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Introdução à 
Saúde Coletiva
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Viviane Rodrigues Vilela
Profa. Ms. Gizela Faleiros Dias Costa
Revisão Textual:
Profa. Ms. Sandra Regina F. Moreira
Introdução à Saúde Coletiva
• Conceituação de Saúde Coletiva
• Conceituação de Odontologia em Saúde Coletiva 
• Evolução Histórica do Conceito de Saúde 
• Organização Mundial da Saúde
• Visão Ampliada de Saúde
 · Compreender sobre a saúde coletiva, histórico, conceitos básicos, bem 
como sua inter-relação com a saúde bucal, levando em consideração 
os determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais de saúde 
das populações. 
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Introdução à Saúde Coletiva
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Introdução à Saúde Coletiva
Conceituação de Saúde Coletiva 
Entende-se saúde coletiva como um novo paradigma no âmbito da saúde pública 
e é definida como sendo um campo científico no qual se produzem saberes e 
conhecimentos sobre saúde e na área de práticas, efetivando ações em vários 
espaços que são identificados como setores de saúde. 
O desenvolvimento da área sofreu influência direta dos movimentos sociais, 
democratização e da reforma sanitária principalmente no nosso país. Nessa 
perspectiva, o marco conceitual da saúde coletiva se deu na década de 1970, quando 
ocorreram os principais projetos de reformas políticas e de saúde, relacionados aos 
movimentos sociais. 
A composição da saúde coletiva ainda está em construção, se concretizando ao 
longo das últimas décadas com um entendimento conjunto a outras áreas como a 
medicina social e a saúde pública. 
Relacionada à esfera do conhecimento, a saúde coletiva baseia-se no estudo de 
processos saúde/doença das populações, investigando a evolução e distribuição das 
enfermidades na sociedade. Analisa as ações em saúde na conjuntura das práticas 
sociais e procura compreender e identificar os reais problemas e necessidades em 
saúde da sociedade.
Importante!
O domínio da saúde coletiva apresenta um caráter interdisciplinar no campo da saúde, 
que preconiza uma integração de conhecimentos, reunindo vários profissionais com 
diferentes formações em saúde, favorecendo o desenvolvimento da área do saber. 
Contempla o desenvolvimento das práticas de investigação sobre a condição sanitária 
da população, estuda o universo das políticas de saúde, a associação entre os processos 
de trabalho e enfermidades, bem como as intervenções de grupos e classes sociais 
relacionados à saúde. 
Em Síntese
Referente as práticas, engloba um conjunto de ações baseadas na ciência, ideo-
logia, cultura, política e economia que podem ser desenvolvidas em diversos espa-
ços com o intuito de desenvolver pesquisas ou projetos de reestruturação da saúde. 
Atualmente, o fenômeno saúde tem sido considerado também como expressão 
do modo de vida dos indivíduos, englobando estilo e condições de vida, associadas 
às condições de trabalho, perfil epidemiológico da população e meio ambiente. 
O conhecimento sobre as condições de saúde, analisando a condição de vida 
do indivíduo, favorece o estudo de quatro dimensões sociais: herança genética, 
interação dos indivíduos com o meio ambiente, cultura e comportamento e 
condições econômicas. Com base nos estudos das necessidades relacionadas às 
quatro dimensões, é possível traçar estratégias de intervenções sanitárias individuais 
ou coletivas, por grupo de risco ou grupos sociais.
8
9
Conceituação de Odontologia
em Saúde Coletiva 
A odontologia em saúde coletiva pode ser conceituada como uma esfera de 
conhecimentos e ações que compõem um grupo mais amplo, denominado saúde 
coletiva, integrando também a área da odontologia. A saúde bucal coletiva defende 
que a saúde bucal do indivíduo ou coletividade não depende apenas de práticas 
odontológicas, mas também de concepções e práticas sociais.
Importante!
A saúde bucal coletiva tem como pretensão a substituição de atitudes tecnicistas muito 
presentes na área odontológica, elaborando a reestruturação teórica, de modo vinculado 
à concepção e práticas relacionadas à saúde coletiva, intensifi cando o comprometimento 
com a promoção da saúde e qualidade de vida da população. 
Importante!
Para que seja possível essas transformações, o campo de odontologia em saúde 
coletiva necessita organizar programas que levem em consideração acontecimen-
tos importantes nessa área específica.
