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"PARENTES" DOS PAPHIOPEDILUM OS DETALHES DE CULTIVO DOS EXIGENTES Phragmipedium PARA PAINÉIS VERTICAIS Como plantar micro-orquídeas em meio-vasos Confira os procedimentos que ESTIMULAM A FLORAÇÃO O interesse das CRIANÇAS pelas orquídeas editorial Costuma-se dizer que o amor não tem ida- de. E isto pode se aplicar à paixão pelas or- quídeas. Afinal, é cada vez mais comum encontrar crianças fascinadas por essas plantas, cuidan- do de exemplares, compondo coleções e até mi- nistrando palestras. Como Cultivar Orquídeas conversou com alguns pequenos orquidófilos e conta como eles começaram a se interessar por essa família botânica. Independentemente da idade, é inquestionável que as flores são as grandes responsáveis pela atração que as pessoas têm pelas orquidáceas. Por isso, as floradas são aguardadas ansiosa- mente. Inclusive, muitos cultivadores a estimulam por meio de diferentes métodos, como estresse hídrico e aplicação de fertilizante específico. Confira detalhes nas próximas páginas. E mais: as características e formas de culti- vo dos Phragmipedium, o plantio de micro-or- quídea em meio-vaso e a cobertura de exposi- ções em São Paulo e Rio Grande do Sul. índice 6 NOVIDADES 12 HISTÓRIA Para Artur Norberto Heger, o cultivo de orquídea passou de hobby para profissão 16 PASSO A PASSO Aprenda a plantar micro-orquídeas em meio-vasos 18 CULTIVO A beleza exótica das espécies do gênero Phragmipedium 24 ESTÍMULO À FLORAÇÃO Diferentes métodos utilizados para garantir a produção de flores 26 CRIANÇAS E ORQUIDOFILIA Os pequenos orquidófilos contam como se envolveram com as orquidáceas 36 GUIA DE ORQUÍDEAS 49 CONTATOS 50 ARTIGO Por Thiago de Mello Fernandes 4 \ Como Cultivar Orquídeas 12 36 24 Diretores Luiz Fernando Cyrillo Renato Sawaia Sáfadi Administrativo Natália Seemann Assinaturas, Atendimento ao Leitor e Revenda Danielle França Distribuição Dinap SA FALE CONOSCO ASSINATURAS, atendimento especial ao assinante: assinaturas@casadois.com.br ATENDIMENTO AO LEITOR, para compra de edições anteriores: leitor@casadois.com.br PUBLICIDADE, anúncios, encartes e ações dirigidas: publicidade@casadois.com.br REDAÇÃO, dúvidas, críticas e sugestões: editorial@casadois.com.br REVENDA, para colocar nossos produtos em seu ponto de venda: revenda@casadois.com.br Como Cultivar Orquídeas, é uma publicação da CasaDois Editora, CNPJ 00.935.104/0001- 98. Ninguém está autorizado a representar o nome da revista sem a apresentação do crachá da editora e/ou carta assinada pela diretoria. Não é permitida a reprodução total ou parcial das ma- térias, das fotos ou dos textos publicados, exceto com autorização da CasaDois Editora. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista. A editora não se responsabiliza por informações ou teor dos anúncios publicados. IMPRESSO NO BRASIL. Colaboradores Bruno Carvalho, Daniel Mansur, Eduardo Liotti, Evelyn Müller, Gabriel Guimarães, Hamilton Penna, Rafael Coelho, Shutterstock, Tatiana Villa e Thiago Justo A CasaDois Editora não contrata serviços de terceiros para cobranças ou qualquer outro tra- balho administrativo-financeiro. Todos os contatos são feitos pelos nossos departamentos. Qual- quer dúvida ligue para (11) 2108-9000 ou mande e-mail para financeiro@casadois.com.br PUBLICAÇÕES DA CASADOIS EDITORA ARTESANATO: Arte com as Mãos Appliqué, Bolos Decorados, Bonecas de Pano, Bonecas de Pano Bichos, Bonecos de Feltro, Capitonê, Cupcake, E.V.A., Feltro, Fuxico, Fuxico com Feltro, Panos de Prato, Ponto Cruz e Crochê, Tapeçaria, Tricô Bebê, Unhas Decoradas, Arte e Artesanato, Decoração de Natal Especial, Fuxico Passo a Passo, Guia Arte com as Mãos, Guia Arte e Artesa- nato, Guia da Mamãe Crochê Baby, Guia da Pintura e Tela Passo a Passo. ARQUITETURA E DECORAÇÃO: Construir, Construir Especial Banheiros, Construir Especial Cozinhas, Construir Especial Quartos, Construir Especial Salas, Construir Rústicas, Decoração de Interiores Varandas e Espaços Gourmets, Guia Construir Casas Rústicas, Guia Construir Melhores Ideias Banheiros e Cozinhas, Guia de Modelos de Piscinas e Piscinas & Churrasqueiras. 