Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados I SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO • Linguagem universal que serve para classificar de acordo com as demandas do paciente, com o objetivo de delinear intervenções com resultados positivos, ajuda a entender o que é normal e o que é patológico. CIPE • A classificação internacional para prática de enfermagem (CIPE) foi criada pelo conselho internacional de enfermeiros (ICN) para permitir uma linguagem cientifica e unificada, comum a enfermagem mundial. O QUE É? • É um sistema de classificação internacional para prática de enfermagem. • Surgiu em território europeu com o conselho internacional de enfermeiros, onde começaram a definir os diagnósticos e suas específicas intervenções para facilitar o cuidado de enfermagem em todo aquele território. • No brasil a ABEn (associação brasileira de enfermagem) teve uma contribuição muito importante, no sentido de trazer essa classificação para o Brasil e contribuiu na definição de alguns diagnósticos. • É um sistema unificado das práticas de enfermagem, serve para homogeneizar vocabulários locais com terminologias reconhecidas mundialmente, além de aprimorar a assistência de saúde à população. COMO APLICAR? • A CIPE pode ser aplicada em qualquer serviço de saúde, a classificação de diagnóstico é ampla, não é só classificar o momento de entrada de um usuário na rede de saúde. PRINCIPAIS OBJETIVOS • Utilizar linguagem comum; • Descrição de cuidados igual em todas as regiões; • Comparação de dados; • Planejamento de ações; • Incentivo à pesquisa (para cruzar dados é necessário utilizar a mesma classificação). • Esse sistema serve para composição de diagnóstico, planejamento de intervenções e resultados. COMPOSIÇÃO DE DIAGNÓSTICO • É feito com base na observação clínica e no conhecimento prévio, traçando um diagnóstico de acordo com a classificação para facilitar a comunicação. • Sempre pensar no diagnóstico já pensando na intervenção, não adianta pensar em 50 diagnósticos muito bem descritos e não ter ideia na intervenção. PLANEJAMENTO DE INTERVENÇÕES É pensado com base no diagnóstico, buscando resultados positivos. RESULTADOS Pensar nos resultados esperados de acordo com as intervenções. PROCESSO DE ENFERMAGEM • É um processo individual para cada paciente, dividido em cinco etapas. 1. Investigação: anamnese, exame físico, leitura do prontuário, histórico do paciente. 2. Diagnóstico de enfermagem: a investigação auxilia na construção do DE. 3. Planejamento dos resultados esperados: cada diagnóstico deve ter um planejamento dos resultados esperados. 4. Implementação/prescrição 5. Avaliação da assistência: é feito pensando nos resultados esperados e nos que foram alcançados. • Esse processo norteia a prática de enfermagem, é uma atividade diária, mesmo que o paciente esteja hospitalizado há 30 dias, a cada novo plantão é necessário investigar. Classificação internacional para prática de enfermagem Lara Fernandes – Enfermagem UFRJ – Cuidados I DIAGNÓSTICO, INTERVENÇÕES E CUIDADO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM • Representa o estado do cliente, problemas, necessidades e potencialidades. • Quando trabalhamos em potencialidades, a tendência é minimizar os efeitos negativos, as dificuldades que se encontram. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM • Ações de enfermagem voltadas para determinado diagnóstico. • Cada diagnóstico terá uma intervenção, se tiver 50 diagnósticos vou precisar de 50 intervenções. RESULTADO DE ENFERMAGEM • Medida ou estado de um diagnóstico de enfermagem, após a intervenção de enfermagem. 7 EIXOS DA CIPE CLIENTE • Sujeito ao qual o diagnóstico se refere e que recebe a intervenção. • Pode ser uma família, um grupo, não necessariamente um indivíduo. Ex.: avó, adulto, casal, comunidade, cuidador familiar. FOCO • Área de atenção relevante para enfermagem. • É aquilo para o qual irei direcionar o meu cuidado de enfermagem. • Ex.: abandono, abuso de álcool ou alcoolismo, acne. JULGAMENTO • Opinião clínica relacionada ao foco da prática de enfermagem. • Está relacionado com o conhecimento clínico. • Pode mudar de acordo com as ações que são implementadas, para fazer o julgamento é necessário saber o que é normal e o que é patológico. Ex.: anormal, parcial, prejudicado, melhorado, nível esperado. AÇÃO • Processo intencional aplicado a um cliente. Ex.: tranquilizar, posicionar, planejar, transportar. MEIOS • Maneira ou método de desempenhar uma intervenção. Ex.: analgésico, amputação, colchão para alívio de pressão, enfermeira(o). TEMPO • Momento, período, instante, intervalo ou duração de uma ocorrência. Ex.: mudar de decúbito de 2 em 2 horas por 24 horas, amanhã, contínuo, crônico, adolescência. LOCALIZAÇÃO • Orientação anatômica ou espacial (ex.:domicílio) de um diagnóstico ou intervenção. Ex.: abdome, asilo, braço: edifício residencial, mama. CONSTRUINDO ENUNCIADOS DOS DIAGNÓSTICOS E DOS RESULTADOS • A CIPE propõe a inclusão de um termo do eixo foco e um termo do eixo julgamento, podendo adicionar termos dos outros eixos se necessário. • Por exemplo: no caso clínico, quando se pede para traçar um diagnóstico está pedindo só o foco e o julgamento. Se pedir a perspectiva intervenção é necessário o eixo de ação, meio e localização. • Se pedir o resultado é necessário pensar no tempo que vai precisar para modificar o julgamento. O cliente vai estar sempre descrito.
Compartilhar