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FUNORTE
Faculdades Unidas do Norte de Minas
Instituto de Ciências da Saúde – ICS
 (
Roteiro de Estudo
 
1
Disciplina: Patologia Bucal II / 5º
 Período de Odontologia – 
1
/201
8
Professora: 
Geane
 Moreira
Aluno
:
 Raissa Cardoso Soares
_______________________________________
)
Lesões Cancerizáveis
1) Conceitue Lesões Cancerizáveis. Cite as principais lesões cancerizáveis bucais.
Lesões cancerizáveis são lesões que podem, mas não necessariamente antecedem, o câncer bucal, porém, são manifestações de grande importância devido à possibilidade de diagnóstico precoce de câncer e de todas as suas implicações. As principais são: Leucoplasia, Eritroplasia.
2) Conceitue Condições Cancerizáveis.
Estado geral que não necessariamente altera o aspecto local do tecido, mas está associado a maior risco de desenvolvimento de câncer (p. ex., fibrose submucosa, disfagia sideropênica).
3) Defina Leucoplasia Bucal segundo conceito dado pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
A leucoplasia oral é definida pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como “uma placa ou mancha branca que não pode ser caracterizada clinicamente ou patologicamente como qualquer outra doença”. O termo é estritamente clínico e não implica uma alteração histopatológica específica do tecido.
4) Comente sobre as principais características clínicas da Leucoplasia Bucal.
Manchas ou lesões espessas e brancas aparecem dentro na boca - geralmente na gengiva ou nas bochechas - e é causada pelo crescimento celular excessivo. As lesões podem variar na aparência, mas geralmente são brancas ou cinza e têm bordas grossas e elevadas e superfície dura.
5) Cite os principais subtipos clínicos da Leucoplasia Bucal.
 Leucoplasia verrucosa proliferativa (LVP).
6) Cite os principais diagnósticos diferenciais da Leucoplasia Bucal.
As principais lesões a considerar-se no diagnóstico diferencial das leucoplasias são candidíase pseudomembranosa, queratose irritativa, leucoedema, líquen plano, e nevo branco esponjoso.
7) Cite as principais características histopatológicas da Leucoplasia bucal.
O quadro histológico da doença apresenta variações; porém, duas características são consideradas importantes: a hiperceratose e a displasia epitelial em vários graus de severidade. Estas alterações são significativas do ponto de vista evolutivo da lesão, por determinarem comportamentos biológicos diferentes.
8) Comente sobre as principais modalidades de tratamento da Leucoplasia Bucal.
A leucoplasia pode ser tratada com dois tipos de medicamento: sistêmico e tópico. Se o dentista recomendar um medicamento sistêmico, ele prescreverá um antiviral como valaciclovir ou fanciclovir. Embora o vírus que causa a leucoplasia permaneça no organismo, sua propagação pode ser interrompida. O tratamento regular pode eliminar as lesões leucoplásicas, mas elas podem retornar sem o tratamento regular.
Se o dentista recomendar um medicamento tópico, pode ser podofilina ou ácido retinóico. Ambos são aplicados topicamente nas lesões, mas, como ocorre com tratamentos sistêmicos, elas podem retornar se o medicamento tópico não for usado com regularidade e constância;
No caso da suspeita de câncer de boca, o dentista pode indicar a realização de cirurgia, quimioterapia ou terapia alvo de acordo com o estado geral de saúde da pessoa e gravidade da leucoplasia.
9) Conceitue Eritroplasia Bucal.
O termo eritroplasia bucal é empregado para descrever lesão bucal macular ou em placa, de coloração vermelha, para a qual não pode ser estabelecido um diagnóstico clínico específico.
10) Coceitue Leucoeritroplasia Bucal.
A leucoeritroplasia faz parte das lesões orais cancerizáveis com elevado potencial de transformação maligna. Quando há associação entre áreas vermelhas e brancas ou pontos granulares esbranquiçados sobrepostos.
11) Nas lesões Leucoeritroplásicas, cite e justifique qual a área de escolha para realização de biópsia.
Deve ser usado o método de Biópsia incisional onde remove apenas um fragmento da área, deverá ser removido mais á bordo, para que seja retirado uma parte de tecido saudável para diferenciação e análise.
12) Conceitue Queilite actínica. Cite as principais características clínicas.
Queilite Actínica (QA) é uma condição clínica inflamatória (10 a 20%) que afeta o vermelhão do lábio inferior quando há exposição excessiva e crônica aos raios solares. Outros fatores como álcool e tabagismo podem elevar a chance de malignização. Seus sinais clínicos são edema, eritema, descamação, ulceração, sangramento, áreas leucoplásicas, crostas, áreas eritoplásicas, adelgaçamento do vermelhão, falta de delimitação entre o vermelhão e a pele e atrofia labial. 
13) Qual a conduta terapêutica recomendada para um cirurgião-dentista frente à um paciente com Queilite Actínica?