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SAÚDE: Coleção Guia Saúde Hoje e Sempre e Saúde Hoje e Sempre. Conheça a revista Paisagismo & Jardinagem PLANTA DO MÊS PROJETO PAISAGÍSTICO PELO MUNDO NOVIDADES NO JARDIM AGENDA VERDE ESPAÇO DO LEITOR BOLETIM DO LEITOR MEIO AMBIENTE JARDINAGEM PLANTE UMA IDEIA VARANDAS PERFIL PROJETO COMERCIAL GUIA DE PLANTAS Conheça mais sobre o cu tivo adequado e as características de diversas espécies e encon tre dicas especiais de espe cia istas para tê as na área ver de da sua casa, em páginas ri camente i ustradas. Profissionais apresentam jardins residenciais e um projeto co mercia de arrancar suspiros. São espaços muito bem tra ba hados que trazem bem es tar e proporcionam o contato com a natureza. Confira fantásticos jardins es pa hados por todo o p aneta e saiba mais sobre a história e a concepção do projeto pai sagístico do oca . Depois, é só fazer uma viagem para, en tão, visitá os. Com paisagismo & Jardinagem, seu jardim ficará muito mais bonito e bem cuidado. A cada edição, profissionais renomados surpreendem você, leitor, com ideias magní- ficas para aplicar na sua casa e dicas exclusivas para dei- xar suas plantas sempre saudáveis. PROJETO PAISAGÍSTICOPLANTA DO MÊS PELO Mundo a d q u ir a as ed içõ es anteriores e complete a s ua c o le ç ã o ENCONTRE A CASADOIS NO FACEBOOK WWW.FACEBOOK.COM/CASADOISEDITORA LANÇAMENTO NAS BANCAS DE TODO BRASIL PARA ADQUIRIR EDIÇÕES ANTERIORES E CONHECER OUTROS TÍTULOS, LIGUE PARA (11) 2108-9000 OU ACESSE WWW.CASADOIS.COM.BR história 12 \ C omo C ult ivar Orquídeas 13 Orquidófilo profissional Texto Paula Andrade Fotos Hamilton Penna As orquídeas estão presentes na vida de Artur Norberto Heger há 37 anos, passando de simples hobby a profissão. Nascido e criado em São Paulo, SP, o primeiro contato foi aos 18 anos. “Tudo começou por acaso quando eu estava servindo o Exército. Não podia trabalhar, então, no meu tempo livre passei a cuidar do pequeno jardim da minha casa, que contava com alguns vasos de orquídeas. No início mexia com as plantas apenas por curiosidade, mas logo gostei e me envolvi.” Os primeiros cuidados foram destinados a exemplares de Cattleya loddigesii, Dendro- bium nobile e Paphiopedilum insigne. Em pouco tempo, passou a frequentar exposições de orquídeas realizadas na capital e no interior paulista. Os eventos se tornaram um programa familiar e Heger começou a comprar diversos exemplares, iniciando sua coleção. Aos 22 anos, filiou-se ao Círculo Paulista de Orquidófilos (CPO). Foi lá para se informar sobre um curso de cultivo e nunca mais deixou a entidade. “No ano seguinte já fazia par- te da diretoria, na qual me mantive até o ano passado.” Na entidade fez amizades com grandes nomes da orquidofilia como Augusto Fernan-des Neves e Marcos Antonio Campacci. Ao lado deles e de outros amigos, realizou diver- sas incursões a matas em busca de orquídeas raras ou ainda não catalogadas. “Viajávamos sempre com o intuito de pesquisar. Tirávamos fotos e colhíamos material para o Jardim Botânico de São Paulo”, afirma, acrescentando que conheceu bem a biodi- versidade dos estados de Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. O grande interesse pela família Orchidaceae fez com que Heger dedicasse muito tem- po ao seu estudo. Então, concomitantemente à coleção de plantas, também deu início a uma biblioteca com obras sobre o assunto. “Eu era um 'rato de sebos'. Tinha uma grande quantidade de livros, que vendi há pou- cos anos. Não contei com a ajuda de um professor que me ensinasse sobre as orquidáceas. Fui um autodidata”, relata. 14 \ C omo C ult ivar Orquídeas TRABALHO Arquiteto formado pela Faculdade de Arquitetura e Urba- nismo da Universidade de São Paulo (USP), atuou na área por poucos anos. “Acabei transformando meus hobbies em traba- lho. Primeiro aconteceu com o aquarismo e depois com a or- quidofilia.” O envolvimento profissional com as orquidáceas começou em 1990. Quando já era proprietário de uma loja de aquários, Heger se aliou a Campacci, Elcio Humberto Gatti, José Carlos Cavalin e Manuel Lopes Henriques, companheiros do CPO, e começou a produzir orquídeas em um sítio em Ibiúna, no interior paulista. “Chamava-se Projeto Caapora e a intenção era produzir comercialmente, mas de maneira sustentável. Pensávamos que se produzíssemos 500 plantas, elas seriam compradas por 500 pessoas e teriam grandes chances de sobreviver em cole- ções”, conta, adicionando que na produção constavam rari- dades.“Muitas espécies desapareceram sem deixar rastros. Eu corria atrás das plantas raras para multiplicá-las e evitar sua extinção. Por exemplo, as Cattleya, amadas pelos orquidófi- los, já tinham sua conservação garantida.” Trabalhando de segunda a sexta-feira na loja de aquários na capital paulista e aos fins de semana na produção de plan- tas em Ibiúna, o orquidófilo não dispunha de tempo para cui- dar de sua coleção que passava de 4 mil exemplares. Por isso, optou por vendê-los ou doá-los. “Não sinto falta da coleção, pois tenho contato com orquídeas diariamente.” Hoje, não atua mais com produção comercial, mas como consultor do Orquidário Oriental, localizado em Mogi das Cru- zes, SP. Inclusive, Heger ajudou a desenvolver a loja virtual do estabelecimento. “Eles têm uma grande produção de Vanda e eu seleciono as melhores plantas, fotografo e lacro para vendê- las. O site apresenta a imagem dos exemplares com