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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE DISCIPLINA: QUI0111 - QUÍMICA ANALÍTICA APLICADA DOCENTE: PROF. DRA. MARIA DE FÁTIMA VITÓRIA DE MOURA RELATÓRIO - AULA EXPERIMENTAL I Reações Químicas Pablo Vespúcio Lopes Bezerra NATAL NOVEMBRO/2021 INTRODUÇÃO 3 OBJETIVO 5 JUSTIFICATIVA 5 MATERIAIS E MÉTODOS 6 Experimento 1 6 Experimento 2 6 Experimento 3 6 Experimento 4 7 Experimento 5 7 Experimento 6 8 Experimento 7 8 Experimento 8 8 Experimento 9 9 Experimento 10 9 Experimento 11 10 RESULTADOS E DISCUSSÃO 10 Experimento 1 10 Experimento 2 10 Experimento 3 11 Experimento 4 11 Experimento 5 11 Experimento 6 11 Experimento 7 12 Experimento 8 12 Experimento 9 12 Experimento 10 13 Experimento 11 13 CONCLUSÃO 14 REFERÊNCIAS 15 INTRODUÇÃO As evidências das reações se dão por várias constatações, sejam elas intrinsecamente no meio, sendo necessário aparelhos avançados para análise, ou visíveis a olho nú. Nesse sentido, alterações de cores das soluções, formação de bolhas, aquecimento/resfriamento, ou ainda a formação de corpo de fundo (precipitados) são algumas maneiras de identificar que a reação ocorreu. As reações de oxirredução são caracterizadas pela transferência de elétrons de uma espécie química para outra. Nesse sentido, o átomo ou íon que recebe elétrons tem seu número de oxidação (ou nox) diminuído, e sofre redução. Em contrapartida, a espécie que perde os elétrons tem seu nox aumentado e sofre oxidação. As reações de formação de complexos envolvem espécies capazes de participar de reações segundo o conceito de ácido e bases de Lewis, doando ou recebendo pares de elétrons. Assim, na teoria de Lewis, um ácido é caracterizado por receber um par de elétrons, já uma base é a espécie que possui elétrons livres passíveis de doação. Desse modo, essa teoria permite verificar e observar experimentos envolvendo espécies metálicas na forma de íons, por meio de reações de complexação, em que o íon metálico atua como um ácido, recebendo um par de elétrons de uma base de Lewis. No exemplo abaixo, têm se moléculas de amônia atuando como base de Lewis, doando elétrons para o Cu2+, formando um complexo com 4 pares de elétrons compartilhados. Figura 1 - Reação de complexação entre o cobre a amônia. Na química, as reações reversíveis são aquelas em que há constante formação de produtos e reagentes no meio. Esse mecanismo é fundamental para garantir que haja um equilíbrio entre as espécies reacionárias. Para isso, portanto, o equilíbrio químico é estabelecido quando as concentrações dos reagentes e produtos se mantêm constantes e a velocidade das reações direta e inversa são iguais. aA + bB ⇋ cC + dD Reação genérica Na reação genérica acima, a velocidade da reação (v1) direta e inversa (v2) são respectivamente iguais à: 𝑣1 = 𝑘1 * [𝐴]𝑎 * [𝐵]𝑏 𝑣2 = 𝑘2 * [𝐶]𝑐 * [𝐷]𝑑 Em que: ● k1 e k2 são, nessa ordem, as constantes de proporcionalidade das velocidades para as reações direta e indireta; ● [A], [B], [C] e [D] correspondem às concentrações dos reagentes; ● são os coeficientes estequiométricos da reação.