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TUTORIA 2 - NEUROLOGIA

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TUTORIA 2 – NEUROLOGIA 
PERGUNTAS: 
1. Qual a origem embrionária da medula? 
A medula espinhal é originada a partir do tubo neural. 
A medula espinhal primordial se desenvolve da parte caudal da placa neural e da 
eminência caudal. O tubo neural caudal ao quarto par de somitos se desenvolve na 
medula espinhal. As paredes laterais do tubo neural se espessam, reduzindo 
gradualmente o tamanho do canal neural até somente um músculo canal central da 
medula espinhal existir na 9 a 10 semana. 
(MOORE, Embriologia Clínica, Pág. 475 e 476) 
2. Descreva o processo de formação da medula. 
A – Secção transversal do tubo neural de um embrião de aproximadamente 23 dias. B 
e C – Secções similares na 6 e na 9 semana, respectivamente. 
D – Secção da parede da medula espinhal em desenvolvimento mostra suas três zonas. 
Obs: o canal neural do tubo neural se converte no canal central da medula espinhal 
(A C) 
Por volta da 3 semana de gestação, ocorre um espessamento do ectoderma formando 
a chamada placa neural. --> Placa neural cresce progressivamente se espessando e 
adquire um sulco longitudinal denominado sulco neural, que se aprofunda para 
formar a goteira neural. --> Os lábios da goteira se fundem formando o tubo neural. 
Ocorre o crescimento das paredes do tubo neural, mas permanecem sem fechar nas 
extremidades, dando origem aos neuróporos rostral e caudal. --> O neuróporo caudal 
dará origem à medula. --> O tubo neural se espessará deixando um pequeno canal na 
qual dará origem ao canal medular. 
(MACHADO, 3edição, pág. 19) 
3. Correlacione a formação da medula com a coluna vertebral. 
No adulto, a medula não ocupa todo o canal vertebral, uma vez que termina no nível 
da segunda vértebra lombar. Abaixo desse nível, o canal vertebral contém apenas 
as meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos espinhais que, dispostas em 
torno do cone medular e filamento terminal constituem, em conjunto, a chamada 
cauda equina. 
A diferença de tamanho entre a medula e o canal vertebral, bem como a disposição das 
raízes dos nervos espinhais mais caudais, formando a cauda equina, resultam de 
ritmos de crescimento diferentes, em sentido longitudinal, entre medula e coluna 
vertebral. Por isso, a medula ocupa todo o comprimento do canal vertebral, e os nervos, 
passando pelos respectivos forames intervertebrais, dispõem-se horizontalmente, 
formando com a medula um ângulo aproximadamente reto. 
Entretanto, a partir do quarto mês, a coluna começa a crescer mais do que a 
medula, sobretudo em sua porção caudal. 
Ainda como consequência da diferença de ritmos de crescimento entre coluna e medula, 
há um afastamento dos segmentos medulares das vértebras correspondentes. Assim, 
no adulto, as vértebras T11 e T12 não estão relacionadas com os segmentos medulares 
de mesmo nome, mas sim com segmentos lombares. 
Assim, uma lesão da vértebra T12 pode afetar a medula lombar. Já uma lesão da 
vértebra L3 irá afetar apenas as raízes da cauda equina, sendo o prognóstico 
completamente diferente nos dois casos. 
 
 
 
A – Na 8 semana 
B – Na 24 semana 
C – Neonato 
D – Adulto 
4. Qual a aplicação prática desse conhecimento? 
No adulto, as vértebras T11 e T12 não estão relacionadas com os segmentos 
medulares de mesmo nome, mas sim com segmentos lombares. O fato é de grande 
importância clínica para diagnóstico, prognóstico e tratamento das lesões 
vértebromedulares. Assim, uma lesão da vértebra T12 pode afetar a medula lombar. 
Já uma lesão da vértebra L3 irá afetar apenas as raízes da cauda equina, sendo o 
prognóstico completamente diferente nos dois casos. E, pois, muito importante para o 
médico conhecer a correspondência entre vértebra e medula. 
Não havendo perigo de lesão da medula, esta área é ideal para a introdução de uma 
agulha no espaço subaracnóideo, o que é feito com as seguintes finalidades: 
a) retirada de líquor para fins terapêuticos ou de diagnóstico nas punções lombares 
(ou raquidianas); 
b) medida da pressão do líquor; 
e) introdução de substâncias que aumentam o contraste em exames de imagem, 
visando o diagnóstico de processos patológicos da medula na técnica denominada 
mielografia; 
d) introdução de anestésicos nas chamadas anestesias raquidianas. 
e) administração de medicamentos. 
 