Após receber o resultado anatomopatológico da biópsia, o cirurgião dentista deverá explicar ao paciente o diagnóstico e todas as implicações e, caso o diagnóstico seja de uma lesão maligna, encaminhá-lo a uma referência terciária (corresponde ao hospital onde haja, além de cirurgia de cabeça e pescoço, serviços de radioterapia e quimioterapia). O cirurgião dentista, ao conversar com o paciente sobre o diagnóstico de câncer bucal, deve sempre explicar da melhor maneira possível o que é o câncer e quais são as opções terapêuticas. O diagnóstico do câncer sempre deve ser passado ao paciente e, quanto à família, apenas quando o paciente quiser que ela saiba do resultado. A responsabilidade do diagnóstico e tratamento do paciente com câncer bucal cabe tanto ao dentista clínico-geral quanto ao estomatologista e à equipe multiprofissional que o atende e acompanha. O tratamento do câncer bucal, seja por cirurgia para remoção de CEC ou radioterapia, é extremamente complicado, podendo causar grande mutilação do paciente e sequelas como xerostomia, cáries de radiação, mucosite, osteorradionecrose, entre outras. O papel do cirurgião-dentista é prevenir essas sequelas provendo um tratamento dentário prévio, durante e após a terapêutica, de modo a melhorar a qualidade de vida do paciente. O processo diagnóstico das lesões de boca segue sempre a mesma sequência: exame clínico (anamnese + exame físico), hipóteses diagnósticas, exames complementares (imaginológicos, sorológicos, bioquímicos, biópsia e citologia esfoliativa) e diagnóstico final. Após o diagnóstico final, é importante saber o que nos é possível tratar e o que devemos encaminhar.
14) Cite o termo histopatológico utilizado para definir a Leucoplasia bucal e sua classificação segundo a atipia epitelial.
“uma mancha ou placa branca da cavidade oral, não removível à raspagem, que não pode ser caracterizada clínica ou microscopicamente como outra enfermidade”.
Histologicamente, as lesões foram classificadas em seis grupos: hiperceratose com ausência de displasia epitelial; displasia epitelial leve; displasia epitelial moderada; displasia epitelial severa, carcinoma in situ e carcinoma invasivo.
15) Cite o termo histopatológico utilizado para definir a Eritroplasia bucal e sua classificação segundo a atipia epitelial.
“Uma mancha vermelha impetuosa que não pode ser caracterizada clinicamente ou patologicamente como qualquer outra lesão definível.”
Para avaliar o grau de displasia epitelial visto nas biópsias, os autores classificaram a displasia em três categorias: leve, moderada, severa para carcinoma “in situ” e carcinoma invasivo.
16) Cite o termo histopatológico utilizado para definir a Queilite actínica e sua classificação segundo a atipia epitelial.
“degeneração e alterações pré-malignas que ocorrem no lábio, causada pela exposição á raios ultra-violetas.”
A Queilite é dividida sob as formas aguda, subaguda e crônica.
17) Conceitue carcinoma “in situ”.
O carcinoma in situ ou câncer não invasivo, é o primeiro estágio em que o câncer não originário das células do sangue pode ser classificado. Nesse estágio, as células cancerosas estão somente na camada da qual elas se desenvolveram e ainda não se espalharam para outras camadas do órgão de origem.
18) Diferencie carcinoma “in situ” de carcinomainvasivo.
O carcinoma in situ ou câncer não invasivo, é o primeiro estágio em que o câncer não originário das células do sangue pode ser classificado. Nesse estágio, as células cancerosas estão somente na camada da qual elas se desenvolveram e ainda não se espalharam para outras camadas do órgão de origem. A maioria dos cânceres in situ é curável, se for tratada antes que progrida para a fase de câncer invasivo. Nesta fase, o câncer invade outras camadas celulares do órgão e ganha a capacidade de se disseminar para outras partes do corpo, processo chamado de metástase.
Câncer Bucal
1) Conceitue neoplasia.
Neoplasia é uma forma de proliferação celular não controlada pelo organismo,  um tumor que ocorre pelo crescimento anormal do número de células. Esse crescimento celular foge do controle do organismo e pode ser capaz de desencadear consequências graves. As neoplasias podem ser classificadas em malignas ou benignas.
2) Caracterize neoplasia benigna quanto a diferenciação celular,crescimento,invasão e metástase.
A neoplasia benigna, também chamada de tumor benigno, caracteriza-se por apresentar células bem semelhantes às do tecido original, ou seja, apresentam diferenciação; crescem de forma lenta; são bem vascularizadas; comprimem os tecidos vizinhos, no entanto, não os infiltram. A migração dessas células só ocorre em caso de lesão ou rompimento do tecido. Embora seja denominada de benigna, essa neoplasia também pode gerar complicações, pois comprime órgãos e vasos, além de poder causar a secreção em excesso de algumas substâncias, o que pode ser prejudicial. 
