da entrega, salvo, se o dono estiver em mora, caos e, que a doutrina tem afirmado à solidariedade na responsabilidade → Art. 611 C/C 613.
· O preço deve ser combinado entra as partes, podendo ser global/fixo ou por medida/fixado/variado pelas partes (por etapas).
· Obs: É permitido a realização de sub-empreitadas, salvo proibição expressa no contrato → Art. 626. 
· O contrato de empreitada não é intuito persona! 
· Verificação e Recebimento da Obra: 
· O empreiteiro tem o direito de exigir do dono da obra a verificação do serviço por partes se isso de correr do contrato ou da natureza da obra e, caso esteja correta a obra, fará jus ao recebimento do valor → Art. 614.
· Concluída a obra e, estando tudo de acordo, o dono é obrigado a recebê-lo → Art. 615. 
· O prazo de 1 ano para reclamar os defeitos ocultos se refere aqueles fatos não ligados à segurança e solidez, pois, para essa situação o Art. 618 prevê 5 anos → Art. 618.
· Responsabilidade: 
· Empreiteiro: é responsável pela envergadura da obra, seja a obra pequena ou em edifícios, em suma, responde pela solidez, podendo responder perante terceiros e também pelo custo dos materiais. 
· Obs: Se o contrato de empreitada for considerado como uma relação de consumo aonde o empreiteiro é um fornecedor e, o dono da obra um consumidor, o prazo do CDC será de 5 anos na forma do Art. 27 do CDC (não se aplicando o Código Civil).
· Obs 2: Se a execução da obra for realizada por terceiros o autor do projeto de construção só estará responsável pela solidez e segurança do trabalho em razão de matéria como do solo, ou seja, nas regras do Art. 618.
· Obs 3: A responsabilidade do empreiteiro pelos danos causados a terceiros → Art. 617.
· Proprietário: 
· O proprietário é obrigado a efetuar o pagamento do preço combinado, caso não corra o pagamento pode exigir o direito de retenção → Art. 619.
· Art. 620: há a possibilidade de renegociação do valor do serviço se houver um aumento ou diminuição do valor.
· Obs: as partes ordem convencionar o reajuste do preço, desde que, tal acordo decorra de documento escrito. Cabe ao proprietário indenizar o empreiteiro pelas despesas e serviços que houver realizado, se, após iniciar a construção rescindir o contrato sem justa causa → Art. 623.
· Extinção: 
· Pela execução do contrato. 
· Pela morte do empreiteiro. 
· Pela falência ou insolvência das partes. 
· Pelo perecimento da coisa. 
· Pela resolução. 
· Pelo distrato. 
· Pela resilição unilateral. 
· Obs: Se o empreiteiro deixar de executar a sua obrigação sem justa causa, responde por perdas e danos.
· Obs 2: A extinção por morte só ocorrerá se houver previsão contratual → Art. 625. 
Aula 17
Contrato de Depósito: Arts. 627-652
· É entregar a alguém a guarda/custódia de um objeto. 
· Para que o contrato seja formado é necessário que haja a efetiva entrega da coisa.
· É um contrato real! 
· Deve guardar o objeto como se sua fosse. 
· Conceito: É um negócio jurídico em que uma das partes, nomeada depositário, recebe da outra, denominada depositante, uma coisa móvel para guardar com o dever de devolver ou restituir no prazo estipulado o quando for reclamada.
· Obs: se o contrato de depósito for oneroso o depositário poderá reter até que se efetive o pagamento → Arts. 627 C/C 644.
· Natureza: 
· Sinalagmático. 
· Real. 
· Gratuito (é unilateral, mas, se o contrato for oneroso ele será bilateral) → Art. 628. 
· Espécies: O Código Civil trata na cessão um depósito voluntário e no Art. 647 trata do depósito necessário. O depósito necessário será por forma legal ou miserável.
· O depósito voluntário também é chamado de "contratual". 
· O CPC admite ainda o depósito judicial. 
· O depósito contratual acarreta a posse da coisa enquanto o judicial acarreta a mera detenção. 
· Depósito Voluntário: 
· Conceito: É aquele em que as partes ajustaram a entrega do objeto e a sua guarda com o dever de restituir.
· A coisa deve ser restituída na forma em que foi entregue e no lugar em que foi guardada. 
· As despesas de restituição corre por conta do depositante. 