A construção do novo sistema de saúde no Brasil, o SUS, que é uma importante 
conquista social, possibilitou a realização de ações e práticas em saúde que propor-
cionaram atender às necessidades de toda a população, respeitando o princípio de 
universalidade. Viabilizou o acesso a todos os procedimentos odontológicos consi-
derando a integralidade e, organizou o atendimento aos indivíduos de acordo com 
as suas necessidades, evidenciando a equidade. 
O destaque na promoção da equidade de atenção à saúde, no contexto da edu-
cação e construção da cidadania, reduziu as desigualdades e ampliou a oferta de 
ações e práticas de saúde, assegurando a universalidade do acesso aos mais sus-
ceptíveis às desigualdades sociais. Nesse sentido, espera-se que o direito à saúde, 
incluindo a saúde bucal, deixe de ser apenas uma política e passe a compor a vida 
das pessoas, facilitando o acesso integral aos serviços odontológicos. 
Com o objetivo de exercer o maior controle social e gestão participativa, houve 
a necessidade de indicar a constituição de mecanismos que ampliassem a participa-
ção dos gestores, usuários e profissionais da saúde, gerando cenários solidários e a 
possibilidade de formação de vínculos entre as instituições.
9
UNIDADE Introdução à Saúde Coletiva
Importante!
As práticas de saúde bucal coletiva, sejam elas de assistência odontológica, ou de 
educação em saúde, precisam ser direcionadas aos Programas de Saúde Bucal. 
Considera-se a saúde bucal como parte integrante da saúde geral dos indivíduos, sendo 
assim, os programas educativos, ou de atenção odontológica, precisam ser considerados 
componentes fundamentais para os programas de saúde geral. 
Importante!
Evolução Histórica do Conceito de Saúde 
Desde o princípio das civilizações e história da humanidade,o conceito de saúde 
vem sendo desenvolvido, organizado e inspirado pelas características de cada 
período histórico. O indivíduo, a todo momento, questionou sobre o princípio da 
vida, as bases da sua existência e a importância de se ter saúde.
Nos primórdios da sociedade, para esclarecer os eventos de sua vida, os povos 
acreditavam em magia e eventos sobrenaturais. Consideravam ter saúde como 
recompensa por boa conduta, enquanto a doença era consequente de fatores 
externos, devido a desconsideração das suas crenças. 
O desenvolvimento do conceito de saúde se fez importante com a cultura 
grega, pois eles aceitavam uma explicação racional para os fatos e consideravam a 
importância do ambiente, posição social e trabalho do indivíduo.
Durante a Idade Média, houve um período de paralização e recessão devido à 
ação do cristianismo, que atribuía as doenças aos pecados. A partir da introdução 
da máquina a vapor nas fábricas durante a Idade Moderna, houve um aumento 
expressivo de mão de obra, e as grandes cidades avançaram nas periferias, atraindo 
a atenção dos dirigentes para as péssimas condições de moradia e trabalho, 
propiciando o surgimento das primeiras políticas e regulações em saúde. 
Por meio do progresso da medicina, devido à descoberta do microscópio e 
da ascensão da bacteriologia nos séculos XVII e XVIII, foi eleita como política 
de saúde a polícia sanitária. Nesse tipo de política, a autoridade policial obrigava 
os indivíduos sadios a terem uma atuação mais adequada com relação à saúde, 
enquanto os doentes deviam se separar dos indivíduos sãos. Esse período facilitou 
o desenvolvimento e estabelecimento da medicina científica, investigando-se a 
causa das doenças e buscando-se explicar os fenômenos naturais.
No século XIX teve destaque a Revolução Industrial, e os progressos científicos 
prosseguiram, essencialmente nas áreas de fisiologia, microbiologia, patologia 
e medicina clínica. Com o aumento da mortalidade infantil e geral, surgiram os 
primeiros conceitos de saúde coletiva e medicina social. No final desse século, os 
laboratórios revelaram a existência de microorganismos que produziam algumas 
doenças, o que viabilizou a incorporação de vacinas e soros, resultando em uma 
enorme evolução denominada Revolução Pasteuriana.
10
11
Historicamente, antes da Segunda Guerra Mundial e formação da Organização 
das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial da Saúde (OMS), não havia 
uma concepção geral relacionada à saúde. Somente em abril de 1948, com a 
publicação da carta de princípios da OMS, esta foi estabelecida como sendo: o 
completo estado de bem-estar físico, mental e social, e não meramente ausência 
de doença ou enfermidade, o que implicou no reconhecimento do direito à saúde 
e a obrigação do estado na promoção e proteção da saúde.