5. Qual a função da coluna vertebral? 
As funções da coluna consistem em sustentar o tronco, proteger a medula espinal e 
os nervos espinais e proporcionar fixação para músculos. Ela é também um local 
importante de hematopoese (o processo de renovação celular do sangue por meio de 
processos mitóticos, pois estas células possuem vida muito curta) durante toda a vida. 
(GRAYS, Anatomia Humana, Pág. 2156 a 2159, Versão digital) 
6. Como é a divisão da coluna vertebral? 
Estende-se do crânio até a pelve. É formada por 33 vértebras, discos intervertebrais 
e ligamentos. É composta por tecido conjuntivo e por uma série de ossos, chamados 
vértebras, as quais estão sobrepostas em forma de uma coluna, daí o termo coluna 
vertebral. A coluna vertebral é constituída por 24 vértebras + sacro + cóccix e constitui, 
junto com a cabeça, esterno e costelas, o esqueleto axial. 
A coluna possui 33 vértebras sendo: 7 cervicais (C1 a C7), 12 torácicas (T1 a T12), 
5 lombares (L1 a L5), 5 sacrais (S1 a S5) e 4 coccígeas (Cco1 a Cco4). 
 
 
 
 
7. Qual o número de vértebras de cada segmento da coluna vertebral? A coluna 
vertebral é dividida em: 
• Cervical: 7 vértebras cervicais 
• Torácica: 12 vértebras torácicas 
• Lombar: 5 vértebras lombares 
• Sacral: 5 vértebras sacrais 
• Coccígea: 4 vértebras coccígeas 
Totalizando 33 vértebras. 
(GRAYS, Anatomia Humana, Pág. 2156 a 2159, Versão digital) 
8. Descreva a anatomia da medula. 
Cranialmente, a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do forame 
magno do osso occipital. 
O limite caudal da medula tem importância clínica e. no adulto, situa-se geralmente na 
2 vértebra lombar (L2). 
A medula termina afilando-se para formar um cone, o cone medular, que continua com 
um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal. 
Apresenta duas dilatações denominadas intumescência cervical, localizada no 
nível cervical, e intumescência lombar, situada no nível lombar. Essas 
intumescências são áreas que fazem conexão entre a medula e as grossas raízes 
nervosas que formam o plexo braquial, destinado a inervação dos membros 
superiores e lombossacral, destinado a inervação dos membros inferiores. 
Plexo braquial: consiste em um conjunto de nervos formado pelo ramo anterior da 
medula espinhal dos quatro nervos cervicais e o primeiro nervo torácico (C5, C6, C7, 
C8 e do T1). Plexo lombossacral: É constituído pelos ramos ventrais dos nervos 
espinais de L1, L2, L3 e L4. 
A formação destas intumescências se deve à maior quantidade de neurônios e, 
portanto, de fibras nervosas que entram ou saem destas áreas e que são necessárias 
para a inervação dos membros. 
A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos longitudinais, que a percorrem 
em toda a extensão: 
• Sulco mediano posterior 
• Fissura mediana anterior 
• Sulco lateral anterior 
• Sulco lateral posterior 
• Sulco intermédio posterior (existe na medula cervical) 
No sulco lateral anterior, fazem conexão as raízes ventrais dos nervos espinhais. 
No sulco lateral posterior, fazem conexão as raízes dorsais dos nervos espinhais. 
As raízes ventrais são raízes motoras e as raízes dorsais são sensitivas. 
 
Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a 
forma de uma borboleta ou de um H. Nela, distinguimos, de cada lado, três colunas que 
aparecem nos cortes como cornos e que são as colunas anterior, posterior e lateral, 
que são regiões da substância cinzenta. A coluna lateral, entretanto, só aparece na 
medula torácica e parte da medula lombar. No centro da substância cinzenta 
localiza-se o canal centralda medula 
(ou canal do epêndima), resquício da luz do tubo neural do embrião. 
A substância branca é formada por fibras, a maior parte delas mielínicas, que sobem 
e descem na medula e podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou 
cordões. Então os funículos são, basicamente, agrupamentos de fibras nervosas de 
maioria mielinizada. Temos os funículos: 
• funículo anterior - situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior; 
• funículo lateral - situado entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior; • funículo 
posterior - entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior, este último ligado 
à substância cinzenta pelo septo mediano posterior. 
Na parte cervical da medula, o funículo posterior é dividido pelo sulco 
intermédio posterior em fascículo grácil e fascículo cuneiforme. 
 
