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[UP!] Paisagismo e Jardinagem 13 05 19

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4a Fecaplant 
Confira as novidades de 
plantas e máquinários 
 
Grama em dia 
Equipamentos a bateria de 
lítio para a manutenção 
do seu jardim 
 
Orgulho nacional 
Orquídea com a menor 
flor do planeta é brasileira 
 
Flamboyant 
Com galhos esculturais e 
flores coloridas, esta árvore 
embeleza as paisagens
CAPA 
Arbustos de diversas 
cores marcam o 
projeto paisagístico de 
Leo Laniado 
 
Plantas 
para interiores 
7 exemplares perfeitos 
para ambientes fechados 
 
Pragas na horta 
12 superdicas de como 
deixar suas verduras e 
legumes sempre saudáveis 
 
Paisagismo 
sustentável 
O conceito bioclimático 
e o uso espécies nativas
SÉRIE 
ESTILOS DE 
JARDINS 
Nesta edição, áreas 
com inspiração 
INGLESA 
PJ133.qxp_1 capa PJ 17/04/2019 15:23 Página 1
GRUPO ÚNICO PDF
GRUPO ÚNICO PDF
editorial
[2]
[4]
[3]
[1]
Fotos [1] E
velyn M
üller, [2] G
ui M
orelli, [3] R
icardo B
assetti e [4] Tatiana V
illa
Assinados por Leo Laniado, Inez Gouveia, Sonia Infante 
e Alexandre Galhego, os jardins da edição abraçam 
em grande estilo as moradas
Se há elementos que fazem toda a diferença
nos dias atuais em projetos paisagísticos eles são
soluções para as espécies conviverem com a escas-
sez de recursos hídricos. E essa foi a proposta
da paisagista Inez Gouveia, de Cunha, SP, ao
criar recantos verdejantes sob medida para as
condições climáticas e geográficas do local de
implantação. Comprove o paisagismo sustentá-
vel na página 64 e inspire-se nas dicas para ter
uma área na dose certa.
Verde também é bem-vindo em espaços fecha-
dos e com pouca iluminação. Basta fazer a esco-
lha adequada às condições locais e levar as plan-
tas para interiores. Ráfis (Rhapis excelsa), lança-
de-são-jorge (Sansevieria cylindrica) e pleomele
(Dracaena reflexa) são alguns exemplos de suces-
so no interior. Confira na seção Plante uma ideia
(página 34) as características de cultivo de sete
espécies e aposte nelas.
Quem tem horta deseja ter verduras e legu-
mes sempre fresquinhos e saudáveis. Por isso, é
fundamental investir nos cuidados com as hor-
taliças. Consultamos especialistas da área e pre-
paramos 12 superdicas de como acabar com pra-
gas na horta. Esclareça suas dúvidas, faça as ano-
tações e bom cultivo!
03 editorial.qxp 7/7/15 11:17 Page 3
GRUPO ÚNICO PDF
SEÇÕES
08 espaço do leitor
10 você sabia que…
A orquídea com 
a menor ˜or do 
planeta é brasileira
32 ideias da PJ
Quadros verdes para dispor
espécies em varandas
34 plante uma ideia 
7 sugestões de plantas 
para interiores
38 flores e frutos
Conÿra as espécies 
do bimestre 
40 tapete verde
Equipamentos a bateria 
de lítio para a manutenção 
do gramado
42 horta e pomar
12 dicas de como acabar 
com pragas na horta
44 jardinagem
Estilo inglês explora o uso 
de campos verdes, lagos 
e pequenos bosques
48 meu jardim
Folhas marcantes e diversas
tonalidades marcam o espaço
do paisagista e designer de
exteriores Gerson Munayer
52 planta da edição
A beleza particular e as cores
das ˜ores da árvore ˜amboyant
(Delonix regia) 
82 perfil
A trajetória de sucesso de
Tarcisio Pereira e Aurora Garcia,
idealizadores da AMG
Engenharia da Paisagem
84 pelo mundo
Festival Internacional de
Jardins de Ponte de Lima, 
em Portugal, apresenta 
projetos com o elemento água
88 secos e molhados
Exuberante paisagismo abraça
a piscina no interior paulista
REPORTAGEM
90 FECAPLANT
21 novidades em plantas 
ornamentais e maquinários
97 contatos
98 opinião 
índice
64 INEZ GOUVEIA
76 ALEXANDRE GALHEGO
56 LEO LANIADO
70 SONIA INFANTE
PROJETOS
04 Indice+Anun.qxp 7/7/15 11:19 Page 4
GRUPO ÚNICO PDF
GRUPO ÚNICO PDF
06 Expediente+Anun.qxp 7/3/15 14:53 Page 6
 
Diretores 
Luiz Fernando Cyrillo 
Renato Sawaia Sáfadi 
 
Administrativo Natália Seemann 
Assinaturas, Atendimento ao Leitor e Revenda Danielle França 
 
Distribuição Dinap SA 
 
FALE CONOSCO 
ASSINATURAS, atendimento especial ao assinante: assinaturas@casadois.com.br 
ATENDIMENTO AO LEITOR, para compra de edições anteriores: leitor@casadois.com.br 
PUBLICIDADE, anúncios, encartes e ações dirigidas: publicidade@casadois.com.br 
REDAÇÃO, dúvidas, críticas e sugestões: editorial@casadois.com.br 
REVENDA, para colocar nossos produtos em seu ponto de venda: revenda@casadois.com.br 
 
Paisagismo e Jardinagem, é uma publicação da CasaDois Editora, CNPJ 00.935.104/0001-
98. Ninguém está autorizado a representar o nome da revista sem a apresentação do crachá da 
editora e/ou carta assinada pela diretoria. Não é permitida a reprodução total ou parcial das ma-
térias, das fotos ou dos textos publicados, exceto com autorização da CasaDois Editora. Os artigos 
assinados não refletem necessariamente a opinião da revista. A editora não se responsabiliza por 
informações ou teor dos anúncios publicados. 
IMPRESSO NO BRASIL. 
 
Colaboradores Alessandro Guimarães, ANtonio Di Ciommo, Daniel Mansur, Evelyn Müller, Gui Morelli, 
Gustavo Xavier, João Gimenez, João Ramid, Ricardo Bassetti, Tarso Figueira e Tatiana Villa. 
 
A CasaDois Editora não contrata serviços de terceiros para cobranças ou qualquer outro tra-
balho administrativo-financeiro. Todos os contatos são feitos pelos nossos departamentos. Qual-
quer dúvida ligue para (11) 2108-9000 ou mande e-mail para financeiro@casadois.com.br 
 
PUBLICAÇÕES DA CASADOIS EDITORA 
ARTESANATO: Arte com as Mãos Appliqué, Bolos Decorados, Bonecas de Pano, Bonecas de 
Pano Bichos, Bonecos de Feltro, Capitonê, Cupcake, E.V.A., Feltro, Fuxico, Fuxico com Feltro, 
Panos de Prato, Ponto Cruz e Crochê, Tapeçaria, Tricô Bebê, Unhas Decoradas, Arte e Artesanato, 
Decoração de Natal Especial, Fuxico Passo a Passo, Guia Arte com as Mãos, Guia Arte e Artesa-
nato, Guia da Mamãe Crochê Baby, Guia da Pintura e Tela Passo a Passo. ARQUITETURA E 
DECORAÇÃO: Construir, Construir Especial Banheiros, Construir Especial Cozinhas, Construir 
Especial Quartos, Construir Especial Salas, Construir Rústicas, Decoração de Interiores Varandas 
e Espaços Gourmets, Guia Construir Casas Rústicas, Guia Construir Melhores Ideias Banheiros e 
Cozinhas, Guia de Modelos de Piscinas e Piscinas & Churrasqueiras. DECORAÇÃO DE FESTAS: 
Decoração de Festas Infantis, Guia de Decoração de Festa de Casamento e Guia de Decoração 
de Natal. GASTRONOMIA E CULINÁRIA: Cake Design, Cake Design Cupcakes, Coleção Delícias 
da Cozinha, Culinária Fácil Bolos, Guia da Cerveja, Guia de Decoração de Festas Infantis Bolos, 
Guia de Degustação de Cervejas e Guia de Delícias Festas de Aniversário. JARDINAGEM E PAI-
SAGISMO: Coleção Cultivo de Orquídeas, Como Cultivar Orquídeas, Guia Como Cultivar Orquí-
deas para Iniciantes, Guia da Jardinagem, Guia de Orquídeas, Guia Sítio & Cia - Horta & Pomar, 
Jardins em Pequenos Espaços e Paisagismo & Jardinagem. PROJETO E CONSTRUÇÃO: Casas 
de 50 a 90 m², Construção do Começo ao Fim, Guia Construir Drywall, Guia Construir Economize 
Água, Guia Construir Iluminação, Guia Construir Portas e Janelas de PVC, Guia Construir Reforma, 
Guia de Projetos para Construir, Manual da Piscina, Melhores Projetos e Projetos de 100 a 200 
m². SAÚDE: Coleção Guia Saúde Hoje e Sempre e Saúde Hoje e Sempre.
GRUPO ÚNICO PDF
GRUPO ÚNICO PDF
8*Paisagismo & Jardinagem
espaço do leitor
Se você tem dúvidas, críticas ou sugestões, entre em contato com a revista Paisagismo & Jardinagem. Visite-nos em
www.casadois.com.br e em nossa fanpagewww.facebook.com/revistapaisagismo. Escreva para o Departamento de Jornalismo,
Caixa Postal 33707-2, CEP 05521-970, São Paulo/SP, ou para o e-mail paisagismo@casadois.com.br. Coloque o nome com-
pleto, endereço e telefone.
*fale com a redação:
LIMITE IDEAL
Tenho um pergolado e gostaria de plantar
ipoméias (Ipomeia cairica) e lágrimas-de-cris-
to (Clerodendron thomsonae). Posso plantá-
las juntas?
Eliane Cavalheiro, via fanpage 
Paisagismo & JardinagemEliane,
Obrigada pelo contato. Quem responde a sua
pergunta é a paisagista Kátia Neves, do Rio
de Janeiro, RJ. Ela alerta que se o pergola-
do tiver mais de dois metros de comprimento,
é possível plantar as espécies juntas, des-
de que cada uma seja colocada em uma
extremidade. As duas trepadeiras têm cres-
cimento moderado e, por isso, evite que uma
invada o espaço da outra. Controle o cres-
cimento com podas leves após a floração.
DIRETO DO PÉ
Tenho um pé de jabuticaba (Myrciaria cauli-
flora) em casa e, por falta de espaço, plan-
tei a frutífera em um vaso. Será que algum
dia vai dar frutos?
Rosinéia Supino, via fanpage da 
Paisagismo & Jardinagem
Rosinéia,
Agradecemos o envio de sua dúvida e a enca-
minhamos para a arquiteta paisagista Celeste
Moraes, de Campinas,SP. A profissional diz
que seguindo algumas recomendações a
árvore pode, sim, dar frutos. O vaso precisa
ter tamanho mínimo de 60 x 80 cm e pro-
fundidade de 80 cm, pois a jabuticabeira
(Myrciaria cauliflora) é uma árvore que pre-
cisa de espaço para se desenvolver. Alerta
ainda que a árvore gosta de bastante água.
NA MEDIDA
Fiz um contrapiso no fundo da minha casa,
e deixei um espaço de 50 x 50 cm para plan-
tar algumas árvores pequenas. Gostaria de
saber quais são as espécies que não cres-
cem muito?
Maicon Cunha Neujahr, via fanpage 
Paisagismo & Jardinagem
Maicon,
Agradecemos o contato. Quem responde
sua pergunta é a arquiteta e paisagista
Lucia Chahin Manzano, de São Paulo, SP.
"Algumas espécies que não crescem mui-
to e alcançam na vida adulta altura entre
4 e 5 m são: ipê-de-jardim (Tecoma stans),
pata-de-vaca (Bauhinia variegata), escova
de garrafa (Callistemon viminalis), jasmim-
manga (Plumeria rubra acutifolia), eritrina
(Erythrina speciosa), resedá (Lagerstroemia
indica) e romã (Punica granatum)", indica
a profissional.
FIQUE ATENTO
Fiquei feliz em ver o uso do flamboyant
(Delonix regia) em paisagismo residencial.
Quero implantar esta belíssima árvore no meu
jardim, mas gostaria de obter orientações.
No projeto do Marcelo Faisal publicado na
edição 131 da Paisagismo & Jardinagem a
árvore foi implantada em uma calçada rela-
tivamente próxima da parede da fachada.
Como foi possível, pois o flamboyant é con-
siderado uma árvore de raízes agressivas?
Fabiane Cristina Silva, via 
fanpage da Paisagismo & Jardinagem
Fabiane,
Agradecemos o contato e quem responde
sua dúvida é o paisagista paulistano Marcelo
Faisal. Ele indica que a distância não é tão
próxima, pois há um espaço de quatro metros.
No projeto paisagístico não existe nenhum
piso e sim pedriscos que permitem às raí-
zes crescerem sem resistência. Para mais
dicas sobre os cuidados com a árvore suge-
rimos que você veja a seção Planta da edi-
ção (página 52) e esclareça suas dúvidas. 
 