Com o processo de globalização e mudanças econômicas consequentes do 
capitalismo, passou-se a considerar a competição e o individualismo, o que também 
influenciou na concepção de saúde com acentuada crítica ao modelo biomédico. 
Foram destacados os conceitos propostos pela Promoção da Saúde, expondo 
uma visão holística e completamente relacionada aos direitos dos cidadãos, com a 
atuação popular na gestão em saúde, consolidando o poder dos usuários.
As transformações que ocorreram no decorrer do tempo na sociedade 
influenciaram fundamentalmente o pensar e agir sobre vários assuntos, incluindo a 
saúde. Os serviços de saúde mostram-se cada vez mais atentos para a importância 
da subjetividade e empoderamento dos usuários. Admite-se a interferência do 
indivíduo no ambiente em que vive, e também a ação do ambiente sobre sua saúde 
geral. O que define o resultado dessa interação depende do que o indivíduo tem 
feito para si e para com o meio onde ele vive. 
Dispor de saúde não implica apenas em ausência de doenças, indo além até 
mesmo do conceito proposto pela Organização Mundial da Saúde. Faz-se necessário 
atribuir a concepção proposta pela promoção da saúde como estratégia de 
reorientação do modelo de saúde, introduzindo o indivíduo e coletividade conforme 
suas necessidades, determinantes e condicionantes em saúde e, seu modo de viver. 
A promoção da saúde conduz para novas propostas de políticas públicas de 
saúde, com o envolvimento estruturado entre governo e população, pressupondo 
que a participação social é decisiva no desenvolvimento de ações que possibilitem 
o atendimento das reais necessidades dos usuários e que atuem no meio ambiente, 
nas condições de saúde e na qualidade de vida das pessoas. 
Importante!
Na atualidade, o conceito de saúde é extremamente abrangente e, representa as 
condições sociais, econômicas, políticas e culturais. Irá depender, portanto, da época, 
lugar, classe social, valores individuais e concepções científi cas, religiosas, fi losófi cas. 
Em Síntese
11
UNIDADE Introdução à Saúde Coletiva
Organização Mundial da Saúde
Histórico da Organização Mundial da Saúde 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) é um órgão especializado das Nações 
Unidas que possui como objetivo tratar questões relacionadas à saúde mundial. No 
contexto da criação da ONU, havia intenção de criar uma organização mundial 
dedicada exclusivamente aos assuntos de saúde. 
A data de fundação consta de 7 de abril de 1948, quando 26 membros das 
Nações Unidas aprovaram os estatutos com o propósito básico de garantir o nível 
mais elevado de saúde para toda a população. A OMS apresenta um conceito 
sobre saúde como sendo um estado de completo bem-estar físico, mental e social, 
e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade.
Importante!
Como forma de determinar o acesso universal à saúde, a OMS promove várias atividades, 
por intermédio da cooperação técnica concomitantemente com seus membros, 
direcionadas para melhorias relacionadas às seguintes temáticas: 
- Saneamento básico; 
- Saúde familiar; 
- Capacitação de trabalhadores na área de saúde; 
- Fortalecimento dos serviços médicos; 
- Formulação de políticas sobre medicamentos e pesquisas biomédicas; 
- Luta contra as doenças. 
Você Sabia?
A Organização Mundial da Saúde também é responsável por comandar ques-
tões de saúde mundiais, definindo a agenda de pesquisas em saúde, estabelecendo 
normas e condutas, articulando opções políticas, fornecendo apoio técnico aos 
países e, monitorando e avaliando as tendências relacionadas à saúde.
A OMS conta com cerca de 8.500 pessoas trabalhando em diversos setores, representando 
mais de 150 nacionalidades que trabalham em 147 países. Dispõe de seis escritórios 
regionais, onde são reunidos os Estados-Membros, e uma sede localizada em Genebra, 
Suíça. Cada região tem um escritório regional: Américas, África, Sudeste da Ásia, Europa, 
Mediterrâneo Oriental e o Pacífico Ocidental. O Secretariado é constituído por volta de 8000 
especialistas em saúde e em outras áreas. A Organização é liderada pelo Diretor-Geral, que 
é indicado pela Assembleia Mundial da Saúde. 