 
9. O que são os nervos espinhais? (composição...) 
Nervos são cordões esbranquiçados constituídos por feixes de fibras 
nervosas, reforçadas por tecido conjuntivo, que unem o sistema nervoso central 
aos órgãos periféricos. 
Podem ser espinhais ou cranianos, dependendo se o nervo faz conexão com a medula 
ou o encéfalo. 
A função dos nervos é conduzir, através de suas fibras, impulsos nervosos do 
sistema nervoso central para a periferia (impulsos eferentes) e da periferia para o 
sistema nervoso central (impulsos aferentes). 
As fibras nervosas que constituem os nervos são, em geral, mielínicas com 
neurilema (tecido laminar que envolve os nervos, pouco resistente). São três as 
bainhas conjuntivas que entram na constituição de um nervo: epineuro, perineuro e 
endoneuro. 
Nos nervos, a condução dos impulsos nervosos sensitivos se faz por meio 
do prolongamento periférico de um neurônio sensitivo (morfologicamente 
esse prolongamento é um axônio). 
Nervos espinhais são aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e 
são responsáveis pela inervação do tronco, dos membros e partes da cabeça. 
Cada nervo espinhal é formado pela união das raízes dorsal (que se liga ao sulco 
lateral posterior da medula) e ventral (que se liga ao sulco lateral anterior da medula) 
através de filamentos radiculares. 
Na raiz dorsal localiza-se o gânglio espinhal, onde estão os corpos dos 
neurônios sensitivos pseudounipolares, cujos prolongamentos central e periféricos 
formam a raiz. 
A raiz ventral é formada por axônios que se originam em neurônios situados nas 
colunas anterior e lateral da medula. 
Da união da raiz dorsal, sensitiva, com a raiz ventral, motora, forma-se o tronco do 
nervo espinhal, que funcionalmente é misto. 
• Raízes ventrais – motoras 
• Raízes dorsais – sensoriais 
10. Há quantos nervos espinhais? 
Existem 31 pares de nervos espinhais, aos quais correspondem 31 segmentos 
medulares assim distribuídos: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e, 
geralmente, 1 coccígeo. Existem oito pares de nervos cervicais, mas somente sete 
vértebras. 
Referência: Machado- 3ª ed, pág 39 
11. O que são dermátomos? 
Denomina-se dermátomo o território cutâneo inervado por fibras de uma única raiz 
dorsal. O dermátomo recebe o nome da raiz que o inerva. Assim, temos os dermátomos 
C3, T5, L4 etc. O estudo da topografia dos dermátomos é muito importante para a 
localização de lesões radiculares ou medulares e, para isso, existem mapas onde são 
representados nas diversas partes do corpo. 
Dermátomos mais importantes: 
• T4 = No mamilo 
• T10 = Região umbilical 
 
12. Quais são as funções da medula? 
A medula espinhal é responsável por conduzir informações de diversas regiões 
do organismo para o cérebro e deste para outras regiões. Essas informações são 
transmitidas por meio dos chamados impulsos nervosos, que podem ser eferentes 
(levar alguma informação) ou aferentes (trazer alguma informação). 
Além disso, ela atua de forma independente do cérebro, sendo responsável pelos 
chamados atos reflexos, que são respostas involuntárias rápidas do organismo 
mediante determinados estímulos. 
13. Como é a divisão histológica da medula? (Tem um problema só de meninges) 
 
Dura-máter: A meninge mais externa é a dura-máter, formada por abundantes 
fibras colágenas que a tornam espessa e resistente. Envolve toda a medula, como 
se fosse um dedo de luva, o saco dural. Cranialmente, a dura-máter espinhal continua 
com a dura-máter craniana, caudalmente termina em um fundo-de-saco no nível da 
vértebra S2. Prolongamentos laterais da dura-máter embainham as raízes dos nervos 
espinhais, continuando com o tecido conjuntivo (epineuro) que envolve estes nervos. 
Os orifícios necessários à passagem de raízes ficam então obliterados, não permitindo 
a saída de líquor. 
Aracnóide: Entre a dura-máter e a pia-máter. Folheto justaposto à dura-máter e 
um emaranhado de trabéculas, trabéculas aracnóideas, que unem esse folheto à pia-
máter. 
Espaço subaracnóideo: Está entre a pia-máter e a aracnoide e contém uma 
quantidade razoavelmente grande de líquido cerebroespinhal ou líquor. Nesse espaço 
se encontram apenas o filamento terminal e as raízes que formam a cauda equina. Não 
havendo perigo de lesão da medula, esta área é ideal para a introdução de uma agulha 
no espaço subaracnóideo. 
Pia-máter: A meninge mais delicada, em íntimo contato com a superfície da medula e 
penetra na fissura mediana anterior. 
O espaço extradural localiza-se entre a parte espinal da dura-máter e os tecidos 
(periósteo) que revestem o canal vertebral. Ele contém tecido conjuntivo frouxo, tecido 
adiposo, um plexo venoso. 
Anestesia peridural ou epidural (parto normal) 
14. De que é composta a substância branca? 
 