dados téc- nicos, como tamanho e quantidade de flores e data de flora- ção. Então, o consumidor pode comprar a mesma planta da fo- to conhecendo suas características principais.” Ele também contribuiu com a criação da loja física do or- quidário, além da realização de festivais de orquídeas e con- gressos de orquidófilos no local. “Atualmente são promovidos quatro festivais por ano. E são todos um sucesso!” Encyclia maderoi Laelia harpophylla 15 “Muitas espécies desapareceram sem deixar rastros. Eu corria atrás das plantas raras para multiplicá-las e evitar sua extinção” FORTE LIGAÇÃO As mais de três décadas de dedicação ao estudo e cultivo da família Orchidaceae fizeram de Heger um nome importante no meio orquidófilo. Tanto que recebeu uma homenagem do amigo Campacci e tem uma planta batizada com seu nome: a Hoffmannseggella hegeriana (hoje também classificada como Cattleya hegeriana). “Numa incursão às matas de Petrópolis, RJ, Campacci e eu ficamos intrigados com uma orquídea. Eu acreditava que era uma espécie nova, mas ele discordava. Depois de fazer uma pesquisa minuciosa, ele concluiu que s e tratava mesmo de uma planta ainda não catalogada e acabou dando o meu nome”, conta em tom descontraído. A busca por novos conhecimentos está sempre em curso. Por isso, está constantemente lendo livros, acessando sites e con- sultando especialistas. Também continua a participar de mos- tras de orquidáceas, em uma média que varia de dez a 12 por ano. Em razão desse intenso contato, já observa o interesse do filho Hugo Henrique, de 8 anos. “Ele gosta de mexer nas plan- tas e de ir em exposições. Mas ainda não está fanático como eu”, comenta sorrindo. De acordo com Heger, a diversidade das orquidáceas é o que mais o encanta. “Sempre tive espírito colecionista e as or- quídeas permitem uma coleção variada. Brinco que se você gos- ta de violetas, pode ter no máximo 20 diferentes. Enquanto com as orquídeas, pode ter 10 mil plantas muito distintas entre si. Afinal, existem cerca de 35 mil espécies no mundo. Além dis- so, ao contrário dos cruzamentos de outras plantas, os híbridos não são estéreis e o fato de manipulá-los é admirável.” Perguntado sobre o que acha do fato das orquidáceas te- rem se tornado seu ganha-pão, responde bem-humorado: “Ho- je eu vivo delas e brinco dizendo que o único parasita presen- te na produção sou eu.” Rodriguezia venusta 16 \ Como Cultivar Orquídeas passo a passo Plantio T t P l Projeto paisagístico Paula M agaldi Foto Thiago Justo Chamados de meio-vasos, os re- cipientes de cerâmica cortados pela metade são ótimos para acomodar mi- cro-orquídeas. E quando dispostos em painéis ou jardins verticais agregam beleza aos ambientes. Creuza Müller, proprietária do Or- quidário da Mata, da capital paulis- ta, afirma que, apesar de parecer com- plicado à primeira vista, o procedi- mento é bem simples. “Não é difícil, exige apenas delicadeza, por se tratar de uma planta pequena”, ressalta. A seguir, ela ensina a técnica de plantio que pode ser aplicada a qual- quer gênero de orquidáceas de por- te diminuto. Para esta demonstração, foi utilizada uma Isabelia virginalis, espécie com 5 cm de altura e flores de somente 1,4 cm de diâmetro. em meio-vaso 17 SIMPLES E RÁPIDO O procedimento começa com a limpeza da orquídea. En- tão, com a pinça, retire todo o substrato antigo (1). “Aconselho o uso da pinça porque as raízes são muito finas e delicadas e podem se quebrar.” A seguir, utilize a tesoura de poda, que de- ve estar esterilizada, para cortar folhas velhas e raízes mortas e mal-formadas (2). Pegue um pequeno punhado de esfagno molhado e aperte- o com a mão para retirar o excesso de água. Em seguida, en- volva as raízes da orquídea com ele (3). De acordo com a es- pecialista, este substrato é o mais indicado pois é maleável, além de reter umidade e ajudar no desenvolvimento das raízes. O próximo passo é colocar a planta com o esfagno dentro do meio-vaso (4). “Escolha sempre um recipiente com ranhuras no interior porque, após quatro ou cinco meses, o musgo se de- teriora e as raízes irão aderir a suas paredes”, reforça Creuza. Após esta etapa, é preciso prendê-la ao vaso. Para isso, pas- se o fio metálico de telefone por entre os orifícios, começando pela parte externa (5). Então, enlace a orquídea (6), dê duas voltas e amarre o fio (7). Pode-se usar também barbante, náilon para pesca ou fita fi- na. “Os fios metálicos de telefone são muito eficientes e podem ser encontrados até mesmo na rua. É uma ideia de reaprovei- tamento. O melhor é utilizar um material delicado para ficar dis- creto e ter um efeito estético bonito.” Quando o exemplar estiver preso adequadamente, borrife água para hidratá-lo e limpar o recipiente (8). “Adicione fertili- zante enraizador ao líquido para acelerar