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aula 1 - medula espinhal

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Estéfany de Paula Paiva
NEUROANATOMIA FUNCIONAL
Meio externo:
neurônio aferente = neurônio pseudounipolar, entra na medula (nervo espinal) ou tronco
encefálico (nervo craniano)
cerebelo = propriocepção inconsciente
neurônio eferente = sistema nervoso somático = neurônio motor
Meio interno:
neurônio aferente = neurônio pseudounipolar, entra, principalmente, na medula (nervo
espinal) ou tronco encefálico (nervo craniano) e vai para o CÉREBRO (tira cerebelo)
neurônio eferente = sistema nervoso autônomo = dois neurônios, um no SNC e outros no
SNP (forma uma gânglio que pode ser do simpático ou do parassimpático)
Dor nível consciente, pressão arterial e O2 no sangue são inconscientes.
AULA 1 - MEDULA ESPINHAL (4 e 14)
- A maioria das partes posteriores são sensitivas e as anteriores são motoras (há
exceções).
- Coluna lateral = inervação visceral.
CÁP. 4 - Anatomia Macroscópica da Medula Espinhal e seus Envoltórios
GENERALIDADES
- A medula espinhal é uma massa cilindroide, de tecido nervoso, situada dentro do
canal vertebral, sem entretanto ocupá-lo completamente.
- Cranialmente, a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do forame
magno do osso occipital.
Estéfany de Paula Paiva
- O limite caudal da medula tem importância clínica e, no adulto, termina geralmente
na 2' vértebra lombar (L2).
- A medula termina afilando-se para formar um cone, o cone medular que continua
com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal. Cauda equina (são
raízes de nervos espinais) se forma devido ao padrão de crescimento diferente
entre a medula e a coluna vertebral.
FORMA E ESTRUTURA GERAL DA MEDULA
- Apresenta duas dilatações denominadas intumescência cervical e intumescência
lombar, situadas nos níveis cervical e lombar, respectivamente. Estas
correspondem às áreas em que fazem conexão com a medula as grossas raízes
nervosas que formam os plexos braquial (C5 à T1) e lombossacral (L1 à S2)
destinadas à inervação dos membros superiores e inferiores, respectivamente.
- A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos longitudinais, que a percorrem
em toda a extensão: sulco mediano posterior; fissura mediana anterior; sulco
lateral anterior e sulco lateral posterior. Na medula cervical e torácica alta existe,
ainda, o sulco intermédio posterior, situado entre o mediano posterior e o lateral
posterior, e que continua em um septo intermédio posterior no interior do funículo
posterior. Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão,
respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais
- Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a
forma de um H, nele se distingue cornos e que são as colunas anterior, posterior e
lateral (essa última só aparece na medula torácica e parte da medula lombar)
- A substância branca é formada por fibras, em sua maioria, mielínicas e
podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou cordões: funículo
anterior, funículo lateral e funículo posterior (este último, na parte cervical da
medula, é dividido pelo sulco intermédio posterior em fascículo grácil - medial
- e fascículo cuneiforme - lateral).
Estéfany de Paula Paiva
CONEXÕES COM OS NERVOS ESPINHAIS - SEGMENTOS MEDULARES
- Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior, fazem conexão pequenos filamentos
nervosos: filamentos radiculares, se unem → raízes ventral e raízes dorsal dos
nervos espinhais, se unem → nervos espinhais
- Existem 31 pares de nervos espinhais, aos quais correspondem 31 segmentos
medulares assim distribuídos: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e,
geralmente, 1 coccígeo.
- Existem 8 pares de nervos cervicais, mas somente 7 vértebras. O primeiro par
cervical (C 1) emerge acima da 1' vértebra cervical, portanto entre ela e o osso
occipital. Já o 8º par (C8) emerge abaixo da T1 vértebra, o mesmo acontecendo
com os nervos espinhais abaixo de C8, que emergem, de cada lado, sempre abaixo
da vértebra correspondente.
Estéfany de Paula Paiva
TOPOGRAFÍA VÉRTEBRO MEDULAR
- No adulto, a medula não ocupa todo o canal vertebral, uma vez que termina
no nível da 21 vértebra lombar (L2). Abaixo desse nível, o canal vertebral
contém apenas as meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos
espinhais que, dispostas em tomo do cone medular e filamento terminal
constituem, em conjunto, a chamada cauda equina.