· São sujeitos, o depositário e o depositante. 
· Se o contrato fixar prazo para a restituição, o depositário deve devolver o objeto logo que ele é exigido, salvo, o direito de retenção ou na forma do Art. 633 C/C 644.
· Requisitos: 
· Real 
· Gratuito ou Oneroso. 
· Unilateral ou Sinalagmático. 
· Intuito Persona. 
· Obrigações: 
· Depositante: 
· Se o negócio for oneroso à obrigação de pagar a quantia pactuada. 
· Efetuar ou reembolsar as despesas feitas pelo depositário quando assim combinadas, ou não. Indenizar o depositário pelos prejuízos que o depósito causar. 
· Depositário: cuidador; aquele que guarda o objeto. 
· Deverá guardar a coisa como se sua fosse. 
· Conservar a coisa. 
· Restituir a coisa. 
Aula 18
· Depósito: é um contrato para que uma pessoa guarde um objeto de outra pessoa por tempo determinado. Esta pessoa irá arcar com a conservação do objeto. Pode ser oneroso ou gratuito.
· Legal: é aquele que decorre de uma imposição à própria norma é pode ser observado em diversos dispositivos legais, como Arts. 1.233; 345; 641 todos do CC. 
· Decorre de uma imposição legal. 
· Miserável: é aquele realizado por força ou por ocasião de calamidade pública (Art. 647, II). 
· Hospedeiro: também chamado de necessário por assimilação e se equipara ao depósito legal por força do Art. 649. Os hospedeiros responderão como depositários assim como pelos furtos e roubos dentro do estabelecimento.
· Obs: Em relação ao Art. 550 → A existência da cláusula de não indenizar pactuada em contrato não exime o hospedeiro de ressarcir os prejuízos por força do Art. 51, IV e I do CDC.
· Irregular: ocorre com coisas fungíveis, ou seja, é quando o depositário pode utilizar e dispuser da coisa depositada e restituir outra da mesma espécie, qualidade e quantidade (ex: depósito bancário).
· Não é permitida a prisão do depositário infiel. 
· O depósito necessário não se presume gratuito → Art. 651. 
Contrato de Mandato: contrato de prestação de serviço, pois, a pessoa agem em nome de alguém.
· Para exercer esse direito não é necessário ser advogado; a pessoa pode ter uma procuração para celebrar um negócio.
· A ideia de uma pessoa a representar alguém pode ocorrer por contrato (consensual), lei ou decisão de juiz.
· Conceito: é o contrato que se opera quando alguém receber de outrem poderes para em seu nome praticar atos ou administrar interesses. A pessoa que confere os poderes chama-se mandante e, a pessoa que aceita é o mandatário. Representante é o mandatário e o representado é o mandante. O mandato tem a representação na sua essência e que pode gerar três espécies de representante: o legal (que são os tutores); o judicial (que são os administradores judiciais; o inventariante → que ao impostos por uma determinação do juiz); convencional (que o criado pelo contrato de mandato).
· É um contrato amplo. 
· É diferente de mandado: que é uma ordem do juiz. 
· O mandato é uma forma de representação. 
· Características: 
· Gratuito. 
· Obs: Quando o mandato for decorrente de profissão ela passa a ser oneroso e, consequentemente, o contrato será bilateral.
· O mandatário é quem tem a obrigação de fazer. 
· Unilateral. 
· Consensual: se aperfeiçoa com o acordo das partes (Art. 659). 
· Comutativo: as prestações são equilibradas. 
· Intuito Persona: é pessoalíssima o por causa da confiança do mandante no mandatário. 
· Obs: a formação do contratopoderá ser feito de forma expressa ou tácita, verbal ou escrita. 
· Pessoas: 
· Que podem outorgar procuração: o mandato consensual pode ser celebrado por todas as pessoas capazes enquanto o mandato judicial (ad judia) poderá também ser celebrado por pessoa relativamente incapaz → Art. 105 do CPC.
· Obs: os menores púberes são assistidos pelos seus representantes legais e firma a procuração junto com estes, devendo outorga-la por instrumento público ou particular para o exercício da ad judicia, e se for ad negotio deve ser por instrumento público.
· Obs 2: a capacidade para celebração do ato é aferida no momento da celebração do contrato. 
· Obs 3: o pródigo pode ser mandatário e não pode ser mandante.