o processo de de- senvolvimento da orquídea”, aconselha Creuza. Para finalizar, prenda um fio no orifício superior e coloque uma placa ou etiqueta com o nomeda micro-orquídea (9). “De- pois de plantada, ela demora em torno de um ano para se adap- tar ao novo ambiente”, conclui. VOCÊ VAI PRECISAR DE Exemplar de micro-orquídea, meio-vaso, tesoura de poda, pinça, esfagno molhado, borrifador e fios metálicos internos de cabo de telefone 1 2 3 4 5 6 7 8 9 18 \ Como Cultivar Orquídeas cultivo G ab rie l G ui m ar ãe s Phrag. lindleyanun 19 das Américas Phrag. Grande H am ilt on P en na Texto Paula Andrade O gênero Phragmipedium é conhecido pelas flores de for- mato exótico. Seu nome deriva de duas palavras gregas: phrag- ma, que significa divisão e pedilum, sapato. Foi batizado as- sim devido ao seu labelo diferenciado, que lembra muito o das espécies de Paphiopedilum. No entanto, diferentemente desses “parentes” nativos da Ásia, são originários da América Tropi- cal, aparecendo do sul do México até o norte do Estado de São Paulo, no Brasil. “Nos países de língua inglesa, é chamado de lady slipper or- chid (orquídea chinelo de senhora). Com várias plantas sendo descobertas nos últimos cinco anos, estas espécies tropicais ame- ricanas foram retiradas do gênero Paphiopedilum em 1896 por Robert Allen Rolfe, que criou o gênero Phragmipedium”, explica René Rocha, professor de ciências biológicas, de Areado, MG. Em sua grande maioria, são terrestres ou rupícolas que não possuem pseudobulbos e contam com caules bastante curtos. Apre- sentam raízes fibrosas e vilosas. As folhas são estreitas, coriáceas e verde-claras e as hastes florais atingem 90 cm, suportando de uma a seis flores. Enquanto os labelos são saquiformes ou con- chiformes, lembrando um sapato ou um chinelo, ao passo que suas pétalas laterais têm forma de fitas longas. Além dos Paphiopedilum, suas flores também podem ser confundidas com as dos grupos Selenipedium e Cypripedium. “O gênero Phragmipedium se distingue dos outros por apre- sentar ovário com três câmaras separadas e flores decíduas, ou seja, que se destacam depois de murchas”, detalha Carlos Hen- rique Paparelli, orquidófilo, de Guarulhos, SP. Sapatinho 20 \ Como Cultivar Orquídeas FLORES ENCANTADORAS Normalmente sem aroma, as flores são sequenciais e per- duram por cerca de duas semanas. “No entanto, há algumas espécies que possuem floração plena (não sequencial) com du- ração de até 20 dias. Aparecem em tons de verde e marrom e com longas pétalas. Mas existem variedades, em geral de ta- manho mais modesto, que produzem flores em tons róseo, la- ranja e vermelho”, conta Rocha, acrescentando que as plantas maduras fornecem floradas de qualidade superior às das mu- das de primeira floração. Embora não sejam tão populares quanto os “primos” Paphio- pedilum, têm boa aceitação comercial. “Os preços são um tan- to elevados em comparação a outros híbridos comerciais. Nas exposições ainda não são muito frequentes”, comenta o pro- fessor mineiro. Atualmente, existem 30 espécies já catalogadas de Phrag- mipedium, sendo que as de maior destaque são Phrag. bes- seae, Phrag. caudatum, Phrag. kovachii, Phrag. lindenii, Phrag. longifolium, Phrag. sargentianum e Phrag. schlimii. Elas também são as mais usadas em cruzamentos. Phrag. Hanne Popow, Phrag. Giganteum, Phrag. Grande, Phrag. Schroderae, Phrag. Sedenii, Phrag. Coral Jewel, Phrag. De- metria, Phrag. Memoria Dick Clements, Phrag. Patti MacHale, Phrag. Red Lightning e Phrag. Beauport são alguns dos híbri- dos mais comercializados. Vale destacar que quando cruzados com Paphiopedilum são geradas plantas inseridas no grupo hí- brido Phragmipaphium. Phrag. Schroederae Phrag. richteri H am ilt on P en na H am ilt on P en na 21 Phrag. Sorcerer’s Apprentice Tatiana Villa 22 \ Como Cultivar Orquídeas Phrag. longifolium Phrag. besseae Phrag. Hanne Popow H am ilt on P en na Ev el yn M ül le r H am ilt on P en na CONDIÇÕES IDEAIS Exigentes com relação às condições de cultivo, precisam de luminosidade em torno de 50%. “Apenas as espécies Phrag. bes- seae e Phrag. schlimii devem ser cultivadas em sombreamento de 70%. Queimas potenciais podem ser evitadas sentindo a tem- peratura das folhas durante a período de maior luminosidade do dia. Se elas estiverem quentes ao toque, estão em perigo. Então, aumente a circulação de ar ou reduza a luz e a temperatura do local com uma tela do tipo aluminet”, ensina Rocha. Ainda de acordo com ele, a folhagem pode indicar se a lu- minosidade fornecida é adequada. Folhas em tom verde-médio indicam saúde, enquanto verde-amareladas refletem excesso de luz e verde-escuras, falta dela. Quanto à umidade do ar, apre- ciam altos índices, que devem estar sempre acima de 65%, além de temperaturas intermediárias