A substância branca é formada por fibras, a maior parte delas mielínicas, que sobem 
e descem na medula e podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou 
cordões, a saber: 
• Funículo anterior – situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior; 
• Funículo lateral – situado entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior; • Funículo 
posterior – entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior, este 
último ligado à substância cinzenta pelo septo mediano posterior. Na parte cervical 
da medula, o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em 
fascículo grácil e fascículo cuneiforme. 
15. Descreva as principais vias ascendentes e quais informações elas levam. 
Vias ascendentes do funículo posterior 
No funículo posterior existem dois fascículos, grácil (situado medialmente) e 
cuneiforme (situado lateralmente), separados pelo sulco intermédio posterior. 
Estes fascículos são formados pelos ramos ascendentes longos das fibras do 
grupo medial da raiz dorsal, que sobrem no funículo para terminar no bulbo. Estas 
fibras nada mais são que os prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos nos 
gânglios espinhais. 
O fascículo grácil inicia-se no limite caudal da medula e é formado por fibras que 
penetram na medula pelas raízes coccígea, sacrais, lombares e torácicas baixas, 
terminando no núcleo grácil, situado no tubérculo grácil do núcleo grácil no bulbo. O 
fascículo grácil conduz impulsos provenientes dos membros inferiores e da 
metade inferior do tronco e pode ser identificado em toda a extensão da medula. 
O fascículo cuneiforme é evidente apenas a partir da medula torácica alta, é formado 
por fibras que penetram pelas raízes cervicais e torácicas superiores, terminando no 
núcleo 
cuneiforme, situado no tubérculo do núcleo cuneiforme do bulbo. O fascículo 
cuneiforme conduz impulsos originados nos membros superiores e na metade 
superior do tronco. 
Do ponto de vista funcional, não há diferença entre os fascículos grácil e cuneiforme, 
sendo assim, o funículo posterior da medula é funcionalmente homogêneo, 
conduzindo impulsos nervosos relacionados com: 
• Propriocepção consciente ou sentido de posição e de movimento (cinestesia) – 
permite, sem o auxílio da visão, situar uma parte do corpoou perceber seu movimento. 
• Tato discriminativo (ou epicrítico) – permite localizar e descrever as 
características táteis de um objeto. 
• Sensibilidade vibratória – percepção de estímulos mecânicos repetitivos. 
Basicamente, os fascículos grácil e cuneiforme estão relacionados a 
sensibilidade profunda. 
Vias ascendentes do funículo anterior 
No funículo anterior localiza-se o trato espinotalâmico anterior, formado por axônios 
de neurônios cordonais de projeção situados na coluna posterior. 
Estes axônios cruzam o plano mediano e fletem-se cranialmente para formar o 
trato espinotalâmico anterior, cujas fibras nervosas terminam no tálamo e levam 
impulsos de pressão e tato leve (tato protopático). Esse tipo de tato, ao contrário 
daquele que segue pelo funículo posterior, é pouco discriminativo e permite, apenas 
de maneira grosseira, a localização da fonte de estímulo tátil. 
A sensibilidade tátil tem, pois, duas vias na medula, uma direta (no funículo posterior) 
e outra cruzada (no funículo anterior). 
Vias ascendentes do funículo lateral 
Trato espinotalâmico lateral – neurônios cordonais de projeção, situados na 
coluna posterior, emitem axônios que cruzam o plano mediano na comissura branca, 
ganham o funículo lateral, onde se fletem cranialmente para constituir o trato 
espinotalâmico lateral, cujas fibras terminam no tálamo. 
O trato espinotalâmico lateral constitui a principal via através da qual os impulsos de 
temperatura e dor chegam ao cérebro. 
