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Atlas sobre hemograma

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Valores de referências, fórmulas, casos clínicos, laudos e etc.
HEMOGRAMA
 Eritrograma/ Série Vermelha:	
O eritrograma é composto por: Contagem das hemácias, hemoglobina, hematócrito, os índices hematimétricos (VCM, HCM e CHCM) e o RDW.
Eritrócitos: o número de glóbulos vermelhos, isoladamente, não deve ser levado em consideração para diagnóstico de anemias ou policitemia.
Hemoglobina: - valores abaixo: possível anemia; valores superiores: policitemia ou eritrocitose (primária ou secundária). *anemia= hemoglobina baixa*
Hematócrito: o valor do hematócrito, isoladamente, não deve ser levado em consideração para diagnóstico. 
Volume Corpuscular Médio (VCM): hematócritox10/hemácias (VR 78-97: normocíticas; < 78 microcíticas; > 97 macrocíticas.)
*Valores elevados: anemias macrocíticas, síndromes mielodisplásicas, alcoolismo, doença hepática, hipotireoidismo, lactantes e RNs.
*Valores diminuídos: anemias ferroprivas, talassemias, anemia sideroblástica hereditária, etc.
Hemoglobina Corpuscular Média (HCM): hemoglobinax10/hemácias (VR 27-32: normal; <27: hipocromia; >32: hipercromia).
Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM): hemoglibinax100/hematócrito (VR 32-35: normocrômicas; >35: hipercrômicas; <32: policromasia)
*hipocromia: geralmente HCM e CHCM baixos; Hemácias com pouca membrana e halo central aumentado.
Índice de variação do volume (RDW): (VR 12-13%: normal; > 13%: anisocitose). É comum RDW elevado, por exemplo, na carência de ferro (15-16%), enquanto que nas talassemias, é normal (12-13%). 
*É o primeiro índice que se altera em algumas anemias.
> Classificação das Anemias x Índices Hematimétricos:
ANEMIA NORMOCÍTICA E NORMOCRÔMICA: leucemia, anemias hemolíticas, pacientes de doenças crônicas.
ANEMIA MICROCÍTICA HIPOCRÔMICA: anemia ferropriva.
ANEMIA MACROCÍTICA: anemia megaloblástica, anemia hemolítica com reticulocitose.
 