entre 14 e 29ºC. Como são sensíveis à qualidade da água, o líquido não de- ve apresentar muitos sais dissolvidos em sua composição. “Dê preferência à água da chuva. Regue pela manhã de forma que ao anoitecer suas folhas estejam praticamente secas. Outra di- ca é medir frequentemente o pH do substrato e da água da ir- rigação, que devem estar abaixo de 7 (ácido)”, informa o or- quidófilo, alertando que a rega constante faz com que o subs- trato se deteriore rapidamente, tornando necessário o replantio a cada dois anos, logo após a floração. Os substratos ácidos, que permitem a rápida vazão de água, são os mais indicados para os Phragmipedium. “Apesar de ter- restres ou rupícolas, são melhor cultivadas em misturas para epí- fitas como a mistura de casca de pinus eliot, pedaços de perli- ta e carvão de madeira. Outra opção é casca de pinus com hú- mus de minhoca, terra vegetal e uma colher (sopa) de calcário dolomítico. O ideal é usar vaso de plástico sempre com um pra- tinho com brita ou areia embaixo”, orienta o professor. Paparelli sugere mais uma alternativa. “Para evitar replan- tes frequentes, alguns orquidófilos e orquidários comerciais vêm utilizando a hidroponia, técnica que oferece toda a umidade necessária que as plantas desse gênero necessitam.” 23 Phrag. Eric Young H am ilton Penna DETALHES Os Phragmipedium demandam fornecimento de nu- trientes constantemente. Assim como a água, também não apreciam fertilizantes salinizados. Por isso, evite fa- rinha de osso e torta de mamona. “Adube com frequência durante o período de crescimento e reduza na fase de repouso. Por causa da delicadeza de suas folhas finas, uma vez por semana lave o substrato, regando o exem- plar diretamente no vaso até que a água saia clara do fundo do recipiente”, aconselha o orquidófilo. O NPK 10-10-10 ou 20-20-20 na dosagem 0,5 g por litro de água pode ser empregado a cada 15 dias. A adubação adequada diminui bastante a possibi- lidade de ataques de pragas e doenças. Cochonilhas, ácaros e pulgões são os agentes nocivos mais comuns e podem ser afastados com pulverizações quinzenais de óleo de nim e citronela, defensivos naturais. O ex- cesso de umidade pode provocar podridões e bacte- rioses. Então, evite esses problemas deixando de mo- lhar as folhas das plantas. estímulo à floração 24 \ Como Cultivar Orquídeas A floração é o ponto alto no cultivo de orquídeas. Trata-se do momento mais es- perado pelos orquidófilos, que têm então a certeza de que estão cuidando correta- mente de seus exemplares. Afinal, quan- do são bem tratados, retribuem com flo- res encantadoras. Mas o que fazer quan- do o florescimento demora demais ou sim- plesmente não acontece? Antes de sair à procura de fertilizan- tes teoricamente milagrosos, é preciso ve- rificar as condições em que a orquídea ve- geta. “Deve-se buscar o máximo de in- formação, pois algumas espécies têm ne-cessidade de maior luminosidade. Justa- mente por falta de conhecimento, cultiva- dores colocam plantas de sombra em am- bientes de muita luz e vice-versa. Isso é um grande problema, pois o local certo é prioridade para o sucesso no cultivo”, ex- plica Ronaldo Sabino, proprietário do Or- quidário Imirim, da capital paulista. Para saber se o exemplar que não flo- resce está recebendo a luminosidade ade- quada, é necessário analisar suas folhas. “Quando estão em tom de verde muito es- curo, deve-se levar a planta para um lu- gar mais iluminado, tendo o cuidado de fazer a mudança aos poucos, para que ela se adapte. Quando colocada em am- bientes com muita luz sofrerá queimadu- ras de sol, que são a porta de entrada pa- ra fungos e bactérias. No entanto, a fal- ta também pode causar problemas, como o enfraquecimento dos pseudobulbos, que ficam mais finos e se vergam sem resis- tência para se sustentarem. As folhas com tom verde-amarelado indicam excesso de luminosidade. Com o tempo, é possí- vel que o exemplar se desenvolva e até floresça, mas há o risco de queimaduras e redução da resistência a doenças”, in- forma Roseli Cassola Fernandes, orqui- dófila, de Ubatuba, litoral de São Paulo. Floradas Texto Paula Andrade Ev el yn M ül le r 25 ESTRESSE HÍDRICO Além da adubação, outro método conhecido para incentivar as floradas é o estresse hídrico. Trata-se da suspensão de regas durante certo período para for- çar a planta a florir. No entanto, esse procedimento pode ser empregado so- mente em espécies de alguns gêneros, por exemplo, Dendrobium. Moradores do Norte do País costumam empregar esse recurso com as Brassolaeliocattleya, já que na região a amplitude térmica (diferença entre a maior e a menor tem- peratura) é muito pequena e, por isso, os híbridos têm dificuldade de florescer. “Não é indicado para iniciantes no cultivo. Além disso, deve-se ter um co- nhecimento