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Medula espinhal - macroscopia, microscopia + correlações anatomoclínicas

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Marcelle Souza – MED 118 
 
Medula espinhal 
O Sistema Nervoso Central é formado pelo encéfalo (protegido pelo crânio) e pela medula espinhal 
(protegida pelo canal vertebral). A medula espinhal é o órgão mais caudal do SNC, sendo, portanto, 
uma massa cilíndrica de tecido nervoso, levemente achatada ântero-posteriormente. Ela não ocupa 
totalmente o canal vertebral, de forma que, ao nível de L2, afila-se para formar o cone medular. 
Possui como limites: 
• Limite cranial: forame magno 
• Limite caudal: nível de L2 
 
Abaixo de L2, as raízes nervosas de segmentos medulares 
superiores formam a chamada cauda equina. 
 
A medula não possui calibre uniforme, de modo que algumas 
regiões, denominadas intumescências, possuem maior calibre. 
Isso ocorre porque é a partir das intumescências que saem as 
fibras nervosas responsáveis pela formação dos plexos braquial 
(intumescência cervical) e lombossacral (intumescência 
lombar). 
 
A medula ainda é percorrida por sulcos longitudinais, 
denominados: 
• Sulco mediano posterior 
• Sulco lateral anterior 
• Sulco lateral posterior 
• Fissura mediana anterior 
O sulco intermédio posterior, entre o sulco mediano posterior e o lateral posterior, está presente 
apenas na medula cervical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Intumescência 
cervical 
Intumescência 
lombar 
Cone 
medular 
Sulco lateral anterior 
 
Fissura mediana 
anterior 
Sulco mediano 
posterior 
Sulco lateral 
posterior 
Sulco intermédio 
posterior 
 
Marcelle Souza – MED 118 
 
SUBSTÂNCIA CINZENTA 
Na medula, possui forma de “H” e é divida em colunas/cornos: 
• Coluna/corno anterior 
• Coluna/corno posterior 
• Coluna/corno lateral (medula torácica e lombar alta) 
• Substância cinzenta intermédia (central e lateral) 
No centro da substância cinzenta intermédia há o canal central 
da medula (canal do epêndima), preenchido por líquor. 
 
SUBSTÂNCIA BRANCA 
Na medula, é periférica e divida em funículos: 
• Funículo anterior: entre fissura mediana anterior e sulco lateral anterior 
• Funículo lateral: entre sulco lateral anterior e sulco lateral posterior 
• Funículo posterior: entre sulco lateral posterior e sulco mediano posterior 
• Comissura branca *: entre fissura mediana anterior e a substância cinzenta 
Na medula cervical, o sulco intermédio posterior divide o funículo posterior em fascículo grácil 
(medialmente) e fascículo cuneiforme (lateralmente). 
 
NERVO ESPINHAL 
O nervo espinhal é formado por uma raiz ventral (motora), com os corpos dos neurônios localizados 
na coluna anterior da medula, e uma raiz dorsal (sensitiva), com os corpos dos neurônios 
localizados nos gânglios espinhais. Essas raízes são formadas pela união dos filamentos 
radiculares que fazem conexão com os sulcos laterais anterior e posterior da medula. 
 
SEGMENTO MEDULAR 
Segmento medula é toda a parte da medula na qual fazem conexões os filamentos radiculares 
responsáveis pela formação de um único nervo espinhal. Como possuímos 31 pares de nervos 
espinhais, temos 31 segmentos medulares. 
 
TOPOGRAFIA VERTEBROMEDULAR 
Em virtude da coluna vertebral e da medula apresentarem ritmos diferentes de crescimento, a 
medula não ocupa totalmente o canal vertebral e, portanto, os segmentos medulares são mais 
superiores do que os nervos que eles originam. A partir do 4° mês de vida intrauterina, a coluna 
vertebral começa a crescer mais do que a medula, de forma que as raízes nervosas se alongam, 
afastando-se de seus segmentos medulares. 
Seguindo uma regra prática, tem-se que: 
• De C2 a T10: processo espinhoso da vértebra + 2 = segmento medular (ex.: o processo 
espinhoso de C7 está sobre o segmento de T2, então uma lesão de C7 pode acarretar em 
comprometimento da medula torácica); 
• T11-T12: 5 segmentos lombares (uma lesão de T12 não necessariamente afeta o segmento 
medular de T12, mas pode afetar a medula lombar) 
• L1: 5 segmentos sacrais 
Nesse sentido, o conhecimento da topografia vertebromedular, ou seja, a correspondência entre a 
vértebra e seu segmento medular subjacente, é de suma importância clínica no diagnóstico e 
tratamento de lesões vertebromedulares. 
 