3) Caracterize neoplasia maligna quanto a diferenciação celular,crescimento,invasão e metástase.
A neoplasia maligna, também chamada de tumor maligno ou câncer, caracteriza-se por um crescimento mais rápido do que a benigna e suas células são menos diferenciadas, o que faz com que muitas percam a sua função no tecido original. Como essas células apresentam uma redução das estruturas juncionais e moléculas de adesão, elas apresentam maior mobilidade, invadindo os tecidos adjacentes. Além de serem agressivas localmente, as neoplasias malignas podem também se propagar pelo organismo em um processo denominado de metástase, em que há a formação de uma nova massa tumoral a partir de uma primeira sem que haja, no entanto, continuidade entre elas. Isso ocorre porque as células da massa tumoral primária podem desprender-se e entrar na corrente sanguínea ou vasos linfáticos, deslocando-se pelo organismo e fixando-se em outro local, no qual dará origem a um novo tumor.
4) Cite e comente a função dos grupos específicos de genes participantes do processo de carcinogênese.
Em verdade três tipos de genes podem estar envolvidos: 
os genes promotores da replicação celular - oncogenes; 
os genes que se contrapõe a replicação celular - genes supressores de tumores; 
os genes responsáveis pelo reparo do DNA - genes reparadores.
5) Cite as etapas da carcinogênese e os principais eventos ocorridos em cada uma delas.
Estágio de Iniciação - é o primeiro estágio da carcinogênese. Nele as células sofrem o efeito dos agentes carcinogênicos que provocam modificações em alguns de seus genes. Nesta fase as células se encontram, geneticamente alteradas, porém ainda não é possível se detectar um tumor clinicamente. Encontram-se "preparadas", ou seja, "iniciadas" para a ação de um segundo grupo de agentes que atuará no próximo estágio.
Estágio de Promoção - é o segundo estágio da carcinogênese. Nele, as células geneticamente alteradas, ou seja, "iniciadas", sofrem o efeito dos agentes cancerígenos classificados como oncopromotores. A célula iniciada é transformada em célula maligna, de forma lenta e gradual. Para que ocorra essa transformação, é necessário um longo e continuado contato com o agente cancerígeno promotor. A suspensão do contato com agentes promotores muitas vezes interrompe o processo nesse estágio.
Estágio de Progressão - é o terceiro e último estágio e se caracteriza pela multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. Nesse estágio o câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença. Os fatores que promovem a iniciação ou progressão da carcinogênese são chamados agentes oncoaceleradores ou carcinógenos.
6) Cite os sinônimos de carcinoma de células escamosas (CEC) os seus principais subtipos.
Carcinoma de células escamosas cutâneo (cSCC), epitelioma espinocelular, carcinoma epidermoide;
Subtipos:
Carcinoma de células escamosas “in-situ” (Doença de Bowen)
Queratoacantoma (Carcinoma de células escamosas bem diferenciado, tipo Queratoacantoma)
Carcinoma de Células escamosas acantolítico*
Carcinoma de células escamosas fusocelular (sarcomatoide)*
Carcinoma de células escamosas verrucoso
Carcinoma de células escamosas adenoescamoso*
Carcinoma de células escamosas de células claras.
7) Caracterize o carcinoma de células escamosas de cavidade bucal (CECB).
Histologicamente tem início na camada epitelial superficial com o aparecimento de células epiteliais malignas, que se mostram diferentes das outras células escamosas do epitélio normal e têm um comportamento invasivo em direção ao tecido conjuntivo subjacente;
Clinicamente, pode assumir aspectos diferentes em seus estágios iniciais, apresentando-se como uma lesão leucoplásica, eritroplásica, leucoeritroplásica, ou úlceras que freqüentemente não cicatrizam;  são muitas vezes endurecidos e firmes, com a borda arredondada. À medida que o tamanho das lesões aumenta, dor, disartria e disfagia podem resultar.
8) Caracterize o carcinoma de células escamosas de lábio (CCEL).
O carcinoma de células escamosas de lábio é uma neoplasia de origem epitelial que acomete, preferencialmente, homens, com idade superior a 50 anos, com fototipo de pele baixo, história de fotoexposição no passado, tabagistas e etilistas. Apresenta-se, mais comumente, no lábio inferior. O diagnóstico é feito através da história clínica, exame físico, biópsia e exame histopatológico. O tratamento de escolha é a cirurgia com a ressecção completa da lesão, a reconstrução labial e o esvaziamento cervical em casos indicados. Em virtude da elevada mortalidade, torna-se fundamental o diagnóstico e o tratamento precoces.
9) Quais as lesões cancerizáveis precussoras do CECB? E do CCEL?
As ceratoses actínicas, corno cutâneo, queilite actínica e leucoplasias. Irritações crônicas pelo fumo, dentes defeituosos e aparelhos de prótese podem estar relacionados com a origem do CEC nas mucosas.
