Buscar

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
RESUMO
Intolerância Religiosa ato de ser intolerável a prática Religiosa alheia. 
Quando se é tratado o tema Intolerância Religiosa inspira-se uma sensação de algo inédito. Entretanto, como todas as outras formas de pré-conceitos existentes, nada mais é do que outro tipo de liberdade de expressão que é coibida por uma sociedade, ou até mesmo por pequenos grupos radicais que são capazes de atingir de forma física ou moral determinados grupos religiosos. Diante disso, são debatidos esses comportamentos para que haja o combate a essa represália, a Liberdade Religiosa é um Direito de cada cidadão assegurado pela Constituição Federal, onde o seu professante tem a total liberdade de Culto.
Com a Constituição de 1891 esse direito de liberdade Religiosa foi-se adquirido, pois até então no período imperial o Brasil era considerado oficialmente católico, com o sistema presidencialista inserido e com a separação do Estado com a Igreja o Brasil como um País Laico não interfere ao indivíduo da sua escolha religiosa, porém isso não significa que alguns religiosos sofram por preconceitos, por Intolerância Religiosa.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 
2. DEFINIÇÃO
3. CONTEXTO HISTÓRICO DA LIBERDADE DE CRENÇA 
LIBERDADE DE CRENÇA NA FRANÇA 
3.1 CONSTITUIÇÃO SOVIÉTICA 
3.2 CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1824 
3.3 CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1891
4. LIBERDADE DE CULTO 
5. IDENTIFICANDO A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
5.1 INTOLERÂNCIA NA ESCOLA
5.2 DENÚNCIA
6. LEI CONTRA A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
7. CONCLUSÃO
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. INTRODUÇÃO
Intolerância Religiosa é assunto que está sendo muito abordado, é uma espécie de repressão, ofensas contra as crenças divergentes, dependendo de sua intensidade e dos atos cometidos por quem o faz pode ser considerado como crime de ódio. Esse tipo de intolerância é visto com frequência em ambientes escolares, nem sempre é nítido perceber quando se há a Intolerância, para identificar melhor é preciso que a vítima fique atenta com os ataques dos agressores como: ofensas aos grupos religiosos, depredação dos locais das reuniões e utilização de símbolos religiosos levando-os a escanda-los.
2. DEFINIÇÃO
A intolerância religiosa é um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a diferentes crenças e religiões. Em casos extremos esse tipo de intolerância torna-se uma perseguição. Sendo definida como um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana, a perseguição religiosa é de extrema gravidade e costuma ser caracterizada pela ofensa, discriminação e até mesmo atos que atentam à vida de um determinado grupo que tem em comum certas crenças.
3. CONTEXTO HISTÓRICO DA LIBERDADE CRENÇA
A liberdade de crença foi introduzida no pensamento jurídico através da Declaração de Direitos da Virgínia (1776), o qual ditava que “todos os homens têm igual direito ao livre exercício da religião, segundo os ditames da consciência”. A primeira emenda à Constituição americana (1789) previa que o “Congresso não poderá passar nenhuma lei estabelecendo uma religião, proibindo o livre exercício dos cultos”
3.1 LIBERDADE DE CRENÇA NA FRANÇA
Na França, em 1789, a Declaração de Direitos do Homem, no artigo 10, determinava que “ninguém deve ser inquietado por suas opiniões mesmo religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei”. Posteriormente, em 1795, a Convenção Nacional ordenou a separação da Igreja do Estado. Nesta seara, “Napoleão assinou, em 1802, uma concordata com a Igreja Católica, tornando-a igreja oficial do Estado [...] e em 1803, confraternizou com as igrejas protestantes”, e em 1905 foi novamente votada a separação entre Igreja e o Estado: “O regime da concordata. Instaura-se em 1801, com a conclusão, entre Bonaparte, cioso de participação interna, e o papa Pio VII, de uma concordata que fixa o estatuto da Igreja católica na França pós-revolucionária. Leis posteriores transpuseram esse regime para as Igrejas protestantes e para o culto israelita. 
