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Alterações Benignas em Vulva Sintomatologia frequente associadas a doenças de vulva: prurido. Introdução Anamnese e exame fisico dirigidos: prurido, candidíase, alterações epiteliais, câncer, líquen simples crônico, coloração (branco, vermelho, azul e negro), ulceração, tumor e distrofia (alteralções relacionadas ao tecido normal). Patologias vulvares ● Vasculares: varizes, hemangioma, hematoma. ● Doenças sistêmicas: lúpus, obesidade, diabetes, doença de Behçet (úlceras sistêmicas). ● Infecções: virais, bacterianas, micóticas, parasitárias. ● Distúrbios epiteliais não neoplásicos: Bartholin, Skene, sebáceos, epidérmicos. ● Tumores sólidos: fibromas, leiomiomas, lipomas, nevus. Etiologias do câncer de vulva: HPV e distúrbios epiteliais (alterações que provocam sintomatologia). Doenças sistêmicas Obesidade: acantose nigricans (escurecimento de regiões associadas a dobras), intertrigo (infecções fúngicas em dobras), hiperpigmentação. Diabete melitus: acantose nigricans, vulvite crônica, candidíase (corticoides). Eczema de vulva ● Sintomatologia: prurido, eritema, vesiculação. ● Processo reacional a algum produto, contato crônico, obesidade, diabete mellitus. Dermatite de contato ● Alergias, agentes físicos e químicos (substâncias mentoladas, objetos, piercing), agudo, sintomas inespecíficos, sinais. ● Tratamento: corticóide tópico. Determinar o agente provocante. Infecções vulvares Furunculose: evolução de um processo inflamatório de um folículo. Agente etiológico: Staphylococcus. Hidradenite: glândulas sudoríparas e sebáceas. Agentes etiológicos: Staphylococcus e Streptococcus. Abscessos múltiplos. Tratamento com drenagem e uso de antibióticos (cefalosporina de primeira geração - cefalexina). Impetigo: pústulas. Candidíase: prurido, hiperemia, associado com vaginite, tratamento tópico ou sistêmico. Cistos vulvares Cisto de Bartholin ● Responsável pela lubrificação facilitando a penetração sexual. ● A obstrução do ducto leva ao acúmulo de líquido e consequentemente cistos (bartolinite). Se não tratada, evolui para abscesso de Bartholin. ● Localização é anterior ao abscesso. ● Vulvovaginites crônicas. ● Processos irritativos. ● Sintomas quando infecção. ● Abscessos de Bartholin: resposta infecciosa de um cisto de Bartholin. A paciente refere muita dor. O tratamento consiste na marsupialização (inversão das bordas do cisto), drenagem e uso de antibióticos. Distúrbios epiteliais não neoplásicos Distrofias vulvares ● Alterações epiteliais que estão relacionadas ao câncer de vulva (podem ou não serem precursoras). ● Lesões atróficas. ● Lesões hipertróficas. ● Lesões brancas. ● Estímulos. ● Diagnóstico diferencial com neoplasias malignas. ● Em 5% há diferenciação maligna. ● Reexames periódicos (investigação precoce para câncer de vulva). ● Hiperplasia escamosa e líquen escleroso. Líquen escleroso ● Idade superior a 65 anos (pós-menopausa). ● Dispareunia. ● Prurido intenso e crônico. ● Lesões brancas. ● Redução (estenose) do intróito vaginal por atrofia, fusão dos grandes e pequenos lábios, alteração de coloração, perda de gordura e dos pelos. ● 4-6% de potencial maligno. ● Controle. ● Diagnóstico: biópsia (hiperceratose e atrofia epitelial). Realizada para confirmar o diagnóstico e investigação de possível câncer de vulva. ● Tratamento: corticóide (clobetasol), caso não haja resposta utiliza-se testosterona tópica. Hiperplasia escamosa ● Pós-menopausa. ● Vulvites crônicas (traumas locais intensos, candidíase de repetição). ● Processos irritativos ● Intenso prurido (crônicos). ● Lesões brancas e espessas. ● Mais comum em grande lábio e clitóris. ● Biópsia: confirmação do diagnóstico e investigação de câncer de vulva. ● Tratamento: corticóide tópico clobetasol por 6 semanas. Neoplasia intra-vulvar (NIV) ● Considerada lesão precursora. ● Não escamosa (não relacionada com o epitélio escamoso, epitélio não vulvar): - Doença de Paget: doença inicialmente intraepitelial de evolução muito lenta. - Melanoma in situ: neoplasia cutânea inicialmente sem invasão. ● Escamosa (associadas ao epitélio escamoso, epitélio vulvar): - NIV I: condiloma (displasia de baixo grau). - NIV II-III: potencial maior para evolução de câncer de vulva (displasia de alto grau). - Usual: HPV. - Diferenciada: não HPV. Não escamosa Doença de Paget ● Pós-menopausa. ● Prurido. ● Úlcera vulvar. ● Eczematoide. ● Sintomas crônicas. ● Envolve área com pelos. ● Diagnóstico: biópsia (principalmente quando a lesão perdura por mais de três semanas). ● Tratamento: exérese com margens. NIV escamosa Condiloma ● Infecção por HPV. ● Condiloma acuminado (verrugas). ● Antes chamada de NIV I. ● Tratamento destrutivo da lesão (eletrocauterização). NIV usual ● Condilomatosa e basalóide ou mista. ● HPV (95% dos casos). ● Tabagismo. ● Imunossuprimidas. ● Lesões multifocais ou multicêntricas. Aspecto infiltrativo, verrucoso, basalóide, tumoral, esbranquiçado. ● Pode estar associado a condilomas. NIV diferenciada ● Presente em 2 a 10% dos casos. ● Aspecto de hiperplasia, grosseiro, esbranquiçado. ● Pós-menopausa. ● Lesão única. ● Associada a líquen e hiperplasia escamosa (83%). ● Grande potencial para o carcinoma invasivo. Diagnóstico de NIV ● Prurido, vermelhidão, edema, lesões focais, verrugas, alteração da coloração. ● Vulvoscopia, biópsia (se necessário, múltiplas biópsias). Tratamento de NIV ● Excisão cirúrgica: remover a lesão com margens livres para evitar recorrência. ● Lesões únicas: NIV diferenciada. ● Vulvectomia: lesões múltiplas. ● Laser: melhor tratamento para lesão local, difícil acesso, não delimita a lesão (necessário diagnóstico certeiro de NIV). ● Alta frequência. ● Imiquimod: condilomas (NIV I), lesões multifocais e extensas (mesmo em lesões de alto grau). Uso controverso. Uso de creme tópico em sachês individuais por 6 semanas em dias alternados. Tratamento de alto custo.
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