10) O que são: Parênquima e estroma em um tumoral? 
Parênquima: composto por células neoplásicas em proliferação que determinam o comportamento e as consequências patológicas.
 Estroma: tecido de sustentação formado por tecido conjuntivo e vasos sanguíneos, o qual define o crescimento e a evolução do tumor.
11) No CEC qual tipo tecidual corresponde ao parênquima e qual corresponde ao estroma tumoral?
Tecido epitelial de revestimento, Tecido conjuntivo.
12) Quais achados histopatológicos mais comuns do CEC?
Dentre os aspectos histopatológicos, destaca-se classicamente o padrão de crescimento invasivo, para tecido conjuntivo. A ceratinização individual de células epiteliais escamosas com a formação variável de “pérolas” de ceratina são características frequentemente notadas entre casos de CEC da região intraora e labial.
13) Caracterize uma neoplasia bem diferenciada e uma neoplasia indiferenciada.
Neoplasia diferenciada é aquela que ainda apresenta algumas características de células normais, mas com comportamento maligno. Já nas neoplasias indiferenciadas ou pouco diferenciadas se trata de células tão irregulares que não é possível se dizer em qual tipo de célula pode ser sido inciada.
14) Cite duas estruturas histopatológicas presentes no carcinoma epidermóide bem diferenciado e que está ausente no carcinoma indiferenciado.
Os carcinomas pouco diferenciados e indiferenciados são mais agressivos, por possuírem uma característica mais infiltrativa, quando comparados aos moderadamente diferenciados e os bemdiferenciados.
15) Discuta a importância do Sistema de Estadiamento tumoral TNM.
Estadiamento é o processo para determinar a localização e a extensão do câncer presente no corpo de uma pessoa. É a forma como o médico determina o avanço da doença no organismo de um paciente.
Para a maioria dos tipos de câncer, os médicos usam informações que ajudam a planejar o tratamento e a determinar o prognóstico do paciente. Embora cada caso seja diferente, cânceres com o mesmo estadiamento tendem a ter prognósticos semelhantes e, muitas vezes, são tratados da mesma forma. O estadiamento do câncer é também uma maneira que os médicos utilizam para descrever a extensão do câncer, por exemplo, ao referir-se a um determinado caso e discutir suas possibilidades terapêuticas.
Os médicos precisam conhecer a extensão da doença e sua localização para poder definir as melhores opções de tratamento. Por exemplo, o tratamento para um câncer em estágio inicial pode consistir em cirurgia ou radioterapia, enquanto um tumor em fase mais avançada pode precisar ser tratado com quimioterapia. Os médicos também utilizam o sistema de estadiamento para prever o curso da doença. Em um sentido mais amplo, os médicos usam as informações do estadiamento quando estão estudando as opções de tratamentos contra a doença. O estadiamento permite que os pesquisadores se certifiquem se alguns grupos participantes de um estudo são, na verdade, similares quando recebem novos tratamentos contra o câncer, comparando-os com outros que já são realizados.
Nem todos os cânceres são estadiados. Por exemplo, a leucemia pode estar disseminada por todo o organismo. A maioria dos tipos de leucemia não são estadiados da forma como são estadiados cânceres que formam tumores sólidos.
Doenças Auto-imunes
1) O que são doenças auto-imunes?
As doenças autoimunes são um grupo de doenças distintas que têm como origem o fato do sistema imunológico passar a produzir anticorpos contra componentes do nosso próprio organismo. Por motivos variados e nem sempre esclarecidos, o nosso corpo começa a confundir suas próprias proteínas com agentes invasores, passando a atacá-las. Portanto, uma doença autoimune é uma doença causada pelo nosso sistema imunológico, que passa a funcionar de forma inapropriada.
2) Cite as principais doenças auto-imunes que apresentam manifestações bucais.
Artrite reumatoide (AR), miopatias inflamatórias (MI), esclerose sistêmica (ES), lúpus eritematoso sistêmico (LES), policondrite recidivante (PR) e síndrome de Sjögren (SS).
3) Caracterize clinicamente as lesões bucais do Pênfigo Vulgar.
Manifesta-se, inicialmente, como bolhas flácidas que ao se romperem originam múltiplas lesões exulceradas, eritematosas e dolorosas;
4) Caracterize clinicamente as lesões cutâneas do Pênfigo Vulgar.
As lesões aparecem como erosões e ulcerações irregulares, de diferentes tamanhos, distribuídas ao acaso pela mucosa, sem preferência por área anatômica, embora o palato, a mucosa labial, o ventre lingual e a gengiva sejam envolvidos com maior freqüência; Causando muita dor e desconforto ao se romperem.
5) Cite os principais subtipos clínicos do Pênfigo.
