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N1 – CONTRATOS EM ESPÉCIE - Caso Júlia Para concretizar os planos da empresária Júlia e sua sócia Cláudia garantindo segurança jurídica à todas as partes envolvidas nos diversos tipos de negócios, deverão ser pactuados alguns contratos, que serão detalhados a seguir. Para formalizar a parceria entre Júlia e Cláudia nos moldes de sociedade simples, assim como desejam, deverão pactuar um contrato social seguindo o disciplinado no art. 997 do Código Civil de 2002, que determina que a sociedade simples se constitui mediante contrato escrito, devendo conter as especificações dos incisos. Além disso o contrato deverá ser registrado no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sede da empresa dentro de 30 (trinta) dias de sua constituição. Seguindo a linha de ações propostas, o caso apresenta que Júlia pretende comprar um imóvel, dando determinado valor como entrada e financiando o restante, valendo-se de um empréstimo. Para a aquisição de empréstimo e financiamento também será necessário formalizar contratos. Para a compra do imóvel o contrato a ser utilizado será a promessa de compra e venda de imóvel, prevista no artigo 1.417 do Código Civil, que assim dispõe: “Mediante promessa de compra e venda, em que se não pactuou arrependimento, celebrada por instrumento público ou particular, e registrada no Cartório de Registro de Imóveis, adquire o promitente comprador direito real à aquisição do imóvel.” Considerando a necessidade da empresária em reformar o imóvel sem a preocupação com materiais e mão de obra, o contrato ideal seria o de empreitada, previsto no artigo 610 do CC, que determina que “o empreiteiro de uma obra pode contribuir para ela só com seu trabalho ou com ele e os materiais.”. Portanto, as partes podem pactuar livremente no sentido de que o empreiteiro ficará responsável não só pela mão de obra, como também pelo fornecimento dos materiais necessários. Já para o showroom, há necessidade de um contrato de locação dos materiais que serão utilizados, que está previsto no Código Civil no art. 565: “Na locação de coisas, uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição.”. Como os manequins serão cedidos por uma amiga para o evento, poderão pactuar um contrato de comodato, que é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis, de acordo com o artigo 579 do Código Civil. Para a realização das atividades da loja em geral, a empresária optou por terceirizar os serviços. A fim de que não haja qualquer desrespeito com a legislação trabalhista, a empresária poderá valer-se de um contrato de prestação de serviços, nos termos do artigo 593 e seguintes. O caput assim dispõe: “A prestação de serviço, que não estiver sujeita às leis trabalhistas ou a lei especial, reger-se-á pelas disposições deste Capítulo.” Considerando que Júlia não estará sempre presente para realizar os negócios da loja e necessita de uma pessoa que realize alguns atos de poder em seu lugar. Portanto, a empresária poderá optar por um contrato de mandato para outorgar poderes a outrem, conforme o artigo 653: “Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.” Por fim, o último contrato aplicado ao caso será o de seguro, que irá ressarcir a empresária de danos que vierem a ocorrer em possível acidente com a loja. Este tipo de contrato também está disciplinado no Código Civil, em seu artigo 757 e seguintes: “Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados.” REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Código Civil. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm#capituloviempr estimo.
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