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SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA SÃO PAULO 2021 SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA . São Paulo 2021 SUMÁRIO 1. Introdução.......................................................................................... 4 2. Transmissão....................................................................................... 6 3. Prevenção........................................................................................... 7 4 Sintomas............................................................................................. 8 5 Diagnóstico........................................................................................ 9 6. Aspectos psicológicos...................................................................... 10 7. Tratamento....................................................................................... 11 8. Conclusão........................................................................................... 12 9. Referências ........................................................................................ 13 4 1. Introdução O presente trabalho visa apresentar os principais aspectos e informações relevante em tempos atuais sobre a síndrome de imunodeficiência adquirida e os aspectos emocionais e dificuldades enfrentadas durante o processo de adoecimento. O ponto inicial da síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA; em inglês: acquired immunodeficiency syndrome, AIDS) e a infecção através do vírus da imunodeficiência humana (HIV), e seus agentes desencadeadores, os retrovírus HIV-1 e HIV-2. Em 1983, o HIV-1 foi isolado de pacientes com AIDS pelos pesquisadores Luc Montaigner, na França, e Robert Gallo, nos EUA, recebendo os nomes de LAV (Lymphadenopathy Associated Virus ou Virus Associado à Linfadenopatia) e HTLV-III (Human T-Lymphotrophic Virus ou Vírus T-Linfotrópico Humano tipo lll) respectivamente nos dois países. Em 1986, foi identificado um segundo agente etiológico, também retrovírus, com características semelhantes ao HIV- 1, denominado HIV-2. Nesse mesmo ano, um comitê internacional recomendou o termo HIV (Human Immunodeficiency Virus ou Vírus da Imunodeficiência Humana) para denominá-lo, reconhecendo-o como capaz de infectar seres humanos. Segundo Ministério da Saúde (2020), o Brasil registra cerca de 920 mil pessoas convivendo com HIV, sendo que 642 mil pessoas estavam em tratamento com a medicação antirretroviral (ARV). Outro dado significativo a nível mundial é fornecido pela UNAIDS (2021), em sua publicação anual, dados estatísticos apontam que 37,6 milhões [30,2 milhões-45,0 milhões] de pessoas estavam vivendo com HIV no mundo em 2020. Dessas pessoas, cerca de 6 milhões [4,8 milhões-7,1 milhões] não sabiam que estavam vivendo com HIV em 2020. Possuir o vírus do HIV não é a mesma coisa que ter aids. A AIDS é causada pelo vírus HIV (agente de infeções), que interfere na capacidade do organismo de combater infecções. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas 5 relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. 6 2. Transmissão O vírus HIV tem como maior responsável por sua transmissão a relação sexual sem proteção, mas também pode ser transmitido pelo sangue através de transfusão sanguínea, gestação, parto, transplante e compartilhamento de seringas contaminadas. A primeira fase da contaminação do vírus é chamada de infecção aguda onde se tem o espaço de tempo entre a exposição ao vírus e os primeiros sintomas, o organismo leva até dois meses para produzir os anticorpos necessários, no segundo passo ocorre uma interação entre as células de defesa e as constantes mutações do vírus HIV. A baixa imunidade torna o indivíduo mais suscetível ao aparecimento de outras doenças, que se aproveitam o enfraquecimento do indivíduo, e quando isso ocorre atinge-se o estágio mais avançado, a AIDS. 7 3. Prevenção Para evitar a contração do vírus é recomendado o uso de preservativos durante as relações sexuais, seringas e agulhas de uso pessoal e único (descartáveis) e uso de luvas ao manipular feridas. A melhor forma de prevenção é o sexo seguro, se sabe que ter uma DST deixa o indivíduo mais suscetível a contrair outras e como os sintomas são frequentemente confundidos com gripe e em alguns casos não existe sintoma algum, o uso de camisinha em todas as relações sexuais se torna de extrema importância para a proteção dos envolvidos. Estar com os exames sempre atualizados para que caso tenha um resultado positivo evitar passar inconscientemente para futuros parceiros é uma forma de prevenção, outras formas de prevenção seriam, orientar toda gestante a realizar o pré-natal, as pessoas que têm uma vida sexual ativa a estarem pelo menos uma vez por ano realizando os exames necessários. Ainda hoje existem muitas pessoas que não recebem este tipo de informação por isso uma outra forma de prevenção seria encontrar uma forma de levar essas informações a lugares que geralmente ela não chegaria, sendo por meio de projetos, palestras ou outras formas, muitos profissionais da saúde que trabalham com prevenção ainda encontrar dificuldades em conseguir que as pessoas tomem essas medidas preventivas. 