𝑎, 𝑏, 𝑐 𝑒 𝑑 Tendo em vista que as velocidades das reações direta e inversa são iguais, portanto: 𝑘1 * [𝐴]𝑎 * [𝐵]𝑏 = 𝑘2 * [𝐶]𝑐 * [𝐷]𝑑 𝑘1 𝑘2 = [𝐶]𝑐*[𝐷]𝑑 [𝐴]𝑎*[𝐵]𝑏 𝐾 = [𝐶] 𝑐*[𝐷]𝑑 [𝐴]𝑎*[𝐵]𝑏 Em um estado de equilíbrio, quando um sistema sofre uma perturbação externa, este deslocará o equilíbrio no sentido contrário à perturbação como alternativa para atingir novamente o equilíbrio. Além disso, a presença de um catalisador aumenta a velocidade da reação direta, atingindo, dessa forma, o equilíbrio em menor tempo, uma vez que há a diminuição da energia de ativação. Figura 2 - Concentrações dos reagentes e produtos durante a reação. Figura 3 - Velocidades das reações direta e inversa. Os ácidos são compostos covalentes que, quando em contato com soluções aquosas, sofrem ionização, formando íons que não existiam a princípio, sendo o cátion H3O+ um desses íons formados. As bases, ao contrário dos ácidos, sofrem dissociação na água, ou seja, os íons que já existiam são separados, liberando o ânion OH-. Segue abaixo as reações do ácido clorídrico e o hidróxido de sódio. HCl(aq) → H+(aq) + Cl-(aq) NaOH(aq) → Na+(aq) + OH-(aq) OBJETIVO Realizar a mistura de soluções e observar a possível ocorrência de reações, bem como seus produtos . JUSTIFICATIVA Verificar experimentalmente os conteúdos aprendidos em sala de aula. MATERIAIS E MÉTODOS I. Experimento 1 Materiais Metodologia Fita de magnésio puro Prende a fita de magnésio no alicate Alicate Com o maçarico, inicia a combustão da fita de metal Bico de Bunsen (maçarico) Observar se há reação II. Experimento 2 Materiais Metodologia Solução de sulfato de cobre (CuSO4) Em um tubo de ensaio, transfira 1 mL da solução de sulfato de cobre com o auxílio de uma pipeta graduada Solução de cloreto de bário (BaCl2) Acrescente algumas gotas de cloreto de bário utilizando a pipeta de Pasteur. Tubo de ensaio Observar se há reação Pipeta graduada Pipeta de Pasteur III. Experimento 3 Materiais Metodologia Solução de nitrato de chumbo (Pb(NO3)2) Em um tubo de ensaio, transfira 1 mL da nitrato de chumbo com o auxílio de uma pipeta graduada Iodeto de potássio (KI) Acrescente algumas gotas de iodeto de potássio utilizando a pipeta de Pasteur. Tubo de ensaio Observar se há reação Pipeta graduada Pipeta de Pasteur IV. Experimento 4 Materiais Metodologia Solução de cloreto férrico (FeCl3) Em um tubo de ensaio, transfira 1 mL de cloreto férrico com auxílio de uma pipeta graduada Ferrocianeto de potássio (K₄[Fe(CN)₆]) Acrescente algumas gotas de ferrocianeto de potássio utilizando uma pipeta de Pasteur. Tubo de ensaio Observar se há reação Pipeta graduada Pipeta de Pasteur V. Experimento 5 Materiais Metodologia Solução de cloreto de cobre(II) (CuCl2) Em um tubo de ensaio, transfira 1,0 mL de cloreto de cobre (II) com auxílio de uma pipeta graduada Dimetilglioxima Acrescente algumas gotas de dimetilglioxima utilizando uma pipeta de Pasteur. Tubo de ensaio Observar se há reação Pipeta graduada Pipeta de Pasteur VI. Experimento 6 Materiais Metodologia Solução de cloreto de alumínio (AlCl3) Em um tubo de ensaio transfira, 1 mL de cloreto alumínio com auxílio de uma pipeta graduada Hidróxido de amônio (NH4OH) Acrescente algumas gotas de hidróxido de amônio utilizando uma pipeta de Pasteur Tubo de ensaio Observar se há reação Pipeta graduada Pipeta de Pasteur VII. Experimento 7 Materiais Metodologia Solução de cloreto de férrico (FeCl3) Em um tubo de ensaio transfira 1 mL de cloreto férrico com auxílio de uma pipeta graduada Tiocianato de amônio (NH4SCN) Acrescente algumas gotas de tiocianato de amônio utilizando uma pipeta de Pasteur Tubo de ensaio Observar se há reação Pipeta graduada