Os principais subtipos de pênfigo são o vulgar e o PF. Onde se encontra também, pênfigo vegetante, pênfigo foliáceo, pênfigo eritematoso, pênfigo herpetiforme, pênfigo induzido por drogas e pênfigo paraneoplásico.
6) Caracterize histopatologicamente o Pênfigo Vulgar bucal.
Clinicamente, o pênfigo manifesta-se em forma de bolhas, característica observada histopatologicamente com a separação intraepitelial. O exame histopatológico poderá revelar além de fenda suprabasilar no epitélio e acantólise da camada espinhosa, a presença das células de Tzanck. Estas células caracterizam-se por revelarem núcleos maiores, hipercromáticos e de citoplasma pouco corado.
7) Quais os principais testes diagnósticos para o Pênfigo Vulgar?
Além da biópsia, o diagnóstico poderá ser confirmado pela imunofluorescência direta ou indireta. Na direta, utiliza-se a biópsia para se identificar anticorpos já fixados no tecido, enquanto que na indireta, o soro do paciente demonstra a presença e a concentração de anticorpos circulantes . O elemento semiotécnico para um diagnóstico mais simples do pênfigo vulgar é a verificação de positividade do sinal de Nikolsky, manobra semiotécnica que consiste no desprendimento das camadas superficiais da mucosa das camadas inferiores com uma ligeira fricção, expondo-se o tecido conjuntivo e constituindo-se uma úlcera.
8) Comente sobre a abordagem terapêutica no Pênfigo Vulgar.
O pênfigo vulgar, por se tratar de uma doença sistêmica, requer tratamento sistêmico da sintomatologia que consiste, primariamente, em corticosteróides sistêmicos. Indica-se, geralmente, prednisona, frequentemente em combinação com outros medicamentos imunossupressores (agentes que "restringem os esteroides"), como a azatioprina. Embora alguns clínicos utilizem corticosteroides tópicos no tratamento das lesões bucais sob a forma de enxaguatórios bucais e pomadas com ou sem veículo adesivo, a melhora observada é sem dúvida devida à absorção sistêmica dos agentes tópicos, o que resulta em uma dose sistêmica maior. Idealmente, o paciente deve ser acompanhado por um médico experiente em terapia imunossupressora. Normalmente, utilizam-se doses relativamente altas de corticosteroides sistêmicos para inicialmente eliminar as lesões, e então tentar manter o paciente com doses mais baixas para controlar a doença6. De modo geral, o prognóstico dos pacientes com pênfigo vulgar continua reservado por causa das drogas usadas e seu potencial de efeitos colaterais. O maior problema clínico, uma vez controlada a doença, é o tratamento obrigatório pelo resto da vida e os efeitos potenciais das drogas em longo prazo, mesmo com doses relativamente baixas.
9) Cite as principais características clínicas e histopatológicas do Pênfigo Paraneoplásico.
Caracteriza-se por uma erupção mucocutânea polimórfica;
Em relação ao pênfigo paraneoplásico, sua histopatologia é tão diversificada quanto sua apresentação clínica. Na maioria dos casos observa-se uma fenda intra- epitelial (semelhante ao pênfigo vulgar) ou uma fenda sub-epitelial (semelhante ao penfigóide).
10) Comente sobre os principais achados clínicos do Penfigóide Cicatricial.
O penfigóide cicatricial (PC) representa uma doença vesiculobolhosa de caráter crônico, causada por auto-anticorpos circulantes contra antígenos da membrana basal. Clinicamente é muito variável, indo da erosão, descamação ou de erupções bolhosas que envolvem a mucosa bucal, dolorosa e de curso progressivo.
11) Comente sobre o envolvimento ocular no Penfigóide Cicatricial e a importância diagnóstica do cirurgião-dentista.
Em contraste com as lesões bucais que raramente deixam cicatrizes, quando há o envolvimento da conjuntiva ocular, observa-se que, em 15% dos casos, há perda da visão devido à formação de fibrose subconjuntival, que progride para inflamação e erosão da conjuntiva. As tentativas de cura levam a cicatrizes que tendem a unir a conjuntiva ocular com a palpebral, fato denominado de simbléforo, podendo haver inversão da pálpebra, ou seja, entrópio. As cicatrizes podem obstruir as aberturas das glândulas lacrimais, proporcionando produção deficiente de lágrimas e maior produção de ceratina, progredindo para a ceratinização da córnea, culminando em amaurose (perda completa da visão); É imprescindível relatar que, na maioria das vezes, é na boca que a doença se manifesta primariamente, sendo observado gengivite descamativa, lesões vésico-bolhosas e ulcerações. Sendo quanto antes observada pelo dentista, iniciando diagnóstico para não chegar á pontos extremos de cicatrizes.
12) Caracterize as lesões cutâneas e bucais do Eritema Multiforme.
O Eritema Multiforme é uma lesão de origem imunitária, aguda que apresenta como lesões eritematosas na pele e lesões vesico-bolhosas em mucosas, incluindo a mucosa bucal.