8 4. Sintomas Alguns sintomas da infecção pelo vírus HIV podem surgir até duas semanas após o contato com o vírus e podem ser parecidos aos sintomas de uma gripe como dor de cabeça, febre, cansaço, garganta inflamada, dor nas articulações, aparecer aftas ou outras feridas bucais, outros sintomas são suores noturnos e diarreia. Ocorrem também casos em que não se tem sintomas e essa fase assintomática pode vir a durar até dez anos. Esses sintomas são muito confundidos com uma gripe, por exemplo, por isso é importante que se faça o teste de HIV em alguma clínica ou centro de testagem, vale ressaltar que ser portador do vírus HIV, é diferente de ter AIDS. Com a contração do vírus, o sistema imunológico é prejudicado, as células de defesa do organismo se tornam menos eficiente com o tempo, o que torna o organismo fraco e sensível a infecções, pela imunidade do indivíduo estar baixa, então atingisse o estágio avançado da contração do vírus, a síndrome de imunodeficiência adquirida, alguns sintomas da AIDS são febres altas, suores noturnos, manchas na pele e boca, dificuldade de respirar, tosse, feridas genitais, perda de peso e problemas de memória, pode-se acontecer infecções como amigdalite, candidíase e pneumonia. Como mesmo no estágio avançado os sintomas podem ser confundidos com outras doenças, vale ressaltar a importância de exames frequentes e acompanhamento médico para que possa ser tratada a contração do vírus de forma correta, para que esse quadro não venha a se agravar. 9 5. Diagnóstico O diagnóstico precoce gera uma maior expectativa de vida, tendo em vista que o tratamento pode ser iniciado de maneira rápida o que contribui para evitação de baixa imunidade e de infecções oportunistas. Assim, o diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluído oral e pode ser feito por meio de exames laboratoriais e por testes rápidos. O exame busca identificar anticorpos contra o HIV presentes no material coletado, a infecção pelo HIV pode ser detectada com pelo menos 30 dias a partir da situação de risco. Conforme Silva (2000) as infecções de baixa imunidade e dessa maneira muitos pacientes infectados peloHIV, com sintomas sugestivos de pneumonia, pneumopatias apresenta-se como desordens pulmonares. Sabe-se que as complicações pulmonares em pacientes imunocomprometidos são caracterizadas pela dificuldade de diagnóstico, de forma que seu correto diagnóstico, proporciona um tratamento adequado. Os profissionais de saúde devem manter o sigilo do diagnóstico, respeitando a decisão do paciente. Também é possível o paciente passar por um processo de aconselhamento com o objetivo de contribuir com a correta interpretação do resultado. 10 6. Aspectos Psicológicos Os estigmas que o portador da AIDS ou HIV carrega consigo, o entendimento equivocado da doença, o preconceito, a vergonha e o julgamento, são questões recorrente a essas pessoas. O adoecimento e o padecer do corpo ocorre de forma acentuada, que a vida passa a desenvolver-se a partir da doença. Diante disso o portador recorre a mecanismos que o permite passar por essa situação, para que então possa entender sua condição de forma mais racional e dar condução em sua vida. Fonseca (2004 p.112) nos diz que: [...] o profissional da área de saúde precisa estar atento e avaliar em que etapa o enlutado está em seu processo e o que ele necessita para dar continuidade a ele. Esse diagnostico permite encorajar o paciente e família a resgatar o que há de sadio em suas vidas, motivando-os a enfrentar a realidade com qualidade de vida. Vaccari e Casillas (1997 p.82) nos conta que: “a OMS refere-se a AIDS, em alguns documentos, como epidemia social, feita de preconceito e de discriminação, de falta de solidariedade”, o que nos explica um pouco a escolha recorrente de não partilhar sua condição atual com os demais, e preferir por encarar a doença de forma solo, o que pode ser extremamente difícil para o portador, visto que essa exclusão até mesmo do ambiente familiar gera grandes desordens psíquicas tais como depressão, crise identitária, e etc. O psicólogo inserido nestes casos, irá atuar na busca por trazer maiores esclarecimentos acerca da doença e distanciar ideias catastróficas do “estar doente”, que pode ser fator crucial para a adesão do tratamento antirretroviral. Além disso a mudança do estilo de vida, a angústia de relacionar-se amorosamente, o medo da morte e diversos outros fatores sociais, levam esse indivíduo a um isolamento social gerando maior sofrimento e estigma. O trabalho do psicólogo irá ajudar o indivíduo também na ressignificação da doença, procurando da melhor forma reconectar indivíduo e sociedade, assumindo um papel facilitador para a melhoria da qualidade de vida destes, desde o diagnóstico. 