Marcelle Souza – MED 118 
 
ENVOLTÓRIOS DA MEDULA 
A medula é revestida por três meninges, sendo elas: 
• Dura máter: é a meninge mais espessa e externa; 
forma o saco dural, o qual termina caudalmente em 
um fundo de saco no nível de S2. O saco dural é 
preenchido por líquor, filamento terminal (da pia 
máter) e cauda equina; 
• Aracnoide: meninge intermediária e está ligada a pia 
máter por meio de trabéculas; 
• Pia máter: é a meninge mais delicada e interna. 
Quando a medula termina, ela continua como um fino 
prolongamento, o filamento terminal, o qual, ao atravessar o fundo de saco, recebe 
prolongamentos da dura máter e passa a ser chamado de filamento da sura máter. Esse 
filamento continua até o cóccix, onde forma o ligamento coccígeo, um dos pontos de fixação 
da medula. O outro ponto de fixação é dado por meio dos ligamentos denticulados, que são 
pregas laterais da pia máter que formam processos triangulares, de forma que a margem 
medial está ligada à face lateral da pia máter e a margem lateral à dura máter e aracnoide. 
 
ESPAÇOS MENÍNGEOS 
• Epidural: entre dura máter e periósteo do canal vertebral; contém tecido adiposo e plexo 
venoso vertebral interno; 
• Subdural (virtual): entre dura máter e aracnoide; contém pequena quantidade de líquor; 
• Subaracnóideo: entre aracnoide e pia máter; contém líquor. 
 
ANESTESIAS NOS ESPAÇOS MENÍNGEOS 
Bloqueiam as raízes nervosas que atravessam esses espaços 
• Anestesia raquidiana: espaço subaracnóideo; 
• Anestesia epidural (peridural): espaço epidural; utilizada em partos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MICROSCOPIA DA MEDULA ESPINHAL 
 
Marcelle Souza – MED 118 
 
SUBSTÂNCIA CINZENTA 
 
• Coluna anterior: Grupo medial (grupo de neurônios que inervam a musculatura do 
esqueleto axial) + grupo lateral (grupo de neurônios que inervam a musculatura do esqueleto 
apendicular). O grupo lateral é ainda dividido em uma porção mais medial, na qual os 
neurônios inervam a musculatura proximal dos membros; e uma porção lateral, responsável 
pela inervação da musculatura mais distal. Como o grupo medial contém corpos de 
neurônios cujos axônios inervam os músculos do esqueleto axial, ele está presente em toda 
a extensão da medula. Já o grupo lateral, por inervar os membros, está presente apenas 
nas intumescências cervical e lombar, locais de origem dos plexos braquial e lombossacral, 
respectivamente. 
• Coluna posterior 
• Substância cinzenta intermédia – central (contém o canal central da medula) e lateral 
(contém a coluna lateral, na medula torácica e lombar alta) 
CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS 
1. Neurônios de axônio longo (tipo I de Golgi) 
1.1. Neurônios radiculares somáticos: possuem o corpo localizado na coluna anterior da 
medula. Somáticos, porque são responsáveis pela inervação da musculatura estriada 
esquelética. Subdividem-se em neurônios alfa, que inervam as fibras extrafusais, e gama, 
que inervam as fibras intrafusais (regula a sensibilidade do fuso neuromuscular). 
1.2. Neurônios radiculares viscerais: possuem o corpo localizado na coluna lateral da medula. 
Viscerais, pois são neurônios pré-ganglionares do Sistema Nervoso Autônomo 
responsáveis pela inervação da musculatura lisa, cardíaca e de glândulas. 
1.3. Neurônios cordonais 
• Associação (“fascículos próprios”): seus axônios dão origem aos fascículos próprios, que 
são vias de associação da medula e, portanto, integram segmentos medulares de diferentes 
níveis, formando os arcos reflexos intersegmentares da medula. 
• Projeção (“vias ascendentes”): possui axônios ascendentes longos que terminam fora da 
medula, projetando-se para segmentos superiores do SNC e, assim, formando a via 
ascendente da medula. 
 
2. Neurôniosde axônio curto (tipo II de Golgi) 
2.1. Neurônios internunciais: seu axônio é curto e, portanto, permanece na substância 
cinzenta. Faz conexão com as fibras aferentes que penetram pela raiz dorsal e os neurônios 
motores da coluna anterior, formando os arcos reflexos polissinápticos medulares. 
 