O regime concordatário retoma da Declaração de 1789 o princípio da liberdade dos cultos. Mas estabelece entre eles uma distinção: uns simplesmente lícitos, os outros se beneficiam de um reconhecimento oficial por parte do Estado. São o culto católico, as duas principais Igrejas protestantes, o culto israelita. O reconhecimento confere aos cultos que dele se beneficiam um estatuto de serviços públicos: o Estado se incumbe da remuneração de seu clero e das despesas gerais do culto; impõe-lhes, em contrapartida, um controle bastante restrito.”
3.2 CONSTITUIÇÃO SOVIÉTICA
“[que o artigo 124 da Constituição soviética de 1936 previa]: “A fim de assegurar a liberdade de consciência ao cidadão, a Igreja na URSS está separada do Estado e a escola da Igreja”. Lenin, em seu trabalho Socialismo e religião, afirma que “a religião é uma das formas daquele jogo espiritual que sempre e em toda a parte, foi imposto às massas populares pela miséria” A religião é o ópio do povo, disse ele, uma espécie de aguardente espiritual que visa manter os escravos do capitalismo. Na atualidade, depois de uma intensa luta religiosa, a própria União Soviética (hoje extinta) assegurava não só a liberdade de crença como a de culto [...]”.
3.3 CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA 1824
A Constituição brasileira de 1824 previa explicitamente que a religião católica continuaria a ser a religião oficial do império e autorizava oculto das demais religiões, desde que fossem realizados através do denominado culto doméstico, sem propagação pública, podendo ser realizadas somente no interior das residências dos seus fiéis ou em outros espaços físicos, porém sem contudo possuir formas que indique  que o local se trata de um templo.
“[A Constituição Imperial garantia] uma proteção especial à religião católica apostólica romana (...) e restringe o culto público de outras religiões, na forma do seu art. 5º. (...) [A] disposição constitucional não só garantiu uma justa tolerância, mas concedeu a liberdade essencial, o culto não só doméstico, mas mesmo em edifícios apropriados e para isso destinados, não devendo somente ter formas exteriores de templos”. 
O Império manteve o catolicismo como religião oficial até ser extinto com a Proclamação da República. A partir da primeira Constituição republicana, de 1891, o Brasil passou a ser classificado como um país laico, retirando o catolicismo como religião oficial, tornando-se um Estado neutro, e autorizando o indivíduo a escolher ou não uma religião.
3.4 CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1891
A constituição Brasileira de 1891 separa a Igreja do Estado, tornando-o um Estado laico, seguindo o modelo Norte-americano. Previa ao artigo 72 do texto Constitucional: “Art 72 - A Constituição assegura a brasileiros e a estrangeiros residentes no País a inviolabilidade dos direitos concernentes à liberdade, à segurança individual e à propriedade, nos termos seguintes: (...)
§ 3º - Todos os indivíduos e confissões religiosas podem exercer pública e livremente o seu culto, associando-se para esse fim e adquirindo bens, observadas as disposições do direito comum. (...)
§ 7º - Nenhum culto ou igreja gozará de subvenção oficial, nem terá relações de dependência ou aliança com o Governo da União ou dos Estados.”
4. LIBERDADE DE CULTO
Como consequência da liberdade de crença, a liberdade de culto prevê que a externação espiritual necessita de um local físico para sua manifestação, isto é, a liberdade de culto é a exteriorização pública (popular) da liberdade de crença, bem como é o suporte para manifestação da liberdade de cultuar a religião escolhida, anteriormente, pela pessoa humana. Em outras palavras: “A religião não pode, como de resto acontece com as demais liberdades de pensamento, contentar-se com a sua dimensão espiritual, isto é: enquanto realidade ínsita à alma do indivíduo. Ela vai procurar necessariamente uma externação, que, diga-se de passagem, demanda um aparato, um ritual, uma solenidade, mesmo que a manifestação do pensamento não requer necessariamente”.