 
Ev
el
yn
 M
ül
le
r
Alessandro G
uim
arães
08-09 Espaço Leitor e Facebook.qxp 6/23/15 17:11 Page 8
GRUPO ÚNICO PDF
10*Paisagismo & Jardinagem
você sabia que...
O pesquisador Carlos Eduardo de Siqueira, da Universidade
Federal de Santa Catarina, após confundir o ponto branco que
achou em um galho de uma das plantas que estavam sendo estu-
dadas na estufa com um fungo, percebeu que aquela “mancha” era
uma pequena inflorescência desconhecida. Após análises foi cons-
tatado o exemplar de Campylocentrum insulare – a orquídea com
a menor flor do planeta.
Esta espécie, antes da floração, é um microrramo que se confun-
de com uma raiz e quando desabrocha ganha seis pequenas flores
brancas com um centro amarelo, as quais não alcançam um milíme-
tro – tudo junto não chega a meio centímetro.
O nome da espécie é em homenagem à ilha de Santa Catarina,
na qual a miúda beleza foi encontrada. Apesar do fato ter ocorrido
em 2010, a catalogação e publicação do artigo a respeito do achado
na revista científica Systematic Botany, dos Estados Unidos, foram
publicados apenas em fevereiro deste ano. 
Minúscula 
delicadeza
Texto Carolina Pera
Fotos Carlos Eduardo de Siqueira / Divulgação UFSC
Menor flor de orquídea
do mundo é brasileira
0,5 mm
2 mm
500 μm
1 mm
Raiz
Pedicelo
10 Você Sabia que….qxp 7/7/15 11:27 Page 10
GRUPO ÚNICO PDF
GRUPO ÚNICO PDF
Publicidade é conteúdo.
Mídia impressa faz toda 
a diferença. Por isso,
grandes marcas nunca
param de anunciar.
Campanha Anuncie 230x275.qxp_Apresentação 1 23/06/15 14:53 Página 1
GRUPO ÚNICO PDF
Garthen 230x275.pdf 1 18/02/15 09:37
GRUPO ÚNICO PDF
NAS BANCAS DE TODO O BRASIL
PARA ADQUIRIR EDIÇÕES ANTERIORES E CONHECER
OUTROS TÍTULOS, LIGUE PARA (11) 2108-9000
OU ACESSE WWW.CASADOIS.COM.BR OU PELO
QR-CODE AO LADO UTILIZANDO SEU SMARTPHONE
ENCONTRE A CASADOIS NO FACEBOOK
FACEBOOK.COM/CASADOISEDITORA
Chegou a sua vez de 
colorir com técnicas de
arteterapia antiestresse
Portal do oriente 230x275.qxp_Layout 1 03/07/15 10:46 Página 1
GRUPO ÚNICO PDF
32*Paisagismo & Jardinagem
ideias da PJ Texto Beatriz Schadeck sob supervisão de Ana Luísa LageFotos [1] Divulgação/LC Interiores e [2] Gui Morelli
ESTILO TROPICAL
Assinada pela arquiteta paulista Paula Magaldi, a varanda ganhou
ares verdes para contrastar com a vista da cidade de São Paulo. No
espaço foram colocados dois quadros simétricos com molduras de
madeira de demolição com chuva-de-ouro (Oncidium varicosum) e rip-
sális (Rhipsalis baccifera), toque que garantiu o charme do ambiente.
[2]
[2]
32-33 Ideias da PJ.qxp 6/23/15 11:35 Page 32
GRUPO ÚNICO PDF
Paisagismo & Jardinagem*33
VERDE EMOLDURADO
As arquitetas Luciana Latorre e Cristina
Andrade, do escritório LC Interiores, São Paulo,
SP, assinam o projeto na zona oeste da capital pau-
lista. A sacada do apê ganha ares verdejantes com
o painel de madeira que apresenta cacto-macarrão
(Rhipsalis baccifera) e também com o vaso de xana-
du (Philodendron xanadu).
[1]
32-33 Ideias da PJ.qxp 6/23/15 11:35 Page 33
GRUPO ÚNICO PDF
34*Paisagismo & Jardinagem
plante uma ideia
Plantas para interiores
Texto Janaína Silva
Conheça as espécies que podem ser cultivadas 
nos ambientes internos e deixe a casa inteira alegre
Ter plantas verdes e vistosas em espaços fechados, pouco ventilados
e com baixa incidência solar pode parecer missão impossível, mas com a
escolha correta dos tipos, o cultivo pode render belos exemplares para
decorar e encher de vida as áreas. “Pleomele (Dracaena reflexa), brilhan-
te (Zamioculcas zamiifolia), ráfis (Rhapis excelsa), bromélias (Bromeliaceae)
e lança-de-são-jorge (Sansevieria cylindrica) estão na lista das melhores
plantas para interiores quando os ambientes são pouco iluminados”, ensi-
na a paisagista Beatriz de Santiago, do Rio de Janeiro, RJ. 
Segundo o engenheiro agrônomo e paisagista Emerson Steinberg, do
interior paulista, as espécies que necessitam de menos de quatro horas de
sol, como marantas (Marantaceae) e palmeira-bambu (Chamaedorea ele-
gans), adaptam-se bem aos espaços internos, incluindo banheiros. Outra
das plantas para interiores bastante recomendada para espaços pouco ilu-
minados é o bambu-da-sorte (Dracaena sanderiana). “É lindo e não dá
trabalho nenhum”, cita a paisagista. 
Para as varandas que recebem mais de quatro horas de sol, as florífe-
ras mais indicadas são azaleia (Rhododendron simsii), primavera (Bougainvillea
glabra) e petúnia (Petunia integrifolia), todas dispostas em vasos. No caso
de espaços pequenos, os jardins verticais são boas opções que permitem
utilizar espécies com cores e texturas diferentes. 
Há ainda as que não exigem rega diária, por exemplo, as suculentas
e os cactos. Atenção apenas aos quartos, pois o uso de plantas não é reco-
mendado. “Algumas liberaram substâncias tóxicas aos insetos que podem
dar a sensação de falta de ar aos ocupantes”, alerta Steinberg. 
Pr
oj
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Sa
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34-37 Plante um ideia.qxp 7/7/15 11:31 Page 34
GRUPO ÚNICO PDF
Paisagismo & Jardinagem*35
aposte nelas!
RÁFIS
A ereta e entouceirada palmeira leva elegância na decoração
de interiores. O tom verde-escuro e brilhante de suas folha-gens é muito apreciado. A espécie deve ser cultivada em
solo fértil e bem drenável e irrigado regularmente. Pode ser
plantada sozinha ou em grupos. 
Tarso Figueira
DRACENA (DRACAENA FRAGRANS)
Originária da África, a dracena é uma planta rústica que
pode ser cultivada em vasos na decoração de interiores.
Caracteriza-se por ser um arbusto grande, raramente ramifi-
cado, com folhagens verdes ou com margens amareladas.
D
an
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l M
an
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rPATA-DE-ELEFANTE 
(BEAUCARNEA RECURVATA)
De beleza escultural, a planta faz sucesso em ambientes
internos com suas folhagens pendentes de verde intenso.
Deve ser cultivada em locais com incidência solar direta,
tolera o calor e o frio, mas não suporta o encharcamento. 
G
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Projeto paisagístico Pedrinha Parisi 
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34-37 Plante um ideia.qxp 7/7/15 11:32 Page 35
GRUPO ÚNICO PDF
36*Paisagismo & Jardinagem
LANÇA-DE-SÃO-JORGE
Com formato cilíndrico e com manchas branco-acizentadas,
a lança-de-são-jorge é rústica e pode ser disposta em vasos,
bordaduras ou maciços em canteiros. Tolera bem a seca.
Ev
el
yn
 M
ül
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r
PLEOMELE
Plantados em vasos, os exemplares de pleomele são 
bastante apreciados quando usados em salas e varandas.
De acordo com a pesquisa Plants for Clean Air Council
(PCAC), a espécie auxilia na purificação do ar em 
interiores, na eliminação de substâncias tóxicas. 
Alessandro G
uim
arães 
CHIFRE-DE-VEADO 
(PLATYCERIUM BIFURCATUM)
Bastante ornamental, o chifre-de-veado é uma planta epífita,
da família das samambaias. Aprecia a meia-sombra e a umi-
dade. Deve ser preferencialmente plantada na vertical, isola-
da ou em composições.
Projeto O
gi C
enografia e Arquitetura
Jo
ão
 R
am
id
34-37 Plante um ideia.qxp 7/7/15 11:32 Page 36
GRUPO ÚNICO PDF
Paisagismo & Jardinagem*37
BAMBU-DA-SORTE
Muito popular na decoração de interiores, cultivada em água
de maneira hidropônica, a espécie pode ser empregada tam-
bém isolada, em jardineiras e em vasos para adornar pátios
e varandas protegidas, sempre à meia-sombra ou luz difusa. 
G
ui
 M
or
el
li
Projeto Santa Irreverência Foto Alessandro G
uim
arães
Projeto D
eborah R
oig e paisagism
o Paula M
agaldi
Projeto paisagístico Paula Bergam
in
34-37 Plante um ideia.qxp 7/7/15 11:33 Page 37
GRUPO ÚNICO PDF
Paisagismo & Jardinagem*41
Para aparar o jardim sem
fazer barulho, a Stihl
também disponibiliza
a Roçadeira FSA 85,
que pesa 4,5 kg e
tem diâmetro no cír-
culo de corte de
350 mm.
As baterias Stihl AP 160 e AP 180 uti-
lizam a tecnologia de íons de lítio que
permite que os equipamentos traba-
lhem com potência constante até o
regadas rapidamente com o
mesmo carregador, o AL 300.
Indicado para uso em resorts,
locais públicos e áreas verdes
residenciais, o Cortador de
Grama a Bateria da Makita tra-
balha com duas baterias de lítio
de 18 v, é compacto para fácil 
armazenamento e pesa 15 kg. 
Preço sob consulta.
O Aparador de Grama a Bateria
da Makita apresenta design leve
para fácil manuseio, função de remo-
ção de resíduos e controle eletrôni-
co de velocidade. Com bateria de íons
de lítio de 18 v, o equipamento pesa
4.1 kg. Preço sob consulta. 
D
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ga
çã
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St
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D
ivulgação/M
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Di
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o/M
ak
ita
Preços pesquisados em junho de 2015.
Divulgação/Stihl
40-41 Tapete verde.qxp 7/7/15 10:08 Page 41
Preço sob consulta.
Preço sob 
consulta.
GRUPO ÚNICO PDF
40*Paisagismo & Jardinagem
tapete verde
Energia limpa
Bateria com íons de lítio garante 
equipamentos silenciosos e sem 
emissão de gases para manutenção
da grama
Uma alternativa aos equipamentos
com funcionamento a gasolina, a
bateria de íons de lítio promete algu-
mas vatangens para os cuidados
com o jardim. As principais dizem
respeito ao baixo nível de ruído e
vibração, leveza e ausência de emis-
são de gases, o que garante o aspec-
to sustentável à opção. Por serem silen-
ciosos, os produtos podem ser utilizados
em locais com maior sensibilidade ao ruído,
como nas proximidades de hospitais, escolas,
clubes ou condomínios.
A empresa comercializa uma linha para o jardim que
opera exclusivamente com lítio, sendo que uma mesma
bateria pode ser utilizada em vários equipamentos
diferentes e trocada de um para outro logo após o
uso. Outro aspecto de destaque é o fato de não pos-
suírem efeito memória, o que significa que podem ser
carregadas diversas vezes sem perder a potência. A auto-
nomia varia de acordo com o produto utilizado. As
de 36 v entregam a energia necessária de acordo com
as diferentes necessidades de consumo e utilização dos
produtos, podendo, por exemplo, alcançar até 70 minu-
tos de trabalho contínuo, como no caso da roçadeira
FSA 65.
Para o descarte, as empresas trabalham com sistemas
de logística reversa para o direcionamento adequado do
material e o consumidor pode devolver o produto direta-
mente na loja. Apesar de ter um custo inicial mais elevado, a uti-
lização da energia provinda da bateria sai mais em conta do que o com-
bustível e torna a opção economicamente viável. 
O Cortador de Grama RMA 370,
da Stihl, tem coletor de grama de
40 litros, altura de corte entre 30 e
70 mm e velocidade da lâmina de
 