13) Caracterize a Síndrome de Stevens-Johnson
A síndrome de Stevens-Johnson caracteriza-se por reações mucocutâneas potencialmentefatais causadas por hipersensibilidade a fatores precipitantes diversos, como infecções por vírus, fungos, bactérias, afecções do tecido conjuntivo, tumores malignos, vacinas e diversos fármacos. Os locais mais afetados são: mucosa oral, lábios e conjuntiva. Sua etiologia ainda não foi elucidada; contudo, acredita-se que seja proveniente de uma desordem imunológica, com o envolvimento dos vasos superficiais, convertendo-se em um processo patológico. As manifestações clínicas incluem febre, mal-estar e artralgia. As lesões cutâneas são extensas, acometendo diversas regiões do corpo, sendo mais facilmente observada na mucosa oral, na qual as erupções bolhosas aguda se rompem, levando à formação de pseudomembranas nos lábios edemaciados, causando, por conseguinte, incrustações e fissuras que sangram. Vesículas intactas normalmente não são observadas, pois se rompem rapidamente.
14) Descreva os principais achados clínicos e histopatológicos das lesões bucais do Líquen Plano.
O líquen plano é uma desordem comum do epitélio escamoso estratificado que acomete as mucosas oral e genital, a pele, as unhas e o couro cabeludo. O líquen plano oral (LPO) afeta mulheres de meia idade e apresenta padrões e distribuição característicos, como estriações brancas, pápulas ou placas brancas, eritema, erosões e bolhas, que podem estar associadas a medicações e/ou materiais dentários no paciente. Por meio do exame histopatológico se caracteriza pela presença de projeções do epitélio em forma de dentes de serra e corpos de Civatte, e possibilita excluir condições de displasia e malignidade
15) Quais os dois subtipos clínicos do Líquen Plano com manifestações bucal.
O LPO pode apresentar-se sob diversas formas clínicas: reticular, atrófica, papulosa, erosiva, bolhosa e eritematosa.
16) Comente sobre a terapêutica recomendada para as lesões bucais do Líquen Plano.
O LPO é tratado com agentes anti-inflamatórios, principalmente, corticosteroides tópicos, e novos agentes e técnicas têm-se demonstrado eficazes. O acompanhamento regular de pacientes com LPO com displasia deve ser feito a cada dois a três meses. Contudo, pacientes com lesões assintomáticas, observadas, principalmente, no tipo reticular podem ser vistos anualmente. A piora dos sintomas e a perda da homogeneidade da lesão devem ser avaliadas nos retornos do paciente. Caso isso ocorra, o acompanhamento deverá ser mais frequente e biópsias adicionais precisarão ser feitas. 
17) Cite os principais diagnósticos diferenciais do Líquen plano bucal.
O diagnóstico do LPO é feito, normalmente, por meio do exame clínico e histológico. No entanto, em lesões clássicas (estrias brancas bilaterais em mucosa jugal), é possível realizar o diagnóstico com base, apenas, na aparência clínica. O diagnóstico diferencial inclui reações liquenoides a drogas ou materiais dentários, leucoplasia, lúpus eritematoso e doença do enxerto versus hospedeiro em pacientes transplantados de medula óssea. O quadro de gengivite descamativa também pode ser confundido com outras doenças, como pênfigo, penfigoide, dermatite herpetiforme ou doença linear IgA; portanto, exames complementares são de fundamental importância para o diagnóstico e exclusão de malignidade de todos os casos. Entre os exames complementares, o mais importante é a imunofluorescência direta, que auxilia nos casos difíceis de lesões bolhosas de LPO que podem se assemelhar a outras doenças.
18) Descreva as características clínicas e histopatológicas do Lúpus eritematoso
Apresenta-se como eritema na região malar e no dorso do nariz, dando o aspecto em "asa de borboleta", transitório ou mais persistente; pode ainda apresentar-se como erupção maculopapular discreta, descamativa, ou como lesão de aspecto francamente discóide. Pode ser precipitada pelo sol, sendo o edema local freqüente;  geralmente poupam as pregas nasolabiais. A ausência de pápulas e pústulas ajuda a distinguir lúpus eritematoso sistêmico de rosácea. Várias outras lesões eritematosas, firmes e maculopapulares podem ocorrer em qualquer lugar, inclusive em áreas expostas de face e pescoço, tórax superior e cotovelos. As ulcerações de pele e bolhas são raras, embora as úlceras recidivantes das mucosas (particularmente na porção central do palato duro, próximo à junção de palato duro e palato mole, na mucosa de boca e gengiva e no septo nasal anterior) sejam comuns (às vezes chamadas de lúpus de mucosa); os achados às vezes podem simular necrose epidérmica tóxica. 