Junto do trato espinotalâmico lateral, seguem também as fibras espinorreticulares, 
que também conduzem impulsos dolorosos. Essas fibras fazem sinapse na chamada 
formação reticular do tronco encefálico, onde se originam as fibras retículotalâmicas, 
constituindo-se assim a via espino-retículo-talâmica. Essa via conduz impulsos 
relacionados com dores do tipo crônico e difuso (dor em queimação), enquanto a 
via espinotalâmica se relaciona com as dores agudas e bem localizadas da 
superfície corporal. 
Trato espinocerebelar posterior – neurônios cordonais de projeção, situados no 
núcleo torácico da coluna posterior, emitem axônios que ganham o funículo lateral 
do mesmo lado, fletindo-se cranialmente para formar o trato espinocerebral 
posterior. As fibras deste trato penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar 
inferior. 
O trato espinocerebelar posterior leva impulsos de: 
• propriocepção inconsciente originados em fusos neuromusculares e 
órgãos neurotendinosos. 
Trato espinocerebelar anterior – neurônios cordonais de projeção, situados na 
coluna posterior e na substância cinzenta intermédia, emitem axônios que ganham o 
funículo lateral do mesmo lado ou do lado oposto, fletindo-se cranialmente para formar 
o trato espinocerebelar anterior. As fibras deste trato penetram no cerebelo, 
principalmente pelo pedúnculo cerebelar superior. Admite-se que as fibras cruzadas 
na medula tomam a se cruzar ao entrar no cerebelo, de tal modo que o impulso 
nervoso termina no hemisfério cerebelar situado do mesmo lado em que se originou. 
As fibras do trato espinocerebelar anterior informam também eventos que ocorrem 
dentro da própria medula, relacionados com a atividade elétrica do trato corticoespinhal. 
Assim, através do trato espinocerebelar anterior, o cerebelo é informado de: 
• Quando os impulsos motores chegam à medula e qual sua intensidade. 
Essa informação é usada pelo cerebelo para controle da motricidade somática. 
(MACHADO – cap. 14 – páginas 155. 156, 157) 
16. Descreva as principais vias descendentes e quais as funções desempenham. 
As vias descendentes são formadas por fibras que se originam no córtex cerebral ou 
em várias áreas do tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) e terminam 
fazendo sinapse com os neurônios medulares. 
As vias descendentes motoras, que antes eram dividas em piramidais e extrapiramidais, 
hoje em dia são dividias em dois sistemas: sistema medial e sistema lateral. 
• Sistema lateral 
O sistema lateral da medula compreende dois tratos: o corticoespinhal, que se 
origina no córtex e o rubroespinhal, que se origina no núcleo rubro do mesencéfalo. 
Ambos os tratos, corticoespinhal e rubroespinhal, conduzem impulsos nervosos aos 
neurônios da coluna anterior da medula (substância cinzenta), relacionando-se com 
estes neurônios diretamente ou através de neurônios internunciais. 
- Trato corticoespinhal lateral 
Temos o trato corticoespinhal lateral e anterior, o anterior faz parte do sistema medial e 
o lateral faz parte do sistema lateral. 
O trato corticoespinhal conduz impulsos do córtex motor aos neurônios da 
coluna anterior da medula. No nível da decussação das pirâmides no bulbo, os 
tratos corticoespinhais se cruzam, o que significa que o córtex de um hemisfério 
cerebral comanda os neurônios motores situados na medula do lado oposto, visando a 
realização de movimentos voluntários. Assim, a motricidade voluntária é cruzada, 
sendo este um dos fatos mais importantes da neuroanatomia. E fácil entender, assim, 
que uma lesão do trato corticoespinhal acima da decussação das pirâmides causa 
paralisia da metade oposta do corpo. Um pequeno número de fibras, no entanto, não 
se cruza na decussação das pirâmides e continua em posição anterior, constituindo o 