· Que podem receber o mandato. 
Aula 19
· Restrições:
· Os acionistas brasileiros não podem ter como representante na assembleia de acionistas procurador estrangeiro.
· Servidor Público, mesmo aposentado, não pode agir como mandatário na repartição pública.
· O mandato judicial observa as regras legais previstas na norma, no caso do advogado, o estatuto da OAB.
· Obs: O servidor público não pode advogar contra o Estado. A única exceção é para os professores da universidade, que podem advogar em causa própria contra quem lhe paga (Estado).
· A Procuração:
· A procuração é o instrumento do mandato e deve ser sempre escrita, visto que a forma de comprovar os poderes recebidos.
· Requisitos:
· Instrumento particular deve indicar a qualificação do outorgante e do outorgado, lugar aonde foi feita.
· Lugar aonde foi feita;
· Data;
· Objetivo com a extensão dos poderes conferidos {ART. 654, §1°, CC}.
· Se o ato a ser praticado exigir instrumento público, como no caso da compra e venda de imóveis acima de 30 salários mínimos, a procuração deve ser feita em cartório {ART. 657, CC}.
· O instrumento público outorgado pode ser substabelecido por instrumento particular. 
· O reconhecimento de firma, na procuração ad negotia poderá ser exigido pelo terceiro, mas no caso da ad judicia, o reconhecimento de firma é dispensado.
· Obs: Nas questões judiciais, no caso de analfabeto, a procuração tem fé pública. 
· Obs 2: o contrato de mandato pode ser expresso ou tácito, verbal ou escrito, e não se admite que seja verbal quando o ato deva ser celebrado por escrito {ART. 657 combinado com 655, CC}.
· Forma:
· A procuração poderá ser feita por instrumento particular ou instrumento público, e sua aceitação decorre do contrato de mandato.
· Espécie de contrato de mandato
· Gratuito ou oneroso: a regra do contrato é a gratuidade, só será oneroso se decorre da profissão do sujeito (quando for gerada com fins econômicos) {ART. 658, CC}.
· Expresso ou tácito {ART. 656, CC}.
· Judicial ou extrajudicial {ART. 653 combinado com 692, CC}.
· Geral ou especial: será especial quando houver restrição dos negócios, ou atos praticados e geral quando for todos os atos ou negócios {ART. 660, CC}.
· Simples ou empresarial: essa espécie tem como referência a qualificação do mandante e do mandatário {ART. 966 e 1018, CC}. 
· Solidário, conjunto, sucessivo ou fracionário {ART. 672, CC}.
· Obs: Caracteriza-se mandato aparente {ART. 686 e 689, CC} quando terceiro de boa fé contrata com alguém que tem toda a aparência de mandatário mas, na verdade, não o é.
· Obs 2: O mandato especial é restrito ao negócio especificado, não cabendo análise extensiva dos poderes. O mandato em termos gerais {ART. 661, CC} só confere poderes de administração (ordinários). Embora o objeto de mandato tenha interpretação restritiva, a outorga de alguns poderes implica a de outros que são conexos. 
· Ex.: receber uma dívida envolve dar quitação; vender um imóvel acarreta a assinatura da escritura.
· Quando o artigo 661, §1°, estipula que a administração é ordinária, compreende atos de simples gerência, como por exemplo a contratação e despedida de pessoal; pagamento de impostos; realização de pequenos reparos, não autorizando no entanto, a constituição de hipoteca e alienação de bens, salvo, nesse caso, a finalidade da empresa.
· O mandato com poderes especiais só autoriza a prática de um ou mais negócios especificados no instrumento, não cabendo analogia extensiva.
· Obs: O artigo 672 há uma presunção de que o mandato outorgado a mais de uma pessoa é solidário, podendo qualquer uma delas atuar e substabelecer separadamente. Para que sejam considerados mandatários conjuntos ou especificamente designados para a realização de determinados atos, é indispensável que conste no instrumento. Se os mandatários forem designados em conjunto, só ficarão impedidos de atuar em separado, podendo ser ratificado.
EXERCÍCIOS
	1) A joalheiria Falcatruas Limitada, com receio de furto em feriados prolongados, alugou um cofre no banco Calote SA, e entregou-lhe as mais valiosas jóias do seu estoque. Essa operação constitui um contrato? Em caso afirmativo, qual a modalidade? Fundamente a sua resposta.