- Assim, uma lesão da vértebra T12 pode afetar a medula lombar. Já uma
lesão da vértebra L3 irá afetar apenas as raízes da cauda equina, sendo o
prognóstico completamente diferente nos dois casos.
● importante para lesões e herpes zóster
- regra prática para saber a correspondência entre vértebra e medula:
entre os níveis das vértebras C2 e T10, adiciona-se 2 ao número do
Estéfany de Paula Paiva
processo espinhoso da vértebra e tem-se o número do segmento medular
subjacente. Assim, o processo espinhoso da vértebra C6 está sobre o
segmento medular C8; o da vértebra T10 sobre o segmento T12. Aos
processos espinhosos das vértebras T11 e T12 correspondem os cinco
segmentos lombares, enquanto ao processo espinhoso de L1 correspondem
aos cinco segmentos sacrais.
ENVOLTÓRIOS DA MEDULA
Meninges, que são:
- dura-máter: mais externa; cranialmente, a dura-máter espinhal é contínua com a
dura-máter craniana, caudalmente termina em um fundo-de-saco no nível da
vértebra S2; embainham as raízes dos nervos espinhais, continuando com o tecido
conjuntivo (epineuro) que envolve estes nervos e não permite a saída de líquor.
- aracnóide: entre a dura-máter e a pia-máter
- pia-máter: mais delicada e mais interna. Ela adere intimamente ao tecido nervoso
da superfície da medula e penetra na fissura mediana anterior, a pia máter continua
caudalmente, formando um filamento esbranquiçado denominado filamento terminal
e vai até o hiato sacral. Forma, de cada lado da medula, uma prega longitudinal
denominada ligamento denticulado, que se dispõe em um plano frontal ao longo
de toda a extensão da medula. Os dois ligamentos denticulados são elementos de
fixação da medula e importantes pontos de referência em certas cirurgias deste
órgão.
*Ao atravessar o saco dural, o filamento terminal recebe vários prolongamentos da
dura-máter e o conjunto passa a ser denominado filamento da dura-máter espinhal.
Este, ao inserir-se no periósteo da superfície dorsal do cóccix, constitui o ligamento
coccígeo.
ESPAÇOS ENTRE AS MENINGES
CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS
A EXPLORAÇÃO ClÍNICA DO ESPAÇO SUBARACNÓIDEO
Sabe-se que o saco dural e a aracnóide que o acompanha terminam em S2, ao passo que a
medula termina mais acima, em L2. Entre estes dois níveis, o espaço subaracnóideo é
maior, contém maior quantidade de liquor e nele se encontram apenas o filamento terminal
e as raízes que formam a cauda equina, sendo importante para:
a) retirada de liquor para fins terapêuticos ou de diagnóstico nas punções lombares (ou
raquidianas);
b) medida da pressão do líquor;
e) introdução de substâncias que aumentam o contraste em exames de imagem, visando o
diagnóstico de processos patológicos da medula na técnica denominada mielografia;
Estéfany de Paula Paiva
d) introdução de anestésicos nas chamadas anestesias raquidianas, como será visto no
próximo item;
e) administração de medicamentos.
ANESTESIAS NOS ESPAÇOS MENÍNGEOS
- Anestesias raquidianas: O anestésico é introduzido no espaço subaracnóideo
por meio de uma agulha que penetra no espaço entre as vértebras L2-L3, L3-L4 ou
L4-L5. Sucessivamente, a pele e a tela subcutânea, o ligamento interespinhoso, o
ligamento amarelo, a dura-máter e a aracnóide.
- Anestesias epidurais (ou peridurais): São feitas geralmente na região lombar,
introduzindo-se o anestésico no espaço epidural, onde ele se difunde e atinge os
forames intervertebrais, pelos quais passam as raízes dos nervos espinhais.
Confirma-se que a ponta da agulha atingiu o espaço epidural quando se observa
súbita baixa de resistência, indicando que ela acabou de perfurar o ligamento
amarelo.
*Considerar diferenças etárias.