trato corticoespinhal anterior, localizado no funículo anterior da medula e faz parte 
do sistema medial. 
- Trato rubroespinhal 
É bem desenvolvido na maioria dos animais, liga-se aos neurônios motores 
situados lateralmente na coluna anterior, os quais, como vimos, controlam os 
músculos responsáveis pela motricidade da parte distal dos membros (músculos 
intrínsecos e extrínsecos da mão e do pé). Neste sentido, ele se assemelha ao trato 
corticoespinhal lateral, que também controla esses músculos. Entretanto, durante a 
evolução, houve aumento do trato corticoespinhal e diminuição do trato rubroespinhal, 
que, no homem, ficou reduzido a um número muito pequeno de fibras. Então, o trato 
corticoespinhal lateral é maior do que o trato rubroespinhal. 
• Sistema Medial 
São os seguintes os tratos do sistema medial da medula: trato corticoespinhal 
anterior (que se origina no córtex), trato tetoespinhal (que se origina no teto 
mesencefálico), trato vestibuloespinhal anterior e lateral (se originam nos núcleos 
vestibulares, situados na área vestibular do IV ventrículo), e os tratos 
reticuloespinhais pontino e bulbar (se originam da formação reticular, estrutura que 
ocupa a parte central do tronco encefálico, sendo que as fibras que vão à medula se 
originam da formação reticular da ponte e do bulbo). 
Todos esses tratos terminam na medula em neurônios internunciais, através dos 
quais eles se ligam aos neurônios motores situados na parte medial da coluna anterior 
e, deste modo, controlam a musculatura axial, ou seja, do tronco e pescoço, assim 
como a musculatura proximal dos membros. 
- Trato corticoespinhal anterior 
O trato corticoespinhal anterior é muito menor que o lateral, sendo menos importante do 
ponto de vista clinico. 
- Trato tetoespinhal 
Tem funções mais limitadas relacionadas a reflexos cm que a movimentação decorre 
de estímulos visuais. 
- Trato vestibuloespinhal anterior e lateral 
Importante para manutenção do equilíbrio e da postura básica. 
- Tratos reticuloespinhais pontino e bulbar 
Importante para manutenção do equilíbrio e da postura básica, controlam, também, 
a motricidade voluntária da musculatura axial e proximal. 
O trato reticuloespinhal pontino promove a contração da musculatura extensora 
(antigravitária) do membro inferior necessária para a manutenção da postura 
ereta, resistindo a ação da gravidade. Isso dá estabilidade ao corpo para fazer 
movimentos com os 
membros superiores. Já o trato reticuloespinhal bulbar tem efeito oposto, ou seja, 
promove o relaxamento da musculatura extensora do membro inferior. 
• Reticuloespinhal pontino = contração da musculaturaextensora do membro inferior • 
Reticuloespinhal bulbar = relaxamento da musculatura extensora do membro inferior 
17. Definir os termos aferente, eferente, especiais e gerais, viscerais e somáticos. 
São aferentes os neurônios, fibras ou feixes de fibras que trazem impulsos a 
uma determinada área do sistema nervoso, e eferentes os que levam impulsos desta 
área. Portanto, aferente se refere ao que entra, e eferente ao que sai de uma 
determinada área do sistema nervoso. 
a) fibras aferentes somáticas gerais = originam-se em exteroceptores e 
proprioceptores, conduzindo impulsos de temperatura, dor, pressão, tato e 
propriocepção; 
b) fibras aferentes somáticas especiais = originam-se na retina e no ouvido 
interno, relacionando-se, pois, com visão, audição e equilíbrio 
e) fibras aferentes viscerais gerais = originam-se em visceroceptores e conduzem, 
por exemplo, impulsos relacionados com a dor visceral; 
d) fibras aferentes viscerais especiais = originam-se em receptores gustativos e 
olfatórios, considerados viscerais por estarem localizados em sistemas viscerais, como 
os sistemas digestivo e respiratório. 
 