Ex
pl
or
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A Assembleia Mundial da Saúde é o órgão supremo de decisões da OMS. Em 
geral, as reuniões ocorrem no mês de maio, na sede em Genebra, com a participação 
de comissões dos 194 Estados-Membros. Sua função essencial é definir as políticas 
do órgão e supervisionar as políticas financeiras.
Os Estados-Membros da Constituição da Organização Mundial da Saúde decla-
ram, em concordância com a Carta das Nações Unidas, uma lista de fundamentos 
que são essenciais para o bem-estar de todos os povos, para as suas relações har-
moniosas e segurança. Nesse contexto, a OMS, tem como principais atribuições:
• Intervir como autoridade e conduzir trabalhos internacionais no âmbito da saúde; 
• Envolver-se em parcerias nas quais a ação conjunta será significativa; 
• Incentivar o desenvolvimento, tradução e divulgação de conhecimentos.
E os objetivos são:
• Determinar normas, promovendo e acompanhando a sua implementação; 
• Articular opções políticas éticas e científicas de base;
• Fornecer apoio técnico, estimulando transformaçõese promovendo capacita-
ção institucional sustentável;
• Acompanhar a situação de saúde e avaliar as suas tendências.
Importante!
A OMS tem como metas promover, em conjunto com outros órgãos especializados, a mel-
horia da alimentação, habitação, saneamento, condições econômicas e de trabalho dos 
povos, além de outros fatores como: o cuidado com o meio ambiente, a assistência para os 
grupos científi cos e profi ssionais que contribuem para a evolução da saúde e o desenvolvi-
mento das normas de ensino e de formação prática dos profi ssionais da saúde.
Importante!
Visão Ampliada de Saúde
Ao longo do tempo, inúmeras iniciativas têm sido realizadas na intenção de 
elaborar uma concepção mais dinâmica e integral sobre saúde, proporcionando a 
utilização das competências de cada pessoa ou população, levando em consideração 
a formação contínua do ser humano e sua habilidade de preservar a sua existência. 
Nessa perspectiva, a compreensão sobre saúde, tal como dos fatores deter-
minantes e condicionantes sociais, apresenta um alto grau de subjetividade, visto 
que a saúde depende da circunstância, condição, cenário ou do referencial que é 
atribuído. Não se consegue entender ou alterar a condição de saúde do indivíduo 
ou população sem levar em conta, que esta é estabelecida nas associações entre 
o meio físico, psíquico, econômico, político, social, cultural e ambiental de uma 
sociedade. Dentre os vários fatores determinantes da situação de saúde, integram-
-se também os condicionantes biológicos como características pessoais, condições 
geográficas e meio socioeconômico.
13
UNIDADE Introdução à Saúde Coletiva
Tabela 1
Fatores Determinantes da Saúde
Meio físico
Meio psíquico
Fatores sociais
Política
Economia
Cultura
Meio ambiente
Dentre os diversos modelos propostos para a compreensão dos fatores deter-
minantes em saúde, destaca-se o esquema de Dahlgren e Whitehead que permite 
visualizar as relações hierárquicas entres os diversos determinantes da saúde:
Figura 1
Fonte: Whitehead & Dahlgren, 2006
Tabela 2
Fatores Condicionantes da Saúde
Herança genética
Características pessoais
Idade
Sexo
Meio físico
Condições geográficas
Características da ocupação humana
Fontes de água para consumo
Disponibilidade e qualidade dos alimentos
Condições de habitação
Meio socioeconômico e cultural
Níveis de ocupação e renda
Acesso à educação formal
Acesso ao lazer
Liberdade
Hábitos e formas de relacionamento interpessoal
Possibilidade de acesso aos serviços voltados para a promoção 
e recuperação da saúde
Qualidade da atenção nos serviços prestados
14
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Compreende-se que, para promover saúde, é necessário que o indivíduo tenha 
acesso à educação, adote estilos de vida mais saudáveis, desenvolva habilidades 
individuais, produza um ambiente saudável e, essas medidas estão diretamente 
associadas às políticas públicas que objetivam possibilitar uma modificação positiva 
nos fatores determinantes e condicionantes de saúde, com enfoque na melhoria da 
qualidade de vida dos cidadãos.