Pipeta de Pasteur VIII. Experimento 8 Materiais Metodologia Solução de sulfato de cobre (CuSO4) Em um tubo de ensaio transfira 1 mL de sulfato de cobre com auxílio de uma pipeta graduada Hidróxido de amônio (NH4OH) Acrescente algumas gotas de hidróxido de amônio utilizando uma pipeta de Pasteur Tubo de ensaio Observar se há reação Pipeta graduada Pipeta de Pasteur IX. Experimento 9 Materiais Metodologia Solução de sulfato de cobre (CuSO4) Em um béquer, adicionar a solução de sulfato de cobre Prego de ferro Com o fio de cobre, amarrar o prego na ponta Béquer Submergir o prego na solução de sulfato de cobre Fio de cobre Observar se há reação X. Experimento 10 Materiais Metodologia Permanganato de potássio (KMnO4) Em um tubo de ensaio transfira 1 mL de peróxido de hidrogênio com auxílio de uma pipeta graduada Peróxido de hidrogênio - água oxigenada (H2O2) Em seguida, adicione gotas de solução de ácido sulfúrico à solução de água oxigenada Ácido sulfúrico (H2SO4) Posteriormente, adicione gotas de permanganato de potássio com auxílio de uma pipeta graduada Tubo de ensaio Observe e anote as reações Pipeta graduadaPipeta de Pasteur XI. Experimento 11 Materiais Metodologia Ácido clorídrico (HCl) Em um tubo de ensaio transfira 1 mL de ácido clorídrico com auxílio de uma pipeta graduada Magnésio metálico Em seguida, adicione gotas de solução de ácido sulfúrico à solução de água oxigenada Tubo de ensaio Posteriormente, acrescentar à solução pedaços de magnésio Observe e anote as reações RESULTADOS E DISCUSSÃO I. Experimento 1 Com a queima da fita de magnésio, ocorreu a liberação de luz branca e posterior formação de óxido de magnésio, um sólido branco quebradiço, seguindo a reação: 2 Mg(s) + O2 → 2 MgO(s) II. Experimento 2 Ao adicionar cloreto de bário na solução de sulfato de cobre, ocorre a seguinte reação, em que um dos produtos é BaSO4, um precipitado branco: CuSO4 + BaCl2 → CuCl2 + BaSO4 III. Experimento 3 As soluções de nitrato de chumbo e iodeto de potássio eram incolores, inicialmente. Quando há a mistura das duas soluções, pode-se observar a formação de precipitado bem amarelo, o iodeto de chumbo. Pb(NO3)2 (aq) + 2 KI (aq) → 2 KNO3 (aq) + PbI2 (s)) IV. Experimento 4 A solução de ferrocianeto de potássio, inicialmente de cor amarelo claro, ao seu misturada com a solução incolor de cloreto férrico produz o cloreto de potássio (KCl) e um precipitado de coloração azul da prússia, o ferrocianeto férrico, de acordo com a reação abaixo: 4 FeCl3 + 3 K4(Fe(CN)6) → Fe4[Fe(CN)6]3 + 12 KCl V. Experimento 5 Ao reagir o dimetilglioxima (C4H8O2N2) com o cloreto de níquel, há a formação de um complexo e também ácido clorídrico. A solução adquire coloração amarelada, inicialmente. Contudo, no decorrer do tempo, a cor rosa prevalece. 2 C4H8O2N2 + NiCl2 → 2 HCl + [Ni(C4H7O2N2)2] VI. Experimento 6 Ao misturar as respectivas soluções, obtêm se uma espécie branca insolúvel, o hidróxido de alumínio, enquanto que o cloreto de amônio permanece diluído na solução, conforme a reação abaixo: AlCl3 (aq) + 3NH4OH(l) → Al(OH)(s) + 3 NH4Cl(aq) VII. Experimento 7 As soluções de cloreto férrico e tiocianato de amônio produzem tiocianato de ferro e cloreto de amônio. A solução adquire uma coloração vermelho escuro ou “tijolo” devido ao tiocianato de ferro (Fe(SCN)3). Segue a reação: FeCl3(aq) + 3 NH4SCN(aq) → Fe(SCN)3(aq) + 3 NH4Cl(aq) VIII. Experimento 