	2) Se um ocupante de um imóvel se recusa a desocupá-lo após a renúncia do contrato de comodato, ele passa a dever os aluguéis referentes a todo o período de ocupação? 
Aula 20
· Obrigações e Direitos: 
· Mandatário: 
· Agir em nome do cliente. 
· Cuidado e Diligência no exercício da função: Haverá necessidade de comprovação da culpa do mandatário se o mesmo não agir com a diligência habitual. O Art. 667 trabalha a base da diligência ordinária (análise em concreto). Na responsabilidade contratual se observada pelo prisma subjetivo é necessário a prova da culpa (profissão liberal), no entanto, se o mandatário exercer a atividade como empresa a responsabilidade será analisada objetivamente. Se houver a proibição do substabelecimento usados, praticados pelo substabelecido não obrigam o mandato salvo se houver ratificação. Se houver substabelecimento autorizada só serão imputáveis ao mandatário se este agir com culpa na desfolha desses ou nas instruções dadas a ele e desde que causados pelo substabelecido (Art. 667).
· Prestação de contas: O mandatário estará dispensado de prestar contas quando agir em nome/causa própria. A prestação de contas, sendo uma obrigação do mandatário, pode ser feita espontaneamente, sem que o mandante lhe peça, ou a requerimento administrativo/judicial. Tal obrigação transmite aos herdeiros do mandatário (Art. 668).
· Apresentar a procuração: não tem a obrigação de apresentar, mas, se for requerido, ele terá o dever de fazer.
· Concluir o negócio já começado embora ciente da morte, interdição ou mudança do Estado do mandante, se houver perigo na demora.
· Obs: Se o mandatário obtiver lucro maior do que o esperado na realização do negócio deverá repassá-lo ao mandante; por outro lado, não poderá compensar os prejuízos que deu causa com os proveitos que tenham por outro lado recebido do seu constituinte.
· Mandante: 
· Podem ser encaradas de duas formas: 
· 1º) Satisfazer as obrigações contraídas pelo mandatário na forma do contrato. 
· 2º) Efetuar o pagamento da remuneração ajustada bem como as despesas necessárias para a execução do contrato.
· Obs: Se o mandato não for gratuito, por convenção das partes ou por força do ofício, incumbe o mandante pagar remuneração ajustada ou a que for arbitrada judicialmente, isto ocorre porque o serviço de mandato é uma obrigação de meio.
· O mandatário tem direito de reter o objeto a que seja reembolsado do encargo despendeu. O direito de retenção não vale para o advogado. 
· Obs 2: Se forem vários os outorgantes e se tratar de negócio comum todos são solidariamente responsáveis pelas dívidas decorrentes do contrato de modo que o procurador pode cobrar de qualquer um deles em conjunto ou isoladamente.
· Extinção: 
· O Art. 682 traz os motivos: 
· 1º) Perda da Confiança: o que irá gerar a revogação (mandante) ou a renúncia (mandatário). 
· Obs: A revogação do contrato deve ser notificada. 
· A revogação pode ser expressa ou tácita, mas, a renúncia sempre ser expressa. 
· A revogação pode ser total ou parcial. 
· A renúncia do mandato será comunicada ao mandante na forma do Art. 688. 
· 2º) Pela morte ou interdição de uma das partes.· 3º) Pelo término do prazo ou conclusão do negócio. 
· 4ª) Pela mudança do estado civil do indivíduo. 
· Irrevogabilidade: 
· Pode-se afirmar que o contrato de mandato é irrevogável quando: 
· Houver cláusula de irrevogabilidade. 
· Em caso de violação, pagará perdas e danos. 
· Quando conferida em causa própria → Art. 686. 
· Quando a cláusula for condição de um negócio bilateral ou for do exclusivo interesse do mandatário e dado que contenha poderes de cumprimento ou confirmação de negócios vinculados.
· Mandato Judicial: Art. 692 
· Este tipo de mandato só pode ter como mandatário pessoal legalmente habilitada (o advogado). 
· A procuração conferida ao advogado pode ser pública ou privada e valerá desde que assinada pelo outorgante. O menor púbere também pode ser mandante se assistido pelo representante legal. A procuração pode ser foro geral ou foro especial (Súmula 216 do STF).