A exteriorização da liberdadede crença e a proteção quanto realização do culto, assegura os locais destinados à externação da liberdade de crença, isto é, os templos: “[...] a liberdade de culto, forma outra porque se extravasam as crenças íntimas (art. 5º, VI). A liberdade do culto religioso é garantida, bem como os locais de seu exercício e as liturgias, na forma determinada pela lei. Assim, a lei definirá o modo de proteção dos locais consagrados aos cultos e às cerimônias”
5. IDENTIFICANDO INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
Há casos de explícita agressão física e moral a pessoas de diferentes religiões, levando até mesmo a homicídios. Entretanto, muitas vezes o preconceito não é mostrado com nitidez. É comum o agressor não reconhecer seu próprio preconceito e ato discriminatório. Todavia, é de fundamental importância a vítima identificar o problema e denunciá-lo. O agressor costuma fazer uso de palavras ofensivas ao se referir ao grupo religioso atacado e aos elementos, deuses e hábitos da religião em questão. Há também casos em que o agressor desmoraliza símbolos religiosos, queimando bandeiras, imagens, roupas típicas e etc. Em situações extremas, a intolerância religiosa pode se tornar uma perseguição que visa o extermínio de um grupo com certas crenças, levando a assassinatos, torturas e enorme repressão.
5.1 INTOLERÂNCIA NA ESCOLA
Muitas vezes a Intolerância e a Perseguição Religiosa acontecem no ambiente escolar. Os professores e alunos devem respeitar-se independente de crenças e costumes religiosos. A matéria de Ensino Religioso não deve ensinar apenas uma religião, mas toda as relações que envolvem as noções de Sagrado. Da mesma maneira, nem o Ensino Regular nem o Ensino Religioso devem buscar converter os alunos a uma determinada crença. Caso isso aconteça, deve ser feita uma reclamação à Diretoria da Escola, à Secretaria de Educação e, em casos de perseguição religiosa, à Polícia.
5.2 DENÚNCIA
Ao denunciar um crime de intolerância religiosa a vítima deve exigir que o caso seja tratado com grande responsabilidade e que haja a elaboração de um Boletim de Ocorrência. Em caso de agressão física é de essencial importância que a vítima não limpe ferimentos nem troque de roupas, já que esses fatores constituem provas da agressão. Além disso, a vítima deve exigir a realização de um Exame de Corpo de Delito para a avaliação da agressão. É válido lembrar que se a ofensa ocorrer em templos, terreiros, na casa da vítima e etc, o local deve ser deixado da maneira como foi encontrado para facilitar e legitimar a investigação das autoridades competentes. A denúncia e busca por justiça em casos de intolerância e perseguição religiosa são mais do que um direito do cidadão: também são um dever. Denunciar o preconceito ajuda futuras vítimas e toda a sociedade. Qualquer tipo de ofensa, tanto moral quanto física, deve ser denunciada. Todos os tipos de Delegacia têm o dever de averiguar casos desse tipo.
6. LEI Nº 11. 635, 27 DE DEZEMBRO DE 2007 CONTRA A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
Art. 1o Fica instituído o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa a ser comemorado anualmente em todo o território nacional no dia 21 de janeiro.
Art. 2o A data fica incluída no Calendário Cívico da União para efeitos de comemoração oficial.
Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
7. CONCLUSÃO
Liberdade de Expressão, Liberdade Religiosa, Liberdade de Culto são direitos que são assegurados pela Constituição Federal. Desde a Constituição de 1891 essa liberdade Religiosa foi ascendente, todavia, alguns grupos reprimem a liberdade de Culto de algumas religiões, podendo chegar ao extremo da Intolerância Religiosa: Os extermínios de grupos religiosos. Por isso, foi sancionada a Lei Nº11.635 que é contra a Intolerância Religiosa e no Art. 1 Foi instituído que no dia 21 de janeiro será comemorado o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa como forma de conscientizar a população nacional. Uma maneira de ressaltar os Direitos de Liberdades de se expressar através da Religião que convém ao indivíduo, vale lembrar que o indivíduo pode ou não por optar por uma Religião, mais importante a salientar que o indivíduo tem a total liberdade de escolha nesse aspecto.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ed. Juarez de Oliveira, Dr. Hédio Silva Jr, Direito de Igualdade Racial - Aspectos constitucionais, civis e Penas, 2001. 
SILVA JUNIOR, Nilson Nunes da. Liberdade de crença religiosa na Constituição de 1988. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIII, n. 72, jan. 2010. https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-constitucional/liberdade-de-crenca-religiosa-na-constituicao-de-1988/
JUSBRASIL, Intolerância Religiosa -http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/94132/lei-contra-a-intolerancia-religiosa-lei-11635-07, 2007.

Continue navegando