SUBSTÂNCIA BRANCA 
 
1. VIAS DESCENDENTES 
São formadas por fibras que se originam no córtex ou de várias áreas do tronco encefálico e que 
terminam fazendo sinapse com os neurônios medulares. A divisão dessas vias ocorre em dois 
sistemas, sendo eles: sistema lateral e sistema medial. 
• Sistema lateral 
 
Marcelle Souza – MED 118 
 
Composto por fibras nervosas que terminam nos neurônios do grupo lateral da coluna anterior, em 
sua porção mais lateral, ou seja, a porção que contém o grupo de neurônios responsáveis pela 
inervação da musculatura do esqueleto apendicular distal – motricidade voluntária, com 
movimentos precisos e delicados. 
- Trato corticoespinhal lateral: motricidade voluntária da musculatura distal 
- Trato rubroespinhal (involuído no homem) 
A MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA É CRUZADA, o trato corticoespinhal lateral cruza antes de chegar 
à medula. 
• Sistema medial 
Composto por fibras nervosas que terminam nos neurônios restantes da coluna anterior, ou seja, 
os do grupo medial e os da porção mais medial do grupo lateral – motricidade voluntária, inervação 
da musculatura do esqueleto axial e apendicular proximal, funções predominantemente 
relacionadas à manutenção do equilíbrio e da postura básica. 
- Trato corticoespinhal anterior 
- Trato vestibuloespinhal lateral 
- Trato vestibuloespinhal medial 
- Trato reticuloespinhal bulbar 
- Trato reticuloespinhal pontino 
- Trato tetoespinhal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trato corticoespinhal lateral 
Trato rubroespinhal 
 
Marcelle Souza – MED 118 
 
2. VIAS ASCENDENTES 
São formadas por fibras cordonais de projeção ou ramos ascendentes de fibras da raiz dorsal 
(fascículos grácil e cuneiforme). Cada filamento radicular da raiz dorsal, ao ganhar o sulco lateral 
posterior, divide-se em dois grupos de fibras: grupo medial e grupo lateral. Essas fibras se 
bifurcam em um ramo ascendente, mais longo, e um descendente, mais curto, além de ramos 
colaterais. Ao entrar na medula, há várias possibilidades de sinapses, dentre elas: 
- sinapses com neurônios motores, na coluna anterior: arco reflexo somático; 
- sinapses com neurônios pré-ganglionares, na coluna lateral: arco reflexo visceral; 
- sinapses com neurônios internunciais, na coluna posterior: arco reflexo polissináptico; 
- sinapses com neurônios cordonais de associação, na coluna posterior: arco reflexo 
intersegmentar; 
- sinapses com neurônios cordonais de projeção, na coluna posterior: vias ascendentes; 
- passar pela medula sem fazer sinapse, ascendendo até o bulbo e, lá, fazendo sinapse nos núcleos 
grácil e cuneiforme: fibras dos fascículos grácil e cuneiforme, que são fibras ascendentes do grupo 
medial. 
• Vias ascendentes do funículo posterior 
- Fascículo grácil (medialmente): identificado em toda extensão da medula, conduz impulsos dos 
membros inferiores e metade inferior do tronco; DIRETO; 
- Fascículo cuneiforme (lateralmente): identificado na medula cervical e torácica alta, conduz 
impulsos dos membros superiores e metade superior do tronco; DIRETO. 
* funções: 
- propriocepção consciente; 
- tato epicrítico (discriminativo); 
- sensibilidade vibratória; 
- estereognosia: capacidade de perceber, com as mãos, a forma e tamanho de um objeto. 
• Vias ascendentes do funículo lateral 
- Trato espinocerebelar anterior: propriocepção inconsciente e detecção dos níveis de atividade 
do trato corticoespinhal; CRUZADO; 
- Trato espinocerebelar posterior: propriocepção inconsciente; DIRETO; 
- Trato espinotalâmico lateral: temperatura e dor (aguda e de localização precisa); CRUZADO. 
• Vias ascendentes no funículo anterior 
- Trato espinotalâmico anterior: pressão e tato protopático (mais grosseiro); CRUZADO. 
 
