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Principais sujeitos processuais no processo penal

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Processo Penal I
Sujeitos do processo
LUANA KELLY ALMEIDA PARAÍSO
luanakellyparaiso@gmail.com
Principais sujeitos processuais no processo penal
Conceito
Todas as pessoas que intervêm na relação jurídico-processual, ou seja, aquelas
que atuam no processo.
São aqueles essenciais para a existência ou complementação da relação jurídico
processual.
● Juíz
● Autor
● Réu/Acusado
“Por principais entende-se aqueles cuja ausência torna impossível a existência
ou a complementação da relação jurídica processual” (CAPEZ, Fernando, 2009)
Do juiz (art. 251 a 256)
Juiz é sujeito proeminente da relação processual a quem cabe prover a
regularidade do processo. São as pessoas detentoras do poder jurisdicional e realizam
a presidência do processo. O juiz se incumbirá de dar regularidade ao processo (art.
251).
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Funções
● Decidir a causa, através de solução pacífica da lide penal, por meio da
substituição da vontade das partes.
● Promover a regularidade do processo.
● Manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a
força pública.
Do Acusado/réu (art. 259 a 260)
Pessoa contra quem se propõe uma ação penal, ou seja, sujeito passivo da
pretensão punitiva, parte na relação processual.
Na fase do inquérito policial, é chamado de investigado ou indiciado; Após o
recebimento da denúncia ou queixa, torna-se acusado, nos crimes de ação penal
privada, é mais conhecido como querelado.
Do Autor
Na ação pública, o autor é o Ministério Público e na ação privada é o querelante
(é o defendido, art. 255 CCP) ou seu representante legal. Obs: A ação penal privada
pode ser exclusivamente privada ou subsidiária da pública, quando o Ministério Público
não oferece a denúncia no prazo legal.
Do Ministério Público (Arts. 127 a 130 CF e Arts. 257/258 CPP)
É o titular da pretensão punitiva do estado no âmbito criminal. Cabe ao Ministério
Público o “persecutio Criminis”
Persecutio - perseguição: Ato de ir no encalço de alguém,
com o objetivo de aplicar-lhe punição.
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O Ministério Público é instituição permanente (pois exerce parte da soberania
estatal) essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem
jurídica (custos legis), do regime democrático, dos interesses sociais e individuais
indisponíveis (Art. 127, CF).
Em harmonia com o que estabelece a Constituição, o Código de Processo Penal
define, em seu art. 257, a essência da atividade do Ministério Público no processo
criminal, a quem cabe:
● promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida no
Código;
● fiscalizar a execução da lei.
Embora o Ministério Público assuma, em regra, a condição de parte no processo
penal (somente na ação privada é que intervirá na qualidade de custos legis), é correto
dizer que sua atuação reveste-se de imparcialidade, uma vez que, como órgão estatal
que é, deve buscar apenas a justa aplicação de sanção penal. Assim, mesmo tendo
exercido a ação penal, poderá opinar pela absolvição do réu (art. 385 do CPP), bem
como recorrer em prol do acusado ou, ainda, impetrar habeas corpus em favor dele .
● Atua com parte
Nesse caso, é o autor da ação penal pública
● Atua de forma imparcial
Nessa situação, fiscaliza o cumprimento do direito.
Referências bibliográficas
CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 16ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
Código de Processo Penal. decreto lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941.
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