A percepção abrangente dos fatores interferentes da saúde (determinantes e 
condicionantes) resulta de obrigações políticas e ações governamentais, sendo 
instrumentos necessários voltados às exigências e características de cada comunidade 
e são direitos estabelecidos pela constituição federal brasileira. Contudo, mesmo 
com esses direitos garantidos por lei, o Brasil ainda é um país que enfrenta grandes 
desigualdades socioeconômicas.
Nesse contexto, os serviços de saúde, após a concepção do Sistema Único de 
Saúde brasileiro, exercem um papel importante no conceito de visão ampla de 
saúde, pois tentam trabalhar os seguintes princípios: de universalidade, garantindo 
acesso à saúde a todo e qualquer cidadão; equidade, atendendo às reais necessidades 
de cada indivíduo e integralidade, relacionada à condição integral de compreensão 
do indivíduo.
Seguindo a filosofia da integralidade, no ano de 2006, o Ministério da Saúde 
lançou as bases da Política Nacional de Promoção da Saúde, objetivando promover 
o bem-estar e qualidade de vida, reduzindo os riscos e a vulnerabilidade associada 
à saúde, atuando nos aspectos relativos aos determinantes e condicionantes, 
condições sociais e de trabalho, habitação, meio ambiente, educação, cultura, lazer 
e acesso a bens e serviços fundamentais.
Devido ao seu objetivo amplo, compreende-se que apesar dos avanços científicos 
e culturais da área, a atuação profissional ainda é carente de suporte estrutural e 
humano para o desenvolvimento das ações e práticas preconizadas pela política 
de promoção da saúde. Nesse sentido, se faz necessária a participação de outros 
setores da sociedade, estimulando a participação social, educação e saúde.
A Política Nacional de Promoção da Saúde será abordada com maior profundi-
dade no conteúdo da Unidade V.
15
UNIDADE Introdução à Saúde Coletiva
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Conceito de Saúde
https://youtu.be/kgomz8tiw3g
 Leitura
Conceitos de Saúde e Doença ao Longo da História Sob o Olhar Epidemiológico e Antropológico
https://goo.gl/FKz2S3
Abordagens Contemporâneas do Conceito de Saúde
https://goo.gl/sWQk81
Organização Mundial da Saúde
https://goo.gl/gsG3iG
16
17
Referências
ALMEIDA, M. A. B.; GUTIERREZ, G. L.; MARQUES, R. Qualidade de vida: 
definição, conceitos e interfaces com outras áreas, de pesquisa. São Paulo: Escola 
de artes, ciências e humanidades–EACH/USP, 2012. 
ANTUNES, J. L. F.; NARVAI, P. C. Políticas de saúde bucal no Brasil e seu impacto 
sobre as desigualdades em saúde. Rev Saúde Pública, v. 44, n. 2, p. 360-5, 2010. 
BACKES, M. T. S.; ROSA, L. M. D.; FERNANDES, G. C. M. et al. Conceitos de 
saúde e doença ao longo da história sob o olhar epidemiológico e antropológico. 
Rev. Enferm. UERJ, v. 17, n. 1, 2009.
BATISTELLA, C. Abordagens contemporâneas do conceito de saúde: o território 
e o processo saúde-doença. Rio de Janeiro: EPSJV, Fiocruz, 2007. p. 51-86.
BRASIL. Comissão Nacional dos Determinantes Sociais da Saúde – CNDSS. 
Determinantes Sociais da Saúde ou Por Que Alguns Grupos da População 
São Mais Saudáveis Que Outros? Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006. Disponível em: 
www.determinantes.fiocruz.br.
GUTIERREZ, P. R.; OBERDIEK, H. I. Concepções sobre a saúde e a doença. 
In: ANDRADE, S.; SOARES, D.; CORDONI, L. (Orgs.). Bases da Saúde Coletiva. 
Londrina: UEL, 2001.
FERREIRA, C.F. et. al. Organização Mundial da Saúde – Guia de estudos. 
Disponível em: http://sinus.org.br/2014/wp-content/uploads/2013/11/OMS-
Guia-Online.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de promoção da saúde. Brasília: 
MS, 2006.
SCLIAR, M. História do conceito de saúde. Physis, v. 17, n. 1, p. 29-41, 2007.
WESTPHAL, M. F.; MINAYO, M. C. D. S.; AKERMAN, M. et al. Promoção da 
saúde e prevenção de doenças. In: _____. Saúde em debate. Hucitec: Fiocruz, 2006
17

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