· Obs: Não é necessário o reconhecimento de firma para procuração adjudícia feita a advogado. 
Contrato de Comissão: Arts. 693-709
· Conceito: É o contrato em que um dos contratantes (comissário → o vendedor/intermediário) se obriga a realizar negócios em favor do outro denominado comitente (cliente) segundo as instruções deste.
· É um contrato bilateral, consensual, comutativo, oneroso, não solene e intuito persona.
· Direitos e Deveres: 
· Comissário: 
· Comitente: 
· Obs: Clásula del Credere
Aula 21
Contrato de Fiança:
· É um documento acessório vinculado à contrato de empréstimo.
· É consensual, oneroso (bilateral) e gratuito (unilateral).
· "Irmã do Aval".
· Visa garantir um contrato.
· Deve ter autorização do cônjuge, pois, se não houver, terá como consequência torna anulável o ato praticado podendo pleitear em até 2 anos após o término do casamento → Art. 1647.
· Qualquer pessoa capaz pode ser fiador, exceto: o falido e progrido.
· Obs: Art. 820 → Para ser fiador é necessário apenas capacidade plena de direito, mas, em caso de casamento é necessário que haja autorização conjugal, salvo, na separação absoluta e independe do consentimento do devedor ou mesmo contra a sua vontade.
· Efeitos: Arts. 827-836. 
· Benefício de Ordem: consiste no direto de exigir que sejam primeiro executados os bens do devedor principal na forma do Art. 827.
· A fiança, por ser um contrato acessório, segue o principal, por este motivo o benefício de ordem pode não ser utilizado nas seguintes situações:
· Se o fiador renunciou expressamente. 
· Se o fiador se obrigou como principal pagador/devedor ou devedor solidário. 
· Se o devedor é insolvente ou falido. 
· A fiança que possui o benefício de ordem é encarada como uma prerrogativa em que o fiador tem de invocar até a contestação da lide ou no prazo da nomeação de bens a penhora; indicando e nomeando bens passíveis para solver o débito do devedor existente.
· Enunciado 364: No contrato de fiança é nula a cláusula de renúncia antecipada ao benefício de ordem quando inserida em contrato de adesão.
· Somente poderá ser cobrado da dívida se antes da combinação já tiver sido esgotado a cobrança sobre o devedor principal.
· O fiador poderá exigir que o credor cobre do afiançado em primeiro. 
· É possível inserir uma cláusula que exclua o benefício de ordem. 
· O contrato de fiança pode ser: executado ou cobrada. 
· Solidariedade: ocorre na fiança conjunta onde vários fiadores garantem uma única dívida e que declaram a não se reservarem a obrigação de divisão → Art. 829.
· Obs: Se a mesma dívida é garantida por vários fiadores outorgados em separado cada fiador pode pagar a dívida na totalidade. A mesma coisa acontecerá se a fiança for feita em um único documento.
· A fiança pode ser total ou em parte e quem efetuar o pagamento sub-roga-se no direto, mas, só poderá cobrar dos demais fiadores a quota parte. O fiador tem o direito de cobrar juros → Art. 830. 
· Extinção: 
· A morte do fiador extingue a fiança, mas, os seus herdeiros estão obrigados até o limite de suas forças (a sua quota parte que tem direito na fiança).
· Pelo fim do contrato. 
· Pelo distrato. 
Contrato de Agência e Distribuição:
· Conceito: No contrato de agência o agenciador assume obrigação de promover por conta do agenciado a realização de certos negócios de forma não eventual e sem dependência mediante uma remuneração e decepção em determinada zona.
· Natureza: 
· Consensual. 
· Bilateral. 
· Comutativo. 
· Oneroso. 
· Intuito Personae. 
· Obs: No contrato de agência há uma relação entre empresários, com independência hierárquica, com ◦ finalidade de intermediação de forma não eventual para a prática de negócios mediante retribuição. Remuneração: Art. 714. 
· Direitos e Obrigações: 
· O agente no desempenho das suas obrigações deve agir com toda lealdade e diligência atendendo às instruções recebidas pelo proponente.
· Diretos do Agente: 
· Exclusividade Territorial. 
· Direto a Remuneração e a de Indenização se houver demissão sem justa causa. 
· O agenciado por sua vez tem direto a retenção do pagamento por resilição contratual do agente para a garantia dos possíveis prejuízos.

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