Texto Cristina Tavelin
Ilustração Deposit Photos
D
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ga
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S
tih
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APARAÇÃO SILENCIOSA
Confira a seleção de produtos e deixe o seu gramado em dia 
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Preço sob consulta.
GRUPO ÚNICO PDF
1. Localização
Ao implantar a horta ou o jardim de ervas, escolha um local pro-
tegido de ventos fortes, pois a velocidade e a incidência de cor-
rentes de ar prejudicam a resistência das plantas e tornam as con-
dições propícias para a infestação de pragas. 
2. Cultivo diverso
Quando a horta possui variados tipos de ervas, as pragas e doen-
ças não têm tanta disseminação, já que cada uma é mais ou menos
suscetível a uma determinada praga ou doença. A especialista da
Sabor de Fazenda exemplifica que a sálvia é comumente ataca-
da por míldio e o alecrim por cochonilha. 
3. Plantas repelentes
Determinadas variedades afugentam os predadores como hor-
telã (Mentha sp), coentro (Coriandrum sativum), gerânio
(Pelargonium hortorum), manjericão (Ocimum basilicum) entre
outras. Cultive-as!
A deficiência de sol, o excesso de umidade e a falta de nutrientes nas
áreas verdes são as condições ideais para o ataque de pragas e doenças.
“Quando a plantação apresenta a infestação de invasores significa que
alguma coisa não está correta”, afirma a bióloga Gabriela Pastro, do Viveiro
de Ervas e Temperos Sabor de Fazenda, de São Paulo, SP. 
Entre as medidas preventivas, segundo a arquiteta paisagista Fabíola
Lieberg, do W3 Paisagismo e Arte, de São Bernardo do Campo, SP, está
o desenvolvimento da planta sem estresse, como a falta d'água. “A carên-
cia de sol, assim como a de nutrientes, resultam em plantas pouco sau-
dáveis e mais suscetíveis aos invasores”, completa Gabriela. 
Pulgões, cochonilhas, lagartas e ácaros são as ocorrên-
cias mais frequentes nas hortaliças. Assim, olhos
bem abertos para identificá-los e escolher
o melhor método de como acabar com
pragas na horta. “As doenças provo-
cadas por fungos, vírus e bactérias,
são mais difíceis de erradicar,
por isso a prevenção é essen-
cial”, alerta a bióloga. 
horta e pomar
42*Paisagismo & Jardinagem
Combate 
aos insetos 12 dicas de como acabarcom pragas na horta
Texto Janaína Silva
Fotos DepositPhotos
CONFIRA AS ORIENTAÇÕES DAS 
ESPECIALISTAS E BOA COLHEITA!
42-43 Horta e Pomar.qxp 7/7/15 11:36 Page 42
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Paisagismo & Jardinagem*43
Calda Caseira de pimenta-do-reino (Piper nigrum) 
com alho (Allium sativum) e sabão: 
Ingredientes
100 g de pimenta-do-reino moída
100 g de alho
2 L de álcool
1 colher de sopa cheia de sabão de coco (Cocos nucifera) neutro ralado
1 L de água morna
2 garrafas de vidro ou plástico
1 pulverizador de 1,5L
Procedimentos: 
Devem ser feitas duas soluções separadamente:
1. Colocar 100 g de pimenta e 1 L de álcool em um vidroou garrafa com tampa.
2. Em outra garrafa, juntar 100 g de alho triturado e 1 L de álcool.
3. Deixar ambas em repouso por uma semana e na sombra. Após, o período,
pode-se seguir o passo-a-passo com uso imediato da mistura.
4. Em um pulverizador, dissolva o sabão ralado em 1L de água, misture uma
colher de sopa da solução de pimenta-do-reino e outra de solução de alho.
5. Agite bem e deixe esfriar para então pulverizar nas plantas de baixo para
cima, sempre no final do dia.
6. O restante das soluções podem ser guardados para outras aplicações.
4. Vegetação espontânea
A permanência de relva na horta é importante pois muitos deles atraem
para si algumas pragas e evitam o ataque às espécies.
5. Irrigação
O excesso de umidade é um atrativo para doenças como míldio e oídio
que deixam as folhas com aparência esbranquiçada.
6. Controle da iluminação
Para o desenvolvimento saudável das hortaliças e verduras, é importante
que fiquem expostas ao sol de 4 a 5 h por dia.
7. Adubação
A adubação orgânica deve ser realizada a cada 40 dias e intercalada com
a incorporação de torta de nim ou neem (Azadirachta indica), um inseti-
cida natural. 
8. Ferramentas
Durante as podas e colheitas, é recomendado o uso de ferramentas este-
rilizadas com solução com água sanitária para evitar que a doença ou a
praga passe de uma planta para outra. 
9. Fator de risco
Ao detectar a presença de pragas ou doenças, é fundamental identificar
se o problema está na falta de sol, carência ou excesso de água ou dese-
quilíbrio nutricional. 
10. Isolamento
Quando houver suspeita de infestação em um exemplar, afaste-o dos
sadios para impedir o avanço acelerado das pragas. 
11. Saiba como identificar 
as principais ocorrências
Formigas: provocam corte das folhas e brotações
Pulgões: sugam a seiva da planta e com isso as plantas passam a apre-
sentar folhas enrugadas
Lagartas: furam e derrubam folhas e brotos
Cochonilhas: extraem a seiva da planta que acaba morrendo
Ácaros: sugam os nutrientes da espécie e provocam deformações 
no desenvolvimento
Percevejos e vaquinhas:conhecidos também como 'marias-fedidas' picam
as plantas e injetam substâncias infectantes, deixando nos locais perfura-
dos manchas escuras
Moscas brancas: absorvem a seiva vegetal até a morte das plantas
12. Ataque
Ao identificar os insetos predadores, é possível recolhê-los manualmen-
te como as lagartas e pulgões, utilizando luvas para proteção. Indica-se
também a aplicação de soluções caseiras. 
Fonte: Sabor de Fazenda
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44*Paisagismo & Jardinagem
jardinagem
Série
Estilos 
de Jardins
jardinagem
Naturalmente projetado
Jardins com influência do estilo inglês são caracterizados por desníveis no terreno, extensos campos verdes, pequenos bosques, lagos e percursos serpenteantes
Texto Carolina Pera
Fotos [1] Acervo pessoal, [2] Divulgação/Benedito Abbud, [3] Divulgação/Bishop´s Palace, 
[4] Divulgação/Joca Duarte/SVMA, [5] Divulgação/Missouri Botanical Garden e [6] Gui Morelli
[3] The Bishop’s Palace
 