8 Nesse experimento ocorre uma reação de complexação, que consiste em um tipo de composto formado pela reação de um ligante químico com um íon metálico central, nesse caso o cobre, que coordena os ligantes ao seu redor. Ao misturar as duas soluções, obtêm-se o hidróxido de cobre (Cu(OH2), um precipitado azul claro. Por ter excesso de amônio, a parte superficial da solução adquire uma coloração mais escura de azul devido à formação do complexo tetra amina sulfato de cobre ([Cu(NH3)4]SO4). CuSO4 + 2 NH4OH → (NH4)2SO4 + Cu(OH)2 azul claro Cu(OH)2 + (NH4)2SO4 + 2 NH4OH → [Cu(NH3)4]SO4 + 4 H2O azul escuro IX. Experimento 9 Nesse experimento ocorre uma reação de oxirredução, em que as espécies perdem e ganham elétrons. Ao adicionar o prego na solução de sulfato de cobre, percebe-se que há uma deposição de cobre sobre o prego, uma vez que ele sofre redução, passando de Cu2+ para Cu0 metálico. O ferro, por sua vez, sofre a oxidação, passando de Fe0 para Fe2+. 3 Cu2+ + 6 e- → 3 Cu0 - redução 2 Fe0 → 2 Fe3+ + 6 e- - oxidação Com o passar do tempo, a reação deixa de ter a cor azulada (dos íons de cobre) e passa a ter coloração amarelada (dos íons de ferro). X. Experimento 10 Nessa reação, a solução de permanganato de potássio (KMnO4) ao ser misturada com as soluções de ácido sulfúrico e água oxigenada, perde a coloração violeta e promove uma oxirredução, em que magnésio sofre redução, ganhando 10 elétrons do oxigênio, que oxida. Além disso, há a formação e liberação de oxigênio gasoso, conforme a reação a seguir. 2 KMnO4 (aq) + 5 H2O2 (aq) + 3 H2SO4 (aq) → 8 H2O(l) + 5 O2 (g) + K2SO4 (aq) + 2MnSO4 (aq) 2 Mn7+ + 10 e- → 2 Mn2+ - (redução) 10 O- → 10 O0 + 10 e- - oxidação XI. Experimento 11 A reação do magnésio com o ácido clorídrico produz hidrogênio gasoso e cloreto de magnésio e apresenta aumento de temperatura. Além disso, configura-se como uma reação de oxirredução, assim, o hidrogênio ganha os elétrons, reduzindo, e o magnésio cede os elétrons, oxidando. Ademais Mg(s) + 2HCl(aq) → MgCl2(aq) + H2(g) 2H+ + 2e- → 2H0 - (redução) Mg0 → Mg2+ + 2e- - (oxidação) CONCLUSÃO As reações ocorreram sob perspectiva sensorial, em que foi necessário estar atento às mudanças de coloração, temperatura, desprendimento de gás e formação de precipitado. Logo, foi possível perceber que houve reação química em todos os experimentos, visto que eles ocorreram à luz das condições visíveis ao olho humano. REFERÊNCIAS Arthur I. Vogel, “Química Analítica Qualitativa”, Editora Mestre Jou, 5ª edição, São Paulo, 1981. Beduka, Redação. O QUE É EQUILÍBRIO IÔNICO? Disponível em: https://beduka.com/blog/materias/quimica/equilibrio-ionico/. Acesso em: 23 de novembro de 2021. do Estudante, Guia. Equilíbrio químico: Reações reversíveis. Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/curso-enem-play/equilibrio-quimico-reacoes-rev ersiveis/. Acesso em: 23 de novembro de 2021 . Fogaça, Jennifer. “Reações de Oxirredução.” -, https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/balanceamento-das-equacoes-oxir reducao.htm. Acesso em: 23 de novembro de 2021. Pereira de Andrade, Frank. “Equilíbrio de Complexação.” https://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/frankimica/Quimica%20Analitica%20Aplicada %20I/Equilibrio_de_Complexacao_-_Frank.pdf. Acesso em: 23 de novembro de 2021.
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