 Leucograma/ Séria Branca:
O leucograma é a parte do hemograma que avalia os leucócitos, conhecidos também como células brancas ou glóbulos brancos. 
Os principais glóbulos brancos citados no leucograma são: neutrófilos (segmentados e bastonetes), eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos. Como neutrófilos e linfócitos são os tipos mais comuns de leucócitos, estes geralmente são os responsáveis pelo aumento ou diminuição da concentração total dos leucócitos.
Leucócitos: considera-se normal o número de leucócitos as taxas de 4.000 a 10.000 por mm3. Valores superiores a 10.000 recebem a denominação de leucocitose e inferiores a 4.000/mm3, de leucopenia.
*Leucocitose: infecções agudas bacterianas (neutrófilos) ou viróticas (linfócitos), leucemias (proliferação de células precursoras indiferenciadas).
*Leucopenia: normalmente ocorrem por lesões na medula óssea. A redução dos neutrófilos circulantes é a principal responsável pela leucopenia nesses casos. As leucopenias podem ser por quimioterapia, por drogas, por invasão de células cancerígenas ou por invasão por micro-organismos.
Neutrófilos: O neutrófilo é o tipo de leucócito mais comum. Representa, em média, de 45% a 75% dos leucócitos circulantes. 
*Neutrofilia: é o termo usado quando há um aumento do número de neutrófilos. Quando temos um aumento do número de leucócitos totais, causado basicamente pela elevação dos neutrófilos, estamos diante de um provável quadro infeccioso bacteriano, inflamações agudas e crônicas (artrite; febre reumática), neoplasias (LMC e outras doenças mieloproliferativas) ou drogas (corticoides e G-CSF). Neutrofilias fisiológicas: gestantes, RN e exercício físico.
*Neutropenia: é o termo usado quando há uma redução do número de neutrófilos. Presente em viroses, efeito secundário da quimioterapia, infecções bacterianas graves (“exaustão medular”), Leucemia aguda ou neutropenia autoimune.
 Segmentados: são os neutrófilos maduros. Quando o paciente não está doente ou já está em fase final de doença, praticamente todos os neutrófilos são segmentados.
 Bastonetes: são os neutrófilos jovens. Apenas 4% a 5% dos neutrófilos circulantes são bastões. Um percentual maior de células jovens é uma dica de que possa haver um processo infeccioso em curso (“desvio a esquerda”).
DESVIO A ESQUERDA: - escalonado: respeita a ordem de maturação (mais bastão que meta, mais meta que mielo...)
- não escalonado: quando pula uma célula na maturação. 
Basófilos: são células raras, 0-2%. Sua elevação(basofilia) normalmente ocorre em processos alérgicos e estados de inflamação crônica.
 *Basopenia não é termo utilizado já que 0 é valor de referência dos basófilos.
Eosinófilos: cerca de 2% a 4% dos leucócitos circulantes.
*Eosinofilia: é o termo usado quando há aumento do número de eosinófilos. Ocorre em pessoas alérgicas, asmáticas, em casos de infecção intestinal por parasitas, hipersensibilidade medicamentosa ou LMC/ leucemia eosinofílica.
*Eosinopenia: é o termo usado quando há redução do número de eosinófilos. É uma alteração inespecífica podendo indicar inflamações ou infecções agudas.
Linfócitos: presentes cerca de 15-30%. Os linfócitos são as principais linhas de defesa contra infecções por vírus e contra o surgimento de tumores. 
 Linfócitos atípicos/reativos: são linfócitos de tamanho aumentado e cromatina heterogênea. Geralmente surgem nos quadros de infecções por vírus, como mononucleose, gripe, dengue, catapora, etc. Ou por algumas drogas e doenças auto-imunes, como lúpus, artrite reumatoide e síndrome de Guillain-Barré. (não tem nada a ver com câncer)
*Linfocitose: é o termo usado quando há um aumento do número de linfócitos. Comum em infecções virais, infecções bacterianas (coqueluche) ou distúrbios linfoproliferativos (linfomas).
*Linfopenia: é o termo usado quando há redução do número de linfócitos. Pode estar presente em infecções agudas, infecções por HIV e alguns linfomas.
Monócitos: 4-8% no sangue circulante. São ativados tanto em processos virais quanto bacterianos.
*Monocitose: aumento dos monócitos. Eles se elevam nos casos de infecções, principalmente naquelas mais crônicas, como a tuberculose, em situações de pós quimioterapia, doenças mieloproliferativas ou condições de inflamações crônicas.
*Monocitopenia: diminuição dos monócitos. Tricoleucemia, após uso de corticoides ou aplasia medular.
OBS: -As infecções bacterianas causam neutrofilia acentuada, com aumento dos segmentados e bastonetes e desaparecimento dos eosinófilos circulantes. Podem ser encontradas células mais jovens como metamielócitos, mielócitos e promielócitos.
 -Leucemia mieloide: causada pelos neutrófilos.
 -Quando aumenta neutrófilos, os linfócitos baixam e vice-versa.
 Plaquetograma/ Série Plaquetária:
O plaquetograma é um dos componentes analíticos do hemograma que inclui a quantificação e a avaliação morfológica das plaquetas. É composto pela contagem de plaquetas (mil/mm3), volume plaquetário (MPV) (fL), amplitude de distribuição volumétrica das plaquetas (PDW) (%) e fração de plaquetas imaturas (IPF) (%).
Plaquetas: As plaquetas são fragmentos de células responsáveis pelo início do processo de coagulação.
O valor normal das plaquetas varia entre 150.000 a 450.000 por microlitro (uL). Quando esses valores se encontram abaixo das 10.000 plaquetas/uL há risco de morte, uma vez que pode haver sangramentos espontâneos.
*Trombocitopenia: redução do número de plaquetas no sangue, pode ser congênita ou adquirida. É resultado de neoplasias sanguíneas, hemorragias, radioterapia e quimioterapia, leucemias agudas, púrpuras, gestação, viroses, um problema no sistema imunológico ou por efeito colateral de certos medicamentos. Pode resultar da redução da produção medular, elevada destruição ou consumo ou desvio para o baço.
*Trombocitose: aumento, acima dos valores de referência, do número de plaquetas no sangue por aumento da produção medular (reacional é a principal causa de trombose)ou redistribuição plaquetária. Devido a causas patológicas ou fisiológicas, com exercício intenso, trabalho de parto, altitude elevada, tabagismo, estresse ou uso de adrenalina. Trombocitemia é a trombocitose decorrente de neoplasia mieloproliferativa.
Volume Plaquetário (MPV): valor de referência: 7,5-11 fL.
*MPV aumentado= plaquetas com tamanho maior (macroplaquetas ou plaquetas gigantes). Aparecem em doenças como PTI (púrpura trombocitopênica idiopática), sepse, CIVD (coagulação intramedular disseminada) e pré-eclâmpsia.
Podem aparecer macroplaquetas mesmo com o VR do MPV normal.
Amplitude de Distribuição Volumétrica das Plaquetas (PDW): verifica a variação de tamanho das plaquetas, tipo o RDW. Valor de referência: 9,0-16%.
*PDW elevado: síndromes mielodisplásicas e mieloproliferativas.
Fração de Plaquetas Imaturas (IPF): atividade da medula em relação as plaquetas. Auxilia na diferenciação entre plaquetopenias por falta de produção medular e plaquetopenias por consumo ou destruição periféricas. Valor de referência: 1,0-5,9%.
IPF elevado: aumento de consumo ou destruição periféricas.
IPF baixo: redução da produção medular (é anormal num paciente com plaquetopenia).

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