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Paisagismo & Jardinagem*45
Grandes gramados que evidenciam as construções, pequenos bos-
ques e lagos, caminhos amplos e sinuosos e valorização da topografia
da área. Essas sãos algumas das principais características do jardim com
estilo inglês, o qual tenta se aproximar ao máximo da natureza. Foi a
partir do século XVIII que a Inglaterra contribuiu para a ruptura dos
padrões de até então, os quais eram inspirados nos modelos franceses
e italianos. 
Como explica Maria Laura Sonia, docente da área de paisagismo
do Senac Santa Cecília, SP, essa linha surgiu com o fim do absolutismo
e a ascensão da aristocracia ao poder, classe social composta por comer-
ciantes, banqueiros e proprietários de terras. “Nasce em contraposição
ao estilo renascentista representativo das monarquias absolutistas da
Itália e França dos séculos XVI e XVIII que tinha penetrado nas Ilhas
Britânicas e se expressado também por meio da construção de grandes
moradias de campo, vilas com parques de composição geometrizada,
através das quais a aristocracia exprimia sua cultura artística.” 
Marco Antonio Braga, artista plástico e professor de história do
paisagismo na Escola Municipal de Jardinagem da Secretaria do Verde
e do Meio Ambiente da Prefeitura do Município de São Paulo e do
Instituto Brasileiro de Paisagismo (Ibrap), elucida que há diferentes
vertentes quando nos referimos a este estilo. Dentre elas está a do jar-
dim paisagístico ou pitoresco, no qual as composições vão se tornan-
do mais naturalistas. “Eram estudadas as características de relevo do
terreno, que poderiam ser atenuadas ou reforçadas na forma de ater-
ros ou escavações, com a criação até de colinas falsas, numa busca de
uma paisagem ‘mais natural do que a própria natureza’”. 
Outra linha indica uma inspiração com foco nos jardins chineses, que
eram apreciados e difundidos pelos jesuítas em suas viagens missionárias
e também pelos intelectuais. 
As edificações são ressaltadas 
por grande relva verde que 
não obstrui a vista
[1] The Bishop’s Palace [1
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46*Paisagismo & Jardinagem
“O que define esta linhagem é principalmente a construção de um
único parterre relvado, a incorporação de pequenos edifícios e templos,
pequenos lagos rodeados por arvoredos e monumentos de diversas for-
mas, tais como, miniaturas de templos greco-romanos incorporados à pai-
sagem, grupos de arvoredos formando cadeias irregulares e caminhos ser-
penteantes,” afirma Maria Lucia. 
Outro rumo que flerta ainda mais com a natureza selvagem é o que
Marco conta que apareceu no século XIX, na era vitoriana, acompa-
nhando uma popularização da arte dos jardins, conhecido como jardim
Cottage, no qual há uma profusão de espécies e cores, numa verdadeira
coleção de plantas ornamentais e utilitárias. “Ela apresenta uma variação
em sua configuração que vai de espaços tratados parecendo que ‘ao aca-
so’ a configurações que se assemelham as ‘mal cuidadas’. Possui arranjos
mais estruturados, porém, com uma organização um tanto ‘ingenuísta’.
São jardins que se adéquam a pequenos espaços.”
PARA COPIAR E ADAPTAR
Conhecidas as direções, você já pode escolher o seu traçado preferi-
do e incorporar soluções parecidas ao seu espaço. Luciana Maris
Francischinelli e Souza Toledo, engenheira agrônoma e professora coor-
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Paisagismo & Jardinagem*47
[4} Parque do Ibirapuera
denadora da área de paisagismo da Escola Técnica Estadual (Etec) do
Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, diz que o estilo
é indicado quando não se pretende ter muitos cuidados com o jardim e
em áreas de gramados muito intensos, além de espaços com topografias
que sofrem ondulações naturais. 
Para Maria Laura, o uso é apropriado tanto para parques urbanos
quanto para jardins particulares, devido sua simplicidade de formas, sua
fácil implantação e manutenção em relação ao jardim geométrico.
O parque do Ibirapuera, em São Paulo, SP, e os jardins da Escola
Superior de Agricultura Luiz Queiroz, em Piracicaba, SP, são exemplos
de espaços com inspiração no estilo inglês presentes no Brasil citados pelas
profissionais. Maria Laura esclarece que Ibirapuera possui uma configu-
ração bastante assimétrica, com disposição das espécies em maciços ou
isoladas, além de gramados que favorecem a vista de monumentos e o
lago. Já o Castle Howard, na Inglaterra, é o parque mais representativo
deste gênero segundo ela. 
A professora lista algumas espécies que podem compor um jardim
com estilo inglês, como amagnólia-americana (Magnolia grandiflora), arvo-
re-da-tulipa (Liriodendron tulipifera), coníferas como Pinus rígida Mill ou
Pinus strobus, e plantas floríferas adaptadas ao clima inglês como as aza-
leias (Rhododendron simsii). Sendo que a maioria se adapta bem ao clima
do Brasil, em especial a última. 
Já Luciana conta que qualquer espécie não tropical que possa se
desenvolver naturalmente, sem podas, como árvores em geral, são exem-
plares possíveis, e elenca algumas mais, como gerânio (Pelargonium hor-
torum), jasmim (Oleaceae), lavanda (Lavandula sp), rosas (Rosaceae),
hortênsia (Hydrangea macrophylla), margaridas (Leucanthemum vulga-
re), agapantos (Agapanthus africanus) e outras. 
O paisagista Benedito Abbud, de São Paulo, SP, que utilizou em seu
jardim espécies como beijo-turco (Impatiens walleriana), cavalinha
(Equisetum sp), capim-limão (Cymbopogon citratus), pinheiro-de-buda
(Podocarpus macrophyllus) dentre outras, além de um pomar com frutí-
feras variadas, todos integrando-se com a mata nativa, diz que apesar do
ponto de partida de seu projeto ser diferente o final é bem próximo. “O
estilo inglês tem uma paisagem idealizada. Normalmente limpava-se o ter-
reno onde era construída a topografia com morros, lagos e platôs. Depois
plantava-se para construir uma paisagem idílica, como se o objetivo dela
fosse ser retratada por um pintor romântico. No meu jardim aproveitei
toda a mata existente para construir a paisagem. Embora os pontos de
partidas sejam diferentes, o resultado pode ser considerado o mesmo.” 
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48*Paisagismo & Jardinagem
meu jardim
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Paisagismo & Jardinagem*49
Tudo começou em uma área de 2 mil m² com vista para a Serra da
Moeda, em Brumadinho, MG. Neste amplo terreno, edificou-se uma edí-
cula e dela nasceu o home office e o showroom do paisagista e designer de
exteriores Gerson Munayer, idealizador da Mosaico Paisagismo, de Belo
Horizonte, no mesmo estado. "Comprei o espaço em 2005 com o intui-
to de construir minha casa. Moro em apartamento, mas sempre fui apai-
xonado pela natureza e queria viver cercado por fauna e flora", conta. 
Antes da atual construção de 120 m², o jardim era utilizado como uma
espécie laboratório de trabalho para o profissional, onde testava diversas
plantas para incluir em seus projetos. Hoje em dia, Munayer divide a roti-
na entre o apartamento em BH e o espaço verde com residência que une
materiais rústicos a traços contemporâneos e apresenta conceito de loft.
Para integrar interior e exterior, a arquitetura inclui grandes portas e jane-
las de vidro verde ao longo do pé-direito de 5 m, abrindo a perpectiva do
morador para o jardim cuidadosamente elaborado. 
Espécies com folhas 
marcantes e várias 
tonalidades de verde 
se destacam no espaço 
de Gerson Munayer
Texto Cristina Tavelin 
Fotos Gustavo Xavier 
Um jardim
tropical
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GRUPO ÚNICO PDF
50*Paisagismo & Jardinagem
MAIS FAUNA E FLORA
Segundo Munayer, o estilo tropical contemporâneo marca o projeto,
incluindo espécies ornamentais e resistentes. Como o espaço serve para
a elaboração dos conceitos trabalhados pela Mosaico Paisagismo, o pro-
fissional criou um ambiente de acordo com os tempos modernos. "Hoje
os clientes buscam praticidade, pois a vida é muito corrida. Desenvolvi
uma área para contemplação que não demanda muito trabalho", analisa. 
A diversidade das matas brasileiras e as várias nuances de verde –
outras característica do estilo tropical – se mostram em espécies como
palmeira-azul (Bismarckia nobilis), palmeira-butiá (Butia capitata), pal-
meira-triângular (Dypsis decary), agave (Furcrea variegata) e pata-de-ele-
fante (Beaucarnea recurvata). Para dar mais vida ao projeto, os contrastes
das folhas são pontuados por cores fortes como a da iresine (Iresine herbs-
tii). Em termos de manutenção, a grama-esmeralda (Zoysia japonica) exi-
ge um pouco mais de atenção com o corte periódico – uma vez por sema-
na ou duas vezes ao mês – , mas para as outras espécies basta retirar as
folhas velhas e fazer uma adubação trimestral. 
A cascata entra no projeto como elemento sensorial, além de agregar
uma micro-fauna que inclui patos e marrecos-mandarim. "Além de orna-
mentarem o visual, as aves atuam no controle biológico das pragas. Mas
é necessário saber quais espécies são mais indicadas. Os marrecos-man-
darim comem cupim, grilo, entre outros insetos, e ajudam a evitar o uso
de produtos químicos", destaca Munayer. A área úmida inclui bromélia-
imperial (Alcantharea imperiallis), porto-seguro (Aechmea blanchetiana),
palmeira-fênix (Phoenix roebelenii) ao fundo e, nas lateriais, palmeira-
butiá e moreia branca (Dietes iridioides). 
"Hoje os clientes buscam praticidade, 
pois a vida é muito corrida. 
Desenvolvi uma área para contemplação
que não demanda muito trabalho"
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Paisagismo & Jardinagem*51
*o jardim
ganhou
vida com:
Iresine Pata-de-elefante
Palmeira-azul Bromélia-imperial
DIRECIONAMENTO DO OLHAR
Além das características mencionadas, outro detalhe do estilo tropi-
cal está na criação de elementos de impacto por toda a área verde - deno-
minados pontos "climax" - os quais atraem o olhar dos transeuntes. O
espaço com palmeira-azul cercado por iresines é um deles. "As tonalida-
des de vermelho e verde são complementares, casam perfeitamente. Procuro
criar a estética com base na cromoterapia", indica o paisagista. Outro pon-
to atraente está no bosque com 12 patas-de-elefante com forração de sei-
xos grandes e iluminação embutida. 
A profusão de cores ganha mais vida no período de Primavera e Verão,
quando hemerocális (Hemerocallis x hybrida), jasmim-amarelo (Jasminum
mesnyi) e agapanto (Agapanthus africanus) mostram as pétalas. Entretanto,