profundo para utilizá-lo. Não se trata de uma regra geral, somente alguns gêneros, que em seu habitat sofrem com escassez de água, podem pas- sar pelo estresse hídrico, mas desde que antes se analise minuciosamente a plan- ta, sua região de origem e seu local atual de cultivo”, afirma Sabino, alertando para os grandes riscos de perda da orquídea. ADUBAÇÃO Após conferir a iluminação fornecida às plantas e corrigi-la, caso necessário, é hora de escolher o adubo correto para que as flores apareçam. “Cada espécie tem sua época de floração e uma adubação regular contribui para que ela seja abun- dante e de qualidade, mas sempre dentro deste período natural”, diz Roseli. De acordo com ambos os especialistas, os fertilizantes ricos em fósforo (P) são os mais indicados. O NPK nas dosagens 10- 45-30 ou 5-30-15 é uma boa opção para estimular a floração e o enraizamento. Caso haja interesse, o aumento da luz e da temperatura pode antecipar as inflorescências em alguns dias. “Exceto em plantas de cultivo à meia-sombra ou sombra total. Neste caso, basta colocar o exemplar em um lugar mais quente que o ambiente de cultivo para que as flores se abram com maior rapidez. No en- tanto, não é possível mudar a época de floração. Somente a altitude, o clima, a temperatura e a umidade a alteraram, considerando ainda uma espécie que es- teja em local bem diferente do habitat”, acrescenta a orquidófila. Ev el yn M ül le r Ta tia na V illa Dendrobium Brassolaeliocattleya Posicionando as plantas de forma que recebam luminosidade adequada, dificilmente haverá problemas com as florações Evelyn M üller 26 \ Como Cultivar Orquídeas Texto Renata Putinatti Fotos [1] Acervo pessoal, [2] Tatiana Villa e [3] Shutterstock Ilustrações Shutterstock São recorrentes os rela rientes dizendo que a paixã fância. No passado, a curiosidade despontava principalmente devido à facilidade de encontrá-las nas matas brasileiras. Hoje, o interesse das crianças por essas plantas está relacio- nado à conscientização da importância de respeitar o meio am- biente, temática amplamente difundida.“Gosto de cultivá-las por- que é uma forma de preservar a natureza sem sair de casa”, afir- ma Yan Ferreira Alves, de Fortaleza, CE, que, com apenas 11 anos, já possui um orquidário com cerca de 160 exemplares. A presença de um orquidófilo na família também é um fator que desperta o apreço dos pequenos pelas orquidáceas. Foi o que aconteceu com Thiago Enrique Uesler, de Pomerode, SC, de 11 anos, ao observar a coleção da sua prima e da sua avó e que há aproximadamente três anos ingressou na orquidofilia. E se engana quem pensa que a admiração fica restrita ape- nas ao encantamento pelas cores e pelos formatos das flores. Ambos levam a sério o trato cultural e tomam as providências necessárias para garantir a saúde e beleza delas. “Quase to- dos os dias pela manhã, antes de ir para a escola, cuido das minhas plantas. Rego, verifico se há praga, adubo e faço re- plante”, esclarece Thiago. O conhecimento dos colecionadores mirins é resultado de s- s- tras e reuniões que acontecem nas associações. “Atualmente, estou lendo Cultivo Moderno de Orquídeas, escrito por Rober- to Jun Takane [engenheiro agrônomo e produtor de orquídeas]”, diz Yan, reafirmando sua paixão por essa família botânica. Há dois anos, ele se tornou membro da Associação Cearen- se de Orquidófilos (Aceo). “Minha mãe faz parte da Aceo e sem- pre teve orquídeas, mas eu não tinha percebido que eram tão bo- nitas. Quando fui a uma exposição com ela, notei que eram ma- ravilhosas. Então, perguntei se eu poderia me associar também”, comenta ao revelar que, quando suas plantas estão floridas, cos- tuma expôs-las nos eventos realizados pela entidade. Em novembro, o pequeno colecionador ministrará uma ofici- na de cultivo para crianças durante o 5º FestOrquídeas, que ocor- rerá entre os dias 18 e 20 e será promovido pela Aceo. “Não es- tou ansioso, só um pouco nervoso com a apresentação”, admite. Thiago também é um associado ativo do Círculo Orquidófi- lo de Pomerode. Recentemente, participou de uma excursão à Florianópolis, capital do estado catarinense, promovida pela en- tidade, na qual teve a oportunidade de visitar um orquidário co- mercial e prestigiar uma exposição. “O que aprendo explico para meus amigos da escola”, completa. crianças e orquidofilia o quid filos Pequenos 27 CULTIVO COM PERSONALIDADE Embora tenham apenas 11 anos, Yan e Thiago falam com maturidade so- bre as orquídeas, expressando suas pre- ferências e pronunciando corretamente os complicados nomes científicos das plantas com a simplicidade e a ino- cência típicas da infância. “Tenho 272 vasos com gêneros va- riados, como Cattleya, Cymbidium, Bifrenaria, Bulbophyllum, entre ou- tros. Gosto de todos, mas tenho um carinho