11 7. Tratamento Existem muitos estudos sobre a cura da AIDS e diversos tratamentos, o tratamento mais conhecido é realizado com a toma de um coquetel de medicamentos que visa aumentar a expectativa de vida do indivíduo e diminuir a quantidade de internações e infecções, já que ainda não se consegue eliminar completamente o vírus HIV do sangue. O uso dos medicamentos, conhecidos como medicamentos antirretrovirais (ARV), tem como objetivo evitar o enfraquecimento do sistema imunológico assim, impedir a multiplicação do HIV no organismo. Dessa forma, o tratamento do uso regular dos medicamentos é de extrema importância. Esses coquetéis são fornecidos de forma gratuita pelo governo, atualmente existem 22 medicamentos que são usados para este tratamento com o intuito de combater o vírus e aumentar a quantidade das células de defesa do sistema imune, mas para que o tratamento funcione é importante seguir corretamente as instruções médicas, usá-los de forma correta ajuda a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico, o que aumenta o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com o vírus HIV. Segundo uma declaração do infectologista José Valdez Madruga, coordenador do comitê de Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) "Antes, se esperava a contagem de células CD4 cair para começar com o tratamento. Hoje, sabe-se que é melhor iniciar antes disso, assim que o HIV é descoberto". Dentre os 22 medicamentos citados acima existem os inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa, inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa, inibidores de protease, inibidores de fusão, inibidores da integrasse, inibidores de entrada. É indicado que o tratamento seja realizado com três antirretrovirais combinados, do início da terapia decorrem alguns efeitos colaterais como enjoo e dor de estomago. 12 8. Conclusão Conforme foi estudado podemos concluir que a síndrome de imunodeficiência adquirida abrange importantes questões físicas tendo o diagnóstico como papel fundamental para o tratamento eficaz. Assim como as questões psicológicas que são geradas a partir do diagnóstico, que devem ser elaboradas por meio da atuação do psicólogo e uma rede de apoio, visando contribuir com a qualidade de vida do paciente. Em síntese, é de extrema importância o acompanhamento, o tratamento e os cuidados indicados pelos profissionais de saúde. Além disso, analisando o contexto atual é necessário cada vez mais falar sobre a importância da prevenção e a testagem, com o objetivo de gerar conhecimento a população e romper os estigmas e preconceitos presentes na sociedade. 13 9. Referências ANDRÉ FELIPE DE CASTRO PEREIRA CHAVES (Piauí). Universidade Federal do Piauí (org.). Cartilha Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Teresina,p. 1- 25, maio 2020. Disponível em: https://ufpi.br/arquivos_download/arquivos/prex/publicacoes-da- extensao/Cartilha_Infeccoes_Sexualmente_Transmissiveis_IST_compressed2020061 0132403.pdf; Acesso em: 15 nov. 2021. GOVERNO DO BRASIL: Cai o número de casos e mortes causados pela Aids no país. Brasil, 01 dez. 2020; Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/saude-e- vigilancia-sanitaria/2020/12/cai-o-numero-de-casos-e-mortes-causados-pela-aids-no- pais; Acesso em: 16 nov. 2021 SILVA, Rosemeri Maurici da. A síndrome da imunodeficiência adquirida e o pulmão. Jornal de Pneumologia, [S.L.], v. 26, n. 1, p. 44-48, fev. 2000. FapUNIFESP (SciELO); disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/s0102-35862000000100009. FONSECA, J.P. Luto antecipatório. São Paulo: Livro Pleno, 2004. VACCARI, V. L., CASSILLAS, V. M. DST/AIDS CONVIVER SEM RISCO. Belo Horizonte, MG. EDITORA LÊ. 1997. Etiologia, clínica, diagnóstico e tratamento, AIDS; disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Aids_etiologia_clinica_diagnostico_tratam ento.pdf; acesso 16/11/21 Portal Governo Brasileiro, BRASIL; disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico- geral/o-que-e-hiv; acesso em: 16/11/2021 Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS, ONU; disponível em: https://unaids.org.br/; acesso em 16/11/21 1. Introdução 2. Transmissão 3. Prevenção 4. Sintomas 5. Diagnóstico 6. Aspectos Psicológicos 7. Tratamento 8. Conclusão 9. Referências Portal Governo Brasileiro, BRASIL; disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv; acesso em: 16/11/2021 Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS, ONU; disponível em: https://unaids.org.br/; acesso em 16/11/21
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