 
● Somático – Inervação sensitiva e motora; 
● Visceral – Inervação de músculo liso involuntário, músculo cardíaco e glândulas 
(visceral eferente - SNA); 
● Especial – tem a ver com os sentidos (exceto tato), ou seja, relacionado a visão, 
audição, olfatório, equilíbrio, etc; 
● Geral – o que não é especial, que não tem a ver com os sentidos, como por 
exemplo: tato, dor, pressão. 
 
 
 
 
18. De que é composta a substância cinzenta? (detalhar os tipos de neurônios) 
• Neurônios radiculares: 
Os neurônios radiculares possuem axônio muito longo e saem da medula para 
constituir a raiz ventral (motora que sai pelo sulco lateral anterior). Nós temos os 
neurônios radiculares viscerais e neurônios radiculares somáticos. Neurônios 
radiculares viscerais são os neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso 
autônomo, cujos corpos localizam-se na substância cinzenta intermédia lateral, de 
T1 a L2 (coluna lateral), ou de S2 a S4. Destinam-se à inervação de músculos lisos, 
cardíacos ou glândulas. Os neurônios radiculares somáticos destinam-se à 
inervação de músculos estriados esqueléticos e têm seu corpo localizado na coluna 
anterior. São também denominados neurônios motores inferiores. Costuma-se 
distinguir, na medula dos mamíferos, dois tipos de neurônios radiculares somáticos: 
alfa e gama. Os neurônios alfas são muito grandes e seu axônio, bastante grosso, 
destina-se à inervação de fibras musculares que contribuem efetivamente para a 
contração dos músculos. 
Os neurônios gama são menores e possuem axônios mais finos (fibras eferentes 
gama), responsáveis pela inervação motora das fibras intrafusais. Eles recebem 
influência de vários centros supraespinhais relacionados com a atividade motora e 
sabe-se hoje que, para a execução de um movimento voluntário, eles são ativados 
simultaneamente com os motoneurônios alfa (coativaçâo alfa-gama). Isso permite 
que os fusos neuromusculares continuem a enviar informações proprioceptivas ao 
sistema nervoso central, mesmo durante a contração muscular desencadeada pela 
atividade dos neurônios alfa. 
• Neurônios cordonais: 
Neurônios cordonais são aqueles cujos axônios ganham a substância branca da 
medula, onde tomam direção ascendente ou descendente, passando a constituir as 
fibras que formam os funículos da medula. Nós temos dois tipos de neurônios 
cordonais: os neurônios cordonais de projeção e os neurônios cordonais de 
associação. 
Os neurônios cordonais de projeção possuem um axônio ascendente longo, que 
termina fora da medula (tálamo, cerebelo etc.), integrando as vias ascendentes da 
medula. Os neurônios cordonais de associação possuem um axônio que, ao passar 
para a 
substância branca, se bifurca em um ramo ascendente e outro descendente, 
ambos terminando na substância cinzenta da própria medula. Constituem, pois, um 
mecanismo de integração de segmentos medulares, situados em níveis diferentes, 
permitindo a realização de reflexos intersegmentares na medula. As fibras nervosas 
formadas por estes neurônios dispõem-se em tomo da substância cinzenta, onde 
formam os chamados fascículos próprios, existentes nos três funículos da medula. 
• Neurônios de axônio curto (ou internunciais): 
Em razão de seu pequeno tamanho, o axônio destes neurônios permanece sempre 
na substância cinzenta. Seus prolongamentos ramificam-se próximo ao corpo celular 
e estabelecem conexão entre as fibras aferentes, que penetram pelas raízes dorsais e 
os neurônios motores, interpondo-se, assim, em vários arcos reflexos medulares. 
Participam dos arcos reflexos medulares pois estabelecem contato entre fibras 
aferentes, penetram raízes dorsais (sensitivas) e os neurônios motores. 
Referência: Machado- 3ª ed, pág 146 
19. O que é o arco reflexo? 
A conexão do neurônio sensitivo com o neurônio motor, se faz através de uma 
sinapse localizada no gânglio. 
Temos, assim, em um segmento de minhoca, os elementos básicos de um arco 
reflexo simples, ou seja, um neurônio aferente com seu receptor, um centro onde 
ocorre a sinapse, no caso o gânglio, e um neurônio eferente que se liga ao 
efetuador, no caso os músculos. Tal dispositivo permite à minhoca contrair a 
musculatura do segmento por estímulo no próprio segmento, o que pode ser útil para 
evitar determinados estímulos nocivos. 
20. Quais os tipos de arco reflexo? 
Os arcos reflexos podem ser simples ou complexos conforme o número de 
componentes envolvidos. 
• Arco reflexo monossinápticos ou simples: 
Realizado pela sinapse com neurônios motores na coluna anterior, como o reflexo 
patelar. O impulso vai percorrer dois neurônios. Quando o tendão do músculo da coxa, 
inserido na patela, um osso do joelho, é estimulado pelo martelo, a distensão estimula 
receptores nele presentes que geram um impulso nervoso transmitido por um neurônio 
sensitivo a um neurônio motor e deste para o músculo, que se contrai, e o paciente dá 
um “chute no ar” – é o ato reflexo patelar. 
Os reflexos monossinápticos ocorrem com apenas dois neurônios participando do 
arco reflexo, um sensorial e outro motor. O neurônio de primeira ordem (sensitivo) está 
localizado no gânglio espinal, enquanto o neurônio de segunda ordem (motor) se 
localiza no corno anterior da medula espinal. O neurônio sensitivo reúne os impulsos 