 
Marcelle Souza – MED 118 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A sensibilidade tátil tem duas vias na medula, uma direta, no funículo posterior, e uma 
cruzada, no funículo anterior, sendo, portanto, difícil perder toda a sensibilidade tátil nas 
lesões medulares, com exceção de quando há transecção completa do órgão. 
• Observando o quadro, podemos ver que estruturas situadas mais posteriormente tendem a 
ter trajeto direto, enquanto que as anteriores, cruzado. 
CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS 
• Paralisias flácidas: hiporreflexia + hipotonia + atrofia = síndrome do neurônio motor inferior. 
A hiporreflexia é devido à perda da eferência do reflexo, de modo que o neurônio motor que 
desencadeia a contração está lesionado. A hipotonia é a perda da resistência normal 
(“membro bobo”). 
• Paralisias espásticas: hiperreflexia + hipertonia + sinal de Babinski positivo = síndrome do 
neurônio motor superior. 
↓ 
O tônus é o estado de tensão elástica que o músculo em repouso apresenta e que permite iniciar 
a contração mais rapidamente. Durante a manutenção da postura, por exemplo, por ação da 
gravidade, o tronco tende a cair, o que gera um reflexo de estiramento, estirando as fibras 
intrafusais, o que sensibiliza fibras sensitivas ali presentes que mandam o estimulo para a medula. 
Na coluna anterior, fazem sinapses com os motoneurônios alfa que determinam a contração das 
fibras extrafusais. O neurônio motor superior é responsável por modular esse processo, 
estabelecendo vias inibitórias e excitatórias que geram o balanço entre inibição e estímulo da 
contração. Por isso, mesmo havendo um estiramento natural causado pela gravidade nos nossos 
membros, não há flexão, por exemplo, dos braços de forma involuntária, pois há vias inibitórias 
 
Marcelle Souza – MED 118 
 
ativadas pelo neurônio motor superior. Todavia, em uma síndrome do neurônio motor superior, há 
a perda desse balanço entre estímulo e inibição e, como a via eferente do neurônio motor inferior 
está integra, haverá reflexo, porém, com uma resposta acentuada (podendo apresentar clônus). A 
hipertonia é encontrada no padrão espasticidade, sendo que, nos membros superiores, a 
musculatura flexora é hipertônica (resistência para a extensão) e nos membros inferiores a 
musculatura hipertônica é a extensora (resistência para a flexão). A explicação de afetar diferentes 
grupos musculares está ligada à ação da gravidade. Nos membros superiores: a gravidade leva ao 
estiramento das fibras, estimulando a contração e, como não há regulação por vias inibindo o 
motoneurônio alfa, a musculatura permanece contraída (flexão de punho, flexão do cotovelo, 
adução do ombro e rotação medial do ombro). Nos membros inferiores: a gravidade tende a fletir o 
joelho e o quadril, o que estira a musculatura antagonista extensora, de forma que o membro inferior 
fique em extensão. O sinal de Babinski está relacionado a uma extensão do hálux durante o reflexo 
cutâneo-plantar. Essa extensão indica lesão do neurônio motor superior, com comprometimento do 
funículo lateral, por onde passa o trato corticoespinhal lateral. 
 
→ Lesões das raízes nervosas 
- Hérnia de disco 
- Tabes Dorsalis: associada à neurosífilis, com comprometimento das fibras que formam os 
fascículos grácil e cuneiforme – perda de propriocepção consciente, sensibilidade vibratória, 
estereognosia e tato epicrítico. 
 
→ Lesões na medula 
• Coluna anterior 
- Poliomielite e Esclerose lateral amiotrófica (ELA) 
• Canal central 
- Siringomielia: alargamento do canal central, o que comprime a comissura branca e as fibras do 
trato espinotalâmico lateral que ali cruzam, causando perda de sensibilidade térmica e dolorosa. O 
tato é preservado e, portanto, há uma “dissociação sensitiva”. 
• Lesões traumáticas 
- HEMISSECÇÃO 
Síndrome de Brown-Séquard: sintomas do mesmo lado são decorrentes de tratosnão cruzados na 
medula, como o corticoespinhal lateral e fascículos grácil e cuneiforme; sintomas do lado oposto 
são decorrentes de tratos que cruzam na medula, como os tratos espinotalâmicos lateral e anterior. 
- TRANSECÇÃO 
“Choque espinhal” – perda absoluta da sensibilidade, movimentos e do tônus nos músculos 
inervados pelos segmentos medulares abaixo da lesão. 
- COMPRESSÃO 
• Intervenções cirúrgicas 
Secção cirúrgica dos tratos espinotalâmicos laterais (cordotomias) – em caso de dores resistentes 
aos medicamentos. A secção é feita acima e do lado oposto ao processo doloroso.

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