Processos Proliferativos Não-Neoplásicos
1) Conceitue Lesões Proliferativas Não-Neoplásicas
Os processos proliferativos não-neoplásicos ou lesões proliferativas não-neoplásicas (PPNN), são lesões orais resultantes de uma resposta orgânica a inúmeras agressões, tais como cálculos subgengivais, má adaptação protética, mau estado de conservação de dentes, restaurações mal elaboradas com excessos interproximais, podendo ainda estar associadas a processos infecciosos de origem dentária, como por exemplo, raízes residuais.
2) Cite os estímulos que atuando cronicamente poderiam estimular o aparecimento de proliferações não neoplásicas.
Cálculos subgengivais, má adaptação protética, mau estado de conservação de dentes, restaurações mal elaboradas com excessos interproximais. 
3) Conceitue Hiperplasia fibrosa inflamatória, cite seus subtipos clínicos com respectivas formas de tratamento.
A hiperplasia fibrosa inflamatória é considerada uma lesão proveniente de uma reação hiperplásica do tecido conjuntivo fibroso, decorrente de um trauma crônico, tendo como fatores etiológicos as próteses mal adaptadas, dentes fraturados, raízes residuais, higiene bucal inadequada, diastemas e outros traumas. O tratamento consiste na remoção cirúrgica com exame microscópico do tecido excisado. Em caso de estar relacionada com prótese mal adaptada, o protocolo terapêutico deve incluir confecção nova prótese, para se prevenir recidivas. Outras terapêuticas, que podem ser adotadas em determinados casos, são a microabrasão, o uso do laser ou a crioterapia. A realização da biópsia é importante para confirmar o diagnóstico de hiperplasia fibrosa inflamatória, visto que essa lesão faz diagnóstico diferencial com lipofibroma, neurofibroma, rabdomioma, leiomioma e tumores de glândulas salivares menores.
4) Diferencie e estabeleça semelhanças entre Hiperplasia Fibrosa Focal X Hiperplasia associada à prótese X Pólipo Fibroepitelial X Hiperplasia Papilar Inflamatória.
Verifica-se que a nosologia dessas doenças decorre de sua composição tecidual (“fibrose”, “inflamação”, e variantes “ossificante”, “odontogênico”, “células gigantes”) e de características clínicas (“prótese”, “focal”, “periférico”). De forma geral, tais lesões são caracterizadas por revestimento epitelial estratificado pavimentoso não queratinizado, eventualmente hiperplásico resultando em acantose ou padrão pseudoepiteliomatoso, focalmente queratinizado ou mesmo ulcerado em função da existência e intensidade do fator etiológico traumático. Todavia, a lesão é efetivamente caracterizada – e composta em sua maior parte – pela transformação (acúmulo) de tecido conjuntivo denso, fibroso, permeado por quantidades variáveis de infiltrado de células inflamatórias mononucleares / crônicas. 
5) Relacione Granuloma Piogênico e gestação.
O granuloma piogênico é uma resposta tecidual exuberante a uma irritação local ou trauma. É sabido sua predileção pelo sexo feminino, tal predileção possivelmente devido aos efeitos vasculares provocados pelos hormônios femininos. Freqüentemente, o granuloma piogênico da gengiva desenvolve-se em mulheres grávidas, onde passa a empregar os termos, granuloma gravídico; Durante a gravidez, o organismo da futura mãe recebe uma enxurrada de hormônios. Esses hormônios podem causar algumas alterações no organismo da grávida e por consequência favorecer o aparecimento de algumas lesões na boca.  O tratamento é relativamente fácil e tranquilo, que consiste em acompanhamento do granuloma, já muitas vezes após o nascimento do bebê, o tumor desaparece sozinho, sem a necessidadede removê-lo. Porém, em algumas situações específicas, como por exemplo alteração na mastigação, estética ou na fala, o dentista pode optar por remover esse granuloma com uma pequena cirurgia. A recidiva do granuloma pode acontecer, ou seja, mesmo depois de remover cirurgicamente, a lesão pode voltar no mesmo lugar.
6) Descreva clinica e histologicamente o Granuloma Piogênico. Comente o tratamento desta lesão.
Manifesta-se como uma massa firme, nodulada ou plana e, frequentemente, indolor, com presença de sangramento espontâneo, principalmente ao toque. Apresenta-se bastante vascularizado, de coloração avermelhada e que com o tempo de evolução, torna-se mais rósea, evidenciando o envelhecimento da lesão devido ao acréscimo de fibras colágenas. Histologicamente, caracteriza-se pela presença de tecido de granulação hiperplásico, com marcada proliferação de células endoteliais e acentuada angiogênese, com infiltrado inflamatório misto. O tratamento mais recorrente do GP é a excisão completa da lesão, acompanhada de medidas profiláticas de higiene, entretanto, diante das correlações hormonais associadas, o GP tende a recorrer mais de uma vez.
7) Descreva as características clínicas, histológicas e tratamento do Fibroma Ossificante Periférico.