opções como o lírio-da-paz (Spathiphyllum wallisii) garantem flores o ano
todo. As diversas árvores floríferas, incluindo espécies nativas, represen-
tam uma forma de incluir cor e ter menos trabalho com a manutenção.
Para finalizar o ambiente, os móveis com estrutura de alumínio para a área
externa, assim como peças de madeiras nobres com acabamento em ver-
niz marítimo, podem ser adquiridos pelos clientes na visita ao showroom. 
Para o futuro, diante da crise hídrica, Munayer cogita a ideia de adap-
tar o projeto para torná-lo mais sustentável - substituindo, por exemplo,
as bromélias pelas resistentes agaves. Por enquanto, a área preferida do
profissional é o redário, de onde pode apreciar o trabalho feito ao longo
dos anos. "De lá, observo toda a extensão do jardim. É um ponto onde
posso apreciar as palmeiras e aproveitar a sombra das árvores", conclui. 
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52*Paisagismo & Jardinagem
planta da edição
[3] Projeto paisagístico Leo Laniado
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Paisagismo & Jardinagem*53
Bastante ornamental, a árvore flamboyant (Delonix regia), também
conhecida como acácia-rubra, árvore-flamejante, flor-do-paraíso e pau-
rosa, originária de Madagascar, na África, se adaptou bem às condições
climáticas do Brasil com seu porte frondoso e tronco volumoso. De acor-
do com Anselmo Augusto de Castro, docente de paisagismo e jardina-
gem no Senac Santa Cecília, SP, as primeiras mudas foram trazidas no iní-
cio do século XIX, na época de D. João VI, e tiveram bom rendimento
mediante nosso clima e solo. “Temos muitos viveiros que produzem exce-
lentes mudas para abastecer o mercado”, completa. 
A espécie chega atingir 12 metros de altura e possui copa longa com
crescimento horizontal, que como explica Castro, forma uma umbela –
formato de guarda-chuva baixo. Segundo Aline Cristina das Chagas Fini,
engenheira agrônoma e professora do Instituto Brasileiro de Paisagismo
(IBRAP), de São Paulo, SP, este formato é uma vantagem, pois traz orna-
mentalidade aos exemplares, e, além disso,esta espécie possui muitas flo-
res durante a Primavera e o Verão e suas galhadas são esculturais. 
Com preferência pelos climas tropical e subtropical, a árvore pau-rosa
é de pleno sol e bem tolerante às condições litorâneas. “O ideal é ter calor
e umidade, por isso vai muito bem em climas litorâneos, apesar de se
desenvolver também em cidades como São Paulo”, afirma a arquiteta pai-
sagista Lucia Manzano, de São Paulo, SP. 
Castro explica que a flamboyant aprecia solos areno-argilosos e que
é aconselhável plantar mudas mais jovens – de até um ano – para evitar
danos no sistema radicular. Depois do plantio, a primeira florada ocorre
de três a quatro anos e estas flores ficam bem mais bonitas em clima quen-
te. As inflorescências axilares e terminais costumam ser vermelhas ou
laranjas, mas há uma espécie mais rara na cor amarela, porém, todas pos-
suem cinco pétalas de margens onduladas. 
Texto Carolina Pera
Fotos [1] Alessandro Guimarães, [2] Evelyn Müller e [3] Gui Morelli 
Sombrinha florida
Flamboyant traz a cor de suas flores para 
os jardins e embeleza as paisagens 
[3] Projeto paisagístico Leo Laniado
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54*Paisagismo & Jardinagem
FLAMBOYANT
NOME CIENTÍFICO: Delonix regia
NOME POPULAR: flamboiã, acácia-rubra, 
árvore-flamejante, 
flor-do-paraíso e pau-rosa
ORIGEM: Madagascar, África 
PORTE: até 12 m
FOLHAS: bipinadas, com numerosos 
folíolos pequenos ovalados
FLORES: inflorescências axilares e terminais 
que costumam ser vermelhas ou laranjas, 
mas há uma espécie mais rara amarela
CULTIVO: fácil cultivo por ser rústica
CLIMA: tropical e subtropical 
LUMINOSIDADE: pleno sol
MULTIPLICAÇÃO: por semente, as quais devem 
ser escarificadas mecanicamente antes da semeadura 
para melhorar a germinação. 
CURIOSIDADE: suas vagens e sementes podem ser 
usadas na confecção de instrumentos musicais e artesanato
Sua multiplicação se dá por semente, as quais devem ser escarificadas
mecanicamente antes da semeadura para melhorar a germinação. Esta
espécie possui frutos do tipo vagem, pendentes, longos, lenhosos, acha-
tados, tardiamente deiscentes que permanecem sobre a árvore durante
meses, marrons-escuros, com sementes alongadas e duras. Aline ainda
destaca que suas vagens e sementes podem ser usadas na confecção de
instrumentos musicais e artesanato devido a alta resistência. A flamboyant
possui ciclo de vida perene e por ser uma árvore rústica, não necessita de
cuidados específicos. 
NEM TUDO SÃO FLORES
A Delonix regia é decídua, ou seja, perde suas folhas em determina-
da época do ano, podendo ocasionar entupimento de calhas e ralos, tor-
nando a espécie não indicada para áreas próximas às edificações. Castro
acrescenta que geralmente isto ocorre no Inverno e que é o momento no
qual a espécie fica vulnerável a quebra de galhos pelo vento. 
Outro fator negativo da proximidade entre a espécie e as moradas são
suas raízes que são tabulares – superficiais – consideradas agressivas.
Assim, Lucia recomenda seu uso em áreas grandes, como chácaras, sítios
e fazendas, ou ainda, em parques e praças, e alerta que ela não deve ser
empregada em locais com calçamento próximo. 
USO PAISAGÍSTICO
Tomados os devidos cuidados, a flamboyant pode trazer a beleza de
suas flores aos projetos de áreas verdes. “A combinação com esta espécie
vai da criação do paisagista. Por possuir flores de cores quentes podem
ser usadas com plantas de floração também quentes. Ou ainda apostar
nas diversas tonalidades de verde para que apenas as cores das flores fiquem
em evidência”, diz Aline. Ela ainda alerta que por proporcionar sombra,
ao planejar seu entorno e espaço abaixo da copa é necessário pensar em
espécies adaptadas aos ambientes de meia-sombra. 
Para Lucia, a combinação da Flamboyant se dá com espécies tropi-
cais. Já para Anselmo, por serem exemplares ornamentais e esculturais,
seu plantio isolado em um gramado já é o bastante para seu realce. Aline
acrescenta que além do uso como planta de destaque, podemos observá-
la em alamedas e caminhos de área rurais. 
[1] Projeto paisagístico Marcelo Faisal
[2] 
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Paisagismo & Jardinagem*55
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56*Paisagismo & Jardinagem
56-63 Proj01- Leo Laniado.qxp 6/23/15 16:53 Page 56
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Paisagismo & Jardinagem*57
Texto Cristina Tavelin
Fotos Gui Morelli 
Um lugar muito árido, onde a residência parecia encontrar-se em meio
ao nada. Assim era o espaço que o paisagista Leo Laniado, de São Paulo,
SP, tinha pela frente para remodelar por meio de seu trabalho. "O paisa-
gismo era de uma antiga fazenda de café. Ali existiam vários terreiros para
secar as sementes, algumas árvores e vegetação antiga sem qualquer pla-
nejamento", conta. Para transformar esse ambiente, o profissional traba-
lhou no sentido de fazer a casa se "apropriar" do entorno, como se tives-
se sido criada dentro dele. Por meio do verde, a construção ganhou cará-
ter de sede, de onde a vista a vários espaços estimula os moradores a pas-
searem pela área. Assim, contrariando a linearidade temporal, Laniado
criou a impressão de a casa ter sido erguida após o jardim. 
NATUREZA PLENA
Escolha de espécies garante 
que jardim concebido pelo 
paisagista Leo Laniado fique 
florido o ano inteiro
Projeto paisagístico Leo Laniado
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58*Paisagismo & Jardinagem
VÁRIOS ESPAÇOS EM UM
Na entrada, a fonte de 14 m de diâmetro ganha destaque tanto pela
água refletindo o céu quanto pelos cisnes que por ali passam. Para das
ênfase a esse espaço, o profissional optou por incluir palmeiras-imperiais
(Roystonea oleracea) no entorno, as quais criam uma ligação entre os vários
pátios, assim como sensação de verticalidade e simetria. Em frente à peque-
na capela, o jardim ganhou uma pérgola construída com pedras reapro-
veitadas da antiga colônia. "A área foi concebida para grandes ocasiões
festivas", destaca. 
Na área próxima à casa, projetada com o intuito de ser uma espécie
de pátio interno, o paisagista trabalhou as espécies de forma a reservar
a intimidade e privacidade dos moradores. Nele, diversas varandas con-
tam com trepadeiras perfumadas compostas de jasmins (Apocynaceae),
as quais são circundadas pela vegetação de buxinho (Buxus sempervi-
rens). O acesso ao local se dá através de uma pérgola coberta por jasmim
italiano (Jasminum grandiflorum L.). "Nesse espaço acontece o café da
manhã, os almoços e jantares. A partir dele também é possível escutar o
suave barulho da fonte e descansar à sombra do flamboyant (Delonix
regia), árvore escolhida para ser o elemento de interligação do entorno",
acrescenta o paisagista. 
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Paisagismo & Jardinagem*59
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60*Paisagismo & Jardinagem
"O paisagismo era de uma antiga fazenda de café. 
Ali existiam vários terreiros para secar as sementes, algumas
árvores e vegetação antiga sem qualquer planejamento"
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Paisagismo & Jardinagem*61
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62*Paisagismo & Jardinagem
CORES DE CIMA ABAIXO
Entre árvores, arbustos e flores de várias tonalidades, a estética tam-
bém ganha contornos específicos dependendo da estação. A vegetação
proporciona sombra no período mais quente e ganha mais luz no Inverno,
quando as folhas caem. Mas um ponto importante foi justamente agre-
gar espécies diferentes para manter o espaço atrativo permanentemen-
te. "Trepadeiras e forrações foram escolhidas para haver frutas, flores e
perfumes durante o ano todo. Por exemplo, no Inverno, as primaveras
(Bougainvillea glabra) e ipês (Bignoniaceae) garantem a beleza,enquan-
to no Verão os flamboyants se sobressaem", pontua Laniado. Das frutí-
feras incluídas, os moradores podem se deliciar com jabuticaba (Myrciaria
cauliflora), laranja (Citrus sinensis) e maracujá (Passiflora sp) plantados
em vasos. Cássia-javanesa (Cassia javanica L.), cássia-imperial (Cassia fis-
tula, L.), tumbérgia-azul (Thunbergia grandiflora) e ipomeias
(Convolvulaceae) também podem ser encontradas pelo caminho duran-
te um passeio pelo espaço, assim como rosas (Rosa x grandiflora) e con-
geia (Congea tomentosa), as quais garantem um toque romântico à pai-
sagem da antiga fazenda. "Cada canto tem uma história que faz parte do