especial pelos híbridos e pe- las Cattleya”, comenta entusiasmado o iniciante catarinense. Sua miniestufa – como ele mesmo se refere – fica no quintal de sua casa. Os exemplares são acomodados em bancadas, prateleiras e alguns ficam pen- durados. “Talvez eu comece a colecio- nar mais Cymbidium”, faz planos. Yan classifica seu orquidário como pequeno e simples. Porém, nele estão suas preciosidades: Cattleya labiata e espécies e híbridos de Dendrobium, Oncidium e Vanda. “Minhas predile- tas são as Vanda. Tenho três ou qua- tro exemplares. Há dois anos, fiquei muito surpreso e feliz quando ganhei uma Vanda em um sorteio feito na A- ceo”, recorda-se. Agora, o colecionador mirim pensa em adquirir a Cattleya amethystoglos- sa. “Ela tem flores lindas, uma mais sur- preendente que a outra”, empolga-se. Portanto, isso mostra que a admi- ração pelas orquídeas e, principal- mente pela natureza, não tem idade. E se depender de Yan e Thiago, a or- quidofilia brasileira será muito bem re- presentada no futuro. Bifrenaria BulbophyllumCattleya DendrobiumCattleyaOncidium [1 [4 [2 [2 [2 [2 [1 [2 [2 Thiago iniciou a coleção há três anos e já possui 272 exemplares, sendo que os híbridos e asCattleya estão entre seus preferidos Depois de visitar uma exposição, Yan se apaixonou pelas orquídeas e se tornou associado da Aceo. Hoje, seu orquidário conta com 160 vasos guia de orquídeas 36 \ Como Cultivar Orquídeas Ta tia na V illa Cattleya Hawaiian Variable Origem: híbrido Condições ideais: bastante umidade do ar, local bem ven- tilado e meia-sombra Curiosidades: híbrido de duas Cattleya bifoliadas (C. gut- tata x C. Penny Kuroda), sendo que a C. guttata é uma es- pécie brasileira originária da Mata Atlântica Cultivo: Orquidário Morumby (São Paulo/SP) 37 Tatiana Villa Liparis nervosa Origem: da América Central ao Sul do Brasil e também Japão Condições ideais: necessita de umidade eleva- da e pode ser cultivada sob sombra e meia-som- bra, em clima frio ou um pouco mais quente Curiosidades: atinge até 15 cm de altura, é ter- restre e apresenta folhas largas, com nervuras lon- gitudinais salientes. As flores têm cerca de 5 cm de comprimento Cultivo: Carlos H. Paparelli (Guarulhos/SP) 38 \ Como Cultivar Orquídeas E ve ly n M ül le r Epidendrum paranaense Origem: Brasil, Costa Rica, Jamaica e República Dominicana Condições ideais: bom sombreamento e clima de quente a ameno Curiosidade: as flores são bastante pequenas, não passando de 2 cm Cultivo: Dalton Holland Baptista (Piracicaba/SP) E velyn M üller 39 Paphiopedilum liemianum Origem: Sumatra Condições ideais: temperatura em torno de 20ºC, meia-sombra, solo bem drenado e rega constante, mas sem encharcamento Curiosidades: o florescimento tem início no Verão e perdura por vários meses ao longo do ano, podendo ter até 32 flores conse- cutivas, no entanto, só desabrocham uma ou duas por vez Cultivo: Dalton Holland Baptista (Piracicaba/SP) 40 \ Como Cultivar Orquídeas Evelyn M üller Dendrobium lasianthera Origem: Nova Guiné Condições ideais: necessita de clima quente, entre 18 e 28°C, e de sombreamento médio Curiosidade: planta muito vigorosa, com haste floral que pode chegar a mais de 1 m Cultivo: Orquidário Imirim (São Paulo/SP) 41 D aniel M ansur Vanda Kultana Blue Origem: híbrido Condições ideais: luminosidade entre 50 e 70%, boa ventilação e umidade ambiente elevada Curiosidades: suas flores grandes perduram por mais de um mês Cultivo: José Geraldo de Oliveira (Associação Orquidófila de Vespasiano/MG) 42 \ Como Cultivar Orquídeas Brassolaeliocattleya Corcovado Origem: híbrido Condições ideais: clima subtropical, com temperatura média maior que 20°C, meia-sombra, rega espaçada e substrato aerado e bem drenado Curiosidades: suas flores exalam perfume suave e podem chegar a 10 cm de diâmetro Cultivo: Aniela Orquídeas (Jundiaí/SP) 43 Vanda Pak Chong Blue 'Korat' Origem: híbrido Condições ideais: meia-sombra, boa umidade ambiente e local bem ventilado Curiosidade: suas flores apresentam aproximadamente 9 cm de diâmetro Cultivo: Orquidário Oriental (Mogi das Cruzes/SP) H am ilton Penna Tatiana Villa 44 \ Como Cultivar Orquídeas Bulbophyllum Louis Sanders Origem: híbrido Condições ideais: ambientes quentes e úmidos Curiosidade: origina-se de duas espécies, Bulb. longissimum e Bulb. ornatissimum Cultivo: Orquidário da Mata (São Paulo/SP) Th ia go J us to 49 contatos EMPRESAS Aniela Orquídeas Jundiaí/SP (11) 4016-4112/7134-2256 Associação Ceareanse de Orquidófilos (Aceo) Fortaleza/CE www.orquidofilos.com Associação Orquidófila de São Paulo (Aosp) São Paulo/SP (11) 3207-5708 www.aosp.com.br Associação Orquidófila de Vespasiano Vespasiano/MG contadilvespasiano@hotmail.com Caiana.com Joinville/SC (47) 3026-6677 www.caiana.com.br Círculo Orquidófilo de Jarinu (COJ) Jarinu/SP (11) 9969-8003 Círculo Orquidófilo de Pomerode Pomerode/SC magrit.mandel@gmail.com Núcleo de Orquidófilos de Gramado (Nogra) Gramado/SP www.nogra.com.br Orchiland Mogi das Cruzes/SP (11) 8174-3743 www.orchiland.com.br Orquidário Chácara Suíça Curitiba/PR (41) 3335-8340 www.orquidariochacarasuica.com.br Orquidário da Mata São Paulo/SP (11) 5542-7627/5092-5637 www.orquidariodamata.com.br Orquidário Imirim São Paulo/SP (11) 2236-6464 www.orquidarioimirim.com.br Orquidário Epiphanio Rio Claro/SP (19) 3524-3624 www.orquidarioepiphanio.com Orquidário Maricaense Maricá/RJ www.orquidariomaricaense.com Orquidario Maripá Maripá/PR (44) 3687-1678 www.bazar10.com.br Orquidário Morumby São Paulo/SP (11) 5041-2391 www.morumby.com.br Orquidário Oriental Mogi das Cruzes/SP (11) 4724-9619 www.orquidariooriental.com.br Orquidário Santa Bárbara Santa Bárbara d’Oeste/SP (19) 9220-3499 www.orquidariosantabarbara.com Ostetto Orquídeas Campo Grande/MS (67) 3382-5342 www.ostetto.com.br RF Orquídeas Campo Largo/PR (41) 9963-8108 www.rforquideas.com PROFISSIONAIS Artur Norberto Heger Orquidófilo São Paulo/SP arturnheger@yahoo.com.br Carlos Henrique Paparelli Orquidófilo Guarulhos/SP chpaparelli@yahoo.com Clodoaldo José Censi Presidente do COJ Jarinu/SP (11) 9969-8003 Creuza Müller Proprietária do Orquidário da Mata São Paulo/SP (11) 5542-7627/5092-5637 Dalton Holland Baptista Orquidófilo e estudioso do Projeto Orchidstudium Piracicaba/SP dalton@orchidstudium.com Lúcia Morimoto Presidente da Aosp São Paulo/SP lucia@colibriorquideas.com Raul Jacques Sartori Presidente do Nogra Gramado/RS (54) 9982-2215 René Rocha Professor de ciências biológicas Areado/MG renerocha@ip3.com.br Ronaldo Sabino Proprietário do Orquidário Imirim São Paulo/SP (11) 2236-6464 Roseli Cassola Fernandes Orquidófila Ubatuba/SP rocafesa@uol.com.br Sergio Ostetto Proprietário do Ostetto Orquídeas Campo Grande/MS (67) 3382-5342 Thiago de Mello Fernandes Estudante de ciências biológicas Piracicaba/SP sword_kenshin@hotmail.com 50 \ C omo C ult ivar Orquídeas artigo Ingressei no ensino superior com o objetivo de aprender o máximo possível sobre plantas em geral. A curiosidade em ob- servá-las e dar-lhes seus respectivos nomes me levou a estudar a fundo a Botânica Sistemática, ciência que tem como objetivo se- parar, organizar e classificar espécies vegetais. Neste período, conheci muitas pessoas que me mostraram o quão interessante e complexa pode ser esta ciência. Uma delas me ofereceu a oportunidade de aprender mais sobre as orquí- deas, tanto sua classificação como a maneira com que devem ser cultivadas. Descobri que seu trato é algo que renova a beleza da vida diariamente. Todos os dias e todas as horas dedicados a elas são recompensados por inúmeras formas, cores e aromas que atraem para perto delas ainda mais vida. Poder assistir a um me- canismo, como a polinização, que por muitas vezes passa de- sapercebido, é um presente que Deus nos deu e que todos nós deveríamos observar e perceber o quão grandiosas e simples são estas belas obras da natureza. *Por Thiago de Mello Fernandes Por que cultivar orquídeas? *Thiago de Mello Fernandes é aluno do quarto semestre de Ciências Biológicas na Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), no interior paulista. Contato: sword_kenshin@hotmail.com Todo o tempo destinado as nossas orquídeas é refletido atra- vés da aparência das plantas que temos. Tal fato me faz pensar diariamente em como tenho me portado perante aqueles que amo e as coisas que almejo. Minha dedicação à família também se reflete nos gestos, nas atitudes e nas conversas do dia a dia e me indica o quanto tenho me esforçado para que nossa rela- ção se mantenha saudável. O cultivo de orquídeas deve sempre ser realizado com cari- nho, no intuito de oferecer a um “simples organismo” condições adequadas de vida para que possa se desenvolver e produzir novos descendentes. Aquilo que se tornaria um trabalho passa a ser um grande prazer e acaba contagiando nosso espírito e daqueles que nos cercam. Todas as pessoas deveriam cultivá-las porque exigem algum tempo de dedicação, o que nos deixa maisfortes; precisam de cuidados simples e constantes, o que nos torna pessoas com ter- nura; elas se renovam constantemente e sua exuberância é ini- gualável, o que mostra que a vida é bela e tem que ser vivida dia após dia. Todos deveriam cultivar orquídeas porque esta é uma forma de contribuir com a preservação de inúmeras espécies ameaça- das de extinção e a beleza da vida está em coisas simples. E acima de tudo porque é uma forma de terapia para a alma, tra- zem graciosidade, alegria e paz e ensinam como nos tornarmos pessoas melhores e felizes. Br un o C ar va lh o Tatiana Villa
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