Cáp. 14 - Estruturada Medula Espinhal
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ESTRUTURA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL:
GLOSSÁRIO
a) substância cinzenta - tecido nervoso constituído de neuróglia, corpos de neurônios e
fibras predominantemente amielínicas;
b) substância branca - tecido nervoso formado de neuróglia e fibras predominantemente
mielínicas;
c) núcleo - massa de substância cinzenta dentro de substância branca, ou grupo delimitado
de neurônios com aproximadamente a mesma estrutura e mesma função;
d) formação reticular - agregação de neurônios separados por fibras nervosas que não
correspondem exatamente às substâncias branca ou cinzenta e ocupa a parte central do
tronco encefálico;
e) córtex - substância cinzenta que se dispõe em uma camada fina na superfície do cérebro
e do cerebelo;
t) trato - feixe de fibras nervosas com aproximadamente a mesma origem, mesma função e
mesmo destino. As fibras podem ser mielínicas ou amielínicas. Na denominação de um
trato. usam-se dois nomes: o primeiro indicando a origem e o segundo a terminação das
fibras. Pode, ainda, haver um terceiro nome indicando a posição do trato. Assim, trato
corticoespinhal lateral indica um trato cujas fibras se originam no córtex cerebral, terminam
na medula espinhal e se localizam no funículo lateral da medula.
g) fascículo - usualmente o termo se refere a um trato mais compacto. Entretanto, o
emprego do tenno fascículo, em vez de trato, para algumas estruturas deve-se mais à
tradição do que a uma diferença fundamental existente entre eles;
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h) lemnisco - o termo significa fita. É empregado para alguns feixes de fibras sensitivas que
levam impulsos nervosos ao tálamo;
i} funículo - o tenno significa cordão e é usado para a substância branca da medula. Um
funículo contém vários tratos e fascículos;
j) decussação - formação anatômica constituída por fibras nervosas que cruzam
obliquamente o plano mediano e que têm aproximadamente a mesma direção. O exemplo
mais conhecido é a decussação das pirâmides;
k) comissura - formação anatômica constituída por fibras nervosas que cruzam
perpendicularmente o plano mediano e que têm, por conseguinte, direções diametralmente
opostas. O exemplo mais conhecido é o corpo caloso;
l) fibras de projeção - fibras de projeção de uma determinada área ou órgão do sistema
nervoso central são fibras que saem fora dos limites desta área ou deste órgão;
m) fibras de associação - fibras de associação de uma determinada área ou órgão do
sistema nervoso central são fibras que associam pontos mais ou menos distantes desta
área ou deste órgão sem, entretanto, abandoná-lo.
n) modulação - mudança da excitabilidade de um neurônio causada por axônios de outros
neurônios não relacionados com a função do primeiro. Por exemplo, um axônio pode mudar
a excitabilidade de um neurônio motor sem se relacionar diretamente com a motricidade;
o) neuroimagem funcional - técnica que permite estudar o estado funcional de áreas do
SNC em indivíduos sem anestesia. Baseia-se no fato de que quando os neurônios são
ativados há aumento do metabolismo e do fluxo sanguíneo, o que é detectado pelo
equipamento.
ESTRUTURA DA MEDULA: ASPECTOS GERAIS
Entre a fissura mediana anterior e a substância cinzenta, localiza-se a comissura branca,
local de cruzamento de fibras.
Existem diferenças entre os vários níveis da medula no que diz respeito à forma, localização
e tamanho destes elementos. Assim, a quantidade de substância branca em relação à
cinzenta é tanto maior quanto mais alto o nível considerado. No nível das intumescências
lombares e cervicais, a coluna anterior é mais dilatada: a coluna lateral só existe de TI até
L2. Estes e outros critérios permitem identificar aproximadamente o nível de uma secção de
medula.
SUBSTÂNCIA CINZENTA DA MEDULA
DIVISÃO DA SUBSTÂNCIA CINZENTA DA MEDULA
Considera-se duas linhas que tangenciam os contornos anterior e posterior do ramo
horizontal do H, dividindo a substância cinzenta em coluna anterior, coluna posterior e
substância cinzenta intermédia. Por sua vez, a substância cinzenta intermédia pode ser
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dividida em substância cinzenta intermédia central e substância cinzenta intermédia lateral
por duas linhas anteroposteriores.
CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS MEDULARES
Neurônios radiculares:
- O axônio, muito longo, sai da medula para constituir a raiz ventral.
- Neurônios radiculares viscerais são os neurônios pré-ganglionares do sistema
nervoso autônomo, cujos corpos localizam-se na substância cinzenta intermédia
lateral, de TI a L2 (coluna lateral), ou de S2 a S4. Destinam-se à inervação de
músculos lisos, cardíacos ou glândulas.