todo", finaliza o profissional. 
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Paisagismo & Jardinagem*63
*o jardim 
ganhou
vida com:
Flamboyant Buxinho
Palmeira-imperial Congeia
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64*Paisagismo & Jardinagem
Projeto paisagístico Inez Paisagismo
64-69 Proj02-Inez Gouveia.qxp 6/23/15 17:17 Page 64
GRUPO ÚNICO PDF
Paisagismo & Jardinagem*65
Texto Janaína Silva
Fotos Gui Morelli
Para entrar no clima
Recantos verdejantes e o emprego de espécies 
nativas destacam-se em paisagismo sustentável criado 
com o conceito bioclimático aplicado à paisagem
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66*Paisagismo & Jardinagem
Um paisagismo sustentável desenvolvido sob medida para atender às
condições atmosféricas e geográficas do ponto mais alto da cidade de
Cruzeiro, no Vale do Paraíba, no interior paulista: o bairro Morro dos
Engenheiros. Esse foi o desafio da arquiteta paisagista Inez Gouveia, de
Cunha, SP.
“Encrustada no pé da Serra da Mantiqueira, a cidade é caracterizada
pelo clima subtropical quente com temperaturas entre 22 e 33º C no Verão
e que, devido ao relevo montanhoso, recebe influência das massas térmi-
cas de altitude, resultando em Inverno seco e baixa pluviosidade”, expli-
ca a arquiteta paisagista. 
Outro fator que influenciou o desenho do espaço verde foi a solicita-
ção dos clientes que queriam para a morada recém-adquirida uma área
de convivência com jardim de fácil manutenção e áreas interligadas simul-
taneamente ao lazer. 
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GRUPO ÚNICO PDF
PAISAGISMO SUSTENTÁVEL
Na concepção paisagística, o estudo bioclimático foi fundamental para
definir as espécies e o local do plantio, levando-se em conta os dados
meteorológicos, as temperaturas, a umidade relativa do ar, a influência da
direção dos ventos e os índices pluviométricos e de insolação. De acordo
com ela, o bioclimatismo pode colaborar na redução de gastos com irri-
gação e perdas de espécies.
O resultado é um projeto sustentável com o uso de plantas nativas
que apresentam baixo consumo de água e espécies exóticas de cresci-
mento rápido. “Nosso trabalho foi pensar em soluções de como o jardim
poderia viver com a escassez de recursos hídricos, sem provocar danos e
estresse aos exemplares”, resume. 
No jardim foram plantadas árvores, forrageiras e arbustivas, entre
muitas nativas, como alpínia (Alpinia purpurata), helicônia (Heliconiaceae),
bromélias (Bromeliaceae) e manacá-da-serra (Tibouchina mutabilis). “Temos
uma flora rica que deve ser utilizada e valorizada. Cada região dispõe de
espécies características que constituem o microclima local, fundamental
para o equilíbrio ecológico”, reforça a paisagista. 
Paisagismo & Jardinagem*67
“Nosso trabalho foi pensar soluções de como o jardim 
poderia viver com a escassez de recursos hídricos, 
sem provocar danos e estresse aos exemplares”
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68*Paisagismo & Jardinagem
REFÚGIOS
A entrada é constituída por diversos patamares estabelecidos com
pedra bruta de granito para dar acesso à casa que está posicionada a qua-
tro metros acima do nível da rua, devido ao lote acidentado. Os elemen-
tos favorecem também a contenção do corte e filtragem da água. “A dre-
nagem é escoada pelos pisos e níveis e segue até uma canaleta final junto
ao muro”, relata a arquiteta paisagista. 
Como esse local recebe a radiação poente, as espécies escolhidas para
os canteiros foram ixoras (Ixora chinensis), buxinhos (Buxus sempervi-
rens), pleomele (Dracaena reflexa), barba-de-serpente (Ophiopongo jabu-
ran), bambuza (Bambusa textilis gracilis) e vedélia (Sphagneticola triloba-
ta) como forrageira nativa que auxiliou no balanço e no equilíbrio térmi-
co do solo. 
Um pouco mais acima, o pequeno talude próximo à piscina recebeu
grama-esmeralda (Zoysia japonica), por sua resistência ao sol e rápida con-
tenção, e um caminho de piso drenante atérmico com formas arredon-
dadas implantado seguindo a topografia do local. 
Na sequência, chega-se ao jardim do lazer formado por exemplares
de cica (Cycas circinalis), aspargo-pluma (Asparagus densiflorus), estrelít-
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Paisagismo & Jardinagem*69
AcerolaIxora
*o jardim
ganhou
vida com:
MoreiaAspargo-pluma
Vedélia
zia (Strelitzia reginae), fórmio (Phormium tenax), buxinhos, palmeira-fênix
(Phoenix roebelenii), dama-da-noite (Cestrum nocturnum), palmeira-bam-
bu (Chamaedorea seifrizii), pleomele, manacá-da-serra e bromélias. “A
composição promove uma paisagem de fundo para quem o avista do espa-
ço gourmet”, descreve Inez. 
Promovendo a conexão entre a morada, a área dedicada ao preparo
dos churrascos, petiscos e pizzas e a relaxante spa, foi disposto o pergo-
lado de madeira maçaranduba que receberá jasmim-de-madagascar
(Stephanotis floribunda) para deixar a passagem aconchegante. “Da spa,
é possível contemplar a bela paisagem da Serra da Mantiqueira ao entar-
decer”, enfatiza a arquiteta paisagista.
Posicionado nos fundos do terreno está a pracinha, criada como uma
sala de apoio ao ambiente gastronômico. “O destaque é o orquidário ver-
tical elaborado com vasos de Dendrobium e o painel de canela de demo-
lição da linha Ecowood (Portobello)”, comenta a profissional. O espaço
recebeu também seixos, cascas de árvores e dois banquinhos que pro-
porcionam um recanto acolhedor em meio a coqueiros (Cocos nucifera)
já existentes, acerola (Malpighia emarginata), helicônia (Heliconia rostra-
ta), helicônia-papagaio (Heliconia psittacorum), vedélia e alpínia. 
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70*Paisagismo & Jardinagem
Projeto paisagístico Sonia Infante
UM ABRAÇO VERDE
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Paisagismo & Jardinagem*71
O colorido das flores e a exuberância das folhagens presentes ao redor
de toda a casa são marcantes na proposta assinada pela paisagista Sonia
Infante, da Arteiro, de Petrópolis, RJ. Disposto em canteiros e invadin-
do ambientes internos e coberturas, o verde é companhia constante dos
moradores que solicitaram um jardim florido com toque europeu distin-
guindo-se pelos formatos e traçados estruturados, mas sem dispensar a
beleza das espécies tropicais. 
“Como a morada foi implantada na parte alta do terreno para favo-
recer a vista panorâmica, o paisagismo criou acessos e escadas para o
aproveitamento do terreno”, esclarece a paisagista. Os elementos foram
projetados para permitir o plantio de grama-amendoim (Arachis repens)
entre os degraus executados com granito. O resultado é um agradável e
contínuo passeio orgânico pelo extenso tapete verde de grama-esmeral-
da (Zoysia japonica). 
Outro aspecto considerado para definição do projeto foi a criação de
um jardim perene e de fácil manutenção, empregando plantas tropicais e
subtropicais bem-adaptadas ao clima montanhês. 
Texto Janaína Silva
Fotos Alessandro Guimarães
Na região serrana fluminense, o paisagismo envolve 
toda a morada e leva acolhimento e privacidade
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72*Paisagismo & Jardinagem
“O paisagismo foi criado para dar alegria e privacidade às estruturasde lazer”
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GRUPO ÚNICO PDF
Paisagismo & Jardinagem*73
PAISAGEM ORNAMENTAL 
Nas boas-vindas, o destaque é a combinação de nuances e texturas das espécies que levam
frescor e leveza à construção. Cica (Cycas revoluta), barba-de-serpente (Ophiopogon jaburan), pata-
de-elefante (Beaucarnea recurvata) e roseiras (Rosaceae) ladeiam a escada de acesso à entrada prin-
cipal enquanto os jasmim-dos-poetas (Jasminum polyanthum) revestem os pilares dos beirais da
cobertura para adicionar graça e delicadeza.
Moreias (Dietes bicolor) e russélias (Russelia equisetiformis) surgem para alegrar com suas cores
os recantos que cercam a morada. A atraente palmeira-azul (Bismarckia nobilis) também está em
evidência em um dos canteiros ao longo do gramado. 
Pelo amplo quintal, bromélias (Bromeliaceae) e orquídeas (Orchidaceae) enfeitam os troncos
das árvores já existentes. Sonia usou ainda para os detalhes e forrações as resistentes suculentas e
a graciosa dinheiro-em-penca (Callisia repens). 
“O paisagismo foi criado para dar alegria e privacidade às estruturas de lazer”, enfatiza a pai-
sagista. Assim, pelos setores da piscina e da varanda é possível admirar os harmônicos canteiros
compostos por espécies de diferentes portes e folhagens, como antúrios (Anthurium andraeanum),
kaizuka (Juniperus chinensis torulosa) e palmeiras, como ráfis (Rhapis excelsa), areca (Dypsis lutes-
cens) e fênix (Phoenix roebelenii). 
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74*Paisagismo & Jardinagem
70-75 Proj03-Sonia Infante.qxp 6/22/15 15:36 Page 74
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Paisagismo & Jardinagem*75
RosaMoreia
*o jardim ganhou
vida com:
BabosaCica 
Palmeira-azulAntúrio
O charme do local fica por conta do teto verde formato com trepadeiras, como a pri-
mavera (Bougainvillea glabra), que avança sobre a área de diversão e que valoriza a som-
bra e ajuda no conforto térmico dos ambientes dedicados aos momentos festivos. 
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76*Paisagismo & Jardinagem
76-81 Proj04-Alexandre Galhego.qxp 6/22/15 14:28 Page 76
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Paisagismo & Jardinagem*77
Em um condomínio fechado no município de Campinas, SP, o terre-
no de 2.029 m² que abriga a casa de 531 m² passou por uma reforma pai-
sagística realizada pelo engenheiro agrônomo Alexandre Galhego, da mes-
ma cidade. O projeto envolveu inclusão e relocação de espécies, além de
alteração do layout de pisos e canteiros. “Pensamos primeiramente na
conciliação das plantas de grande porte existentes. Após a definição, tra-
balhamos os espaços, caminhos , pontos de observação e implantação de
espécies para realizar uma conexão visual com a mata, além de redefini-
ção de praças de convívio, ligações entre ambientes, pisos da fachada e
equilíbrio entre as formas”, conta o engenheiro. 
Projeto paisagístico
Alexandre Galhego
Texto Carolina Pera 
Fotos Gui Morelli 
Mudança 
gradual 
Projeto paisagístico 
percorre de áreas bem 
ordenadas à mata preservada
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78*Paisagismo & Jardinagem
“Trabalhamos os espaços, caminhos, pontos de observação e implantação de espécies par 