 Caracteriza-se como uma massa nodular de base séssil ou pediculada e apresenta crescimento lento com coloração de vermelho a rosa; O padrão histológico dessa lesão é definido pela presença de fibroblastos, epitélio pavimentoso estratificado íntegro ou ulcerado e tecido mineralizado, podendo ser constituído de cemento, osso ou calcificações distróficas. Tais tecidos mineralizados podem ainda se apresentar de maneira conjunta. O tratamento de escolha é a enucleação total da lesão juntamente com o ligamento periodontal envolvido e a remoção de possíveis agentes causadores . Há relatos de recidivas, mas seu risco é diminuído se a excisão for realizada sob o periósteo.
8) Descreva as características clínicas histopatológicas e tratamento do Fibroma de Células Gigantes.
O fibroma de células gigantes apresenta-se como um nódulo séssil ou pediculado, assintomático e geralmente menor que 1 cm de diâmetro; Histopatologicamente, é uma massa não encapsulada de tecido conjuntivo fibroso que contém numerosos fibroblastos, alguns destes multinucleados. Essas células são facilmente observadas na periferia da lesão, enquanto as áreas centrais apresentam fibroblastos típicos. A superfície epitelial é frequentemente corrugada e atrófica. O tratamento é constituído de remoção cirúrgica conservadora, uma vez que a recorrência é rara.
9) Descreva as características clínicas, radiográficas, histopatológicas e modalidades de tratamento da Lesão Central de células gigantes.
Caracterizam-se pelo crescimento lento, sem a expansão de corticais, baixo índice de recidivas e não promove reabsorção radicular; Radiograficamente, apresentam-se com aspecto radiolúcido, uni ou multilocular que geralmente é atravessada por espículas ósseas; sendo as bordas da lesão relatadas como bem definidas. A movimentação dentária, reabsorção radicular, expansão e perfuração da cortical óssea, também são possíveis achados radiográficos; Histologicamente, são encontrados frequentemente macrófagos carregados de hemossiderina, assim como eritrócitos extravasados. Células gigantes multinucleadas estão presentes ao longo do estroma de tecido conjuntivo fibroso frouxo intercalado com muitos fibroblastos em proliferação e frequentemente agregados em redor dos vasos e pequenos capilares; Quanto ao tratamento, deve-se considerar as características físicas da lesão, em especial o tamanho e proximidade com estruturas anatômicas importantes, além da inclusão ou não de elementos dentais, sendo o tratamento de eleoção a enucleação e a curetagem cirúrgica, utilizando-se de enxertos ósseos e implantes dentários para reabilitar as áreas acometidas pela lesão. Porém as iniciações deverão respeitar as particularidades de cada caso. Nas situações onde a lesão apresenta-se em sua forma agressiva, as intervenções mais invasivas como ressecção em bloco, parcial ou total, sendo acompanhada de reconstrução com enxerto autógeno da crista do osso ilíaco devem ser consideradas. Pode ocorrer também a necessidade de tratamento endodôntico pré ou pós cirúrgico.
10) Cite os principais diagnósticos diferenciais da Lesão Central de células gigantes.
No diagnóstico diferencial da lesão central de células gigantes podem ser citados: O amelobastoma, cisto ósseo aneurismático, displasia fibrosa, manifestações do hiperparatireoidismo, querubismo, queratocisto odontogênico, mixoma, cisto ósseo traumático, lesões periapicais, cistos periapicais; sendo necessária a realização de exames complementares, tais como: tomografia computadorizada, biópsia incisional e exames bioquímicos dos valores séricos de cálcio, fosfatase alcalina e fósforo, para excluir ou não os indicativos de hiperparatireoidismo.
11) . Descreva as características clínicas, radiográficas, histopatológicas e modalidades de tratamento da Lesão Periférica de células Gigantes.
Clinicamente, apresenta-se como uma massa nodular, podendo ser ulcerada, de tamanho variável (0,5cm até proporções extensas), com coloração vermelho-escura, devido à grande vascularização desta, que, muitas vezes, pode acarretar sangramento espontâneo. Sua cor típica é também relacionada ao depósito de hemossiderina e hematoidina na periferia da lesão. São lesões bem delimitadas, podendo ser sésseis ou pedunculadas. Demonstra um estroma conjuntivo constituído de fibroblastos, com várias células gigantes multinucleadas e justapostas a eles ou ao lúmen de vasos sanguíneos e capilares. O tratamento dessas lesões consiste em excisão cirúrgica. Em casos em que existem fatores irritantes, como cálculo, excesso de restaurações, próteses mal adaptadas, exodontias traumáticas, restos alimentares impactados e placa bacteriana, estes devem ser removidos, para evitar recorrências. Deve ser realizada raspagem da tábua óssea da região afetada e sutura apenas na intenção de cicatrização e reposição do retalho; Radiograficamente, observa-se rarefação óssea.

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