- Os neurônios radiculares somáticos destinam-se à inervação de músculos estriados
esqueléticos e têm seu corpo localizado na coluna anterior. São também
denominados neurônios motores inferiores.
- São identificados dois tipos de neurônios radiculares somáticos: alfa e gama. Os
neurônios alfa são muito grandes e seu axônio, bastante grosso, destina-se à
inervação de fibras musculares que contribuem efetivamente para a contração dos
músculos, são extrafusais. Cada neurônio alfa, juntamente com as fibras musculares
que ele inerva, constitui uma unidade motora.
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- Os neurônios gama são menores e possuem axônios mais finos (fibras eferentes
gama), responsáveis pela inervação motora das fibras intrafusais para a execução
- de um movimento voluntário, eles são ativados simultaneamente com os
motoneurônios alfa (coativação alfa-gama). Isso permite que os fusos
neuromusculares continuem a enviar informações proprioceptivas ao sistema
nervoso central, mesmo durante a contração muscular desencadeada pela atividade
dos neurônios alfa.
Neurônios cordonais:
- São aqueles cujos axônios ganham a substância branca da medula, onde tomam
direção ascendente ou descendente, passando a constituir as fibras que formam os
funiculos da medula.
- pode passar ao funículo situado do mesmo lado onde se localiza o seu corpo, ou do
lado oposto. No primeiro caso, diz-se que ele é homolateral (ou ipsilateral); no
segundo caso, heterolateral (ou contralateral).
- Os neurônios cordonais de projeção possuem um axônio ascendente longo, que
termina fora da medula (tálamo, cerebelo etc.), integrando as vias ascendentes da
medula.
- Os neurônios cordonais de associação possuem um axônio que, ao passar para a
substância branca, se bifurca em um ramo ascendente e outro descendente, ambos
terminando na substância cinzenta da própria medula. Constituem, pois, um
mecanismo de integração de segmentos medulares, situados em níveis diferentes,
permitindo a realização de reflexos intersegmentares na medula. Se dispõem em
torno da substância cinzenta, onde formam os chamados fascículos próprios,
existentes nos três módulos da medula.
Neurônios de axônio curto (ou interneurônios)
- axônio destes neurônios permanece sempre na substância cinzenta.
- ramificam-se próximo ao corpo celular e estabelecem conexão entre as fibras
aferentes, que penetram pelas raízes dorsais e os neurônios motores,
interpondo-se, assim, em vários arcos reflexos medulares.
- muitas fibras que chegam à medula trazendo impulsos do encéfalo terminam
em neurônios internunciais (papel na fisiologia medular)
Estéfany de Paula Paiva
- Tipo especial: a célula de Renshaw, localizada na porção medial da coluna
anterior. Os impulsos nervosos provenientes da célula de Renshaw inibem os
neurônios motores.
- Os impulsos nervosos que saem pelos neurônios motores são capazes de
inibir o próprio neurônio através do ramo recorrente e da célula de
Renshaw (ramo recorrente faz sinapse com a célula de Renshaw). Este
mecanismo é importante para a fisiologia dos neurônios motores.
(auto-regulação)
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ORGANIZAÇÃO DOS NEURÔNIOS - SUBSTÂNCIA CINZENTA
→ Coluna anterior
Neurônios Motores Inferiores (alfa) (somáticos):
Grupo Medial = Lâmina IX
- Musculatura do esqueleto axial
- toda extensão da medula
Grupo Lateral = Lâmina IX
- Musculutura do esqueleto apendicular (organizaçãosomatotópica)
Grupo Central = Lâmina IX
- Núcleos dos nn. Frênico e acessório
- Núcleo do n, pudendo
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SUBSTÂNCIA BRANCA DA MEDULA
Destino das fibras da raiz dorsal do nervo espinal:
- Subir diretamente em direção ao bulbo
- Fazer sinapse diretamente com neurônios motores (arco reflexo simples - reflexo
miotático, reflexo de estiramento)
- Fazer sinapse com interneurônios (arco reflexo polissináptico - reflexos de retirada)
- Fazer sinapse com neurônios cordonais de associação (fascículo próprio)
- Fazer sinapse com neurônios cordonais de projeção (vias ascendentes)
Vias ascendentes normalmente são sensitivas e descendentes motoras (não é regra).
- Sistema lateral - musculatura apendicular (funículo lateral)
- SIstema medial - musculatura axial (funículo anterior)
- PArte cervical da medula - inerva membros superiores
- Parte torácica - esqueleto axial
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- Parte lombar - membros inferiores
Quanto mais alto o corte na medula, mais substância branca tem na região medular, devido
ao maior número de fibras que passam.