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Paisagismo & Jardinagem*79
Na entrada os vistantes e moradores se deparam com a forma escul-
tural dos kaizukas (Juniperus chinensis torulosa) que dão as boas-vindas
juntamente com o jovem ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa), que fica atrás
e que dará base para o conjunto no futuro. As cicas (Cycas revoluta) que
já existiam no jardim foram aproveitadas em novas locações para melhor
harmonização. As palmeiras-fênix (Phoenix roebelenii) foram mantidas
em seus lugares, mas receberam a companhia de buxinhos (Buxus sem-
pervirens). O piso foi revestido por mosaico de granito com faixas de are-
nito preto e a iluminação foi reprojetada.
Para o profissional, o diferencial e a dificuldade formam um mesmo
tópico, ou seja, o ponto forte do paisagismo empregado foi o que mais
exigiu esforços: trabalhar com extrema ordem na fachada e imprimir um
tom bastante natural no jardim, fundindo-o à mata preservada do fundo
do lote, de maneira gradual e homogênea. 
 cies para realizar uma conexão visual com a mata”
76-81 Proj04-Alexandre Galhego.qxp 6/22/15 14:28 Page 79
GRUPO ÚNICO PDF
80*Paisagismo & Jardinagem
Alpínia 
Chuva-de-ouroPalmeira-fênix
*o jardim
ganhou
vida com:
Bromélia-imperial
Peperômia-variegataCica
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GRUPO ÚNICO PDF
Paisagismo & Jardinagem*81
PARA ANDAR OU PERMANECER
Para acessar a área das frutíferas, a casa de máquinas e o local de pre-
servação permanente, foi realizado um caminho com pedriscos finos sobre
manta de bedin. O verde ficou por conta da forração de singônio (Syngonio
podophyllum variegatum), íris-da-praia (Neomarica candida) e do ofiopó-
gão (Ophiopogon jaburan). A grama-esmeralda (Zoysia japonica) se esten-
de por todo o jardim. 
Uma praça foi criada para prolongar a varanda social, ligando-a ao
jardim externo, a área gourmet e o spa. O piso drenante fulget recebe ban-
cos em madeira e uma mesa com cadeiras. O rasgo no piso emoldura o
exemplar do jasmim-manga (Plumeria rubra) existente e a dianela (Dianela
ensifolia) ao seu pé. Para acrescentar ainda mais charme, vasos de fulget
em tonalidade similar ao piso abraçam primaveras (Bougainvillea glabra)
podadas. Perto do banco de madeira podemos ver, também, agapantos
(Agapanthus africanus) e dois grandes coqueiros (Cocos nucifera).
Galhego explica que além de propiciar um ponto de encontro, esta
área respeitou a locação de uma grande árvore. “Em volta dessa praça foi
trabalhada toda uma vegetação tropical para unir visualmente a mata exis-
tente dos fundos ao lote de jardim. Fizemos isso através de camadas suces-
sivas de vegetação”, destaca. 
76-81 Proj04-Alexandre Galhego.qxp 6/22/15 14:29 Page 81
GRUPO ÚNICO PDF
82*Paisagismo & Jardinagem
perfil
A busca pela beleza e a adequação em termos estéticos, econômicos,
climáticos, entre outros pontos, são os princípios norteadores do traba-
lho dos paisagistas Tarcisio Pereira e Aurora Garcia, idealizadores da AMG
Engenharia da Paisagem, de Campinas, SP. O casal se conheceu quando
cursava Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura Luiz
de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), em 1985, e criou
o escritório em 1990 com a intenção de viabilizar a execução dos próprios
projetos e conduzi-los ao longo dos anos. "Nosso trabalho é dedicado a
jardins de verdade. Tratam-se de áreas grandes, expostas à natureza, que
INSPIRAÇÃO 
NA PRÁTICA
Apuro estético e planejamento
marcam projetos dos paisagistas
Tarcisio Pereira e Aurora Garcia
Texto Cristina Tavelin
Fotos Gui Morelli 
82-83 Perfil.qxp 6/23/15 17:05 Page 82
GRUPO ÚNICO PDF
requerem planejamento e conhecimentos em diversas áreas, além de apu-
ro estético e noções de história do paisagismo e arquitetura", indica Pereira. 
Ambos interessados pela natureza desde a infância, receberam influên-
cia da família no direcionamento pela área, o qual ganhou força princi-
palmente no período da adolescência de cada um. No caso de Aurora, o
avô materno, agricultor meticuloso, exercia o trabalho que a despertou
para a observação da beleza das plantas e para a necessidade dos cuida-
dos técnicos adequados. Já Pereira, mesmo vivendo na cidade de São
Paulo, teve a chance de desfrutar dos jardins da avó materna, residente
de Águas de São Pedro, interior do estado. 
Na visão dos profissionais, o escritório trabalha com o sentido clássi-
co da palavra paisagismo – do planejamento à elaboração dos espaços –,
o qual não está somente relacionado à "decoração" do ambiente. Atualmente,
contam com 15 pessoas na equipe que desenvolve e executa projetos de
jardins residenciais, casas de campo, fazendas e empresas. 
DA IDEIAÀ REALIDADE
Em relação ao processo criativo, os profissionais dividem o trabalho
em duas etapas. Na primeira, apreendem tudo o que é trazido pelo “insight”
inicial possibilitado pelo contato com o novo ambiente. Na fase poste-
rior, partem para a criação propriamente dita, com enfoque no desen-
volvimento e ajustes das ideias iniciais no sentido de torná-las tecnica-
mente executáveis. "A qualidade da relação com clientes e, consequen-
temente do resultado do trabalho, é diretamente proporcional à confian-
ça depositada em nós e à capacidade do outro expressar o que deseja",
considera Aurora. 
Além da vivência prática da profissão, a inspiração dos dois parte de
várias áreas do conhecimento, mais especificamente dos trabalhos de
grandes nomes do campo da artes, arquitetura e paisagismo. "Não há
como 'escapar' deles. Ver suas obras é inspirar-se", acrescenta Pereira.
Como exemplo, citam os jardins ingleses clássicos do século XVII e
XVIII, como o Stowe e Stourhead, os árabes de Andaluzia, na Espanha,
e os tropicais de Burle Marx. Já entre os paisagistas, admiram o ameri-
cano Thomas Church, pelas criações carregadas de humanidade, e o arqui-
teto Frank Lloyd Wright, que apesar de não ser formalmente da área ver-
de, "tinha uma leitura da paisagem como poucos na história tiveram",
comenta Aurora. 
Nas horas vagas, os dois permanecem imersos na área de pesquisa e
trabalho: em meio à natureza. Quando possível, costumam viajar para
conhecer novas paisagens e, nos finais de semana, cuidam das árvores do
sítio no interior paulista. Pelo jeito, continurão trilhando essa estrada no
futuro. "Planejamos seguir projetando e construindo jardins até o fim da
vida", arremata Pereira. 
Paisagismo & Jardinagem*83
82-83 Perfil.qxp 6/23/15 17:05 Page 83
GRUPO ÚNICO PDF
84*Paisagismo & Jardinagem84*Paisagismo & Jardinagem
pelo mundo
Olhar 
redefinido
Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima, 
em Portugal, apresenta diversidade de espécies em 
seus jardins e harmonia com o elemento água
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ivulgação/Am
ândio Sousa Vieira
84-87 Pelo Mundo.qxp 6/23/15 16:26 Page 84
GRUPO ÚNICO PDF
Paisagismo & Jardinagem*85Paisagismo & Jardinagem*85
Texto Beatriz Schadeck 
sob supervisão de Ana Luísa Lage
O Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima, em Portugal,
nos Campos de São Gonçalo entre a Ponte Romana e a Ponte de Nossa
Senhora da Guia tem levado até o dia 31 de outubro características pecu-
liares aos visitantes, turistas, criadores e técnicos envolvidos nos projetos.
Na décima primeira edição, os profissionais elaboraram os jardins a par-
tir do tema " A Água no Jardim". 
Com diferentes propostas e estilos de países distintos, os projetos serão
julgados por uma comissão pré-determinada. O público também tem a
oportunidade de eleger, ao longo do evento, por votação secreta, os três
jardins preferidos. Os resultados da votação serão divulgados no encer-
ramento, após contagem dos votos na presença de um representante da
Câmara Municipal. 
Com cenários encantadores e espécies locais, os espaços não só embe-
lezam a cidade por um determinado período, mas conscientizam os visi-
tantes sobre a importância da preservação dos elementos naturais em nos-
so planeta. "Desfrutem ao máximo desta edição e aproveitem ensinamentos
por meio das mensagens que os projetos transmitem", ressalta Victor
Mendes, Presidente Municipal de Ponte de Lima. 
Confira os doze jardins que compõem o evento!
MÚSICA AOS OUVIDOS 
O nome deste jardim, que associa a nota musical Fa com o termo francês d'eau, procu-
ra fazer uma conexão entre jardins e música. Essa foi a proposta dos arquitetos paisa-
gistas franceses Richard Mariotte e Arnaud Mermet-Gerlat. Ao dramatizar este tema, ele
lembra os jardins de água do Renascimento italiano e as fontes de Versailles. Aqui, a
água é um elemento emblemático, fonte de vida e de prazer para os ouvidos de quem
passa por lá. Os visitantes são transformados em músicos ou mesmo condutores e
podem selecionar qual som desejam ouvir. De maneira delicada, lírio-d'água (Nymphea),
árvore-do-fumo (Cotinus coggygria), tritônia (Crocosmia), papiro (Cyperus papyrus), dália
(Dahlia) e malva-rosa (Alcea rosea) finalizam o espaço.
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ivulgação/Am
ândio Sousa Vieira
ÁGUA QUE NUTRE
A água cobre 71% da superfície da Terra e é elemento vital para todas as formas de vida.
No jardim irlandês, elaborado pelo arquiteto paisagista Keith Double Hons e o designer
de jardim Paul Cox, ambos da Irlanda, eles buscaram ressaltar o curso natural das águas,
além de brincar com a ação dos quatro elementos em nosso planeta que proporcionam
vida a diversas espécies de plantas e animais. A partir dessa relação com o ambiente
exibem seus exemplares de calibracoa (Calendula officinalis), fumo-bravo (Nicotiana langs-
dorffii), dedo-de-dama (Nigella damascena), bambu-mossô (Phyllostachys) e margarida-
amarela (Rudbeckia).
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JARDIM CONSCIENTE
O Brasil marca presença no festival das águas com produção do arquiteto paisagis-
ta João Jadão, e dos arquitetos Juliana Freitas, Ricardo Oliveira e Cid Carvalho, todos
da capital paulista. A proposta deste projeto é um espaço livre que pode ser usado
como cada visitante desejar. As várias moléculas coloridas de água em tamanhos
diferentes são usadas para integração das pessoas e também para aumentar a cons-
cientização sobre o uso do recurso natural. Árvores mais altas no fundo ficam com-
pletas com as espécies faia (Fagus sylvatica) e grama-de-jardim (Stenotaphrum
Secundatum). A paisagem visualmente limpa busca aprimorar o elemento central - a
molécula de H2O.
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86*Paisagismo & Jardinagem
O HOMEM E SEU HABITAT 