provenientes do músculo e envia essa informação para o neurônio motor, que inerva o 
mesmo músculo. O neurônio motor então causa a contração do músculo inervado. Um 
exemplo de reflexo monossináptico é o reflexo de estiramento (ou reflexo miotático). 
• Arco reflexo polissinápticos: 
Sinapse com neurônios internunciais. Envolvem no mínimo um neurônio internuncial, 
cujo axônio se liga ao neurônio motor. Como por exemplo: reflexo de flexão ou de 
retirada -> estímulo doloroso causa retirada reflexa da parte afetada. 
O impulso vai percorrer três neurônios. O estímulo é percebido pelo neurônio 
sensorial, cujo corpo celular se encontra no gânglio sensorial localizado ao lado da 
coluna vertebral. Do neurônio sensorial, por meio de uma sinapse, o impulso é 
transmitido para o neurônio de associação (interneurônio), localizado integralmente 
na medula espinhal. 
Na mesma região sináptica, o impulso nervoso atinge a terminação de um outro 
neurônio, que transfere a informação para o encéfalo. Do neurônio de associação, o 
impulso nervoso chega ao neurônio motor, que o transmite até os músculos que irão 
executar o movimento. Antes que o cérebro analise a situação, a mão é retirada – é o 
ato reflexo de retirada. 
• Arco reflexo intersegmentar: 
Sinapse com neurônios cordonais de associação. Ex: reflexo de coçar. 
Envolve mais de um segmento e é um pouco mais complicado que o anterior, uma vez 
que envolve duas sinapses e três neurônios, sensitivo, motor e de associação. 
• Arcoreflexo visceral: 
Sinapse com neurônios pré-ganglionares. 
Sinapse com neurônios cordonais de projeção: cujos axônios vão constituir as 
vias ascendentes da medula, através das quais os impulsos que entram pela raiz dorsal 
são levados ao tálamo e ao cerebelo. 
• Arco reflexo intrassegmentar: 
Conexão entre o neurônio aferente e o eferente envolve apenas um segmento. 21. Explique 
como ocorre cada um deles. 
22. Identificar cada componente do arco reflexo. 
Nervo sensitivo (prolongamento distal do neurônio que se encontra no gânglio da 
raiz distal) - via aferente 
Nervo motor (axônio do neurônio motor) - via eferente 
Órgão efetor - neurônio motor inferior 
23. Quais as manifestações clínicas das lesões medulares? PENDENTE 
24. Explicar os sintomas da síndrome de Brown-Sequard. (por que em 
lados opostos?) 
Reflete uma hemissecção do cordão medular, com perda de função motora 
ipsilateral associada a um déficit da sensibilidade dolorosa e térmica contralateral. 
As causas mais frequentes da síndrome são as lesões traumáticas ou tumorais 
(metastáticas ou intrínsecas). 
Os sintomas mais característicos resultam da interrupção dos principais tratos, que 
percorrem uma metade da medula. Os sintomas resultantes da secção dos tratos que 
não se cruzam na medula aparecem do mesmo lado da lesão. Já os sintomas 
resultantes da lesão de tratos 
que se cruzam na medula manifestam-se no lado oposto ao lesado. Todos os 
sintomas aparecem somente abaixo do nível da lesão. 
Sintomas que se manifestam do mesmo lado da lesão (tratos não cruzados na medula) a) 
síndrome do neurônio motor superior, ou seja, paralisia espástica, 
com aparecimento do sinal de Babinski, com virtude da interrupção das fibras do 
trato corticoespinhal lateral; 
b) perda da propriocepção consciente e do tato epicrítico em virtude da interrupção das 
fibras dos fascículos grácil e cuneiforme. 
Sintomas que se manifestam do lado oposto ao lesado (tratos cruzados) a) perda da 
sensibilidade térmica e dolorosa a partir de um ou dois dermátomos abaixo do nível da 
lesão, em consequência da interrupção das fibras do trato espinotalâmico lateral; 
b) ligeira diminuição do tato protopático e da pressão, por comprometimento do 
trato espinotalâmico anterior. Este comprometimento, em geral, é pequeno, porque 
as fibras da raiz dorsal, que levam esta modalidade de sensibilidade, dão 
ramos ascendentes muito grandes, que emitem colaterais em várias alturas antes de 
fazer sinapse na coluna posterior e cruzar para o lado oposto. 
c) Causa paresia, mas não causa paralisia pois apenas o trato 
corticoespinhal lateral foi afetado. O trato corticoespinhal anterior continua íntegro 
no outro lado da medula (só cruza ao sair do segmento medular). 
Esquema mostrando a consequência da interrupção unilateral das principais 
vias ascendentes da medula, como ocorre na síndrome de Brown-Séquard. As áreas 
escuras indicam as regiões comprometidos pelas lesões do fascículo grácil (A) ou do 
trato espinotalâmico lateral (temperatura e dor) (B). O esquema C mostra por que a 
lesão do traio espinotalâmico anterior (pressão e tato protopático) não causa 
sintomatologia acentuada 
TRANSECÇÃO DA MEDULA -> Imediatamente após um traumatismo que resulte na 
secção completa da medula, o paciente entra em estado de choque espinhal. Esta 
condição caracteriza-se pela absoluta perda da sensibilidade, dos movimentos e do 
tônus nos músculos inervados pelos segmentos medulares situados abaixo da 
lesão. Há. ainda, retenção de urina e de fezes e perda da função erétil. Contudo, 
após um período variável, reaparecem os movimentos reflexos, que se tomam 
exagerados, aparece o sinal de Babinski.

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