Estéfany de Paula Paiva
IDENTIFICAÇÃO DE TRATOS E FASCÍCULOS
- As fibras da substância branca da medula agrupam-se em tratos e fascículos
que formam verdadeiros caminhos, ou vias, por onde passam os impulsos
nervosos que sobem e descem
- não existem na substância branca septos delimitando os diversos tratos e
fascículos, e as fibras da periferia de um trato se dispõem lado a lado com as
do trato vizinho.
- Identificação por degeneração de lesão: Se a área de degeneração se
localiza acima do ponto de secção, concluímos que o trato degenerado é
ascendente, ou seja, o corpo do neurônio localiza-se em algum ponto abaixo
da lesão. Se a área de degeneração localiza-se abaixo, concluímos, por
raciocínio semelhante, que o trato é descendente.
VIAS DESCENDENTES
- são formadas por fibras que se originam no córtex cerebral ou em várias áreas do
tronco encefálico e terminam fazendo sinapse com os neurônios medulares.
- Algumas terminam nos neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso autônomo,
constituindo as vias descendentes viscerais. Outras terminam fazendo sinapse com
neurônios da coluna posterior e participam dos mecanismos que regulam a
penetração dos impulsos sensoriais no sistema nervoso central.
- O mais importante termina direta ou indiretamente nos neurônios motores
somáticos, constituindo as vias motoras descendentes somáticas.
- classificação das vias descendentes motoras em dois sistemas, lateral e medial(=
anteromedial).
→ Sistema lateral
- compreende dois tratos: o corticoespinhal, que se origina no córtex e o
rubroespinhal, que se origina no núcleo rubro do mesencéfalo. (Ambos conduzem
impulsos nervosos aos neurônios da coluna anterior da medula, relacionando-se
com estes neurônios diretamente ou através de neurônios internunciais)
- No nível da decussação das pirâmides no bulbo, os tratos corticoespinhais se
cruzam, o que significa que o córtex de um hemisfério cerebral comanda os
neurônios motores situados na medula do lado oposto, visando a realização de
movimentos voluntários. Assim, a motricidade voluntária é cruzada
- Um pequeno número de fibras, no entanto, não se cruza na decussação das
pirâmides e continua em posição anterior, constituindo o trato corticoespinhal
anterior, localizado no funiculo anterior da medula e faz parte do sistema medial.
- O trato corticoespinhal lateral localiza-se no funículo lateral da medula, atinge até
a medula sacral e, como suas fibras vão pouco a pouco terminando na substância
cinzenta, quanto mais baixo, menor o número delas.
- O trato rubroespinhal no homem ficou reduzido a um número muito pequeno de
fibras.
→ Sistema medial
- São os seguintes os tratos do sistema medial da medula: trato corticoespinhal
anterior, tetoespinhal, vestibuloespinhal e os retículoespinhal pontino e bulbar. Os
nomes referem-se aos locais onde eles se originam
Estéfany de Paula Paiva
- Todos esses tratos terminam na medula em neurônios internunciais, através dos
quais eles se ligam aos neurônios motores situados na parte medial da coluna
anterior e, deste modo, controlam a musculatura axial, ou seja, do tronco e pescoço,
assim como a musculatura proximal dos membros.
VIAS ASCENDENTES
As fibras que formam as vias ascendentes da medula relacionam-se direta ou indiretamente
com as fibras que penetram pela raiz dorsal do nervo espinhal, trazendo impulsos aferentes
de várias partes do corpo.
→ Destino das fibras da raiz dorsal
- Cada filamento radicular da raiz dorsal, ao ganhar o sulco lateral posterior, divide-se
em dois grupos de fibras: um grupo lateral e outro medial.
● lateral são mais finas e dirigem-se ao ápice da coluna posterior. Antes de
penetrar na coluna posterior, cada uma dessas fibras se bifurca, dando um
ramo ascendente e outro descendente sempre mais curto, além de grande
número de ramos colaterais mais finos.
● medial dirigem-se à face medial da coluna posterior.