Natureza e arquitetura se misturam com o projeto paisagístico de Virginia Neri, Claudia
Parini e Greta Parri, todas arquitetas paisagistas italianas. A água no jardim italiano
é protagonista e assume a aparência de uma força natural que esculpe e molda o
tema do festival com grama-azul (Festuca glauca), capim-pisca-pisca ( Miscanthus
sinensis), peônia (Pennisetum alopecuroides) e jataí-amarelo (Stipa tenuissima). O obje-
tivo do projeto é criar um fragmento de uma paisagem emergindo da superfície da
água. A impressão é de estar à beira de um penhasco com elementos geométricos
entre as formas moldadas pela natureza e as curvas arquitetônicas feitas pelo homem.
PARA RELAXAR
Uma vez que a água do jardim espanhol convida os visitantes para seu refúgio tranqui-
lo, é possível entender seus efeitos. A arquiteta paisagista espanhola Iuliana Pavalan
junto com o escritório paisagistico Oa Bescos assina o espaço. Uma parede de madei-
ra cria uma espiral que isola a Casa da Água a partir do exterior e, simultaneamente, o
rodeia pelo caminho que leva para o ambiente interno. Ao longo deste caminho, há peque-
nos jardins desérticos com rosa-de-pedra (Echeveria elegans), cactos (Echinopsis eyrie-
sii), orelha-de-elefante (Kalanchoe luciae), copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica) e lírio-
branco (Nymphaea); no entanto, as suculentas já anunciam a presença de água. No inte-
rior, um espaço parcialmente coberto que rodeia uma piscina, faz um convite para des-
frutar o momento e relaxar.
TRADIÇÃO QUE INSPIRA
"Olhando para o Minho" é um jardim que faz alusão às festas tradicionais, como a rea-
lizada no dia de santo Minho, em Portugal. Quem ficou responsável pela produção e orga-
nização foram os professores e alunos dos cursos de agronomia e design ambiental do
Instituto Politécnico de Viana do Castelo (ESA/IPVC). O jardim é desenvolvido em torno
de um tambor feito de madeira e metal perfurado, placas que fornecem comunicação
visual entre o interior e o exterior do barril. No ambiente interno, os visitantes encontram
uma figura que representa uma minhota - mulher do Minho. Seu gesto convida os visi-
tantes a participarem de folclóricas danças tradicionais. O minhota e o barril estão cer-
cados por um caminhocom begônia (Begonia semperflorens), urze (Calluna vulgaris), gra-
ma-azul (Festuca ovina) e lavanda (Lavandula) que é ao mesmo tempo um olho obser-
vando a paisagem, entre o mar e as montanhas, como é visto por peregrinos que viajam
entre os diferentes santuários e lugares sagrados. 
FAÇA UM PEDIDO! 
O jardim português faz as vezes da casa e confere a tradição de fazer um desejo na pre-
sença da água. Este conceito é apresentado de maneira a incentivar uma relação entre
o visitante e o espaço. Há também dentes de leão posicionados estrategicamente des-
tinados para que os visitantes possam escrever o seus desejos. Para criar uma harmo-
nia perfeita, as arquitetas paisagistas Beatriz Truta e Ana Catarina Teixeira optaram por
vidoeiro (Betula alba), urze-roxa (Calluna vulgaris), lavanda (Lavandula angustifolia), car-
valho-vermelho (Quercus robur) e baracejo (Stipa gigantea).Todo o espaço tem como obje-
tivo proporcionar momentos contemplativos e quebrar as barreiras entre a natureza e o
ser humano.
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ivulgação/Am
ândio Sousa Vieira
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ândio Sousa Vieira
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Paisagismo & Jardinagem*87
até 31 de outubro. 
JULHO E AGOSTO
Diariamente, das 10h às 20h
SETEMBRO
Dias úteis das 10h às 12h e das 13h30 às 19h
Finais de semana e feriados das 10h às 19h
OUTUBRO
Diariamente, das 10h às 18h
entrada
€ 1 
Menores de 13 anos não pagam
MAIS INFORMAÇÕES
www.festivaldejardins.cm-pontedelimma.pt
SUBAQUÁTICO
A ideia por trás do projeto polonês que leva assinatura da engenheira e arquiteta paisagista Ilona
Kubala, do mesmo país, era mostrar o que não é visível embaixo da água. O jardim cria uma ilusão
de que o espectador está em um aquário e tudo flui no ritmo das ondas. Fetusca-azul (Festuca glau-
ca), urtigão (Gunnera manicata), aradeira (Hedera helix), grama-de-sangue (Imperata cylindrica) e cana-
flecha (Miscanthus sinensis) foram selecionados para harmonizar com o estilo moderno do jardim.
ELEMENTO QUE DÁ VIDA
Elaborado pela arquiteta paisagista Ana Luísa Paulo e as arquitetas Marta
Tavares e Cristina Vaz Santos, todas de Portugal. A área tem a proposta
de experimentar os efeitos da água em um jardim ao longo de seu ciclo
durante um ano. Quatro paredes formam um quadrado posicionado no
centro do terreno árido e escuro - a área interna é fechada. Em suas pare-
des, as quatro estações do ano aparecem com imagens de águas, que
ganham vida por meio das bolhas tridimensionais. Destaque para aloe-
vera (Aloe aristata), begônia (Begonia semperflorens), gravatinha (Chlorophytum
comosum), grama-azul (Festuca glauca) planta-mosaico (Fittonia vers-
chaffeltii) e aradeira (Hedera helix) que se misturam com o elemento prin-
cipal e embelezam o jardim.
SEM FIM 
Com uma sensação de ambiente infinito, no jardim produzido pelos estudantes austría-
cos do Institute of Natural Resources and Life Sciences, os espelhos representam o pre-
sente e as reflexões borradas de água as memórias do passado e pensamentos sobre
o futuro. Para alcançar o que poderíamos chamar de plenitude, o visitante experimenta
essa combinação de memórias do passado, presente e desejos futuros. As floridas estre-
la-comum (Aster amellus) gerânio (Geranium phaeum), juliana-dos-jardins (Hesperis matro-
nalis) e alba (Prunella grandiflora) completam a diversidade do ambiente.
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ivulgação/Am
ândio Sousa Vieira
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ivulgação/Am
ândio Sousa Vieira
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ivulgação/Am
ândio Sousa Vieira
11° F e s t i v a l
i n t e r n a c i o n a l 
D E J A R D I N S D E 
P O N T E D E L I M A
84-87 Pelo Mundo.qxp 6/23/15 16:27 Page 87
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88*Paisagismo & Jardinagem
secos e molhados
88-89 Secos e molhados.qxp 7/3/15 15:50 Page 88
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Paisagismo & Jardinagem*89
Há 25 anos vivendo na residência em Campinas, interior paulista, o
arquiteto paisagista Marcelo Novaes, da mesma região, mostra seu jardim
que apesar de ter sido projetado há bastante tempo, passou por diversas
modificações ao longo dos anos e foi se adaptando aos gostos e necessi-
dades dele e de sua filha Rafaela Novaes, também arquiteta paisagista.
“Com o desenvolvimento profissional da Rafaela, mesmo quando ainda
estava cursando a faculdade, vários detalhes foram feitos em conjunto.
Ela cresceu vendo esse jardim se desenvolver e depois de um certo tem-
po ela passou a dar opinião e ideias, sobre as plantas, mas sem mudar o
contexto do projeto”, conta Novaes. 
O local apresenta paisagismo exuberante, com plantas e flores apre-
ciadas pelo profissional e com as quais ele se identifica. Há orquídeas
(Orchidaceae) e helicônias (Heliconia rostrata), zâmias (Zamia pumila) con-
trastando com pleomeles (Ruscaceae) e palmito-açaí (Euterpe oleracea). 
O jardim acolhe a área de lazer composta por espaço gourmet e pis-
cina. Pensado para promover o convívio familiar e para servir aos visi-
tantes, o espaço isolado do corpo principal da casa garante a privacida-
de. A área molhada conta com liríopes (Liriope muscari), dracenas
(Dracaena marginata) e cicas (Cycas revoluta) perto da borda. Toda a
região é contornada por aspargo-rabo-de-gato (Asparagus densiflorus),
cópsia (Kopsia fruticosa) e diversas espécies de orquídeas (Orchidaceae).
Nos vasos, foram plantados dracena-arbórea (Dracaena arborea) e aga-
pantos (Agapanthus africanus). 
Texto Beatriz Schadeck sob supervisão de Ana Luísa Lage
Foto Ricardo Bassetti 
Paisagismo
que impera
Com estilo rústico e 
contemporâneo, o jardim 
explora a harmonia 
de diferentes espécies
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90*Paisagismo & Jardinagem
Texto Janaína Silva
Fotos Alessandro Guimarães
Em Corupá, SC, a diversidade de 
espécies foi destaque na 4a Fecaplant
As plantas exóticas foram a principal atração durante a edição de 2015
da Feira Catarinense de Flores e Plantas Ornamentais (Fecaplant), reali-
zada de 22 a 24 de maio, na cidade de Corupá, o maior polo produtor do
estado de Santa Catarina. 
Promovida pela Associação dos Produtores de Plantas Ornamentais
de Santa Catarina (Aproesc), Associação dos Produtores de Plantas
Ornamentais de Corupá (Proplant), Prefeitura Municipal de Corupá e
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina
(Epagri), a Fecaplant é realizada a cada dois anos. 
Referência no ramo da horticultura e da floricultura, o evento atraiu
mais de 9 mil visitantes de todo o país, entre comerciantes da área, pai-
sagistas e até colecionadores, para conferir a vitrine de lançamentos, entre
gramas, plantas, vasos, ferramentas e equipamentos, no Seminário Sagrado
Coração de Jesus. “No sábado, registramos a maior visitação da feira, com
a presença de muitos consumidores finais atraídos pela beleza exótica de
inúmeras espécies expostas no local”, afirma Jean Marcel Bertoldi Diel,
secretário de desenvolvimento rural e meio ambiente de Corupá e coor-
denador geral da Fecaplant. 
Paralelamente ao evento, foi realizado o 16º Fórum Catarinense de
Floricultura com palestras sobre tendências e mercado, apresentação de
cases com a participação dos maiores pesquisadores e autoridades da flo-
ricultura brasileira. 
PRODUÇÃO 
ORNAMENTAL
Fecaplant
90-93 Reportagem Fecaplant.qxp 7/3/15 15:20 Page 90
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Paisagismo & Jardinagem*91
 
 
 
 
CONFIRA AS NOVIDADES!
A rosa-do-deserto (Adenium obesum) foi o desta-
que da Flora Takemura, de Londrina, PR. Originário
de áreas desérticas do leste da África e da Península
Arábica, o arbusto suculento apresenta aspecto
escultural e floração exuberante e é indicado para
bonsai, despertando o interesse de inúmeros cole-
cionadores.
 
De Jaraguá-do-Sul, SC, a Grameira Felippi é espe-
cializada na produção de grama-roxa (Ophiopogon
Planiscapus), originária do Japão. De tonalidade vio-
leta, a espécie é indicada para compor canteiros e
prefere locais com incidência solar pela manhã e
solos bastante irrigados.
A Revoluta,

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