- Todos esses ramos terminam na coluna posterior da medula, exceto um grande
contingente de fibras do grupo medial, cujos ramos ascendentes, muito longos,
terminam no bulbo. Estes ramos constituem as fibras dos fascículos grácil e
cuneiforme. que ocupam os funículos posteriores da medula e terminam fazendo
sinapse nos núcleos grácil e cuneiforme, situados, respectivamente, nos tubérculos
do núcleo grácil e do núcleo cuneiforme do bulbo
Conclusão: as fibras que formam as vias ascendentes da medula são ramos ascendentes
de fibras da raiz dorsal (fascículos grácil e cuneiforme) ou axônios de neurônios cordonais
de projeção situados na coluna posterior. Em qualquer destes casos, as fibras ascendentes
reúnem-se em tratos e fascículos com características e funções próprias
Estéfany de Paula Paiva
→ Sistematização das vias ascendentes da medula
→ Vias ascendentes do funículo posterior
- No funículo posterior existem dois fascículos, grácil situado medialmente, e
cuneiforme, situado lateralmente, separados pelo septo intermédio posterior (são os
prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos situados nos gânglios espinhais)
● fascículo grácil: é formado por fibras que penetram na medula pelas raízes
coccígea. sacrais, lombares e torácicas baixas. Logo, conduz, impulsos
provenientes dos membros inferiores e da metade inferior do tronco e pode
ser identificado em toda a extensão da medula.
● fascículo cuneiforme: evidente apenas a partir da medula torácica alta. é
formado por fibras que penetram pelas raízes cervicais e torácicas
superiores. Conduz, portanto, impulsos originados nos membros superiores e
na metade superior do tronco.
- Do ponto de vista funcional, não há diferença entre os fascículos grácil e cuneiforme;
sendo assim, o funículo posterior da medula é funcionalmente homogêneo,
conduzindo impulsos nervosos relacionados com: propriocepção consciente ou
sentido de posição e de movimento (cinestesia), tato discriminativo (ou epicrítico),
sensibilidade vibratória e estereognosia (capacidade de perceber, com as mãos, a
forma e o tamanho de um objeto).
→ Vias ascendentes do funículo anterior
- No funículo anterior localiza-se o trato espinotalâmico anterior. formado por
axônios de neurônios cordonais de projeção situados na coluna posterior.
- Estes axônios cruzam o plano mediano e fletem-se cranialmente para formar o trato
espinotalâmico anterior, cujas fibras nervosas terminam no tálamo e levam impulsos
de pressão e tato leve (tato protopático) - é pouco discriminativo e permite, apenas
de maneira grosseira, a localização da fonte do estímulo tátil.
→ Vias ascendentes do funículo lateral
- Trato espinotalâmico lateral - neurônios cordonais de projeção, situados na coluna
posterior, emitem axônios que cruzam o plano mediano na comissura branca,
ganham o funículo lateral, onde se fletem cranialmente para constituir o trato
espinotalâmico lateral cujas fibras terminam no tálamo.
- O tamanho deste trato aumenta à medida que ele sobe na medula pela constante
adição de novas fibras. Conduz impulsosde temperatura e dor. Junto dele seguem
também as fibras espinorreticulares, que também conduzem impulsos dolorosos.
Essas fibras fazem sinapse na chamada formação reticular do tronco encefálico.
onde se originam as fibras retículotalâmicas, constituindo-se assim a via
espino-retículo-talâmica. Essa via conduz impulsos relacionados com dores do tipo
crônico e difuso (dor em queimação), enquanto a via espinotalâmica se relaciona
com as dores agudas e bem localizadas da superfície corporal.
- Trato espinocerebelar posterior - neurônios cordonais de projeção, situados no
núcleo torácico da coluna posterior, emitem axônios que ganham o funículo lateral
do mesmo lado, fletindo-se cranialmente para formar o trato espinocerebelar
posterior. As fibras deste trato penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar
Estéfany de Paula Paiva
inferior, levando impulsos de propriocepção inconsciente originados em fusos
neuromusculares e órgãos neurotendinosos;
- Trato espinocerebelar anterior - neurônios cordonais de projeção, situados na
coluna posterior e na substância cinzenta intermédia, emitem axônios que ganham o
funículo lateral do mesmo lado ou do lado oposto, fletindo-se cranialmente para
formar o trato espinocerebelar anterior. As fibras deste trato penetram no cerebelo,
principalmente pelo pedúnculo cerebelar superior, informam quando os impulsos
motores chegam à medula e qual sua intensidade. Essa informação é usada pelo
cerebelo para controle da motricidade somática.

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